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23/02/2021

ESTUDO DOS PROCESSOS E VARIÁVEIS


DE PROCESSO

Diferenças entre produção puxada e empurrada

Produção Empurrada: O processo de produção da empresa


começa antes mesmo da identificação da demanda, o que
significa que a empresa age a partir de uma terceira ordem,
geralmente chamada de Material Requirement Planning (ou
MRP – Planejamento de Requisição de Material).

Outro aspecto que não faz parte da Produção Empurrada é o


chamado fluxo contínuo de produção, pois o setor trabalha
apenas com limites pré-estabelecidos.

Exemplo de produção empurrada: Restaurante.


(Trabalha com uma quantidade de alimentos estabelecida de
acordo com o número diário de clientes). 2

https://www.tsestoque.com.br/blog/index.php/producao-puxada-e-empurrada-conceito-e-aplicacao/

Diferenças entre produção puxada e empurrada


Produção Puxada: O planejamento de produção é realizado de acordo com
o fluxo de materiais, dispensando qualquer modelo de “estoque em
processo” do produto.

Neste caso, a demanda oferecida pelo cliente é o grande chamariz do


negócio.

Todo o controle das atividades é atribuído de maneira pensada a partir do


cliente.

A operação observa a quantidade de produtos vendidos e, determina a


quantidade que deve ser produzida a partir deste momento.

Cada processo “puxa” as peças do processo anterior.

Um ótimo exemplo é um carrinho de cachorro quente. O produto só é


produzido a partir do aparecimento do cliente, por mais que a matéria prima
já esteja pronta. 3

https://www.tsestoque.com.br/blog/index.php/producao-puxada-e-empurrada-conceito-e-aplicacao/

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Classificação dos Processos de Fabricação

Manufatura
aditiva

(Souza, A.J. 2011)

Processos e suas Variáveis

Sem remoção de cavaco

FUNDIÇÃO

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=mtR99rdibBI
https://www.youtube.com/watch?v=I_HT9cbmMzs
5

Processos e suas Variáveis: Fundição

É um campo do conhecimento
tecnológico, bastante complexo e
com um grande número de
variáveis.

http://fundicaocanario.com.br/
(Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição

Existe indícios de objetos feitos de


cobre fundido e ferro fundido
antes de Cristo.

Os relatos indicam que os moldes


eram feitos utilizando pedras.

A fundição do aço teve início por


volta de 1740. 7

Processos e suas Variáveis: Fundição


Etapas e variáveis do processo de Fundição:
- Modelação (protótipo);
- Projeto do molde;
- Moldagem;
- Macharia;
- Fechamento;
- Fusão;
- Vazamento;
- Desmoldagem;
- Corte de canais e massalotes;
- Rebarbação;
- Tratamento térmico;
- Inspeção;
- Recuperação; 8

- Inspeção final.
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


MODELAÇÃO
Material em que o modelo pode ser construído:
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IMYvnTUzT2k
- Modelos em isopor;
- Modelos em madeira;
Madeira
- Modelos em polímero (epóxi, nylon); http://www.modelacao.com/produtos.php

- Modelos em metal (alumínio, ferro ou bronze).

A qualidade do modelo (protótipo)


e o custo crescem no sentido:
Polimero
isopor metal http://www.sulchemical.com.br/poli
uretanos.php#

Alumínio
(Rossitti, S. M.; 1993) http://www.jurk.com.br/pt/produtos-detalhes/23-modelos-em-aluminio.html

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Processos e suas Variáveis: Fundição

Importante lembrar na construção do modelo:

- Determinar a contração a ser usada em cada parte


do modelo (para não causar desvio dimensional).

- Verificar a norma de tolerância para desvio


dimensional de fundidos mais adequada;

- Garantir sobremetal no produto para realizar a


usinagem em uma etapa posterior.

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(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


PROJETO do molde

O projeto do molde de fundição é o conjunto de


informações dispostas num desenho contendo os
dados de posição e o número de:
- Massalotes;
- Resfriadores;
- Canais de vazamento;
- Respiros;
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- Etc.
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


Massalotes:
São reservatórios de metal líquido que irão compensar a
contração do metal da peça quando da mudança de estado
líquido → sólido.

