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Thais Marques 15.

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Anatomia 7a fase

Introdução ao Sistema Nervoso


Prof. Rosane e Hamilton

Sistema Nervoso é o conjunto de órgãos responsáveis em coordenar e integrar todos os


demais sistemas, relacionando-os com as variações do meio externo e mantendo a nossa
homeostase interna.

Divisões do sistema nervoso:

1. Morfológico:

A. Sistema Nervoso Central: parte do sistema nervoso que esta localizado no eixo ósseo.
Composto pelo encéfalo (dentro do crânio) e medula espinhal (dentro do canal espinhal).

B. Sistema Nervoso Periférico: parte do sistema nervoso que une o SNC às estruturas
periféricas. Composto pelos nervos espinais (que se originam aos pares da medula
espinhal) e cranianos, gânglios e terminações nervosas.

2. Funcional:

A. Sistema Nervoso Somático (“vida de relação): parte do sistema nervoso que nos
relaciona com as variações do meio externo. O controle desse sistema é cortical,
portanto tem-se consciência das respostas processadas.

B. Sistema Nervoso Visceral: parte do sistema nervoso que mantem controle das vísceras e
homeostase. O controle desses sistema é realizado pelo hipotálamo, portanto não temos
consciência das respostas processadas.

*Para que se tenha consciência das respostas é necessário que as informações sejam
processadas à nível de córtex cerebral. Informações processadas à níveis subcorticais não
promovem respostas conscientes, logo não temos controle sobre essas.

Anatomia do Sistema Auditivo


Prof. Rosane

O sistema auditivo é composto por elementos anatômicos responsáveis pelo mecanismo de


percepção dos sons. Essas estruturas estão localizadas dentro do osso temporal.
Divisão:

1. Orelha Externa
- Estruturas:
A. Pavilhão Auditivo:
• Formado por cartilagem e revestido por pele, a qual é contígua com o meato acústico
externo e a face lateral da membrana timpânica
• Possui diversas elevações e reentrâncias para melhor captar o som: hélice, anti-
hélice, ramos da anti-hélice, fossa triangular (entre os ramos da anti-hélice), trago,
anti-trago, concha (depressão central) e lóbulo.

B. Meato acústico externo


• É um tubo de aproximadamente 2,5 cm, composto por cartilagem (1/3) e osso
temporal (2/3)
• Como é revestido por pele, possui anexos epidérmicos como pelos (chamados de
trágios) e glândulas ceruminosas e sebáceas (produção de cera amarga e com
cheiro ruim para que insetos não entrem no meato; além disso, essa cera lubrifica a
membrana timpânica, permitindo sua flexibilidade)
• Esse tubo é curvo, portanto para visualizar a membrana timpânica com o otoscopio é
necessário tensionar superiormente e posteriormente o pavilhão auditivo para retificar
o meato acústico externo
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C. Membrana Timpânica
• É um septo conjuntivo revestido lateralmente por pele e medialmente por mucosa,
possuindo coloração transparente e branco acinzentada
• Localiza-se entre o meato acústico externo e a orelha
média e possui uma posição oblíqua e côncava no
centro (forma de cone e o ápice desse cone é chamado
de umbigo) *O martelo, justaposto a ela, faz uma
pequena retração para gerar essa concavidade
• Devido à retração pelo martelo, há formação de duas
pregas na membrana: prega maleolar anterior e
posterior
• Há uma parte mais fibrosa, o Ânulo Fibroso, que é a
parte da membrana que se fixa ao osso configurando a
Região Tensa dessa estrutura
• A parte mais superior da membrana não possui o ânulo fibroso e por isso é chamada
de Região Flácida
• Divide-se em 4 quadrantes:

I) Quadrante Superior Anterior


II) Quadrante Inferior Anterior
III) Quadrante Superior Posterior
IV) Quadrante Inferior Posterior
→ No IV quadrante é o local de escolha para
realização de punções, pois preserva as estruturas nobres
na audição (martelo, bigorna e entre eles passa o Nervo
Corda do Tímpano, ramo do VII craniano)

