ESCOLA POLITÉCNICA
DCTM
ENG – A 53 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
NOTAS DE AULAS
• INTRODUÇÃO – QUALIDADE
• AGREGADOS
• ÁGUA
• ADITIVOS
• AGLOMERANTES
• CIMENTO PORTLAND
• CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND
OBJETIVO DA DISCIPLINA
Conscientizar os alunos do Curso de Engenharia Civil
sobre a importância do conhecimento técnico-
científico dos materiais de construção,
especificamente na área de tecnologia de concreto e
da utilização das respectivas normas técnicas. Tornar
o aluno capaz de realizar dosagens e ensaios de
concreto e interpretar seus resultados.
ESFORÇOS MECÂNICOS
• COMPRESSÃO • TORÇÃO
• TRAÇÃO
• FLEXÃO • CISALHAMENTO
TIPOS DE NORMAS
PRINCIPAIS ENTIDADES
• COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas
• CEB - Comité Européen du Beton
• ISO - Internacional Standartization Organization
• RILEM - Reunion Internationale des Laboratoires d'Essais et des recherches
sur les Materiaux et les structures
• IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto
• ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland
• DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes
Decorrido o tempo necessário para a Consulta Nacional, se realiza uma última reunião
para análise da pertinência ou não das considerações recebidas. Não havendo
impedimento, o texto será levado à homologação pela ABNT, onde recebe a sigla
ABNT NBR e seu número respectivo. A seguir é colocada no acervo de Normas
Brasileiras.
1. INTRODUÇÃO
As propriedades que hoje se exigem dos agregados são de natureza geométrica, física
e química, a saber:
Para verificar essas propriedades, diversos ensaios são normalizados, cujos resultados
podem ser qualitativos ou quantitativos. Uma boa indicação que se pode obter sobre a
qualidade de um agregado é a observação do comportamento do concreto ao longo do
tempo.
2. USO
• ARGAMASSAS E CONCRETOS
3. FUNÇÃO DOS AGREGADOS
3.1 ECONÔMICA
Aquisição
Utilização
• Aplicação
• Conservação
3.2 TÉCNICA
• Resistência (qualidade)
• Trabalhabilidade
• Durabilidade
4.1.1 Naturais - já são encontrados na natureza sob forma de agregado (areia natural,
pedregulho, pedra pome, etc. )
4.1.2 Artificiais - necessitam de um trabalho de beneficiamento (areia artificial, brita,
escória de alto forno, argila expandida, etc.)
4.2.1 Miúdos: Agregados cujos grãos passam na peneira com abertura de malha de
4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm,
em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com
peneiras definidas pela ABNT NBR ISO 3310-1 (areia natural, pedrisco,
etc.)
4.2.2 Graúdos: Agregados cujos grãos passam na peneira com abertura de malha de
75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm,
em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com
peneiras definidas pela ABNT NBR ISO 3310-1 (brita, pedregulho, etc.)
4.3.1 Leves ( < 2.000 kg/m3) = pedras pomes, argila expandida, vermiculita
4.3.2 Normais (2.000 a 2.800 kg/m3) = areias quartzosas, seixos, britas de granito,
gnaisses, etc
4.3.3 Pesados ( > 2.800 Mg/m3) = barita, limonita, magnetita, hematita etc.
5 – OBTENÇÃO
5.1 Agregados naturais - areias e pedregulhos
- Eólicas - transporte pelos ventos - depósitos de material muito fino, grande pureza
6.1 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das ABNT NBR NM 66 e ABNT
NBR 9935, e as seguintes:
- Agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha
de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm, em ensaio
realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT
NBR NM ISO 3310-1.
- Agregado graúdo: Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, em
ensaio realizado de acordo com ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela
ABNT NBH NM ISO 3310-1.
Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis,
duráveis e limpos, e não devem conter substâncias de natureza e em quantidade que
possam afetar a hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da armadura
contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual externo do
concreto. O exame petrográfico realizado de acordo com a ABNT NBR 7389 e
interpretado por profissional capacitado, fornece alguns dos subsídios necessários para
o cumprimento destas condições. Para outras características, ver seções 5 e 6 da
referida norma.
Agregado miúdo
A amostra representativa de um lote de agregado miúdo, coletada de acordo com a
ABNT NBR NM 26 e reduzida para ensaio de acordo com a ABNT NBR NM 27, devem
satisfazer os requisitos prescritos de 5.1 a 5.3.
Granulometria
Distribuição granulométrica
Substâncias nocivas
do agregado miúdo deve ser estabelecida pelo ensaio previsto na ABNT NBR 7221.
Quando o material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem, conforme
procedimento de ensaio estabelecido na ABNT NBR NM 46, for constituído totalmente de
grãos gerados durante a britagem de rochas, os valores constantes na tabela 3 podem
ter seus limites alterados de 3% para 10% (para concreto submetido a desgaste
superficial) e de 5% para 12% (para concreto protegido do desgaste superficial), desde
que seja possível comprovar, por apreciação petrográfica realizada de acordo com a
ABNT NBR 7387, que os grãos constituintes não interferem nas propriedades do
concreto. São exemplos de materiais inadequados os materiais micáceos, ferruginosos e
argilo-minerais expansivos. Para agregado total, ver 3.6 e nota 3 da tabela 7.
a) Impurezas minerais
Materiais pulverulentos:
Solução Padrão:
Solução de Na OH a 3 %
Solução de Ácido tânico a 2%
NaOH = 30g Ácido Tânico = 2g
Água destilada = 970g Álcool a 95º = 10ml
Amostra de areia = 200g Água destilada = 90ml
RESULTADO ESPERADO:
Durabilidade
Neste caso específico, o método pode ser utilizado para ensaio de agregados.