Um massalote mal dimensionado irá causar um


“rechupe” ou vazio (contração na peça).

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Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Jz4thFzTXBM (Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição


Resfriadores ou Aquecedores:
Resfriadores: são peças metálicas ou (redução de
área) que ajudam a acelerar a solidificação do metal
líquido na região escolhida.
Aquecedores: são plaquetas aquecidas que liberam
calor na região onde se deseja prolongar o tempo em
que o metal permanece
líquido.
(Rossitti, S. M.; 1993)

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http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/verran/materiais/Aula_07_Contra__o_e_Alimenta__o_de_Pe_as_Fundidas.pdf

Processos e suas Variáveis: Fundição


Respiros:
São canais para saída do ar e dos gases de
combustão da resina misturada com a areia durante o
vazamento do metal no molde.
Canais de vazamento: Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4jtzEq0KbE8
São os dutos que levam o metal vindo da panela de
vazamento até o interior do molde, que contém a
cavidade que irá formar a peça fundida.

Fonte:
http://www.youtube.co
m/watch?v=Jz4thFzTX
BM

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http://www.ebah.com.br/content/ABAAAenyQAG/canais-injecao

Processos e suas Variáveis: Fundição


Os projetos de peças fundidas em metais variam de acordo
com o metal escolhido, isso ocorre devido as diferentes
propriedades de contração durante a solidificação.

Porcentagem aproximada da contração linear do:

- AÇO: ~ 2%;

- FERRO: ~1%.

O ferro fundido durante a solidificação precipita a


grafita (baixa densidade) compensando parte da 15

contração líquido/sólido.
(Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição


MOLDAGEM
Areias
- Granulometria: refere-se ao tamanho do grão de areia:
EX: 45-50 AFS – grossa, 50-60 AFS – média, 90-100 AFS – fina.

AFS: American Foundry Society (Sociedade Americana de Fundição)


https://catalog.hathitrust.org/Record/000504230
https://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=uiug.30112007944652;view=1up;seq=1

Quanto mais fina a areia melhor será o acabamento superficial;

- Permeabilidade: refere-se à facilidade com que os gases passam pela


areia. Na areia mais grossa os gases tem mais facilidade para dissipar;

- Perda ao fogo: Medida de % de materiais voláteis na areia e relacionada


com a resistência mecânica do molde em areia;

- Teor de óxido de ferro: Responsável pelo aumento da resistência a quente


do molde feito em areia;
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- Teor de umidade: Na areia sintética, terá influência na resistência


mecânica da areia e da moldabilidade. (Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


MOLDAGEM
Resina
Aglomera os grãos de areia, e fornece resistência mecânica ao molde e
ao macho.

- Porcentagem de resina: peso em relação às areias para macho e para


moldes em processos de cura frio e Shell;

- Resistência a frio: resistência mecânica da areia aglomerada com resina


em temperatura ambiente;

- Tempo de banca: tempo em que se pode trabalhar com a areia após a


mistura com a resina;

- Tempo de cura: tempo após o qual o modelo pode ser extraído;

- Resistência a quente: resistência mecânica da areia aglomerada com


resina durante o preenchimento do molde com metal líquido;
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- Colapsibilidade: facilidade com que a areia entra em colapso no início de
solidificação do metal dentro do molde.
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição

Respiros

Canal de
vazamento

Resfriadores Massalotes

(Rossitti, S. M.; 1993) 18

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Processos e suas Variáveis: Fundição


MACHARIA

Além das variáveis comuns à moldagem, na macharia


temos uma preocupação a mais:

- A eliminação dos GASES liberados na queima da


resina.

Uma falha nesse processo de liberação dos gases


pode causar combustão (explosões), e como
consequência expulsar o metal líquido de dentro do
molde.

Com menor severidade pode ocorrer a formação de19


bolhas nas peças.
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


Observações:

MACHO é a PEÇA feita em areia, que irá dar forma as


partes INTERNAS (vazias) da peça que irá ser fundida.

MOLDE é a PEÇA feita em areia, que irá formar as


partes EXTERNAS da peça que irá ser fundida.

