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Xanxerê
2009
2
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
Prof. Esp. Karina Tissiani
Universidade do Oeste de Santa Catarina
_______________________________
Prof. Esp. Michelle Françoise Haswany de Almeida
Universidade do Oeste de Santa Catarina
_______________________________
Prof. Esp. Carlos Davi Matiuzzi da Silva
Universidade do Oeste de Santa Catarina
3
AGRADECIMENTOS
A minha mãe e meus irmãos por sempre estar em meu lado me apoiando e
torcendo pelo meu sucesso. Ao meu namorado por acreditar em mim e me apoiar. A
toda minha família pelo amor e carinho que tem me dedicado.
com curiosidade,
Claudio Ferlauto.
6
RESUMO
ABSTRACT
The present study concentrates in the magazine Etc Além da informação's planning
graphic editorial. The project editorial of a magazine definition depends on many
factors, as the type of information that will be published, the public-objective, taking
into its account cultural formation, purchasing power and where the people live.
Besides the segmentation of the magazine, there are, still, the factors of graphic
elements that compose the planning. Those graphic elements will propose a larger
visual agreement to the project and to define visual language of the graphic project,
characterized by typographies, images, designs, that establish the balance between
texts and images. Legibility factors and credibility and also materials and impression
technologies are part of the planning. The magazines unite information, education,
services and entertainment, besides, give the interest for the reading for exploring a
larger visual appeal, since they work texts, images and attractive pictures with
creativity. This communication vehicle won larger prominence in the market for the
possibility of assisting to market segmentations and of publicity. To reach the market
segmentation, it forms an alliance the development of the graphic project with
specificities of the Design Editorial in a positive way, not prioritizing the production of
the obvious.
LISTA DE QUADROS
LISTA DE DESENHO
LISTA DE IMAGENS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................15
1.1 TEMA.......................................................................................................... 16
1.2 PROBLEMA................................................................................................ 17
1.3 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 17
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................... 17
1.5 QUESTÕES DE PESQUISA ....................................................................... 18
1.6 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 18
1.8 METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................ 19
1.9 METODOLOGIA DE DESIGN ..................................................................... 20
2 BASES DO CONHECIMENTO.......................................................................21
2.1 DESIGN ...................................................................................................... 21
2.1.1 Design Gráfico ....................................................................................... 22
2.1.1.1 Design Editorial .................................................................................... 24
2.1.1.1.1 Forma da publicação impressa ......................................................... 25
2.1.1.1.2 Margens ............................................................................................ 34
2.1.1.1.3 Diagramas ......................................................................................... 35
2.1.1.1.4 Alinhamento ...................................................................................... 39
2.1.1.1.5 Contraste ........................................................................................... 41
2.1.1.1.6 Tipografias para textos ...................................................................... 42
2.1.1.1.7 Títulos e Subtítulos ............................................................................ 44
2.1.1.1.8 Cor..................................................................................................... 47
2.1.1.1.10 Fotografia ........................................................................................ 53
2.1.1.1.12 Capas .............................................................................................. 56
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN...................................... 58
3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN ............................................. 58
3.2 PROJETO DE DESIGN .............................................................................. 62
3.2.1.1 Programa Projetual e contrato .............................................................. 63
3.2.2 Compreensão do projeto ...................................................................... 64
3.2.2.1 Pesquisa Diacrônica e análise dos elementos gráficos ........................ 65
3.2.2.2 Pesquisa Sincrônica e análise dos elementos gráficos ........................ 70
3.2.2.3 Aspectos mercadológicos..................................................................... 77
3.2.2.4 Análise de estruturas materiais e processos produtivos:...................... 78
3.2.2.3.1 O Papel ............................................................................................. 78
3.2.2.3.2 Qualidade de papéis e suas aplicações ............................................ 81
3.2.2.3.3 Montagem e acabamento .................................................................. 84
3.2.2.3.5 Impressão .......................................................................................... 87
3.2.3 Configuração do projeto....................................................................... 90
3.2.3.1 Lista de requisitos e hierarquia dos fatores projetuais ......................... 90
3.2.3.2 Redefinição do problema...................................................................... 91
3.2.3.3 Modelação Inicial .................................................................................. 95
4 RESULTADO DO PROJETO....................................................................... 110
4.1 MODELAÇÃO FINAL E PLANEJAMENTO GRÁFICO VISUAL ................ 110
4.1.1 Normatização ....................................................................................... 142
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1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
Esta pesquisa tem como tema, o Design Editorial, a partir do qual serão
abordados aspectos como famílias tipográficas, malha gráfica, técnicas de
comunicação visual, devidamente contextualizadas na produção de revistas. A
definição dos elementos de um projeto gráfico como cor, contraste, repetição,
alinhamento, proximidade, suportes possíveis, materiais e métodos de pré-
impressão e impressão disponíveis.