4) Agregados que excedem o limite estabelecido para sulfatos podem ser utilizados em concreto, desde que o teor
total trazido ao concreto por todos os seus componentes (água, agregados, cimento, adições e aditivos químicos)
não exceda 0,2% ou que fiquem comprovado o uso no concreto de cimento Portland resistente a sulfatos
conforme a ABNT NBR 5737.
Agregado graúdo
A distribuição granulométrica, determinada segundo a ABNT NBR NM 248, deve
atender aos limites indicados para o agregado graúdo constantes na tabela 6.
Tabela 6 – Limites da composição granulométrica de agregado graúdo
De maneira geral, os Grãos angulosos são obtidos através dos agregados britados,
enquanto que ao Grãos arredondados são obtidos através dos agregados naturais.
a) Índice de forma
O índice de forma dos grãos do agregado não deve ser superior a 3, quando
determinado de acordo com a ABNT NBR 7809.
IF = c/e
b) Coeficiente volumétrico cv = Vg : Ve
Vg - Volume do grão
Ve - Volume da esfera que circunscreve o grão
Desgaste
O índice de desgaste por abrasão “Los Angeles”, determina segundo a ABNT NBR NM
51, deve ser inferior a 50%, em massa, do material.
Durabilidade
Ensaios especiais
Tabela 7 – Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado graúdo com relação à
massa de material
UFBA – Escola politécnica 17 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Quantidade máxima relativa à
Determinação Método de ensaio
massa de agregado graúdo %
Concreto aparente 1,0
Torrões de argila e materiais Concreto sujeito a
ABNT NBR 7218 2,0
friáveis desgaste superficial
Outros concretos 3,0
Concreto aparente 0,5
Materiais carbonosos1) ASTM C 123
Concreto não aparente 1,0
Material fino que passa
através da peneira 75 µm por
ABNT NBR NM 46
lavagem material 1,0
pulverulento)2), 3)
1) Quando não for detectado a presença de materiais carbonosos durante a apreciação petrográfica, pode-
conforme a ABNT NBR NM 53, o limite de material fino pode ser alterado de 1% para 2%.
3) Para agregado total, definido conforme 3.6, o limite de material fino pode ser composto até 6,5%, desde
que seja possível comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a ABNT NBR 7389,
que os grãos constituintas não interferem nas propriedades do concreto. São exemplos de materiais
inadequados os materiais micáceos, ferruginosos e argilo-minerais expansivos.
As informações a seguir não fazem parte do texto da ABNT NBR 7211:2005, porém,
visam fornecer detalhes sobre alguns ensaios e suas justificativas objetivando o
emprego dos agregados na fabricação dos concretos.
Reatividade potencial
Agregados artificiais
Agregados naturais
Grãos lisos
Grãos rugosos
c) Inatividade Química
Forma de avaliação:
p = porosidade, Vv = volume de vazios e Vt = volume total
p = ( Vv / vt) x100
1. MASSA ESPECÍFICA
2. MASSA UNITÁRIA
3. UMIDADE
4. INCHAMENTO
1. MASSA ESPECÍFICA
Relação entre a massa do agregado seco e o volume dos grãos, incluindo os poros
impermeáveis. Na massa específica deve-se levar em consideração somente o volume
e a massa dos grãos.
γr = Mg / Vg
• Método do Picnômetro
• Método do Balança Hidrostática
• Método do Frasco Graduado de precisão (Frasco de Chapmam)
µ= M / Vt
3. UMIDADE
Relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca, expressa em %.
h = (Ma / Ms ) x 100
Frasco de Chapmam
Picnômetro
Processos Expeditos – secagem ao fogo, em estufa, speedy.
4. INCHAMENTO
ou Vh/Vs = µs /µ
µh [( 100 + h)/100], onde
I = lnchamento (%)
V = Variação de volume
Vs = Volume da areia seca
Vh = Volume da areia úmida
Vh/Vs = Ci = Coeficiente de Inchamento
Ms = massa seca
h = umidade do agregado
Deseja-se
h = (Mágua / Ms) x 100 h = [(Mh -Ms)/ Ms] x100 Mh = Ms[( 100 + h)/100]
Mh = Ms ( 1 + h/100)
Mh=Ms x Ch
b) Correção de volume
Deseja-se
I = (∆V/Vs) x 100
Vh = Vs [(100 + I)/100]
Vh/Vs = 1 + I/100
Vh = Vs x Ci
A água a ser empregada no concreto não deve conter impurezas que possam
prejudicar a qualidade do concreto ou argamassa.
Uma água agressiva tem sua ação menos danosa ao concreto quando usada como
água de amassamento do que no contato com o concreto já endurecido. Não se pode
julgar a qualidade de uma água para emprego no concreto pela sua coloração ou
cheiro, uma vêz que certas impurezas que contribuem para isso não prejudicam o
material.
O local de armazenamento da água deverá impedir o contato direto com operários, não
permitindo eventuais contaminações com óleos, graxas, sabões, detergentes ou outras
substâncias estranhas que possam afetar sua qualidade para uso na produção de
concreto.
O local de armazenamento da água deverá impedir o contato direto com operários, não
permitindo eventuais contaminações com óleos, graxas, sabões, detergentes ou outras
substâncias estranhas que possam afetar sua qualidade para uso na produção de
concreto.
MÍNIMO MÁXIMO
a) CLORETOS
c) AÇUCAR
d) Ph
f) MATÉRIA ORGÂNICA
ADITIVOS - Histórico
Atualmente, sabe-se que estes produtos funcionam como incorporadores de ar. Com o
advento do cimento Portland, por volta de 1850, foi introduzido o gesso ao clinquer
para se conseguir o retardamento de pega.
Relato histórico....