O “macho” deve ser removido da caixa após a cura da


areia.

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(Rossitti, S. M.; 1993) (Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


FECHAMENTO
Nesta etapa, os machos serão colocados
nos moldes e o conjunto será fechado para
receber o metal líquido no “VAZAMENTO”.

Tinta refrataria a
base de silicato de
aluminio.

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(Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição


Nesta operação é fundamental:

- Um controle adequado para evitar que as peças que


compõem o molde e os machos não encostem;
- Limpeza dos moldes, para não haver inclusões de
materiais que possam contaminar o produto;
- Verificar a saída dos respiros do macho e do molde
para não ocorrer a dispersão dos gases no interior do
molde e consequente porosidade no metal.

O molde é composto de duas partes para permitir o


assentamento do macho em seu interior.

Observar os cordões azuis que são os respiros para22a


saída dos gases decorrentes da resina presente no
macho. (Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


FUSÃO
Nesta etapa obtêm-se o METAL LÍQUIDO que irá
formar a peça.

Para cada liga existe uma


faixa de composição química
permitida por norma, se
estiver fora dos padrões a
peça se torna refugo
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(sucata).
http://monferrato.com.br/principais-processos/
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


O metal é obtido em fornos a partir de uma mistura de
sucatas, ferro-ligas e ligas metálicas de composição
conhecida.
Nesta etapa as variáveis são:
- Composição da carga para se obter a análise
química desejada;
- Limpeza da sucata;
- Correção da composição química do metal para
dentro dos limites da norma;
- Inoculação e nodularização do metal (para ferros
fundidos);
- Acerto da temperatura do metal líquido para
vazamento 24

na panela.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pH29lyeIC-Y

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Processos e suas Variáveis: Fundição

http://www.eduardomoreira.eng.br/metalurgia/inducao_3/ind
ucao.html

Fornos Elétricos por Indução: Fundição das Ligas Leves


https://www.youtube.com/watch?v=nf_Pd4EUNK4

Fornos Elétricos pro Resistência: Fundição de toda classe de metais

Forno cubilô: https://www.youtube.com/watch?v=8cKtl_TltPk


25
Alto Forno: https://www.youtube.com/watch?v=Mp8nsPLXqOg

Forno elétrico a arco: https://www.youtube.com/watch?v=66oYOSWgRA8

Processos e suas Variáveis: Fundição


VAZAMENTO
O vazamento é a operação que compreende a
transferência do metal líquido do forno para o
recipiente denominado “PANELA” que levará o metal
até o molde. (Rossitti, S. M.; 1993)

http://www.mecanicaindustrial.com.br/conteudo/664-aperfeicoamento-do-
projeto-de-fundicao

http://mecahoje.blogspot.com.br/2011_04_01_
archive.html http://www.metalcandeia.com.br/fusao.php

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Vazamento molde
http://heartjoia.com/5007-
http://monferrato.com.br/principais-processos/ http://monferrato.com.br/principais-processos/ fundicao-prata-osso-choco

Processos e suas Variáveis: Fundição


Nesta etapa é fundamental:

- Limpeza da panela de vazamento, para não haver


inclusões de material refratário na peça;

- Controle da temperatura do metal líquido a ser vazado: se


for muito baixa, a peça sairá com falhas; se for muito alta, irá
provocar sinterização da areia nas peças.
Para os ferros varia de 1300 até 1500 ºC e para aços de
1500 até 1700 ºC;

- Controle da velocidade de vazamento do metal líquido: se


for muito baixa, provocará defeitos de expansão da areia
devido à irradiação de calor do próprio metal preenchendo o
molde;
se for muito alta, provocará erosão na areia do molde e 27
consequentemente grande número de inclusões de areia.

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Processos e suas Variáveis: Fundição


DESMOLDAGEM
Após a entrada e preenchimento do molde com o
metal líquido, a peça irá solidificar e esfriar dentro da
areia.
A operação de desmoldagem é a retirada da peça
solidificada de dentro do molde em areia.

É importante que esta operação seja feita em


temperatura adequada e de forma cuidadosa
dependendo do material.

