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Inteligência

Emocional na
Educação e Perfis
Comportamentais
Introdução
Começamos com a abordagem deste tema nos questionando de como seriam
nossos resultados pessoais e profissionais se pudéssemos nos compreender
e consequentemente compreender melhor as pessoas que nos cercam,
entender o que as motiva a agir e ainda soubéssemos como nos comunicar
com elas de maneira mais profunda e eficaz?

Na gestão de pessoas ou na educação dos filhos, no casamento ou na seleção


de colaboradores, o fato é que todos nós temos algum motivo pelo qual
queremos decifrar e entender o outro. No entanto, a maior parte das pessoas
está perdida, criando expectativas irreais sobre o comportamento das outras,
simplesmente por não conseguir entendê-las.

No estudo da Inteligência Emocional, trabalha-se ferramentas que desvendam


o perfil de cada pessoa, ajudando você a descobrir, desenvolver e aproveitar o
potencial máximo de todos aqueles que o cercam. Aprende-se como decifrar
as pessoas analisando as características delas, quais são seus princípios,
gostos e características.

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Desenvolver a IE (Inteligência Emocional) traz numerosos benefícios a nível
pessoal. Leva a um melhor conhecimento de si e ao aumento da autoestima, o
que repercute na melhoria das relações interpessoais na forma de conhecer e
resolver conflitos, tudo isso levando a um melhor rendimento social e pessoal.

A IE se traduz na possibilidade do ser humano aprender a lidar com as


próprias emoções, usufruí-las em benefício próprio e ainda a compreender os
sentimentos e comportamentos do outro.

Após conceituarmos a IE, passamos a uma análise específica sobre esta, no


campo pedagógico.

É preciso termos em mente que uma criança emocionalmente saudável não


é aquela que não chora tampouco se frustra ou se irrita, mas aquela que
aprimora constantemente, a compreensão sobre as próprias emoções.

Existem determinadas situações que podem nos ajudar a perceber quando uma
criança está amadurecida emocionalmente, por exemplo, as birras. Estas são
muito típicas por volta dos dois anos de idade, mas quando crianças maiores de
dois anos continuam fazendo birras, isso nos indica que tem um problema em
controlar suas emoções.

Em se tratando da área pedagógica, muitos especialistas consideram que o


desenvolvimento das habilidades sócio emocional são tão ou mais importantes
para a formação de seus alunos, pois se não forem bem trabalhadas, acabam
interferindo ou até mesmo prejudicando o aprendizado cognitivo.

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Como o desenvolvimento emocional é um processo de construção altamente
influenciado pelo meio, os gestores da área de educação precisam exercer um
papel ativo na formação das crianças e dos jovens.

No processo da educação emocional, a função do professor é absolutamente


fundamental, usando sua sensibilidade para transpor as barreiras do seu
próprio conhecimento e da sua prática em sala de aula para dar espaço a um
debate e para a educação emocional. Isso pressupõe que o profissional seja
mais do que um vetor de conhecimentos, passando a atuar com a intenção
de realmente preparar os alunos a serem conscientes e responsáveis em sua
forma de sentir, de pensar e de agir.

Reconhecendo as emoções das pessoas ao seu redor, o professor pode criar


um canal extremamente fértil e acessível para uma interação equilibrada a
partir de sentimentos como alegria, tristeza, medo, raiva ou até vergonha.
Fazer isso, potencializa a capacidade de aprendizado de conteúdos mais
tradicionais pois, permite que cada um entenda e desafie os limites de seus
estudos e os obstáculos que encontram tanto para aprender o conteúdo
quanto para se relacionar com a família e os professores que fazem parte
desse processo de aprendizado.

Desde o nascimento, a criança possui sua própria personalidade. Algumas


sorriem e são curiosas. Outras são irritadas e temerosas. Mesmo bebês com
poucas semanas de vida apresentam diferenças.

O temperamento é algo que flui de dentro para fora nas pessoas e explica por
que um casal pode ter filhos diferentes entre si, embora tenham recebido a
mesma educação, o mesmo amor e a mesma atenção.

Algumas características do temperamento incluem: nível de atividade (a


criança é (hiper) ativa?); sentimentos de medo, frustração e tristeza (a criança
torna-se facilmente temerosa, frustrada e triste?); reações ao desconhecido (a
criança sente-se confortável na presença de estranhos e de situações novas?);
nível de atenção e concentração (a criança presta atenção e concentra-se em
uma tarefa?).

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Classificamos os 4 temperamentos:

• Colérico

• Fleumático

• Melancólico

• Sanguíneo

Estes quatro temperamentos são considerados clássicos.


