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ANATOMIA RADIOGRÁFICA DENTOMAXILOMANDIBULAR

ANATOMIA RADIOGRÁFICA
DENTOMAXILOMANDIBULAR

• A radiologia odontológica e
imaginologia é a especialidade
que, provavelmente, mais se
relaciona com as demais
disciplinas dentro da Odontologia,
sendo uma ferramenta essencial
para diagnós9co, planejamento e
acompanhamento no tratamento
das doenças bucais.
A IMPORTÂNCIA DA
RADIOLOGIA DIAGNÓSTICA
NA ODONTOLOGIA

• Método importante para diagnós9co.


• Interpretações de imagens intra e
extra orais.
• Negar ou confirmar uma suspeita
clínica.
• Estuda a parte das afecções dentárias
e de toda nossa região bucal.
A interpretação radiográfica das alterações
patológicas requer um grande conhecimento
radiográfico da aparência de normalidade das
estruturas.

Diagnós9cos precisos requerem um amplo


ANATOMIA RADIOGRÁFICA conhecimento da variabilidade das estruturas
DENTOMAXILOMANDIBULAR anatômicas normais.

Cabe ressaltar que a ausência de profundidade


inerente à imagem radiográfica intrabucal, é
responsável pela dificuldade da iden9ficação
das estruturas anatômicas.
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
DENTOMAXILOMANDIBULAR

ØImagens sobrepostas
ØNão ser tridimensional

Portanto, a ausência de um ou mais acidentes


anatômicos dentro de um indivíduo não deve
necessariamente ser considerado anormal.
• Os diferentes acidentes
anatômicos, situados na
maxila e na mandíbula,
são constituídos de maior
ou menor conteúdo
mineral
ØImagem radiopaca: maior
densidade óssea
ØImagem radiolúcida:
menor densidade óssea
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
DENTOMAXILOMANDIBULAR
NOÇÕES BÁSICAS DE ANATOMIA
QUESTÕES
• kahoot.it
CABEÇA

• O crânio está cons9tuído de 22


ossos, podendo ser dividido em
duas porções, o neurocrânio e o
viscerocrânio.

• Dividida anatomicamente em
crânio e face
• 8 ossos crânianos
• 14 ossos faciais.
NEUROCRÂNIO
• O neurocrânio é o conjunto de ossos
que delimitam a cavidade do crânio
que contém o encéfalo.
• É cons9tuído de 8 ossos: 1 frontal, 2
temporais, 1 occipital, 2 parietais, 1
esfenóide e 1 etmóide.
VISCEROCRÂNIO

• O viscerocrânio é o
conjunto de ossos que
formam o esqueleto da
face. É cons9tuído de 14
ossos: 2 zigomá9cos, 2 ,
maxilas, 2 nasais, 2
lacrimais, 1 mandíbula, 2
pala9nas, 1 vômer e 2
conchas nasais inferiores.
• Os 22 ossos que compõem a
caixa craniana têm forma
irregular e, com exceção da
mandíbula, são todos soldados
uns aos outros.
Denominam-se acidentes ósseos
todas as saliências, depressões,
aberturas, fendas, bordas e
reentrâncias que se observam nos
ossos.
ACIDENTES
ÓSSEOS
Geralmente os acidentes ósseos
estão associados às partes moles,
como músculos, artérias, veias e
nervos.
Está relacionada a arcada
dentária superior e inferior,
seus lados direito e
esquerdo.
ANATOMIA
BUCAL
Estrutura Bucal:
Compreende-se de toda
estrutura anatômica interna
a boca.
CAVIDADE BUCAL
• É dividida em ves\bulo da boca
(espaço cons9tuído pelos lábios e
bochechas com as gengivas e
dentes) e cavidade bucal (todo o
restante)
• O teto da cavidade bucal é formado
pelo palato, o qual se divide em
palato duro (ossos pala9nos e
maxilares) e palato mole
(músculos);
• Língua: órgão muscular reves9do
por mucosa que exerce funções na
mas9gação, deglu9ção, fonação e
como órgão sensorial gusta9vo.
• São estruturas cônicas,
duras, fixadas nos
alvéolos da mandíbula e
maxila
• São os responsáveis
pela mas9gação
(trituração, corte e
esmagamento dos
alimentos)