Dependendo do material fundido


não pode ocorrer choque térmico. 28
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=cNAjzQxQM9U
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


REBARBAÇÃO
Após o corte dos massalotes e canais de vazamento,
estas áreas ficam com acabamento superficial irregular,
necessitando uma operação complementar para
obtenção das dimensões originais do modelo.

Neste instante são removidas também as “rebarbas” de


metal que não fazem parte da peça final.

Remoção de
rebarbas por
esmerilhamento. 29

(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


CORTE DE CANAIS E MASSALOTES
Nesta etapa são removidos os canais de vazamento e
os massalotes.
A remoção pode ser realizada por disco abrasivo, porém
quando o material não suportar gradientes térmicos
elevados, é utilizado fusão localizada (com eletrodos).
Equipamentos para solda:
http://www.ovd.com.br/sim/informativo_news.asp?id=538

Remoção de massalotes por arco elétrico (mesmo equipamento de soldagem).

Os eletrodos são de grafite recobertos por uma


fina camada de cobre.
Grafite corresponde a uma das quatro formas alotrópicas
do carbono.
30
As outras são o diamante, o fulereno e o grafeno (wikipedia).
Alotropia: fenômeno em que um mesmo elemento químico pode
(Rossitti, S. M.; 1993) originar substâncias simples diferentes (wikipedia).

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Processos e suas Variáveis: Fundição


CORTE DE CANAIS E MASSALOTES
O corte pode ser efetuado de diversas formas:
- Mecanicamente: Corte por cisalhamento através de guilhotinas,
tesouras, etc.; por arrancamento através de serras, usinagem
mecânica, etc;
- Por fusão: Utilizando-se como fonte de calor um arco elétrico
ex. arc air (goivagem), plasma;
- Reação química: Onde o corte se processa através de reações
exotérmicas de oxidação do metal, ex. corte oxicombustível;
- Elevada concentração de energia: Neste grupo enquadram-se
os processos que utilizam o princípio da concentração de energia,
não importando se a fonte de energia é química, mecânica ou
elétrica.
Exemplo: corte por jato d'água de elevada pressão; 31

LASER; e algumas variantes do processo plasma.


http://wwwo.metalica.com.br/oxicorte-definicao-e-equipamentos-do-processo-de-corte

Processos e suas Variáveis: Fundição


TRATAMENTO TÉRMICO
Para ferros fundidos não se aplica, porém é muito
utilizado na maioria dos aços.

O tratamento térmico chamado de têmpera consiste em


aquecer a peça até uma determinada temperatura e
resfriá-la de forma rápida em óleo.
Normalmente após a têmpera é realizado o revenimento
para alívio das tensões na estrutura do material.

Para cada liga existe um ciclo térmico específico.


O resultado é uma mudança na estrutura
interna do material melhorando suas
32
propriedades mecânicas e de resistência
à corrosão. (Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição

Variáveis importantes:

- O tempo e a temperatura de cada etapa do


ciclo térmico;

- Velocidade do resfriamento;

- Posicionamento e montagem das peças


dentro do forno para não haver deformações.

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(Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição


INSPEÇÃO
Marcam-se os defeitos observados na peça utilizando:
- Líquido penetrante;
- Partículas magnéticas;
- Ultra som;
- Radiografia.
http://www.jbsensaios.com.br/liquido.php

http://www.inspbrasil.com.br/index.php?menu=detalhe
s_sv&id=7

O líquido penetrante revela os defeitos superficiais


(como por exemplo trincas).

Estes defeitos são removidos e reparados por solda,


para serem novamente inspecionados até atenderem 34 os

requisitos contratuais.
(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição

Além da inspeção das peças propriamente ditas, é feito


também a inspeção do material quanto às propriedades
físicas após tratamento térmico:

- Ensaio de dureza;

- Ensaio de tração;

- Ensaio de impacto (Charpy);

- Entre outros. 35

(Rossitti, S. M.; 1993)

Processos e suas Variáveis: Fundição


RECUPERAÇÃO
Caso necessário após a remoção dos defeitos
observados na etapa de inspeção é feito a
recuperação das peças utilizando solda.

São importantes:

- O procedimento de soldagem;

- A qualificação dos soldadores;

- A qualidade dos eletrodos.


