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Teste 10.

º ano
janeiro 2020

PROPOSTA DE CORREÇÃO

GRUPO I
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
A
1. A figura feminina assume a centralidade do texto. Assim, Leonor é descrita
pormenorizadamente em aspetos como o vestuário: “cinta de fina escarlata, / saínho de
chamalote;/ traz a vasquinha de cote”. Na indicação de partes do corpo à vista, há uma
ténue sugestão de sensualidade, sobretudo no facto de estar descalça e no verso:
“Descobre a touca a garganta”. É também formosa e graciosa, mas não está segura.
Concluindo, os elementos que prendem a atenção do sujeito são essencialmente a nível
físico.
2. No poema, Leonor apresenta-se como uma jovem insegura. Na verdade, a todo o
momento poderá acontecer algo mais do que ir buscar água à fonte. Assim, esta
referência à falta de segurança pode ser o resultado da sua extrema beleza, que a torna
alvo das tentações do Amor, contra as quais poderá estar desprotegida. Em suma, Leonor
estará a pensar num possível encontro com o namorado.
3. No verso “Chove nela graça tanta” está presente uma metáfora. Este recurso
expressivo destaca a abundância de graciosodade de Leonor, que, tal como a chuva, que
cai, também é natural, leve. Em suma, está presente a ideia de beleza como uma bênção.
4. Este poema é um vilancete, costituído por um mote de três versos e duas voltas de sete
versos de redondilha maior (versos de sete sílabas métricas). O esquema rimático é
abb/cddccbb/effeebb e insere-se na vertente tradicional. Trata-se, portanto, de um texto
poético pertencente à medida velha.

B
5. A cantiga de amigo apresenta sempre um sujeito feminino que expressa os seus
sentimentos, as suas emoções e os seus anseios amorosos
Assim, a donzela desabafa, muitas vezes, com diferentes confidentes: as amigas, as
irmãs (“Bailemos nós já todas três, ai amigas”), a mãe (“Madre, se meu amigo veesse),
ou a própria natureza (“Ondas do mar de Vigo”). A natureza adquire, deste modo, um
grande protagonismo na cantiga de amigo, surgindo até como confidente quando a
jovem a interpela. Por outro lado, o cenário rural tem muitas vezes um papel simbólico
na construção do poema quando é entendido como uma alusão ao final do
relacionamento amoroso (“Levad’, amigo que dormides las manhanas frias”); à presença
do amigo na forma de cervo do monte (“‒Digades, filha, mia filha velida”); ou ao
conflito interior da donzela (“Sedia-m’eu na ermida de San Simiom”).
Concluindo, na cantiga de amigo, o sujeito poético é uma donzela de origem
popular, que expressa espontaneamente os seus sentimentos amorosos.
(162 palavras)

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Teste 10.º ano
janeiro 2020

GRUPO II
GRAMÁTICA
Item
1. (C)
2. (D)
3. (A)
4. (A)
5. (B)
a) Sujeito.
6. b) Complemento indireto.
7. a) Verbo transitivo direto.
b) Verbo copulativo.
8. a) Oração subordinada substantiva completiva.

Grupo III
ESCRITA
Tópicos sugeridos

• Um objeto pode trazer recordações de episódios bem passados;


• podemos associar um objeto a pessoas que nos são queridas, através das sensações
que provocam em nós;
• a contemplação de determinado objeto poderá despertar diferentes emoções nas
pessoas (ex. tristeza, alegria, conforto, desconforto) e, por isso, as emoções positivas
poderão trazer uma admiração por esse mesmo objeto;
• a contemplação/desejo de obter um objeto como sinal de riqueza ou de poder;
•…

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