O documento discute as ideias de Clóvis Moura sobre a escravidão no Brasil. Moura argumenta que os escravos eram atores políticos que resistiram à opressão através da quilombagem e rebeliões, desestabilizando o sistema escravista. Ele também mostra que a escravidão foi fundamental para a estruturação da sociedade brasileira e economia, mas que a legislação abolicionista manteve o poder dos senhores.
O documento discute as ideias de Clóvis Moura sobre a escravidão no Brasil. Moura argumenta que os escravos eram atores políticos que resistiram à opressão através da quilombagem e rebeliões, desestabilizando o sistema escravista. Ele também mostra que a escravidão foi fundamental para a estruturação da sociedade brasileira e economia, mas que a legislação abolicionista manteve o poder dos senhores.
O documento discute as ideias de Clóvis Moura sobre a escravidão no Brasil. Moura argumenta que os escravos eram atores políticos que resistiram à opressão através da quilombagem e rebeliões, desestabilizando o sistema escravista. Ele também mostra que a escravidão foi fundamental para a estruturação da sociedade brasileira e economia, mas que a legislação abolicionista manteve o poder dos senhores.
Estudar o pensamento social de Clóvis Moura, percebemos a contradição
escravista cuja função era garantir o lucro aos senhores. Todavia, o negro fora elemento desestabilizador desse sistema escravista por meio da quilombagem.
Destacamos a dimensão de totalidade acerca da compreensão da sociedade
escravista, a práxis negra que contribuiu para a desestruturação do modo de produção escravista, a luta de classes e não as relações harmoniosas da casa grande.
A obra mouriana é novo recorte epistemológico sobre escravidão cujo resultado
é sociedade desigual e racista sendo o modo de produção escravista predominante e determina relações sociais pautadas na idéia de raças e o conflito elemento central entre senhores e escravos, pois quando era considerado insubordinado vinham os castigos, então os escravos se rebelavam, fugiam e se organizavam em quilombos numa tentativa de ganharem força e lutar contra a exploração.
Surge a quilombagem, manifestação e insurgência contra o sistema escravista
para negar as condições imposições. Logo, Moura sinaliza uma nova epistemologia: torna o negro um sujeito da história e um ator político. Os quilombos representaram a mais significativa resistência política, isto revela o ponto de partida da derrocada do sistema escravista: os quilombolas,pois Moura confere grande importância do quilombo à luta anti-escravista,
Em Rebeliões Da Senzala, há a contradição do trabalho rumo a rebeldia ,pois
os escravos não aceitavam regime, o que caracteriza assim a luta de classes no período colonial e as revoltas desequilibravam toda economia escravocrata.
A escravidão era um processo estruturador da sociedade como o componente
do modo de produção . Os negros foram os primeiros proletários do Brasil. São eles os principais responsáveis pela ascensão da economia ao trabalhar de modo intenso no cultivo da cana de açúcar, café, mineração, no período colonial.
Em Dialética Radical do Brasil Negro Clóvis Moura relata dois períodos do
escravismo brasileiro: pleno e tardio. A partir de 1850, a Lei Eusébio de Queiroz proibiu a entrada de escravos, porém ocorre o tráfico interno. Moura ainda outros elementos: a Lei de Terras, a Lei do Ventre Livre, a Lei dos Sexagenários. Assim a legislação acima foram meios de controle sobre o escravo e uma abolição por cima que visou manter terras e poderes aos senhores.
Concluímos que a referida obra prove novos parâmetros de investigação: os
escravos foram atores políticos importantes na desestruturação do escravismo dado que o conflito entre as duas classes referidas fora o motor desse período e não as relações harmoniosas e consensuais, pois como destaca Moura cumpre investigar o essencial e não o acessório. Os nossos parabéns a Clóvis Moura por propor essa nova abordagem epistemológica . Aquilombemo—nos.