Outras propriedades:
Plastificantes;
Retardadores de pega;
Impermeabilizantes;
Retentores de água;
Multifuncionais ou polifuncionais;
Superplastificantes;
Superplastificantes de 3ª geração.
• ADITIVO IMPERMEABILIZANTE
• ADITIVO EXPANSOR
• ADITIVO INIBIDOR DE CORROSÃO
Granato, 2004
Características:
• METACAULIM
Origem do nome:
-caulim: do chinês “Kao Ling” ou “Colina Branca” - jazidas da argila naquele país.
HP: do inglês “High Performance” ou “Alto Desempenho”.
Histórico
SiO2: 51%
Al2O3: 40%
Fe2O3: < 3,0%
Este efeito se deve à sua resistência aos esforços de tração ocasionados pela retração
do concreto na secagem.
• FIBRAS DE AÇO
As fibras de aço possuem grande variedade de aplicações. Para essas aplicações são
utilizados diferentes tipos de fibras e dosagens, de acordo com as necessidades do
projeto, obtendo assim vantagens sobre a armadura convencional. Principais
aplicações:
Recomendações de uso:
Tempo de mistura: até que as fibras estejam muito bem distribuídas no concreto;
APLICAÇÃO
Pasta = aglomerante + água
Nata = pasta muito fluida
Argamassa = aglomerante + agregado miúdo
Concreto = argamassa + agreg. graúdo
Aglomerantes materiais ativos (pulverulentos)
Agregados materiais inertes (granulosos)
Aglomerados argamassas e concretos
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Quimicamente ativo Simples
Compostos
Com adições
Quimicamente inertes Endurecem por secagem - (argila)
Classificação Segundo as Propriedades
Aéreos endurecem expostos ao ar e não resistem a
ação da água. Ex.: cal aérea, gesso
Hidráulicos endurecem por hidratação dos compostos,
tanto ao ar como em contato com a água.
Ex.: cal hidráulica, cimento Portland
Propriedades Essenciais:
Pega solidificação da pasta
Endurecimento aumento de resistência
Durabilidade
Resistência
Pega e Endurecimento
Estado Pastoso Estado Semi-sólido Estado Sólido
IP FP
Consistência Constante Consistência Crescente Resistência Crescente
Fase da Pega Fase do Endurecimento
Reações de obtenção :
1) 2 CaSO4. 2H2O + calor (<200.oC) 2 CaSo4.1/2 H2O + 3H2O
2) CaSO4. 2H2O + calor (>200 oC) CaSO4 + H2O
2H2O + calor (>200 oC) CaSO4 + H2O
3) 2CaSO4. 2H2O + calor (>1000 oC) CaSO4 + CaO + SO3 + 4H2O
USO e APLICAÇÕES:
Pasta = aglomerante + água
Nata = pasta muito fluida
Argamassa = Água + aglomerante + agregado miúdo
Não pode ser utilizado na presença de água;
Revestimentos de interiores;
Placas de gesso para forros;
confecção de blocos leves;
Moldes de peças de precisão (odontologia e fundição);
Florões, sancas e peças de decoração.
Principais Características:
Aglomerante quimicamente ativo, aéreo;
Material pulverulento de cor esbranquiçada;
Utilização: sob forma de pasta ou de argamassa;
O gesso adere bem ao tijolo, pedre, ferro, concreto e mal a madeira e favorece a corrosão
do aço;
Excelente isolante térmico e acústico e pouco permeável ao ar, é bom protetor contra
incêndios.
Propriedades Físicas:
Massa específica = 2,70 Mg/m3
Massa unitária = 0,7 a 1,0 Mg/m3
Resistência à compressão = 1,5 a 15,0 MPa (a 28 dias)
Normalização: NBR 13207 – Gesso para construção civil – Especificação
NBR 12127, NBR 12128; NBR 12129, NBR 12130 = NORMAS DE ENSIOS DE
LABORATÓRIO.
1. Fabricação
1a parte: Calcinação
CO3Ca + calor CaO + CO2
Temperatura: 850 a 900 oC
Perda de peso =(44%)
Redução de volume =(12 a 20%)
O CaO é denominado cal viva, ou cal caustica, ou cal virgem (não é o
aglomerante ainda).
3 - Propriedades
Exigências Químicas
Limites
Compostos
CH-I CH-II CH-III
Na fábrica ≤5% ≤5% ≤ 13 %
CO2
No depósito ou na obra ≤ 7% ≤ 7% ≤ 15%
Óxido não-hidratado calculado ≤ 10% Não exigido ≤ 15%
Óxidos totais na base de não-voláteis ≥ 88% ≥ 88% ≥ 88%
Avalia a qualidade da calcinação, uma vez que determina o teor de CO2, que está combinado
formando os carbonatos remanescentes da matéria prima (máximo 13%).
Óxidos livres (máximo 10%):
Determina o teor de óxidos não hidratados que, apesar de se constituirem no potencial
aglomerante da cal, pois a hidratação tem continuidade, pode ter efeito negativo, uma vez que
são produtos expansivos - CaO: 100%, e MgO: 110%.
Óxidos totais (CaO + MgO):
Avalia a qualidade da matéria prima e do processo de produção, uma vez que determina o teor
de óxidos presentes (mínimo 88%).
Impurezas:
Material proveniente da rocha (quartzo e argilo-minerais), medido por meio do resíduo
insolúvel, uma vez que a cal é solúvel em ácido clorídrido - máximo 12%.
• Melhorar trabalhabilidade;
• Hidratar óxidos remanescentes não hidratados;
• Desfazer grumos de cal;
• Aumentar a retenção de água;
• Melhorar a plasticidade.