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Caso necessário deve-se refazer o tratamento térmico.


(Rossitti, S. M.; 1993)

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Processos e suas Variáveis: Fundição


INSPEÇÃO FINAL

Antes da liberação ao cliente deve-se:

- Verificar toda a documentação pertinente à qualidade


e rastreabilidade da peça;
- Checar os resultados da análise química;
- Checar as propriedades mecânicas (ensaios de
tração, impacto, dureza, etc),
- Checar as dimensões da peça.
- Checar outros quesitos caso estejam no contrato.

Estando tudo aprovado é emitido o certificado de


qualidade e a peça estará à disposição do cliente. 37

Processos e suas Variáveis

Com remoção de material


(cavaco)

USINAGEM

Convencional Não convencional

Fresamento
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Souza, A.J. 2011

Processos e suas Variáveis

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(Souza, A.J. 2011)

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Classificação dos Processos de Fabricação: Usinagem

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Souza, A.J. 2011

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Variáveis do processo de usinagem (torneamento,
fresamento, furação, retificação, etc.)
- Natureza energética: mecânica
- Agente de corte: cunha de corte
- Remoção do material: cisalhamento
- Velocidade de corte: variável, depende do
processo
- Custo inicial de instalação: variável de acordo com
a precisão e o porte da máquina
- Grau de acabamento: variável de acordo com o
processo
- Materiais metálicos ferrosos e não ferrosos:
41
aplicável
- Materiais não metálicos: aplicável

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora
Fresamento discordante

Fresamento concordante
As dimensões do corte são:
- Profundidade de corte (ap);
- Penetração de trabalho (ae).

Fresa Outros parâmetros são:

Vf: velocidade de avanço - Diâmetro da ferramenta (Dc);


Vc: Velocidade de corte - Número de dentes - Z (gumes
principais); 42
http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/486
- Taxa de remoção de material (Q);
1-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84 - Tempo de corte (tc).

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Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora

Vc = p . D . n [ m/min. ]
1000

Vc: Velocidade de corte [m/min.]


Vf : Velocidade de avanço [mm/min.]
D : Diâmetro da fresa [mm] 43

http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/
4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO- n : Frequência de rotação [rpm]
ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora
fz = _f _ [ mm ]
z
Vf = n . z . fz
[ mm /min.]
Exemplo: z = 8
Vf: Velocidade de avanço [mm/min.]
fz : Avanço por dente por revolução [mm]
z : Número de dentes ou arestas de corte
n : Frequência de rotação [rpm] 44

f : Avanço por revolução [mm] http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-


variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora
tc = _L _ = L__ [ s ]
Vf fxn

Q = ap x ae x Vf
Vf : Velocidade de avanço [mm/min.]
[mm3/min.]
tc: Tempo de corte [s]
L: Distância percorrida pela ferramenta
n: Frequência de rotação [rpm] ae : menor ou
f: Avanço por revolução [mm] igual a Dc
ap : Profundidade de corte [mm]
45 http://www.cimm.com.br/portal/ma
ae : Penetração de trabalho [mm] terial_didatico/4861-variaveis-e-
parametros-de-corte#.VO-

Q: Taxa de remoção de material [mm /min.]


3 ZD3zF_84

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23/02/2021

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora f= fz . z [ mm ]
Vc = p . Dc . n [ m/min. ]
fz = _f _ [ mm ]
1000
z
z=4 fz = 0,08mm/dente
Vf = n . z . fz [ mm /min.]

tc = _L _ = L__ [s] ae : menor ou


Vf fxn igual a Dc

Q = ap x ae x Vf [mm3/min.] 46

http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Tipos de fresamento:

