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E
stamos celebrando o Ano concebida por Alexandre Medeiros a importância da aquisição automá-
Mundial da Física (AMF) cujo dando seqüência à série de entrevistas tica de dados em um laboratório bá-
objetivo principal é a divulga- com grandes cientistas. O movimento sico de ensino e sugerem formas de
ção da Física em todos os setores da político em favor da paz proposto pelo introduzi-la. Simples e eficazes expe-
sociedade exaltando sua relevância filósofo Bertrand Russel e por Einstein rimentos e demonstrações de física
como a ciência mais fundamental (não é discutido por Fernando de Sousa moderna para o Ensino Médio são
quer dizer que seja a mais importante!), Barros que realça o caráter pacifista apresentados em artigo de Marisa
suas contribuições para melhor com- do grande cientista. A contribuição do Cavalcante, Cristiane Tavolaro e Rafael
preensão do Universo em que vivemos “radiante céu do Brasil” à compro- Haag.
e para o desenvolvimento tecnológico. vação da teoria da relatividade geral Sugerimos ainda a leitura do livro
Na educação, buscamos alertar o pú- durante o eclipse de 1919 em Sobral é Física Para o Brasil: Pensando Para o
blico e as autoridades para a necessidade descrita pelo historiador Antonio Au- Futuro, elaborado pela SBF, para uma
imperiosa da melhoria do ensino desta gusto Passos Videira. Um cânone da visão geral sobre a Física desenvolvida
disciplina em todos os níveis e, em par- literatura sobre Einstein publicada no atualmente no Brasil e como deve es-
ticular, estabelecer estratégias para Brasil foi estabelecido pelo físico e tar inserida na vida social e econô-
motivar os jovens para o estudo da Fí- divulgador da Ciência Carlos Alberto mica.
sica. Santos. Ao final apresentamos uma A FnE continua com sua campa-
A escolha do ano de 2005 deve-se cronologia da vida de Einstein. nha para inserir a Física Moderna e
à comemoração do centenário dos tra- A FnE traz uma série de artigos Contemporânea em todos os níveis de
balhos produzidos por Albert Einstein de divulgação com o intuito de atua- ensino. Esperamos que esta edição es-
que tiveram um impacto extraordi- lizar e motivar os leitores para temas pecial, além de reverenciar a figura de
nário na Física do século XX: a teoria atuais da Física Contemporânea. Luis Albert Einstein, contribua para este
da relatividade restrita, a hipótese do Carlos de Meneses mostra como a Fí- fim.
fóton, a equivalência da massa- sica permeia todo o nosso cotidiano a
energia e a teoria do movimento partir de observações em sua própria
browniano e suas implicações para a sala de trabalho. Áreas da Física mais
confirmação da existência de átomos. fundamentais como a cosmologia, as
No Brasil, a Sociedade Brasileira partículas elementares e as interações
de Física escolheu o XVI Simpósio Na- fundamentais da natureza são descri-
cional do Ensino de Física realizado no tas por Rogério Rosenfeld, José
início do ano no Rio de Janeiro para Helayël-Neto e Maria Cristina
abrir as atividades do AMF-2005 de Abdalla. A matéria em sua for-
modo a registrar categoricamente sua ma mais bem estruturada
preocupação com a qualidade atual do com sua rica arquitetura e a
ensino de Física. nanotecnologia (o que é e para
Nesta edição, dedicada ao AMF, que serve?) são discutidas por
prestamos um tributo a Einstein que Belita Koiller e Peter Schulz,
se inicia com um ensaio sobre seus respectivamente. Rita de Oli-
trabalhos de 1905 por Ildeu C. Morei- veira introduz o leitor no
ra. Carlos Fiolhais, físico português e mundo da complexidade, dos
autor de Física Divertida, nos convence sistemas caóticos e dos frac-
de que a Física, decorridos 100 anos tais. São temas bastante atuais
dos trabalhos de Einstein, continua a e de muito interesse para nos-
nos dar prazer e divertir. O menos ba- sos alunos.
dalado artigo de Einstein sobre o Visando ao uso de novas
movimento browniano, mas de fun- tecnologias da informação e
damental importância para a aceita- comunicação no ensino de Fí-
ção da hipótese atomística da matéria, sica, Flávia Rezende e Susana
é abordado em nível acessível ao En- de Sousa Barros exploram os
sino Médio (assim esperamos!), por sistemas hipermídia de apren-
Silvio Salinas. Os primeiros anos de dizagem de Ciências com
Einstein são percorridos numa con- exemplos concretos. Eliane
versa imaginária com ele mesmo Veit e colaboradores mostram
B
Universidade Federal do Rio de Janeiro erna (Suíça), meados de maio moleculares e, em maio, com sua
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ de 1905. Após uma noite de análise do movimento browniano, ele
reflexões intensas, um empre- possibilitou a confirmação experi-
gado de 3a classe do escritório de pa- mental definitiva da existência de
tentes, que mal completara 26 anos, átomos e moléculas. Não é à toa que
agradece a seu amigo Michele Besso 1905 foi designado o annus mirabilis
(1873-1955): “Obrigado! Resolvi – em latim, ano miraculoso, admirá-
completamente o problema. Uma vel – de Einstein. Entre março e setem-
análise do conceito bro, produziu cinco
de tempo é a solu- E = mc2. trabalhos extraor-
ção.” No dia ante- Com essa fórmula – talvez, a dinários que muda-
rior, Albert Einstein mais famosa da Ciência – riam a face da Ciên-
(1879-1955) tinha Einstein fundiu as leis da cia moderna e que
discutido com Bes- conservação da massa o tornariam o cien-
so cada detalhe de e da energia tista mais famoso
uma questão que o do século passado.
perseguia há tempos. Seis semanas Uma das mais importantes e in-
depois, enviaria um manuscrito para trigantes cartas da história da Ciência,
a prestigiosa revista Annalen der de Einstein para seu amigo Conrad
Physik, estabelecendo a relatividade Habicht (1876-1958), em maio de
especial e unificando duas áreas da 1905, registrou esse momento:
Física: a mecânica e a eletrodinâmica.
