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O design industrial como ferramenta para a sustentabilidade:

estudo de caso do couro de peixe


Juliana Cardoso*

Resumo
A busca por materiais e processos produtivos que correspondam aos
princípios da sustentabilidade tornou-se evidente e indispensável. Nesse
sentido, o designer pode atuar projetando artefatos industriais que produzam
o mínimo possível de rejeitos e que permitam fechar o ciclo de vida de toda
a matéria e energia utilizada nos processos produtivos por meio da análise do
ciclo de vida de produtos. A transformação da pele de peixe em couro
ecológico, respeitando o equilíbrio ambiental, surge como nova alternativa
de material para atender o design sustentável. Neste contexto, este artigo
apresenta um breve histórico sobre a problemática ambiental e visa
demonstrar as possibilidades de aplicação do couro de peixe associadas à
preservação ambiental e a geração de benefícios sócio-econômicos.
Palavras-chave: materiais sustentáveis, análise ciclo de vida, couro de
peixe.
Abstract
The search for materials and production processes that correspond to the
principles of sustainability has become obvious and essential. In this sense,
the designer can act designing industrial artifacts that produce the least
possible waste and provided to close the life cycle of all matter and energy
used in manufacturing processes through the analysis of the life cycle of
products. The transformation of the skin of fish in ecological leather, while
preserving the environmental balance, emerges as a new alternative of
material to meet sustainable design. In this context, this article presents a
brief history of environmental problems and aims to demonstrate the
possibilities of applying the leather fish associated with the environmental
preservation and generation of socio-economic benefits.
Key words: sustainable materials, analysis, life cycle, fish leather.

*
JULIANA CARDOSO é professora do Curso de Design de Interiores da Faculdade de
Arquitetura Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia -UFU. Atua principalmente na
área de mobiliário e sustentabilidade social e ambiental do design. Mestranda do Instituto de Geografia
(UFU).

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Introdução considerado como mais uma alternativa
de material que contribui para o
As preocupações ambientais tornaram-
desenvolvimento sustentável desde sua
se evidentes na sociedade
origem até sua reintegração à natureza.
contemporânea, mas só começaram a
Além disso, este artigo visa demonstrar
ser compreendidas de forma mais
as possibilidades de sua aplicação
abrangente a partir de 1972, quando as
associadas à preservação ambiental e à
discussões começaram a evoluir e
geração de benefícios sócio-
levaram mais tarde, ao conceito de
econômicos.
desenvolvimento sustentável. Esse
conceito não está ligado somente às 1. Crise ecológica e a evolução do
questões ambientais, mas ressalta a conceito de desenvolvimento
importância de uma ligação entre sustentável
questões de âmbito ecológico a outras As primeiras preocupações ambientais
de âmbito social e econômico.
datam da década de 1960, quando foram
Novas políticas ambientais de identificados os primeiros sinais dos
preservação e desenvolvimento efeitos nocivos das atividades
sustentável demandam incessante busca industriais e do consumo excessivo
por matérias-primas e processos sobre o meio ambiente. Mas somente a
produtivos inovadores que satisfaçam, partir de 1972, com a Conferência
de maneira ecologicamente consciente, Internacional sobre o Meio Ambiente
às necessidades e desejos do mercado realizada em Estocolmo pela
consumidor, resultando em produtos Organização das Nações Unidas
diferenciados pela qualidade e com (ONU), as discussões ambientais
design ambientalmente orientado. começaram a ser compreendidas de
forma mais abrangente, evoluindo, mais
Partindo dessa premissa, arquitetos e
tarde, para o discurso da
designers têm a responsabilidade
sustentabilidade. Essa transição ocorreu
profissional de trabalhar pela integração
principalmente a partir da Conferência
de fatores funcionais, culturais,
das Nações Unidas sobre o Meio
econômicos, tecnológicos e ambientais
Ambiente e Desenvolvimento realizada
numa constante construção por um
no Rio de Janeiro em 1992, também
diálogo entre tecnologia, sociedade e
denominada Eco-92, quando o discurso
design. Para isso, o designer deve
foi legitimado e difundido amplamente.
projetar produtos ambientalmente
corretos, que produzam o mínimo A partir desse momento, a
possível de rejeitos e que fechem o sustentabilidade passa a existir como
circulo de materiais, processos e de toda um indicador para a reconstrução da
a energia que circulam nos processos ordem econômica, pois tal ordem,
produtivos, como por exemplo, com o difundida pela globalização, legitimava
uso da ferramenta de análise do ciclo de o crescimento econômico, gerando
vida dos produtos. processos de exploração desmedida dos
recursos naturais e degradação
Neste contexto, além de apresentar um
ambiental. Na busca pelo equilíbrio
breve histórico da crise ecológica, este
entre a ordem econômica, social e
artigo aborda a estratégia de análise do
ambiental, o desenvolvimento
ciclo de vida de produtos para o design
sustentável converteu-se em um dos
sustentável e analisa o processo de
maiores desafios históricos e políticos
produção do couro de peixe -
do nosso tempo, surgindo como uma

