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O Intervencionismo do Estado
Acreditava-se que Crises cíclicas eram apenas um reajustamento natural entre oferta e a procura
e que se resolviam-se por si mesmas
Porém Crise de 1929 Provou o contrário
Keynes duvidou da capacidade de
autocorreção da economia capitalista;
Deveria existir um maior
intervencionismo por parte do Estado.
Keynes através do Intervencionismo defendia: o controlo dos preços; a política estatal de investimento;
as leis sobre os salários; a legislação do trabalho e a luta contra o entesouramento e ajuda às empresas.
Só assim se resolveria o desemprego crónico. Segundo o Keynesianismo, cabe ao Estado o papel ativo
de organizador da economia e regulador do mercado.
Assim, os governos democráticos (francês, inglês e americano) decidiram-se por um papel ativo do
Estado, no conjunto das atividades económico-sociais, nomeadamente ao nível do controlo dos preços,
em leis sobre os salários, na legislação do trabalho, a fim de assegurar o emprego e uma distribuição
mais justa dos rendimentos. O intervencionismo defendia, ainda, uma política estatal de investimento
em serviços públicos geradora de emprego
EUA:
New Deal – Vasto programa de reformas económicas e sociais, com o objetivo de superar a Grande
Depressão, iniciado por Roosevelt, a partir de 1933. Iniciou-se uma política de crescimento económico,
destinado a relançar a economia.
O New Deal inaugurou um conceito novo que marcou a evolução das democracias ocidentais no séc.
XX: o de Welfare State (Estado-Providência), isto é, o Estado que se preocupa com o bem-estar social e
com a promoção da segurança e da qualidade de vida das populações.
▼
Medidas Económico-Financeiras da 1.ª Fase (1933-1934)
Financeiras:
Encerramento temporário de instituições bancárias;
Estabelecimento de sanções contra os especuladores;
Desvalorizou-se o dólar de forma a baixar dívida externa através da subida os preços, que por sua
vez, faz aumentar os lucros das empresas.
Obras públicas:
Política de grandes trabalhos de forma a combater o desemprego e levou à
construção de estradas, linhas férreas, aeroportos, etc..
Proteção à agricultura:
Agricultural Adjustment Act - Estabelece proteção à agricultura através de
empréstimos e indemnizações aos agricultores de forma a compensar pela
redução das áreas cultivadas.
Proteção à indústria:
National Industrial Recovery Act: Protege indústria, o trabalho industrial
(através da fixação de preços mínimos, máximos de vendas e quotas de produção)
de forma a evitar concorrência desleal e garantir o salário mínimo e liberdade
sindical.
Inglaterra:
A Inglaterra vinha já a adotar medidas como as referidas desde 1921, antes da Grande Depressão. Criou
os subsídios de desemprego, de viuvez, de orfandade e de velhice, e promulgou legislação sobre
habitação social, nos anos 30 regulamentou-se o direito a férias pagas
.
Procurou-se reduzir as desigualdades sociais, pelo que os impostos tornaram-se mais proporcionais ao
rendimento, esta medida fez com que as classes médias não se sentissem atraídas pelo fascismo, visto
ter-se evitado a sua pauperização.
França:
Em 1936, uma ampla mobilização dos cidadãos convergiu numa coligação de esquerda denominada
Frente Popular, que integrava comunistas, socialistas e a esquerda radical e que ganhou as eleições em
maio desse ano. Nestes governos da Frente Popular (com a ausência do Partido Comunista francês) a
grande figura foi o socialista Léon Blum.
A Frente Popular (1936-1938) introduziu as primeiras grandes reformas de carácter social. Tentando
acalmar as reivindicações sindicais e a onda grevista, estabelece-se: a liberdade sindical, a
obrigatoriedade de estabelecimento de contratos coletivos de trabalho e a subida dos salários. O
governo legislou ainda a redução do horário semanal de trabalho para 40 horas e o direito de todos os
trabalhadores terem 15 dias de férias pagas.
3.1 - Irradiação do Fascismo no Mundo
Na Europa
Noutros Continentes
América Latina
Atingidos Retração do comércio internacional
Extremo-Oriente
Brasil
Chile Não resistiram à ascensão das ditaduras
Argentina
1931 Japão lança-se numa política imperialista ao invadir a Manchúria, mas abandonou em 1933
1935-36 Itália conquista a Etiópia. Sendo a Etiópia da SDN, esta interveio de imediato, mas sem
qualquer firmeza, aplicando-se apenas pequenas sanções económicas à Itália.
