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GUIA OFICIAL DE CAPACITAÇÃO

Switches DmOS
Layer 2

Conceito
Configuração
Operação
Atividades práticas

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Este material foi desenvolvido pelo Centro de Treinamento DATACOM exclusivamente para o curso de Switches
DmOS Layer 2.

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Apesar de terem sido tomadas todas as precauções na elaboração deste material, a DATACOM não assume qualquer
responsabilidade por eventuais erros ou omissão bem como nenhuma obrigação é assumida por danos resultantes
do uso das informações contidas neste guia. As especificações fornecidas neste documento estão sujeitas a
alterações sem aviso prévio e não são reconhecidas como qualquer espécie de contrato.

Versão da Apostila: 5.8.0 2


Apresentaremos os conceitos e configurações utilizados nos protocolos de proteção de tráfego e na agregação de
links Ethernet para atuarem em topologias redundantes, ao término você estará apto à:

• Entender o comportamento do link aggregation para que seja possível a configuração ou a


interoperabilidade com outros fabricantes;
• Compreender a utilização dos protocolos de proteção para loop lógico;
• Configurar o protocolo Rapid Spanning-Tree e EAPS, bem como diferenciar a sua aplicação.

Versão da Apostila: 5.8.0 3


A funcionalidade de agregação de links, também conhecida como port-channel, consiste em agregar várias
interfaces físicas em uma única interface lógica, aumentando a banda disponível para o tráfego de dados. Este
recurso pode ser usado também como redundância em caso de links físicos falharem dentro de um grupo, pode-se
fazer o balanceamento de carga entre os links de um mesmo grupo aumentando a performance do link.

Notas:
• Uma porta pode estar associada a somente um grupo port-channel de cada vez;
• O link aggregation é suportado em links ponto-a-ponto operando em modo FULL-DUPLEX;
• Todos os links aggregations devem operar na mesma velocidade (10/100/1000M ou 10Gbit/s ou 40Gbit/s ou
100Gbit/s);
• É recomendado primeiramente configurar o link-aggregation e posteriormente conectar os cabos. Dessa forma,
evitamos a ocorrência de loop na rede;
• Para evitar a perda de dados no ato de remoção de uma porta do link aggregation, remova o cabo primeiro e
somente então remova a configuração da porta;
• Para fins de gerência e configuração, um grupo de links agregados é visto como uma única interface lógica port-
channel. Isso é transparente para a família de protocolos STP/EAPS/ERPS e VLAN.

Observação: A plataforma DM4050 suporta apenas balanceamento de carga não-unicast (broadcast, multicast e
unicast desconhecido) com base nos endereços MAC de origem e destino. Outros critérios de load-balance como IP
de origem e destino e portas TCP / UDP não estão disponíveis.

Quanto a escalabilidade:

DM4270 DM4270 DM4775


DM4050 DM4170 DM4250 DM4370
24XS 48XS DM4770

Número Máximo de
8 16 8 16 32 8 32
interfaces LAG

Número Máximo de
Interfaces Físicas 8 16 8 16 16 4 16
por LAG

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As interfaces a serem inseridas no link-aggregation não podem possuir configurações associadas.

Caso seja necessário manipular a prioridade do link-aggregation em uma interface, utilize a sintaxe:

DmOS(config-la-if-lag-1)#interface <gigabit-ethernet | ten-gigabit-ethernet |


forty-gigabit-ethernet | hundred-gigabit-ethernet>-<chassis/slot/port> port-
priority <0-65535>, sendo o valor padrão 32768.

A inserção de um valor inferior ao de referência, transforma esta interface em prioritária perante as demais.

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As interfaces a serem inseridas no link-aggregation não podem possuir configurações associadas.

Por boa prática, indica-se que o equipamento do cliente esteja no modo ativo (envio da PDU).