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condição para construir uma nova nos limites de seu espaço ambiental
racionalidade produtiva (LEFF, 2006, e, que cada indivíduo e comunidade
2008). das sociedades “pobres” possam
efetivamente gozar do espaço
O desenvolvimento sustentável1 é de ambiental ao qual potencialmente
fato uma questão-chave da sociedade tem direito (p. 28).
contemporânea, mas seu significado não
O aumento crescente da escala de
está ligado somente às questões
produção, ocorrido principalmente no
ambientais, ainda que se encontre aí sua
início do século XVIII e XIX com a
origem. O conceito atualmente
Revolução Industrial, exerceu um
contempla temas globais como a
grande impacto sobre a sociedade,
degradação ambiental, mudança do
originando uma cultura baseada no
clima e perda da biodiversidade e ainda
consumo. O sistema de fabricação
faz uma ligação entre essas questões de
começou a produzir em quantidades tão
âmbito ecológico a outras de âmbito
grandes e a um custo que foi
social e econômico.
diminuindo tão rapidamente que passou
Segundo um dos maiores pesquisadores a não mais depender da demanda
do desenvolvimento sustentável de existente, gerando o seu próprio
produtos, Ezio Manzini (2002), a mercado (HOBSBAWM, 1964 apud
sustentabilidade ambiental é um CARDOSO, 2004). Para atender aos
objetivo a ser atingido e não uma novos hábitos da população esgotaram-
direção a ser seguida. Entretanto, para se muitos recursos materiais,
ser verdadeiramente coerente com o desprezando-se os custos sociais e
conceito, deve-se responder aos ambientais da produção. Essa
seguintes requisitos: mentalidade, apoiada pela idéia de
Basear-se fundamentalmente em progresso, foi acentuada pelo advento
recursos renováveis (garantindo ao da globalização no século XX.
mesmo tempo a renovação); Nos últimos 20 anos, excedemos a
otimizar o emprego de recursos não capacidade de a Terra suportar
renováveis (compreendido como o nossos estilos de vida, e é
ar, a água e o território); não necessário parar. Precisamos
acumular lixo que o ecossistema equilibrar nosso consumo e a
não seja capaz de renaturalizar capacidade de regeneração da
(isto é, fazer retornar às substâncias natureza, e reduzir os resíduos.
minerais originais e, não menos Caso contrário, corremos o risco de
importante, às suas concentrações danos irreparáveis (WWF, 2006,
originais); agir de modo com que p.3).
cada indivíduo e cada comunidade
das sociedades “ricas” permaneçam Dentro deste contexto de crítica à
produção e ao consumo em prol de um
1
O conceito de desenvolvimento sustentável foi
desenvolvimento sustentável, os
introduzido pelo documento da World produtos industriais deveriam ser
Commission for Environment and Development projetados com o objetivo de reduzir
Our Common Future. Este foi a base da seus impactos ecológicos e de contribuir
conferência UNCED (United Nations para a desaceleração dos ciclos de
Conference on Environment and Development),
que se desenvolveu no Rio de Janeiro em 1992.
substituição, evitando-se o descartável.
Atualmente, constitui referência fundamental do Iniciativas simultâneas envolvendo a
Quinto Plano de Ação Européia para o conscientização dos consumidores e o
Ambiente (HOLMBERG, 1995 apud
MANZINI; VEZZOLI, 2002). desenho de produtos ambientalmente