DENTES
DENTES

Os dentes estão dividos em:


• COROA
• COLO
• RAIZ
DENTE
• O dente é uma das mais individuais e complexas
estruturas anatômicas e histológicas do corpo.
• A composição tecidual do dente só é encontrada
no interior da cavidade oral, e é limitada às
estruturas dentárias.
• Cada dente é pareado na mesma arcada dentária,
e arcadas opostas
• Possuem dentes que são classificados na mesma
categoria, mas não são agrupados de acordo com
estrutura, e sim função. Eles se encontram no
interior dos ossos alveolares superior e inferior na
maxila e mandíbula, respec9vamente
ANATOMIA
DESCRITIVA
ESMALTE
ESMALTE

• É o tecido mais mineralizado do corpo


humano. Consiste principalmente de
material inorgânico (96%) e somente
uma pequena quan9dade de
substância orgânica e água (4%).
• Aspecto radiográfico: O mais
radiopaco dos tecidos dentários;
reveste homogeneamente toda a
estrutura externa da den9na coronária
numa espessura variável.
• Sua espessura diminui à medida que se
aproxima da junção amelocementária.
• O seu aspecto é um dos sinais
radiográficos mais importantes para o
diagnós9co precoce da cárie dental.
DENTINA DENTINA
• É o componente predominante nos
dentes já que determina a forma e
tamanho da coroa e raízes.
• É caracterizada como sendo um tecido
duro com túbulos em toda sua
espessura e dentro destes contém
prolongamentos de células
especializadas denominadas de
odontoblastos.
• Possui menor grau de mineralização
• Aspecto radiográfico: É mais radiopaca
que o tecido ósseo e de menor
radiopacidade que o esmalte.
Anatomicamente o cemento recobre a
dentina, na porção radicular. E como 22% de
sua estrutura é composta de matéria orgânica,
radiograficamente em condições normais é
impossível distingui-la da dentina (17,5% MO),
por apresentar a mesma radiopacidade.
CEMENTO
O cemento apresenta-se com espessura tão
delgada que normalmente não se pode
diferenciá-lo da den9na radicular, a não ser
nos casos de hipercementose.
POLPA/ CÂMARA PULPAR/
CANAL RADICULAR POLPA

