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A Geografia está em constante busca da compreensão de seu objeto, do espaço geográfico, que é

reconstruído cotidianamente, inserido na dinâmica social. Enquanto disciplina, um dos papéis da Geografia
no âmbito escolar é propiciar aos alunos a análise crítica desse espaço, as mudanças ocorridas com o
tempo, como e por que ocorrem essas transformações e quais as consequências das mesmas. Uma das
maneiras de demonstrar aos alunos a criticidade perante o espaço Geográfico é a utilização de conceitos
durante o desenvolvimento dos conteúdos, que em consonância com os enfoques, as categorias e a
evolução da própria disciplina escolar, torna-se uma opção metodológica coerente. Paganelli (2006, p. 150)
destaca que: [...] para os licenciandos atuantes em uma prática de ensino, a análise das correntes de ensino,
dos conceitos e categorias permitelhe definir melhor os objetivos da Geografia como disciplina escolar,
realizar a passagem dos conteúdos da ciência à disciplina escolar, ou seja, situar o papel da Geografia nos
currículos do ensino fundamental e médio, tendo claro o papel educativo da Geografia na escola e na
sociedade

Reflexões sobre categorias, conceitos e conteúdos geográficos. Seleção e


organização. O referido texto fala da necessidade que temos em conhecermos
o cerne epistemológico dos conceitos chaves na geografia para nos basearmos
ao expormos o conteúdo pragmático. Pra isso ela destaca que os conteúdos
estão contidos dentro da ciência geográfica, que tanto o professor quanto os
geógrafos e suas práticas compreendem e forma o conteúdo geográfico.
Selecionar e organizar conteúdos e conceitos é item primeiro de todo e qualquer
Planejamento Curricular de Ensino em qualquer matéria. Na Geografia, essa
preocupação não poderia deixar de existir. A partir disso, a seleção e a
organização dentro da Geografia necessita de contínua reflexão e
questionamento. O que deve ir pra aula? O que é relevante? O que esse saber
acrescenta ao aluno? O professor, nesse papel, não pode ser mero transmissor
de informações, mas deve ser um agente crítico.

Sabedor disso, é preciso ter em mente que, na Geografia, noções e conceitos


são analisados com preocupação em sua genealogia e gênese, mas tem
diversas interpretações pelo tempo. É preciso que o professor saiba acompanhar
essa evolução não podendo se preocupar com a formação e aquisição deles.
A autora faz uma breve história de como os conceitos básicos da Geografia eram
trazidos no passado (através da escola francesa) e obras do Inglês Peel. A
autora também analisa alguns testes desse autor.

Ela ainda discute a organização dos conceitos. Como organizar dos mais gerais
aos mais específicos e vice-versa? Como solução a esse problema, a autora
propõe a adoção de mapas conceituais explicando que eles permitem um
mapeamento hierarquizado de noções e conceitos de um tema ou unidade de
ensino. Além disso, eles possibilitam relações entre conceitos como avaliar o
domínio e as dificuldades do aluno sobre o dado assunto.

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