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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS

ESCOLA DE AGRONOMIA
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS

INSTALAÇÕES DE AR
COMPRIMIDO, VAPOR E ÁGUA DE
UMA INDÚSTRIA DE POLPA DE
MARACUJÁ

Aryane Nakashima Silva

Gerlane Ataides da Hora

Priscilla Rodrigues da Silva

Goiânia

2015

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 4
2.1 Matéria-prima: Maracujá ........................................................................... 4
2.2 Definição de polpa de fruta ....................................................................... 6
2.3 Legislação ................................................................................................. 8
2.4 Embalagens ............................................................................................ 11
3. Tubos e tubulações ................................................................................... 13
3.1 Tubulações dentro de instalações industriais: ........................................ 14
3.2 Tubulações fora de instalações industriais: ............................................ 14
3.3 Tipos de materiais atualmente utilizados para a fabricação de ........... 15
Tubos metálicos ......................................................................................... 15
Tubos não metálicos .................................................................................. 15
3.4 Tubos de aço com revestimento interno ................................................ 15
4. Válvulas ..................................................................................................... 16
4.1 Válvulas de bloqueio ............................................................................... 16
4.2 Válvulas de regulagem ............................................................................ 17
4.3 Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido ................................... 18
4.4 Válvulas que controlam a pressão de montante .................................... 18
4.5 Válvulas que controlam a pressão jusante ............................................. 18
5. Bombas...................................................................................................... 19
5.1 Aplicação e Características ..................................................................... 20
Material / Acabamento ............................................................................... 20
Materiais de Vedação ................................................................................ 21
Instalação / Cavitação / NPSH ................................................................... 21
6. Ar comprimido .............................................................................................. 23
7. Compressores .............................................................................................. 24
8. Vapor ............................................................................................................ 26
8.1 Formas de Vapor .................................................................................... 26
Calor Sensível e Calor Latente .................................................................. 27
8.2 Condensação de Vapor .......................................................................... 28
Captação e Remoção do Condensado ...................................................... 29

2
8.3 Sistemas de Produção e Distribuição de Vapor ...................................... 30
9. Caldeira ........................................................................................................ 31
9.1 Caldeiras flamotubulares ........................................................................ 31
9.2 Caldeiras aquatubulares ......................................................................... 31
10. Combustíveis .............................................................................................. 32
10.1 Composição dos combustíveis:............................................................. 33
11. FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DE POLPA DE MARACUJÁ
CONGELADA ................................................................................................... 35
11.1 Recepção da matéria-prima .................................................................. 35
11.2 Lavagem ............................................................................................... 36
11.3 Seleção ................................................................................................. 37
11.4 Descascamento e corte ........................................................................ 38
11.5 Despolpamento ..................................................................................... 38
11.6 Tratamento térmico ............................................................................... 39
11.7 Envase .................................................................................................. 40
11.8 Embalagem ........................................................................................... 40
11.9 Congelamento ....................................................................................... 40
11.10 Armazenamento .................................................................................. 41
12. Dimensionamento da linha de ar comprimido ............................................ 42
13. Dimensionamento de Água ........................................................................ 51
14. Dimensionamento de Vapor ....................................................................... 59
15. Quadro de tubulações ................................................................................ 67
16. Quadro de equipamentos ........................................................................... 68
17. Quadro de acessórios ................................................................................ 69
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 69
19. ANEXOS .................................................................................................... 74

3
1. INTRODUÇÃO

A procura por alimentos mais saudáveis tem aumentado

consideravelmente por parte dos consumidores, o que contribui para o

crescente consumo de suco e polpas de frutas. O segmento hoje é considerado

de grande potencial para o mercado nacional e internacional. (FIEPB, 2015)

Por isso, a qualidade das frutas e o cuidado durante o manuseio se

tornaram essenciais no processamento dos sucos e das polpas de frutas, as

quais devem ser sadias, limpas, isentas de matérias terrosas, de parasitas e de

detritos de animais ou vegetais. (FIEPB, 2015)

O processamento de polpas é uma atividade agroindustrial importante

na medida em que agrega valor econômico à fruta, evitando desperdícios e

minimizando perdas que podem ocorrer durante a comercialização do produto

in natura, além de possibilitar ao produtor uma alternativa na utilização das

frutas (SOLER, 1991).

Uma das vantagens da industrialização da polpa das frutas é a

possibilidade de consumo, em todo o país, de frutas provenientes das diversas

regiões, alguma dessas já cobiçadas no mercado externo (SOLER, 1991).

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Matéria-prima: Maracujá

O Passiflora edulis (maracujá-amarelo) é a principal espécie da família

Passifloraceae cultivada no Brasil, devido às características físico-químicas de

suas frutas, alta produtividade e grande aceitação do suco no mercado

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nacional (LIMA, 2002). Destina-se tanto para industrialização quanto para

consumo in natura.

O maracujá-amarelo representa 97% da área plantada e do volume

comercializado em todo o País com 60% da produção destinada ao consumo in

natura e o restante destinado às indústrias de processamento, sendo o suco o

principal produto (FERRAZ; LOT, 2006).

A aparência é o critério mais utilizado pelos consumidores para avaliar a

qualidade dos frutos (ABREU et al., 2009). Uma fruta de qualidade é aquela

que atende às expectativas dos diferentes segmentos consumidores, nas suas

características internas e externas. As internas estão relacionadas ao sabor

(sólidos solúveis totais e acidez) e conteúdo de suco (rendimento) (BALBINO,

2005). As características externas dos frutos devem atender a certos padrões

para que atinjam a qualidade desejada na comercialização (NASCIMENTO et

al., 1999).

A maior importância do fruto do maracujazeiro está em produzir suco

concentrado, mas ainda há outros alimentos elaborados a partir do fruto como:

polpa para servir de matéria-prima para elaboração de doces e outras

formulações, néctares, refrescos, concentrados para refrigerantes, xaropes,

sorvetes e geléias dentre outros produtos. (OLIVEIRA, 2002)

A produção de maracujá é importante para a economia brasileira, pois

gera necessidade de mão-de-obra, geração de renda, e principalmente pela

colheita contínua da safra ao longo do ano. Além do que o cultivo pode ser

5
realizado em vários estados brasileiros, colocando o Brasil como o maior

produtor mundial (ARAÚJO, 2007).

2.2 Definição de polpa de fruta

A polpa de fruta congelada é um produto obtido somente da parte

comestível da fruta, após trituração e/ou despolpamento é preservada por

pasteurização e congelamento (BRUNINI, 2002).

São muitos os métodos de preservação, que consistem basicamente em

inibir possíveis causas de deterioração da fruta, ou seja, as reações de origem

microbiana, química e/ou enzimática. Essas reações ocorrem em função de

características próprias do alimento, como composição, pH e atividade de

água, e de fatores externos como temperatura, presença ou ausência de

oxigênio e luz. O congelamento de frutas é um método de conservação,cujo

objetivo é preservar as características da fruta fresca, permitindo o seu

consumo nos períodos de entressafra (BRUNINI, 2002).

Os tratamentos térmicos dessas polpas são realizados a temperatura

geralmente menor do que 100ºC, uma vez que os microorganismos são

usualmente inibidos pela acidez das polpas de frutas (BRUNINI, 2002).

Geralmente, as polpas são envasadas em embalagens flexíveis (sacos

plásticos de polietileno) ou em embalagens cartonadas assépticas, devido à

facilidade de manuseio e à proteção contra oxidações. As embalagens

possuem a função de evitar alterações nas características sensoriais do

produto, sendo necessário atender ao marketing, custo e disponibilidade

(BRUNINI, 2002).

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As características físicas, químicas e organolépticas das polpas devem

ser as provenientes do fruto de origem e não podem ser alteradas pelos

equipamentos, utensílios, recipientes e embalagens utilizadas durante o seu

processamento e comercialização. Os parâmetros físico químicos que indicam

a qualidade das polpas são: pH, sólidos solúveis totais, açúcares totais, acidez

total titulável e ácido ascórbico (Brasil, 2000).

Quanto aos padrões microbiológicos é importante que sejam feitas

análises afim de se avaliar a presença de microrganismos, conhecer as

condições de higiene em que os alimentos são preparados, os riscos que o

alimento pode oferecer à saúde do consumidor e a vida útil do produto. Além

disso, torna-se possível verificar se os padrões e especificações

microbiológicos para alimentos, estabelecidos por legislações nacionais, estão

sendo atendidos adequadamente (Franco; Landgraf, 2005).

Na industrialização, o fruto selecionado é aquele que possui excelente

flavor e elevado teor de ácidos orgânicos. Quando relaciona-se o teor de

Sólidos Solúveis Totais e Acidez Total Titulável (SST/ATT), é possível avaliar o

sabor do fruto e determinar o melhor fruto. Assim como o teor elevado de ATT

(acidez total titulável) diminui a necessidade da indústria em adicionar

acidificantes, gerando uma melhoria nutricional, segurança alimentar e

qualidade sensorial (ROCHA, 2001).

Uma indústria de polpa de frutas objetiva produtos com características

sensoriais e nutricionais próximas da fruta in natura, com segurança

microbiológica e qualidade exigida segundo os padrões da legislação brasileira,

assim como atender as exigências do consumidor (AMARO, 2002).

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O consumidor leva em consideração para a escolha do produto além do

fator nutricional, a praticidade. No caso dos alimentos seria a facilidade em

estocar e preparar o produto em casa. O crescimento no consumo de frutas,

está associado às melhorias que estão sendo introduzidas na qualidade dos

alimentos, indicando que as polpas congeladas de frutas tropicais devem

continuar ganhando mercado. Ao mesmo tempo em que a alta instabilidade

das vitaminas e pró-vitaminas, o processamento e a estocagem das frutas

podem alterar significativamente a composição qualitativa e quantitativa destes

nutrientes (COSTA & VIEIRA, 2003).

A conservação de frutas na forma de sucos, polpas e outros produtos

foram desenvolvidos para aumentar o oferecimento das mesmas e para a

utilização dos excedentes de produção (COSTA & VIEIRA, 2003).

2.3 Legislação

Segundo a Instrução Normativa n°1 de 7 de janeiro de 2000, polpa “é o

produto não fermentado, não concentrado, não diluído, obtido de frutos

polposos, por meio de processo tecnológico adequado, com um teor mínimo de

sólidos totais estabelecido para cada tipo de fruta, proveniente da sua parte

comestível.” Quando destinado ao processo industrializado e não o consumo

direto, pode ser adicionado de aditivos químicos, como: acidulante,

conservantes e corantes naturais (MAPA, 2000).