Cilíndrico tangencial Cilíndrico tangencial


Cilíndrico
concordante
tangencial disconcordante

Frontal Frontal de canal Composto


com fresa de topo 47

http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Rotação (n) [rpm] Fresadora
É o número de voltas por unidade de tempo que a fresa dá em
torno do seu eixo.
Velocidade de corte (vc ) [m/min]
É a velocidade instantânea do ponto selecionado sobre o gume,
no movimento de corte, em relação a peça. No fresamento, o
movimento de corte é proporcionado pela rotação da ferramenta.
A velocidade de corte é, então, uma velocidade tangencial. As
grandezas relacionadas ao movimento de corte recebem o índice
“c”. (Ex: v c )
Avanço (f) [mm]
No fresamento, o avanço é a distância linear percorrida por um
conjunto de dentes que compõe uma ferramenta durante uma
rotação completa dessa ferramenta. É medido no plano de
trabalho. As grandezas relacionadas ao movimento de avanço 48

recebem o índice “f”. (Ex: vf)


http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

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Processos e suas Variáveis: Usinagem


Avanço por dente (fz ) [mm/dente] Fresadora
É a distância linear percorrida por um dente da ferramenta no
intervalo em que dois dentes consecutivos entram em corte.
Também é medido no plano de trabalho.

Velocidade de avanço (vf ) [mm/min]


É a velocidade instantânea do ponto selecionado sobre o gume,
no movimento de avanço, em relação a peça. No fresamento, o
movimento de avanço é provocado pela translação da ferramenta
sobre a peça ou vice-versa. A direção da velocidade de avanço é,
então, radial ao eixo da ferramenta.

Diâmetro (D) [mm] http://www.cimm.com.br/portal/material


_didatico/4861-variaveis-e-parametros-
É o diâmetro da fresa. de-corte#.VO-ZD3zF_84

49

Número de dentes (z)


É o número total de dentes que a fresa contém.

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Fresadora
Profundidade de corte (Penetração passiva) (ap ) [mm]
É a quantidade que a ferramenta penetra na peça, medida
perpendicularmente ao plano de trabalho (na direção do eixo da
fresa). No fresamento frontal, a pcorresponde à profundidade de
corte e no fresamento periférico, à largura de corte.

Penetração de trabalho (ae ) [mm]


É a quantidade que a ferramenta penetra na peça, medida no
plano de trabalho e perpendicular à direção de avanço.

Tempo de corte (tc ) [min]


É o tempo em que a ferramenta está efetivamente em corte.

Taxa de remoção de material (Q) [mm3/min] 50

É o volume de material usinado por unidade de tempo.


http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem

Para que servem esses cálculos?

51

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23/02/2021

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Sabendo a velocidade de corte também é possível saber a rotação máxima.
Sabendo a rotação e o avanço você sabe qual é a velocidade de avanço.
Sabendo a velocidade de avanço e o comprimento de usinagem você descobre
o tempo de corte.
No fresamento se você sabe a profundidade de corte, a penetração de trabalho
e a velocidade de avanço você tem a taxa de remoção de material [mm3/min.].

Velocidade de corte:
- Acima do ideal (desgaste acelerado da ferramenta e risco de
quebra).
- Abaixo do ideal (máquinas trabalhando em ritmo não adequado).

Consequências:
- Aumento dos custos de produção;
- Redução dos lucros; Demissão
- Ineficiência de processo.
52
Tipos de ferramenta: aço rápido, metal duro com ou sem
revestimento, cerâmica, nitreto cubico de boro, entre outras.

Exercício
Você precisa fresar um aço classe P com baixo teor de carbono e segundo dados do fabricante
da ferramenta de corte (diâmetro 20mm) ela possui 4 dentes (ou arestas de corte) uma
profundidade máxima de corte de 11 mm e um avanço por dente de 0,08 mm por dente. O valor
máximo da penetração de trabalho é igual ou inferior ao diâmetro da ferramenta. Segundo o
fabricante a velocidade de corte de trabalho deve ser igual a 165 m por minuto. L= 300mm
Utilizando os dados fornecidos calcule a rotação da máquina (n), o avanço por revolução (f), o
tempo de corte (tc) e a taxa de remoção de material (Q).
Etapa 1)

Fornecido: n: (165 x 1000) / (3,14159 x 20) = 165000 / 62,83185


Dc: 20 mm n: ~ 2626 rpm
ae: 20 mm
ap: 11 mm
z: 4 dentes Etapa 3)
fz: 0,08 mm por dente Etapa 2)
Vc: 165m/min. Vf: n x f
L: 300mm f: 0,08 x 4
Vf: 2626 x 0,32
f: 0,32 mm
Vf: 840,32 mm / min