Por sua vez, estes elementos auxiliaram no desenvolvimento do projeto
gráfico editorial da revista Etc Além da Informação, que é uma publicação do Jornal
O Guarany Ltda, da cidade de Xaxim, assim como apresentar um planejamento
gráfico visual inovador, buscando-se qualidade através do Design Editorial de forma
positiva, não priorizando a produção do óbvio.
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1.2 PROBLEMA
1.6 JUSTIFICATIVA
1
Possui graduação em Desenho Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria (1998) e
mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Maria (2002). Doutorando
em Engenharia e Gestão do Conhecimento, na área de Mídia e Conhecimento. Atualmente é
professor do Curso de Desenho Industrial da Universidade Federal de Santa Maria.
21
2 BASES DO CONHECIMENTO
2.1 DESIGN
serve para juntar informações que auxiliaram na fabricação em grande escala, por
meio de tecnologias industriais.
Quando um produto se destaca no mercado em meio a muitas ofertas,
destaca além de suas qualidades intrínsecas, possui uma imagem forte, a partir da
qual é possível identificar as expectativas, os desejos do público ao qual foi
desenvolvido, esse produto, sem dúvida, foi desenvolvido por um designer. Este
profissional é responsável pelo projeto e também pela identidade visual, além de
definir os dados físicos e também os significados que destacaram o produto no
mercado.
Um projeto de design gráfico consiste num todo que é formado tanto por um
texto diagramado e por elementos tipográficos de maior destaque quanto por
ilustrações, fotos, elementos acessórios como fios etc. Dessa forma, Villas-Boas
(2004) complementa que o design gráfico é formado por um conjunto de elementos
visuais textuais e não textuais, da relação entre os dois. Em um projeto gráfico, os
componentes tipográficos exercem a mesma importância visual como, por exemplo,
de uma ilustração ou fotografia. No entanto, não inclui nenhuma delas isoladamente,
identifica-se, justamente, pela combinação de todos estes elementos, que têm como
fim comunicar uma mensagem ou vender um produto através dos elementos
textuais ou não textuais.
24
interrompe o pensamento. Conforme White (2006, p.7), “o alto da página precisa ser
controlado porque se torna parte de uma corrente visual. [...] controle o alto das
páginas e deixe a parte de baixo cair onde for”. O desenho abaixo demonstra o
desenho lógico da área de ocupação:
Uma página individual é lida a partir do canto esquerdo e varre-a com o olhar
na diagonal descendo, desde que nada interfira na atenção do leitor. O fundo neutro
deve ser bem aproveitado com o posicionamento de elementos. Abaixo, há um
exemplo proposto por White (2006, p.8) de como a linha de tipos afeta o espaço da
página.
De acordo com White (2006, p.8), o modo de organizar elementos no espaço
afeta a reação do leitor quando ele examina a página. Muitas vezes, criamos
barreiras artificiais ao em vez de controlarmos o espaço para estimular o fluxo de
apreciação à leitura. A melhor maneira de corrigir essas barreiras é simplificar, juntar
29
o texto e alinhar o alto das colunas, os leitores irão para onde esperamos que eles
vão. Então, primeiro, deve-se checar as fotos e depois passar para a leitura.
A correria do dia-a-dia faz com que as pessoas tenham menos tempo, já que
vivem apressadas. Com pouco tempo disponível, acabam não prestando atenção a
produtos impressos. Sendo assim, pensam em custo benefício, pelo tempo que será
investido e qual beneficio o trará. Folheiam as páginas a procura de algo
interessante, se algo lhe chamar a atenção poderão começar a ler, todavia são
poucos os que começam do início, pois, muitas vezes, são atraídas por algo em
outro lugar que podem convencê-las.
De acordo com White (2006, p.9), “devemos editar e desenhar em duas
pistas”:
Para evitar que as matérias não sejam lidas, é aconselhável que seja feito o
uso da edição. Muitas vezes, há trechos em revistas que parecem irrelevantes e
pouco envolventes, ou quando é apenas parcialmente interessante ou parecem
longos demais, quando isso acontece, o leitor não lê a matéria.
Os títulos que não chamam a atenção acontecem porque não pensamos, não
importa se incluem belos jogos de palavras ou se são ágeis e inteligentes. Se a
matéria não chamar a atenção do leitor, não vai ser lida.
