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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
CENTRO DE ESTUDOS LATINO AMERICANOS SOBRE CULTURA E
COMUNICAÇÃO

Luta política da
população negra no
período de
Escravização
A TENTATIVA DE APAGAMENTO DO
PROTAGONISMO NEGRO
Beatriz Aparecida da Costa Ribeiro

Trabalho solicitado como requisito para a obtenção de média final


da disciplina: Panorama dos Movimentos Sociais Negros. Professor
Mestre Márcio Farias.

São Paulo
Outubro de 2020
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LUTA POLÍTICA DA POPULAÇÃO NEGRA NO PERÍODO DE


ESCRAVIZAÇÃO

POLITICAL STRUGGLE OF THE BLACK POPULATION IN THE PERIOD OF


SLAVERY

Beatriz Aparecida da Costa Ribeiro

RESUMO

Este artigo apresentará a luta política da população negraREPETIÇÂO, protagonizado


pela população negra. A partir da perspectiva dos autores Clóvis Moura, Anita
Lazarim, Márcio Farias e Weber Góes, será possível observar que a passividade e
acomodação atribuída ao escravo não passou por mais uma das tentativas de
apagamento dos atores POLITICOS da época pelas ciências sociais e humanas.
Assim, de forma a elucidar as lutas políticas, será apresentado um pequeno BREVE
panorama das lutas políticas travadas durante o período de escravização no Brasil.

ABSTRACT

This article will present the political struggle of the black population. From the
perspective of the authors Clóvis Moura, Anita Lazarim, Márcio Farias and Weber
Góes, it will be possible to observe that the passivity and accommodation attributed to
the slave did not go through another of the attempts to erase the actors of the time by
the social and human sciences. Thus, in order to elucidate the political struggles, a
small panorama of

PALAVRAS-CHAVE

Agência dos sujeitos negros; luta antirracista; invisibilidade da historiografia

KEYWORDS

Agency of black subjects; antiracist struggle; invisibility of historiography


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Introdução

O presente artigo tem como finalidade, demonstrar o cenário da luta antirracista de


forma originária no advento da escravização no Brasil. Uma vez que as histórias
retratadas pelas ciências sociais e humanas em conjuntura com o Estado apresentam
uma população negra escravizada passiva, acomodada, e sem condições de se
articular politicamente, mais uma faceta do sistema racista que o Estado sustenta até
os DIAS atuais.

De acordo com Clóvis Moura, a população Africana COMO SUJEITO POLÍTICO


ORGANIZADO COLETIVAMENTE, sempre se apresentou com como um corpo
dinâmico e ativo, que se organizava das mais variadas formas, para lutar contra o
sistema escravagista, criando INUMEROS subterfúgios COMO SUICIDIO LUTA
CORPORAL E FUGA AOS QUILOMBOS, OU SEJA A REBELDIA DOS SUJEITOS
ESCRAVIZADOS A QUAL REFLETE, e ações que impulsionavam a sociedade,
contribuindo assim para o seu desgaste e antagonismo de classes ENTRE
SENHORES E ESCRAVOS.

Assim, Moura descreve a respeito da historiografia do negro escravizado:

“Procurando-se sempre o enfoque chamado erudito, esquecem-se de


que a apresentação de um esquema interpretativo sem a projeção
das contradições estruturais da realidade significa cair-se em uma
visão organicista em que tudo se ajusta porque essas contradições,
nos seus diversos níveis, são descartadas para estabelecer-se a
harmonia do modelo metodológico. Desta forma, os movimentos de
rebeldia dos escravos, a violência usada por eles contra o sistema
escravista são subestimados constantemente. Esquecem-se esses
estudiosos de que a violência também é uma categoria econômica.
Daí porque vemos tanto papel ser gasto na discussão do problema,
como se o escravo não existisse no sistema escravista como sujeito
coletivo atuando na dinâmica social.” (MOURA, 1986: p. 07)

É cediço, que houve a insurgência do dominando contra o seu dominador e que todos
os tipos de punição de um escravo eram em razão de sua reverberação contra o
sistema que o oprimia.