Eu lhe prometi quatro trabalhos. O
Em setembro, como conseqüência da
primeiro trata da radiação e das pro-
nova teoria, deduziu a expressão
2 priedades energéticas da luz e é muito
E = mc . Com essa fórmula – talvez,
revolucionário como você verá. O se-
Há 100 anos, um jovem físico, trabalhando a mais famosa da Ciência –, fundiu
gundo é uma determinação dos tama-
como técnico de 3a classe em um escritório de as leis da conservação da massa e da
nhos reais dos átomos a partir da
patentes em Berna (Suíça), publicou cinco energia. Meses antes, em março, havia
trabalhos. Todos de excelente qualidade. Dois difusão e da viscosidade de soluções
proposto uma hipótese radical, que
deles mostrariam, com base em teorias simples diluídas de substâncias neutras. O
e elegantes, como poderia ser demonstrada levaria quase duas décadas para ser
terceiro prova que, baseado na hipó-
experimentalmente a realidade física de átomos aceita: a luz exibe um comportamento
tese da teoria molecular do calor, cor-
e moléculas, assunto ainda controverso no início corpuscular, ou seja, granular.
do século passado. pos da ordem de 1/1000 mm, suspen-
É impressionante que um único
Os três artigos restantes alteraram profunda- sos em líquidos, devem executar um
mente a face da física moderna. No primeiro a cientista, em poucos meses, tenha
movimento aleatório observável, que
ser concluído naquele ano, o jovem rebelde e dado contribuições tão importantes
é produzido pelo movimento térmico;
contestador propôs o que mais tarde ele classi- para a Ciência e que alteraram
ficaria como a idéia mais revolucionária de sua de fato, os fisiologistas observaram
profundamente nossas concepções
vida: a luz, sob certos aspectos, apresenta uma movimentos de pequenos corpos em
natureza granular. Em julho e setembro, con- sobre o espaço e o tempo, bem como
suspensão, inanimados, os quais cha-
cluiu os dois últimos artigos de 1905 e aos quais sobre a estrutura da radiação. Outra
mam de ‘movimento browniano’. O
seu nome estaria associado para sempre. Eles, revolução, mais silenciosa e que se
em conjunto, dariam origem à teoria da rela- quarto artigo, neste momento apenas
estendeu por séculos, receberia um
tividade, que destruiria o caráter absoluto atri- um rascunho grosseiro, é uma eletro-
buído, durante séculos, ao tempo e ao espaço. impulso essencial de Einstein no
dinâmica de corpos em movimento,
Seu nome: Albert Einstein. mesmo ano: a teoria atômica da
A
lbert Einstein, que evocamos inibir os professores do Ensino Médio Carlos Fiolhais
neste Ano Mundial da Física, de apresentarem-no aos seus alunos Centro de Física Computacional da
era um físico divertido. Para o e de darem uma idéia, ainda que su- Universidade de Coimbra
saber basta ler o seu melhor biógra- mária, do seu trabalho e da sua obra. e-mail: tcarlos@teor.fis.uc.pt
fo, Abraham Pais: além da monumen- O Ano Mundial da Física tem sido http://nautilus.fis.uc.pt/~cfiolhais
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
tal obra Sutil é o Senhor [1], que foca a uma excelente oportunidade para exi-
atividade científica, publicou Einstein bir uma variada iconografia einstei-
Viveu Aqui [2], mais centrado nos niana. Entre essas imagens incluem-
aspectos humanos. A sua pose nun- se Einstein, com um sorriso, a passear
ca foi de um professor sério e solene, de bicicleta, ou com um blusão des-
como era costume nos inícios do sé- portivo, ao leme do seu barco. Uma
culo XX. Sempre foi uma pessoa das imagens mais correntes de Eins-
acessível, mesmo quando os jornais, tein mostra o sábio com a língua
depois do eclipse solar de 1919, o colo- provocatoriamente de fora. Com base
caram nos píncaros da fama. O seu nessa imagem fizeram-se posters e
lado informal, de uma informalidade “T-shirts”. Há quem pense que a
por vezes surpreendente, foi até ga- imagem da língua de fora é um
nhando espaço com o decorrer dos engraçado truque fotográfico, uma
anos, à medida que a sua aura lhe divertida fotomontagem. Quando há
permitia libertar-se de algumas con- alguns anos publiquei essa imagem
venções sociais. A imagem que nos na capa da revista Gazeta de Física,
ficou dele não foi tanto a do jovem
bem composto, de pequeno bigode e
casaco xadrez, funcionário da repar-
tição de patentes de Berna, na Suíça,
mas mais a do sábio bonachão, cabe-
los desgrenhados, de camisola larga e
sandálias nos pés, que, já aposenta-
do, habitava uma vivenda em Prince-
ton, nos Estados Unidos.
O lado “leve” de Einstein reflete-
se também em muitas das suas afir-
mações, orais ou escritas, que não ra-
ro surpreendiam pela sua forte carga
de humor e que em alguns casos fica-
ram mesmo proverbiais. Julgo, por
isso, que a figura de Einstein devia ser
mais usada no Ensino Médio para
atrair os alunos para o estudo da Fí-
sica e para ajudar a afastar a noção, Einstein de bicicleta em Santa Barbara, Ca-
Apresenta-se o lado informal e divertido de
infelizmente bastante difundida, de Einstein, que é revelado tanto pelas suas fa-
lifornia, EUA, em 1933. O sábio declarou mosas imagens como pelas suas notáveis
que a Física é uma disciplina aborre- um dia: A vida é como uma bicileta: para frases. E descreve-se sumariamente o método
cida. Einstein foi um gênio dificilmen- manter o equilíbrio tem de se andar para a que ele usou para atingir um melhor conheci-
te igualável, mas esse fato não deve frente. mento do mundo.