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mais corretos podem contribuir em com menor impacto ambiental; a
muito com as questões ligadas à otimização da vida dos produtos e a
sustentabilidade (YOUNG, 1991). extensão da vida dos materiais.
Nesse sentido, o design também pode A seguir, são enumeradas algumas
atuar para essa ascensão, criando formas para se atuar em cada uma
objetos que tornem praticáveis estilos dessas fases na busca por uma produção
de vida sustentáveis. (MANZINI; mais sustentável:
VEZZOLI, 2002).
a. Redução dos consumos
No entanto, este vem se mostrando um de matéria e energia: minimizar
dos grandes desafios da
perdas e refugos na produção;
contemporaneidade: o de conscientizar reduzir a espessura de material
a sociedade sobre seu insustentável ao mínimo necessário desde que
modelo de desenvolvimento baseado no não seja afetada a resistência;
consumo e o de estimular empresas e
produzir objetos
indústrias a fabricar produtos e a prestar multifuncionais; usar sistemas
serviços que produzam o mínimo computadorizados prevendo
possível de rejeitos e que permitam consumo energético e possíveis
fechar o ciclo de vida de toda matéria e sobras de material; evitar o
de toda energia que circulam nos excesso de embalagens.
processos produtivos.
b. Especificação de
2. Design sustentável: análise do ciclo materiais e processos com
de vida dos produtos menor impacto ambiental: evitar
Todo produto, independente de seu inserir materiais tóxicos e
material, provoca impactos ao meio danosos no produto; usar
ambiente, seja por meio da sua materiais renováveis ou que
produção, pelas matérias-primas provenham de refugos de
utilizadas ou ainda durante seu uso ou processos produtivos; escolher
descarte. Nesse sentido, foi criada a tecnologias de transformação de
análise do ciclo de vida, um baixo impacto.
procedimento para avaliação dos c. Otimização da vida dos
aspectos ambientais associados a um produtos: projetar a duração
produto. Esse processo de avaliação adequada; facilitar a reparação e
compreende etapas que vão desde a reutilização; minimizar o
retirada das matérias-primas que entram número de partes e
no sistema produtivo até o descarte do componentes; projetar produtos
produto final. (CHEHEBE, 1997). voltados para uso coletivo.
De acordo com Manzini e Vezzoli d. Extensão da vida dos
(2002), a estratégia de análise de ciclo materiais por meio da
de vida dos produtos inclui a reciclagem: identificar os
minimização de materiais e de energia materiais para uma devida
durante a pré-produção, produção, separação durante a reciclagem;
distribuição, no uso e no descarte de facilitar a desmontagem limpeza
forma sistêmica. Fazem parte dessa e/ou lavagem; minimizar o
perspectiva a redução do consumo de número de materiais
matéria e energia durante a produção; a incompatíveis entre si.
especificação de materiais e processos

