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Resumo Geral

O Auto da
do

Barca do De Gil Vicente

Inferno

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Hugo Dantas [PORTUGUÊS]
Notas Iniciais
O Auto da Barca do Inferno representa o Juízo Final de
uma forma satírica/cómica e com grande apelo moral..

Esta peça, situa-se num cais onde se encontram duas


barcas:
 A do Inferno: comandada pelo Diabo
 A do Paraíso: comandada pelo Anjo

O Anjo e o Diabo são personagens alegóricas, ou seja,


representam uma ideia, algo abstrato… neste caso, o bem
e o mal.
Também existem personagens-tipo que são o resto das
personagens no Auto da Barca.

Ou seja, após estas pessoas perderem a vida na Terra,


eram levadas para este cais. Caso as mesmas tivessem
pecados pesados, teriam maior probabilidade de ir para o
Inferno

Gil Vicente fez várias críticas nesta obra; como críticas à


igreja… pessoas de maior valor na hierarquia (entre
outras…)
Esta peça apresenta apenas 1 ato, não há qualquer
mudança de cenário, no entanto, esta, apresenta 11
cenas.

A cada cena, cada personagem traz um objeto, ou seja,


símbolos caracterizadores.

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Estes, mostram os pecados que cometeram na terra, ou
revelam a classe social que eles pertenciam enquanto
vivos.

Esta caracterização também pode ser feita através do


modo de linguagem da personagem perante o Anjo e o
Diabo.

Cena I e II - O
Fidalgo
Símbolos Cénicos:
 Pajem: elemento do povo,
vítima de opressão da nobreza.
 Manto: vaidade, classe social da
nobreza.
 Cadeira: poder, luxo, estatuto
social.

Argumentos de Acusação:
 Feito pelo Diabo: acusa de ter vivido uma vida
imoral e de prazer.
 Feito pelo Anjo: acusa-o de tirania, dizendo que
explorou os mais fracos.
Também podemos entender que o Fidalgo traía a sua
mulher com uma amante.

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Argumentos de Defesa:
 Feito pelo Fidalgo: defende-se dizendo que deixou
na outra vida quem rezasse por ele; diz-se ser
Fidalgo de Solar, ou seja, importante de uma antiga
casa nobre.

Críticas:
Foi realizada críticas nobreza exploradora e
corrompida; Infidelidade e Hipocrisia e à atitude
calculista de religião da época

Caracterização Psicológica:
O Fidalgo é:
 Confiante no seu estatuto social
 Tirano e Opressor em relação ao povo
 Vaidoso e Presunçoso

DESTINO = INFERNO / CONDENAÇÃO

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Cena III - O
Onzeneiro

Símbolos Cénicos:
 Bolsão, que significa a
ambição desmedida

Argumentos de Acusação:
 Feito pelo Anjo: refere o
facto do bolsão não caber no
navio pois irá ocupar todo o
espaço do mesmo; enquanto
estava vivo, ajudou o
satanás; também o acusa de ambição e cobiça.

Argumentos de Defesa:
 Feito pelo Onzeneiro: defende-se dizendo que o
bolsão vai vazio e sente-se constrangido por não ter
dinheiro suficiente para pagar ao barqueiro.

Críticas:

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Foi realizada críticas à inutilidade do dinheiro e à
exploração de altos juros

Caracterização Psicológica:
Inicialmente, o Onzeneiro está triste porque morreu e
não pode amealhar o seu dinheiro, no entanto está
convicto que vai para o Paraíso. Quando se apercebeu
que ia para o Inferno, este ficou desiludido
Também é ambicioso.
DESTINO = INFERNO / CONDENAÇÃO

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Cena IV - O Parvo ou
Joane
Símbolos Cénicos:
 Linguagem: O parvo contém uma
linguagem cómica, desarticulada e ilógica.
 Não representa nenhuma classe social.

Argumentos de Acusação:
 Feito pelo Diabo: não o acusa.
 Feito pelo Anjo: não o acusa.

Funcionalidade do destino do Parvo:


Este, permanece no cais a ajudar o Diabo e o Anjo na
caracterização dos personagens que vão chegando.

Caracterização Psicológica:
É possível caracterizar o estatuto social através da sua
linguagem
 Exemplo: ‘Samicas de caganeira….’
Mostrava ser cómico e agressivo ao mesmo tempo. A
classe social do mesmo, muito provavelmente era o povo.
Também era compreensivo.

Críticas:
Tem um objetivo lúdico e cómico, provocando o riso e
utilizando o Parvo para crítica de costumes.

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


DESTINO = PARAÍSO / SALVAÇÃO

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Cena V - O Sapateiro
Símbolos Cénicos:
 O avental: representa a sua profissão
 As formas – materialização dos
pecados.

Argumentos de Acusação:
 Feito pelo Diabo: acusa de roubar
o povo, fazendo preços exagerados na sua
profissão. Após o sapateiro dizer que era muito
religioso, o Diabo continuou a afirmar que o seu
destino era o Inferno
 Feito pelo Anjo: Concorda com o que o Diabo diz.
Também refere que o sapateiro é embaraçoso. ‘a
carrega t’embaraça’.

Argumentos de Defesa:
 Feito pelo Sapateiro: Diz que a sua prática
religiosa era muito rígida, revela que morreu
confessado e comungado, ouviu missas, ofereceu
donativos à igreja e assistiu a horas de finados.

Críticas:
Crítica a prática religiosa negativa, os preceitos
religiosos só ajudam quem realmente leva uma vida
honesta.

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]


Caracterização Psicológica:
Hipócrita, tinha preceitos religiosos, mas roubava.

Cena V - O Frade

Hugo Dantas [PORTUGUÊS]

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