• A Polpa é cons9tuída de um tecido


conjun9vo frouxo ocupando a porção
central de cada dente, sendo
responsável pela nutrição, proteção e
reparação.
• Aspecto radiográfico: O tecido pulpar
não oferece resistência à passagem
dos raios-x, portanto, a câmara pulpar
e o canal radicular cons9tuem áreas
bem radiolúcidas de formatos
variados, dependendo de cada dente
observado.
LIGAMENTO PERIODONTAL
• O ligamento periodontal é um tecido
conjun9vo que fixa os dentes ao osso
alveolar da mandíbula e da maxila
proporcionando um sistema de suporte
e nutrição para os dentes.
• Aspecto radiográfico: o espaço ocupado
pelo ligamento periodontal corresponde
a uma linha radiolúcida,
delgada,contornando a periferia das
raízes dentárias.
• O seu aspecto é um sinal radiográfico
importante no diagnós9co precoce de
lesões periapicais e periodontais, sendo
melhor avaliado em radiografias
periapicais.
LÂMINA DURA
• É a cortical do processo alveolar que
contorna as raízes dentárias e os
espaços interdentários formando,
juntamente com parte do osso
alveolar de suporte, as cristas ósseas
alveolares.
• Aspecto radiográfico: corresponde a
um filete radiopaco, contínuo, de
espessura regular, envolvendo a raiz
e reproduzindo o seu contorno.
CRISTA ALVEOLAR
• É formada pela lâmina dura e parte do osso
alveolar de suporte, na região do espaço
interdental.
• Aspectos radiográficos: O osso alveolar de
suporte é composto por trabéculas ósseas
radiopacas e espaços medulares radiolúcidos,
sendo delimitada externamente pela lâmina
dura que corresponde a um filete radiopaco,
con\nuo, de espessura regular.
• A radiografia de escolha para melhor avaliação
da crista alveolar é a técnica interproximal.
OSSO ALVEOLAR
• Chamado também de osso trabecular ou osso
esponjoso.
• Apresenta-se como uma estrutura trabecular
radiopaca, limitada por espaços medulares
radiolúcidos
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REPAROS
ANATÔMICOS
DA MAXILA
SUTURA PALATINA MEDIANA (INTERMAXILAR)
• A sutura pala9na mediana ar9cula as
duas maxilas no plano sagital
mediano, através dos processos
pala9nos.
• Aspecto radiográfico: A sutura
pala9na mediana apresenta-se como
uma linha radiolúcida, localizada
entre os incisivos centrais superiores
estendendo-se para posterior.
• É melhor evidenciada em radiografias
periapicais e oclusais de pacientes
jovens.
FORAME INCISIVO
• O forame incisivo representa uma abertura
óssea localizada na porção anterior da sutura
pala9na mediana, no palato duro,
posteriormente aos incisivos centrais
superiores, por onde passa o feixe
neurovascular nasopala9no.
• Aspecto radiográfico: O forame incisivo
apresenta-se como uma área radiolúcida ovóide
ou arredondada localizada entre as raízes dos
incisivos centrais superiores.
• Pode ser observado em radiografias oclusais da
maxila, panorâmica e periapicais da região de
incisivos centrais superiore
ESPINHA NASAL ANTERIOR
• A espinha nasal anterior é uma saliência
óssea pon9aguda da maxila localizada na
porção ânteroinferior da cavidade nasal.
• Aspecto radiográfico: A espinha nasal
anterior apresenta-se como uma área
radiopaca em forma de “V”, localizada
acima dos ápices dos incisivos centrais
superiores.
• Pode ser observada em radiografias oclusais
da maxila, panorâmicas, periapicais da
região de incisivos centrais superiores e
telerradiografias laterais.
CANAIS NUTRÍCIOS
• São pequenos canais por onde passam vasos
sanguíneos periféricos, que pelo grande
número e tamanho ínfimo não podem
receber nomes específicos.
• Aspecto radiográfico: São vistos como linhas
radiolúcidas, que correspondem aos trajetos
intra-ósseos das arteríolas ou vênulas
• Podem ser observados em radiografias
oclusais, periapicais e panorâmicas, sendo
mais prevalentes na região de seios
maxilares, dentes incisivos inferiores e em
áreas edêntulas com pouca espessura óssea.
CAVIDADE NASAL

• A cavidade nasal é um compar9mento


ósseo limitado, em sua maior parte,
pelas duas maxilas e pela margem livre
dos ossos nasais.
• A abertura piriforme (abertura
anterior da cavidade nasal) permite a
visão do septo ósseo, das conchas
nasais inferiores e das conchas nasais
médias.
CAVIDADE NASAL
• Aspecto radiográfico: A cavidade nasal
apresenta-se como uma ampla área
radiolúcida localizada acima dos incisivos
superiores e está dividida pelo septo nasal
ósseo (estrutura radiopaca) em dois
compar9mentos.
• É observada em radiografias periapicais,
oclusais, panorâmica,.
SOALHO DA CAVIDADE NASAL

• Lâmina óssea que cons9tui a parede


inferior da cavidade nasal.
• Aspecto radiográfico: Linha radiopaca
que delimita a cavidade nasal
inferiormente.
• É observada nas radiografias periapicais
da maxila, panorâmica e
telerradiografias laterais e frontais.
SEPTO NASAL ÓSSEO