última assinatura em um documento Por que Russell teve que apelar para
público. Sua morte em 18 de abril, Joseph Rotblat, na época um jovem
sete dias após, de certa maneira preci- cientista excluído da ciência “oficial”
pitou a divulgação do Manifesto e inglesa, para presidir a divulgação do
contribuiu para seu impacto imediato. Manifesto? (2) Quais os atores origi-
A divulgação do Manifesto por Ber- nais da proposta da conferência inter-
trand Russell para a imprensa interna- nacional que aparece no primeiro
cional foi presidida por Joseph parágrafo do Manifesto? (3) Por que
Rotblat, o mais jovem cientista entre Niels Bohr não assinou o Manifesto?
os onze assinantes. A época do Mani- (4) Por que Otto Hahn, que há muito
festo foi caracterizada pela perspectiva tempo vinha se opondo ao uso militar
do desenvolvimento de arsenais das da energia nuclear, além de não assi-
bombas de hidrogênio, bem mais po- nar o Manifesto liderou a preparação
derosas do que as bombas atômicas de outra declaração, a Declaração de
que destruíram Hiroshima e Nagasa- Mainau?
ki. Foi a era da Guerra Fria, que dividia
o mundo em duas partes. Esses fatores O momento do Manifesto
dificultaram a preparação de um en- Embora o Manifesto Russell-
contro como proposto no Manifesto, Einstein tenha sido um documento
e uma reunião entre cientistas dos que marcou o movimento contra ar-
“dois lados” foi realizado somente dois mas atômicas na década de 1950, vá-
anos após, em um remoto vilarejo rias iniciativas ocorreram após a 2a O manifesto Russell-Einstein foi lançado em
canadense denomi- Guerra Mundial pa- 1955, em plena Guerra Fria. Na época, as duas
nado Pugwash. A última assinatura de ra despertar a opi- superpotências, os Estados Unidos e a União
Posteriormente, a Einstein em um documento nião pública inter- Soviética, acumulavam e testavam seus arsenais
público está na carta de bombas atômicas para uma eventual guerra
atuação de Joseph nacional sobre a nuclear. Os cientistas já previam o enorme poder
Rotblat foi funda- enviada a Bertrand Russell, necessidade de um de destruição dos arsenais nucleares, principal-
mental para a con- em 11 de abril de 1995. Seu sistema internacio- mente das bombas de Hidrogênio, algo desco-
tinuidade dessas apoio tornou o Manifesto nal de controle das nhecido para as populações e seus dirigentes.
Russell-Einstein um marco Era previsível também a possibilidade de lança-
conferências, cujo armas nucleares. mento acidental de mísseis com ogivas nucleares.
propósitos são: (1) na luta pela paz mundial Era evidente, para O manifesto Pugwash contribuiu para alertar
alertar sobre o peri- os cientistas que a opinião pública sobre a grande ameaça que
go dos arsenais nucleares e (2) propor assumiam essas iniciativas, a inca- pairava sobre o mundo civilizado. Seu efeito foi
certamente construtivo, como evidenciado mais
caminhos alternativos para conflitos pacidade das lideranças políticas da tarde, durante a confrontação de 1962, iniciada
entre nações que levem ao desarma- época de compreenderem a magnitude com a tentativa de instalação de mísseis sovié-
mento universal. A série iniciada em devastadora de um conflito nuclear ticos em Cuba. O autor agradece as informações
1957 é reconhecida atualmente como com bombas de hidrogênio2. detalhadas fornecidas graciosamente por
Sandra Ionno Butcher, responsável pelo projeto
as “Conferências Pugwash”. Rotblat A significativa participação de “História do Movimento Pugwash” da organi-
e a organização Pugwash Conferences cientistas dos dois lados do Atlântico zação Pugwash Conferences on Science and World
on Science and World Affairs receberam no projeto original de produção da Affairs”.
Notas The Born-Einstein Letters: Correspondence in Otto Nathan and Heinz Norden, eds.,
between Albert Einstein and Max and Hedwig Einstein on Peace (Avenel Books, New
1
O autor agradece as informações detalhadas Born from 1916 to 1955 with commentaries York, 1981), p. 631.
fornecidas graciosamente por Sandra by Max Born, traduzido para o inglês por 24
Bertrand Russell, The Autobiography of
Ionno Butcher, responsável pelo projeto Irene Born (Walker and Company, New Bertrand Russell, 1944-1969, (Simon &
“História do Movimento Pugwash” da York, 1971), p. 229-230. Born não sabia Shuster, New York, 1969), p. 94.
organização Pugwash Conferences on Sci- que o comentário de Einstein não se referia 25
Albert Einstein para Niels Bohr, March 2,
ence and World Affairs. ao uso indevido da Ciência. Em carta de 1955. Referido em Nathan and Norton,
2
A bomba de hidrogênio, bomba H, difere fun- 17 de janeiro de 1955, Einstein informou p. 629-630.
damentalmente das duas bombas atô- a Born que aquele comentário se referia 26
Bertrand Russell, The Autobiography of
micas jogadas no Japão. Nessas últimas, às contingências do trabalho científico. Bertrand Russell: 1944-1969 (Simon and
a energia liberada é conseqüência da que- 10
Max Born para Albert Einstein, 28 de novem- Schuster, New York, 1969), p. 94.
bra (fissão) de núcleos atômicos pesados, bro de 1954. Mencionado em Max Born, 27
Nathan & Norton, roda-pé 8, p. 680.
enquanto que a liberação da energia de The Born-Einstein Letters: Correspondence 28
Otto Hahn, recebeu o Prêmio Nobel de Quí-
uma bomba de hidrogênio decorre da between Albert Einstein and Max and Hedwig mica, em 1944. Sua contribuição im-
fusão de núcleos atômicos leves. O poder Born from 1916 to 1955 with commentaries portante foi a descoberta da fissão dos
explosivo das bombas lançadas no Japão by Max Born, traduzido para o inglês por núcleos dos elementos Urânio e Tório,
é expresso em kilotons (equivalente a Irene Born (Walker and Company, New em 1939.
