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Bibliografia Indicada

COMO FUNCIONA A PROTENSÃO?


Exemplo clássico:

Para transportar uma fila de livros aplicam-se forças horizontais


comprimindo-os uns contra os outros, conseguindo-se, assim,
mobilizar forças de atrito entre eles, bem como forças verticais
nas extremidades, o que permite transportá-los.
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• Lembrando o exemplo da fila conjunto de blocos pré-moldados de
horizontal , conclui-se pela concreto : a força horizontal é
viabilidade de se compor uma introduzida através do estiramento de
viga de concreto protendido a uma barra de aço que atravessa os blocos
partir de ”fatias” ou aduelas e que é fixada nas extremidades, criando
pré-moldadas de concreto uma pré-compressão no conjunto.
armado.
Para isso deve-se recorrer a
um sistema de protensão que
possibilite a introdução da
armadura que vai produzir a
força normal necessária,
Blocos pré – moldados com protensão (Hanai, 1999)
assim como a ancoragem
dessa armadura na
extremidade da viga.

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ANÁLISE DOS EFEITOS DA PROTENSÃO
• Para avaliar os efeitos da protensão em uma peça de concreto, considere-se o caso
dos tirantes executados com concreto simples, armado e protendido.

6 6

5 5
C C plastificação
A A
4 N N 4
R R
G G N N
A 3 A 3

2 2

1 fissuração
1

0
0
0,001 0,002 0,003
0,001 0,002 0,003

DEFORMAÇÃO
DEFORMAÇÃO

Concreto Simples Concreto Armado


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ANÁLISE DOS EFEITOS DA PROTENSÃO
Tirantes executados em concreto
protendido

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ANÁLISE DOS EFEITOS DA PROTENSÃO
Nas figura anteriores observamos o comportamento do gráfico
Carga-Deformação de um tirante tracionado sem armadura e com
armaduras protendida (Concreto Protendido) e com armaduras sem
protensão (Concreto Armado). A pré - compressão, decorrente do
pré-alongamento da armadura ativa do tirante, aumenta
substancialmente a capacidade de resistir ao carregamento externo
necessário para iniciar a fissuração.
Na figura a seguir, mostra-se a diferença da curva carga-flecha em
uma viga de concreto armado (CA) e em uma viga com armadura de
protensão (CP). Ambas tem a mesma capacidade última (Mu), mas a
peça protendida tem um momento de fissuração (Mr”) muito maior
que a viga de concreto armado. Devido a contraflecha inicial da viga
protendida, suas deformações iniciais são menores do que a viga de
concreto armado, para um mesmo nível de carregamento. 6
Carga x deslocamento em peças fletidas de concreto armado e concreto protendido

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VANTAGENS DO CONCRETO PROTENDIDO
• Emprego de aços de alta resistência: Esses aços não são viáveis no
concreto armado devido a presença de fissuras de abertura exagerada provocadas
pelas grandes deformações necessárias para explorar a sua alta resistência.
• Eliminação das tensões de tração: Havendo necessidade, consegue-se
eliminar as tensões de tração e, portanto, a fissuração do concreto.
• Redução das dimensões da seção transversal: O emprego obrigatório
de aços de alta resistência, associado a concretos de maior resistência, permite a
redução das dimensões da seção transversal, com redução substancial do peso
próprio.
• Diminuição da flecha: A protensão praticamente elimina a presença de
seções fissuradas. Tem-se, assim, redução da flecha por eliminar a queda da
rigidez a flexão correspondente à seção fissurada.
• Desenvolvimento de métodos construtivos: A protensão permite criar
sistemas construtivos diversos: balanços sucessivos, pré-moldados, etc.

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DESVANTAGENS DO CONCRETO PROTENDIDO
1. Corrosão do aço de protensão: Assim como os aços do
C.A. as armaduras de protensão também sofrem com a corrosão
eletrolítica.
2. Perdas da força de protensão: são todas as perdas
verificadas nos esforços aplicados aos cabos de protensão;
3. Qualidade da injeção de nata nas bainhas e da capa
engraxada nas cordoalhas engraxadas;
4. Forças altas nas ancoragens;
5. Controle de execução mais rigoroso
demandando mão de obra especializada.

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Perdas imediatas da força de protensão:
Caso de pré-tração
A variação da força de protensão em elementos estruturais com pré-
tração, por ocasião da aplicação da protensão ao concreto, e em
razão do seu encurtamento, deve ser calculada em regime elástico,
considerando-se a deformação da seção homogeneizada. O módulo
de elasticidade do concreto a considerar é o correspondente à data
de protensão.
Caso de pós-tração
Para os sistemas usuais de protensão, as perdas imediatas são as
devidas ao encurtamento imediato do concreto, ao atrito entre as
armaduras e as bainhas ou o concreto, ao deslizamento da armadura
junto à ancoragem e à acomodação dos dispositivos de ancoragem.

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Encurtamento imediato do concreto.
Nos elementos estruturais com pós-tração a protensão sucessiva de
cada um dos n cabos provoca uma deformação imediata do concreto
e, conseqüentemente, afrouxamento dos cabos anteriormente
protendidos.

Perdas por atrito.


Produzidas por atrito do cabo com peças adjacentes, durante a
protensão.

Perdas por deslizamento da armadura na ancoragem e


acomodação da ancoragem.
Provocadas por movimentos nas cunhas de ancoragem, quando o
esforço no cabo é transferido do macaco para a placa de apoio.
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Perdas lentas da força de protensão:

Perdas por retração e fluência do concreto. Produzidas por


encurtamentos tardios do concreto, decorrentes das reações
químicas.

Perdas por relaxação do aço. Produzidas por queda de tensão


nos aços de alta resistência, quando ancoradas nas
extremidades, sob tensão elevada.