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Nesse sentido, o design vem sendo sustentável, desde sua origem até sua
percebido crescentemente como uma reintegração à natureza. A pele de peixe
ferramenta fundamental para se projetar é um material diferenciado e resistente,
artefatos e embalagens socioambientais cujo processo de produção pode se
e para a mudança de paradigma adequar às leis de preservação e
influenciada por suas soluções sustentabilidade, gerando novas
projetuais criativas. Castro e Carraro possibilidades de renda através do
(2008) afirmam que não se trata aproveitamento da pele. A pele, que
somente de desenvolver eco-produtos, teria como destino o lixo, está ganhando
mas também de gerenciá-los. novo mercado e transformando-se em
um material rentável e com grande
Para isso, o designer deve atuar durante
padrão de qualidade. Sua aplicação
todo o processo com o objetivo de
abrange desde a fabricação de bolsas,
reduzir os impactos ecológicos,
analisando o ciclo de vida dos objetos. calçados e vestuário até a confecção de
móveis e acessórios (MONSUETO,
Durante esse processo, é necessário
2008).
considerar todos os impactos
provocados ao meio ambiente, desde a
extração dos recursos necessários para a
produção de materiais que compõe o
produto (“nascimento”), até o descarte
(“morte”) desses mesmos materiais após
o uso.
Autores como Kazazian (2005),
Manzini e Vezzoli (2002) têm abordado
as relações entre design e
sustentabilidade e demonstrado a
importância de projetos orientados por
critérios ecológicos e sociais.
Entretanto, novas políticas ambientais
de preservação e desenvolvimento
sustentável demandam incessante busca FIG.1- Mesa em couro de Salmão
por matérias-primas e processos Fonte: Kaeru
produtivos inovadores que satisfaçam,
de maneira ecologicamente consciente, A empresa Puma, que atua no segmento
às necessidades e desejos do mercado esportivo, foi pioneira na fabricação de
consumidor, resultando em produtos tênis de pele de Alosa, uma espécie de
diferenciados pela qualidade e com peixe que vive no Atlântico Sul. O
design ambientalmente orientado. modelo chama a atenção pela
3. Pele de peixe: uma nova alternativa elasticidade e resistência da pele que,
para o design sustentável mesmo possuindo 0,6mm de espessura,
ainda é duas vezes mais forte que o
Os couros exóticos (couros de peixe, rã
couro bovino (RIBEIRO, 2004). Além
e avestruz), também conhecidos como
da diferenciação e inovação, o couro do
bio-leather ou couro ecológico, se
peixe apresenta muita resistência à
apresentam como mais uma alternativa
tração e ao rasgamento, uma vez que
na busca por novas soluções que
suas fibras são naturalmente
contribuam para o desenvolvimento
entrelaçadas. Os peixes mais utilizados

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para o aproveitamento da pele são a 4. A transformação da pele e sua
Tilápia, Pescada Amarela, Salmão, relação com o meio ambiente
Dourado, Matrinxã, Pacu, Tainha, e As peles saem do abatedouro e chegam
outros.
ao processo de transformação in natura,
onde são limpas e preparadas para o
curtimento e tingimento. Para sua
coloração, podem ser utilizados
corantes naturais, extraídos de madeiras
e plantas, corantes sintéticos ou corantes
ácidos, onde a variedade de cores é
maior, com cores mais bonitas e
intensas (LOT, 2008). Tingidos dessa
maneira, através de tecnologias
“limpas” e com controle do impacto
ambiental, os couros são considerados
bio-leather ou ecológicos, em função
dos baixos teores de poluentes em seu
processo de coloração. Se este não se
encontra totalmente livre de
FIG.2- Bolsa em couro de Pescada Amarela –
componentes químicos, ainda assim,
Fonte: Amazon Art apresenta vantagens por não utilizar
corantes de sais de cromo, metal pesado
O tamanho do couro do peixe, fator utilizado no sistema tradicional,
limitante em sua utilização, foi superado bastante tóxico e com alto grau de
através de um exclusivo processo de contaminação aos recursos naturais
soldagem desenvolvido pela indústria renováveis. A técnica de tingimento
Nova Kaeru, especialista no curtimento menos poluente, ainda pouco dominada
de peles exóticas, onde pequenos pela maioria das indústrias, tem se
pedaços de couro são “colados” entre si difundido lenta, mas, progressivamente.
formando mantas de até 100x60cm,
ampliando as possibilidades de A adoção de métodos ecológicos para o
aplicação. A empresa oferece opções de curtimento da pele tem eliminado, em
acabamento nos tipos prensado, grande parte, o problema da poluição
chapado e arrepiado, resultando em dos cursos de água, anteriormente
peças singulares, maleáveis, macias e causado pelos efluentes e águas
resistentes que surpreendem o residuais dos curtumes. Todo o lodo
consumidor, proporcionando diversas proveniente dos processos pode ser
opções de aplicação e textura destinado à compostagem e,
(FILGUEIRAS, 2002). posteriormente, ser transformado em
adubo, o que só é possível quando são
utilizados produtos orgânicos nas
formulações. Com o tratamento dos
efluentes e a separação do lodo, a água
utilizada pode voltar a circular como
água de reuso (MELO, 2007).
Há muito se busca reduzir o alto
FIG.3- Pequenos pedaços de couro de Tilápia nível de emissão de poluentes na
soldados formando uma manta com 100x60cm. indústria de couros, e agora, quando
Fonte: Kaeru