Moura, por sua vez apresentará de forma cognitiva as teses do escravismo pleno e do
escravismo tardio e o ativismo dos negros políticos que combatiam o sistema político
escravista de dominação .

Por sua vez, em Moura e Farias, aglutinarão de forma empírica o panorama E


CATEGORIA da Quilombagem e suas formas de atuação nos campos da política,
economia e cultura.
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Lazarim e Góes, de forma a corroborar a tese dos outros autores acima, farão a
exposição dos dados comprobatórios das lutas protagonizadas, de modo a retificar a
visão unilateral dos atores negros que a ciências sociais e humanas tentaram
inviabilizar.

Por isso, o silenciamento proposto pelo Estado e tão logo pelas Ciências Sociais e
Humanas, reflete exatamente o que a classe dominante fazia na época do Império,
qual seja o esmagamento dos polos de resistência, de modo a promover o controle
político, social e econômico dessa classe, através da não restituição do processo
histórico.

O Panorama do negro politizado e suas formas de resistência

O contexto histórico traçado, pelo Estado, não revela o quanto os negros resistiram ao
sistema escravagista, isto porque, conforme destaca Clóvis Moura, se instituiu o
Escravismo Pleno, in verbis:

“Chamamos de escravismo peno àquele período da escravidão que


se estende no Brasil do ano de 1550 (+ou -) até aproximadamente
1850, quando é jurídica e efetivamente extinto o trafico internacional
de escravos. Abrange, portanto, todo período colonial, a fase do
reinando de D. João VI, o Império de D. Pedro I e Dom Pedro II.
Nesse longo período de mais de trezentos anos, estrutura-se e
dinamiza-se o modo de produção escravista no Brasil com todas as
características que determinarão o comportamento básico das duas
classes fundamentais da sua estrutura social: senhores e escravos.”
(MOURA, 1994:p. 35)

É a partir desta conjuntura do escravismo pleno, que o movimento antagônico ao


sistema vigente ora denominado de Quilombagem, floresce e toma conta em várias
regiões do território brasileiro.

A partir desta premissa, Moura tece a crítica aos cientistas neoliberais e os


intelectuais que defendem a tese que atribuiu ao negro escravizado como passivo e
aberto à conciliações com seus senhores, pelo contrário se houvessem renuncias ou
até mesmo transação, sequer teria existido por tanto anos, a título exemplificativo o
Quilombo do Palmares.

“[...] o escravo não era uma simples máquina (coisa) como queriam
os seus senhores e certos sociólogos afirmam, com o que estamos
de acordo. Mas para essa corrente de cientistas sociais neoliberais a
interioridade humana do escravo não se manifestava através de
revoltas ou atitudes divergentes, mas de acomodação. Com esta
visão o escravismo se estabilizaria as contradições ficariam semi-
anuladas por para-choques sociais num contexto de senhores e
escravos estável ou relativamente estável e cheio de espaços
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neutros, nos quais os escravos poderiam viver com relativa


estabilidade e os senhores com relativa segurança. Essas relações
adaptativas e neutralizadoras das contradições inerentes ao sistema,
atuariam assim, como um mecanismo moderador e gerador de uma
psicologia de empatia que caracterizaria a essência do sistema.”
(MOURA, 1994 . p. 17)

Os quilombos, como é de conhecimento comum abrigavam os negros refugiados e


não tinha uma organização metódica tudo dependia da sua extensão e de quantos
habitantes ali se refugiavam.

Não se pode olvidar, que antes mesmo da constituição dos quilombos haviam,
estratégias de fuga de forma violenta, de modo que os fugitivos não corressem risco
de retornar para suas bases de tortura e trabalho forçado nas mãos dos seus
senhores.

Por isso, pode se extrair a ideia que o ativismo negro dos escravizados partia da
premissa de conflito e nunca de composição com o sistema opressor Imperial; a título
exemplificativo, Moura demonstra que a articulação dos Quilombos não consistia em
apenas proteger-se, mas também criar mecanismo de guerra para contra-atacar as
forças do Império.