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AÇO DA ARMADURA DE PROTENSÃO –
ARMADURA ATIVA
• Constituída por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada
à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica
um pré - alongamento inicial.
• Os aços de protensão recebem as seguintes designações:
CP Propriedade Classe
Mecânica Relaxação
Concreto fptk: Resistência RB:Relaxação
Protendido característica de
ruptura kgf/mm2 Baixa
fpyk:Resistência
característica de
escoamento kgf/mm2 RN:Relaxação
Normal
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DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO,
RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO E À
TRAÇÃO
• NBR 6118:2014: o diagrama tensão-deformação deve ser
fornecido pelo fabricante ou obtido através de ensaios
realizados segundo a NBR 6349.
• fpyk : valores característicos da resistência de escoamento
convencional;
• fptk: valores característicos da resistência à tração;
• uk :alongamento após ruptura das cordoalhas
• Os três devem satisfazer os valores mínimos estabelecidos
na NBR 7483.
• Os valores de fpyk, fptk e do alongamento após ruptura uk
dos fios devem atender ao que é especificado na NBR 7482.
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DIAGRAMAS TENSÃO x DEFORMAÇÃO
COMPARATIVOS: aços de protensão e aço CA 50B

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VARIEDADES DE CONCRETO
PROTENDIDO
• CONCRETO PROTENDIDO COM ADERÊNCIA INICIAL
(com armadura ativa pré – tracionada)

É o concreto protendido em que o pré-alongamento da


armadura ativa é feito utilizando-se apoios independentes
do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto,
sendo a ligação da armadura de protensão com os
referidos apoios desfeita após o endurecimento do
concreto; a ancoragem no concreto realiza-se só por
aderência.
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Este processo é dividido em três fases:
1ª FASE : DISTENSÃO DA ARMADURA:
É independente da peça de concreto, onde os apoios de
ancoragem das armaduras estão dispostos fora da peça

PISTA DE PROTENSÃO

Após as armaduras serem distendidas, com uma força de


protensão suficiente para compensar as perdas, a peça é
concretada.
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2ª FASE : CONCRETAGEM DA PEÇA

PEÇA CONCRETADA NA PISTA DE PROTENSÃO

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3ª FASE : CORTE DA ARMADURA - PROTENSÃO

CORTE DA ARMADURA E PROTENSÃO DA PEÇA

Após o concreto atingir a resistência necessária a armadura é


cortada. Em função da aderência entre os dois materiais,
concreto e armadura, a peça é protendida.

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1ª FASE : DISTENSÃO DA ARMADURA:

2ª FASE : CONCRETAGEM DA PEÇA

3ª FASE : CORTE DA ARMADURA - PROTENSÃO

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VARIEDADES DE CONCRETO
PROTENDIDO
• CONCRETO PROTENDIDO COM ADERÊNCIA POSTERIOR
(com armadura ativa pós–tracionada)

É o concreto protendido em que o pré - alongamento da


armadura ativa é realizado após o endurecimento do
concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio
elemento estrutural, criando posteriormente aderência com
o concreto de modo permanente, através da injeção de
graute nas bainhas. Além da aderência a injeção da calda
serve para proteger a armadura de protensão contra a
corrosão.

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CONCRETO PROTENDIDO COM ADERÊNCIA POSTERIOR
(com armadura ativa pós–tracionada)

Quando fazer a injeção da calda de cimento (groute) ???


A injeção deve ser feita imediatamente após a protensão.
Caso seja necessário, por exemplo, realizar uma
reprotensão dos cabos, é preciso tomar providências que
impeçam o ataque da armadura durante o tempo em que
estes não estiverem injetados.
Cuidados devem ser tomados na confecção da calda de
injeção, devendo esta ser produzida com materiais isentos
de cloretos que causam corrosão nas armaduras.
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Este processo é dividido em quatro fases:

1ª Fase: montagem das armaduras passivas (transversal e


longitudinal) e fixação das bainhas metálicas nos estribos com as
cordoalhas em seu interior (ou com enfiação posterior,
dependendo do traçado e da extensão do cabo), seguindo a
curvatura definida no projeto.

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2ª Fase: após a montagem das armaduras ativa e passiva, é
montada a fôrma e concretada a peça.

Detalhe das cordoalhas


Viga concretada 26
3ª Fase: após o concreto adquirir a resistência
necessária é executada a protensão.

Pi Pi

EXECUÇÃO DA PROTENSÃO

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4ª Fase: para criar aderência entre concreto e armadura é feita a
injeção de calda de cimento, o que também protege a armadura
contra a corrosão

INJEÇÃO DAS BAINHAS LOGO APÓS PROTENSÃO


OBS: Para garantir que toda a bainha esteja completamente preenchida com a calda
são deixados respiros (mangueiras) que permitem visualizar sua saída, impedindo
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assim a formação de vazios no interior da bainha.
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VARIEDADES DE CONCRETO
PROTENDIDO
CONCRETO PROTENDIDO SEM ADERÊNCIA
(com armadura ativa pós – tracionada sem aderência)

É o concreto protendido em que o pré - alongamento da


armadura ativa é realizado após o endurecimento do
concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do próprio
elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com
o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas
em pontos localizados.
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CONCRETO PROTENDIDO SEM ADERÊNCIA
(com armadura ativa pós – tracionada sem aderência)
PROTENSÃO NÃO ADERENTE COM ELEMENTOS INTERNOS

O emprego da protensão não


aderente sofreu um grande
aumento após a produção, em
nosso país, das cordoalhas
engraxadas e plastificadas,
particularmente em lajes
planas de edifícios comerciais
e residências, bem como em
pisos industriais e
aeroportuários, sendo, nestes
casos, utilizados como
elementos de protensão
internos às estruturas de
concreto. Laje plana de edifício
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