Deve ser calculado “n”, ‘f”, “tc” e “Q”: Etapa 4)


n: (Vc x 1000) / (pí x Dc)
f: fz x z tc: L / Vf
Vf: n x f tc: 300 / 840,32
tc = L / Vf tc: ~ 0,357 min
Q= ap x ae x Vf
Etapa 5)
53
Q= ap x ae x Vf
Q= 11 x 20 x 840,32
Q= 184.870,4 mm3/min

Processos e suas Variáveis

Com remoção de cavaco

USINAGEM

Convencional Não convencional

Torneamento
54

(Souza, A.J. 2011)

18
23/02/2021

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Variáveis de entrada
Torneamento

55

(Souza, A.J. 2011)

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Tipos de torneamento

Cilíndrico externo Cônico externo Curvilíneo

Cilíndrico interno Cônico interno


Sangramento radial
(Souza, A.J. 2011) 56

http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4861-variaveis-e-parametros-de-corte#.VO-ZD3zF_84

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Torneamento
Vc = p . D . n [ m/min. ] f= [ mm ]
1000
Vf = n . f
tc = _L _ = L__ [s] [ mm/min. ]
Vf fxn
Vc: Velocidade de corte [m/min.] tc = _L _ [ s ]
Vf
Vf : Velocidade de avanço [mm/min.]
D : Diâmetro da peça [mm]
http://www.cimm.com.br/portal/m
n : Frequência de rotação [rpm] aterial_didatico/4861-variaveis-
e-parametros-de-corte#.VO-
ZD3zF_84
f : Avanço por revolução [mm]
tc : Tempo de corte [s] 57

L : Distância percorrida pela ferramenta

19
23/02/2021

Processos e suas Variáveis: Usinagem


Torneamento
Você precisa tornear um tarugo de aço 1020 com
diâmetro de 80 mm.
Lembre-se de que a ferramenta é de aço rápido.
Os dados que você tem são:
vc = 25m/min.
d = 80 mm Vc = p . D . n [ m/min. ]
n=? 1000

Substituindo os valores na fórmula:


Caso o valor de rpm calculado não exista na
máquina (convencional) você pode usar um 58
valor mais próximo que estiver disponível
para mais ou para menos.

Processos e suas Variáveis: Manufatura aditiva

A Manufatura aditiva
(AM - do inglês Additive Manufacturing)
é a modelagem física a partir de desenhos digitais
obtidos por modelagem em CAD, utilizando processos
de adição de material em camadas:

- Protótipos;

- Componentes;

- Produtos.
59

http://www2.pucpr.br/reol/index.php/SEMIC21?dd1=12090&dd99=view

Processos e suas Variáveis: Manufatura aditiva


Uma característica comum é a fabricação de geometrias
extremamente complexas sem a necessidade de
ferramental específico e sem aumentar o custo da peça,
reduzindo significativamente o tempo de
desenvolvimento e produção de um produto.

Grande variedade de materiais que podem ser


processados por esta tecnologia:
- Polímeros;
- Metais;
- Cerâmicos; 60

- Compósitos.
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/SEMIC21?dd1=12090&dd99=view

20
23/02/2021

Processos e suas Variáveis: Manufatura aditiva


Área de aplicação atualmente:

- Aeroespaciais;
- Automotiva;
- Médica e dentária;
- Protótipos em geral;
- Ferramental.
http://www.usp.br/agen/?p=191401

- Soldagem aparece nesta classificação


(manufatura aditiva). 61

http://www.scielo.br/pdf/si/v19n2/a11v19n2.pdf

http://www2.pucpr.br/reol/index.php/SEMIC21?dd1=12090&dd99=view

Processos e suas Variáveis: Manufatura aditiva


Manufatura aditiva é uma ameaça à indústria de forjamento?

Quem evolui avança!! Quem não evolui fica no esquecimento!

“As forjarias devem manter um olhar atento sobre o


desdobramento desta tecnologia, tanto como um concorrente
quanto como uma oportunidade” site FORGE.