1000 toneladas do explosivo químico York, 1971), p. 234. 29
A Declaração de Mainau é referida no texto
TNT), enquanto que aquele das bombas 11
Maurice Goldsmith, Frédéric Joliot-Curie: A Bi- editado por Otto Nathan e Heinz Nor-
de hidrogênio é dado em megatons ography (Lawrence and Wishart, London, den, Einstein on Peace, (Avenel Books,
(1.000.000 toneladas de TNT). 1976), p. 189-190. New York, 1981) p. 681.
3
A carta de 15 de agosto de 1939 para o Presi- 12
Maurice Goldsmith, Frédéric Joliot-Curie: A Bi- 30
Num depoimento durante a conferência
dente Roosevelt dos Estados Unidos con- ography (Lawrence and Wishart, London, Pugwash de 2003, da qual participou o
tinha um memorandum do cientista Leo 1976), p. 193. autor desta contribuição, Joseph Rotblat
Szilard, onde pode ser lido o seguinte co- 13
Carta de Bertrand Russell para Max Born de observou que conheceu Kenneth Harris,
mentário: “... O poder de destruição dessas 25 de janeiro de 1955. Referida por Nicho- o editor do Observer que tanto ajudou a
bombas é apenas estimado grosseiramente, las Griffin, ed. The Selected Letters of Ber- Russell e que Harris escreveu uma pagina
mas não existe qualquer dúvida de que será trand Russell: The Public Years, 1914-1970 sobre sua atuação junto ao Projeto Man-
bem acima de qualquer projeção militar (Routledge, New York, 2001), p. 489. hattan, após o programa BBC Panorama
convencional”. Ver: Heisenberg and the Nazi 14
Bertrand Russell, mencionado por Maurice de abril de 1954. Esta matéria de Harris
Atomic Bomb Project, editado por Paul Goldsmith, Frédéric Joliot-Curie: A Biogra- foi uma contribuição importante para o
Lawrence Rose (University of California phy (Lawrence and Wishart, London, sucesso de Rotblat na sua iniciativa pos-
Press, Los Angeles, 1996), p. 81-105. 1976), p. 193-194. terior de dar continuidade à conferência
4
Bertrand Russell, The Bomb and Civilization. 15
John Cornwell, Hitler’s Scientists: Science, War proposta no Manifesto.
The Glasgow Forward 39 39:33 (1945). In: and the Devil’s Pact (Viking, New York, 31
Bertrand Russell, The Autobiography of
Bertrand Russell: His Works. Volume 22: 2003), p. 32-33, 57-58, 69. Bertrand Russell, 1944-1969 (Simon &
Civilization and the Bomb, 1944-47 (Ken- 16
Na sua fase inicial, o influente periódico Bulle- Schuster, New York, 1969), p. 96-97.
neth Blackwell, in progress). tin of the Atomic Scientists recebeu apoio 32
Joseph Rotblat, Science and World Affairs: His-
5
J. Rotblat, Science and World Affairs: Hystory financeiro deste comitê. tory of the Pugwash Conferences (Dawsons
of the Pugwash Conferences (Dawsons of 17
Otto Nathan and Heinz Norton, eds., Einstein of Pall Mall, London, 1962), p. 7.
Pall Mall, London, 1962), p. 72. on Peace (New York: Avenel Books, 1981), 33
Entre as principais propostas, são reconhe-
6
Joseph Rotblat conhecia o projeto da bomba p. 303. cidas as de Frédéric Joliot-Curie e Leo-
de hidrogênio, tendo participado de dis- 18
Otto Nathan e Heinz Norton, eds., Einstein on pold Infeld (em reunião da World
cussões, durante sua participação do Pro- Peace (Avenel Books, New York, 1981), p. Fedderation of Scientific Workers, (WFSW),
jeto Manhattan, em Los Alamos, com 376. de 1951, da Federation of American Scien-
membros da equipe de Edward Teller, 19
Bertrand Russell para Albert Einstein, Febru- tists (FAS) e da British Atomic Scientists
cientista que atuou decididamente para a ary 11, 1955. Mencionada in Otto Na- Association (ASA).
produção dessas bombas. Rotblat publi- than and Heinz Norden, eds., Einstein on 34
Eugene Rabinowitch, cientísta norte-ameri-
cou um artigo sobre sua hipótese de que Peace (Avenel Books, New York, 1981) cano pioneiro aas aplicações dos princí-
a bomba de hidrogênio tinha um estágio p. 623-625. pios da física em processos biológicos,
final do tipo “fissão” em 1955: The Hy- 20
Ronald W. Clark, Einstein: The Life and Times foi fundador e editor do Bulletin of the
drogen-Uranium Bomb, Bulletin of the (Avon Books, New York, 1984), p. 759. Atomic Scientists.
Atomic Scientists 11
11, 171-2, 177 (1955). 21
Albert Einstein para Bertrand Russell, Febru- 35
Professor Alexander Topchiev, foi presidente
7
Nicholas Griffin, ed., The Selected Letters of ary 16, 1955. Mencionada in Otto Na- da Academia de Ciências Soviética.
Bertrand Russell: The Public Years, 1914- than and Heinz Norden, eds., Einstein on 36
Cyrus Eaton, empresário bem sucedido nos
1970 (Routledge, New York, 2001), Peace (Avenel Books, New York, 1981), p. Estados Unidos, defendia o diálogo com
p. 489. 625-626. a União Soviética. No mesmo ano, Eaton
8
Carta de Bertrand Russell para Max Born de 22
Leopold Infeld, físico, escreveu textos sobre a foi reconhecido como Empresário do Ano
25 de janeiro de 1955. Referida por relatividade e de divulgação da ciência com nos Estados Unidos e agraciado com o
Nicholas Griffin, ed., The Selected Letters Einstein. Prêmio Lenin da Paz da União Soviética.
of Bertrand Russell: The Public Years, 1914- 23
“Thank you for your letter of April 5. I am gladly 37
Joseph Rotblat, Reunion in Pugwash.
1970 (Routledge, New York, 2001), p. willing to sign your excellent statement. I also Pugwash News Letter, 40 40:2 (2003).