Como re-hidratar?
a)Pasta de Cal:
Normalização:
CAL HIDRÁULICA
A cal hidráulica é um material de construção tradicional e foi de fundamental na história
das argamassas empregada na arquitetura antes do advento do cimento.
A CAL HIDRAULICA é um produto que atende bem ao apelo ecológico e pode ser
assim considerado por alguns aspectos:
1. Obtenção:
IH < 0,10 cal aérea IH > 0,60 cimento 0,50< IH < 0,60 cales limites
Links interessantes:
http://www.construcalce.com.br
http://civil.fe.up.pt/pub/apoio/ano1/CienciaDosMateriais/apontamentos/teorica_20
022003/JSC_031a043.pdf
A cal aérea é empregada como aglomerante nas argamassas, sendo obtida a partir do
calcário (CaCO3). Numa primeira fase da obtenção, o calcário é aquecido à
temperatura de 900ºC quando ocorre a sua descarbonatação (perda do CO2) e se
obtém a cal virgem ou cal viva (CaO), conforme a reação a seguir.
RESUMO HISTÓRICO
NO BRASIL
Para conhecer a localização de cada fábrica e a quais grupos elas pertencem, criamos um link diretamente do site
do SNIC (www.snic.org.br), clicando no mapa para indicar qual a fábrica e a qual grupo aquela fábrica pertence.
Gesso ⇒ SO3
C3S - cristais grandes e com arestas, que se hidrata em poucas horas com
grande produção de calor, formando hidróxido de cálcio ( Ca(OH)2 ) na
hidratação. É o composto responsável pela resistência do cimento nas
primeiras idades. Conteúdo médio ≈ 52%
%C3S = 4.07 x (63.33 – 0.56) - 7.60 x 19.89 - 6.72 x 4.12 - 1.43 x 2.64 – 2.85
x 2.43 = 65.92%
C3S : 40 a 60 %
C2S : 14 a 35 %
C3A : 5 a 13 %
C4AF : 6 a 10 %
As rochas calcárias são, geralmente, extraídas por derrocagem por explosivo, obtendo-
se blocos de diversos tamanhos, dos quais os maiores devem ser re-fracionados para
transporte para a fábrica, onde serão britados. Existem jazidas de depósitos
sedimentares de carapaças de mariscos, como é o caso da Baia de Aratu na região
metropolitana de Salvador, onde, durante muito tempo, a extração do calcário foi feita
por dragagem do fundo da Baia e transportado, por chatas, até o porto na fábrica de
cimento, onde era beneficiado. Este processo é muito dispendioso e traz problemas
ambientais, tornando-se inviável com o tempo.
A argila é obtida por escavação mecânica em jazida do tipo banco, de origem natural.
No processo por via seca, o transporte entre os silos e o forno é feito por ar
comprimido, enquanto que no processo por via úmida, através de bombas.
O clinquer tem coloração escura, quase preta, formando fragmentos arredondados com
tamanhos variados. O produto é moído em moinho de bolas, ocasião em que é
misturado com a gipsita e as demais adições (filler, escórias ou pozolanas).
3.11. COMERCIALIZAÇÃO
4. ENDURECIMENTO DO CIMENTO
C3A – hidrata-se rapidamente, com grande calor. Não produz hidróxido de cálcio,
consumindo-o parcialmente. Forma aluminato hidratado e, na reação com o
sulfato da gipsita, dá origem ao sal de Candlot (etringita).
(Pega e Endurecimento)
Sal de Candlot
6) Alumiando tricálcico hidratado +Ca (OH)2 = Al. tetra-cálcico hidratado
7) Ferrito monocálcico hidratado +Ca(OH)2 = Ferrato tri-cálcico hidratado
8) CaOlivre + água = Ca(HO)2
9) MgO + água = Mg(HO)2
- Teor de C3A: Maior teor de C3A: no cimento resulta em menor tempo de pega.
- Finura: Cimentos mais finos apresentam tempo de pega menor.
- Quantidade de água de amassamento: Maior quantidade de água, menor é o
tempo de pega.
- Temperatura: Temperaturas mais elevadas reduzem o tempo de pega por
acelerarem as reações de hidratação do cimento.
- Aditivos (aceleradores e retardadores): Os aditivos podem reduzir ou retardar
o tempo de pega do cimento.
5.3. FINURA
A finura do cimento está relacionada com as dimensões dos grãos que compõem o
material. Duas formas são empregadas para medir a finura do material:
- Águas ácidas – águas de chuva que contenham baixo teor de CO2, como é o caso de
regiões rurais, o CO2 reage com o hidróxido de cálcio existente nas pastas de cimento
resultando na formação de CaCO3, pouco solúvel que tende a proteger a estrutura. Em
ambientes com elevados teores de CO2, próprios de regiões urbanas e industriais, ocorre a
formação de bicarbonato de cálcio, mais solúvel, que é removido progressivamente,
proporcionando a deterioração do material.
Reação dos álcalis (Na2O e K2O) do cimento com certos minerais presentes em
algumas rochas, dentre eles a opala, calcedônia, tridimita, cristobalita, formando
compostos expansivos que provocam a ruptura da massa endurecida.
f = Q / So So = π . d2 / 4 (d=5cm)
a) Relação água/cimento
A resistência diminui à medida que aumenta o fator água cimento, em razão da
maior porosidade da pasta proporcionada com o excesso de água que tende a
evaporar em relação à água necessária à hidratação.
Atenção para o risco de aparecimento de enxofre na escória, o que inviabiliza seu uso
nos concretos, pela possibilidade de ocorrerem expansões indesejáveis com o tempo,
e nas caldas de injeção em contato com cabos de protensão por aumentar o risco de
corrosão sob tensão (“stress corrosion”).
