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net/publication/321367435
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Silvia Sarmiento
University of Campinas
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AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE PONTES DE CONCRETO PROTENDIDO SOB SOLICITAÇÕES NORMAIS COM BASE NA TEORIA DA CONFIABILIDADE View project
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Silvia Juliana Sarmiento Nova (1); Maria Cecilia Amorim Teixeira da Silva (2)
Resumo
Com o propósito de comparar os coeficientes parciais de segurança atualmente estabelecidos na norma
ABNT NBR-6118/2014 com os obtidos através de uma análise de confiabilidade detalhada para pontes de
concreto protendido, apresenta-se o cálculo do índice de confiabilidade β e da probabilidade de falha Pf
para um caso de estudo de uma ponte de viga-e-laje sob solicitações normais. Os valores do índice de
confiabildade são expressos em termos de coeficientes parciais de segurança para realizar a comparação
com a norma brasileira. Para avaliar a segurança da estrutura, implementam-se dois métodos: o Método de
Simulação do Hipercubo Latino (LHS) e o Método de Confiabilidade de Segunda Ordem (SORM), os quais
são aplicados criando-se uma rotina no programa MATLAB. Da análise de confiabilidade efetuada, conclui-
se que é recomendável realizar uma avaliação da segurança detalhada e específica para pontes em
concreto protendido, com o objetivo de se obter uma possível redução dos coeficientes parciais de
segurança e, portanto, do custo de sua construção, sem deixar de garantir uma margem de segurança
adequada.
Palavra-Chave: Confiabilidade, Pontes, Concreto Protendido.
Abstract
In order to compare the partial safety factors that presently are established in ABNT NBR-6118/2014 with the
factors obtained through a detailed reliability analysis of prestressed concrete bridges, the reliability index β
and the probability of failure Pf for a case of study are found. The case of study consists in a prestressed
concrete bridge under normal loads. The reliability index value is expressed in terms of partial safety factors
to be compared to the Brazilian standard. For the reliability assessment, two methods are implemented: the
Latin Hypercube Simulation (LHS), and the Second Order Reliability Method (SORM), and they are applied
by creating a routine in the software MATLAB. From the reliability analysis carried out, it is concluded that it
is recommendable to use a detailed and specific safety assessment for prestressed concrete bridges, in
order to achieve a possible reduction of the partial safety factors and therefore reduce the cost in their
construction, without setting aside an adequate safety margin.
Keywords: Reliability, Bridges, Prestressed Concrete.
a
G 1 Aps f ps d p M DC M DW M ve 1 IM M ca DFM (Equação 4)
2
G 2 16 f ' c ( f pb f DC f DW f LL IM ) (Equação 5)
sendo,
f pb
P final
P final ei
(Equação 6)
AG S Gi
M DC
f DC (Equação 7)
S Gi
M DW
f DW (Equação 8)
S Gi
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 5
M LL IM
f LL IM (Equação 9)
S Gi
Pfinal Pfinal ei M DC M DW M LL IM
G 2 16 f ' c (Equação 10)
AG S Gi S Gi S Gi S Gi
Rk
S S k (Equação 13)
R
Com a intenção de projetar estruturas para uma probabiliade de falha determinada, os
coeficientes parciais de segurança são definidos em função de um índice de
confiabilidade alvo β0, o qual é obtido através da implementação de uma análise de
confiabilidade. Para fins do presente estudo, o índice de confiabilidade é calculado por
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 7
meio do método SORM, e será validado através de uma comparação estabelecida com o
índice de confiabilidade obtido por meio de um método de simlação (LHS).
Pela Teoria da Confiabilidade estrutural, sabe-se que o ponto de projeto no espaço
original é definido pela Equação 14, que estabelece a relação entre o coeficiente parcial
de segurança e o índice de confiabilidade alvo.
S S * S k (Equação 15)
Rk
R (Equação 16)
R*
onde S* e R* são os valores da solicitação e da resistência no ponto de projeto.
Visto que uma Função Estado Limite geralmente não está constituida por apenas duas
variáveis (R e S), deve-se definir o cálculo dos coeficientes parciais de segurança,
levando-se em consideração todas as variáveis aletórias envolvidas, como foi feito em
VROUWENVELDER e SIEMES (1987). Por exemplo, para o momento resistente de uma
viga protendida definido pela Equação 17, pode ser obtido o valor no ponto de projeto em
função das variáveis aleatórias, como é especificado na Equação 18, e finalmente o
coeficiente parcial da resistência no caso da Função Estado Limite G1 é obtido através da
Equação 19:
M u Aps f ps d p a 2 (Equação 17)
M u* A*ps f ps* d *p a 2 (Equação 18)
Mu
R (Equação 19)
M u*
n
Pf (Equação 20)
M
No presente trabalho foi utilizado o programa MATLAB®, por meio do qual é possível
gerar valores aleatórios para uma determinada variável empregando-se diretamente o
método LHS, sendo possível atribuir a cada uma das variáveis a distrubuição de
probabilidade, a média e o desvio-padrão.