489. agree with your choice of the prospective sig- 38
Antoine Dauchin, Infection of Society. Eu-
9
Max Born para Albert Einstein, 28 de novem- natories.” Albert Einstein para Bertrand ropean Molecular Biology Organization
bro de 1954. Mencionado em Max Born, Russell, February 16, 1955. Mencionada Reports 4: 333 (2003).
então desconhecido físico de apenas a Via Láctea. Ela tem uma forma
26 anos chamado Albert Einstein pu- achatada como uma “panqueca”, com
blicou seus trabalhos que tiveram um as estrelas distribuídas em braços es-
profundo impacto no futuro desen- pirais (ver Box 1). Ela contém dezenas
volvimento da Física. Em seu annus de bilhões de estrelas, nosso Sol sendo
mirabilis, Einstein mostrou que mas- apenas uma delas, localizado em um
sa é equivalente a energia, luz é feita dos braços a uma distância do centro
de partículas e mo- da galáxia corres-
Cosmologia é a Ciência que
léculas são uma pondente a aproxi-
estuda a estrutura, evolução e
realidade. Sua car- madamente 2/3 do
composição do universo.
reira decolou a par- seu raio. Quando
Ciência é o método científico
tir daí, culminando olhamos perpendi-
para criar e testar modelos;
com o desenvolvi- cularmente ao plano
estrutura é o problema da
mento de sua teoria de nossa galáxia,
forma e da organização da
da gravitação, de- para cima ou para
matéria no universo;
nominada relativi- baixo da panqueca,
evolução são as diferentes
dade geral, onde o não vemos tantas
fases pelas quais o universo
espaço é encurvado estrelas. A faixa lei-
passou; composição é
pela presença de tosa no nosso céu
daquilo que é feito o universo
matéria e as partí- nada mais é que a
culas seguem trajetórias nesse espaço projeção de um grande número de
curvo. Essa teoria foi confirmada no estrelas na direção do plano galático.
eclipse solar de 1919, com a análise Tal concentração de estrelas não per-
de fotografias tomadas por 2 expedi- mite a identificação individual delas,
ções britânicas, uma delas a Sobral, resultando na aparência leitosa que dá
no Ceará. Tornou-se uma figura tão origem ao nome de nossa galáxia, que
influente que foi eleito a personalidade é apenas uma entre as bilhões de
do século XX pela revista Time. A galáxias que existem no nosso uni-
teoria da relatividade geral é a base de verso. Mas, afinal, o que vem a ser
Várias questões sobre nosso Universo têm ins-
um modelo para descrever o universo cosmologia? tigado a mente de muitas pessoas por muito
como um todo, denominado Modelo Cosmologia é a Ciência que estuda tempo. Do que é feito o Universo? Ele é finito
Cosmológico Padrão, que será o tema a estrutura, evolução e composição do ou infinito? Ele terá um fim? Ele teve um início?
central desse artigo. universo. Por Ciência, nos referimos ao Estamos vivendo uma época excitante com
novos dados observacionais revelando surpre-
uso do método científico para criar e
O que é cosmologia? testar modelos; por estrutura, entenda-
sas sobre o nosso Universo, onde essas questões
estão começando a ser respondidas. Apesar dos
Ao olhar o céu em uma noite sem se o problema da forma e da organiza- grande avanços recentes, não sabemos do que
nuvens e longe das luzes da cidade, é ção da matéria no universo; por evolu- é feito 95% do Universo. Novos instrumentos
no céu e na Terra devem ajudar os cientistas a
inevitável a sensação de vastidão do ção, as diferentes fases pelas quais o responder essas questões fundamentais. Nesse
cosmos. Inúmeras luzinhas, que hoje universo passou; por composição, que- artigo faremos uma breve introdução à Cos-
sabemos ser estrelas distantes, pon- remos saber do que é feito o universo. mologia, a Ciência que estuda o Universo.
Rita M.C. de Almeida Ciência, bem antes da nos avanços da Ciência como um to-
Instituto de Física, Universidade Complexidade, representou do. Quais as condições sociais e mate-
Federal do Rio Grande do Sul, um avanço significativo para riais que possibilitaram a vitória do
Porto Alegre, RS a humanidade. Isto porque podemos Iluminismo é uma questão longe de
e-mail: rita@if.ufrgs.br pensar a Ciência como o mais eficiente estar fechada, mas que um mínimo
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
método de se obter conhecimento. de liberdade de pensamento e expres-
Antes do método científico, intro- são foram necessárias, está fora de
duzido por Galileu (1564-1642), en- cogitação [1].
tre os critérios para aceitação da vali- Como oposto ao método científico
dade de uma teoria, hipótese ou supo- de obtenção de conhecimento, pode-
sição, estava o critério da Autoridade, mos encontrar formas diversas em
segundo o qual a teoria deveria ou não que metáforas não justificadas pro-
ser aceita dependendo de quem a pro- põem algumas maneiras de como sis-
punha ou defendia. Resumidamente, temas naturais ou todo o Universo
Galileu propôs que, deixando de lado funcionam. Algumas destas explica-
o critério da Autoridade, se fosse ções não são mais aceitas hoje em dia
indagar diretamente à Natureza se a devido à divulgação de resultados de
teoria era correta ou não. Em outras investigações científicas e tecnológi-
palavras, que se fizessem experimen- cas. Por exemplo, após as fotografias
tos para verificar a veracidade das tiradas via satélite, poucas pessoas po-
previsões da teoria. E propôs um deriam aceitar um modelo da Terra
método pelo qual estes experimentos plana. Após a descoberta dos fósseis
fossem conclusivos e repetíveis por de dinossauros e da datação destes
outros investigadores. Isso soa mais como tendo vivido há várias dezenas
como uma questão de milhões anos
de bom senso do Galileu propôs que, atrás, fica mais difí-
que como uma re- deixando de lado o critério cil acreditar que lite-
volução no pensa- da Autoridade, se fosse ralmente a Terra e o
mento científico. indagar diretamente à Universo tenham
No entanto, esse Natureza se a teoria era sido criados há ape-
bom senso punha correta ou não. Em outras nas pouco mais que
em cheque autori- palavras, que se fizessem 6 mil anos.
