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Henrique Gutierres
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
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Rio de Janeiro / RJ
2010
11
RESUMO
ABSTRACT
The considerations in this work seek to lay a new playing field for various
professionals and a tool for environmental management in the increasingly requested
clarification of environmental damage. The theoretical nature of the work allowed the
presentation of various concepts and subjects involved in an environmental
survey. Alongside the presentation of the concepts proposed to characterize the
shape of the design, development, execution and end result of an environmental
survey of a civil nature by reference to the various stages (stages) of an ordinary Civil
Area. By addressing such issues, emphasis was given to multidisciplinary
implementing this activity, as well as the importance and obligation of professionals
involved in basic skills in the area in civil proceedings.
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE SIGLAS
Pg.
I - INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
II - OBJETIVOS..........................................................................................................12
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................45
10
I - INTRODUÇÃO
__________________________________________________________
II - OBJETIVOS
1
Grifo nosso.
15
[...] todo instrumento destinado e utilizado, tanto pelo Poder Público quanto
pela coletividade, na preservação ou na proteção dos bens ambientais,
constitui um instrumento de tutela ambiental. Segundo o critério didático
estabelecido por esse autor, os instrumentos de tutela podem ser
classificados em dois grupos distintos: mecanismos não-jurisdicionais de
tutela ambiental e mecanismos jurisdicionais de tutela ambiental (FIORILLO,
1996 apud ARAÚJO, 2008, p.112)
2
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II da C.F/88)
18
um instrumento processual (Ação Civil Pública), que visa defender o meio ambiente,
transformando a sua agressão como um ato de Justiça sujeito a apuração. Além de
ter proporcionado uma maior acessibilidade ao Poder Judiciário pelas associações
civis de defesa do meio ambiente. A lei já no seu artigo 1º demonstra a sua
aplicação na área ambiental e o conseqüente caráter reparatório da Ação Civil
Pública3.
De acordo com Braga et al. (2002), a inserção da questão ambiental na
Constituição Brasileira de 1988 é um marco histórico, tendo como grande avanço o
fato de ter retirado do Estado, o caráter monopolista na defesa das questões
ambientais, possibilitando a sociedade e ao cidadão dispor de instrumentos de ação
na luta pela defesa do ambiente.
Alguns avanços são evidentes nessa nova Constituição:
3
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
[...]
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Portanto, a atividade pericial parte da idéia de que toda ação humana deixa
marcas ou vestígios, sendo assim, o profissional imbuído de realizar uma perícia
necessita analisar e/ou sintetizar esses vestígios para obter a prova material da
existência do dano. Tal dano independe do tipo, como bem explica Araújo (2008):
de Processo Civil (CPC) em seu artigo 139 intitula-os como auxiliares da justiça, e
disciplina as atribuições deste profissional em seus artigos 145, 146 e 147.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES
Seção III
Das Despesas e das Multas
Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que
houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o
exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou
determinado de ofício pelo juiz.
(...)
CAPÍTULO V
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial
de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.
(...)
Seção II
Do Perito
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível
universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente,
respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código.
§ 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre
que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que
estiverem inscritos.
§ 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados
que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos
peritos será de livre escolha do juiz.
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina
a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias,
contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se
reputar renunciado o direito a alegá-la (art. 423).
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas,
responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2
(dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei
penal estabelecer.
(...)
Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que Ihe foi
cometido, independentemente de termo de compromisso.
(...)
Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por
impedimento ou suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar
procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito.
Art. 424. O perito pode ser substituído quando:
I - carecer de conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que Ihe
foi assinado.
Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a
ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor
multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo
decorrente do atraso no processo.
25
4
Segundo Araújo (1998, p.180), o conhecimento das normas específicas que disciplinam a atividade pericial
deve se somar ao conhecimento dos procedimentos e ritos processuais de jurisdição civil. O profissional
convocado para exercer a função de perito judicial, além de sua formação técnica específica, deve possuir uma
noção básica de Direito Processual Civil, pois é no âmbito deste ramo da ciência jurídica que ele irá atuar, tendo
obrigatoriamente, que seguir os ritos previstos no CPC.
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Vale acrescentar que de acordo com o artigo 426 do CPC, pode o juiz ou
promotor de justiça também formular quesitos. Em alguns casos, as partes optam,
por um motivo ou outro, em não apresentar quesitos ao perito. Nesse caso, o perito
pode requerer ao juiz que intime as partes para que apresentem quesitos ou optem
em seguir a elaboração e conclusão do laudo sem os quesitos obrigatoriamente. Os
quesitos podem ser:
Seção VII
Da Prova Pericial
Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos
suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão
ciência à parte contrária.
Art. 426. Compete ao juiz:
I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os que entender necessários ao esclarecimento da
causa.
29
o
Art. 5 Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia
mista;
V - a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Lei nº
7.347/85)
2.2.2.1 Fases
I - Petição inicial
Essa fase é fundamental para que se inicie o processo de fato, pois nela
serão identificadas pelo juiz as partes em litígio, bem como os motivos que levaram
a abertura do referido processo. A ação do autor é que formaliza aquilo que prevê o
artigo 2º do CPC (Lei nº 5.869, de 11 de Janeiro de 1973): “Nenhum juiz prestará a
tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e
forma legais.” Portanto, a petição inicial caracteriza-se por ser a deflagradora do
processo, ou seja, é a oficialização da vontade de alguém em iniciar a apreciação de
algum conflito.