4.2 Método de Confiabilidade de Segunda Ordem SORM
n 1
FORM 1 FORM k i
1
Pf SORM
2 (Equação 22)
i 1
FORM
Gt u *
(Equação 23)
Gt G
onde {G} é o vetor das derivadas parciais da Função Estado Limite avaliadas no ponto de
projeto, e {u*} é o vetor das variáveis aleatórias no espaço normal padronizado no ponto
de projeto. O sufixo t denomina a transposta do vetor.
O vetor {G} é definido pela Equação 24:
G g* (Equação 24)
xi
G
(Equação 25)
Gt G
Uma vez aplicado o método FORM, é possível calcular a curvatura ki através dos passos
definidos por CHAKRABORTY(2014):
1. calcula-se a matriz T0 definida na Equação 26, a qual é composta pelos cossenos
diretores (ou também chamados coeficientes de sensibilidade i) que foram obtidos
através do método FORM;
1 0 0
0 1 0
T0 (Equação 26)
1 2 n
t i t 0t k
n
t k t 0k t ti (Equação 27)
i k 1 t i t i
onde tk é o vetor horizontal da matriz ortogonal modificada T t1 , t 2 ,, t n t , a variação
de k é definida como: n, n-1, n-2,…, 2,1;
A a
THT t
ij
i, j 1,2,, n 1
ij * (Equação 29)
G
onde H representa a matriz das derivadas parciais de segunda ordem da Função Estado
Limite avaliadas no ponto de projeto.
5. a última linha e a última coluna da matriz A e a última linha da matriz Y são
eliminadas para levar em consideração que a última variável yn coincide com o β
determinado no FORM. Então essa última variável fica definida pela Equação 30:
ANAIS DO 59º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2017 – 59CBC2017 11
1 t
yn y A y (Equação 30)
2
SORM 1 Pf SORM (Equação 31)
5 Resultados
5.1 Avaliação da Segurança do Estudo de Caso
Os resultados obtidos através da análise de confiabilidade são resumidos nas Tabelas 2 e
3 para o método LHS e SORM, respectivamente.
1
M u S M DC M DW S M LL IM (Equação 32)
R
1
f tr S f pb S f DC f DW S f LL IM (Equação 33)
R
6 Conclusões
A avaliação da segurança de uma ponte de concreto protendido é realizada por meio de
duas abordagens que têm como medida da segurança o índice de confiabilidade β e a
respectiva probabilidade de falha Pf da estrutura. A definição das Funções Estado Limite,
assim como das variáveis aleatórias juntamente com os dados probabilísticos, foi feita
com base em trabalhos anteriomente publicados na área de confiabilidade de estruturas
aplicados ao concreto protendido.
Os métodos de confiabilidade LHS e SORM foram implementados para avaliar a
segurança de uma ponte de concreto protendido. Com base nos resultados alcançados
do índice de confiabilidade e da probabilidade de falha, foi possível observar que para o
estudo de caso em questão, um método de simulação como o LHS proporciona valores
muito próximos àqueles obtidos através de um método analítico baseado na Teoria de
Confiabilidade.
Em função do índice de confiabilidade β obtido para a estrutura em análise, foram
calculados os coeficientes parciais de segurança para cada uma das variáveis que
representavam a resistência da estrutura e as ações em cada Função Estado Limite
estabelecida. Os coeficientes parciais de segurança foram comparados aos atualmente
definidos na norma NBR 6118(2014).
Com base nos resultados apresentados no item 5.2, pode-se afirmar que para o caso
particular da ponte em estudo, os coeficientes parciais de segurança poderiam ser
calibrados de forma a otimizar o projeto da estrutura, ainda mantendo uma margem de
segurança adequada.
Da comparação entre as Equações 34 e 36 destaca-se que, para a norma NBR-6118, os
coeficientes parciais de segurança são uniformes para cada uma das ações e, dos
coeficientes obtidos através do trabalho, observa-se uma diferencia significativa entre as
ações permanentes e as ações variáveis.
7 Referências
SANTOS, S.H.C.; EBOLI, C.R. Avaliação da Confiabilidade Estrutural com Base nas
Normas NBR-6118 e NBR-8681. VI Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto, São
Paulo, 2006.