2. Orelha Média:
- Também chamada de cavidade timpânica, pois contêm ar, uma vez que se comunica
com a parte nasal da faringe através da tuba auditiva
- Localizada na parte petrosa do osso temporal
- Contêm os ossículos: martelo (fixado na face medial da membrana timpânica), bigorna
e estribo (justaposto à janela do vestíbulo ou oval/redonda)
- Delimitação da cavidade timpânica:
• Teto ou tegme: é uma lâmina fina de osso temporal * Acima do tegme há a
fossa craniana média, a qual possui o SNC com líquor. O trauma do tegme
associado a uma membrana timpânica rota (politraumatizados) pode levar ao
extravasamento de líquor pela orelha.
• Assoalho: é uma lâmina fina de osso temporal *Abaixo do assoalho passa a veia
jugular interna. Traumatismo do assoalho associado ao rompimento da veia
jugular e membrana timpânica rota pode levar ao extravasamento de sangue pela
orelha.
• Parede lateral: membrana timpânica
• Parede medial: janela vestibular ou oval (justaposta ao estribo) * O promontório
é uma elevação ocasionada pela cóclea e logo ao lado há a janela da cóclea e
essas duas estruturas também podem ser consideradas parte da parede medial.
• Parede anterior: tuba auditiva + músculo tensor do tímpano + artéria carótida
interna
* O músculo tensor do tímpano está localizado acima da tuba auditiva e se fixa
no martelo (é um mecanismo de proteção para evitar o rompimento da membrana
timpânica por excesso de vibração quando há sons muito altos. Nesse caso, esse
músculo se contrai fixando o martelo, para que ele não se mova muito e não
rompa a membrana)
• Parede posterior: músculo estapédio (se fixa no estribo e também é um
mecanismo de defesa da membrana timpânica contra sons muito altos)

Obs. 1: Quando o ar é inspirado, esse entra pelo óstio faríngeo da tuba auditiva passando para tuba
auditiva e alcançando a orelha média. Com isso, a pressão dessa região se iguala com a pressão
atmosférica permitindo a vibração da membrana timpânica. Em altas atitudes, a pressão atmosférica
diminui, gerando uma diferença de pressão entre o meio externo e a orelha média já que a tuba
auditiva tem as paredes justapostas e não consegue igualar as pressões imediatamente. Com isso, a
membrana timpânica fica tensa diminuindo sua vibração, o que leva à sensação de surdez. A
deglutição diminui essa sensação, pois facilita a abertura da tuba auditiva e iguala a pressão mais
rapidamente.

Obs. 2: A mucosa faríngea se estende para a tuba auditiva e toda orelha média, inclusive a face
medial da membrana timpânica. Eventualmente, infecções de vias aéreas superiores, por
contiguidade, atingem a orelha média causando otite.

Obs. 3: Os idosos podem ter ossificação dos ossículos da orelha (otosclerose), diminuindo a
frequência de vibração, que leva à surdez de condução.
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3. Orelha Interna
- Estruturas: formada pelo órgão estato-acústico (labirinto), que é composto pelo
vestíbulo, os canais semi-circulares e a cóclea (responsável pela audição e situada
antero-medial à cavidade timpânica)
- O labirinto é formado por duas partes:
A. Labirinto ósseo
• Dá a forma óssea e cavitária para a cóclea, vestíbulo, canais semi-circulares.

Janela do Vestíbulo

Janela da cóclea Helicotrema

B. Labirinto Membranoso
• Localizado dentro do labirinto ósseo (azul no desenho abaixo) e possui também as 3 porções:
- Ducto coclear = dentro da cóclea
- Sáculo e Utrículo = dentro do vestíbulo
- Ductos semi-circulares = dentro dos canis semi-circulares

→ Entre o labirinto ósseo e o labirinto membranáceo existe um


espaço que é preenchido por um líquido, a perilinfa.

→ Dentro do labirinto membranoso há a endolinfa.