As polpas de fruta podem ser classificadas como: polpa de fruta simples,

cujas polpas são originadas de uma única fruta e polpa de fruta mista, as quais

polpas são originadas de duas ou mais frutas. A polpa de fruta é denominada

de acordo com o fruto de origem, no caso da polpa de fruta simples este nome

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será opcional, e na polpa de fruta mista o nome de todas as frutas deverá

constar no rótulo assim como o percentual mínimo de cada polpa (MAPA,

2000).

As polpas de frutas serão obtidas de frutas frescas, sãs e maduras com

as respectivas características físicas, químicas e sensoriais do fruto (MAPA,

2000).

As características físicas, químicas e sensoriais deverão ser as

provenientes do fruto de sua origem, observando-se os limites mínimos e

máximos para cada polpa de fruta. Não podendo ser alteradas pelos

equipamentos, utensílios, recipientes e embalagens utilizadas durante o seu

processamento e comercialização. Não podem conter terra, sujidade, parasitas,

fragmentos de insetos e pedaços das partes não comestíveis da fruta e da

planta, sendo que os limites de tolerância relacionados com às características

microscópicas das polpas, serão definidos em atos complementares (MAPA,

2000).

A polpa de fruta não poderá ultrapassar os limites máximos

microbiológicos abaixo:

 Soma de bolores e leveduras: máximo 5x10³/g para polpa "in-natura",

congelada ou não, e 2x10³ para polpa conservada quimicamente e/ou

que sofreu tratamento térmico.

 Coliforme fecal: máximo 1 / g - Salmonella: ausente em 25 g 8.2. Os

limites acima poderão ser alterados nas normas específicas de cada tipo

de polpa de fruta, conforme as suas características peculiares.

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O padrão de identidade e qualidade (PIQ) é determinado para cada uma

das frutas de acordo com suas propriedades físicas e químicas. O Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), regulamentou as polpas de

acerola, açaí, cacau, caju, cupuaçu, goiaba, graviola, mamão, manga,

mangaba, maracujá, melão, pitanga e uva (MAPA, 2000). Na tabela 01, são

apresentados alguns desses padrões.

Tabela 01. Padrões de identidade e qualidade de algumas polpas de frutas

tropicais.

ºBrix, a 20 ºC pH Acidez (*)


Frutas
Mínimo máximo mínimo máximo Mínimo Máximo

Acerola 5,5 - 2,8 - 0,80 -

Cacau 14,0 - 3,4 - 0,75 -

Cajá 9,0 - 2,2 - 0,90 -

Caju 10,0 - - 4,6 0,30 -

Cupuaçu 9,0 - 2,6 - 1,50 -

Graviola 9,0 - 3,5 - 0,60 -

Maracujá 11,0 - 2,7 3,8 2,50 -

(*) – expressa em g de ácido cítrico por 100 g de polpa

Fonte: Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (1999).

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2.4 Embalagens

As embalagens mais utilizadas no mercado varejista, para o comércio de

polpa de fruta são sacos de polietileno de 100 mL e de 1L (DELIZA, 2003).

Polietileno é um polímero parcialmente cristalino, flexível, cujas

propriedades são acentuadamente influenciadas pela quantidade relativa às

fases amorfa e cristalina. As menores unidades cristalinas, lamelas, são

planares e consistem de cadeias perpendiculares ao plano da cadeia

principal,são dobradas em zig-zag, para cada 5 a 15nm, embora exista alguns

defeitos que são pouco freqüentes (DOAK, 1986).

Os polietilenos são inertes face à maioria dos produtos químicos

comuns, devido à sua natureza parafínica, seu alto peso molecular e sua

estrutura parcialmente cristalina. Em temperaturas abaixo de 60 °C são

parcialmente solúveis em todos os solventes. Entretanto, dois fenômenos

podem ser observados (NEVES, 1999):

- Interação com solventes, sofrendo inchamento, dissolução parcial,

aparecimento de cor ou, com o tempo, completa degradação do material;

- Interação com agentes tensoativos, resultando na redução da

resistência mecânica do material por efeito de tenso-fissuramento superficial.

Em condições normais, os polímeros polietileno não são tóxicos,

podendo inclusive ser usados em contato com produtos alimentícios e

farmacêuticos, no entanto certos aditivos podem ser agressivos. No passado, o

polietileno era classificado de acordo com a sua densidade e pelo tipo de

processo usado em sua fabricação. Atualmente, os polietilenos são mais

11
apropriadamente descritos como polietilenos ramificados e polietilenos lineares

(COUTINHO, 2003).

O mercado brasileiro de polietileno cresce em um ritmo duas vezes

superior ao do Produto Interno Bruto (PIB). Entre 1999 e 2000, as vendas

aumentaram em mais de 150 mil toneladas (cerca de 10% da produção

nacional). Avançando acentuadamente sobre a resina de baixa densidade

convencional, nas quais as vendas estão estagnadas e a sua produção

apresenta tendência de queda. Enquanto o volume de produção do polietileno

linear de baixa densidade cresceu 25% entre 1999 e 2000, e o de alta

densidade aumentou 17%, o de baixa densidade convencional caiu 2% (DOAK,

1986).

Para o envase de polpa de fruta o mais utilizado é o Polietileno de baixa

densidade (PEBD), ele é um polímero parcialmente cristalino (50–60%), cuja

temperatura de fusão (Tm) está na região de 110 a 115 °C. A espectroscopia

na região do infravermelho revelou que o polietileno de baixa densidade

contém cadeias ramificadas (DOAK, 1986).

Essas ramificações são, na maioria das vezes, tão longas quanto à

cadeia principal do polímero, muitas vezes possui algumas dezenas ou

centenas de átomos de carbono. Esse tipo de ramificação tem um efeito

acentuado sobre a viscosidade do polímero em solução. Pode ser identificada

pela comparação entre a viscosidade de um polietileno ramificado e a de um

polímero linear de mesmo peso molecular. Além disso, a presença dessas

ramificações determina o grau de cristalização, as temperaturas de transição e

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afeta parâmetros cristalográficos tais como tamanho dos cristalitos (DOAK,

1986).

3. Tubos e tubulações

Tubos são canais fechados, destinados, sobretudo ao transporte de

fluidos. A grande maioria dos tubos funciona como condutos forçados, isto é,

sem superfície livre, com o fluido tomando toda a área de secção transversal.

Chama-se de “tubulação” um conjugado de tubos e de seus diversos

acessórios (TELLES, 2001).

A escolha e especificação do material mais adequado para uma

determinada aplicação pode ser um problema difícil cuja solução depende

principalmente da pressão e temperatura de trabalho do fluido conduzido

(aspectos de corrosão e contaminação), do custo, do maior ou menor grau de

segurança exigido, das sobrecargas externas e também, em certos casos, da

resistência ao escoamento do fluido (perdas de carga) (TELLES, 2001).

A importância das tubulações na indústria é enorme: todas as indústrias

têm redes de tubulações de maior ou menor importância, e quase todas essas

redes são essenciais ao funcionamento da indústria. A importância é maior nas

indústrias de processo, nas quais as tubulações são os elementos físicos de

ligação entre os equipamentos, por onde circulam os fluidos de processo e de

utilidade. Existe uma imensa variabilidade de casos de emprego de tubulações

na indústria. Podemos classificar as tubulações industriais nas seguintes

classes principais (TELLES, 2001)

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3.1 Tubulações dentro de instalações industriais:

 Tubulações de processo: tubulações do fluido ou dos fluidos que

compõem a finalidade básica da indústria;

 Tubulações de utilidade: tubulações de fluidos acessórios nas indústrias;

 Tubulações de instrumentação: tubulações para a transferência de

sinais de ar comprimido ou de fluidos diversos para os instrumentos

automáticos;

 Tubulações de transmissão hidráulica: tubulações de líquido sob

pressão para os comandos e servomecanismos hidráulicos;

 Tubulações de drenagem: redes encarregadas de coletar e conduzir ao

destino conveniente os diversos efluentes fluidos de uma instalação

industrial.

3.2 Tubulações fora de instalações industriais:

 Tubulação de transporte: troncos empregados para o transporte de

líquidos e de gases a longas distâncias fora de instalações industriais;

 Tubulações de distribuição: tubulações destinadas a distribuição e coleta

de fluidos.

 Quanto ao fluido conduzido, são os seguintes casos os mais importantes

de emprego das tubulações industriais:

o Tubulações para água;

o Tubulações para vapor;

o Tubulações para óleos;

o Tubulações para ar;

o Tubulações para gases;

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o Tubulações pra esgotos e drenagem;

o Tubulações para fluidos diversos.

3.3 Tipos de materiais atualmente utilizados para a fabricação de tubos.

Tubos metálicos

 Ferrosos: aços-carbono, aços-liga, aços inoxidáveis, ferro fundido, ferro

forjado, ferros ligados, ferro nodular;

 Não-ferrosos: cobre, latões, cobre-níquel, alumínio, níquel e ligas, metal

Monel, chumbo, titânio, zircônio;

Tubos não metálicos

 Materiais plásticos: cloreto de polivinil (PVC), polietileno, acrílicos,

acetato de celulose, epóxi, poliésteres, fenólicos, etc;

 Cimento-amianto;

 Concreto armado;

 Barro vidrado;

 Elastômeros;

 Vidro;

 Porcelana.

3.4 Tubos de aço com revestimento interno

 O aço carbono é o que apresenta menor relação custo/resistência

mecânica, além de ser um material fácil de soldar e de conformar e fácil

de ser encontrado no comércio. Emprega-se aço carbono para água

doce, vapor de baixa pressão, condensado, ar comprimido, óleos, gases

15
e muitos outros fluidos pouco corrosivos a temperaturas a partir de -45ºC

e a qualquer pressão (TELLES, 2001).

 Designam-se “aços-liga” todos os aços que possuem qualquer

quantidade de outros elementos, além dos que entram na composição

dos aços-carbono (TELLES, 2001).

 Os aços inoxidáveis são os que contêm no mínimo 12% de cromo, o que

lhes confere a propriedade de não se enferrujarem mesmo em

exposição prolongada a uma atmosfera normal (TELLES, 2001).

4. Válvulas

As válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar e

interromper o fluxo em uma tubulação. São classificadas em (DUARTE, 2011):

4.1 Válvulas de bloqueio

Destinam-se apenas a estabelecer ou interromper o fluxo, ou seja, só

devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas.

Costumam ter sempre o mesmo diâmetro nominal da tubulação (TELLES,

2001).

 Válvulas de gaveta: utilizada e qualquer diâmetro, em tubulações de

água, óleo e líquidos em geral, desde que não sejam muito corrosivos

nem deixem muitos sedimentos. Dificilmente dão fechamento estanque

e como tem o fechamento de metal contra metal, são consideradas de

segurança contra incêndio (TELLES, 2001).

