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de aulas (OPA)
Uma parceria entre a SED/SC e
o Instituto Ayrton Senna
Matemática
A exploração da linguagem das funções, da geometria e da
trigonometria
1º ano/2º bimestre
1º ano/2º bimestre
Orientação para planos de aulas
Uma parceria entre a SED/SC (OPA)
e o Instituto Ayrton Senna
Matemática
A exploração da linguagem das funções, da geometria e da
trigonometria
Introdução p. 02
Introdução
Caro(a) professor(a),
Metodologias integradoras
Atividades
No quadro a seguir apresentamos as sínteses das atividades. Os comentários para o
planejamento das aulas são apresentados na descrição das propostas. Lembre-se de que
as propostas de Matemática se integram com Letramento Matemático visando permitir
aos alunos aprender noções e conceitos fundamentais no Ensino Médio e ao mesmo
tempo, revisar alguns dos temas importantes do Ensino Fundamental, essenciais para as
aprendizagens futuras nos próximos bimestres.
Quadro de competências e
conteúdos
Matemática
Competência de Competência de Competência de Competência de
área 1 - Construir área 2 - Utilizar o
área 4 - área 6
Matriz de significados para conhecimento Construir noções - Interpretar
competências do os números geométrico para de variação de informações de
Enem naturais, inteiros, grandezas para
realizar a leitura natureza científica e
racionais e reais. ea a compreensão social obtidas da
representação da da realidade e a leitura de gráficos e
realidade e agir solução de tabelas.
sobre ela. problemas do
cotidiano.
x Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e
fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas
Competências do espanhola e inglesa.
Enem comuns a x Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar,
todas as áreas interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para
tomar decisões e enfrentar situações-problema.
x Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em
diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas,
para construir argumentação consistente.
Competências da x Colaboração
Matriz de x Pensamento crítico
competências para x Resolução de problemas
o Século 21 x Comunicação
(cognitivas e
socioemocionais)
Leitura,
Sequência interpretação e Desenvolver a confiança na
Resolução de 6 aulas.
Didática resolução de capacidade pessoal de resolução p. 11
Problemas
1 diferentes tipos de de problemas.
problema.
2 aulas de
45minutos e, após a
segunda semana de
aula, mais20
minutos
Ganhar agilidade de cálculo semanais,dentro
Frações; dos tempos
Sequência envolvendo operações básicas
Cálculo números inteiros; estabelecidos para
Didática com inteiros e frações e p. 19
Mental equações de 1º as aulas de
2 desenvolver habilidades com
grau. Matemática,
resolução de equações de 1º grau.
distribuídos em
sessões de 10
minutos, 2 vezes
por semana no
início da aula.
Manipular corretamente as
expressões com letras sem a
Simplificação de
necessidade de atribuir ou
expressão
determinar algum valor numérico;
Sequência algébrica;
calcular o valor numérico de uma 6aulas.
Didática Álgebra valor numérico; p. 21
expressão algébrica;
3 produtos notáveis;
fazer simplificação de expressões
resolução de
algébricas;
problemas.
utilizar produtos notáveis na
resolução de problemas.
Identificar gráfico da função
polinomial de 1º grau;
Sequência Função afim: calcular os zeros da função
Ampliação do
Didática gráfico, raiz, polinomial de 1º grau; 11aulas. p. 27
estudo de
4 domínio, imagem, determinar domínio e imagem da
funções
crescimento. função polinomial de 1º grau;
resolver problemas envolvendo
função polinomial de 1º grau.
Teorema de Identificar relações trigonométricas
Pitágoras; num triângulo retângulo;utilizar
relações calculadora, ou tabela
trigonométricas no trigonométrica, para consultar
triângulo valores de seno, cosseno ou
Sequência retângulo; tangente de um ângulo diferente 13aulas
Trigonometria
Didática relações de 30o, 45o ou 60o; calcular p.32
5 trigonométricas medidas e distâncias inacessíveis
básicas: utilizando trigonometria do
senx/cosx = tg x; triângulo retângulo; resolver
sen2x + cos2 x = 1. problemas envolvendo relações
trigonométricas básicas.