Mecânica básica da audição: a condução do som até o nervo coclear (Ramo do n. Vestíbulo coclear
– VIII par craniano) acontece por meio de transdução, que é a transformação de diversas energias
em outras. A energia sonora chega à orelha externa e vibra a membrana timpânica transformando-se
em energia mecânica que é conduzida pela vibração dos ossículos até chegar na cóclea, onde o
líquido coclear (paralinfa) vibra, transformando em uma energia hidráulica. Essa, por sua vez,
estimula as células ciliadas do órgão de corti a terem um potencial de ação, o qual é transmitido
para o nervo coclear sob a forma de energia elétrica.
Estudo da Cóclea:

o É um canal espiral ósseo que dá duas voltas e meia em volta de um eixo ósseo chamado
modíolo.
o Esse eixo ósseo contem o nervo coclear que vai gerar seus ramos que perfuram a estrutura
óssea até chegar no ducto coclear, pois é nessa estrutura que vão estar as células excitáveis
pelo som.
o Ao passar um plano transverso pela cóclea e o ducto coclear configura-se dois andares (que
nada mais são a cavidade por onde circula a perilinfa) separados pelo ducto coclear.
o O andar superior é chamado de rampa vestibular e começa na janela do vestíbulo
(fechada por uma membrana). Já o andar inferior é chamado de rampa do tímpano e
termina na janela coclear (também fechada por uma membrana).
o Existe comunicação entre uma rampa e outra, que é o helicotrema.
→ Quando há vibração dos ossículos provocada pela chegada do som, a
bigorna que é justaposta com a membrana da janela vestibular, gera vibração
dessa, a qual transmite essa energia para a perilinfa da rampa vestibular e, por
condução, passa para a perilinfa da rampa timpânica através do helicotrema,
até chegar na janela coclear. Como a perilinfa está numa cavidade fechada, ela
fica indo e vindo e, por pressão, estimula as células do ducto coclear.

o O ducto coclear, possui em sua membrana basal o Órgão de Corti


(ou órgão espiral), que é o receptor da audição. Esse órgão é constituído por células
ciliadas e de sustentação. Os cílios são móveis e se ligam na membrana tectória
(no momento que os cílios se movimentam é quando faz a polarização e
despolarização gerando o estímulo elétrico que é passado para o nervo coclear)

Anatomia da Visão
Prof. Hamilton

Órbita

• É uma cavidade triangular com a base anterior (na margem orbital) e o ápice posterior (na altura
do canal óptico)
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• Limites da órbita:
o Teto: osso frontal e asa menor do esfenoide. Na asa menor do esfenoide há o canal
óptico (1) por onde passa o nervo óptico e artéria oftálmica.
o Parede lateral: osso zigomático e asa maior do esfenoide. Entre a asa maior e
menor do esfenoide há a fissura orbital superior (2) e entre a asa maior do
esfenoide e a maxila há a fissura orbital inferior (3), por onde passa o nervo e a
artéria infra-orbitais.
o Assoalho: osso zigomático, maxila e osso palatino. No assoalho há a fissura infra-
orbital (4) por onde passa os vasos e nervo infra-orbital se encaminhando para a
face.
*O forame ou fissura supra-orbital (5) está localizado na margem superior da órbita.
o Parede medial: maxila, osso lacrimal e osso etmoide. Essa parede possui os
forames etmoidais anterior (6) e posterior (7), por onde passa vasos e nervo
etmoidais.

Pálpebras

• São duplas, revestidas exteriormente por pele, sendo que não possuem tecido adiposo (tela
subcutânea). Se juntam nos ângulos lateral e medial do olho.
• Internamente, as pálpebras são revestidas por conjuntiva que é um tecido conjuntivo. Essa
conjuntiva reveste a pálpebra superior, reflete-se para envolver a esclera (“parte branca do
olho") e mais inferiormente reflete-se mais uma vez para envolver a pálpebra inferior.
• A reflexão da conjuntiva da pálpebra superior para esclera é chamada de fórnice superior;
essa reflexão para pálpebra inferior é chamada de fórnice inferior.
• Logo, a conjuntiva forma um saco conjuntival, onde a lágrima alcança para fazer a
lubrificação da parte anterior do olho, principalmente da córnea.
• O fórnice superior é perfurado por ductos lacrimais (em torno de 12) que lançam a lágrima
para a conjuntiva *Fórnice inferior é totalmente fechado.
• A pálpebra superior, quando fechada, termina na margem inferior da córnea (a qual esta
sobre a íris). Já quando o olho esta aberto a pálpebra superior fica na altura da margem
superior da córnea. *Logo, a pálpebra superior é maior que a pálpebra inferior.
• No ângulo medial do olho há o lago lacrimal, região para onde drena as lágrimas
• No lago lacrimal há uma saliência chamada carúncula lacrimal e, lateral à carúncula, há a
prega semilunar composta por conjuntiva.
• Nas pálpebras existem cílios e na extremidade mais medial de cada uma estão localizadas as
papilas lacrimais, as quais possuem uma abertura chamada de ponto lacrimal, que é onde
começam os canalículos lacrimais, dois canais pequenos que conduzem a lágrima do saco
conjuntival para o saco lacrimal (estrutura localizada atrás da carúncula lacrimal).

