Tomamos conhecimento da reclamação que foi feita, à Prefeita
Comunitária da SQSW 302, relativo ao que denominam “excesso de ruídos provocados pelo pula-pula (cama elástica)”.
Esclarecemos que a instalação da cama elástica, no espaço público
comunitário localizado entre os prédios dos Blocos D. E e F, foi uma iniciativa coletiva de moradores da SQSW 302, com a finalidade de promover a convivência e integração de seus filhos pequenos, mesmo propósito de outros equipamentos presentes no espaço, a exemplo do parque de areia, do campinho de futebol, da mesa de ping-pong, e de outros equipamentos de recreação espalhados nos espaços ociosos da Quadra.
Vivemos numa comunidade em que é natural a ocorrência de
potenciais conflitos de interesses. Nessas situações excepcionais, numa sociedade civilizada, a solução deve ser encontrada em um esforço de compatibilização e convivência harmônica dos diversos interesses, exigindo concessões recíprocas.
É certo que a preservação da saúde e paz deve, em todas as
ocasiões, prevalecer. Sem embargo, questiona-se, o uso comunitário, recreativo e eventual pelas crianças, menores de 08 (oito) anos, da cama-elástica, importa efetivamente em prejuízo insuportável à paz e saúde dos moradores da SQSW 302?
O questionamento tem razão de ser feito, considerando que não se
tem conhecimento de reclamação de outros moradores que se sintam afetados em sua saúde e paz. Além do mais, registre-se, outros equipamentos potencialmente mais ruidosos existem espalhados na SQSW 302 e em diversos prédios nela localizados. A convivência em comunidade, principalmente no centro urbano, demanda tolerância com pequenos inconvenientes, como parece ocorrer no caso concreto. O interesse particular e egoístico pode e deve ceder em benefício de interesses da coletividade, desde que isso não represente um sacrifício desproporcional e observe o princípio da razoabilidade.
No caso concreto, insista-se, não há seriedade no argumento de
que estaria a ocorrer sério e grave prejuízo à saúde e paz dos moradores da SQSW 302 decorrentes do uso comunitário e recreativo de uma pequena cama elástica, que, segundo regras acordadas pelos pais, deve ser utilizada por no máximo 03 (três) crianças menores de 08 (oito) anos.
Assim, estamos convictos das fundamentadas razões que amparam
nossa pretensão na permanência da cama elástica no espaço público em que se encontra, o que tem proporcionado momentos de recreação de nossos filhos e convivência comunitária saudável.
Certo da compreensão dos Senhores em relação às nossas razões,
subscrevemos,
CAMILA CRISTINA VIEIRA DA SILVA e grupo de pais a favor da cama
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