Idealmente, cada pessoa é um perfeito equilíbrio entre
os 4 temperamentos. Na realidade, cada pessoa tem um
temperamento dominante, mas podem predominar pelo
menos dois temperamentos. Por esse motivo, as pessoas
geralmente são descritas como nervoso-fleumático ou
sanguíneo-nervoso e assim por diante. Mesmo assim, no
fundo, todos temos um pouco de cada um deles.

Ao saber o temperamento, podemos melhor direcionar


sua educação e focar naquilo que realmente importa.
Por exemplo, uma criança fleumática precisa de tédio
para se desenvolver, enquanto que uma sanguínea
precisa focar em uma só coisa por vez.

Não adianta tentar forçar uma criança colérica a curtir


algo que ela não curte e a atividade de uma criança
melancólica deve ser direcionada para o mundo, nunca
para ela e seus problemas.

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Como identificamos
cada temperamento?
O colérico é regido pela circulação e pelo sangue, que são a expressão do ego,
assim os coléricos são pessoas que gostam de impor a sua vontade e podem ser
considerados agressivos, impulsivos, inquietos, egocêntricos e extrovertidos.

O segredo para educarmos uma criança colérica, é respeitar e estimar sua


autoridade natural. A criança colérica precisa acreditar na capacidade do
educador e este, jamais deve se demonstrar incompetente ou perderá qualquer
autoridade que tiver sobre a criança. A criança colérica precisa de desafios e
consegue aprender muito fácil.

O temperamento fleumático está associado à água e é fisicamente dominado


pelas glândulas. Se manifesta em uma fisionomia estática e indiferente. Eles
são pensativos, podem ser sensatos, calmos, pacientes, atenciosos e tolerantes.
Costumam ter uma vida interior rica e procuram os ambientes silenciosos e
pacíficos. As coisas acontecem a sua volta e eles dirigem sua atenção para dentro.

Elas costumam se interessar pelas coisas que interessam aos outros. Elas
gostam de compartilhar seus interesses e o interesse e entusiasmo dos colegas,
as tiram dessas indiferenças que possam ter com relação ao mundo. As coisas
não despertam o interesse das crianças fleumáticas, mas quando percebem o
interesse refletido nos outros, esses interesses se refletem na alma delas também.

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Os melancólicos sentem que são governados pelo próprio corpo, que não
tem controle sobre ele e que esta frustração causa pesar e uma sensação
de desânimo. Para os outros, parecem desconfiados, introvertidos, sérios e
cautelosos. Se preocupam muito com a crueldade e as tragédias do mundo,
podem sofrer de depressão, mau humor, podem ser meticulosos, focados, e
preferem fazer as coisas sozinhos porque acham que os outros não poderão
chegar aos padrões deles, porque não são inerentemente sociáveis.

Não é fácil lidar com crianças melancólicas. É importante que os educadores


possam conversar em elas sobre suas vidas, sobre os problemas que tiveram.
Elas precisam sentir compaixão pelo sofrimento e destino dos outros.

Nunca devemos distrair ou desviar a atenção da criança melancólica porque


só vai aumentar sua dor interior e desânimo. Elas devem perceber que o
sofrimento externo e objetivo existe na vida, mas não devemos ir longe demais.
É só uma questão de redirecionar essa tendência.

Nos sanguíneos, o sistema nervoso e o corpo astral (emoções) predominam. A


vivacidade do corpo astral anima os outros corpos (físico, etc.) e faz com que
o corpo externo seja muito móvel. Os sanguíneos não são tão egocêntricos
como os coléricos, mas são parecidos em alguns aspectos. O sanguíneo é
menos passional, mais alegre.

Eles são sociáveis, despreocupados, tagarelas, carinhosos e otimistas.


Eles têm dificuldade em completar tarefas e podem ser pouco pontuais e
esquecidos/distraídos.

De nada adianta tentar forçar as coisas nas crianças sanguíneas. O temperamento


delas não permite. Devemos sempre manter o foco naquilo que a criança tem;
nunca pergunte o que ela não tem para logo tentar forçar isso ou aquilo.

Com relação aos outros aspectos da educação, uma vez que elas demonstram
interesse em algo, devemos expô-las a essas coisas sem necessariamente sair
procurando um monte de coisas diferentes. É importante manter o foco somente
naquilo que despertou o interesse delas. Devem poder interagir livremente para
que esse assunto ou pessoa surta efeito sobre elas. Logo, devemos retirar essas
coisas para intensificar esse interesse e restaurá-lo.

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Aplicando os 04
Temperamentos
em sala de aula:
Diante das inúmeras possibilidades de se atuar em sala de aula e com o intuito
de valorizar a individualidade de todos que compõem a comunidade escolar
priorizando o emocional de todos os envolvidos, o ensino deixa de ser pautado
na assimilação e memorização de meros conteúdos sistemáticos e passa a
integrar uma correlação entre professor/aluno.