A Alemanha estava lançada na conquista do espaço vital. Em 1933 abandonou a SDN e Hitler
conseguiu recuperar o território de Sarre. Iniciou um programa de rearmamento, contrariando o
Tratado de Versalhes, militarizou a Renânia, anexou a Áustria e o território dos Sudetas – na
Checoslováquia – e ocupou o restante território checoslovaco.
Em 1938, nos Acordos de Munique*, Inglaterra e França consentiram a ocupação dos Sudetas pela
Alemanha, acreditando que assim estariam saciadas as suas ambições.
*Tratado de Munique: feito entre os líderes das maiores potências da Europa à época. O objetivo da conferência era a
discussão do futuro da Checoslováquia e terminou com a Alemanha, demonstrando o significado da "política de
apaziguamento".
Estes consentimentos por parte da SDN devem-se à não adesão dos EUA e abandono por parte do Japão
e Alemanha, que a deixaram sem mão firme e desconcertada. Entretanto, receosas de uma guerra, a
França e Inglaterra iam cedendo perante Hitler, que apresentava cada reivindicação como sendo a
última.
A Espanha estava descontente com o agravamento das dificuldades A Guerra Civil Espanhola não foi
económicas e os partidos republicanos de esquerda organizaram-se numa apenas uma guerra civil. Ela foi
Frente Popular para combater o avanço de uma ditadura conservadora. também algo que três anos depois
desembocaria na II Guerra Mundial.
Em 1931 é proclamada a República, mas a crise política acentua-se com a Serviu de campo de experiências para
intensificação da reação conservadora e a evolução da depressão mundial. Em o equilíbrio das forças europeias,
1936 a Frente Popular sai vitoriosa nas eleições e adota um programa de principalmente para a aviação da
reformas políticas e sociais favoráveis aos interesses dos trabalhadores: Alemanha nazi.
separação da Igreja e Estado, ensino laico, direito à greve e aumento dos
salários, leis de divórcio, etc. Contudo, perante as leis ofensivas à moral Quem pensava num golpe militar
católica, os partidos nacionalistas de direita e monárquicos aliam-se à vitorioso em poucos dias, viu
Alemanha e Itália e formam uma Frente Nacional. levantar-se uma formidável
internacionalização do conflito.
Em 1936, surgiu um movimento militar em Espanha contra o governo
republicano da Frente Popular. Nacionalistas dirigidos pelo general Franco representavam os
proprietários fundiários, monárquicos e católicos, que faziam frente ao ateísmo e comunismo da Frente
Popular. Itália e Alemanha aliaram-se a Espanha por razões estratégicas: os italianos esperavam
estender a sua influência no Mediterrâneo Ocidental; os alemães testariam o seu armamento,
preparando-se para o futuro conflito.
Mundialização do Conflito
Antes do fim da 2ª GM, os Aliados começam a delinear estratégias para o período de paz que se
avizinhava*
*Desde 1942 que as cimeiras se sucedem com o objetivo de delinear
estratégias de guerra e, posteriormente, de preparar a paz.
Conferência de Ialta
Divisão provisória da Alemanha – Quatro zonas (Reino Unido, França, URSS e EUA)
Prepara-se a criação da ONU
Supervisionamento dos “3 grandes” na futura constituição dos governos dos países de
Leste (ocupados pelo eixo), com base no respeito e vontade política das populações.
Estabelecidas as reparações de guerra a pagar pela Alemanha
Conferência de Potsdam
Meses mais tarde em 1945 Clima tenso Desconfiança face ao regime comunista que Estaline
representava e às suas pretensões expansionistas na Europa.
Objetivo: Ratificar e pormenorizar os aspetos já acordados em Ialta:
Perda provisória de soberania da Alemanha e a sua divisão em quatro zonas de
ocupação;
Administração conjunta da cidade de Berlim (igualmente dividida em quatro
partes);
Indemnizações;
Julgamento dos criminosos de guerra pelo tribunal de Nuremberga;
Divisão, ocupação e desnazificação de todos os países ocupados.
