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Função Linear

Consideremos a função 𝑓𝑎 ∶ ℝ ⟶ ℝ definida por 𝑓𝑎 (𝑥) = 𝑎𝑥, onde 𝑎 é um número real.


A uma função deste tipo chamamos função linear.
Assim, dizemos que 𝑓𝑎 é a função linear que a cada número real 𝑥 faz corresponder o múltiplo 𝑎𝑥. Por outro lado,
facilmente verificamos que se 𝑎 > 0, então o sinal do objeto é o mesmo do da imagem correspondente e, se 𝑎 < 0, o
sinal do objeto é contrário do da sua imagem por meio de 𝑓𝑎 .

Exemplos:
• A função 𝑓0 ∶ ℝ ⟶ ℝ definida por 𝑓0 (𝑥) = 0𝑥 = 0 é a função identicamente nula.
• A função 𝑓2 ∶ ℝ ⟶ ℝ definida por 𝑓2 (𝑥) = 2𝑥 é a função linear que a cada número real faz corresponder o
seu dobro.
• A função 𝑓−1 ∶ ℝ ⟶ ℝ definida por 𝑓−1 (𝑥) = −𝑥 é a função linear que a cada número real faz corresponder
o seu simétrico.
Exercícios:
1. Define a função linear 𝑓4 .
2. Calcula 𝑓5 (3) e 𝑓−32 (−1).
3. Mostra que o contradomínio e o conjunto de chegada de 𝑓𝑎 são iguais.

Agora, faz sentido questionar acerca do gráfico de uma função linear: o seu tipo, interseções com os eixos, etc.
Consideremos, a título de exemplo, a função 𝑓3 ∶ ℝ ⟶ ℝ definida por 𝑓3 (𝑥) = 3𝑥. O seu gráfico é o conjunto de pontos:
𝐺𝑓3 = {(𝑥, 3𝑥) ∶ 𝑥 ∈ ℝ }
Vamos considerar alguns dos elementos de 𝐺𝑓3 : 𝐴(0, 3 × 0) = (0, 0), 𝐵(1, 3 × 1) = (1, 3) e 𝐶(2, 3 × 2) = (2, 6) e que
estão representados no referencial da Fig. 1.
Continuando com o mesmo procedimento, reparamos que a forma como os pontos ficam distribuídos no referencial é
regular, isto é, os pontos distribuem-se segundo um certo padrão: uma reta (Fig. 2).
Podemos assim definir a reta da Fig. 2 através da condição 𝑦 = 3𝑥.
Genericamente, numa reta da forma 𝑦 = 𝑎𝑥, chamamos declive da reta ao número 𝑎.

Fig.1 – Pontos do gráfico de 𝑓3 Fig.2 – Gráfico da função 𝑓3

Exemplos:
• O gráfico da função linear 𝑓−1 é a reta definida por 𝑦 = −𝑥, ou seja, uma reta com delive igual a −1.
• O gráfico da função linear 𝑓0 é a reta definida por 𝑦 = 0, ou seja, uma reta com delive igual a 0 (reta
horizontal).
Exercícios:
1. Escreve o conjunto que define o gráfico de 𝑓−2 e esboça-o num referencial.
2. Mostra que o gráfico de uma função linear passa sempre na origem do referencial.
3. Define, através de condições, as retas que dividem o referencial em duas partes iguais. Justifica devidamente.

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