As páginas de revistas, livros, newsletters e outros impressos são produtos
gráficos e não anúncios, mesmo assim são tratados com se realmente o fossem, e
dessa forma, as páginas têm sido bem sucedidas desde que os anúncios foram
inventados. O observador é atraído por uma seqüência lógica 1, 2, 3, 4, como
demonstra o desenho abaixo:
32
De acordo com White (2006, p.12), “as imagens envolvem o observador por
meio da emoção e da curiosidade”. Devem ser manipuladas para que produzam a
compreensão à primeira vista e só podem ser exageradas quando esclarecerem o
significado. O uso de gráficos e tabelas pode ser feito para substituir longas
descrições, tornando uma explanação visual rápida. As palavras, quando
transformadas em imagens, ajudam a destacar a edição.
As imagens devem ser colocadas acima do título, pois, desse modo, trazem o
leitor para dentro do texto. Quanto ao titulo, deve ser colocado embaixo da imagem
como a legenda, contando ao leitor do que trata a imagem, assim ele entrará no
texto de maneira mais irresistível. Uma foto sempre deve conter a legenda. Dessa
maneira, deve-se evitar juntar as legendas, já que a página fica mais limpa quando a
legenda é proposta dessa forma.
33
Toda página deve ter uma porta de entrada receptiva, que seja dominante a
ponto de não poder passar despercebida. Pode ser qualquer coisa-verbal,
pictórica, diagramática-, mas tem de identificar, para os folheadores de
página ainda não envolvidos, de que assunto o espaço trata e por que eles
devem querer saber mais a respeito disso. (WHITE, 2006, p.13).
2.1.1.1.2 Margens
2.1.1.1.3 Diagramas
2.1.1.1.4 Alinhamento
relação ao tamanho do tipo. Como recurso para manter a linhas de texto bem
empacotadas, é aconselhável utilizar hifenização. Esse é um recurso que quebra as
palavras longas, ajudando a manter o alinhamento coerente. Também o
espacejamento pode ser usado para ajustar as linhas.
Ao se referir ao alinhamento justificado, Lupton (2006) coloca quando um
texto é bom e quando ele é ruim. É bom, porque produz uma forma limpa na página.
É usado como norma para jornais e livros de texto longo, já que faz uso eficiente de
espaço. É ruim quando os vazios feios aparecem. É possível evitá-los com o uso de
fontes menores, permitindo que mais tipos caibam na linha.
O alinhamento também pode ser à esquerda, à direita, com linhas de base
verticais, também com caixa baixa empilhada, caixa alta empilhada, e centralizado.
Cada tipo de alinhamento contém seus benefícios à publicação, assim como, se não
for usado da maneira correta pode causar danos.
O texto alinhado à esquerda possui a margem esquerda dura e a direita
suave. Os vazios feios não aparecem nas linhas de texto, pois os espaços entre as
palavras não variam. O texto alinhado à esquerda é considerado bom quando é
usado com o propósito de respeitar o fluxo orgânico da linguagem e evitar o
espacejamento irregular presente nas linhas do alinhamento justificado. É
considerado mal quando a coluna perde a aparência de orgânica, e quando
acontece o mau alinhamento.
O alinhamento à direita, segundo Lupton (2006, p. 85), “é uma variante do
alinhamento à esquerda, mais familiar. Entre os tipógrafos, sabe-se que o texto
alinhado à direita é difícil de ler porque força o olho do leitor a achar uma nova
posição no início de cada linha.” Esse alinhamento não é muito usado em textos
longos, mas em bloco menor produz boas notas marginais, barras laterais, citações,
olhos de texto e outras passagens que comentam o texto ou a imagem principal.
Também o uso das margens retas e irregulares sugere atração ou repulsão.
Quando acontece o mau alinhamento tanto à esquerda quanto à direita, um
dos fatores que podem enfraquecer a margem direita é a pontuação nos finais de
linhas.
O texto em alinhamento centralizado é simétrico, a tipografia centralizada é
muito empregada em convites, folhas de rosto, certificados e epitáfios. O
alinhamento centralizado possui linhas irregulares são centralizadas entre as
margens esquerdas e direitas. O texto centralizado remete ao clássico e formal,
41
2.1.1.1.5 Contraste
Uma letra grande pode ser contrastada com uma pequena; uma fonte em
estilo antigo com uma fonte em bold sem serifa; um fio fino com um grosso;
uma cor fria com uma mais quente; uma textura áspera com uma lisa; um
elemento horizontal ( por exemplo, uma longa linha de texto) com um
elemento vertical (por exemplo, uma coluna estreita de texto); linhas muito
espaçadas com linhas bem próximas; uma figura pequena com uma figura
grande (WILLIAMS 2006, p.63).
42
A cor ainda pode ser usada para diversos fins como os funcionais,
psicológicos, simbólicos e também mercadológicos. Na publicação, o contraste age
quando o leitor, que está folheando uma página e decide lê-la. Então, o contraste e
as outras técnicas de chamar a atenção cumpriram sua função. O contrate é usado
nos elementos com maior importância e o material de apoio é jogado para o fundo.