Foi publicada em 3 de julho de 2018 a nova norma técnica que unifica outras oito
relacionadas ao Cimento Portland – a maioria com data entre 1991 e 1994. Os avanços
tecnológicos, os compromissos ambientais assumidos pelos fabricantes e as
exigências do mercado indicaram que elas deveriam ser revisadas e condensadas em
uma só. Nasceu, então, a ABNT NBR 16697 (Cimento Portland – Requisitos).
NOTA:
(*) Dada a pouca experiência que se tem no Brasil sobre uso do CP III e do CP IV na argamassa armada
deve-se consultar um especialista antes de especificá-los para esse uso.
As obras do primeiro grupo, desde que não estejam expostas a ambientes agressivos,
por serem obras estruturais têm como requisito principal a resistência mecânica;
quanto maior a resistência nas primeiras idades melhor, para permitir a liberação mais
rápida das formas e utilização das obras. Assim, os cimentos mais adequados são os
que apresentam resistências maiores, portanto, aqueles que têm maiores teores de
C3S e C2S, sendo que, desses dois compostos, quanto mais C3S melhor, além de uma
maior finura, para que as resistências iniciais sejam mais elevadas. Os cimentos CP-I e
os CP-II são adequados a estes tipos de obras. Em se tratando de canteiros de
fabricação de peças pré-moldadas, desde que não existam requisitos de durabilidade
para as peças, do ponto de vista de aumento da capacidade de produção da fábrica,
melhores são os cimentos de elevada resistência inicial, tal como o cimento CP V ARI.
Nas obras de concreto massa, assim consideradas aquelas que têm espessura maior
que 50cm, o problema está relacionado com o calor desenvolvido durante o processo
de hidratação dos compostos do cimento, fazendo com que ocorra um gradiente
térmico entre o centro e a periferia da peça, resultando em deformações diferenciais e
conseqüente fissuração. Para concreto simples, o risco de fissuração se verifica
quando este gradiente atinge 15o, enquanto que no concreto armado, a presença da
armadura permite considerar valores maiores (cerca de 20o). Logo, mais adequados
para este tipo de obra são os cimentos de Baixo Calor de Hidratação (BC), com
menores teores de C3A e C3S, compostos que mais produzem calor (ver ítem 1.6.7).
Desses cimentos, os que têm pozolanas principalmente, ou escórias, têm sido mais
recomendados em razão das vantagens obtidas em relação à reação álcali-agregado.
Aplicação:
MATERIAL UNIVERSAL
Classificação:
• Em relação à resistência:
Baixa resistência - < 20 MPa
Moderada - 20 a 40 MPa
Alta resistência - > 40 MPa.
C10 10
C15 15
Abatimento
Classe Aplicações típicas
(mm)
S10 10 ≤ A < 50 Concreto extrusado, vibro prensado ou centrifugado
Outros tipos:
Concretos modificados com polímeros (látex-CML, impregnado-CIP)
Reforçado com fibras - aço, vidro, polipropileno
Retração compensada - com cimentos expansivos
Com superplastificantes - auto-adensável.
Etc.
Vantagens:
• Facilidade de trabalho - Elementos de concreto podem ser facilmente
executados, numa variedade de tamanhos, no próprio local da obra.
• Monolitismo - Apresenta continuidade, distribui bem as tensões e pode ser
considerado isótropo.
• Forma - pode-se fabricar peças com formas as mais variadas, no próprio
local.
• Resistência e Durabilidade - pode-se controlar suas propriedades. Possui
boa resistência mecânica e também aos agentes agressores.
• Custo - Principais ingredientes relativamente baratos
• Energia e conservação de recursos naturais - Menor consumo de energia e
possibilidade de reciclagem de grande quantidade de resíduos industriais.
UFBA – Escola politécnica 65 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
A ESTRUTURA DO CONCRETO
CONCRETO = PASTA + AGREGADOS + (zona de transição)
Fase agregado
Predominantemente responsável pela massa específica, módulo de elasticidade, e
estabilidade dimensional do concreto;
Pode influir na resistência e durabilidade do concreto;
O agregado também funciona como redutor de custos.
Fase pasta
• No concreto fresco, envolve os agregados, enchendo os vazios, dando
possibilidade de manuseio.
• No concreto endurecido, aglutina os agregados, dando ao conjunto: resistência,
certa impermeabilidade, estabilidade dimensional e durabilidade.
Zona de transição
TRABALHABILIDADE - Consistência
RESISTÊNCIA - Compressão, tração, flexão, desgaste.
DURABILIDADE - Impermeabilidade, constância de volume.
2. Condições econômicas:
Etapas de execução
1. Seleção dos materiais
Tipo, Qualidade, Uniformidade
2. Proporcionamento (dosagem)
Traço
3. Produção
Mistura, Transporte, Lançamento, Adensamento, Acabamento.
4. Tratamento
Cura
Traço
Expressão da composição do concreto.
• Em massa, referente à unidade de massa de cimento.
1:a:p:x cimento:areia:pedra:água
Relações importantes:
1. Relação água/cimento
k1
fcj =
a/c
K1 e k2 = constantes
que dependem da
K2
natureza dos
materiais, da idade e Relação
das condições de água/cimento
cura.