DmOS#show link-aggregation brief

State codes: down - no link up; up - at least 1 member up;

LAG interface State Mode


------------- ------ -------
lag-1 up active

DmOS#show link-aggregation lacp


LAG interface: lag-1
Port Port System
Member Mode Rate State Prio ID Key Prio
------ ---- ---- ------ ----- ----- ----- ------
gigabit-ethernet-1/1/7 Actv Slow ASCD 32768 7 1 32768
PARTNER Actv Slow ASCD 32768 7 3 32768

Port Port System


Member Mode Rate State Prio ID Key Prio
------ ---- ---- ------ ----- ----- ----- -----
gigabit-ethernet-1/1/8 Actv Slow ASCD 32768 8 1 32768
PARTNER Actv Slow ASCD 32768 8 3 32768

• Modo ativo (active): O dispositivo envia imediatamente mensagens LACP (PDUs LACP) quando a interface é
ativada.
• Modo passivo (passive): Coloca uma interface em um estado de negociação passivo, no qual a interface só
responde às PDUs do LACP que recebe, mas não inicia a negociação do protocolo. Se pelo menos um dos lados
(endpoints) estiver configurado como ativo, o LAG pode ser formado assumindo uma negociação bem-sucedida
dos outros parâmetros.

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Versão da Apostila: 5.8.0 8
O tipo de balanceamento dinâmico (dynamic) fornece uma distribuição de carga uniforme entre os membros do LAG.
Considerando os valores instantâneos para a carga dos membros do LAG, os fluxos podem ser movidos
dinamicamente de membros com carga maior para os membros com carga menor.

Os demais tipos de balanceamento baseiam-se em um hash (combinação de valores). Os campos dos pacotes são
analisados conforme o algoritmo de balanceamento configurado, para decidir os membros do LAG que irão
transmitir. Nesses modos a ordem dos pacotes é sempre mantida.

O desempenho do balanceamento dependerá da variabilidade do conteúdo dos pacotes. Pacotes com a mesma
informação serão transmitidos para o mesmo membro do LAG.

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Os equipamentos DM4050, DM4250, DM4360 e DM4370 não possuem suporte ao balanceamento dynamic.

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Versão da Apostila: 5.8.0 11
Versão da Apostila: 5.8.0 12
Os campos do show link-aggregation lacp brief são definidos a seguir:

Mode: Actv - Device is in Active mode /// Pass - Device is in Passive mode;
Rate: Slow - Device requesting PDUs at long period /// Fast - Device requesting PDUs at short period;
State: A - Interface is aggregatable /// S - Interface is in sync with peer /// C - Interface is Collecting; D - Interface is
Distributing /// E - Information about partner has expired /// F - Interface is using default values for partner
information.

Versão da Apostila: 5.8.0 13


O equipamento demonstrado acima, possui a seguinte configuração:

DmOS(config-la-if-lag-1)#show
link-aggregation
interface lag 1
minimum-active links 2
maximum-active links 4
interface gigabit-ethernet-1/1/1
!
interface gigabit-ethernet-1/1/2
!
interface gigabit-ethernet-1/1/3
!
interface gigabit-ethernet-1/1/4
!
interface gigabit-ethernet-1/1/5
!
interface gigabit-ethernet-1/1/6
!
interface gigabit-ethernet-1/1/7
!
interface gigabit-ethernet-1/1/8

A informação de minimum-active definirá com quantos links ativos (portas UP) o link-aggregation se manterá
ativo/UP, neste caso, LAG 1 precisará ter no mínimo 2 link UP para se manter UP, caso contrário a seguinte
mensagem aparecerá:

DmOS#show link-aggregation interfaces


...
gigabit-ethernet-1/1/8 up inactive: too few links

A função maximum-active define quantos links estarão ativos, consequentemente os demais ficarão em
standby. Se um link ativo for para down, automaticamente um link identificado como inactive: standby
ficará ativo.

A configuração de minimum-active links deve ser realizada em ambos os lados do link.

