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HISTÓRICO:
→ Final do século XX / início do século XXI: direitos difusos – direitos humanos de 3a geração
- Direito a um meio ambiente sustentável.
- Direito à Paz.
→ 2a Guerra Mundial
- Não se pode deixar os direitos humanos a cargo apenas dos Estados.
- Estado pode ser levado a ações que significam a não proteção de indivíduos ou, inclusive, a
violação dos direitos humanos pelo próprio Estado.
- Como a 2a Guerra criou um clima de pavor, dentro de uma concepção liberal de mundo, a
criação da ONU pretendia a manutenção da paz internacional.
- Estados que promovem a defesa dos direitos humanos seriam menos propensos à guerra.
- Inaugura-se, com a ONU, a base da proteção dos direitos humanos.
1945: criação da ONU.
- Artigo 1o da Carta da ONU: prevê os objetivos da ONU.
- Promoção dos direitos humanos e das liberdades individuais
- Primeiro tratado internacional da história a assumir uma obrigação com a promoção
internacional dos direitos humanos.
- Faltava dizer quais eram os direitos humanos – até então estavam previstos apenas em
constituições nacional, variando de um país para o outro.
- 3 anos depois, no dia 10/12/1948, é aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
- Esclarece quais são os direitos humanos, apresentados em 30 princípios.
- Ênfase enorme aos direitos de 1a geração –apenas ao final da declaração aparecem alguns
princípios de 2a geração.
- PROBLEMA: documento meramente declaratório, recomendatório, cujo conteúdo não vincula
os Estados. Hoje, porém, a doutrina do direito internacional confere à declaração força
vinculante, por razão de ter se tornado costume internacional.
Por que DOIS pactos e não apenas UM contemplando todos os direitos humanos?
Ambos os pactos só entraram em vigor em 1976. Foram necessários 10 anos para conseguir um
número mínimo de ratificações.
Como esse monitoramento só pode ser feito de forma distinta, foi necessária a criação de dois
pactos distintos.
→ COMITÊ DE DIREITOS HUMANOS – apesar de pacto ser vinculante, comitê não tem poder
coercitivo para garantir cumprimento de suas decisões.
→ Base: ONU
- ECOSOC (Conselho Econômico e Social): escolhido para criar uma comissão específica voltada
para a proteção dos direitos humanos.
- Cria-se, em 1946, a Comissão de Direitos Humanos (CDH), que funcionou como uma das várias
comissões temáticas vinculadas ao ECOSOC.
2 momentos da CDH:
→ Seletividade: CDH agia prontamente em alguns casos, mas em outros não agia da mesma
forma, mesmo em casos igualmente graves. Era órgão que dava prevalência a critérios políticos,
em detrimento de critérios técnicos.
Ex.: Líbia de Kadafi chegou a presidir a CDH. Cuba, Iêmen e Arábia Saudita já foram membros.
Novidades:
→Novos membros passam a ser eleitos por maioria simples no plenário da AGNU.
- No contexto da Comissão, apenas os países da mesma região votavam.
→ Proposta do Brasil – aprovada pela AGNU – mecanismo de revisão periódica universal – todos
os membros da ONU devem enviar relatórios de DH a cada 5 anos – prestação de contas a fim
de impedir seletividade. Brasil deu exemplo, apresentando relatórios em 2008, 2012 e 2017.
- Em 2017, houve críticas do Conselho ao Brasil: violência policial, sistema prisional (ocorrência
de massacres em presídios) e políticas de austeridade fiscal.
-Elogios ao Brasil: Lei Maria da Penha e Lei do Feminicídio.
→ Direitos Humanos como tema global (tema de livro do Embaixador Lindgren Alves)
- Nenhum Estado pode alegar que DH são um tema de soberania.
- Impede que Estados mantenham posturas soberanistas sobre DH.
BRASIL
A partir da redemocratização, Brasil abandonou a postura soberanista do passado para
privilegiar uma postura cooperativa.
- Sarney: assina e ratifica a Convenção sobre a Tortura e inicia a ratificação dos Pactos de 1966.
- Collor: termina a ratificação dos Pactos de 1966.
- Itamar: participação protagônica, atuante e convergente do Brasil no Congresso de Viena.
- FHC: reconheceu a jurisdição obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
- Lula: apoio à criação do Conselho de Direitos Humanos.
- Dilma: avanços relativos à defesa dos direitos da mulher – Lei do Feminicídio.
- Temer: não se pode falar de retrocesso, mas há, definitivamente, uma postura menos atuante.