Aula
1
SD1 - Problema 1 SD 3 - Ficha 10 do SD 1- Problema 4
Caderno do
Apresentar o Estudante Ficha 9do Caderno
problema da (continuação) do Estudante
semana 1
Ficha 1do Caderno Ficha 2do Caderno Ficha 3do Caderno SD 2 - Ficha 3 do
do Estudante do Estudante do Estudante Caderno do
sequências 2 e 3 Estudante
Sequências 4 e 5
3
SD 3 - Ficha 9 do SD 1- Problemas 2 SD 4 - etapas 1 e 2 SD 4 - Etapas 2 e
Caderno do e3 3
Estudante Winplot e livro
didático
4
SD3 - Ficha 11 do
Caderno do
Estudante
5
SD 3 - Ficha 10 do SD 1 - Retomada
Caderno do do problema da
Estudante semana 1
Parada para
6 Aula livre Avaliação - em 2
Aula livre
tempos
Aula
1
SD 2 - Problema 5 SD 1 - Problemas SD 1 - Problema 8 SD 5 - Etapa 3
6e7
Apresentação do Ficha 7 do
problema da Ficha 6 do Caderno do
semana 2 Caderno do Estudante
Estudante
2
SD 2 - Ficha 4 do
Caderno do SD 5 - Etapas
Estudante 2e3
sequências 1 e 2
SD 4 -Ficha 12 do
Caderno do
Estudante SD 1 - Ficha 4do
Caderno do
Estudante
Sequência
3 3
SD 5 - Etapas
1e2 SD 5 - Etapas
2e3
Fichas 14 e 15do
4 Caderno do
Estudante SD 1 - Retomada
SD 4 -Ficha 13do do problema da
Caderno do semana 2
Estudante
Parada para
6 avaliação
Aula livre Aula livre
Desenvolvimento
Nas aulas de problema desta proposta de educação integral, o termo problema se associa
a uma situação proposta cuja solução não é imediatamente acessível ao aluno ou grupo
resolvedor, porque não favorece a utilização imediata de um algoritmo, ou de um
processo que identifique automaticamente os dados com a conclusão, exigindo, portanto,
busca, investigação, estabelecimento de relações e envolvimento de habilidades não
cognitivas tais como perseverança, autogestão, gestão de processos e comunicação para
enfrentar uma situação nova.
Ao selecionar problemas é importante que eles sejam de tipos variados, não
exclusivamente algébricos, em uma tentativa de modificar o desenvolvimento habitual das
aulas de Matemática. Os problemas são um meio para pôr o foco nos alunos e em seus
Gestão da aula
9 A proposta é criar um ambiente em que sintam prazer com desafios e com sua
atividade intelectual, podendo avaliar mais de um ponto de vista para abordar ou
solucionar um problema, formular perguntas, criar caminhos próprios de atuação em
Matemática.
9 O painel de soluções feito com os alunos e com análise de soluções é fundamental.
Compartilhar vozes e reflexões na aula é parte do desenvolvimento da comunicação
em Matemática.
9 Ajude a se organizarem para que suas resoluções fiquem compreensíveis a eles e aos
demais, dando pequenas sugestões, mas não assumindo o registro das resoluções no
quadro. Lembre-se de que só aprende a escrever quem escreve.
9 Não se esqueça de continuar pondo em prática as sugestões de gestão da aula de
problemas que demos no bimestre passado.
Problema 3
Ana, Beatriz e Ciro são alunos do 1º ano e estavam curiosos para saber quem tirou a
melhor nota nas provas finais, comparando três disciplinas. Em vez de dizer as notas, a
professora deu algumas pistas para que eles mesmos descobrissem quem era o melhor
em Língua Portuguesa, em Matemática e em Geografia.
Considere as pistas seguintes para descobrir quem é o melhor em cada uma dessas
disciplinas e que nota tirou.
B Ana tirou nota maior do que 90, mas essa nota não corresponde à prova de Língua
Portuguesa.