• O septo nasal ósseo divide a


cavidade nasal em dois
compartimentos, o direito e o
esquerdo.
FOSSETA MIRTIFORME
SEIO MAXILAR
• Descrição: Os seios maxilares são cavidades ósseas pares, revestidos
por mucosa e preenchidos por ar, localizadas no corpo das maxilas.
• São os maiores seios paranasais, forma arredondada, ovóide ou
multiloculada e contornos bem definidos por uma linha radiopaca
que o delimita.
• O seio maxilar pode estar dividido por septos ósseos em
compartimentos intercomunicantes.
SEIO MAXILAR
• Aspecto radiográfico: Os seios maxilares
apresentam-se como áreas radiolúcidas
amplas, de contornos arredondados e bem
definidos por uma linha radiopaca,
correspondendo a cortical óssea que o
delimita.
• Localizam-se acima dos ápices de pré-
molares e dos molares.
• São observados em radiografias intrabucais
da região da maxila e na maioria das
radiografias extrabucais
PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA
• O processo zigomático da maxila é uma
projeção óssea da maxila que se une ao
osso zigomático por meio da sutura
zigomaticomaxilar.
• Aspecto radiográfico: Apresenta-se
como uma radiopacidade espessa, em
forma de “U” ou “V”, localizada acima
da região dos molares superiores.
• É observado em radiografias periapicais
da região de molares superiores,
telerradiografia lateral e panorâmica.
TÚBER DA MAXILA

• O túber é a região mais


posterior do processo alveolar,
sendo uma projeção óssea,
• Aspecto radiográfico: Aparece
como área de trabeculado
esparso e espaços medulares
amplos, posteriormente à
região de molares superiores.
REPAROS ANATÔMICOS DA
MANDÍBULA
PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA

• O processo coronóide é uma proeminência óssea


acentuada, localizada na porção ântero-superior do
ramo da mandíbula.
• Aspecto radiográfico: O processo coronóide
apresenta-se com imagem radiopaca de contornos
ní9dos, forma triangular, localizada posterior ou
sobreposta à região do túber da maxila.
• É observada em radiografias periapicais da região
de molares superiores e em radiografias
extrabucais.
LINHA OBLÍQUA

• A linha oblíqua é uma proeminência óssea linear localizada na


superpcie ves9bular da mandíbula, que se estende da região de
molares para anterior.
• Aspecto radiográfico: A linha oblíqua apresenta-se como uma
faixa radiopaca densa, em con9nuidade com a borda anterior do
ramo da mandíbula. É observada em radiografias panorâmicas da
face. e e periapicais da região de molares inferiores, cruzando o
terço cervical das raízes.
LINHA OBLÍQUA
LINHA MILO-HIÓIDEA
• A linha milo-hióidea é uma crista óssea
irregular, localizada na superfície lingual da
mandíbula, que se estende da região de
molares para anterior, até atingir a borda
anterior da sínfise mentual.
• É o local de inserção do músculo milo-
hióideo.
• Aspecto radiográfico: A linha milo-hióidea
apresenta-se como uma linha radiopaca
em direção anterior e inferior a partir da
região dos molares inferiores
LINHA MILO-HIÓIDEA
FÓVEA SUBMANDIBULAR
• A fóvea submandibular é uma depressão
óssea localizada na face lingual da
mandíbula, abaixo da linha milo-hioidea
na qual se aloja glândula submandibular.
• Aspecto radiográfico: A fóvea
submandibular apresenta-se como uma
área discretamente radiolúcida na região
de molares inferiores,
CANAL DA MANDÍBULA
• O canal da mandíbula possui forma
tubular e percorre a região posterior
estendendo-se do forame da
mandíbula até o forame mentual.
• Passa o feixe neurovascular alveolar
inferior.
• Aspecto radiográfico: O canal da
mandíbula apresenta-se como uma
faixa radiolúcida delimitada por duas
linhas radiopacas que representam as
cor9cais superior e inferior do canal.
BASE DA MANDÍBULA

• A base da mandíbula é constituída


de osso cortical e define o limite
inferior da mandíbula.
• Aspecto radiográfico: Apresenta-se
como uma faixa radiopaca densa,
de espessura variável, que
representa o contorno inferior da
mandíbula.
FORAME MENTUAL
• O forame mentual é a abertura óssea do canal da
mandíbula, localizado na cor9cal ves9bular, na
região dos pré-molares,
• Dá passagem ao feixe neurovascular mentual.
• Aspecto radiográfico: O forame mentual
apresenta-se como uma pequena área
radiolúcida ovóide ou arredondada localizada na
região periapical dos pré-molares inferiores.
• Pode confundir interpretando erroneamente
como uma lesão periapical.

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