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Tese Central: O texto que expõe o título “Sobre destruição e reconstrução” seguido
do poema “História” de Ana Cruz, pretende analisar importância de
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ressignificar e reconstruir o patrimônio cultural, ressaltando a valorização da
história e luta da população africana e negra, além de reivindicar espaços
tomados pela distorção de uma realidade cruel que se reverbera até hoje:
assassainato sistemático de pessoas negras e apagamento de seu arcabouço
cultural. A autora traz uma situação atual de 2015 na África do Sul, em que
uma manifestação política de retirada de estátua trouxe a discussão de
respeito ao patrimônio e sobre o ensino de história da África do Sul, e
consequente visão favorável ao colonialismo inglês.
Estrutura do texto:
1. Trecho do poema de Ana Cruz
2. Contexto atual e notícias que se assemelham e reforçam um passado de
extermínio;
3. Significado de um monumento para o entendimento da história e o valor de
um patrimônio.
4. O questionamento quanto a respeito ao patrimônio, caráter equivocado dos
manifestantes e postura mais adequadas frente à manifestação política.
5. Importância do avanço do ensino da história e cultura africana e afro-
brasileira e no reconhecimento de desvalorização de personagens que
protagonizaram opressões ao povo preto.
6. Relevância da opinião e impressões que grupos mais diretamente
envolvidos para efeitos de representação da história da escravidão.
Violência e sofrimento x Criação e resistência.
Trechos relevantes:
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situados ao lado da justiça e da defesa de causas fundamentais para o momento
em que estamos.”
4º parágrafo A história ocorrida na África do Sul nos permite pensar um pouco mais sobre o
quanto ainda temos que avançar, no Brasil, no ensino da história e cultura
africana e afro-brasileira e no conhecimento e reconhecimento de espaços e
monumentos que nos remetem a nossa ancestralidade, a nossa luta, e aos
personagens que as protagonizaram. Os monumentos que homenageiam os que
se dedicaram a oprimir, a destruir e desvalorizar nosso passado presente negro
africano podem e devem ser deslocados ou ressignificados, quando sua
presença nos causar dor e ofender nossa autoestima.
6ºparágrafo Como romper com os estereótipos sustentados por imagens e textos que
historicamente subalternizavam os escravizados? Como trazer questões
contemporâneas, urgentes, como o debate sobre reparação e associá-lo a essa
história, sem reduzir toda a explicação da força do racismo na nossa sociedade à
escravidão? Como exibir, apresentar visualmente e materialmente esse passado
presente – trago o termo remetendo conscientemente ao projeto que o
consagrou – de forma a valorizar nossa história e a luta da população africana e
negra? Certamente, não tenho respostas imediatas, mas a certeza que ampliar
essa discussão e ouvir – e considerar – as pessoas e comunidades mais
diretamente envolvidas nos efeitos desse passado sensível é a melhor maneira
de dar conta dessas questões.
7º parágrafo Valorizar essa história, com seus alicerces profundos e paredes flexíveis (como
lembra o lindo poema de Ana Cruz, que recomendam que leiam todo), terá o
poder de reconstruir e ressignificar o nosso patrimônio, nas nossas cidades e no
nosso país