O ideal seria utilizar uma fonte que tenha variações em peso, postura,
tamanho e itálico. Dessa forma, os espaços editoriais se destacam se tiverem que
competir com os anúncios. Quando limitamos os tipos ao menor número possível,
criamos uma personalidade à publicação, agregamos valor como um símbolo
identificável. Segundo White (2006, p.113, grifo do autor), “helvética, um dos tipos
mais versáteis, vem em versões mais do que suficientes para as necessidades de
“variedade” de uma publicação, com a unidade estilística que deve predominar”.
Pode-se escrever o titulo longo ou curto, as duas formas são possíveis. Os
longos captarão melhor o olhar e aguçarão a curiosidade. Evitar tipos maiúsculos
vale para os títulos também, pois os tipos maiúsculos devem ser usados apenas
para destacar uma palavra chave com mais atenção. Em estilo caixa baixa e alta
também deve se evitar, pois é mais difícil de ler. O texto em caixa baixa, além de ser
mais fácil, é também mais rápido de ser lido.
Em linhas curtas para tipos grandes deve-se usar composições irregulares à
direita, dessa forma evita se espaçamentos irregulares entre as palavras, causando
um ritmo regular da leitura.
Evite espaçar as letras: quanto maior o corpo, mais apertado deve ser o
tracking ou entreletra, para permitir que as palavras sejam percebidas
rapidamente. Abrir o espaço entre as letras para fazer as palavras se
acomodarem a um dado espaço é trapacear (WHITE, 2006, p.115).
autocontido, quando ele deveria ser apenas uma introdução ao texto. Além disso,
quebrar as linhas frase a frase faz com que os olhos fiquem procurando o início da
linha seguinte. Quebrar títulos para fazer caber em um determinado espaço, também
deve ser evitado.
A variação no tamanho das palavras afeta o seu significado e, dependendo do
tamanho da tipografia, ela pode causar a impressão de gritar ou sussurrar um tom
de voz.
Pontos finais em títulos funcionam como paradas e, portanto, é importante
também evitar pontos de exclamação. Títulos com fotos também exigem cuidado. A
foto atrai primeiro a atenção do leitor, mas cada um pode interpretar a imagem do
seu jeito, por isso devemos chamar a atenção naquilo que queremos que eles
percebam, e depois motivá-los a ler o texto.
A segunda linha do titulo deve ser mais curta. De acordo com White (2006),
isso possibilita que os olhos fiquem mais perto do inicio do texto, estimulando a
leitura do mesmo. Também é importante não sublinhar os títulos, pois interferem
com as descendentes, dificultando decifrar.
White (2006) coloca, sobre tipos nos leads que funcionam como uma ponte
que tem uma seqüência de três passos. Eles personalizam o conteúdo,
convencendo o leitor a entrar no texto, eles vendem. Mas deve-se tomar cuidado,
pois se forem longos demais ninguém vai ler.
Para não perder credibilidade no subtítulo, ele não pode ser desvalorizado. A
escolha da fonte para o subtítulo depende do conteúdo da publicação. É importante
que seja padronizada para tornar uma característica de personalidade. O tamanho
do tipo do subtítulo também deve ser maior que o texto, destacando sua
importância. De acordo com White (2006), ele deve ser grande e com entrelinhas
generosas o suficiente para estimular uma leitura rápida ainda mais se as linhas
forem compridas.
Quanto ao alinhamento, subtítulos com linhas curtas ficam melhor irregulares
à direita. O justificado causa espaços desiguais entre as palavras. Quebrar as linhas
frase por frase pode agilizar a compreensão e faz descer a página informalmente.
No subtítulo também pode-se criar contraste de escala, cor e textura do tipo.
Existem ainda três elementos importantes em uma publicação: o olho, a
sinopse e o trecho. O olho é uma abertura escritas para aparecer antes do título. De
acordo com White (2006), podem ser autocontidos, com uma pausa implícita antes
47
2.1.1.1.8 Cor
A cor, por definição, é a luz que reflete nos objetos. É por esta razão que se a
fonte luz que reflete não for branca, as cores serão diferentes das que normalmente
vemos. A cor tem um sentido mais amplo do que apenas acrescentar valor estético
aos objetos, está intimamente associada a significados. Também é uma técnica
racional, aplicada com funcionalidade que identifica, organiza e persuadi quando
associada à impressão.
De acordo com White (2006), a cor serve para enfatizar as idéias válidas
expressas por palavras e ao mesmo tempo fazer com que fique exposta à visão no
layout. Através da combinação de palavras, imagens, linguagem verbal e visual é
possível explorar a cor, tornando as idéias mais claras e memorizáveis.