1946 Churchill denuncia a criação (por parte da URSS) de uma área impenetrável, isolada do
Ocidente por uma cortina de ferro
Fulton alertou Desavenças entre os antigos Aliados
Um ano após a guerra Alargamento da influência soviética Novo
medir de forças.
Comunismo vs Capitalismo
Roosevelt Apontou a necessidade de existir um novo organismo parecido com a SDN mas
mais consistente Dando origem à Organização das Nações Unidas
Projeto Acordado na Conferência de Teerão 1943
Ratificado em Ialta
Holocausto e todas as outras atrocidades cometidas Grande impacto depois da guerra ONU
tomou uma feição humanista Reforçada com a aprovação da Declaração Universal dos Direitos do
Homem 1948
Direitos e liberdades fundamentais;
Direitos económico-sociais.
O dólar americano tornou-se, assim, “as good as gold” uma vez que o Tesouro do Estado Americano
garantia a convertibilidade dos dólares em ouro, fazendo com que as outras moedas passassem a ter
uma paridade fixa em relação ao ouro e moeda americana.
Ambiente de tensão Entre Americanos e Russos De 1947 (Fim da Segunda Guerra Mundial) até
1991 (Dissolução da URSS).
Trata-se de uma guerra fria porque ambos os blocos não recorrem ao confronto direto:
Como resposta a esta doutrina, surge na URSS a Doutrina de Jdanov: Defendia a divisão do mundo em
dois campos opostos comandados pelos “imperialistas” (EUA) e pelos anti-imperialistas e Democráticos
(URSS).
Concedia o direito à extensão da influência soviética até ao centro da Europa, transformando os países
vizinhos, libertados do domínio nazi por ação do Exército Vermelho, em “satélites” políticos da URSS
A Questão Alemã
Unificação administrativa e monetária das zonas ocupadas por americanos, ingleses e franceses +
Ajudas financeiras Construção Alemanha Ocidental Rica Capaz de se afirmar entre as nações
livres e pacíficas.
Assim, os ocidentais perdem o contacto terrestre com as partes da cidade de Berlim por si
tuteladas Surge assim uma ponte aérea »» Que fez chegar todo o género de produtos, numa
manifestação de firmeza e poder tecnológico dos EUA.
Estaline chegou a ameaçar com o derrube dos aviões e receou-se que tal viesse a concretizar-se.
Porém, o bloqueio acabou por ser levado sem incidentes militares, mas dele resultou uma grave
crise política que:
Culminou com a divisão da Alemanha em dois estados independentes
Parte Ocidental – Liberal capitalista »» República Federal Alemã (RFA)
Parte Leste – Socialista soviética »» República Democrática Alemã (RDA)
Originou uma intensa corrida aos armamentos e a formação dos primeiros blocos militares
e económicos antagónicos, no seguimento dos já definidos blocos ideológico-políticos.
O Plano Marshall foi o primeiro passo, pois permitiu a reconstrução da Europa em moldes capitalistas.
Em termos político-militares fortificou-se a aliança entre a Europa Ocidental e os EUA.
A tensão provocada pelo Bloqueio de Berlim acelerou as negociações que conduziram, em 1949, ao
Tratado do Atlântico Norte (EUA, Canadá e 10 nações europeias) que deu origem à OTAN (Organização
do Tratado do Atlântico Norte), a organização militar mais importante no pós-guerra, e o símbolo do bloco
ocidental.
A OTAN apresenta-se como uma organização defensiva, empenhada a resistir a um inimigo: a União
Soviética e tudo o que ela representa. Esta sensação de ameaça lançaram os EUA numa autêntica
“pactomania” que os levou a constituir alianças por todo o mundo. Em 1959, cerca de ¾ do mundo
alinhavam de uma forma ou de outra pelo bloco americano.
No fim da 2.ª Guerra Mundial, o conceito de democracia adquiriu um novo conceito, definindo-se que
esta deveria assegurar o bem-estar dos cidadãos e a justiça social. Nesta altura, a Social-Democracia e a
Democracia Cristã sobressaíram no panorama político europeu.
A Afirmação do Estado-Providência
O Estado-Providência surgiu pela primeira vez no Reino Unido, onde cada cidadão tinha asseguradas
as suas necessidades básicas. Em Inglaterra estabeleceu-se um Sistema Nacional de Saúde, assente na
gratuitidade total dos serviços médicos a todos os cidadãos, isto serviu de modelo à maioria dos países
europeus.
