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Centro de Humanidades
Departamento de Literatura
Resumo
Palavras-chave
Estrangeiro, Refugiado, Meursalt, árabe
O Estrangeiro
— A quem mais amas tu, homem enigmático, dize: teu pai, tua mãe, tua irmã ou teu irmão?
— Teus amigos?
— Tua pátria?
— A beleza?
— O ouro?
Charles Baudelaire
Hoje mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do
asilo: “Sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames.” Isso não
esclarece nada. Talvez tenha sido ontem. (CAMUS, 2006, p.7)
Ele viaja então ao asilo onde ela morava e comparece à cerimônia fúnebre,
sem, no entanto, expressar quaisquer emoções, não sendo praticamente afetado pelo
acontecimento.
Parecia-me que o cortejo ia um pouco mais depressa. À minha volta era sempre
a mesma paisagem luminosa, plena de sol. O brilho do céu era insuportável.
Em dado momento, passamos por uma parte de estrada que havia sido refeita
há pouco. O sol derretera o asfalto. Os pés enterravam-se nele, deixando aberta
sua polpa luzidia. Por cima do carro o chapéu do cocheiro, de couro curtido,
parecia ter sido moldado nesta lama negra. Eu estava um pouco perdido entre o
céu azul e branco e a monotonia destas cores, negro-pegajoso do asfalto aberto,
negro-desbotado das roupas, negro-laca do carro. Tudo isto, o sol, o cheiro de
couro e de esterco do carro, o do verniz e do incenso, o cansaço de uma noite
de insônia, me perturbava o olhar e as ideias. (CAMUS, 2006, p.20)
Nos encontros com Maria:
Não reclamou e eu fiquei assim. Tinha o céu inteiro nos olhos e ele estava azul
e dourado. Debaixo da nuca sentia o corpo de Marie palpitar suavemente.
Ficamos muito tempo na bóia, meio adormecidos. Quando o sol ficou forte
demais, ela mergulhou e eu a segui. (CAMUS, 2006, p.23)
Conclusão
O árabe, o refugiado que está longe de sua pátria, afastado de seu povo, de
sua cultura e de sua identidade, o refugiado que foge da guerra, da fome, do tráfico, na
atualidade também é conhecido apenas pela sua nacionalidade. Venezuelanos,
Coreanos, Cubanos Africanos.....
Do tumulto do mundo.
CAMUS, Albert . O Estrangeiro. 27ª ed. Editora Record, Rio de Janeiro – São
Paulo, 2006
https://docplayer.com.br/16555366-Absurdo-e-revolta-em-albert-camus.html.
04/12/2018
http://www.universohq.com/noticias/jacques-ferrandez-adapta-o-estrangeiro-de-
albert-camus/. (acesso em 04/12/2018)
https://www.sempredigo.com.br/poema-de-baudelaire-o-estrangeiro/04/12/2018
http://arquivopessoa.net/textos/323. 04/12/2018
ANEXO
CAPAS