Toda cor possui características próprias que a identificam em relação às
outras, de acordo com Chinen (2009), são os seguintes aspectos:
Matiz: representa a cor pura, o realce máximo dos seus atributos. É o primeiro
e mais absoluto dos atributos da cor. É a própria identidade da cor e é como nos
referimos a ela: azul, vermelho, verde.
Saturação: também conhecido como croma, representa o grau de pureza ou
intensidade de uma cor. Quando saturada, torna-se muito mais intensa ou vibrante.
Valor: também conhecido como luminosidade, refere-se à quantidade de
claridade ou escuridão que essa cor possui.
Na escolha das cores, é importante usar de bom senso, pois mesmo as cores
tendo um caráter psicológico como mostra o exemplo acima, elas podem valer ou
não, depende do contexto cultural de cada indivíduo como a nacionalidade, o
49
ambiente social, a classe econômica, e até mesmo o estado de ânimo do leitor, isso
pode afetar a maneira como as pessoas reagem às cores.
No quadro a baixo White (2006) exemplifica características atribuídas às
cores:
fundo for de cor escura, a legibilidade é melhor. Mas se for corpo branco sobre fundo
preto se torna muito rígido. Segundo White (2006), deve-se usar corpo sem serifa,
para evitar que as serifas fiquem preenchidas de tinta, evitar também fontes
ultrabold, pois podem ficar saturadas de tintas.
O impresso em amarelo e fundo branco fica praticamente ilegível. Corpo
colorido sobre o fundo branco sofre, pois o contraste é reduzido, a cor é sempre
mais clara que o preto. Para compensar a claridade da cor, White coloca algumas
dicas:
2.1.1.1.9 Imagens
Imagens causam um impacto muito grande, dizem mais que as palavras, elas
emocionam, despertam a lembrança na mente de quem a vê, sendo mais que
apenas a representação simbólica de objetos. Quando usada com competência é o
instrumento mais poderoso de comunicação.
Por este motivo, as imagens devem ser usadas com propósito estratégico,
pois é a primeira coisa que vemos numa página. Além de causar a emoção, são
rápidas, instintivas e despertam curiosidade, introduzem o observador na
informação.
As imagens a serem usadas em publicações devem ser escolhidas por conter
significado e não apenas por valor estético. Imagens pequenas e em grande
52
2.1.1.1.10 Fotografia
2.1.1.1.11 Ilustrações
2.1.1.1.12 Capas
De acordo com White (2006), o logo deve ficar no canto superior esquerdo. O
motivo é que, quando a revista está disposta na prateleira da banca de jornal, as
primeiras palavras que são vistas são as que estão no canto superior esquerdo.
Mas, se a revista for distribuída pelo correio na casa de seus assinantes, então o
logo pode ser posicionado em qualquer lugar.
São as chamadas na capa que vendem a edição. Elas são lidas rapidamente
e devem ser o mais simples possível. Para convencer o leitor, as linhas devem ser
longas e em caixa baixa, pois ocupa menos espaço e é mais fácil de ser lida.
A revista é visualizada da banca de jornal a certa distância. O tamanho da
fonte da chamada da capa deve corresponder a esta distinta distância, então o
principal na capa deve chamar a atenção, mas o resto, segundo White (2006) não
deve ser maior do que o corpo 14.
A cor mais indicada à capa é monocromática, porque remete ao produto mais
elegância e destaca o exemplar da concorrência. Segundo White (2006), nunca se
deve usar o amarelo, por mais que ele cause maior visibilidade, senão a publicação
ficará igual a todas as outras na banca de jornal. As chamadas da capa não podem
competir e sim contrastar com a foto, e o branco e preto são ideais nesse caso.
58
Porém, Matté (2004) cita que esta metodologia é um auxilio ao projeto não
proporcionando garantia de sucesso, somente se chegará ao produto final com o
respectivo sucesso se houver a combinação das capacidades mentais, habilidades
psicomotoras e uma devida dedicação ao projeto. Para tanto, o procedimento é dado
a partir dos dados fundamentais que se apresentam no quadro 4.
59
3.2.1 Problematização
Briefing:
que tinha muita repercussão, mas vendia pouco. Era cara demais e para a elite
econômica talvez incompreensível a sua existência. Saiu de circulação para entrar
para a história, como uma das experiências mais criativas e inteligentes da imprensa
brasileira.
contém uma pequena imagem, em letra caixa alta e um pequeno texto alinhado à
esquerda na direção da imagem, estão à mostra apenas três chamadas. No canto
inferior direito da página, há o código de barra e acima dele o número da publicação.
Nas imagens 06 e 07, é possível ver, destacados, os elementos gráficos que foram
avaliados na análise feita no texto acima.
Especificações de materiais:
Capa: Papel couche gramatura 230g fosco, com verniz localizado.