B Beatriz obteve uma nota menor do que a de Ciro.
B Ciro não foi bem em Matemática.
B O melhor em Matemática teve nota 90.
B O aluno que tirou a maior nota é o melhor em Geografia.
Problema 4
O rolo de barbante (veja Ficha1 do Caderno do Estudante).
Problema 5
Um grupo de quatro pessoas pretende atravessar uma densa floresta durante a noite,
dispondo para isso de uma lanterna cujas pilhas durarão uma hora. O estreito caminho
pelo qual passarão permite apenas a passagem de duas pessoas por vez.
O tempo que cada uma demora para atravessar a floresta varia de pessoa para pessoa.
Uma demora 5 minutos; outra,10 minutos; outra, 20 minutos e outra, 25 minutos. Como
conseguirão atravessar a floresta antes que as pilhas da lanterna se esgotem?
Problema 7
Este problema está em tiras e fora de ordem.
Essa proposta auxilia os alunos a perceber como se articula o texto problema e como é
construído, enfatizando a coerência textual e a articulação da pergunta com o resto do
problema.
Assim, o primeiro procedimento dos alunos será organizar o problema na ordem correta
para poder resolvê-lo e, em seguida, fazer um plano de resolução do problema.
Para resolver esta questão eles deverão primeiro saber a vazão total do tanque, depois
a vazão por ralo e depois a vazão do novo tanque.
Após fazer a correção, converse com os alunos a respeito dos cuidados para ler um
problema e como isso auxiliou na resolução. Deixe que eles falem a respeito do processo.
Problemas da semana
Para as duas últimas semanas de cada mês do bimestre imaginamos uma estratégia que
não é a de propor uma aula na semana para a resolução de um problema, mas propor
um problema que seja deixado por uma semana para ser investigado e resolvido.
A ideia do problema da semana é levar os alunos a perceber que muitas vezes a
resolução de problemas não é imediata, requer muitas idas e vindas, trabalho de
persistência, acertos, erros e retomadas. Evitamos ou desestabilizamos assim, a crença
de que ser ágil é sinônimo de ser “bom em Matemática”, ou ainda de que se não tiver a
resposta de imediato deve-se desistir de resolver o problema.
Gestão da aula
Alguns aspectos da organização desse trabalho:
9 Providencie um espaço na sala de aula, ou fora dela, no qual o problema ficará
exposto e as soluções poderão ser publicadas.
9 Explique aos alunos, na primeira aula da semana, que você proporá um problema e
que eles terão uma semana para tentar resolver e publicar a solução no painel, com
os seus respectivos nomes.
9 É importante que fique bem claro que uns podem ver as soluções dos outros e até
rever sua resolução. Mas uma resolução colocada não pode ser retirada. Isso ajuda
a cada um pensar no que fez, a analisar diferentes soluções etc.
9 Não há nota pelo problema da semana. Eles devem aos poucos entender o valor de
resolver.
Problema 8
Este problema está na Ficha 4 do Caderno do Estudante. A respeito dele vale comentar
que ao tentar resolvê-lo o aluno encontrará, certamente, dificuldades na identificação de
todos os triângulos, pois se trata de uma figura que contempla muitas figuras desse tipo.
A estratégia é achar uma forma de organizar a contagem, mas não dê dicas nem comente
nada com os alunos, eles precisam viver essa experiência.
De fato, problemas desta natureza exigem que a sua resolução contemple uma
abordagem paciente, organizada que poderá ser a conquista dos alunos durante a
semana em que pensam a respeito. Ver as soluções uns dos outros, perceber que um
aluno contou 10 triângulos, outro contou 25; outro, 35 e assim por diante, faz repensar,
querer saber quem tem razão, querer ter certeza de que já se contaram todos os
triângulos que aparecem. Essa análise é que impulsiona a revisão da estratégia inicial.
Na discussão das soluções, já diga a eles que a resposta é 35. E peça que analisem o
que pode ter acontecido com quem contou menos ou mais triângulos. Valorize a
discussão e a justificativa, em especial daqueles que conseguiram ver os 35 triângulos.