Nessa teoria o educador precisa aprender quais são e qual o agir de


cada temperamento, o que o levaria a trabalhar de forma positiva com o
temperamento de seus alunos, aproveitando a característica de cada um para
lecionar de forma individualizada, impedindo que haja desânimo pela diferença
temperamental o que poderia interferir até mesmo na autoestima. Para isso,
necessita compreender as características de cada grupo e como identificar os
temperamentos dos alunos.

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Para chegar ao autoconhecimento, é importante conhecer o próprio
temperamento. Ele é a chave para se entender as reações dos diferentes
comportamentos, qualidades e defeitos. O temperamento é a combinação de
características congênitas que subconscientemente afetam o procedimento
do indivíduo. E como é aplicar Temperamentos em sala de aula?

Uma criança melancólica desenvolve bons hábitos de estudo, pois gostam de


aprender, se incentivados a leitura, por exemplo, desenvolverão um apetite
imenso pelos livros. Esse grupo possui mentes aguçadas, retentivas e inquisitivas.
Possui capacidade de concentração, independente de qualquer barulho que
esteja acontecendo ao seu lado, são escritores de qualidade, devido à aptidão
que possuem em lembrar detalhes e figuras mentais de cada palavra.

Os de temperamento sanguíneo, se motivados, podem vir a ser bons alunos,


pois não são bons estudantes, mas são brilhantes, mesmo sendo inquietos e
indisciplinados. Qualquer coisa pode distraí-lo, seu interesse pelas coisas é de
curta duração, é muito difícil para eles se concentrarem por muito tempo em
alguma coisa e este fato o fazem desperdiçar o grande potencial que possuem.

O educador de um sanguíneo precisa fazer que as matérias sejam apresentadas


a ele de uma forma fascinante, artística de forma a seduzi-lo a querer se
aprofundar em seu estudo. Gradualmente, educado assim descobre a sua
capacidade de se aprofundar nos assuntos.

Os coléricos por serem puro fogo e pura adrenalina. Estão sempre em ação.
Precisa-se, desta forma, aprender a ter paciência, coisa muito rara para este
grupo. A criança deve ser educada através do esporte, do trabalho, no seio da
família, na igreja, escola ou comunidade. Precisa ser educado para saber se
controlar e aprender a se aquietar quando necessário.

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Com seu temperamento oposto, os fleumáticos, devem descobrir a virtude da
paciência, a esperar um pouco e a refletir antes de agir.

Os fleumáticos precisam de atividades que duram pouco tempo, vão ser


considerados bons estudantes se conseguirem vencer sua vontade nata de
ficar adiando as coisas. Não gostam de longos projetos, pois exige tempo
e isso é algo que não gostam de dedicar a nada, tem boa memória e se
incentivados e motivados a aprender podem se tornar muito inteligentes,
suas mentes são capazes de analisar e deduzir. Trabalham melhor sobre
pressão, apesar de não assumirem isso. Os fleumáticos tendem a se acomodar
facilmente frente às situações.

Os temperamentos vão auxiliar ao professor na conduta de suas aulas em todas as


disciplinas. É fundamental o educador se preocupar com o emocional dos alunos
e se desvincular um pouco das regras curriculares que a escola proporciona como
meta a ser atingida, um professor sábio educa os sentimentos e as emoções dos
seus alunos. O agrupamento dos alunos segundo os temperamentos, também
permitem o professor dirigir-se especialmente a cada grupo.

Para se perceber os temperamentos, os professores devem, além das atitudes,


analisarem a letra, a forma de andar, sentar, comer, vestir e os traços físicos da
pessoa. O professor deve estar atento à diferença entre os Temperamentos e
como trabalhar com cada um dos grupos. Muitos educadores, psicopedagogos,
neuropsicólogos, pais, entre outros, encontrarão dificuldade em identificar os
tipos, mas esse fato não pode ser considerado um empecilho, apenas um motivo
maior para se dedicar ao estudo do tema e aos alunos bem como pacientes.

A influência da teoria dos quatro temperamentos e suas doze combinações


sobre a educação é altamente positiva, pois chama a atenção para o fato de
que preocupar-se com o desenvolvimento da capacidade de se relacionar
bem com os outros e consigo mesmo, evita, desta forma, muitos transtornos
como várias dificuldades de aprendizagem.

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Fontes:

Decifre e Influencie Pessoas- Editora Buzz – Paulo Vieira- Deibison Silva

ANTUNES, C. Como identificar em você e em seus alunos as inteligências múltiplas -2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

A inteligência emocional na construção do novo eu – 10ª ed. Petrópolis, Rj: Vozes, 2002.

Os quarto temperamentos para a educação dos filhos- Dr. Ítalo Marsili- Editora Kírion

The Four Temperaments – https://en.wikipedia.org/wiki/Four_temperaments

Description of the four primary temperaments by John T. Cocoris, Th.M., Psy.D: http://fourtemperaments.com/Description.htm

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