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O IEEE em 2001, introduziu o Rapid Spanning Tree Protocol - RSTP no padrão 802.1w, sendo muito mais rápido que o
Spanning Tree convencional, tanto em convergência, como em alterações de topologia e é totalmente compatível com
o STP.
O STP estabelece um nó raiz chamado de root bridge (switch raiz). Esse nó constrói uma topologia que determina um
caminho para alcançar todos os nós da rede. A árvore tem sua origem na bridge raiz. Os links redundantes que não
fazem parte da árvore do caminho mais curto são bloqueados. Pelo fato de alguns caminhos serem bloqueados, é
possível obter uma topologia sem loop. Os quadros de dados recebidos em links bloqueados são descartados.

Versão da Apostila: 5.8.0 16


No RSTP, todos os switches são capazes notificar eventos de mudança na topologia em suas BPDUs e "anunciá-los" em
intervalos regulares definidos pelo hello-time. Portanto, a cada 2 segundos (Hellotime) os switches criarão os seus
próprios BPDUs e enviarão estes através de suas designated ports. Se num intervalo de 6s (3 BPDUs consecutivas) o
switch não receber BPDUs do seu vizinho, o mesmo irá assumir que o nó vizinho não faz mais parte da topologia RSTP e
irá fazer o estorno das informações de nível 2 da porta conectada ao vizinho. Isso permite a detecção de eventos de
mudança mais rapidamente do que o MAX AGE do STP 802.1D, sendo a convergência agora feita LINK by LINK.

Abaixo, destaca-se os campos de uma BPDU:


Bytes Field
Bit IEEE 802.1w 2 Protocol ID
0 Topology change ACK (TCA) 1 Version
1 Agreement 1 Message Type
2 Forwarding 1 Flags
3 Learning 8 Root ID
4e5 Port role 4 Cost of Path

00 – unknown 8 Bridge ID
01 – alternate / backup
2 Port ID
10 – root
11 – designated 2 Message age
6 Proposal 2 Max age
7 Topology change (TC) 2 Hellotime

2 Forward delay

Versão da Apostila: 5.8.0 17


O protocolo RSTP implementa alguns timers que obrigam as portas a aguardarem por um período de tempo antes de
tomar decisões prematuras em relação a eventos de mudança na topologia RSTP. São eles:
• Hello: (2seg) Corresponde ao intervalo de tempo através do qual BPDUs são propagadas entre os switches;
• Max Age: (20seg) Este timer informa o período de armazenamento da última BPDU que o switch recebeu. Caso
este timer se esgote, o switch concluirá que uma alteração na topologia ocorreu. O max age é um tempo para que
o switch possa reagir à qualquer alteração na topologia RSTP evitando assim que decisões prematuras sejam
tomadas;
• Forward delay: (15seg) Corresponde ao período de tempo que encerra a alternância entre os modos learning e
listening.

Todas as portas que participam do processo RSTP deverão passar pelos estados citados abaixo. Um switch não deve
mudar o estado de uma porta de inativo para ativo imediatamente, pois isso pode causar loop. Os estados de porta do
STP 802.1w são:
• Three port states: O RSTP possui apenas 3 port states, enquanto o STP possui 4 + 1 port states. Isto significa que
os estados "Blocking, Listening e Disabled" foram condensados em um único estado para o 802.1w, o "Discarding
state, onde os quadros de dados são descartados e nenhum endereço pode ser aprendido;
• Listening: Determina se há outros caminhos até a bridge raiz. O caminho que não for o caminho de menor custo
até a bridge raiz volta para o estado de bloqueio. No estado de escuta, não ocorre encaminhamento de dados nem
aprendizagem de endereços MAC. As BPDUs são enviadas e transmitidas de forma a permitir a eleição do root
bridge;
• Learning: Neste estado, não ocorre encaminhamento de dados de usuários, mas há aprendizagem de endereços
MAC a partir do tráfego recebido. As BPDUs são transmitidas e recebidas;
• Forwarding: Neste estado, ocorre o encaminhamento de dados e os endereços MAC continuam a ser aprendidos.
As BPDUs são transmitidas e recebidas;
• Alternative Port e Backup Port: Em situações onde há duas ou mais portas presentes no mesmo segmento,
apenas uma delas poderá desempenhar a função de "Designated Port". As outras portas serão rotuladas
"Alternative Port" e, caso existam três ou mais portas como "Backup Port", respectivamente. A Alternative Port é
uma porta que oferece um caminho alternativo para o ROOT BRIDGE da topologia no switch não designado. Em
condições normais, a Alternative Port assume o estado de discarding na topologia RSTP. Caso a Designated Port
do segmento falhe, a Alternative Port irá assumir a função de Designated Port. Já a Backup Port é uma porta
adicional no switch não designado. Ela não recebe BPDUs.