dades da época, experimentos para verificar A Ciência, como
Durante um longo período, a Ciência avançou
como a Igreja Cató- a veracidade das previsões se desenvolveu até
modelando sistemas naturais que podem ser da teoria
descritos com poucas variáveis ou propondo lica. E incitava pen- meados do século
descrições - mas não explicações - para fenô- samento indepen- XX, conseguiu ex-
menos mais complexos. Neste artigo discuti- dente, criatividade, críticas, tudo plicar muitos fenômenos que hoje
mos como a ampla disseminação de recursos
numéricos poderosos através de computadores
aquilo que leva à rebeldia. poderiam ser descritos como não
pessoais possibilitou o desenvolvimento e in- No final da estória, o método complexos, propondo modelos mate-
vestigação de modelos matemáticos através dos científico prevaleceu no ocidente máticos analiticamente tratáveis.
quais é possível modelar fenômenos naturais apesar dos contras e vimos o Ilumi- Fenômenos como organismos vivos,
onde i) o detalhe determina a evolução do sis-
tema, tornando imprescindível a descrição do
nismo florescer, resultando em desen- ecossistemas ou o funcionamento da
sistema através de muitas variáveis e ii) onde volvimento científico e tecnológico mente humana revelaram-se muito
indeterminismo aparente pode ser modelado. refletidos nas revoluções industriais e complexos para que os tratemos da
aspectos pode não permitir analisá- sociais, como escolas. Pequenas mu- deve ser tomado, pois pequenos des-
los separadamente. danças no ambiente, por exemplo, vios podem acarretar grandes efeitos,
Finalmente, gostaríamos de res- provocam grandes mudanças no tanto para melhor quanto para o pior.
saltar um ponto que não tivemos a aproveitamento e produtividade. Em todo o caso a exigência de otimi-
oportunidade de entrar muito em Assim, o estudo dos sistemas zação de recursos, humanos e mate-
detalhes, que é o caráter não-linear complexos leva-nos à conclusão de riais, a que estamos submetidos atual-
das equações que descrevem sistemas que sim, podemos modelar e tentar mente, não nos permite tomar deci-
complexos. Este fato implica que pe- explicar sistemas complicados como sões relevantes sem uma avaliação da
quenas mudanças nos parâmetros das o clima, ecossistemas e organizações situação tão realista e precisa quanto
equações podem ocasionar grandes sociais, mas que os resultados não po- possível, o que poderia implicar em
mudanças nas soluções. Esta caracte- dem ser previstos sem algum grau de um modelo ou, na pior das hipóteses,
rística é freqüentemente observada em incerteza calculável (que pode ser acei- uma metáfora, baseado em equações
ecossistemas e em organizações tável ou não) e que muito cuidado não-lineares.
O
e-mail: pschulz@ifi.unicamp.br prefixo nano, seguido de al- mos falando simplesmente de minia-
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ guma outra palavra, aparece turização de algo grande para algo
com freqüência cada vez muito pequeno. O tema, embora re-
maior no nosso dia-a-dia. Por en- cente, não pode ser esgotado em um
quanto essa presença dá-se principal- espaço tão pequeno (sem trocadilho)
mente através dos meios de comuni- como o desse artigo. Na medida do
cação (no instante em que estou possível, referências a outros artigos
revisando esse artigo, em janeiro de impressos e, principalmente, artigos
2005, o termo “nanotecnologia” apa- na internet, tentam complementar a
rece 33.400 vezes no Google, apenas história contada aqui [1-2].
em páginas brasileiras). Muitas das
notícias parecem prometer que essa O relógio como exemplo
presença será mais efetiva em algum Um exemplo fantástico de minia-
futuro mais ou menos distante, turização é dado pelos antigos reló-
embora aplicações de “nano-isso” ou gios mecânicos, aqueles que precisa-
“nano-aquilo” já estejam disponíveis vam de corda, lembram-se? Os pri-
e melhorando a nossa qualidade de meiros relógios com engrenagens e
vida. O Ano Internacional da Física em pêndulos ficavam no alto das torres
2005 representa um ótimo pretexto das igrejas medievais e as peças ti-
para olhar com bastante atenção para nham que ser medidas em metros. Al-
essa verdadeira “nano-mania”. Acho guns séculos se passaram e essas peças
que vale a pena até compará-la a uma foram miniaturizadas e os relógios
também verdadeira passaram a ser
“micro-mania”, que Nos primeiros relógios
usados nos pulsos
existia há exata- mecânicos as engrenagens e
das pessoas e as pe-
mente um século, pêndulos eram medidos em
ças passaram a ter
ou seja, por volta do metros. Em alguns séculos
dimensões de milí-
“ano miraculoso” as peças foram miniaturiza-
metros. É uma his-
da Física. das e passaram a ter dimen-
tória fascinante,
O prefixo nano sões de milímetros, mas o
pois estamos falan-
descreve uma ordem princípio físico para medir o
do de uma dimi-
de grandeza, vem do tempo continuou o mesmo
nuição de tamanho
grego e quer dizer essencialmente um de mil vezes! No entanto, o antigo e
bilionésimo de alguma coisa. No caso enorme relógio da torre da igreja é
atual estamos interessados em um essencialmente o mesmo dispositivo
bilionésimo de metro, o nanômetro. de engrenagens e alavancas do relógio
Nanociência e nanotecnologia são, de pulso (à corda, com rubis, etc.). O
A partir da miniaturização, outros vários as- portanto, ciência e tecnologia que princípio físico para medir o tempo
pectos da nanociência e nanotecnologia são acontecem ou são feitas nessa escala continuou o mesmo. Nos relógios a
discutidos. Apesar de característica desse
começo de século, a história da nanociência
de comprimento, mas de maneira quartzo temos uma mudança funda-
comemora também, de certa forma, seu cente- controlável e reprodutível, envolvendo mental no princípio para medir o
nário em 2005. fenômenos que muitas vezes não tempo, que leva a um dispositivo
U
ma das linhas de pesquisa de cional a partir de dados coletados por e-mail: frezende@nutes.ufrj.br
alta relevância no campo das testes (lápis e papel) e registros da na- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
da classe Conceitos de Físicos reúne cações Biomecânicas, apresentam-se Figura 4. As páginas que compõem o con-
ceito de vetores.