 Válvula de macho: aplicada a serviços de bloqueio de gases, no

bloqueio rápido de água, vapor e líquidos em geral (em pequenos

16
diâmetros e baixas pressões) e em serviços com líquidos que deixem

sedimentos ou que tenham sólidos em suspensão (TELLES, 2001).

 Válvula de esfera: muito empregada como substituta da válvula de

gaveta devido ao menor tamanho e peso, melhor vedação, maior

facilidade de operação e menor perda de carga. Podem trabalhar com

fluidos que tendem a deixar depósitos sólidos e podem ser de passagem

plena ou reduzida (TELLES, 2001).

4.2 Válvulas de regulagem

São destinadas especificamente para controlar o fluxo, podendo

trabalhar em qualquer posição de fechamento parcial. Por motivo de economia,

costumam ser de diâmetro menor que o da tubulação (TELLES, 2001).

 Válvula de globo: utilizadas em serviços de regulagem em linhas de

água, óleo e líquidos em geral, bem como para vapor, ar e outros gases.

Para bloqueio em linhas de vapor, para diâmetro de até 8” e para

fechamento estanque em linhas de gases (TELLES, 2001).

 Válvula de agulha: usadas para regulagem de líquidos e gases em

diâmetros de até 2” (TELLES, 2001).

 Válvula de controle: controla automaticamente variáveis como pressão,

temperatura, vazão, nível, etc (TELLES, 2001).

 Válvula de borboleta: também pode trabalhar como válvula de bloqueio.

São apropriadas para a aplicação de revestimentos internos

anticorrosivos. São válvulas leves, baratas e podem ser facilmente

adaptadas a diversos tipos de atuadores (TELLES, 2001).

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 Válvula de diafragma: pode trabalhar como válvula de bloqueio também.

São empregadas em pequenos diâmetros (até 6”), para serviços

corrosivos, onde frequentemente o corpo da válvula tem revestimento

interno (TELLES, 2001).

4.3 Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido

 Válvulas de retenção: são de operação automática e provocam uma alta

perda de carga. Só devem ser usadas quando forem de fato

imprescindíveis. São usadas em linhas de recalque e bombas (TELLES,

2001).

 Válvulas de retenção e fechamento: empregadas nas linhas de saída de

caldeiras (TELLES, 2001).

 Válvulas de pé: utilizadas para manter escorva em linhas de sucção de

bomba (TELLES, 2001).

4.4 Válvulas que controlam a pressão de montante

 Válvulas de segurança e de alívio: abrem-se automaticamente quando a

pressão ultrapassar um determinado valor para o qual a válvula foi

calibrada (TELLES, 2001).

 Válvulas de compressão (TELLES, 2001).

 Válvulas de excesso de vazão (TELLES, 2001).

4.5 Válvulas que controlam a pressão jusante

 Válvulas redutoras e reguladoras de pressão: são válvulas automáticas

que regulam, sem intervenção de qualquer ação externa, a pressão de

jusante da válvula (TELLES, 2001).

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 Válvulas de quebra-vácuo: são empregadas para proteção de

tubulações de grande diâmetro e pequena espessura de parede

(TELLES, 2001).

5. Bombas

As bombas têm a função de fornecer energia mecânica a um fluido

incompressível, com o objetivo de promover o seu escoamento a uma

determinada vazão e sob as condições de operação e instalação do sistema de

tubulações (MACINTYRE, 1997).

A bomba centrífuga é o equipamento utilizado para bombear líquidos como

xaropes,sucos, água, etc na indústria em geral, transferindo líquidos de um

local para outro. Ela transforma a energia mecânica em energia hidráulica. Ela

funciona da seguinte maneira: Uma fonte externa à bomba, como um motor

elétrico, gira o rotor dentro do corpo da bomba, movimentando o líquido e

criando a força centrífuga que se transforma em energia de pressão. Bombas

centrífugas são de fácil manutenção, baratas e com uma gama muito ampla de

utilização (MACINTYRE, 1997).

A entrada do líquido na bomba é chamada de sucção, onde a pressão pode

ser inferior à atmosférica (vácuo) ou superior. O local de saída do líquido da

bomba é conhecido como de recalque. A diferença de pressão na sucção e no

recalque da bomba é conhecida com altura manométrica total e é ela que

determina a capacidade da bomba em transferir líquido, em função das

pressões que deverá vencer, expressa em energia de pressão (MACINTYRE,

1997).

19
As informações mais importantes para a especificação de bombas

sanitárias são diâmetro da linha, qual o produto a ser bombeado, sua

densidade e viscosidade, a vazão, pressão de descarga, temperatura de

trabalho e se possui CIP (MACINTYRE, 1997).

5.1 Aplicação e Características

As bombas centrífugas sanitárias são empregadas geralmente em

indústrias alimentícias, químicas e farmacêuticas (MACINTYRE, 1997).

Material / Acabamento

a) Material

As Bombas centrífugas sanitárias podem ser compostas de diversos

materiais entre eles: aço inox microfundidos conforme Norma ASTM A351

(2004) e vedações em borracha atóxica. O material do carvão do selo

mecânico obedece às limitações químicas da FDA americana, para uso

alimentício e farmacêutico (MACINTYRE, 1997).

b) Materiais de construção

INOX AISI 304: De uso geral, é indicado para quase todos os líquidos

agressivos.

INOX AISI 316: Tem maior resistência à corrosão que o inox 304 a partir de

400° C, ou para produtos específicos.

INOX AISI 316L: É indicado para casos onde se desenvolve corrosão

intercristalina em peças soldadas e não solubilizadas.

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Materiais de Vedação

BUNA-N: Borracha de uso geral, resistente a óleos e gorduras, porém não

adequada para ácidos muito fortes, e nem para temperaturas acima de 110° C.

EPDM: Resistente a ácidos solventes e a oxidantes em baixas concentrações,

não é apropriada para óleos e gorduras. Temperatura recomendável até 175°

C.

SILICONE: Resistente a alguns ácidos, oxidantes, óleos e gorduras.

Temperatura máxima recomendada 260° C.

VITON: Resistente a quase todos os líquidos agressivos. É especialmente

indicado às concentrações elevadas e resiste à temperaturas de até 260º C.

Instalação / Cavitação / NPSH

a) Instalação

Instalar a bomba o mais próximo possível de onde se encontra o líquido a

ser bombeado. A tubulação de sucção deve ser curta e direta com o mínimo de

curvas, conexões ou outros obstáculos ao fluxo. O diâmetro desta tubulação

deve ser definido para que a velocidade do fluido não ultrapasse 2m/s. Caso

seja necessário pode-se usar uma redução excêntrica na entrada da bomba. A

inclinação desta tubulação deve orientar a drenagem no sentido do tanque para

a bomba. Verificar a perfeita vedação das conexões para evitar entradas de ar

(MACINTYRE, 1997).

A tubulação de recalque deve ser alinhada a bomba, e fixada de modo que

não fique peso sobre o equipamento. Seu diâmetro, bem como válvulas ou

21
outros equipamentos geradores de perda de carga, devem estar contabilizados

de acordo com a bomba (MACINTYRE, 1997).

A bomba deverá estar em lugar acessível para inspeção, limpeza e reparos.

O líquido sugado pode, em alguns casos, estar abaixo do nível da bomba,

desde que o NPSH seja maior do que o requerido, e com a tubulação de

sucção e carcaça cheias de líquido (MACINTYRE, 1997).

b) Cavitação

É o nome que se dá ao fenômeno de vaporização de um líquido pela

redução da pressão, durante seu movimento (MACINTYRE, 1997).

A vaporização local, formando pequenas bolhas de vapor que se

condensam rapidamente e estouram com alta velocidade e pressão; por causa

das implosões sucessivas podem provocar trincas microscópicas no material,

que com o tempo irão crescer e provocar o deslocamento do material da

superfície originando uma cavidade de erosão e por isso deve ser sempre

evitada por causa do dano no equipamento, principalmente no rotor e carcaça

(MACINTYRE, 1997).

c) NPSH disponível e requerido

NPSH – Net Pressure Suction Head (Pressão de sucção da rede principal),

é a energia (carga) medida em pressão absoluta disponível na entrada de

sucção de uma bomba hidráulica (MACINTYRE, 1997).

O NPSH disponível (NPSHdisp), é a pressão disponível que chega na

entrada de sucção da bomba no sistema, por exemplo: pressão sobre o fluido,

22
altura da coluna de água acima ou abaixo do eixo de sucção da bomba, perda

de carga na tubulação de sucção. É expressa normalmente em metros de

coluna de água (mca) (MACINTYRE, 1997).

O NPSH requerido (NPSHreq) é a energia pressão absoluta que a bomba

requer na sua entrada de sucção para evitar que o fenômeno da cavitação

ocorra e depende das caracteristicas construtivas da bomba, da sua rotação e

da vazão (MACINTYRE, 1997).

6. Ar comprimido

O ar comprimido é uma forma de energia de enorme utilidade e

inúmeras aplicações. Em muitos campos de utilização compete com a energia

elétrica, e em outros, é um complemento da mesma (JONEL, 2014)

Nas indústrias, o ar comprimido é empregado em máquinas operatrizes,

em motores pneumáticos, em sistemas de comando, controle, rotulagem,

instrumentação de medição e na automação de processos. O ar comprimido

também se faz necessário em instalações de aeroportos, hospitais, obras de

engenharia civil, postos de combustível, instalações centrais de climatização,

no comando e controle de válvulas e operação de instrumentos (JONEL, 2014).

Uma vantagem do emprego do ar comprimido é que o mesmo pode ser

armazenado e conduzido ao local de utilização sem necessitar de isolamento

contra perda de calor na condução. Não oferece riscos de incêndio e explosão,

e seu emprego se faz de maneira flexível, compacta e potente. Essas

características explicam seu emprego em escala sempre crescente (VALE,

2014)

23
Como desvantagem, aponta-se o consumo maior de energia que energia

elétrica na produção de determinado trabalho útil, o que não impede seu

emprego diante das vantagens que apresenta (VALE, 2014).

7. Compressores

A obtenção de uma pressão de ar consideravelmente maior do que a

pressão atmosférica, que também se designa por pressão barométrica, realiza-

se com os compressores de ar. Os compressores, conforme o recurso

empregado na transformação da energia mecânica em energia potencial de

pressão e cinética do ar podem ser classificados em (VALE, 2014):

a) Quanto à aplicação:

 Compressores de ar para serviços ordinários,

 Compressores de ar para serviços industriais,

 Compressores de gases ou de processos,

 Compressores para instalações de refrigeração,

 Compressores para vácuo.

 Cada um desses equipamentos tem características próprias que

atendem uma determinada aplicação específica.

b) Quanto ao princípio construtivo:

 Compressores volumétricos, também de chamados de deslocamento

positivo.