Caso isso não tenha acontecido você pode fazer perguntas tais como:
x Numerar os triângulos pode ajudar?
x Eu vejo um triângulo aqui (1,2,3). Há mais como esses?
x Tem algum triângulo que inclui o pentágono central?
Quando numeramos os triângulos que vemos mais imediatamente, temos a identificação
de 10 triângulos:
7. Há outras soluções possíveis para os números e isso é divertido discutir. Avise a eles
que procurando esses, encontrarão outros números e sugira que anotem, para
conversar a respeito dos números que descobriram. Se achar que vale, desafie o
grupo a escrever todos os números de 0 a 30.
Problemas complementares
Problema Complementar 1
Leia o seguinte texto:
Usando aritmética:
O segundo problema também tem enfoque na leitura, com a proposta de ordenar um texto
embaralhado. O problema pode ser apresentado aos alunos para que eles o reescrevam
de modo ordenado.
Problema Complementar 2
O texto do problema a seguir foi embaralhado. Coloque o texto em ordem e depois
resolva o problema.
Como primeira proposta de cálculo mental neste bimestre, exploraremos um jogo visando
retomar algumas ideias básicas de frações e suas relações com números decimais. O
jogo é simples, de fácil execução e permitirá que, combinado às demais atividades do
mês, os alunos revisem esses temas, que são importantes como ferramentas de cálculo
no Ensino Médio.
Etapa 2
A partir da terceira semana de aula do bimestre, realize duas vezes por semana sessões
de 10 minutos de cálculo mental. Para isso utilize as propostas das Fichas 7 e 8 do
Caderno do Estudante.
Estudo de Resolução de
estruturas problemas
Aritmética Variação de
generalizada grandezas
Álgebra
1USISKIN, Zalman. Concepções sobre a álgebra da escola média e utilização das variáveis. In:
As ideias da álgebra. COXFORD, A.F., SHULTE, A.P. (Orgs). São Paulo: Atual, 1994. p. 9-22.
Após essa breve retomada a respeito do sentido da álgebra, esperamos que tenham
ficado mais claras as escolhas feitas para as atividades propostas. Exatamente para
contemplar as diferentes concepções dessa linguagem a ser aprendida pelos jovens é
que desde as Orientações do 1º. bimestre as atividades se organizam em blocos com
objetivos distintos.
No primeiro deles, desenvolvido no 1º bimestre, o foco foi a passagem da linguagem
verbal, das palavras, para a linguagem simbólica ou algébrica. Simultaneamente, os
alunos, ao estudar sequências de padrões, desenvolverão o conceito de função e a ideia
da Álgebra como linguagem para expressar generalidades.
No segundo bimestre, o objetivo é o manuseio de expressões algébricas (calcular valor
numérico e simplificar expressões) e a introdução as funções. Mas continuamos
trabalhando com diferentes ideias da álgebra. Sem contar que as atividades têm sido
baseadas em jogos e problemas com forte apelo lúdico e em atividades em grupo. Essa
escolha se deve à oposição ao ensino meramente expositivo e de treino de técnicas, que
pode ter sido a razão de não aprendizagens.
Finalmente, em um terceiro e quarto bimestres a ênfase estará na resolução de
problemas algébricos com o recurso de equações de 1º. e 2º. graus, para ampliar a
compreensão do estudo das funções linear e quadrática.
Gestão da aula
Para gerir melhor a primeira parte da sequência de álgebra:
9 Lembre-se de que toda aula deve ter começo, meio e fim, por isso não se esqueça
de no início da aula colocar no quadro o que será feito e, ao final, avaliar se o que foi
proposto foi realizado por todos.
9 Destacar as aprendizagens feitas e avaliar com os alunos o que pode ser melhorado
são duas atitudes que não podem faltar no final da aula. Assim, todos se percebem
aprendendo e sabem que você professor olha para eles de fato.