conceitos envolvidos em movimentos a seguir, as escolhas de movimentos
humanos ou que dão apoio à abor- humanos que enfatizam a aplicação entre o ângulo descrito pelo braço do
dagem biomecânica dos mesmos, co- dos conceitos físicos abordados no jogador e a velocidade inicial da bola,
mo por exemplo, o conceito de vetores sistema. A contração muscular foi es- destacando-se nessa análise, a parti-
(Figura 4). O conceito de força é im- colhida por ser possível aplicar o con- cipação dos aspectos anatômicos. A
portante na medida em que ajuda o ceito de vetor aos aspectos anatômicos Figura 5 mostra a página referente ao
entendimento da força de um mús- nela envolvidos e verificar como a saque, como exemplo das páginas da
culo e como esta participa da análise direção, o módulo e o sentido deste se classe Aplicações Biomecânicas.
biomecânica do movimento. O concei- comportam durante o movimento. O No conjunto de páginas de apli-
to de momento de uma força e as movimento de levantamento de carga cações anatômicas foram abordados
grandezas relacionadas a este concei- foi incluído porque, do ponto de vista movimentos dos membros superiores
to, como o módulo da força e a distân- biomecânico, será importante para o e inferiores que se relacionam às apli-
cia entre a linha de ação e o centro de aprendizado de como o peso de uma
rotação, são abordados por serem carga, a força de um músculo e as
fundamentais para o estudo do movi- suas características anatômicas, parti-
mento humano e dos detalhes anatô- cipam do movimento humano. A
micos envolvidos. O conceito de mo- flexão do cotovelo foi escolhida para
mento de inércia foi mostrar a aplicação
abordado para faci- O conceito de força é de variáveis de na-
litar o entendimen- importante na medida em tureza mecânica
to de como a distri- que ajuda o entendimento aos aspectos anatô-
buição da massa de da força de um músculo e micos envolvidos:
um corpo se rela- como esta participa da como o módulo da
ciona com o seu análise biomecânica do força e a distância
movimento. Final- movimento entre a linha de ação
mente, o conceito de desta e a articulação
velocidade angular foi escolhido por- influenciam o movimento. O movi-
que, assim como na Física, é importa- mento de locomoção foi abordado para
nte também para a Biomecânica, a demonstrar como a massa de um cor-
análise da relação entre o ângulo des- po e a sua distribuição em relação ao
crito pelo corpo e o intervalo de tempo centro de massa a influenciam, ressal-
gasto por este em um movimento tando a importância desses fatores e
giratório, considerando neste processo suas implicações anatômicas no
a participação dos aspectos anatômi- modelo biomecânico do movimento
cos envolvidos. humano. O movimento do saque foi Figura 5. Páginas referentes ao movimen-
Para dar uma idéia da classe Apli- escolhido para a análise da relação to do saque.
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Q
uando Kirchhoff e Bunsen, Efeito Doppler. Mas foi na física do e
ambos professores em Hei- final do mesmo século e início do Cristiane Rodrigues Caetano Tavolaro
senberg, deduziram a partir de século XX, com o estudo do espectro e-mail: cris@pucsp.br
suas experiências em 1859 que cada de emissão de um corpo negro, que a Pontifícia Universidade Católica de São
elemento emite em determinadas espectrometria impulsionou o surgi- Paulo
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
condições um espectro característico mento do que chamamos de física
Rafael Haag
exclusivamente desse elemento, moderna. Corpos negros emitem, a
Universidade Federal do Rio Grande do
descobriu-se não só uma propriedade uma dada temperatura, espectros Sul
fundamental da idênticos, indepen- e-mail: haag@if.ufrgs.br
matéria, mas tam- Tudo que se sabe sobre a dente de sua com- ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Novidade
A Sociedade Brasileira de Química lançou o
sexto Caderno Temático de Química Nova na
Escola e dois CD-Roms especiais: um con-
tendo os fascículos de QnEsc de números 1
a 20 e outro contendo os Cadernos Temá-
ticos de Químina Nova na Escola de números
1 a 5.
Maiores detalhes sobre esta publicação
da SBQ, que já está em seu vigésimo pri-
meiro número, pode ser encontrada no sítio
da Sociedade:
http://www.sbq.org.br
N
o dia 24 de janeiro de 1920, ser obedecido, feito também em jor- Antonio Augusto Passos Videira
quase um ano após a ocor- nal, pelo astrônomo brasileiro Henri- Universidade do Rio de Janeiro
rência do já então famoso que Morize, a saber: durante o eclipse e-mail: guto@cbpf.br
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
eclipse de Sobral, uma carta assinada as pessoas deveriam se manter calmas
por Frank H. Dyson era publicada no e em silêncio, o que implicava, por
jornal Correio da Manhã. A carta tinha exemplo, não soltarem fogos de artifí-
como objetivo agradecer a colabora- cio, pois estes poderiam atrapalhar a
ção prestada pelo seu destinatário, o qualidade das chapas fotográficas.