Versão da Apostila: 5.8.0 18


O primeiro passo na criação da topologia livre de loop é o processo de eleição do ROOT BRIDGE (SWITCH RAIZ), o
qual é o ponto de referência que todos os switches usarão para determinar se há loopings na rede. É considerado o
mestre da topologia Spanning-tree.
O equipamento recém inserido na rede assume ser o root bridge e ajusta o campo root BID igual ao seu bridge ID.
Isso ocorre só no primeiro boot. Na sequência, iniciará o processo de propagação de BPDUs para que os outros
equipamentos da rede tomem conhecimento da sua inserção e para que ele possa se situar na topologia.
O root bridge será o equipamento que tiver o menor BID. Caso a prioridade dos equipamentos sejam iguais, o que
tiver o menor endereço MAC será eleito o root bridge. Todas as portas do root bridge são chamadas designated
ports (portas designadas) e encontram-se em modo forwarding. Os demais equipamentos da topologia são
chamados de non root (não raiz).
A porta do equipamento non root de menor custo (largura de banda do link) em relação ao root bridge é chamada
root port (porta raiz), e encontra-se em modo forwarding. As portas restantes que participam do processo são
bloqueadas e, portanto, encontram-se em modo blocked e continuam a receber BPDUs, mas não enviam e recebem
dados. Após o processo de eleição, os seguintes elementos devem existir em uma topologia livre de loops:

• Uma root brigde por topologia;


• Uma root port por bridge não raiz;
• Uma designated port por segmento (onde há mais de uma porta por segmento, apenas uma delas deverá atuar
como porta designada e a outra deverá ser bloqueada).

Dentro dos critérios de eleição, há:

• Bridge ID: Bridge priority (padrão 32.768) + MAC address;


• Bridge Priority: 2 bytes contendo a informação de 0 até 65.535, com granularidade (múltiplo) de 4096;
• Port ID: Prioridade da porta + número da porta;
• Port priority: 8 bits contendo a informação de 0 a 255, com padrão de 128;
• Path Cost/Custo do caminho: Soma dos custos dos links até o switch raiz.

Versão da Apostila: 5.8.0 19


Versão da Apostila: 5.8.0 20
É possível criar apenas uma instância de RSTP e as BPDUs são enviadas de forma untagged. A proteção do rapid
spanning-tree ocorre por interface e a VLAN deverá estar configurada corretamente para que não ocorra loop.

A prioridade é definida por múltiplos de 4096, devido aos 4 bits do campo Bridge ID, que resultarão em 16
possibilidades de prioridade (2^4 = 16). O campo VLAN ID possui 12 bits, resultando em 4096 IDs (2^12 = 4096).

Bridge ID (possibilidades) Prioridade

0 0

1 4096

2 8192

3 12288

4 16384

5 20480

6 24576

7 28672

8 32768

9 36864

10 40960

11 45056

12 49152

13 53248

14 57344

15 61440

O spanning-tree não funciona em conjunto com o EAPS/ERPS na mesma interface.

Versão da Apostila: 5.8.0 21


Versão da Apostila: 5.8.0 22
No comando de show abaixo, observa-se a interface gigabit-ethernet-1/1/1 bloqueada devido ao protocolo
spanning-tree em um dos equipamentos da topologia.