[...]O Quilombo dos Palmares que durou quase 100 anos, jamais teria
perdurado por todo este tempo, se não fossem politicamente
organizado e controlassem a economia do território que estava
instalado. [...] Os grandes, porém, já eram muito mais complexos. O
de Palmares chegou a ter cerca de vinte mil habitantes. O de
Palmares, chegou a ter cerca de vinte mil habitantes e o de Campo
Grande, em Minas Gerais, cerca de dez mil ou mais. Igual númeo
tinha o do Ambrósio, também naquele Estado. [...] Convém notar,
porém, que o quilombo, além de não ser completamente defensivo,
nunca foi, também, uma organização isolada. Para o seu núcleo
convergiam elementos igualmente oprimidos na sociedade escravista:
fugitivos do serviço militar, criminosos, índios, mulatos e negros
marginalizados. Tinham, igualmente, contato om os grupos de
bandoleiros e guerrilheiros que infestavam as estradas. Muitas vezes,
através desses grupos, eram informados da expedição punitivas
contra eles. (MOURA, 1986: p. 07)”

Deste modo, ainda que não existam grandes documentações, a respeito do Quilombos
dos Palmares, para que ele se mantivesse tantos anos, se fez necessário o
engajamento de grandes líderes políticos que articulassem dentro e fora dele para que
permanecesse tanto tempo desafiando o Império Português.

Conforme destaca Moura, existe uma extensa documentação que demonstra a


preocupação da Metrópole com elação a força substancial, econômica, militar e social.
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Essa preocupação se dava em razão do lucro que se poderia extrair da


superexploração do trabalho escravo e de todos os benefícios que este sistema trazia.
TAMBÉM O MEDO É QUE SE TEMIA QUE O QUILOMBO GANHASSE FORÇA E
COLOCASSE EM CURSO UMA REVOLTA EM TODO TERRITÓRIO

Assim, em razão da exploração e da desumanização da população negra escravizada,


para que houvesse a ruptura do sistema empregado era necessário a insurgência
contra a Metrópole e seus senhores e bem mais que isto, se faz imperioso destacar
que para manutenção de sua liberdade, os negros precisavam aplicar as técnicas
políticas, econômicas, de cultivo da terra e paramilitares em face da Coroa
Portuguesa.

Farias, explica como os negros ressignificavam através de suas revoltas e seus atos
de fazer política em quando inseridos nos quilombos:

“No campo político, os quilombos são as expressões mais elevadas


da forma de fazer política dos escravizados durante o período
colonial. Entendo ser a cultura o terreno fértil para a emergência
desse fazer político, uma vez que pela negação do imediato e criando
mediações mais complexas, esses sujeitos restituíam laços éticos e
morais, senso estético e sensível. Nesse ponto, o signo negro esvaia
seu primeiro sentido. Enquanto sinônimo de escravizado, logo não
sujeito, passa a ter também a importância de ser a referência para
significar esse sujeito perigoso, não pacífico e que não ficou
completamente subjugado. Ganha dinamismo e conforma a
sociedade colonial como um espaço de tensão. Negro passa a ter um
significado mais amplo, ambíguo, para dominados e dominantes.”
(FARIAS, 2018, p.53,52)

Portanto, toda forma de romantizar O PERIODO ESCRAVOCRATA o diálogo


promovido por muitos cientistas DAS CIENCIAS HUMANAS quando não trazem o
panorama da resistência POLÍTICA CUJA EXPRESSÃO MAXIMA É O QUILOMBO e
tensão promovido pela população negra é senão, a negação do retrato da verdadeira
história pela liberdade e de seus verdadeiros protagonistas, o que demasiadamente
reforça o sistema racista opressor em todas as suas articulações E
REVERBERAÇÕES À SOCIEDADE BRASILEIRA QUE EM ULTIMA INSTANCIA
FICA PRIVADA DE CONHECER UM OUTRO LADO DESSE FENOMENO.

A agência dos sujeitos e a marginalização das suas histórias

Superado o escravismo pleno, se instala o escravismo tardio, de acordo com Moura,


as relações escravistas e capitalistas se entrecruzam, principalmente, porque esta
última inseriu-se no país. Existiu uma mudança nos comportamentos das classes, e
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por isso a classe dominante articula-se de forma diversa da anterior, contudo, a classe
dominada continua a ser tratada como objeto manipulável, pois nada mais era do que
fonte de capital para a classe dominante.