9 Como nas sequências de trabalho anteriores, depois do trabalho em duplas ou
grupos, organize a sala em círculo e proponha que pelo menos dois alunos registrem
no quadro suas soluções, por escrito, de modo que vocês possam analisar
semelhanças, diferenças, e eventuais equívocos nas soluções encontradas.
9 Para cada atividade, incentive que alunos diferentes apresentem suas soluções.
Você pode escolher quem deve ir ao quadro enquanto circula pela sala.
Desenvolvimento
1. Distribua a Ficha 9 e solicite que os alunos tentem ler e resolver individualmente, para
depois, em duplas ou trios, conferirem suas resoluções.
2. Ao final, na retomada com toda a sala, a cada proposta você pode levantar as
aprendizagens e dúvidas, antes de fazer a discussão.
É importante que para aquilo que eles conseguiram fazer sem ter dúvidas, você apenas
forneça as respostas para que confiram suas soluções. Desenvolva ou “corrija” somente
as atividades que eles erraram ou apresentam dúvidas. Analisem juntos os possíveis
erros. Isso favorece a autogestão e também a consciência pessoal do que sabem ou não.
Caso perceba que alguns jovens não se sentiram à vontade para se expor, você mesmo
pode dizer que em outra turma alguém apresentou a dificuldade percebida por você, e
pode perguntar aos alunos o que eles diriam para ajudar a pessoa com aquela dúvida ou
dificuldade.
3. Incentive os alunos a registrar em seus cadernos o significado de área, perímetro, e
o sentido de simplificar uma expressão algébrica.
Gestão da aula
9 Prepare-se para essa sequência de atividades porque ela está organizada para 4
tempos de aula da seguinte maneira: um deles para a compreensão do problema e
planejamento das ações, outro para a busca da resolução e socialização das
respostas obtidas, e dois tempos para a sistematização das aprendizagens e
eventuais intervenções do professor.
9 Organize a classe para o trabalho em grupos. Para isso os alunos devem ser
lembrados de que:
Desenvolvimento
Essa atividade foi especialmente pensada para exigir que os estudantes exercitem o
planejamento antes da resolução do problema.
Na prática, quando resolvemos problemas mais elaborados como o apresentado, muitas
vezes o plano de resolução se dá em nossas cabeças, sem que as etapas de
desenvolvimento sejam explicitadas para nós mesmos. No entanto, a cada problema
sempre organizamos a resolução de acordo com o passo a passo proposto nessa
atividade. Para os alunos, vivenciar esse processo de resolução é essencial, pois pode
se tornar um método pessoal para a resolução de outras situações-problema complexas.
1. Comece o dia de trabalho reunindo a turma em grupos e dê tempo para que eles
decidam sobre seus papéis no grupo.
2. Em seguida, converse sobre a importância de planejar para alcançar objetivos que,
de início, parecem muito complexos. Conte-lhes que, nesta atividade, você irá
desafiá-los a usar essa capacidade de planejamento para resolver um problema de
Matemática.
3. Peça que cada quarteto leia a primeira página da Ficha 10 do Caderno do Estudante
e promova uma breve discussão para compartilhar o que pensaram sobre a atividade.
4. Peça que leiam a página seguinte da atividade. Esta pede aos times que formulem
um plano de resolução para o problema, antes de começar a tentar resolvê-lo.
Observe que a primeira questão deve ser respondida individualmente e cabe ao líder
registrar as respostas de seus colegas. As demais questões deverão ser trabalhadas
com o grupo todo junto.
Durante a leitura e o desenvolvimento das primeiras solicitações da atividade, observe se
os alunos recorrem ao desenho para entender melhor o problema e pensar soluções para
ele.
Os jovens podem se mostrar um tanto temerosos de início pelo fato do problema trabalhar
com letras e por se solicitar mais do que uma resposta para ele.Então, será preciso
estimular a iniciativa! Evite dar a resposta “logo de cara”: incentive a curiosidade deles
para descobrirem como resolverão o problema proposto. Lembre-os de que podem
“contar com a força de seu grupo”, ou seja, com o conhecimento dos colegas. Você pode
lembrá-los de que podem consultar livros didáticos, para que pesquisem e tentem resolver
o ‘mistério’ (a dificuldade). Os grupos podem trocar entre si as conclusões a que forem
chegando e você atua como um mediador nesse processo, fazendo perguntas que
estimulem o raciocínio ou que os façam recordar de conceitos já trabalhados nas aulas
do período regular.