Estas medidas foram tomadas de forma a reduzir a miséria e o mal estar social e assegurar uma certa
estabilidade à economia. O Estado-Providência foi um fator de grande prosperidade económica no
Ocidente.
A Prosperidade Económica
Estes cerca de 30 anos de prosperidade ficaram conhecidos por “Trinta Gloriosos”, que se
caracterizaram pela:
→ Aceleração do progresso tecnológico em todos os setores (as inovações
tecnológicas revolucionaram a vida quotidiana);
→ Pelo recurso ao petróleo como matéria energética por excelência (a abundância e
preço baixo alimentaram a prosperidade económica, permitindo uma revolução
nos transportes);
→ Pelo aumento do número de multinacionais (que passaram a fabricar e a
comercializar produtos por todo o mundo);
→ Pelo aumento da população ativa (reforço da mão de obra feminina);
→ Pelo Baby-boom (aumento súbito e acentuado da natalidade);
→ Pela melhoria da mão de obra (tornou-se mais qualificada);
→ Pela modernização da agricultura e pelo crescimento do setor terciário (as trocas
comerciais, a aposta no ensino, os serviços sociais multiplicaram o nº de postos de
trabalho neste setor).
A Sociedade de Consumo
Esta época de prosperidade originou também uma Sociedade de Consumo* nos países Capitalistas,
devido ao pleno emprego, salários altos e produção maciça de bens a preços bastante acessíveis, o que
fez com que se generalizasse o conforto material.
*Identifica-se pelo consumo em
→ As casas tornaram-se cómodas e bens equipadas;
massa de bens supérfluos, que
passam a ser encarados como → O telefone, televisão e outros eletrodomésticos multiplicaram-se rapidamente;
essenciais à qualidade de vida.
Sociedade do Desperdício pois a → O automóvel proporcionou longos passeios de lazer e as férias pagas vieram
vida útil dos bens é acentuar a ideia de que a vida merece ser desfrutada e o dinheiro existe para se
artificialmente reduzida pela sua
vontade de renovação.
gastar.
Nesta Sociedade, o cidadão é estimulado a gastar mais do que necessário; multiplicaram-se os espaços
comerciais e a publicidade lembrava as pequenas e grandes maravilhas a que todos tinham direito e
que as vendas a crédito permitem adquirir.
A oferta e a pressão publicitária são de tal ordem que os bens rapidamente perdem valor, “passam de
moda” e são substituídos por outros mais atualizados.
O consumismo tornou-se o emblema das economias capitalistas na segunda metade do século XX.
Após a 2.ª Guerra Mundial só a URSS e a Mongólia eram comunistas. O reforço militar e o processo de
descolonização criaram condições para a expansão do comunismo e assiste-se, então, à tomada do
poder pelos partidos comunistas, na Europa de Leste, formando-se assim as democracias populares
(impõe-se um partido único que diz representar os interesses dos trabalhadores e que controla o Estado,
a economia, sociedade e cultura).
Todos estes países da Europa de Leste foram politicamente organizados sob um controlo apertado
exercido pela URSS, em resultado do reforço da posição militar soviética e da ação do Cominform
(Secretariado de Informação Comunista), um partido único que dominava o aparelho do Estado e a
administração. Uma economia planificada e estatizada, com a coletivização dos meios de produção.
Os laços entre a URSS e as democracias populares foram reforçados com o Pacto de Varsóvia, aliança
militar criada, em resposta à NATO.
Perante protestos e rebeliões contra o excessivo domínio da URSS (protestos na Hungria, em 1956; a
fuga de cidadãos da RDA via Berlim ocidental e a «Primavera de Praga», em 1968), esta reagiu com a
força para manter a coesão do seu bloco – ocupação das ruas de Budapeste e de Praga pelos tanques
soviéticos e construção do Muro de Berlim, em 1961.