Somado aos fatores acima elencados, se faz importante destacar a história dos
sujeitos marginalizados no curso da historiografia, que embora tenha vivido sob
extrema violência e desumanização, foram responsáveis por revoltas populares que
evidenciam seus papéis de sujeitos ativo ante o cenário da época.

Na perspectiva de Lazarim, existiram técnicas promovidas pelo negro escravizado em


diversas circunstâncias para promover o rompimento do sistema escravista, ela
explica o que seria esta ideia de agencia da seguinte forma:

“apesar das mais variadas circunstâncias de coerção extrema em que


viviam, em diversos momentos da história desenvolveram estratégias
de sobrevivência, resistência, como também se apropriaram de
mecanismos da cultura legal da época para lutarem por suas
demandas, lançando mão da racionalidade, da iniciativa, da
articulação e da negociação, sendo, portanto agentes da história. E
cabe ao historiador perscrutar as experiências desses sujeitos através
da leitura e cruzamento de fontes diversas que possibilitem o
exercício da pesquisa histórica.” (LAZARIM, 2018, p: 67)

A Agência de Sujeitos, é um instrumento muito importante, pois explica o cotidiano,


dos escravizados, dando enfoque em suas formas de cultura, interação, religiosidade,
notando que os escravizados não exerciam lutas políticas no sentido estrito, mas se
organizavam no sentido lato sensu, de forma a atingir os preceitos inerentes aos
seres humanos, tais como liberdade, igualdade e dignidade que por sua vez,
escoavam em pequenas ou grandes revoltas, o que jamais pode ser confundido com
passividade.

A partir do estudo de Lazarim, é possível analisar duas grandes revoltas que


convergem entre si em momentos e locais diversos, são elas “O Motim do Vintém”
dentro dos muros da Casa de detenção da Corte e a “Guerra dos Marimbondos” na
circunscrição do interior em Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Ceará.

A revolta do Motim do Vintém se deu em razão da taxa de um vintém, dos valores das
passagens dos bondes que circulavam na cidade do Rio de Janeiro, imposto este
instituído pelo ministro da Fazendo para conter o déficit orçamentário da Coroa. Dois
negros escravizados neste estudo destacam-se, são eles Jacintho e Leocádio que
foram presos por motivos diversos, mas por atuarem ativamente na articulação política
da revolta, estabelecendo contato com o povo de modo a se negarem a pagar o
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imposto e o que mais surpreende é que a historiografia não aventa que os


escravizados atuavam diretamente nessas articulações políticas, destaco abaixo.

“Temos aqui uma dimensão importantíssima: a agência de sujeitos


escravizados no Motim do Vintém, na ação direta nas ruas e na
articulação política dessa ação. Isso não foi ainda debatido na
historiografia: a atuação de escravizados no Motim do Vintém.”
(LAZARIM, 2018, p: 73)

Muitas outras pessoas livres e não livres estavam envolvidas nesta revolta, ocorre que
a historiografia, nega as articulações POLÍTICASdos negros escravizados da época,
não reconhecendo os atores que foram dentro do cenário politico da época.

No mesmo sentido, a Guerra dos Marimbondos que se traduz pela não aceitação do
de homens e mulheres se insurgiram contra a lei do cativeiro, pois não aceitavam
principalmente que seus filhos sendo livres fossem declarados cativos. Diversos atos
de revolta ocorreram, desde o ato polÍtico de rasgar a lei, bem como de enfretamento
armado com saques e posicionamento politico quando ao seu futuro e de seus filhos.

Outra grande revolta que teve a contribuição de ex-escravos e escravos é a


Conjuração Baiana, que teve como grande influência as ideias iluministas da
Revolução Francesa, a Revolução Americana e a Haitiana, os escravizados que
articulavam nesta revolta tinham ciência de todos os pontos que a revolta queria
travar contra a Coroa, contudo, a que mais os beneficiava era senão a Abolição da
Escravatura.