 Compressores dinâmicos ou turbo compressores.

Nos primeiros a elevação da pressão é conseguida por meio da redução

do volume ocupado pelo fluido.

24
Já no segundo caso a elevação da pressão é obtida pela transformação da

energia cinética do gás, que foi acelerado pelo impelidor (ou rotor), em energia

de pressão, quando o gás passa por elemento interno denominado difusor.

c) Quanto ao Funcionamento
Alternativos

Volumétricos
Palhetas
Rotativos Parafusos
Lóbulos
Compressores

Centrífugos ( Trajetória Radial )


: Dinâmicos Axiais ( Trajetória Axial )

Ejetores

As vantagens de se utilizar compressores alternativos são (VALE, 2014):

 São facilmente controlados de acordo com a demanda de ar

comprimido. Estes podem operar em plena carga, meia carga ou em

vazio, mediante abertura automática das válvulas, de sorte que não há

compressão durante os períodos em que não há demanda de ar

comprimido.

 Operação econômica.

 Manutenção simples.

 Sessenta a oitenta por cento da energia fornecida ao eixo do

compressor, e dissipada na forma de calor, podem ser aproveitados

para aquecimento de elementos de uma instalação industrial.

Pode-se dizer que é o tipo mais versátil para a maioria das aplicações

industriais do ar comprimido e, por isso mesmo, o mais usado (VALE, 2014).

25
As vantagens de se utilizar compressores rotativos são (VALE, 2014):

 Fornece ar isento de óleo (no tipo isento de óleo).

 Tem um mínimo de peças sujeitas a desgaste.

 Requer fundações simples e pequena sala de compressores.

 É ideal para unidades portáteis devido ao seu baixo peso; sua

velocidade pode ser adaptada à dos motores de combustão interna

convenientes ao seu acionamento.

 Possui nível de ruído baixo nos tipos lubrificados a óleo.

 São usados para ar de instrumentação, controles, hospitais, laboratórios,

fábricas de produtos químicos etc., com reais vantagens.

8. Vapor

Produzido na caldeira, o vapor pode ser conduzido a máquinas,

equipamentos e pontos de consumo de uma forma econômica, controlável e

com perdas relativamente reduzidas (DECOL; FROZZA, 2012).

8.1 Formas de Vapor

O vapor de água é a água no estado gasoso resultante do aquecimento

da mesma à temperatura e pressão determinadas. Ele pode se apresentar sob

a forma de vapor saturado e de vapor superaquecido (DECOL; FROZZA,

2012).

O vapor saturado é produzido em contato com a água e por isso contém

sempre uma quantidade de partículas de água. Se o vapor saturado não

contivesse nenhuma partícula de água, ele seria um vapor saturado seco. Esse

vapor seria ideal, porém não se verifica quase nunca nas condições práticas. O

26
que ocorre é que o vapor contém certa quantidade de água não vaporizada e

por isso é, na realidade, um vapor saturado úmido (DECOL; FROZZA, 2012).

O vapor superaquecido resulta de um superaquecimento do vapor

saturado em super aquecedores, tornando-o seco, e isto se verifica a uma

temperatura mais alta que a temperatura sob a qual é saturado (DECOL;

FROZZA, 2012).

A forma usual de vapor empregado para fins de aquecimento é a de

vapor saturado supostamente seco, e que designaremos simplesmente vapor.

O vapor superaquecido é utilizado em turbinas a vapor de centrais geradoras

(DECOL; FROZZA, 2012).

Calor Sensível e Calor Latente

Calor sensível é a quantidade de calor recebida ou cedida pela água

produzindo uma variação em sua temperatura (DECOL; FROZZA, 2012).

A quantidade de calor sensível é calculada através da seguinte

equação:

Q = m x c (Tfinal – Tinicial) Equação (1)

Onde:

m = massa da água

c = calor especifico da água

Calor latente é a quantidade de calor recebida pela água para passar

do estado liquido ao estado de vapor sem variação em sua temperatura. É o

calor necessário à mudança de estado sem variação de temperatura (DECOL;

FROZZA, 2012).

27
O vapor gerado possui essas duas parcelas de calor (sensível e

latente), sendo a quantidade de calor latente é maior que a de calor sensível

(DECOL; FROZZA, 2012).

8.2 Condensação de Vapor

Cedendo calor latente, a temperatura se conserva praticamente a

mesma, mas o vapor muda de estado, voltando a transformar-se em água,

conservando a mesma temperatura que tinha como vapor, ou seja, condensa-

se. A água assim formada denomina-se de condensado. Depois que o vapor se

condensa, formando água, esta começa a ceder calor sensível e, por isso, a

temperatura do condensado vai diminuindo (DECOL; FROZZA, 2012).

Quanto mais elevada for a temperatura com a qual a água entra na

caldeira, menos combustível consumirá, pois será necessário um menor

número de calorias para aquecê-la até o ponto de vaporização na pressão

desejada. Pode-se dizer então que, se a água entrar numa temperatura maior,

a caldeira irá produzir uma quantidade maior de vapor com o mesmo consumo

de energia (DECOL; FROZZA, 2012).

É conveniente aproveitar o condensado levando-o à caldeira. Se todo

vapor se convertesse em condensado aproveitável e não houvesse, descarga

de vapor vivo na atmosfera em expansores de descarga livre e em certos

equipamentos, nem perdas por vazamentos, não haveria necessidade de água

de reposição na caldeira. A instalação de vapor deve aproveitar ao máximo o

vapor condensado, utilizando as linhas de retorno de condensado (DECOL;

FROZZA, 2012).

28
Se a linha de condensado for bem isolada termicamente, a água

poderá chegar de volta à caldeira em temperatura maior que 80°C (DECOL;

FROZZA, 2012).

O condensado não é favorável em equipamentos, tubulações, peças e

válvulas, ele deve ser removido à medida que vai se formando. Nos

equipamentos de transferência de calor do vapor para fins de aquecimento,

enquanto existe vapor, existe calor latente, ou seja, calor em grande

quantidade. Quando parte desse vapor se transforma em condensado,

possuindo apenas calor sensível, diminuirá o rendimento da transmissão de

calor e deverá ser retirado, isto é, drenado à medida que for se formando.

Quando o condensado se acumula em válvulas e peças da linha, o vapor com

alta velocidade pode realizar um arraste das partículas de água, o que produz

erosão, vibração e até mesmo golpe de aríete nas tubulações e peças

(DECOL; FROZZA, 2012).

Captação e Remoção do Condensado

A remoção do condensado é realizada com separadores e purgadores.

As tubulações de vapor devem possuir uma inclinação no sentido do

escoamento de pelo menos 0,5%. Assim, o condensado tende a descer

acompanhando o fluxo de vapor. Se a inclinação fosse com o fluxo do vapor de

baixo para cima, o vapor arrastaria o condensado em sentido contrário àquele

que se deseja, que é o de escoamento por gravidade da água (DECOL;

FROZZA, 2012).

A cada 30 ou 50m da linha de vapor, é necessário pontos de drenagem

que coletem o condensado. Nos pontos baixos de uma linha de vapor e nas

29
descidas também devem ser instalados esses pontos de drenagem. Uma das

formas mais simples de captar o condensado é instalar um tê com o mesmo

diâmetro da tubulação a ser drenada. Na parte inferior do tê, coloca-se um tubo

de pequeno diâmetro, o qual é ligado a um purgador (DECOL; FROZZA, 2012).

Se a linha for muito longa, de modo que não se consegue, no espaço

de que se dispõe, executá-la com a declividade de 0,5%, então a linha é

dividida em trechos de mesma declividade colocando-se na parte baixa de

cada trecho um poço de coleta de condensado, ligado a um purgador (DECOL;

FROZZA, 2012).

Na parte inferior de um trecho vertical da linha, também se deve

remover o condensado. Na extremidade horizontal de uma linha principal,

deve-se também colocar um poço de condensado, um purgador de ar, um

purgador com filtro e um registro (DECOL; FROZZA, 2012).

8.3 Sistemas de Produção e Distribuição de Vapor

Um sistema de vapor é constituído das seguintes partes essenciais

(DECOL; FROZZA, 2012):

 Tubulação de vapor

 Purgadores, eliminadores de ar, válvulas de segurança, bombas de

condensado, filtros e válvulas.

 Estações de redução de pressão.

 Elementos de aquecimento

 Caldeira e equipamentos complementares da casa de caldeira.

30
9. Caldeira

As caldeiras usadas para geração de vapor para fins industriais são do

tipo denominado flamotubular e têm capacidade até cerca de 6 a 12 toneladas

de vapor por hora. Para a produção de maior quantidade de vapor são usadas

as caldeiras aquatubulares (ELEKTRO, 2014).

9.1 Caldeiras flamotubulares

No interior de um cilindro que recebe água que irá se transformar em

vapor existe um tubo, corrugado ou não, por onde passa o ar aquecido na

câmara de combustão. No lado oposto ao da fornalha, existe uma câmara em

comunicação com um conjunto de tubos de menores dimensões que levam o

ar aquecido até a chaminé. Os gases aquecem as paredes dos tubos e o calor

se transfere à água por efeito de condução e convecção (ELEKTRO, 2014).

Esse tipo de caldeira oferece as seguintes vantagens (ELEKTRO, 2014).

 Permite fácil limpeza da fuligem no interior dos tubos;

 Possibilita fácil substituição dos tubos;

 Não necessita de tratamento de água com o mesmo rigor de quantidade

que águas tubulares;

 É de custo reduzido.

 São fabricadas com disposição horizontal ou vertical, sendo as primeiras

mais comumente usadas.

9.2 Caldeiras aquatubulares

O aquecimento se faz externamente a um feixe de tubos ligando dois ou

mais reservatórios contendo água. A água no interior do feixe de tubos é

31
aquecida pelos gases quentes, que vêm da câmara de combustão. Não há

limite para a capacidade de produção de vapor e para a pressão nesse tipo de

caldeira (ELEKTRO, 2014).

10. Combustíveis

Combustíveis para utilização em energia e aquecimento industrial

apresentam características importantes tais como baixo custo por conteúdo

energético, disponibilidade, facilidade de transporte e armazenamento,

possibilidade de utilização dentro de tecnologias disponíveis, baixo custo

operacional e de investimento, etc. Durante muitos anos, os derivados de

petróleo preencheram a maioria destas características e se tornaram o tipo

mais utilizado de combustível industrial. Nas décadas recentes, outros tipos de

combustíveis têm sido utilizados e pesquisados, principalmente aqueles que

produzem menor impacto ambiental que os combustíveis fósseis (ELEKTRO,

2014).

Do ponto de vista de origem, os combustíveis podem ser classificados

como fósseis (não renováveis) e vegetais (renováveis), como representado na

Tabela 3.