Dr. José Jacome d’Oliveira, o então Morize, no dia 24 de maio de 1919,
prefeito da cidade, aos astrônomos publicou no Correio da Manhã um ex-
ingleses Charles Davidson e Andrew tenso artigo, descrevendo como seria
Crommelin, que foram a Sobral com o eclipse. Em particular, por que esse
o intuito de verificar a existência do seria o principal objetivo da expedição
“efeito Einstein”. Além do agradeci- brasileira, comandada pelo próprio
mento, polido, mas Morize. Nesse artigo
A população de Sobral foi
sincero, dadas as encontramos uma
muito prestativa, chegando
dificuldades exis- descrição de aspectos
mesmo a acatar sem
tentes para a orga- visuais interessan-
protestos um pedido feito
nização de expedi- tes, apresentados pe-
(em jornal), por Morize:
ções astronômicas, lo Sol durante o
durante o eclipse as pessoas
já que elas exigem eclipse, como as pro-
deveriam se manter calmas
um grande suporte tuberâncias. Morize,
e em silêncio, o que
logístico, a carta e aqui encontramos
implicava, por exemplo, não
transmitia a infor- a explicação para o
soltarem fogos de artifício,
mação de que “...a estranho pedido fei-
pois estes poderiam
Expedição foi intei- to aos moradores de
atrapalhar a qualidade das
ramente bem suce- Sobral, ignorando o
chapas fotográficas
dida....”. Ou seja, grau de conheci-
as fotografias tiradas pelos astrôno- mento da população a respeito de
mos ingleses comprovaram o desvio eclipses, mencionou ainda que eles
da luz pela presença de campos gravi- não erram nocivos à saúde humana.
tacionais intensos. A colaboração prestada pela po-
Obviamente, contudo, não foi pulação da cidade de Sobral não
apenas o Dr. José Jacome d’Oliveira a entrou para a história da Ciência. A
única pessoa a contribuir para o su- rigor, nem mesmo a colaboração O presente trabalho descreve o famoso eclipse
cesso da expedição. Muitas outras pes- prestada por Morize, autor de um solar total de 1919, importante para confirmar
soas, conhecidas ou não, tiveram pa- relatório minucioso e enviado a vários uma das predições da teoria da relatividade geral
de Albert Einstein (1879-1955), aquela que
pel nesse evento. Cientistas, políticos observatórios, possíveis candidatos
afirmava a existência de um desvio da trajetória
e a própria população deram a sua para o envio de expedições ao Ceará, dos raios luminosos. Em particular, são des-
parte. A se crer nos relatos dos partici- uma das melhores regiões para a critos os eventos acontecidos durante o período
pantes da expedição inglesa, de fato, observação do eclipse, é corretamente de organização das duas expedições inglesas
responsáveis pela obtenção dos dados empíri-
a população de Sobral foi muito pres- citada pelos livros que mencionam
cos. Comenta-se também a participação brasi-
tativa, chegando mesmo a acatar sem esse importante evento astronômico. leira, bem como a preocupação com o compor-
protestos um pedido, nada trivial de Pouco importa. Não se trata, no pre- tamento da população da cidade de Sobral.
Alexandre Medeiros noite estava animada ao redor geral para o nascimento da física mo-
SCIENCO do açude velho de Campina derna, ainda que de forma muito
e-mail: alexandre@scienco.com.br Grande. Camello, Stanley e breve, para depois me concentrar nas
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Jobson, todos professores de Física do origens mais específicas da relativi-
Ensino Médio, discutiam as dificul- dade restrita. Como a Cleide sugeriu,
dades da introdução da física moderna eu poderia desenvolver os outros
em suas aulas. João Tertuliano, nosso temas depois em outras entrevistas.
anfitrião da UFCG, ouvia atentamente Lula: Quais seriam esses outros
as ponderações dos colegas e refletia temas?
com eles sobre o seu trabalho de capa- Alexandre: Tem tantos, que eu até
citação de professores naquela área e fico confuso. Por exemplo: o papel do
a sua colaboração comigo e com a Einstein na criação da teoria quântica,
Auta Stella. Ao seu lado, o Carlos Ruiz, a sua educação na escola e na Univer-
nosso amigo cubano de Mossoró, sidade, a relatividade geral, a sua
explicava ao Jenner e ao Piolho as suas discordância em relação à interpreta-
reservas quanto ao conceito de massa ção de Copenhague para a mecânica
relativística. Eu, a Cleide e o Henrique, quântica e a sua proposição do para-
apenas ouvíamos aquelas duas con- doxo EPR, polêmica essa que prosse-
versas paralelas. Foi quando o Luis gue, após a sua morte, com as desi-
Augusto, ainda preocupado com a gualdades de Bell, nos anos sessenta.
conclusão do seu doutorado em ensi- A sua tentativa, sem sucesso, de cons-
no de Física na USP, me perguntou se truir uma teoria unificada de cam-
eu já havia escrito aquela entrevista pos e a sua idéia das variáveis ocultas.
com o Einstein que prometera ao Nel- Isso, além de temas mais gerais, como
son Studart. o seu humanismo, a sua religiosidade
Alexandre: Nem me fale nisso, cósmica, o seu pacifismo, a sua visão
cara! O Einstein é um personagem de produção do conhecimento e a sua
muito rico e complexo. Eu acho que concepção de Educação. É mole ou
entrei em uma fria, ao prometer isso. quer mais?
Ainda tenho que ler muito sobre o as- Lula: Pode parar por ai, você está
sunto. frito, mesmo.
Cleide: E além disso, você vai pre- Piolho: Meu amigo, por que você
cisar ser bastante seletivo, pois uma em lugar de se preocupar com tudo
entrevista que tente abarcar toda a isso, simplesmente não entrevista o
obra do Einstein, a riqueza da sua bio- homem e deixa-o falar livremente?
grafia e da sua personalidade, ficará, Alexandre: Mas, como?
certamente, muito longa. Talvez você Piolho: Sei lá! Você já não entre-
tenha que dividir a entrevista em vá- vistou outros personagens ilustres
rias outras. E quando quiser escrever que já subiram há muito tempo para
a parte de Educação me peça que eu o primeiro andar?
ajudo. Henrique: Alexandre! Sabe quem
Prosseguindo com a série de bem humoradas
entrevistas com celebridades da Física, nosso
Alexandre: Eu acho que seria inte- me telefonou agora mesmo e está vin-
autor-reporter e seus companheiros batem um ressante começar expondo a obra do para cá?
rápido papinho com Albert Einstein. geral do Einstein, a sua contribuição Alexandre: Não me diga que foi o
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