DmOS#show spanning-tree

Spanning tree enabled protocol: rstp

-------------------------------------------------------------------------------
Spanning tree RSTP information
-------------------------------------------------------------------------------

Root ID Priority: 32768; Address: 00:04:df:2f:5a:bf;


Cost: 20000; Port: gigabit-ethernet-1/1/3;
Hello Time: 2sec; Max Age: 20sec; Forward Delay: 15sec;

Bridge ID Priority: 32768; Address: 00:04:df:5e:2b:5c;


Hello Time: 2sec; Max Age: 20sec; Forward Delay: 15sec;

DESIGNATED
PATH PORT DESIGNATED DESIGNATED BRIDGE BRIDGE DESIGNATED
INTERFACE NAME COST PRIORITY PORT ROLE PORT STATE COST ADDRESS PRIORITY PORT
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
gigabit-ethernet-1/1/1 20000 128 alternate discarding 20000 00:04:df:2f:5d:47 32768 32769
gigabit-ethernet-1/1/3 20000 128 root forwarding 0 00:04:df:2f:5a:bf 32768 32771

Versão da Apostila: 5.8.0 23


Versão da Apostila: 5.8.0 24
Muitas Redes Metropolitanas (MANs) e algumas redes locais (LANs) têm uma topologia em anel, normalmente,
utilizando para isso uma estrutura de fibras óticas. O Ethernet Automatic Protection Switching (EAPS) foi
desenvolvido para atender somente as topologias em anel, normalmente utilizadas em redes ethernet
metropolitanas. Devido a grande capacidade de transmissão das redes Metro Ethernet existe a necessidade de haver
redundância/proteção do tráfego em caso de falha. O EAPS converge em até 50 milissegundos, o que é suficiente
para que tráfegos sensíveis (voz, por exemplo) não percebam a falha. Esta tecnologia não tem limite de quantidade
de equipamentos no anel, e o tempo de convergência é independente do número de equipamentos no anel.
Conceito de Operação:
Um domínio EAPS existe em um único anel Ethernet. Qualquer VLAN que será protegida é configurada em todas as
portas do domínio EAPS. Cada domínio EAPS tem um equipamento designado como “MESTRE". Todos os outros
equipamentos do anel são referidos como equipamentos "TRÂNSITO".
Por se tratar de uma topologia em anel, obviamente, cada equipamento terá 2 portas conectadas ao anel. Uma porta
do equipamento MESTRE é designada como “primária" enquanto a outra porta é designada como "porta
secundária". Em operação normal, o equipamento MESTRE bloqueia a porta secundária para todos os quadros
Ethernet que não sejam de controle do EAPS evitando assim um loop no anel.
O Master pode detectar falhas no anel de duas formas: a primeira através do não recebimento do pacote de health
check, o qual conforme a sua configuração, envia uma mensagem de send-alert para verificar se há falhas ou pelo
recebimento de uma mensagem de falha originada por um Transit.
Nos equipamentos TRÂNSITO, há a configuração da porta primária e secundária, no entanto, o seu funcionamento
não é como no MESTRE. Nestes equipamentos as portas SEMPRE ficam transmitindo frames.
Existe uma VLAN especial denominada "Control Vlan", que sempre será transmitida por todas as portas do domínio
EAPS, incluindo a porta secundária do equipamento MESTRE. Por esta VLAN passam todas as mensagens do EAPS,
que são utilizados tanto como mecanismo de verificação quanto mecanismo de alerta.

O EAPS é definido pela RFC3619.

Versão da Apostila: 5.8.0 25


A porta definida como primária e secundária pode ser associada a um link aggregation.

Caso existam várias instâncias EAPS em operação, a ativação de novas instâncias pode levar alguns minutos para ser
aplicada após o commit. Neste intervalo de tempo, o CLI fica bloqueado para o operador até que o processo de
criação e aplicação da instância seja concluído.