Atuando dessa forma, você estará fortalecendo a capacidade de raciocínio dos jovens,
bem como o desenvolvimento de uma postura ativa e colaborativa. Essa forma de ensinar
garante tempo para que possam assimilar os desafios propostos e tentem resolvê-los,
combatendo a ideia de que o professor deve dar todas as respostas sem que se esforcem
para obtê-las, numa postura passiva e pouco reflexiva.
Duração 11 aulas.
Prevista
Para a sua mediação e presença pedagógica:
Nesta proposta espera-se que, ao estudar funções, o aluno aprenda a relacionar as
grandezas envolvidas, expressar a função algébrica, identificar as propriedades da função,
ler, interpretar e produzir gráficos.
A partir da OPA do 1 bimestre, nosso foco foi que os alunos se apropriassem do sentido de
funções em situações de investigação sobre a dependência entre duas grandezas, em
situações cotidianas, em gráficos da mídia, na observação e descrição de regularidades em
sequências. Nesta OPA 2 ampliaremos o estudo de funções particulares (polinomial de 1º
grau) e continuaremos a investigação com recursos da tecnologia, mais especificamente
com Winplot. De posse das noções e da imagem gráfica das funções, daremos mais ênfase
para que os alunos compreendam as definições e a manipulação simbólica de expressões
algébricas de funções.
Entretanto, mais do que sua justificativa pela aplicação em outras áreas do saber, as
funções correspondem a uma das concepções da linguagem algébrica quando
entendemos que, ao relacionar duas grandezas e estudar a variação de uma em termos
da outra, estamos tratando de variáveis de fato, ou seja, as letras assumem a função de
variáveis, podendo ter diferentes valores, mas de modo interdependente.
Outro aspecto importante do estudo de funções está em seu caráter integrador, mas
agora de modo especial entre conteúdos e conceitos matemáticos. Para tomarmos um
exemplo, as sequências numéricas, em especial as progressões aritméticas e
geométricas, nada mais são do que funções. Do mesmo modo, uma parte importante da
Gestão da aula
9 Socialize com os alunos os objetivos da proposta e explicite que é esperado que eles
aprendam, além dos objetivos explicitados no quadro inicial, a resolver situações-
problema e argumentar logicamente.
9 Verifique se eles compreendem as expectativas de aprendizagem e esclareça
dúvidas, mas vamos retomar isso ao final do trabalho para que compreendam melhor
o sentido dos termos e percebam onde aprenderam/tiveram dúvidas.
9 Explicite como trabalharão e quanto tempo terão para isso: 18 aulas.
9 Ao iniciar este roteiro de trabalho, entregue aos alunos uma lista com
aproximadamente 12 atividades selecionadas nos livros didáticos que eles têm e que
se relacionam com o que farão em aula. Explique-lhes que essa lista servirá para
estudarem aos poucos. A cada aula, mostre-lhes qual(is) atividade(s) extra(s) podem
2MARKOVITS, Z.; EYLON, B. S.; BRUCKHEIMER, M. “Dificuldades dos alunos com o conceito
de funções”. In: COXFORD, A.; SHULTE, A. P. (Orgs.) As ideias da álgebra. São Paulo: Atual,
1995. p. 49-69.
Desenvolvimento
1. Proponha que os alunos utilizem o Winplot para traçar os gráficos das seguintes
funções com domínio em R:
2. Peça que analisem semelhanças e diferenças entre as funções para vocês fazerem
uma lista coletiva do que observaram.