Quanto à utilização de combustíveis é conveniente classificá-los e

estudá-los quanto a sua forma física: sólidos, líquidos ou gases (ELEKTRO,

2014).

32
Tabela 2: Classificação dos combustíveis quanto à origem.

ORIGEM COMBUSTÍVEL BÁSICO DERIVADO

GLP

GASOLINA

PETRÓLEO ÓLEO DIESEL

ÓLEO COMBUSTÍVEL
FÓSSEIS

ÓLEOS RESIDUAIS

GÁS NATURAL

XISTO BETUMINOSO GASES MANUFATURADOS

CARVÕES MINERAIS

CANA-DE-AÇUCAR BAGAÇO DE CANA

ÁLCOOL ETÍLICO

LENHA CARVÃO VEGETAL

GASES MANUFATURADOS
VEGETAIS

METANOL

RESÍDUOS VEGETAIS BIOGÁS

10.1 Composição dos combustíveis:

Os combustíveis industriais apresentam em sua composição alguns dos

seguintes elementos ou compostos: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Enxofre,

Nitrogênio, Água, Cinzas (ELEKTRO, 2014).

Carbono e hidrogênio são os elementos que mais contribuem para o

poder calorífico dos combustíveis e oxigênio é geralmente presente em

33
combustíveis vegetais, sendo que sua presença diminui o poder calorífico dos

combustíveis, bem como as exigências teóricas de ar de combustão

(ELEKTRO, 2014).

Embora o enxofre seja também combustível e traz conseqüências

prejudiciais ao meio ambiente e aos equipamentos, seu poder calorífico é

menor que o carbono e hidrogênio; os produtos de combustão, SO2 e SO3, em

presença de umidade formam ácido sulfúrico, que irá atacar as partes mais

frias da instalação. H2SO4 é o principal causador de "chuva ácida", com

conseqüências desastrosas ao meio ambiente; se a atmosfera da combustão

for redutora, pode haver formação de H2S, ou outros compostos, que são

perigosos e produzem mal cheiro. O enxôfre nos combustíveis líquidos é

encontrado na forma de mercaptanas (um radical R-S-H) ou também na forma

de dissulfetos (radicais R-S-R) (ELEKTRO, 2014).

A água é normalmente encontrada em todos os combustíveis,

principalmente nos combustíveis sólidos, na forma de umidade, e traz duas

conseqüências (ELEKTRO, 2014):

- diminui o poder calorífico,

- aumenta a temperatura do ponto de orvalho do ácido sulfúrico,

aumentando os problemas de corrosão.

34
11. FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DE POLPA DE MARACUJÁ

CONGELADA

Recepção da matéria-prima

Lavagem

Seleção

Descascamento e corte

Despolpamento

Tratamento térmico

Envase

Embalagem

Congelamento

Armazenamento

Figura 01: Fluxograma de obtenção de polpa de fruta congelada.

11.1 Recepção da matéria-prima

Para a elaboração de polpa a matéria-prima pode ser a fruta inteira,

selecionada quanto á variedade, maturação, estado fitossanitário, sabor e

aroma agradáveis, cor, e também pode ser o material descartado de uma linha

de outro processamento. As frutas devem ser transportadas para o local de

processamento em caixas adequadas, rasas, para evitar o esmagamento das

35
frutas das camadas de baixo e processado o mais rápido o possível (VICENZI,

2001).

De acordo com a época do processamento, por exemplo, o pico da

safra, pode ser necessário armazenar as frutas por algum tempo, e, sempre

que possível sob refrigeração (entre 5ºC e 12ºC, a depender da fruta), até que

se possa iniciar o processo de produção. A temperatura muito elevada é

prejudicial à manutenção da qualidade da fruta, por isso deve-se ficar atento.

Caso isso não seja possível, devem-se manter as frutas em local seco e

ventilado, prevenindo-se a entrada de insetos e roedores no local de

armazenamento, para que as frutas não se estraguem (MATA, 2005).

11.2 Lavagem

As frutas devem ser pré-lavadas em água limpa para retirar as sujidades

que vêm do campo, como terra e areia. Posteriormente faz-se um banho por

imersão, que é a etapa da lavagem onde os frutos são submetidos à imersão

em tanques contendo água clorada, por determinado tempo. A solução de cloro

pode ser obtida com o uso de sanitizantes próprios para alimentos, facilmente

encontrados no mercado, e que possuam o cloro como ingrediente ativo

(MORETTI, 2008).

A quantidade de cloro a ser adicionada à água dependerá da

porcentagem de cloro ativo do produto comercial. O cloro é normalmente usado

para desinfecção da superfície de frutas por meio da adição de hipoclorito de

sódio (NaClO) na água de lavagem. Imersão em água contendo 50 a 200μL L-1

de cloro ativo é comumente recomendada na literatura para frutas antes do

36
processamento (MORETTI, 2008). O tempo de imersão varia entre 10 e 30

minutos.

Nas frutas que são colhidas, ao invés de catadas no chão, e que as

incrustações em sua superfície são leves, utilizam-se menores concentrações,

com um tempo reduzido. Ao contrário de frutas em condições de recepção

muito ruins, utilizam-se maiores concentrações de cloro, por tempos maiores. È

ideal a utilização de uma fonte de cloro comercial própria para alimentos é

essencial, pois produtos de limpeza como água sanitária, podem conter

resíduos tóxicos (MORETTI, 2008).

È feito também uma aspersão, para remoção das impurezas

remanescentes, além da retirada do excesso de cloro. Este banho deve ser

feito com água tratada (5 a 10 L/L). Através de bicos atomizadores, é

pulverizada água tratada em quantidades ideais, retirando o excesso de cloro

da lavagem anterior, sem desperdícios de água (MORETTI, 2008).

11.3 Seleção

Nesta etapa, as frutas impróprias, podres e com partes defeituosas são

descartadas, como também pedaços de folhas, caules, pedras e etc. Os frutos

devem estar maduros, de modo que se obtenha o máximo de rendimento em

sólidos solúveis e as melhores características de sabor e aroma. Os

funcionários que realizam essa etapa devem ser bem treinados e os locais bem

iluminados (MATA, 2005).

37
11.4 Descascamento e corte

O maracujá é uma fruta que precisa ser descascada ou cortada em

pedaços manualmente, com facas de aço inox, ou mecanicamente utilizando-

se máquinas apropriadas para esse fim. Foram desenvolvidos alguns

equipamentos específicos para o descascamento contínuo e rápido. Eles são

constituídos por um cortador circular com lâminas de aço inox e um separador

de cascas com fundo perfurado que não permite a passagem da casca. No

caso do maracujá, por exemplo, há uma máquina de corte que, na linha de

produção, é colocada antes da despolpadeira (ROSENTHAL, 2003).

Os resíduos devem ser recolhidos em latões, que devem ser mantidos

fechados e esvaziados, continuamente, para evitar a presença de insetos e

contaminações.

11.5 Despolpamento

É o processo utilizado para extrair a polpa da fruta do material fibroso, das

sementes e dos restos das cascas. Conforme a fruta escolhida, o

despolpamento deve ser precedido da trituração do material em desintegrador

ou liquidificador industrial, como no caso da banana e do abacaxi

(ROSENTHAL, 2003).

A desintegração ou trituração pode ser feita em moinho triturador do tipo

de facas e martelos, contendo sempre uma peneira de malha de furos de

tamanho variável de acordo com a fruta que se está processando, a fim de

reduzir a mesma, a pequenos fragmentos (ROSENTHAL, 2003).

38
Nesse processo, deve-se ter o cuidado de não desintegrar as sementes,

que deverão ser eliminadas em fase posterior. Para frutas que apresentam

problemas de escurecimento de caráter enzimático, deve-se proceder à

trituração em presença de um composto antioxidante, como é o ácido

ascórbico, aplicado em solução diretamente sobre o produto (VICENZI, 2001).

No despolpamento são utilizadas despolpadeiras verticais ou

horizontais, construídas em aço inoxidável e providas de peneiras com

diferentes tamanhos de furos. As peneiras podem ser substituídas de acordo

com a fruta que será processada. Esse processo consiste em fazer com que a

fruta passe, descascada ou não, inteira ou já desintegrada, pela despolpadeira.

A polpa deve ser recolhida em baldes limpos (de aço inoxidável ou PVC) pela

parte de baixo do equipamento, e os resíduos sólidos, pela frente do mesmo

(ROSENTHAL, 2003).

Após essa fase, se o produto for enviado direto para o envase e

posterior congelamento, deve-se antes avaliá-lo por meio de análises

microbiológicas e físico-químicas (ROSENTHAL, 2003).

11.6 Tratamento térmico

Pode ser feita em tacho encamisado, em pasteurizador tubular ou em

trocadores de calor de superfície raspada. No caso de produtos pouco viscosos

e com baixos teores de polpa, pode-se utilizar pasteurizadores de placas. A

maioria das frutas é ácida, permitindo que o tratamento térmico seja brando

(pasteurização a temperaturas menores que 100ºC). A combinação ideal de

tempo e temperatura durante o processamento térmico tem por objetivo reduzir

a carga microbiana e preservar as características físicas, químicas, nutricionais

39
e sensoriais da fruta original. No caso da polpa de maracujá utiliza-se trocador

de calor tubular (ROSENTHAL, 2003).

11.7 Envase

Após o processo de despolpamento ou pasteurização (a maioria das

polpas comercializadas por micro e pequenas empresas não sofre

pasteurização), a polpa é encaminhada para o envase. Nessa etapa, uma

dosadora (automática ou semi-automática) enche a embalagem em

quantidades previamente definidas. Quando usada a dosadora semi-

automática, é necessária a termo seladora para fechamento das embalagens.

As embalagens mais utilizadas no mercado varejista são sacos de polietileno

de 100 mL e de 1L (ROSENTHAL, 2003).

11.8 Embalagem

Após o envase em embalagens de 100 ml, estas são colocadas em

embalagens maiores, para comportar várias polpas de frutas. È mais prático

para o consumidor adquirir em maiores quantidades e mais fácil de transpostar

e armazenar na câmara fria (ROSENTHAL, 2003).

11.9 Congelamento

O uso do congelamento para a produção de polpa de fruta dá origem, a

um produto final de excelentes características quanto à cor, aroma e sabor,

todas elas muito próximas das características da fruta ao natural. A polpa

conservada por congelamento encontra mercado mais fácil e mais seguro,

mesmo em nível de pequenos estabelecimentos, de restaurantes, da

40
reutilização industrial nas indústrias de balas, chocolates, em artigos de

panificação (VICENZI, 2001).