II - Citação
Essa fase tem início quando o Juiz decide citar o Réu, após verificar a
conformidade dos requisitos da petição inicial. Portanto, através do Mandado de
Citação (comunicação ao Réu de que existe uma demanda judicial contra ele)
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cumprida via Correios, edital ou por Oficiais de Justiça. Araújo (2008) lembra que o
mesmo é acompanhado por uma cópia da petição inicial, contendo o aviso do prazo
para resposta, o Juízo e o cartório. Caso haja deferimento de Medida Liminar,
encaminha-se também uma cópia do respectivo Despacho.
A importância da Medida Liminar em uma Ação Civil Pública se materializa
pelo seu caráter preventivo, ou seja, caracteriza-se por ser um instrumento eficaz na
cessação imediata da ação lesiva ao meio ambiente, evitando a ocorrência ou
agravamento da situação.
III - Contestação
IV - Réplica
V - Especificação de Provas
Com a finalização da fase de réplica, os autos passam por uma vista do juiz, a
fim de verificar os atos praticados até o momento. A partir daí, o mesmo determina e
especifica as provas a serem produzidas pelas partes, objetivando a comprovação
dos fatos. Já que segundo Araújo (2008, p.123), “o que enseja o convencimento do
juiz, a respeito dos fatos, são as provas respectivas”.
O Código de Processo Civil (arts. 332 a 443) é bem claro ao elencar as
provas usuais: Depoimento Pessoal; Confissão; Exibição de Documentos ou Coisa;
Prova Documental; Prova Testemunhal; Prova Pericial; Inspeção Judicial.
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VI - Saneamento do Processo
O Código de Processo Civil expõe normas para os atos do juiz quanto à prova
pericial:
VIII - Sentença
Nesta última fase, o CPC em seu artigo 456 esclarece: “Encerrado o debate
ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo
de 10 (dez) dias.”
3. 1 – Procedimentos Técnicos
É nesse momento inicial que o perito toma consciência do processo, o qual foi
solicitado para elaboração de laudo pericial. Possibilita o profissional estruturar as
ações já realizadas no processo, a fim de embasar melhor as suas decisões
enquanto perito.
Essa ação é relevante como forma de preparar a vistoria, ou seja, a análise
da quesitação. Junto a esse procedimento, é dever do perito identificar os
Assistentes Técnicos das partes para solicitação de informações, documentos,
projetos e para marcar data e hora da vistoria ao local da lide.
Pode-se dizer que esta etapa é a mais, ou melhor, uma das mais importantes
no momento da elaboração de um laudo de cunho pericial ambiental. Isto porque, a
partir da ida até o local de conflito (dano ambiental ocorrido ou em risco de
ocorrência) é possível fazer um diagnóstico mais aprofundado, bem como
comprovar as informações (documentação cartográfica, imagens de satélite,
fotografias aéreas) analisadas na fase dos levantamentos preliminares. Alguns
procedimentos devem ser adotados, de acordo com alguns autores (ALMEIDA et al.,
2000; SUERTEGARAY e ROCHA, 2005; ARAÚJO, 2008):
Para esse momento, o perito une todos os materiais constantes das fases
anteriores e busca redigir, reproduzir os anexos e montar o laudo.
A elaboração final do laudo pericial inicia-se com a leitura e análise:
O autor chama atenção para que seja feita uma elaboração bem feita não só
dos aspectos de conhecimento técnico e científico do perito, mas acima de tudo, que
estas informações possam ser passadas de modo mais claro possível, a fim de que
venham a contribuir para elucidação do caso e resulte em benefícios sociais.
Para que os laudos periciais consigam alcançar tais anseios, deve o
profissional buscar fundamentar da melhor maneira o caso, a partir do procedimento
empírico, pesquisas, informações colhidas, normas técnicas pertinentes, operações
etc. Só dessa forma, o laudo terá credibilidade resultante das respostas e não da
subjetividade do perito. Como de suma importância no início da elaboração do
laudo, deve o profissional buscar o conteúdo dos próprios autos. E para reforçar e
consolidar o laudo:
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Josimar Ribeiro de; OLIVEIRA, Simone Gomes de; PANNO, Márcia.
Perícia Ambiental. Rio de Janeiro: Thex, 2000.
ARAÚJO, Lílian Alves de. Perícia Ambiental em Ações Civis Públicas.In: CUNHA,
Sandra Baptista; GUERRA, Antônio José Teixeira (organizadores). Avaliação e
perícia ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
ARAÚJO, Lílian Alves de. Perícia Ambiental. In: A Questão Ambiental: diferentes
abordagens. Sandra Batista Cunha; Antonio José Teixeira Guerra. (Orgs.). 4º Ed.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. p.107-151.
BASTOS, Anna Christinna Saramago & FREITAS, Antonio Carlos de. Agentes e
Processos de Interferência, degradação e dano ambiental. In: CUNHA, Sandra
Baptista; GUERRA, Antônio José Teixeira (organizadores). Avaliação e perícia
ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
ROCHA, Maria Isabel de Matos. Reparação dos danos ambientais. In: BENJAMIN,
Antonio Herman; MILARÉ, Edis (Coord.). Revista de direito ambiental n. 19. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. p. 130-156.