Lembra da câmera fotográfica?


Tv de plasma, lcd, led, amoled, oled, etc…
Estamos em um momento de transição.

Montar um sistema de manufatura de adição dedicado a área de


manutenção.
62
Desta forma poderiam eliminar os estoques de peças.
http://www.revistaforge.com.br/artigo-tecnico/manufatura-aditiva-e-uma-ameaca-a-industria-de-forjamento/2909

Processos e suas Variáveis: Manufatura aditiva

63

http://www.revistaforge.com.br/artigo-tecnico/manufatura-aditiva-e-uma-ameaca-a-industria-de-forjamento/2909

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23/02/2021

Perguntas
1) Cite um exemplo de manufatura empurrada e um de manufatura puxada.
2) Cite 4 exemplos de processos de fabricação sem remoção de cavaco.
3) Cite 4 exemplos de processos de fabricação com remoção de cavaco convencional e
não convencional.
4) Quais materiais podem ser utilizados na confecção dos modelos ou protótipos
utilizados na fundição? Cite pelo menos 2.
5) O que é importante ser lembrado no momento da construção do modelo?
6) O que são massalotes?
7) O que são os canais de vazamento?
8) Você precisa fresar um aço com baixo teor de carbono e segundo dados do
fabricante da ferramenta de corte (diâmetro 35mm) ela possui 6 dentes (ou arestas de
corte) uma profundidade máxima de corte de 20 mm e um avanço por dente de 0,09
mm por dente. O valor máximo da penetração de trabalho é igual ou inferior ao
diâmetro da ferramenta. Segundo o fabricante a velocidade de corte de trabalho deve
ser igual a 185 m por minuto. O L é de 300mm . Utilizando os dados fornecidos calcule
a rotação da máquina (n), o avanço por revolução (f), o tempo de corte (tc) e a taxa de
remoção de material (Q).
9) Utilizando um torno você precisa desbastar 100mm de um cilindro de aço com um
diâmetro de 80 mm. Segundo o fabricante de ferramentas a velocidade de corte ideal é
de 730 metros por minuto e o avanço por rotação é de 0,05 mm por rotação.
Sabendo essas informações ache a rotação da máquina (n), a velocidade de avanço 64
(Vf), e o tempo de corte (tc).
10) Identificar pelo menos 3 variáveis dos processos de fabricação (figura apresentada
em aula). Identificar as variáveis dos processos com e sem remoção de material.

Perguntas
Material: Aço classe básica P (para aços com baixo teor de carbono)
Ferramenta: GC 1030 Fresa de topo com raio de canto

Dc: 20 mm
Codigo 316-20SM450-20005P Acoplamento: E20 metal duro
Arestas de corte: Z= 4 Codigo: E20-A20-SE-095
Acoplamento: E20 N max: 40000 rpm
Ap: 11 mm
Recomendações de Vc:
Página: 228 CoroMill 316
Recomendações de avanço ISO: P
GC 1030 MC: P2.1.Z.AN
Dc: 20mm CMC: 02.1
Fz: 0,08 mm/dente HB: 175
ap menor ou igual a max ap Vc: 165 m/min.
ae menor ou igual 1 x Dc

65

Referências
- Souza, A. J. Apostila de processos de Fabricação por
Usinagem. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2011.

- Rossitti, S. M. Processos e variáveis de fundição. Grupo


Metal – Aço inoxidável e liga especiais. 1993.

66

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23/02/2021

Tecnologia de Processo
https://books.google.com.br/books?id=wLo3AgAAQBAJ&pg=PA147&dq=tecnologias+de+processo&hl=pt-
PT&sa=X&ei=NYneVP_gBeqPsQTB8oDgCw&ved=0CCAQ6AEwAQ#v=onepage&q=tecnologias%20de%20processo&f=true

Pagina 148

https://books.google.com.br/books?id=zS-08hBYUWsC&pg=PA71&dq=tecnologias+de+processo&hl=pt-
PT&sa=X&ei=NYneVP_gBeqPsQTB8oDgCw&ved=0CCQQ6AEwAg#v=onepage&q=tecnologias%20de%20processo&f=false

Página 71

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