No congelamento, após a fase de pasteurização, a polpa é resfriada

imediatamente em trocador de calor. Em seguida, o material é acondicionado

em embalagens dos mais diversos tipos, flexíveis. A seguir o produto é levado

à câmara fria, que deverá estar a uma temperatura de - 40 ºC, para o

congelamento rápido de polpa (VICENZI, 2001). O congelamento rápido irá

impedir qualquer tipo de alteração na polpa (química, bioquímica,

microbiológica), além de evitar a formação de camadas (estratificação) durante

o congelamento (Rosenthal et al., 2003).

11.10 Armazenamento

Após o congelamento rápido em túnel, o produto deverá ser transferido

para câmaras de armazenamento, à temperatura de -18ºC a -22ºC. Também

podem ser utilizados freezers domésticos, cuja temperatura interna varia de -

8ºC a -10ºC, exigindo-se que o produto seja comercializado com maior rapidez,

por causa do tempo de vida útil menor. Deve-se ter cuidado para não

armazenar uma quantidade excessiva do produto dentro das câmaras ou dos

freezers de modo que não haja problemas de circulação de ar entre as paredes

de seus compartimentos e as embalagens. A polpa de fruta deve ser mantida

congelada até o momento do consumo (ROSENTHAL, 2003).

41
12. Dimensionamento da linha de ar comprimido
Para o dimensionamento de ar comprimido é necessário determinar a

potência efetiva do compressor, o diâmetro das tubulações de ar comprimido e

a perda de carga nas mesmas. Além de possuir a pressão de operação e a

vazão de ar. As etapas do processo e os pontos de ar comprimido estão

descritos abaixo na tabela 3.

Item Etapa Equipamento


A Recepção Elevador
B Lavagem Esteira
C Corte Maquina de Corte
D Despolpamento Despolpadeira
E Pasteurização Trocador de calor
tubular
F Envase Envasadora
G Congelamento Túnel de congelamento
H Expedição Esteira
Quadro 1: Etapas e pontos de ar comprimido no processo.

Tabela 3: Condições de Processo para ar comprimido

DLP Pman
Equipamentos Pontos (m³/min) (kgf/cm2) V(m/s) Lr (m) T (°C)

Elevador 1 1 9 8 7 25

Esteira 2 1 7 8 8 25

Máquina de
Corte 3 2 6 8 5 25

Despolpadeira 4 2 8 8 5 25

Trocador de
Calor Tubular 5 2 7 8 8 25

Envasadora 6 2 8 8 5 25

42
Túnel de
Congelamento 7 2 9 8 7 25

Esteira 8 1 8 8 9 25

LP LP 13 10 8 54 25

Considerando a pressão atmosférica absoluta como aproximadamente

1kgf/cm2(P1), utilizando as equações 2 e 3 foi possível calcular o fator de

compressão e as vazões reais de vapor para cada equipamento.

𝑃2 +1
𝑅= Equação (2)
𝑃1

1
𝑄 = 𝑄𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 . 𝑅 Equação (3)

Temos abaixo o demonstrativo dos cálculos do fator de compressão e das

vazões reais de vapor:

9+1
R1 = = 10
1

7+1
R2 = =8
1

6+1
R3 = =7
1

8+1
R4 = =9
1

7+1
R5 = =8
1

43
8+1
R6 = =9
1

9+1
R7 = = 10
1

8+1
R8 = =9
1

10 + 1
Rlp = = 11
1

1 0,1𝑚3
𝑄1 = = = 0,001667𝑚³/𝑠
10 𝑚𝑖𝑛

1 0,125𝑚3
𝑄2 = = = 0,002083𝑚³/𝑠
8 𝑚𝑖𝑛

2 0,333𝑚3
𝑄3 = = = 0,005555𝑚³/𝑠
6 𝑚𝑖𝑛

2 0,222𝑚3
𝑄4 = = = 0,003704𝑚³/𝑠
9 𝑚𝑖𝑛

2 0,250𝑚3
𝑄5 = = = 0,004167𝑚³/𝑠
8 𝑚𝑖𝑛

2 0,222𝑚3
𝑄6 = = = 0,003704𝑚³/𝑠
9 𝑚𝑖𝑛

44
2 0,200𝑚3
𝑄7 = = = 0,003333𝑚³/𝑠
10 𝑚𝑖𝑛

1
𝑄8 = = 0,111 = 0,001852𝑚³/𝑠
9
13 1,182𝑚3
𝑄𝑙𝑝 = = = 0,0197𝑚³/𝑠
11 𝑚𝑖𝑛

Para o cálculo da potência efetiva utilizando a equação 5, é preciso ter

os valores de pressão média e potência indicada, que podem ser calculadas a

partir das equações 4 e 5, respectivamente. Abaixo o demonstrativo dos

cálculos. Para os cálculos foi considerado o coeficiente de compressão

politrópica como sendo 1,4 e a eficiência do compressor como sendo 75%.

𝑛−1
𝑛 𝑝2 2𝑛
𝑝𝑚 = . 𝑝1 . 2 [( 1 ) − 1] Equação (4)
𝑛−1

1,4−1
1,4 11 2 .1,4
𝑝𝑚 = .1 .2 [( ) − 1] = 2,8595kgf/cm² = 28595kgf/m2
1,4−1 1

𝑝𝑚 . 𝑄
𝑃𝑖 = Equação (5)
75 .60

28595 . 1,182
𝑃𝑖 = = 7,5109cv
75 .60

𝑃𝑖
𝑃𝑒 = Equação (6)
ƞ

7,5109
𝑃𝑒 = = 10,01cv
0,75

Calcula-se então a perda de carga em cada ponto e na linha principal, a

partir da equação 9. Onde, o diâmetro foi obtido na tabela do Anexo 1, o peso

45
específico do ar foi obtido na tabela do Anexo 2, o comprimento equivalente

pode ser calculado pela equação 8 e o valor do comprimento dos acessórios

podem ser encontrados na tabela do Anexo 3, o coeficiente variável com o

diâmetro (α) pode ser calculado a partir da equação 7. Abaixo estão presentes

o demonstrativo dos cálculos.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + Equação (7)
𝑑

Leq = L real + L eq.conexões Equação (8)

𝑄 2 .𝑙 .𝛿
ℎ𝑓 = 3,25 . 𝛼 . Equação (9)
𝑑5 .104

Tabela 4: Dados para o calculo da perda de carga.

Ramal D D α δ Leq (m) Hf(kgf/cm2)


nominal (kgf/cm2)
1 ½’’ 0,0127 1,526.10- 11,844 7,3 0,003610
3

2 ½’’ 0,0127 1,526.10- 9,475 8,3 0,005120


3

3 1’’ 0,0254 1,016.10- 8,291 5,5 0,000439


3

4 1’’ 0,0254 1,016.10- 10,659 5,5 0,000251


3

5 1” 0,0254 1,016.10- 9,475 8,5 0,000437


3

6 1” 0,0254 1,016.10- 10,659 5,8 0,000265


3

7 ¾’’ 0,01905 1,186.10- 11,844 7,7 0,001557


3

8 ½’’ 0,0127 1,526.10- 10,859 9,5 0,005311


3

Lp 2” 0,0508 7,617.10- 13,028 78,7 0,002912


4

Ponto 1:

D= 1/2’’=0,0127 m

46
δ= 11,844 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 1 curva de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001526 m-1
0,0127

Leq= 7 + 0,2 + 0,1 = 7,3 m

0,0016672 .7,3 .11,844


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001526 . = 0,00361 kgf/cm2
0,01275 . 104

Ponto 2:

D= 1/2’’=0,0127 m

δ= 9,475 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 1 curva de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001526m-1
0,0127

Leq= 8 + 0,2 + 0,1 = 6 m

0,0020832 .8,3 .9,475


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001526 . = 0,00512 kgf/cm2
0,01275 .104

Ponto 3:

D= 1’’=0,0254 m

δ= 8,291 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 1 curva de 90° raio longo.

47
0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001016 m-1
0,0254

Leq= 5 + 0,3 + 0,2 = 5,5 m

0,0055552 .5,5 .8,291


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001016 . = 0,000439 kgf/cm2
0,02545 . 104

Ponto 4:

D= 1 ’’=0,0254 m

δ= 10,659 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 1 curva de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001016 m-1
0,0254

Leq= 5 + 0,3 + 0,2 = 5,5 m

0,0037042 .5,5 .10,659


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001016 . = 0,000251 kgf/cm2
0,02545 . 104

Ponto 5:

D= 1’’=0,0254 m

δ= 9,475 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 1 curva de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001016 m-1
0,0254

48
Leq= 8 + 0,3 + 0,2 = 8,5 m

0,0037042 .8,5 .9,475


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001016 . = 0,0004367 kgf/cm2
0,02545 . 104

Ponto 6:

D= 1’’=0,0254 m

δ= 10,659 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 2 curvas de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001016 m-1
0,0254

Leq= 5 +(2 x 0,3) + 0,2 = 5,8 m

0,0037042 .5,8 .10,659


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001016 . = 0,000265 kgf/cm2
0,02545 . 104

Ponto 7:

D= 3/4’’=0,01905 m

δ= 11,844 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 2 curvas de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001186 m-1
0,01905

49
Leq= 7 +(2 x 0,3) + 0,1 = 7,7 m

0,0033332 .7,7 .11,844


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001186 . = 0,001557 kgf/cm2
0,019055 .104

Ponto 8:

D= 1/2’’=0,0127 m

δ= 10,859 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto e 2 curvas de 90° raio longo.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,001526 m-1
0,0127

Leq= 9 + (2 x 0,2) + 0,1 = 9,5 m

0,0018522 .9,5 .10,859


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,001526 . = 0,005311 kgf/cm2
0,01275 . 104

Linha Principal:

D= 2’’=0,0508 m

δ= 13,028 kgf/m³

Acessórios:1 registro gaveta aberto, 2 curvas de 90° raio longo e 7tês

bilaterais.

0,00001294
𝛼 = 0,000507 + = 0,0007617 m-1
0,0508

50
Leq= 54 + 0,4 + (3,3 x 7) + (2 x 0,6) = 78,7 m

0,01972 .78,7 .13,028


ℎ𝑓 = 3,25 . 0,0007617 . = 0,002912 kgf/cm2
0,05085 . 104

A partir dos dados de vazão, pressão de operação e a potência efetiva o

compressor foi escolhido de acordo com o catalogo em Anexo 4, como sendo:

Fabricante: Kaeser compressores

Modelo: N 253-G

Pressão: 35 bar

Potência: 11kW

Dimensões: 1410 x 730 x 820 mm

Peso: 285 kg

13. Dimensionamento de Água


Para o dimensionamento da linha de agua é necessário:

Determinar o consumo de agua em todos os pontos da indústria e todos os


acessórios a serem utilizados nas linhas. Além disso, alguns dados são
importantes para o cálculo de dimensionamento da linha de água, como:

H0= 23 m;

νágua = 1x10-6 m²/s;

Rugosidade: 0,5 mm;

Material: Ferro fundido;

Q = 150 m³/h = 0,042m³/s.