Músculos das pálpebras:


• As pálpebras possuem o músculo orbicular do olho passando logo abaixo do pele, portanto
faz parte da composição da pálpebra. Esse músculo possui 3 porções:
1. Parte orbital: parte mais externa, que contorna toda margem orbitária, em forma de
esfíncter (circular), com função de abrir e fechar os olhos.
2. Parte palpebral: parte que avança para a pálpebra
3. Parte lacrimal: pequena porção localizada próxima ao lago lacrimal, importante para o
escoamento da lágrima do saco lacrimal para o ducto lacrimo-nasal, que vai para a
cavidade nasal.
* O ato de piscar tem dois objetivos: lubrificar a córnea e a esclera e contrair o saco lacrimal
para escoar a lágrima.
• Por baixo do músculo orbicular do olho, há o músculo levantador da pálpebra superior

Estruturas que sustentam a pálpebra:


• Septo orbital: é uma extensão da periórbita (periósteo da cavidade orbitária), tanto para
pálpebra superior como para a inferior
• Tarso: é um espessamento do septo orbital quando esse passa pela pálpebra superior e
inferior
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• Ligamentos palpebrais medial e lateral: prendem os tarsos nas paredes medial e lateral da
órbita, respectivamente.

Glândulas lacrimais
• Situada entre o globo ocular e o teto da órbita, na fossa da glândula lacrimal
• Produz as lágrimas que são importantes para lubrificação da esclera e da córnea; e para
nutrição da córnea já que essa estrutura é avascular (além da lágrima, o humor aquoso e o
oxigênio do ar fazem parte da nutrição da córnea)
• Resumindo o escoamento da lágrima: glândulas lacrimais produzem a lágrima, a qual é
transportada para o saco da conjuntiva através de aproximadamente 12 ductos lacrimais. As
lágrimas são escoadas do saco conjuntival para os pontos lacrimais superior e inferior e
desses para os canalículos lacrimais que levam-a para o saco lacrimal. Do saco lacrimal são
drenadas pelo ducto lacrimo-nasal para a cavidade nasal.

Fáscia da órbita
• Também chamada de periórbita e corresponde
ao periósteo de revestimento das paredes da
órbita
• Anteriormente continua-se com o periósteo da
fronte e da face e posteriormente se espessa para
forma o Anel Tendíneo Comum (ou anel de
Zinn ou cone dos retos) → esse anel é local de
fixação posterior para os 4 músculos retos
• O Anel Tendíneo Comum “abraça” o canal
óptico e parte da fissura orbital superior. Anel Tendíneo Comum
• Estruturas que passam dentro do anel:
a) Estruturas que passam pelo canal óptico:
nervo óptico e artéria oftálmica
b) Estruturas que passam por pela fissura orbital superior: divisões superior e inferior
do nervo óculo-motor, nervo abducente e nervo naso-ciliar (ramo do nervo
oftálmico) *Veia oftálmica inferior geralmente também passa.
• Estruturas que passam fora do anel (mas por dentro ainda da fissura orbital superior):
nervo lacrimal, nervo frontal, nervo troclear e veia oftálmica superior
Músculos Extrínsecos do Globo Ocular: movimentam o globo ocular
1. Músculo levantador da pálpebra superior: origina no teto na órbita e se insere na pálpebra
superior. Ação: elevação da pálpebra superior
2. Músculos retos: todos se original no cone dos retos e se inserem na esclera,
aproximadamente 1cm da margem da córnea.
a) Reto superior: faz elevação do olho (olhar para cima)
b) Reto Inferior: faz abaixamento do olho (olhar para baixo)
c) Reto Lateral: faz abdução do olho (olhar para fora)
d) Reto Medial: faz adução o olho (olhar para dentro)
3. Músculos Oblíquos:
a) Oblíquo Superior: origina-se no osso esfenoide (teto da órbita), passa por dentro da
tróclea (polia de cartilagem hialina) e insere-se na esclera, logo abaixo do reto
superior. Ação: abaixamento + rotação medial do olho
b) Oblíquo Inferior: origina-se na parede medial do olho, passa por baixo do olho e se
insere na esclera, abaixo do reto lateral. Ação: elevação + rotação lateral do olho
Inervação:
• Músculo Reto lateral: nervo abducente (VI par) MACETE:
• Músculo Oblíquo Superior: nervo troclear (IV par) RL 6
• Todos os outros extrínsecos: nervo óculo-motor (III OS 4
par) RESTO 3

