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A Tempestade
Na manhã seguinte, já num ambiente calmo, os marinheiros avistam Calecut. Gama agradece a Deus
por ter livrado os portugueses dos perigos da tempestade.
RECURSOS EXPRESSIVOS
Recursos diversos
• Adjetivos: permitem descrever a violência da tempestade («súbita procela» -est. 71), a reação dos
marinheiros («súbito temor e desacordo» - est. 72), o seu esforço na luta desigual («duros e forçosos» -
est. 73).
Grau superlativo absoluto sintético: «fortíssimo», «altíssimos» (est. 74) - a marcar o máximo de violência
associado à tempestade.
Imperativo: «Alerta» (est. 70) e «Amaina» (est. 71) - a indicar o medo que se gerou peio aparecimento
de indícios de tempestade.
• Verbos de ação: «fere» (est. 72), «Correm» (est. 73) e «menear» (est. 73) - descrição da reação dos
marinheiros a tempestade.
Figuras
Anáfora: «Agora sobre as nuvens os subiam / As ondas de Neptuno furibundo; / Agora a ver parece que
deciam / As íntimas entranhas do Profundo» (est. 76) - destaca a oscilação violento a que eram
submetidas as naus, ora elevadas até às «nuvens» ora descendo ao «Profundo».
Antítese: «A noite negra e feia se alumia / Cos raios, em que o Pólo todo ardia!» (est. 76) - destaca a
oposição entre o negrume da noite e o brilho intenso dos raios que rasgavam o céu e que tinham a
capacidade de iluminar o escuro.
Antítese: est. 89 - o discurso da ninfa assenta em oposições entre a brandura e a fúria e entre o amor e o
medo, de modo a mostrar a Bóreas que a violência é incompatível com o amor e a levá-lo a optar pela
acalmia.
Apóstrofe: «Divina Guarda, angélica, celeste" (est. 81) -destaca o destinatário do discurso de Gama.
Comparação: os ventos, que lutavam/Como touros indómitos» (est. 84) - compara a força dos ventos à
de touros indomados.
Enumeração: «Noto, Austro, Bóreas, Aquilo» (est. 76) -permite engrandecer a noção de fúria violenta da
tempestade, que reúne todos os grandes ventos.
Hipérbole: «Feros trovões que vêm representando / Cair o Céu dos eixos sobre a Terra, / Consigo os
Elementos terem guerra» (est. 84) - ventos.
Hipérbole: «Nunca tão vivos raios fabricou / Contra a fera soberba dos Gigantes / O grão ferreiro
sórdido» (est. 78).
Hipérbole: «Os ventos eram tais, que não puderam. / Mostrar mais força d'ímpeto cruel, / Se pera
derribar então vieram / A fortíssima Torre de Babel.» (est. 74).