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BELA VINGANÇA: Que história! Que filme bem dirigido por Emerald Fennell, uma mulher
muito sensível aos problemas femininos! A história: uma mulher que num passado sofreu
abusos resolve se vingar dos homens (de todos os homens) que não tratam bem mulheres. No
entanto, é muito mais do que um mero filme de vingança. BELA VINGANÇA é uma
tradução infeliz para o título original "Promising Young Woman", algo como "Uma
promissora jovem mulher". Uma comédia? Um drama? Um filme de terror? Essa mistura faz
o filme ser muito interessante aos espectadores. Homens e mulheres sairão do filme se
questionando sobre as maneiras com que se tratam reciprocamente. Uma discussão séria
sobre a "cultura do estupro" que permeia essa Brasil e, graças ao machismo vigente, tarda
para ir embora. Gostaria que, pelo menos ganhasse o Óscar de melhor direção. E sou fá da
atriz principal Carey Mulligan: ela sempre escolhe grandes personagens no cinema.
O SOM DO SILÊNCIO: um baterista começa a perceber que está ficando surdo. Não há mais
retorno. Ele busca alternativas e tratamentos para essa nova e dura fase de sua vida. Revolta,
tristeza, assumpção. Uma grande atuação do ator RIZ AHMED. Em nossas vidas, o que está
ao nosso alcance mudar, o que não está? Uma colega minha com quem converso muito sobre
cinema, acha essa o melhor dos indicados. Bem, divergimos nesse ponto.
O 7 DE CHIGAGO: também já tratado nesse espaço, um grande filme, uma grande história
também baseada em fatos reais. Justiça, juízes, julgados. Onde termina a isenção de um juiz e
onde começa seus conceitos e preconceitos? Para um juiz, como não se deixar influenciar
pelas manchetes e noticiários que os bombardeiam? Como se libertar dos preconceitos e
conceitos advindos da família, da infância, da adolescência. Uma linha móvel de difícil
delimitação. De sua decisão, um juiz deveria sempre lembrar que o que está em jogo é a vida
futura de julgado. Atentar-se aos fatos, aos autos e ser imparcial e isento ou ouvir as vozes da
rua que normalmente grita por vingança? Um filme essencial para o momento presente: lava-
jato ou vaza-jato? Juiz herói ou juiz parcial?
MINARI: depois do estrondoso sucesso de O PARASITA ano passado, mas um filme
coreano chega às telas com enorme sucesso dentre os críticos. Confesso que esse eu ainda
não vi. Li algumas críticas favoráveis: trata da história de uma família coreana recém
imigrada aos Estados Unidos e suas dificuldades de adaptação. Não posso dizer muito mais
visto que não tive contato com o filme. Ler crítica é importante, mas somente você, depois de
assistir ao filme saberá o que dizer sobre o filme. (Ah... Um lembrete: em épocas de notícias
mentirosas (fake news), nunca deixem de consultar a veracidade do que recebe no whatsapp).
NOMADLAND: o mais querido dentre os filmes, o mais sincero e pungente dentre os filmes
indicados so Óscar que vi. O filme que eu gostaria que ganhasse o ÓSCAR de melhor filme.
Após a morte do marido, por volta de 2008, ano da maior crise econômica desde 1929, uma
mulher resolve tornar-se uma nômade. Sem residência fixa, dentro de uma van, vaga por
estradas e estados dos Estados Unidos. Pequenos bicos, pouquíssimo dinheiro, mas é essa a
opção de Fer, nome da personagem principal, lindamente interpretada por Frances
MaDormand. Ela já ganhou o ÓSCAR de atriz pelo magnifico filme FARGO (1997) e por
TRÊS ANÚNCIO PARA UM CRIME (2018). Um filme que mistura ficção com
documentário de forma única. Conforem Fer vai se instalando em uma cidade, conhecemos
um pouco sobre as pessoas daquela região, seus sonhos frustrados, suas pequenas esperanças.
Esqueçam aquelas histórias de sucesso e superação que estamos acostumados a ver nos
filmes de Hollywood. A vida dura e pesada daqueles que não nasceram em berço esplêndido.
Mais um filme dirigido por uma mulher, desta vez, uma imigrante chinesa naturalizada
estadunidense, Chloé Zhao.
Façam suas apostas. 25 de abril descobriremos!!!