51
Os acessórios utilizados na sucção e no recalque estão listados no

quadro 2, abaixo:

Sucção Recalque

Hs= 3 m; Hr= 20 m;

Ls= 5 m; Lr= 25 m;

Acessórios: 1valvula de pé; Acessórios: 2 válvula de retenção;

1 crivo 5 válvulas gaveta aberta;

1 curva de 90° 1tê de saída bilateral;

1 válvula gaveta; 2 curva 90°.

1 válvula de retenção.

Quadro 2: Acessórios de sucção e recalque.

Diâmetro:

Para determinar o diâmetro da tubulação, considerando k=0,9, utilizou-


se a equação 10 abaixo:

𝐷 = 𝐾√𝑄 Equação (10)

𝐷 = 0,9 √0,042

𝐷 = 0,184 𝑚 𝑜𝑢 184𝑚𝑚 𝑜𝑢 7′′

Com o valor de 0,184 m (7”) encontrado, podemos estabelecer o diâmetro

comercial através da tabela no Anexo 5, sendo 0,15 m (6”) para o recalque e

0,187 m (8”) para a sucção.

𝐷 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 < 𝐷 < 𝐷 𝑠𝑢𝑐çã𝑜

52
150𝑚𝑚 < 184𝑚𝑚 < 187,6𝑚𝑚

Velocidade nas tubulações de sucção e recalque:

A velocidade nas tubulações de sucção e recalque, considerando como


velocidades econômicas aceitáveis até 1,5m/s para sucção e 2,5m/s para o
recalque, foi calculada utilizando a equação 11 abaixo:

4𝑄
𝑣 = 𝜋.ϕ2 Equação (11)

Sucção Recalque

4𝑄 4𝑄
𝑣= 𝑣=
𝜋. ϕ2 𝜋. ϕ2

4𝑥0,042 4𝑥0,042
𝑣= 𝑣=
𝜋. 0,1872 𝜋. 0,152

𝑣 = 1,53m/s 𝑣 = 2,38m/s

Os resultados obtidos pelo calculo das velocidades de sucção e recalque


encontram-se dentro dos limites estabelecidos, logo se mantém os diâmetros
comerciais adotados anteriormente.

Perda de carga para os acessórios:

A perda de carga devido aos acessórios é calculada pela equação 12:

𝑘 𝑣2
∆𝐻𝑎𝑐 = Equação (12)
2𝑔

53
Sucção Recalque

𝑘 𝑣2 𝑘 𝑣2
∆𝐻𝑎𝑐 = ∆𝐻𝑎𝑐 =
2𝑔 2𝑔

5,6 ∗ 1,532 8,6 ∗ 2,382


∆𝐻𝑎𝑐 = ∆𝐻𝑎𝑐 =
2 ∗ 9,81 2 ∗ 9,81

∆𝐻𝑎𝑐 = 0,67 𝑚 ∆𝐻𝑎𝑐 = 2,48 𝑚

Perda de carga para o trecho reto:

Para calcular a perda de carga no trecho reto é necessário o

conhecimento do numero de Reynolds, que pode ser calculado pela equação

abaixo e o fator de atrito é encontrado no Diagrama de Moody no Anexo 6,

onde relaciona-se esse valor com o obtido da rugosidade relativa pelo

diâmetro, conforme apresentado na equação 13 abaixo:

𝑣𝑥∅
𝑅𝑒 = Equação (13)
ν

Sucção Recalque

𝑣𝑥∅ 𝑣𝑥∅
𝑅𝑒 = 𝑅𝑒 =
ν ν

1,53 𝑥 0,187 2,38 𝑥 0,15


𝑅𝑒 = 𝑅𝑒 =
1x10 − 6 1x10 − 6

𝑅𝑒 = 286110 𝑅𝑒 = 357000

54
𝜀 0,5 𝜀 0,5
= = 0,0027 = = 0,0033
∅ 187 ∅ 150

𝑓 = 0,025 𝑓 = 0,025

Tendo conhecimento do coeficiente de atrito (𝑓) da tubulação (sucção ou


recalque), é possível calcular a perda de carga no trecho reto de acordo com a
equação 14 abaixo:

𝐿𝑇 𝑉2
∆𝐻 = 𝑓 . . 2𝑔 Equação (14)
𝐷

Sucção Recalque

𝐿𝑇 𝑉 2 𝐿𝑇 𝑉 2
∆𝐻 = 𝑓 . . ∆𝐻 = 𝑓 . .
𝐷 2𝑔 𝐷 2𝑔

5 1,53² 25 2,38²
∆𝐻𝑡𝑠 = 0,025 . . ∆𝐻𝑡𝑟 = 0,031 . .
0,187 2.9,81 0,15 2.9,81

∆𝐻𝑡𝑠 = 0,08 𝑚 ∆𝐻𝑡𝑟 = 1,49𝑚

Perda de carga total para cada trecho:

Assim substituindo os valores na equação 15 temos, as perdas de carga


em cada trecho:

∆𝐻𝑆 = ∆𝐻𝑡𝑠 + ∆𝐻𝑎𝑐𝑠 Equação (15)

Sucção Recalque

∆𝐻𝑆 = ∆𝐻𝑡𝑠 + ∆𝐻𝑎𝑐𝑠 ∆𝐻𝑟 = ∆𝐻𝑡𝑟 + ∆𝐻𝑎𝑐𝑟

∆𝐻𝑆 = 0,08 + 0,67 ∆𝐻𝑟 = 1,49 + 2,48

∆𝐻𝑆 = 0,75 𝑚 ∆𝐻𝑟 = 3,97

55
Perda de carga total:

A perda de carga total será o resultado da soma das perdas de carga


totais do trecho reto e dos acessórios para sucção e para o recalque, de acordo
com a equação 16 abaixo:

∆𝐻 = ∆𝐻𝑠 + ∆𝐻𝑟 Equação (16)

∆𝐻 = 4,72 𝑚

Margem de segurança da perda de carga:

Por se tratar de um projeto industrial é necessário considerar uma

margem de segurança de 10%, portanto a nova perda de carga será dada pela

equação 17:

∆𝐻𝑚𝑠 = ∆𝐻 𝑥 1,1 Equação (17)

∆𝐻𝑚𝑠 = 4,72 𝑥 1,1

∆𝐻𝑚𝑠 = 5,19 𝑚

Altura Manométrica:

A altura manométrica da bomba é calculada pela equação 18 abaixo:

𝐻𝑚𝑎𝑛 = 𝐻𝑜 + ∆𝐻𝑚𝑠 Equação (18)

𝐻𝑚𝑎𝑛 = 23 + 5,19

𝐻𝑚𝑎𝑛 = 28,19 𝑚

Escolha da bomba:

56
Obtido o valor referente à altura manométrica (28,19) e com o valor da

vazão (2500 L/min), verificamos no catálogo de bombas KSB no Anexo 7, e

obtemos a seguinte bomba:

- Bomba: KSB Meganorm

Série: 65-125

Frequência: 60 Hz

N = 3500 rpm

Potência do motor:

Uma vez escolhida a bomba, deve-se calcular a potência do motor de


acionamento, admitindo-se uma eficiência de 65%, pela equação 19:

ϒ∗𝐻𝑚𝑎𝑛 ∗𝑄
𝑁= Equação (19)
75∗ ղ

1000 ∗ 28,19 ∗ 0,042


𝑁=
75 ∗ 0,65

𝑁 = 24,29 𝑐𝑣

Margem de segurança da potência:

Devido a potência ser acima de 20 cv calcula-se uma segurança de 10%,

desse modo a nova potência da bomba é dada pela equação 20:

𝑁𝑚𝑠 = 𝑁 + 𝑁𝑥0,10 Equação (20)

𝑁𝑚𝑠 = 26,72 𝑐𝑣

57
Altura de colocação da bomba:

E necessário também a escolha da altura de colocação da bomba para

saber se irá cavitar ou não, assim é necessário o cálculo do NPSH disponível,

e este deve ser maior ou igual ao NPSH requerido. Ambos são calculados

pelas equações apresentadas abaixo com os dados necessários.

ρ = 1000kg/m³;

Pv = 320 kgf/m²;

P = 10000 kgf/m²;

Hs = 3 m.

O NPSH disponivel pode ser calculado pela equação 21:

P− Pv
NPSHD = Hs − ∆Hs + Equação (21)
𝑑

10000 − 320
NPSHD = 3 − 0,75 +
1000

NPSHD = 11,93

A velocidade especifica em rpm é dada pela equação 22:

𝑛∗√𝑄
𝑛𝑠 = 3
= Equação (22)
√𝐻𝑚𝑎𝑛 4

3500 ∗ √0,042
𝑛𝑠 = 3
√28,194

𝑛𝑠 = 8,36 𝑟𝑝𝑚

58
O coeficiente de atrito é dado pela equação 23:

3
σ = 1,2 ∗ 10−3 √𝑛𝑠 4 Equação (23)

3
σ = 1,2 ∗ 10−3 √8,364

σ = 0,020

O NPSH requerido, pode ser calculado pela equação 24:

NPSHr= σ * 𝐻𝑚𝑎𝑛 Equação (24)

NPSHr= 0,020 * 28,19

NPSHr= 0,56

Assim conclui-se que como o NPSHD > NPSHR , a bomba não irá cavitar,

portanto a sua altura está adequada.

14. Dimensionamento de Vapor

Para dimensionar a linha de vapor e retorno de condensado, é necessário

estabelecer alguns dados sobre o fluido, a polpa de maracujá, conforme

estabelecido abaixo.

Equipamento Produto Pressão Te Ts Cp Vazão Densidade


de vapor (°C) (°C) médio (m³/h) (kg/m³)
(kgf/cm²) (J/
kg°C)
Trocador de Polpa de 7 20 75 3,2.10³ 350 1,053.10-³
calor tubular maracujá

59
A linha de vapor está estabelecida no trocador de calor tubular, sendo de

aço inoxidável, a equação 24 abaixo determina a taxa de vapor necessária

para alimentar o equipamento, considerando o valor do título igual a 1, com

uma pressão absoluta de 9 kgf/cm² é possível obter pela Tabela 9.2 em Anexo

8 o calor latente de 485,6 kcal/kgf.