Lombada: quadrada
Número de páginas: 116
Miolo: couche fosco 80gm
Impressão: offset
Especificações de materiais:
Capa: papel couche brilho, gramatura 150 gm com hot stamp.
Lombada: canoa
Número de paginas: 60
Miolo: papel couche fosco 90 gm
Tamanho: 30 x 22 cm
Impressão: offset
75
Nas páginas internas da revista Ana Loide, ilustrada na imagem 13, percebe-
se o uso de duas variações de fontes, uma família de fontes que há variação entre
light e bold, usadas nos textos, títulos e subtítulos, nas legendas e intertítulos do
texto ou para destacar endereços e sites. Utiliza-se outra família de fonte para os
intertítulos que também varia a cor entre preto e vermelho escuro. O alinhamento é
sempre centralizado assim como o os títulos.
Quando há duas matérias na mesma página, elas são separadas por um Box
com fundo de outra cor. Também percebe-se que existe alinhamento entre as
imagens e os textos.
76
Especificações de materiais:
Capa: papel couche brilho, gramatura 180 g.
Lombada: canoa
Número de paginas: 84
Miolo: papel couche fosco 90 g.
Tamanho: 22,5 x 31 cm
Impressão: offset
Vale lembrar que White (2006) coloca que para destacar texto se faz o uso de
contraste entre estilos de duas fontes apenas.
A ultima imagem é marcada por um grande desalinhamento de colunas.
Também o texto desta coluna está em itálico, não sendo aconselhável o uso de
itálico em textos grandes. Ainda esta página apresenta o titulo com fonte diferente
da utilizada em títulos subsequentes da revista.
3.2.2.3.1 O Papel
A B C D
FORMATO AA FORMATO BB
Símbolo Cm Símbolo Cm
AA 76 x 112 BB 66 x 96
A 56 x76 B 48 x 66
1/2 A 38 x 56 1/2 B 33 x 48
1/4 A 28 x 38 1/4 B 24 x 33
1/8 A 19 x28 1/8 B 16 x 24
1/16A 14 x 19 1/16 B 12 x 16
1/32A 9 x 14 1/32 B 8 x 12
3.2.2.3.5 Impressão
As fontes de texto e títulos variam entre fontes com serifa e fonte sem serifa.
As duas formas são legíveis, dependendo da fonte, do seu tamanho e da adaptação.
As fontes clássicas como: Futura, Helvética, Bodoni e Garamond, são muito legíveis
e resistem ao tempo. As fontes com serifa são mais recomendadas para textos
longos, mas existem fontes modernas bem legíveis como: Frutiger, Meta, Interstate,
Lucida e Verdana.
Usa-se muito fundos escuros com textos em branco, embora não seja muito
aconselhável para textos extensos. Percebe-se a predominância de apenas uma
fonte e, para causar o contraste, é usada a variação das famílias entre bold e light.
O alinhamento predominante é o justificado para textos e alinhamento à
direita, à esquerda e centralizados para legendas e textos pequenos.
Nos materiais, a preferência dos papéis é pelos couchês, em gramaturas para
miolo de 90 a 120gm e para capas de 180 a 230gm. No acabamento, percebe-se
que as revistas são grampeadas lombada canoa ou coladas lombada quadrada.
4 RESULTADO DO PROJETO
Este projeto tem como objetivo o projeto gráfico editorial da Revista Etc Além
da Informação a fim de estabelecer uma melhor comunicação entre veiculo e eleitor.
No planejamento gráfico da revista, foram definidos alguns parâmetros a serem
seguidos em todos os números. Estes parâmetros são o elo entre os números
seguintes da revista, fazendo com que tenham uma coerência conceitual e,
conseqüentemente, estabelecendo uma unidade entre os números.
A unidade é estabelecida através da diagramação da edição dos elementos
gráficos, tipografias, espaços, imagens do equilíbrio entre os elementos que
compõem a página da revista.
padrão visual em toda a publicação. O grid é composto por módulos, para este
planejamento os módulos que compõem o grid medem 15 mm cada lado sendo que,
na vertical, o grid é composto por 12 unidades e na horizontal 16 unidades de
módulos. Todos os elementos que constituem a página são alinhados a partir do
grid, assim é possível estimular a unidade entre as páginas subsequentes da revista.
O desenho 36 exemplifica um módulo.
Alfabeto padrão: para existir uma padronização do projeto gráfico da revista foram
definidas duas categorias tipográficas, uma para texto e outra para os títulos e
intertítulos. Segundo White (2006), deve-se utilizar fontes contrastantes ao invés de
variedades de fontes. Evitar ainda misturar fontes com desenhos parecidos. A
textura da tipografia de texto também exerce grande importância para a escolha, o
115
efeito visual que ela causa num bloco de texto, tem grande potencial sedutor e
atraente também, podendo ser depressivo ou antipático.