Nesta conjuntura, da Conjuração Baiana, eclodiu a Revolta dos Malês, onde os negros
islâmicos, foram protagonistas do movimento, os escravizados almejavam a liberdade
e os negros já alforriados queriam além dos direitos concedidos à branquitude,
pugnavam o fim da discriminação racial e a liberdade para cultuar sua religião
islâmica, dentre outros destaques temos Luísa Main como uma dos grandes líderes
deste movimento, evidenciando o protagonismo político feminino, ou seja, da mulher
negra.

Desta forma, tentou-se demonstrar brevemente que as revoltas acima, bem como a
Quilombagem são dados empíricos que comprovam a existência de organização e luta
política da população escravizada, deste modo se contrapõe aos argumentos de
passividade desmobilização política e incapacidade cognitiva defendida pelos
cientistas sociais nos termos de Moura e das ciências humanas.
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Pode-se dizer que várias ações individuais e em grupo geraram um ambiente de


tensão contra a Metrópole, controlar violentamente os escravizados era a forma de
perpetuar a manutenção da riqueza da classe dominante.

De acordo, com Farias, o Brasil, nasce de um ato violento, e partindo desta premissa
que foi romantizada cientistas sociais e das ciências humanas, para romper com este
ciclo violento, se faz necessário elucidar que os violentados pelo Estado somente
romperiam com o sistema se tivessem a consciência da força política que possuíam e
da não passividade que a historiografia sonegou por anos.

Considerações finais

Nesta breve análise, pode-se concluir que a construção da historiografia do Brasil


deve ser analisada de forma ampla a fim de evidenciar todos os agentes protagonistas
na luta antirracista no período Imperial, de modo a erradicar os ideia elitistas
construídos a partir de argumentos de passividade dos escravizados, pois se tudo se
originou violentamente, foi do conflito que se visualizou de modo a promover a
liberdade.

Deste modo, cabe as ciências humanas reavaliar seu papel cientifico de modo à fazer
as devidas ponderações em termos de acerto de contas a fim de evidenciar o
essencial qual seja uma história pautada no conflito e luta política entre duas
classes :senhores e escravos. Sinalizar que a história brasileira no tocante à
escravidão não foi tão somente pautada pelo acessório, isto é, relações
socioeconômicas e politicas harmoniosas e conciliativas no interior da casa grande,
pois mesmo dentro dela e sobretudo fora no eito homens e também mulheres lutaram
politicamente por liberdade seja por auto destruição física, fuga e recusa aos trabalhos
forçados.

Às ciências humanas cabe destacar o conflito como dínamo de nossa historia, o motor
do modo de produção escravista de modo a evidenciar o essencial e não o acessório a
fim de promover uma verdadeira luta política pela liberdade formal iniciada pela
quilombagem dos sujeitos escravizados e nestes termos ser um caminho cientifico de
continuação-construção dessa mesma luta contra o racismo na sociedade brasileira de
modo a efetivar e estender cidadania plena a todos os brasileiros.
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Referências

FARIAS, Marcio (2018). Violência e Sociedade – O racismo como estruturante da sociedade e


da subjetividade do povo brasileiro - Formação do povo brasileiro e a questão negra: uma
leitura psicossocial. Páginas 47-66 – Editora Escuta Eireli - Me

LAZARIM, Anita de Souza (2018). Violência e Sociedade – O racismo como estruturante da


sociedade e da subjetividade do povo brasileiro. Ação e circunstância - Agência de sujeitos
negros em revoltas no Brasil Império. Páginas 67-80 – Editora Escuta Eireli - Me

MOURA, Clóvis (1986). Os Quilombos e a Rebelião Negra São Paulo, Editora Brasiliense.      

MOURA, Clóvis (1994). Dialética Radical do Brasil Negro. São Paulo, Editora Anita Ltda.

GÓES, Weber Lopes. Violência e Sociedade – O racismo como estruturante da sociedade e da


subjetividade do povo brasileiro - Formação social do Brasil e a objetivação do racismo no
pensamento conservador - Páginas 47-66 – Editora Escuta Eireli - Me

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