A taxa mássica do produto a ser aquecido pode ser calculada pela equação 25:

qmf = Q x d Equação (25)

qmf = 350 x 1,053 x 10−3

kg
qmf = 0,3685
h

A vazão de vapor pode ser calculada de acordo com a equação 26 abaixo:

qmf.Cpf .(Ts−Te)
𝑄 𝑚𝑣 = Equação (26)
ℎ𝑓𝑔.𝑋

0,3685 𝑥 3,2.10³𝑥 (75 − 20)


𝑄 𝑚𝑣 =
485,6 𝑥 1

𝑄 𝑚𝑣 = 133,56 𝐾𝑔/ℎ

Diâmetro da tubulação da linha principal:

Para calcular o diâmetro da linha principal utilizamos a equação 27

abaixo, o 𝑦 é o volume específico obtido na Tabela 9.2 em Anexo 8, com o

valor obtido admitimos o diâmetro comercial mais próximo e verificamos se a

velocidade está próxima à 25 m/s, caso esteja é esse o diâmetro escolhido

para a linha principal.

60
𝑦 .𝑄𝑚𝑣
𝐷 = √0,283 .𝑣 Equação (27)

0,1981 𝑥 133,56
𝐷= √
0,283 .25

𝐷 = 1,9338 𝑐𝑚 = 0,76"

Velocidade real da linha principal:

A área de secção e a velocidade real podem ser calculadas de acordo


com as equações 28 e 29 respectivamente:

(π.D2 )
𝑆= cm² (28)
4

𝑆 = 2,937 cm2

𝑄𝑚𝑣.Ƴ
𝑣 = 2,78 𝑥 (29)
𝑆

133,56 . 0,1981
𝑣 = 2,78 𝑥
2,937

𝑣 = 25,044 m/s

Perda de carga da linha principal de vapor:

Para calcular a perda de carga da linha principal é utilizada a equação

30:

𝑄 1,95 . 𝑦 . 0,95
𝐽 = 0,029 (30)
𝐷 5,1

61
133,561,95 . 0,1981 . 0,95
𝐽 = 0,029
1,93385,1

𝐽 = 2,6386𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²

Mas para estabelecer a perda de carga real da linha principal de vapor é

necessário adicionar o comprimento de cada acessório, uma vez que estes

também possuem uma perda de carga. Nas equações 31 e 32 abaixo obtemos

o comprimento total da linha, e a perda de carga real da linha de vapor.

Perda de carga real da linha principal de vapor:

A linha de vapor possui duas curvas 90° raio longo, duas válvulas

gaveta, uma estação redutora de pressão, como possuem 30 m de

comprimento, possui também uma retirada de condensado e purgador. Esses

comprimentos dos acessórios são visualizados na Tabela 9.3 em Anexo 9.

A perda de carga real da linha principal é calculada de acordo com a equação


32:

Acessórios: 2 válvulas gaveta aberta, 2curvas de 90°.

𝐿 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿 + 𝑙 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 Equação (31)

𝐿 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 30 + 2(0,18) + 2(0,33)

𝐿 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 31,02 𝑚

𝑙 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐽𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝐽𝑥 Equação (32)
100

62
31,02
𝐽𝑟𝑒𝑎𝑙 = 2,6386𝑥
100

𝐽𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,818𝑚

Linha de retorno de condensado

Acessórios: 1 curva de 90°, 2 válvulas de gaveta aberta, 1 tê de saída bilateral,


1 purgador.

Para os ramais que coletam condensado do trocador de calor, a

descarga peso de condensado será a mesma do vapor em kgf/h, para os

ramais dos pontos de drenagem também podemos admitir duas vezes a

descarga peso que passa pela tubulação em kgf/h conforme a equação 33. A

linha principal de condensado deve ter a capacidade de receber todo o

condensado, logo sua descarga peso será a mesma do vapor para linha

principal em kgf/h.

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑟1 = 2 𝑄𝑚𝑣 Equação (33)

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑟1 = 2 𝑥133,56

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑟1 = 267,12 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²

Assim observando a Tabela no Anexo 10 com uma declividade de 0,5

cm/m, obtêm-se um diâmetro de ¾”.

Para o dimensionamento da linha principal de condensado, soma-se a

descarga-peso (Q) com o 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑟1. O Q é obtido pela equação 34, por meio

dos dados abaixo.

63
Calor Peso da Ti (°F) Tf (°F) L (pés)
específico tubulação
(Btu/lb) (lb/ft)
0,114 1222,13 77 327,56 98,4

𝑃(𝑡𝑓 −𝑡𝑖 )
𝑄 = 𝐶𝑥 Equação (34)
𝐿

Q= 0,114 . 1222,13 . (327,56 - 77)/98,4

Q= 354,76lb

Considerando-se 5 minutos para o tempo de aquecimento da linha e

formação de condensado:

Q= 354,76lb / 5 min Equação (35)

Q= 1941 kgf/h

Conforme foi estabelecido, a quantidade de condensado da linha

principal é:

QLP =Q+ 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑑𝑟1 Equação (36)

QLP = 1941 + 267,12

QLP = 4867.81lb/h

Diâmetro da linha principal de condensado:

Pela equação 37 obtemos o valor do diâmetro da linha principal de

condensado, o valor de D é dado em polegadas e admitimos o diâmetro

64
comercial mais próximo, confirmando com o cálculo da velocidade da equação

38 que deve ficar próximo de 10 m/s.

3,06 𝑥 𝑄𝐿𝑃 𝑥 𝑉𝑒 𝑥 (ℎ𝑝−ℎ𝑟)


𝐷= √ Equação (37)
𝑉 𝑥 𝑐1

3, 06 𝑥 4867.81 𝑥 3,5 𝑥 (1191,6 − 1186,9)


𝐷= √
2000 𝑥 888,13

𝐷 = 0,37"=1/2”

𝑄𝐿𝑃 𝑥 𝑉𝑒 𝑥 (ℎ𝑝−ℎ𝑟)
𝑣 = 3,06 𝑥 Equação (38)
𝐷² 𝑥 𝑐1

4867,81 𝑥 3,5 𝑥 (1191,6 − 1186,9)


𝑣 = 3,06 𝑥
0,37² 𝑥 888,13

v = 10,24m/s

Escolha da caldeira:

Especificações da caldeira escolhida de acordo com o Anexo 11.

Modelo: M3P-2.0 (Anexo)

Fabricante: AALBORG Industries

Produção de vapor: 2000 Kg/h

Combustível: diesel

Consumo de combustível: 144 Kg/h

Poder calorífico do combustível: 10178,42 Kcal/Kg

Eficiência:

65
A eficiência é calculada pela equação 38, com dado como a eficiência

térmica do gerador de vapor, mv é a produção média de vapor (kg/s), hg é a

entalpia do vapor produzido (kJ/Kg) e hf é a entalpia da água de alimentação

da caldeira, ambos obtidos na tabela em Anexo 12.

𝑚𝑣 (ℎ𝑔 −ℎ𝑓 )
= Equação (39)
𝑚𝑐 x 𝑃𝐶𝐼

2000(619−49,95)
= 144 x 10178,42

= 0,776 = 77,6%

Consumo de combustível:

Na equação 40 calcula-se o consumo de combustível da caldeira, os

valores abaixo são relevantes para o cálculo.

Mágua = 2000 Kg/h

hs = 660,8 Kcal/Kg

he = 333,7 Kcal/Kg

PCI = 42615 KJ/Kg= 10178,42 Kcal/Kg

mágua x (hs−he)
Mcomb = Equação (40)
PCIx η

2000𝑥 (660,8 − 333,7)


𝑀 𝑐𝑜𝑚𝑏 =
10178,42 𝑥 0,776

𝑀 𝑐𝑜𝑚𝑏 = 82,83 𝑘𝑔/ℎ

66
15. Quadro de tubulações
Fluído Diâmetro Material do tubo Trecho Identificação
(pol) no desenho
Ar comprimido 2 Ferro Linha AC LP-2"-FG
Galvanizado principal
Ar comprimido 0,5 Ferro Ramal 1 AC R1-0,5"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 0,5 Ferro Ramal 2 AC R2-0,5"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 1 Ferro Ramal 3 AC R3-1"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 1 Ferro Ramal 4 AC R4-1"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 1 Ferro Ramal 5 AC R5-1"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 1 Ferro Ramal 6 AC R6-1"-FG
Galvanizado
Ar comprimido 0,75 Ferro Ramal 7 AC R7-0,75"-
Galvanizado FG
Ar comprimido 0,5 Ferro Ramal 8 AC R8-0,5"-FG
Galvanizado
8 Ferro Fundido Linha de Água S-8”-FF
Água sucção
6 Ferro Fundido Linha de Água R-6”-FF
Água recalque
Vapor 0,75 Aço Inoxidável Linha Vapor-0,75”-AI
principal
Condensado ½ Aço Inoxidável Linha CO LP- 0,5”-AI
principal
Condensado ¾ Aço Inoxidável Linha de CO LR-0,5”-AI
retorno de
condensado

67
16. Quadro de equipamentos
Equipamentos Área localizado Identificação no desenho

Tanque de recepção Area 1 (interna suja) TR101


Elevador Area 1 EL102
Mesa de pré-seleção e Area1 PL103
lavagem
Esteira 1 Área 2 (interna limpa) EA204
Máquina de corte Area2 MC205
Esteira 2 Área 2 EA206
Despolpadeira Área 2 DE207
Esteira 3 Área 2 EA208
Tanque pulmão Área 2 TP209
Trocador de calor Área 2 TC210
Envasadeira Área 2 EV211
Esteira 4 Área 2 EA212
Túnel de Congelamento Área 2 TCR213
Rápido
Caldeira Area3 (casa de CA301
máquinas)
Bomba centrífuga 1 Area3 BC302
Reservatório 1 Area3 RO303
Compressor Area4 CR401
Reservatório 2 Area4 RO402
Bomba centrífuga 2 Area4 BC403
Filtro Area4 FO404

68
17. Quadro de acessórios
Acessórios Número de acessórios Identificação no desenho
no desenho
Válvula gaveta 21 VG(área localizada)(número
da válvula)
Válvula redutora de 8 VRP(área
Pressão localizada)(número da
válvula)
Válvula de retenção 4 VR(área localizada)(número
da válvula)
Tê 9 Tê(área localizada)(número
da válvula)
Curva de 90º raio longo 7 CRL(área
localizada)(número da
válvula)
Purgador 2 P(área localizada)(número
da válvula)
Separador de 1 SC(área localizada)(número
condensado da válvula)
Válvula de pé e crivo 2 PC(área localizada)(número
da válvula)

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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73
19. ANEXOS
Anexo 1

Anexo 2

74
Anexo 3

Anexo 4 - Compressor

75
Anexo 5

Diagrama de Moody – Anexo 6

76
Anexo 7

77
Tabela 9.2 – Anexo 8

Tabela 9.3 – Anexo 9

78
Anexo 10

Anexo 11 – Caldeira

79
Anexo 12

80

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