Músculos Intrínsecos do Globo Ocular: *Não movimentam o globo ocular


1. Músculo Ciliar
2. Músculo dilatador da pupila
3. Músculo esfíncter da pupila

Irrigação sanguínea
• Principal fonte de irrigação sanguínea da órbita e do seu conteúdo é feita pela artéria
oftálmica (primeiro ramo da artéria carótida interna)
• Ramos:
a) A. Central da Retina: é um dos primeiros ramos. Perfura o nervo óptico, correndo por
dentro desse até alcançar o disco óptico (local de origem do nervo óptico, área cega do
olho, pois não tem receptores para visão). Essa artéria não faz anastomose com outras
artérias (artéria terminal), por isso lesão leva à cegueira. Faz irrigação da retina, a partir
da altura do disco óptico.
→ Ramos: (que nutrem a retina)
o Ramos nasais superior e inferior (mediais)
o Ramos temporais superior e inferior
b) A. Lacrimal: faz irrigação das glândulas lacrimais e pálpebras inferior e superior
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c) A. Supra-orbital (lateral): faz irrigação da pálpebra superior, pele e couro cabeludo da


fronte
d) A. Supra-troclear (medial, na incisura troclear): faz irrigação da pálpebra superior,
pele e couro cabeludo da fronte
e) Outras: artérias ciliares curtas e longas que nutrem diretamente o globo ocular

• Ainda, há as artérias que correm fora da órbita que são importantes, pois constantemente
sofrem lesão quando há trauma na face:
a. A. supra-orbital: emerge pelo forame supra-orbital
b. A. supra-troclear:
c. A. lacrimal: que vai para a pálpebra superior como a. palpebral lateral superior
(anastomose nessa pálpebra com ramo da artéria oftálmica) e para a pálpebra inferior
como a. palpebral lateral inferior (anastomose nessa pálpebra com ramo da artéria
oftálmica)
* A a. palpebral lateral inferior faz anastomose com a A. facial transversa
Obs.: o professor falou em sala que é a A. lacrimal que faz anastomose com a A. facial
transversa, mas nos livros e atlas diz que é esse ramo da A. lacrimal.
d. A. infra-orbital: é ramo da terceira porção da A. Maxilar emerge pelo forame infra-
orbital. Faz anastomose com a A. facial transversa e com a A. angular (ramo da A.
facial) * A A. angular também faz anastomoses com ramos da A. oftálmica.

Ou seja, essa região é rica em circulação colateral originária de anastomoses entre ramos da A.
carótida interna (a. oftálmica) e A. carótida externa (a. facial). Obstruções parciais ou completas da
A. carótida interna podem ser compensadas pela A. carótida externa, e vice-versa.
Drenagem Venosa:
• A drenagem do globo ocular é realizada pelas Veias Vorticosas, que são plexos venosos
distribuídos na esclera do globo ocular.
• As Veias Vorticosas drenam para as VV. Oftálmicas superior e inferior, que, por sua vez,
passam pela fissura orbital superior e drenam para o Seio cavernoso
• A V. Oftálmica inferior se comunica com o Plexo Pterigóide
• A V. Angular (que vai drenar para V. Jugular interna) se comunica com a V. Oftálmica.

Trígono Perigoso da Face


Drenagem venosa dessa região pode ser realizada tanto para V. Angular (V.
Jugular Interna), como para a A. Oftálmica (Seio cavernoso). Dessa forma, uma
infecção nessa região pode ser rapidamente distribuída para o SNC.