3. Em seguida, eles devem fazer os gráficos de:
4. Feitos os gráficos, eles devem decidir quais são mais parecidos com os estudados
para as três primeiras funções e, então, tentar escrever algumas características
comuns de cada grupo. A ideia é que percebam a falta da variável x em algumas
funções, a presença de um expoente 2 na variável das funções 3, 6 e 8 e que nas
demais aparece a variável x. Não explique ainda função constante, de 1º ou 2º grau,
3Professor, caso sua escola não disponha de Winplot você pode propor aos alunos as mesmas
atividades utilizando régua, papel e lápis. No entanto, se sua escola tem o recurso não deixe de
utilizá-lo: lembre-se de que a imagem faz diferença no estudo das funções e que o trabalho “braçal”
pode desanimar tirando o foco da investigação, do conceito. Além de que os jovens são atraídos
por ferramentas tecnológicas.
1. Peça aos alunos que, em duplas, construam no Winplot os gráficos das seguintes
funções de domínio real:
f(x) = x
g(x) = x + 2
h(x) = x - 2
j(x) = x+1
2. Após construírem, devem fazer uma lista de semelhanças e diferenças entre elas.
Depois, podem fazer o mesmo para as funções:
y = 3x
y = 3x - 1
y = 3x - 1,5
y = 3x + 0,5
Gestão da aula
9 O trabalho com problemas exige um clima educativo que favoreça a confiança dos
alunos em suas capacidades de aprendizagem, de modo que não temam enganar-
se, mudar de opinião ao raciocinar ou dizer “não sei”.
9 A proposta é criar um ambiente em que sintam prazer com desafios e com sua
atividade intelectual, podendo avaliar mais de um ponto de vista para abordar ou
solucionar um problema, formular perguntas, criar caminhos próprios de atuação em
Matemática.
9 O painel de soluções feito com os alunos e com análise de soluções é fundamental.
Compartilhar vozes e reflexões na aula é parte do desenvolvimento da comunicação
em Matemática.
9 Ajude a se organizarem para que suas resoluções fiquem compreensíveis a eles e
aos demais, dando pequenas sugestões, mas não assumindo o registro das
resoluções no quadro. Lembre-se de que só aprende a escrever quem escreve.
Na resolução desse problema, caso eles ou não percebam um meio de organizar uma
tabela com as três situações e simulações de valor pago em função da quantidade de
alimento consumida, pergunte se fazer uma tabela pode ajudar.
SD 5
Trigonometria do Triângulo Retângulo
Resumo A trigonometria é um tema do ensino de Matemática que cumpre uma
função de elo entre diversas ideias relativas a números, medidas,
figuras geométricas e álgebra. Com origem nos processos de medição,
desde a antiguidade, a trigonometria sempre esteve atrelada ao
cálculo de distâncias inacessíveis, nas quais a medição direta era
impossível, mas necessária, para, por exemplo, prever as estações e
demais períodos do ano pela observação da posição dos astros,
orientar as rotas de navegantes pelas estrelas, calcular altura de
montanhas ou o tamanho do raio da Terra. Ela, ao mesmo tempo em
que dá significado a diversos conteúdos estudados, exatamente por
seu caráter integrador, é relativamente complexa para ser aprendida.
Foco Usar a trigonometria na medição de distâncias inacessíveis.
Desenvolvimento
3. Conte aos alunos que com as peças do tangram é possível criar figuras de bichos,
objetos, pessoas e incentive que criem figuras usando as regras: é preciso usar todas
as peças que devem estar encostadas umas nas outras por pelo menos um vértice,
sem que se sobreponham. As figuras podem ser criadas em papel colorido, coladas
e expostas em sala.
4. Em outra aula, veja com a turma os primeiros 4 minutos do vídeo “Polígonos”.
Disponível em: bit.ly/polígonos.
Por exemplo, na construção dos triângulos com três peças o desenho deve ser
aproximadamente o que segue:
Estudos Orientados
Ao chegar aqui prepare uma ficha extra com alguns problemas com teorema de Pitágoras,
medidas de ângulos, triângulos e trigonometria do triângulo retângulo e ofereça aos
alunos que desejem saber mais ou estudar mais para ampliar conhecimentos. Coloque
orientações na ficha:
4
Esta e as próximas atividades foram adaptadas de DINIZ, M. I. Cadernos do Mathema
– Trigonometria. Mimeo.
