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Ocorre que, nos termos do Art. 114, IX, da CF/88, compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar controvérsias decorrentes da relação de trabalho, não abrangendo
penalidade criminal, sendo esta incompetente para tal. Ademais, segundo o Art. 337, II, do
CPC/15, cabe ao réu, antes de discutir o mérito alegar a incompetência absoluta e relativa.
2. PREJUDICIAL DE MÉRITO
Preceitua o Art. 7º, XXIX, da CF/88 e Art. 11, da CLT que a pretensão quanto a
créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a extinção do contrato de trabalho e a
Súmula 308, I, do TST dispõe que respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a
prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da reclamação trabalhista.
. MÉRITO
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde,
tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração
mensal.
Nesse diapasão, a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os descontos salariais
efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser
integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no Art.
462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o
ato jurídico, não sendo este o caso.
Ademais, o Art. 818, I da CLT e o Art. 373, I, do CPC/15 estabelecem que o ônus da
prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.
Sendo assim, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro da legalidade, sem
qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já que é válida a autorização de desconto
feita no momento da admissão, cabendo a Reclamante o ônus de provar qualquer ilegalidade
nesse sentido, não devendo prosperar a sua alegação.
A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de 50%,
em razão da jornada de trabalho, laborava de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com
intervalo de 2 horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo, totalizando
44h semanais.
O Art. 58 da CLT dispõe que a duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8h diárias e o Art. 7º, XIII da CF/88 assenta que
a duração do trabalho normal não será superior às 8h diárias e 44h semanais. Vale destacar
que o Art. 71, § 2º da CLT alinha que os intervalos não serão computados na duração do
trabalho.
Sendo assim, a Reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras pleiteadas,
pois o módulo constitucional de 8h diárias e 44h semanais não foi ultrapassado.
4. DA RECONVENÇÃO
A Reclamante ao ser cientificada do aviso prévio teve uma reação violenta, gritando
e dizendo-se injustiçada, sendo necessário que a segurança a contivesse e acompanhasse até a
porta de saída. Quando deixava o prédio, a Reclamante correu e pegou uma pedra que
arremessou violentamente contra o prédio da Reclamada, vindo a quebrar uma das vidraças. A
empresa gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro danificado, conforme nota fiscal (doc.
Anexo).
Conforme disposto no Art. 186 do CC/02, aquele que por ação, violar o direito e
causar dano a outrem, comete ato ilícito, já o Art. 927 do mesmo diploma legal, assegura que,
aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela Reclamante.
4.1. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
5. CONCLUSÃO
4) O recebimento das razões da reconvenção com seu devido processamento, de acordo com o
Art. 343, do CPC/15, e a procedência da reconvenção para receber o valor de R$ 300,00,
relativo ao vidro quebrado pela Autora, nos termos do Art. 186 e Art. 927, ambos do CC/02;
a) A intimação da Reclamante para apresentar resposta, nos termos do Art. 341, § 1º, do
CPC/15;
Nestes termos,
Pede deferimento.