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se avança rumo a um novo sistema, tem sido pouco contemplada pelo
não parece inteligente reduzir sua direcionamento estratégico do design
importância perante obstáculos industrial no Brasil.
plenamente superáveis. (RIBEIRO,
2004, p.75). Os processos industriais que envolvem
a transformação da pele de peixe em
5. Potencial sócio-econômico e o couro, quando em consonância com os
respeito à biodiversidade critérios da sustentabilidade, promovem
O potencial mercadológico e econômico a inovação e incrementam o design de
da pele é muito grande, por considerar produtos sustentáveis. As técnicas
que anteriormente, só a carne era produtivas do couro de peixe têm
comercializada. A maioria dos avançado, fundamentando-se nas
frigoríficos processava o peixe e exigências estético-culturais e técnico-
descartava os resíduos (pele, espinha e econômicas, bem como nos valores
vísceras), nem sempre de maneira humanos e ao meio ambiente.
adequada. Além do aproveitamento da
pele, as espinhas são transformadas em
complemento alimentar e as vísceras em Referências:
rações, portanto, seu aproveitamento CARDOSO, Rafael. Uma introdução à
combate o desperdício e a geração de história do design. 2ed. São Paulo: Edgard
resíduos, preservando os recursos Blücher, 2004.
naturais (LOT, 2008). CASTRO, M. L. A. C.; CARRARO, C. O
resgate da ética no design: a evolução da visão
Investimentos para o processamento do sustentável (artigo completo). In: Anais P&D
peixe têm sido uma alternativa que 2008. São Paulo: AEND, 2008.
estimula a geração de empregos e renda, CHEHEBE, J. R. Análise do ciclo de vida de
permitindo um aumento de até 30% nos produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000.
rendimentos obtidos por pescadores, Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., CNI, 1997.
produtores e cooperativas FILGUEIRAS, E. Nova Kaeru: mantas e
(FILGUEIRAS, 2002). A pele utilizada unidades de couros exóticos. Três Rios, 2002.
de forma consciente deve ser Disponível on-line:
proveniente do abate de peixes <http://www.grupodfx.com.br/kaeru> . Acesso
em 09 de setembro 2008.
destinados primordialmente ao consumo
e cuja pesca respeite os períodos de KAZAZIAN, T. (org). Design e
desenvolvimento sustentável: haverá a idade
reprodução da espécie sem agredir o
das coisas leves. São Paulo: Editora Senac,
meio ambiente. A criação em 2005.
reservatórios também pode ser feita,
LEFF, Enrique. Saber ambiental:
sem qualquer interferência na sustentabilidade, racionalidade, complexidade,
biodiversidade ou traços da pesca poder. Petrópolis: Vozes, 2008.
predatória.
______. Racionalidade ambiental: a
6. Considerações finais reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006.
Muitas pesquisas vêm sendo
LOT, D. Inpa pesquisa alternativa p/ resíduo de
desenvolvidas no campo do design e peixe jogado nos rios. Revista Com Ciência.
sustentabilidade, mas ainda de forma (ISSN1519-7654). Disponível on-line:
incipiente, e apesar da crescente <http://www.comciencia.br/comciencia/?section
consciência sobre a importância da =3&noticia=322>. Acesso em 10 de Junho
sustentabilidade na regulação da 2010.
desordem social e ambiental, ela ainda MANSUETO, L. Curtimento de couro de
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116
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YOUNG, John E. Reduzindo o desperdício,
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corantes vegetais da Amazônia no tingimento 1991: salve o planeta! Worldwatch Institute.
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Bueno. São Paulo: Globo, 1991.
RIBEIRO, K. C. de. A. Aplicação de peles
naturais exóticas para a confecção de

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