Durante essa aula, construa com eles um resumo que podem anotar em seus cadernos
e utilizar na próxima aula, na qual devem usar novamente o tangram.
Gestão da Aula
Acompanhe o trabalho das duplas e faça anotações. Observe se os alunos:
9 Realizam as construções solicitadas.
9 Calculam as áreas usando uma unidade não convencional, no caso o triângulo
pequeno do tangram (Tp).
9 Relacionam as áreas com o fator de ampliação das figuras.
9 Anotam conclusões.
9 Verifique também se são capazes de corrigir a afirmação sobre áreas de figuras
semelhantes para: se duas figuras geométricas planas são semelhantes com
constante de semelhança igual a K, então a área de uma delas é igual a K2 vezes a
área da outra.
9 Ao final, numa roda de conversa:
x Apresente a resposta correta para a relação entre as áreas.
x Destaque a importância da organização no grupo para a execução adequada
do que foi solicitado e os avanços conseguidos por todos.
x Faça comentários especiais sobre o que aprenderam e sobre o que não sabiam
e conquistaram ao longo da atividade.
4. Depois devem medir os lados de cada triângulo e calcular, com auxílioda calculadora,
os seguintes quocientes em relação ao ângulo escolhido:
Espera-se que, para os quatro triângulos traçados, os valores de cada uma das
razõessejam valores próximos, caso contrário solicitem que refaçam as medições e os
quocientes.
Certamente não haverá coincidência nos valores, mas devem se aproximar. No caso do
ângulo de 37o e dos triângulos desenhados acima, os valores são aproximadamente
iguais a:
0,6 0,8 0,7
5. Promova uma discussão coletiva sobre o que eles observaram com essas medições
e questione se há alguma relação entre os triângulos com os mesmos ângulos
internos.
Se os alunos não identificarem, informe que os triângulossão semelhantes, pelo fato
de terem os três ângulos com mesmas medidas, por isso a razão entre os lados
correspondentes é sempre a mesma.
6. Agora a proposta é fazer a construção inversa. As duplas devem desenhar triângulos
em que valham as razões encontradas por eles na atividade anterior. Explicando
melhor, em nosso exemplo vamos construir um triângulo retângulo em que a razão
Assim, se o cateto adjacente medir 10 cm o cateto oposto deve medir 10cm x 0,7 =
7cm.Desenhado o triangulo retângulo com essas medidas eles devem medir com o
transferidor o ângulo oposto ao lado de 7 cm, quando se espera que encontrem o ângulo
de 37o.
Ou seja, qualquer uma das três razões define o ângulo e vice-versa, ou ainda, essas
razões entre medidas de comprimento substituem a medida do ângulo em graus. É como
se essas razões fossem medidas do ângulo.
Ao final, defina as três razões como seno, cosseno e tangente do ângulo selecionado em
cada triângulo e escreva as igualdades para um ângulo qualquer:
Estudos Orientados
A partir desta etapa, entregue aos alunos uma lista contendo 12 a 16 problemas para que
eles possam ter tempo de revisar e aprofundar as noções e conceitos estudados até aqui.
Inclua questões do Enem. Eles podem realizar essas propostas nos tempos de estudos
orientados. Lembre-se de que seus alunos ficam o dia todo na escola, ajudar que tenham
tempo para estudar é importante.
b2 + c2 = a2.
2. Com esses resultados proponha aos estudantes que, em duplas, resolvam alguns
problemas de livros didáticos que solicitam o cálculo de razões trigonométricas e uso
da relação fundamental que devem constar da lista sugerida anteriormente.
O bimestre acaba aqui e nós esperamos que os alunos já estejam bem mais
integrados ao trabalho, à proposta e sabendo mais Matemática!
Agora é ter foco no que mais vem por aí. Até já. Encontramo-nos no terceiro
bimestre.