A fonte escolhida deve ser usada do início ao fim do texto. Desse modo, a
publicação ficará mais simples e com personalidade. As fontes com corpo sem serifa
são mais difíceis de ler do que as serifadas, por isso a fonte escolhida para textos é
serifada, e a fonte para títulos e intertítulos utiliza o padrão humanista sem serifas.
As tipografias escolhidas seguem os princípios de legibilidade e facilidade de leitura.
O quadro 7 mostra a composição das fontes escolhidas para o planejamento
da publicação que são a fonte Caslon, normal para os textos e de sua variação de
peso, a Caslon Bold que deve ser usada para destaque em palavras importantes no
decorrer do texto.
Intertitulo: para este planejamento serão usados como entrada na leitura do artigo
ou matéria, trabalhando com título será utilizado para chamar a atenção do leitor
para o texto. Os padrões estabelecidos na aplicação dos intertítulos foram definidos
com fonte tamanho 14, Humnst 777BT com alinhamento justificado. A variação de
cor é usada apenas no nome do editor da matéria escrito em letras maiúsculas, na
fonte Humnst 777 BLK BT. A fonte Humnst 777 BLK BT deve ser usada também
para destacar o titulo ou palavras importantes que compõem o intertítulo. O desenho
38 mostra um exemplo de aplicação.
117
da matéria. Para cada editorial, foi escolhida uma cor que se identifica com o
segmento das matérias. Para a escolha das cores, foram estudadas as cores a partir
da psicologia das cores, suas influências sob a percepção humana que se encontra,
no capítulo 2 deste trabalho. O desenho 39 mostra as cores escolhidas para cada
editorial.
Capitular: as capitulares dão cor ao texto, chamam a atenção, dão força visual e
personalizam a publicação. Indicam também que algo novo está começando. Foi
estabelecido que para este projeto as capitulares devem ser usadas apenas em
textos logos e quando usados os diagramas de duas colunas. As capitulares serão
usadas no início de cada matéria, avançando o espaço de três linhas e após a
capitulação usar espaço de 5 mm de afastamento com o texto, devem estar
alinhadas verticalmente de maneira que se encaixe no texto com precisão, como
mostra o desenho 51.
126
altura de versal do tipo. Quando é expandida, torna a cor do bloco de texto mais leve
e aberta, mas quando expandida demais, torna-se elemento independente e deixa
de ser parte de uma textura geral. A medida de entrelinha a ser seguida para os
blocos de textos é de 2mm. Como mostra no desenho 53.
Boxes: são usados quando houver um assunto relacionado ao texto principal, mas
com conteúdo informativo que mereça destaque. O desenho 51 mostra um exemplo
de aplicação onde deve ser usado atrás do parágrafo de texto uma caixa colorida
nas cores institucionais de cada editorial, e o texto em cor branco.
Legendas: as legendas das fotos são palavras muito importantes em uma página de
revista. De acordo com White (2006), quando as pessoas abrem uma nova página
olham primeiro as fotos e depois procuram uma explicação para elas, as legendas.
O lugar mais indicado para a posição das legendas é em baixo das fotos, pois o
leitor vê primeiro a imagem e depois a legenda. O segundo melhor lugar para
posicionar a legenda é no lado direito da imagem, porque a imagem é lida da
esquerda para a direita.
White (2006) coloca que o alinhamento mais adequado para as legendas é da
esquerda irregular á direita, pois a margem esquerda nítida dá um direcionamento à
leitura, tornando-a mais fácil porque o leitor sabe onde voltar para encontrar o início
da linha seguinte. Para este projeto, as legendas das imagens foram propostas da
seguinte forma: quando a imagem é de página inteira e vazada, é necessário utilizar
uma caixa (um retângulo na vertical) colorida sempre na cor institucional do editorial,
com o texto alinhado à esquerda, na fonte Humnst 777BT, no tamanho 10pt, em
negativo ou positivo (negativo fonte branca sobre fundo colorido, positivo cor preto
sobre fundo colorido), dependendo da legibilidade do texto sobre o fundo colorido, o
desenho 54 mostra um exemplo de aplicação. E quando a imagem não ocupar a
página inteira, a legenda deve ser escrita na fonte Humnst 777BT, no tamanho 10pt,
alinhado à esquerda, como mostra o desenho 55.
130
A aplicação do nome do profissional que escrever a matéria deve se feito com uma
foto de rosto no tamanho de 30mm x 25mm e ao lado da fotografia deve ser escrito
o nome e profissão alinhados a esquerda na fonte Humnst 777BT no tamanho no
tamanho 11pt, como mostra o desenho 55. A exceção da aplicação da foto quando
que a matéria for relacionada com o anúncio da página e o mesmo conter a foto do
profissional, desta forma faze se a aplicação do nome autor junto ao intertítulo.