Inervação:
• É realizada pelo nervo óptico (sensitivo) e o nervo oftálmico (sensitivo – que é um dos
ramos do gânglio trigeminal)
• O nervo oftálmico se divide em 3 ramos:
a) n. Lacrimal: glândula lacrimal
b) n. Frontal: se divide em um ramo lateral (n. Supra-orbital) e outro medial (n. Supra-
troclear) que vão inervar a fronte.
c) n. Naso-ciliar: termina como n. Dorsal do nariz (sensibilidade da ponta do nariz)
• Ainda há o n. troclear que inerva o músculo oblíquo superior e o n. Abducente que inerva
o reto lateral

Bulbo Ocular:
• Possui 3 túnicas (camadas):

A. Túnica fibrosa
o É a túnica mais externa
o Composição:
a. Esclera
b. Córnea: estrutura anterior e transparente que fecha a parte anterior do globo
ocular
c. Limbo: área de transição entre a córnea e a esclera
o A área de transição entre esclera e córnea é chamada de junção esclero-corneal e nela
há um orifício por onde passa o seio venoso da esclera (veia que contorna toda a córnea)

B. Túnica vascular
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o É a túnica média
o Composição:
a. Coroide: parte posterior do bulbo que esta em contato com a esclera. Por ela
passam os vasos sanguíneos
b. Corpo ciliar: é uma porção triangular entre a coroide e a íris, composta por
processos ciliares onde é produzido o humor aquoso e pelo músculo ciliar (ligado
à cápsula do cristalino através do ligamento suspensor da lente). O corpo ciliar
forma um anel em torno da abertura anterior do globo ocular.
* O músculo ciliar tem função de acomodação da lente: quando necessita-se
focalizar um objeto muito próximo o músculo ciliar contrai e isso diminui o
anel em torno da abertura anterior do globo ocular levando ao afrouxamento do
ligamento suspensor da lente e, consequentemente, deixando o cristalino com
maior volume.
c. Íris: estrutura circular que possui em seu centro uma abertura chamada de pupila
(por onde passa o raio luminoso). Na íris há dois músculos: m. Esfíncter da pupila
(com inervação parassimpática, responsável pela miose) e o m. Dilatador da pupila
(com inervação simpática, responsável pela midríase)

C. Túnica Nervosa (retina)


o Possui 3 partes:
a. Parte irrídica (sem fotorreceptor)
b. Parte Ciliar (sem fotorreceptor)
c. Parte Óptica: concentração de fotorreceptor aumenta conforme se aproxima da
parte mais posterior da retina. Existem duas estruturas importantes: disco óptico
(medial, porção cega do olho) e mácula lútea (lateral, no seu centro há uma
depressão chamada de fóvea central, onde se concentra a maior quantidade de
fotorreceptor)

• Meios refringentes do bulbo ocular: filtro protetor da retina que faz a refração dos raios
luminosos que chegam ao bulbo ocular.
1. Humor aquoso:
o Produzido pelos processos ciliares tendo uma composição semelhante ao plasma
sanguíneo e contribui para a nutrição da córnea
o Ocupa a câmara anterior (entre a íris e a córnea) e posterior (ente a íris e o
cristalino) do bulbo
o Drenado pelo seio venoso da esclera (Canal de Schlemm) para as veias vorticosas
o O aumento da pressão dentro das câmaras anterior e posterior do bulbo pode ser
provocado pelo aumento da produção e diminuição da drenagem do humor aquoso
→ Glaucoma
2. Corpo vítreo:
o É uma massa gelatinosa transparente que ocupa a parte posterior do olho
o O corpo vítreo possui um remanescente embrionário, o canal hialoide
(remanescente da artéria hialoide da circulação embrionária)
o É formado na vida intrauterina, não sendo absorvido nem absorvido na vida
adulta.
3. Cristalino:
o Localizado na cápsula do cristalino, a qual esta presa aos músculos ciliares
através do ligamento suspensor da lente
o Com a idade o cristalino aumenta sua opacificação, conhecida como catarata
(reversível com colocação cirúrgica de prótese).
o A perda de elasticidade do cristalino é conhecido como presbiopia (vista
cansada)

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