CURVA DE ABRAMS
60
Resistência à
compressão
40
(MPa)
3 dias
20
0 7 dias
0,4 0,5 0,6 0,7 28 dias
Relação a/c
TABELA 4 - ACI
RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO, MÁXIMAS PERMISSÍVEIS PARA DIFERENTES
TIPOS DE ESTRUTURAS E GRAUS DE EXPOSIÇÃO
(ACI Manual of Concrete Inspection)
Classe de Risco de
Classificação geral do tipo de
agressividade Agressividade deterioração da
ambiente para efeito de projeto
Ambiental estrutura
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1), 2)
Classe de agressividade(Tabela 1)
Concreto Tipo
I II III IV
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
Relação água/
cimento em massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Consumo de
cimento por m3 de CA e CP ≥ 260 ≥ 280 ≥ 320 ≥ 380
concreto kg/m3
Relação água/cimento
Trabalhabilidade / consistência
Relação Água
Materiais Secos Relação A/C
A% = [ X ]x
* 100
100
(1 + m)
Agregados
CIMENTO
m = a +b
Areia Brita
1. INTRODUÇÃO
2. TRABALHABILIDADE
A trabalhabilidade é uma propriedade que pode ser definida como a aptidão que o
concreto tem de ser colocado nas formas sem perder a sua homogeneidade. A
trabalhabilidade é uma propriedade abrangente, não se restringindo, apenas, às
características de mobilidade maior ou menor do material, o que facilita ou dificulta a
aplicação do produto na grande maioria dos casos de sua utilização. Ela envolve,
também, aspectos relacionados com a composição da mistura, dimensão e distribuição
dos agregados, relação agregados miúdo / graúdo, teor de pasta de cimento, dentre
outras, como será visto adiante.
a) Quanto à forma
b) Quanto à armadura
Onde:
Os fatores internos são aqueles que podem ser manipulados durante a elaboração de
um traço de concreto para atender a uma exigência determinada pelos fatores
externos. Destacam-se os seguintes:
a) CONSISTÊNCIA
d) FORMA DO GRÃO
A forma do grão interfere nas propriedades do concreto fresco pela maior ou menor
facilidade de escorregamento proporcionado pelo formato esférico, lamelar ou acicular,
já comentado em agregados.
- BOLA DE KELLY
- GRAFF
- POWERS
- VEBÊ
2.4.5 ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO - GRANVILLE
3. EXSUDAÇÃO
UFBA – Escola politécnica 76 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
3.1 CONCEITUAÇÃO
- JUNTAS FRIAS
- MÍNIMO DE ÁGUA
O concreto é um material que suporta bem esforços de compressão e mal aos esforços
de tração.
- Relação água/cimento;
O aumento da relação água/cimento (relação entre a quantidade de água e de
cimento numa mistura de argamassa ou concreto) é acompanhado de uma
redução da resistência mecânica.
- Idade;
A resistência mecânica cresce com a idade do concreto em função do tipo de
cimento.
- Tipo de cimento:
- Cura.
fc = Q / So
ftd = 2P / πDL
ftf = PL / a3.
P = Carga total de ruptura do corpo de prova (kN).
L = Distância entre os apoios do corpo de prova ( ~ 600mm).
a = aresta da base do corpo de prova (150mm).
2.3. DEFORMAÇÕES
O concreto pode deformar-se quando submetido a determinadas condições ambientais
ou quando sujeito a ação de esforços externos, as quais podem ser assim resumidas:
E = tg α = σ / ε .
O módulo de elasticidade secante é dado pela inclinação da reta que une a origem à
tensão dada. Este módulo é o considerado no estudo do comportamento das estruturas
de concreto e deve ser o indicado nas plantas de projeto estrutural.
2.5. DURABILIDADE
2.5.1. DEFINIÇÃO
2.5.2. IMPORTÂNCIA
PROCESSOS FÍSICOS
a) lixiviação
b) expansão (ação de sulfatos, reação álcali-agregado, corrosão de armaduras)
a) DESGASTE SUPERFICIAL
Resumindo:
f) LIXIVIAÇÃO
MEDIDAS PREVENTIVAS
Definição:
Objetivo:
Nesta condição, exige-se, para os concretos de classe até C15, consumo mínimo
de 300 kg de cimento por metro cúbico.
b) Trabalhabilidade
Lei de Lyse
Métodos de Dosagem
1: a: p : x água
pedra
areia
cimento
ETAPAS DE EXECUÇÃO
Elementos a considerar:
ELABORAÇÃO DO TRAÇO
Parâmetros a determinar
Relação água/cimento x
Instrumentos necessários
O traço só pode ser estabelecido empiricamente se o concreto for da classe C10, com
consumo de cimento de 300 kg/m3.
MISTURA
Para obter-se um concreto de boa qualidade deve-se fazer uma mistura adequada.
Considerar:
Eficiência do Equipamento
Estado de Conservação
Tempo da Mistura
Velocidade da Betoneira
Ordem de Colocação dos Materiais na Betoneira
Tempo da Mistura
__
t=k√ D sendo t em segundos e D em metros
LANÇAMENTO
É importante elaborar um plano de concretagem, mesmo em concretagens pequenas,
precedendo o lançamento do concreto.
PRELIMINARMENTE
Antes de iniciar o lançamento do concreto deve-se fazer inspeções nas formas e nas
ferragens.
UFBA – Escola politécnica 91 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Garantir que as formas:
Outras recomendações:
• O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre
o fim deste e o do lançamento, intervalo superior a uma hora.
• Se for utilizada agitação mecânica, esse prazo será contado a partir do fim da
agitação.
• Com o uso de aditivos o prazo poderá ser aumentado.
• Em nenhum caso se fará lançamento após o início de pega.
• O concreto deverá ser lançado o mais próximo possível de sua posição final.
• Evite incrustações de argamassa nas paredes das fôrmas e nas armaduras.
• Deverão ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto.
• A altura de queda livre do concreto não poderá ultrapassar 2 m.
• Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na
parte lateral, ou por meio de funis ou trombas ou tremonhas.”
LANÇAMENTO SUBMERSO
Socamento
Manual
Apiloamento
O teor de argamassa do concreto deve ser maior que o normal, devendo possuir cerca
de 600 l de argamassa por m3.