132
Imagens: hoje as pessoas dispõem de menos tempo e há muita coisa para ler e ver,
também em função da TV, rádio, internet do celular e ainda uma infinidade de
revistas segmentadas. Por este motivo, o leitor acaba por optar em ler o que chama
mais a atenção, o texto que mais o envolve, principalmente através de imagens. De
acordo com White (2006, p.12), “as imagens envolvem o observador por meio da
emoção e da curiosidade”. Assim, é importante que as revistas tenham textos curtos
e sejam mais visuais, com até 50% imagens e 50% texto. Deste modo o uso das
imagens para esta publicação determina que ocupem, no mínimo, um terço da
mancha gráfica, sendo estas sangradas (que invadem as margens da página)
obedecendo aos limites modulares dos diagramas impostos. De acordo White
(2006), as imagens sangradas são ótimas para aumentar o campo visual da revista
e na mente do leitor o sangramento aumenta a página e chama a atenção. O
desenho 56 mostra um exemplo aplicação de imagem na diagramação da revista.
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Capa: A capa funciona como um cartaz ou pôster. Ela é vista em um tempo muito
rápido, portanto deve-se pensar em escala grande e quanto mais simples melhor.
Boa aparência estética é considerada um fator secundário. De acordo com White
(2006), o logo e a manchete devem ficar no canto superior esquerdo, pois quando a
revista está disposta na prateleira da banca de jornal. As primeiras palavras que são
vistas são as que estão no canto superior esquerdo, então o principal na capa deve
chamar a atenção, mas o resto, segundo White (2006), não deve ser maior do que o
corpo 14.
Composta de uma imagem fotográfica deve ser utilizada de forma sangrada
sobre fundo chapado. Os elementos gráficos que informam editor, data, número e
valor serão dispostos no lado direito superior com alinhamento direito. No lado
esquerdo superior é aplicada a marca, o espaço e posição que ela deve ocupar,
como está exemplificado do desenho 62. Os elementos que identificam as
chamadas serão dispostos na parte inferior da página alinhados à esquerda junto
com uma imagem, e devem seguir os padrões de tamanho e alinhamento como
mostra o desenho 63. Todas as informações que compõem a capa devem ser
escritas da fonte Humnst 777BT e, quando for um elemento que necessite destaque,
deve ser escrito na fonte Humnst 777 Blk BT. A manchete deve ser posicionada no
lado esquerdo, acima, chamadas em um tamanho maior conforme a necessidade e
a disposição do espaço. O desenho 64 mostra a aplicação dos elementos gráficos
na tarja inferior de cor pantone 438 c e em CMYK C 37, M 51, Y 33, K 78 e em RGB
R 84, G 61, G 61.
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4.1.1 Normatização
Especificações de materiais:
Impressão OFFSET
Miolo: Couchê L2 90g.
Capa: Couchê L2 180g plastificação frente e verso.
Cores: 4x4
Capa/encadernação: Brochura de lombada canoa
Formato Fechado: 21 X 28 cm. Podendo ser impresso em folhas tamanho BB (33 X
48 cm).
4.1.2 Supervisão
Especificações de materiais:
Impressão OFFSET
Miolo: Couchê L2 90g.
Capa: Couchê L2 180g plastificação frente e verso.
Cores: 4x4
Capa/encadernação: Brochura de lombada canoa
Formato Fechado: 21 X 28 cm. Podendo ser impresso em folhas tamanho BB (33 X
48 cm).
De acordo com o orçamento apresentado pela empresa News Print Gráfica e Editora
o custo para produção gráfica de 1000 exemplares com as características descritas
acima é de R$ 2690,00. E o orçamento apresentado pela empresa Imprimax Gráfica
e Embalagens é de R$ 3250,00.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHINEN, Nobu (Org.). A Cor. In: ______ .Curso Completo Design Gráfico . São
Paulo: Scala, 2009. cap. 2, p. 43 -73.
HENDEL, Richard. O design do livro. 2. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006. 224 p.
SANTOS, Flávio Anthero dos. O design como diferencial competitivo. Itajai, SC:
Editora da Univali, 2000.
RIBEIRO, Milton. Planejamento visual gráfico. 7. ed. rev., atual. Brasília: Linha
Gráfica, 1998. 498 p.
VILLAS-BOAS, André. O que é e o que nunca foi design gráfico. 3. Ed. Rio de
Janeiro, RJ: Editora 2AB 2000.76 p.
WILLIAMS, Robin. Design para quem não é Designer. 2 Ed. São Paulo, Editora
Cellis 2006. 188p