A partir do Leste europeu o comunismo expande-se para a Ásia, com a tomada do poder por Mao Tsé-
Tung e a proclamação da República Popular da China (1949), que passa a constituir um 2.º polo do
bloco de Leste. Fora da Europa, o único país em que a implantação do regime comunista se deveu a
intervenção direta da URSS foi a Coreia (Guerra da Correia – 1950-53). Nos restantes casos, o triunfo do
comunismo ficou a dever-se a movimentos revolucionários nacionais, por vezes relacionados com o
desencadear do processo de descolonização, e que contaram com o apoio da URSS. Assim, assiste-se ao
triunfo comunista no Vietname do Norte, no Camboja, na Birmânia e no Laos.
O comunismo estende-se ao próprio continente americano, com o triunfo da revolução cubana de Fidel
Castro (1959) que, por sua vez, se torna um exemplo para os movimentos revolucionários da América
Central e do Sul – Bolívia, Colômbia, Peru e, sobretudo, na Nicarágua, onde os sandinistas
conquistaram o poder nos anos 70. Aproveitando o momentâneo apagamento dos EUA depois do
fracasso do Vietname, a URSS envolve-se ativamente em África, apoiando os movimentos
revolucionários em Angola, na Etiópia, em Moçambique culminando com a intervenção direta no
Afeganistão, em 1979. A Guerra Fria atinge, desta forma, os outros continentes, mundializando-se.
A reconstrução económica da URSS após a 2.ª Guerra Mundial foi definida no IV Plano Quinquenal
(1946-1950). Os objetivos eram: a reconstrução total da economia, com prioridade para a indústria
pesada e o desenvolvimento de todas as regiões do país. Em 1950, os ambiciosos objetivos do plano
tinham sido superados relativamente às indústrias de bens de equipamentos e energia elétrica, mas o
mesmo não acontecera com os bens de consumo que, tal como os objetos domésticos (frigoríficos) eram
insuficientes. Quando Estaline morreu em 1953, a URSS era uma grande potência industrial embora
com muitos desequilíbrios e as economias planificadas começam a mostrar as suas fragilidades ou
bloqueios:
A morte de Estaline traz uma nova orientação não só na vida política interna e nas relações com o
exterior, nomeadamente com os EUA, mas também quanto às opções económicas. O processo de
destalinização iniciado por Nikita Khruchtchev abriu o caminho a reformas administrativas e
económicas. No entanto, a competição com o Ocidente e os elevados gastos com o reforço do poderio
militar, bem como a exploração de recursos minerais obrigaram à transferência de importantes recursos
humanos e materiais, comprometendo a luta pela produtividade e pelo crescimento económico, pelo
que os efeitos das medidas introduzidas por Kruchtchev ficaram aquém das expetativas e não
conseguiram relançar as economias do bloco soviético.
Nos anos 70, sob a orientação de Brejnev, o peso da burocracia e do alto funcionalismo do Estado
(«Nomenklatura») reforça-se e alastra a corrupção e o imobilismo, prejudicando os resultados.
Depois das bombas lançadas pelos EUA, estes demonstraram a sua superioridade técnica, a URSS
sentiu-se intimidada e começou também a investir na criação de bombas atómicas próprias (resultou-se
que a guerra era provável de acontecer, mas, se acontecesse, seria o fim do mundo e ambos os países
tinham consciência disso). Em 1949, a URSS fez explodir a sua primeira bomba atómica, o que abalou
a confiança do Ocidente.
Estas novas armas conduziram a uma nova estratégia política, a dissuasão: cada um dos blocos
procurava incutir o medo no outro, declarando que não hesitaria a utilização do seu potencial atómico
em caso de violação das suas áreas de influência, independentemente da destruição que isso causasse.
A Era Espacial.
Em outubro de 1957, a URSS lançou-se na conquista ao espaço, colocando em órbita o Sputnik 1 (1º
satélite que foi para o espaço), e no mês seguinte lançaram o Sputnik 2, que levou a bordo a cadela
Laika, a primeira viajante espacial. Face a estes acontecimentos, os EUA sentiram-se consternados e
lançaram o seu próprio satélite em 1958, o Explorer 1.
Em 1961, o russo Yuri Gagarin foi o primeiro viajante no espaço, ao que os americanos responderam
enviando os primeiros homens a pisar na lua, Neil Armstrong e Edwin Aldrin. Aqui tornou-se evidente
que o desenvolvimento tecnológico tinha alcançado uma etapa superior, mas tornou-se evidente que
esta mesma tecnologia era capaz de produzir armas com poder de aniquilar toda a Humanidade.