Abaixo seguem dois exemplos de configuração:

Equipamento Transit:
DmOS(config)#eaps 1
DmOS(config-eaps-1)#name EAPS-1
DmOS(config-eaps-1)#mode transit
DmOS(config-eaps-1)#port primary gigabit-ethernet-1/1/6
DmOS(config-eaps-1)#port secondary gigabit-ethernet-1/1/17
DmOS(config-eaps-1)#control-vlan 10
DmOS(config-eaps-1)#protected-vlans 1-9,11-4094

Equipamento Master:
DmOS(config)#eaps 1
DmOS(config-eaps-1)#name EAPS-1
DmOS(config-eaps-1)#mode master
DmOS(config-eaps-1)#port primary gigabit-ethernet-1/1/11
DmOS(config-eaps-1)#port secondary gigabit-ethernet-1/1/12
DmOS(config-eaps-1)#control-vlan 10
DmOS(config-eaps-1)#protected-vlans 1-9,11-4094

Não é recomendado utilizar mais de 8 instâncias EAPS no mesmo anel físico. Para se obter tempos de chaveamento
na ordem de 50ms, deve-se utilizar no máximo 4 instâncias no mesmo anel físico.

Versão da Apostila: 5.8.0 26


Versão da Apostila: 5.8.0 27
Abaixo destaca-se o detalhamento dos campos do show eaps.
• ID – Domínio EAPS
• Name – Nome do domínio
• State – Status do EAPS perante a sua função no domínio, se master: complete para link OK e failed para
falha
• Mode – Modo de operação do equipamento no domínio
• Primary port state – Status da porta primária
• Secondary port state – Status da porta secundária
• Health chack state – status do pacote de controle do EAPS
• Protected VLANs – VLANs protegidas pelo domínio

A seguir visualiza-se dois domínios de EAPS criados em um único equipamento.

DmOS#show eaps
HEALTH
PRIMARY SECONDARY CHECK
ID NAME STATE MODE PORT STATE PORT STATE STATE
------------------------------------------------------------
1 - complete master up enabled up blocked ok
2 - complete master up enabled up blocked ok

PROTECTED
ID PRIMARY PORT SECONDARY PORT VLANS
-----------------------------------------------------------------
1 gigabit-ethernet-1/1/11 gigabit-ethernet-1/1/12 100-199
2 gigabit-ethernet-1/1/12 gigabit-ethernet-1/1/11 200-299

Versão da Apostila: 5.8.0 28


É possível habilitar o debug para analisar os pacote recebidos e transmitidos pela CPU, através da sintaxe:
DmOS#debug enable cpu-rx cpu-tx.

A seguir observa-se um exemplo de informação transmitida e recebida pela CPU.

2017-08-04 20:06:52.906158 [cpu-tx] PKT TX <Proto L2_EAPS, Len 110, SrcPort CPU,
Flags [TxForce], Ports [gigabit-ethernet-1/1/12]>
2017-08-04 20:06:52.909678 [cpu-rx] PKT RX <Proto L2_EAPS, Len 110, SrcPort
gigabit-ethernet-1/1/11, DstPort -, Flags [], Reasons [FilterMatch]>

Versão da Apostila: 5.8.0 29


Versão da Apostila: 5.8.0 30
DATACOM. Command Reference. 2020

DATACOM. Descritivo dos Produtos DM4360 / DM4370 / DM4380 / DM4050 / DM4250 / DM4170 / DM4270. 2020.

DATACOM. Guia de Configuração Rápido DmOS. 2020.

FILIPPETTI, Marco Aurélio. CCNA 5.0 Guia Completo de Estudos. Florianópolis. Editora Visual Books, 2014.

ODOM, Wendell. CCENT/CCNA ICND 1, Guia Oficial de Certificação do Exame. Rio de Janeiro, 2013.

Versão da Apostila: 5.8.0 31


Versão da Apostila: 5.8.0 32
Os serviços disponíveis estão organizados por linhas de produtos e o para acesso as informações apenas coloque o
mouse sobre o item desejado.

Nas laterais estão disponíveis dois menus:

Lado esquerdo
Serviços – Acesso ao menu de serviços por equipamentos;
Solicitações – Consulta as solicitações realizadas com status de aberta, aguardando atuação
ou encerradas;
Novo Chamado – Abertura de chamados para a equipe de suporte;
Base de Conhecimento – Acesso a base de documentos;
Pesquisa de Satisfação – Realização da pesquisa de satisfação referente ao atendimento
recebido;
Links Personalizados – Ferramentas e aplicativos gratuitos.

Versão da Apostila: 5.8.0 33


Versão da Apostila: 5.8.0 34

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