Vibração
Mecânico
Centrifugação
VIBRAÇÃO
Direta - vibradores superficiais
SUPERFICIAL
Indireta - vibradores externos
• Retirar o vibrador lentamente, para haver tempo de fechar o orifício feito quando da
introdução no concreto.
Procedimentos de Cura
JUNTA DE CONCRETAGEM
O importante é que não tenha nata frágil não aderida na superfície e nem detritos que
venham dificultar a aderência do novo concreto.
Procedimento
Antes de ser reiniciado o lançamento, deve ser removida a nata e feita a limpeza da
superfície da junta.
A retirada das formas e do escoramento, só poderá ser feita quando o concreto tiver
suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não
conduzir a deformações inaceitáveis, tendo em vista o baixo valor do módulo de
elasticidade do concreto (Eci) e a maior probabilidade de grande deformação diferida
no tempo quando o concreto é solicitado com pouca idade.
DOSAGEM
Para atender esta condição deve-se dispor da curva de Abrams construída com o
mesmo cimento e mesmos agregados que serão utilizados na fabricação do concreto.
1.1 Relação água/cimento
Para a definição da relação água/cimento(x), teremos: fcj = fck + 1,65 Sd
1.1.1 O desvio padrão de dosagem poderá ser conhecido se a obra possuir no mínimo
20 (vinte) resultados consecutivos dentro de um mês, em período anterior ao que se
deseja fazer novo traço. Neste caso não considerar Sd inferior a 2 MPa.
1.1.2 Se o desvio padrão for desconhecido, considerar as condições da NBR 12655,
que são:
Nesta condição, exige-se, para os concretos de classe até C15, consumo mínimo
de 300 kg de cimento por metro cúbico.
Para que esta condição seja atendida deve-se tomar conhecimento do projeto e das
condições de exposição das peças de concreto. Utilizar a tabela do ACI distribuída em
aula prática para a determinação da relação água/cimento requerida.
f1 + f2 +.... + fm-1
fck,est = 2x -------------------------- - fm ⇒ Onde:
(m – 1)
Limitação: fck,est = ψ6 x f1
Não se deve tomar para fckest valor menor que ψ6 x f1. Veja na tabela 2 os valores de
ψ6.
1.2 Quando o número de exemplares for superior ou igual a 20, n ≥ 20, o valor estimado
da resistência característica à compressão (fck,est), na idade especificada, é dada por:
Equação:
f =f
ck,est c, betonada
3. Casos Excepcionais
No caso de lotes com volumes de até 10 m3, com número de exemplares entre 2
e 5, não correspondendo ao controle total, é permitido adotar:
fck,est = ψ6 x f1, onde ψ6 é dado pela tabela 2.
IV - ACEITAÇÃO DA ESTRUTURA
A estrutura será aceita automaticamente quando todos os lotes possuírem o fckest
maior que o fckprojeto.
fck
est
≥ fckprojeto
Caso algum lote não possuir o fck,est maior que o fck,PROJETO, deve-se:
• EXTRAÇÃO DE TESTEMUNHO
d) prova de carga;
UFBA – Escola politécnica 102 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
VIII - ARGAMASSA
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÂO
Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânicos e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento
podendo se dosada em obra ou em instalação própria (argamassa industrializada).
3. MATERIAIS COSTITUINTES - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
• CIMENTO
• CAL
• AREIA
• ARENOSO
• CAULIM
• ADITIVOS
4. CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS
Quanto à natureza do aglomerante
- Argamassa aérea : argamassa preparada com aglomerante aéreo, que endurece por
reação com o ar atmosférico.
- Argamassa hidráulica : argamassa preparada com aglomerante hidráulico, que
endurece por reações que envolvem a água.
Quanto ao tipo do aglomerante
UFBA – Escola politécnica 103 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Quanto a consistência
-Secas: argamassas cujo índice de consistência (flow table) é inferior a 200 mm (Ex.
Argamassa para contra-piso).
-Plásticas: argamassas cujo índice de consistência (flow table) está entre 260 e 300
mm (Ex. Argamassa de emboço).
-Fluídas: argamassas cujo índice de consistência (flow table) é superior a 360 mm (Ex.
Chapisco).
Quanto à utilização/função
5. DOSAGEM
• PRÉ-FIXADA - TABELAS
• EMPÍRICA - PESSOAL X TÉCNICA
• ESSENCIAIS - TRABALHABILIDADE
(RETENÇÃO DE ÁGUA)
- RESISTÊNCIA
- ADERÊNCIA
- DURABILIDADE
- IMPERMEABILIDADE
UFBA – Escola politécnica 104 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
• ESPECÍFICAS - RESISTÊNCIAS A AGENTES QUÍMICOS
- ISOLAMENTO TERMO-ACÚSTICO
- INVARIABILIDADE VOLUMÉTRICA
Momentos de avaliação
No estado fresco;
No período após a aplicação sobre a base em que a argamassa se encontra em
fase de endurecimento;
No período de uso da edificação ⇒ ação dos usuários e das condições de
exposição.
• NO ESTADO FRESCO:
- Trabalhabilidade;
- Consistência;
- Plasticidade;
- Retenção de Água;
- Aderência inicial;
- Coesão interna.
ESTADO ENDURECIDO:
• NO PERÍODO DE USO:
UFBA – Escola politécnica 105 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
ARGAMASSAS – Requisitos da NBR 13281/2005 (Outubro/05)
- Resistência à compressão;
- Densidade de massa aparente no estado endurecido;
- Resistência à tração na flexão;
- Coeficiente de capilaridade;
- Densidade de massa aparente no estado fresco;
- Retenção de água;
- Resistência potencial de aderência à tração.
Resistência à compressão
Classe Método de ensaio
(MPa)
P1 ≤2,0
P2 1,5 a 3,0
P3 2,5 a 4,5
ABNT NBR 13279
P4 4,0 a 6,5
P5 5,5 a 9,0
P6 >8,0
M1 ≤1200
M2 1000 a 1400
M3 1200 a 1600
ABNT NBR 13280
M4 1400 a 1800
M5 1600 a 2000
M6 >1800
UFBA – Escola politécnica 106 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Tabela 3 – Resistência à tração na flexão
Resistência à tração na
Classe Método de ensaio
flexão(MPa)
R1 ≤1,5
R2 1,0 a 2,0
R3 1,5 a 2,7
ABNT NBR 13279
R4 2,0 a 3,5
R5 2,7 a 4,5
R6 >3,5
Coeficiente de capilaridade
Classe Método de ensaio
(g/dm2.min1/2)
C1 ≤1,5
C2 1,0 a 2,5
C3 2,0 a 4,0
ABNT NBR 15259
C4 3,0 a 7,0
C5 5,0 a 12,0
C6 >10,0
D1 ≤1400
D2 1200 a 1600
D3 1400 a 1800
ABNT NBR 13278
D4 1600 a 2000
D5 1800 a 2200
D6 >2000
UFBA – Escola politécnica 107 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Tabela 6 – Retenção de água
U1 ≤78
U2 72 a 85
U3 80 a 90
ABNT NBR 13277
U4 86 a 94
U5 91 a 97
U6 95 a 100
Resistência potencial de
Classe Método de ensaio
aderência à tração (MPa)
A1 <0,20
A3 ≥ 0,30
Designação - EXEMPLOS
E OUTROS....???!!!
ARGAMASSA LIMITES
UFBA – Escola politécnica 108 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Tabela – NBR 13749
Revestimento Espessura (mm)
Parede Interna 5 ≤ e ≤ 20
Parede Externa 20 ≤ e ≤ 30
Resistência de aderência
7. PRODUÇÃO
UFBA – Escola politécnica 109 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
8. APLICAÇÃO
• PLANEJAMENTO
• SUBSTRATO
• ADERÊNCIA
• ESPESSURA
• SOBREPOSIÇÃO DAS CAMADAS
• ACABAMENTO
• REAPROVEITAENTO
9. COMPORTAMENTO
• MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS
• MOVIMENTAÇÕES HIGROSCÓPICAS
• RETRAÇÃO
• ALTERAÇÕES QUÍMICAS
• PERDA DA CAPACIDADE DE ADERÊNCIA
• DEFORMABILIDADE EXCESSIVA DA ESTRUTURA
• MANUTENÇÃO
Dimensões do painel
Paredes Externas
limitado
< 3,0 10 8
4,0 12 8
5,0 15 10
6,0 15 10
Obs. Área máxima sem junta igual a 24 m2 ou extensão máxima de lado igual a 6 m
UFBA – Escola politécnica 110 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
10 – MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS DAS ARGAMASSAS
• FISSURAS
• DESCOLAMENTOS
• ABSORÇÃO DE ÁGUA
• EFLORESCÊNCIAS
• MANCHAS
FISSURAS - CAUSAS
• RETRAÇÃO DA ARGAMASSA
• APLICAÇÃO
• GRANDES ESPESSURAS
• DEFORMAÇÃO DA ESTRUTURA
• AUSÊNCIA DE VERGAS
• VARIAÇÃO DA UMIDADE
• VARIAÇÃO DE TEMPERATURA
• OXIDAÇÃO DA FERRAGEM
• ALTERAÇÃO QUÍMICA DOS MATERIAIS
DESCOLAMENTOS - CAUSAS
• BASE MAL PREPARADA
• DOSAGEM DA ARGAMASSA
• APLICAÇÃO APÓS INÍCIO DE PEGA
• INEXIXTÊNCIA DE JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO
• JUNTAS DE ASSENTAMENTO INADEQUADO
• REJUNTAMENTO RÍGIDO
• PERCOLAÇÃO DE ÁGUA
• TEMPO DE MATURAÇÃO DA ARGAMASSA
• CONFIGURAÇÃO DO TARDOZ
• ABSORÇÃO DA CERÂMICA
• DEFORMAÇÃO DA ESTRUTURA
ABSORÇÃO DE ÁGUA
• CAPILAR
• POR INFILTRAÇÃO
• HIGROSCÓPICA
• POR CONDENSAÇÃO
MANCHAS- CAUSAS
DESENVOLVIMENTO DE FUNGOS
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
OXIDAÇÃO COMPOSTOS MINERAIS
UFBA – Escola politécnica 111 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
EFLORESCÊNCIAS - CAUSAS
FORMAÇÃO
UMIDADE
PRESENÇA DE SAIS NOS MATERIAIS
PRESSÃO HIDROSTÁTICA COMPATÍVEL
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
PLANEJAMENTO DO REPARO
11 – ARGAMASSA COLANTE
UFBA – Escola politécnica 112 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Tabela 2 – Propriedades opcionais para argamassas colante
Método
Requisito de
Critério
Ensaio
Argamassa do tipo I, II ou III com tempo em
aberto estendido em no mínimo 10 min do
NBR
Tempo em aberto (E) especificado como propriedade fundamental da
14081-5
norma
Classificação:
c)Aplicação em ambientes externos, piso ou parede, desde que não excedam 20m2
ou 18 m2, respectivamente, limite a partir do qual são exigidas as juntas de
movimentação, segundo NBR 13753 e NBR 13755.
UFBA – Escola politécnica 113 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
Requisitos da NBR 14992/03
Resistência à Tração na Flexão (7 dias) MPa NBR 14992 > 2,0 > 3,0
Permeabilidade aos 240 min (28 dias) cm3 NBR 14992 ≤ 2,0 ≤ 1,0
UFBA – Escola politécnica 114 DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais