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0. Introdução
0.1. O que é a Didáctica de Física?
- Que papel joga a estrutura e sistemática da disciplina das ciências físicas para a
concepção e realização de uma aula de Física?
Primeiro Aspecto:
Física, como uma das ciências da natureza, permite a aquisição de conhecimentos
exactos e sistemáticos sobre os fenómenos e regularidades da natureza, assim como
sobre a aplicação destas leis para o bem da humanidade.
Ela fornece ao jovem uma concepção científica e filosófica correcta do mundo e das
transformações que ocorrem na natureza e na sociedade, o que lhe possibilita
descobrir a sua relação com o mundo e a sua identidade.
É com o domínio dos conhecimentos das ciências físicas que o homem se torna
capaz de resolver vários problemas em vários ramos da vida social, como por
exemplo na indústria, na agricultura, na economia, na medicina, no meio ambiente e na
produção em geral.
Segundo Aspecto:
Toda a pessoa pensa antes de agir, isto é, ela tenta planificar a sua vida e as suas
actividades particulares e colectivas.
Além disso, o plano de aula sugere os instrumentos de avaliação mais adequados para
verificar o alcance dos objectivos em relação à aprendizagem.
• definir que conteúdos deverão ser aprendidos para se saber que matérias
deverão ser preparadas;
• que actividades terão que ser organizadas, qual deverá ser a distribuição do
tempo, etc., para encontrar estratégias de actuação a adoptar durante o
processo de instrução;
Como planificar?
A qualidade de uma aula depende muito da planificação da unidade temática onde
esta se encontra inserida.
A definição dos objectivos é decisiva para a selecção dos conteúdos e estes por sua
vez influenciam a concretização dos objectivos.
Os objectivos e os conteúdos determinam do outro lado os métodos (com acções
concretas e materiais didácticos) a aplicar.
A escolha dos conteúdos deve obedecer aos programas de ensino, caso não haja uma
recomendação especial por parte do supervisor. O nível de abordagem dos mesmos
deve corresponder ao que consta no livro do aluno. Isso não significa porém que o
estudante/professor se limita à consulta do livro aluno para a planificação dos
conteúdos, pelo contrário este tem a obrigação de consultar outros livros que estejam
ao seu alcance.
3. Metodologia e organização
- definir claramente, de acordo com os objectivos e as condições da turma, as
actividades dos alunos (actividades de reconhecimento) e o nível do seu
cumprimento;
- definir as formas de socialização e as actividades do professor na aula;
- escolher uma estrutura da aula que corresponda à sua função, dentro do
processo de ensino-aprendizagem e à um processo lógico;
- determinar outros métodos e formas de organização auxiliares a aplicar;
- planificar a aplicação individual dos meios de ensino (ex. como usar o quadro, o
livro do aluno, etc.)
- planificar e ensaiar as experiências do aluno e do professor a serem realizadas
na aula;
- planificar o tempo de cada actividade concreta.
1. Motivação cognitiva:
Ex.: Despertar o gosto na resolução de problemas
2. Motivação de Rendimento:
Ex.: Proporcionar satisfação através de um avaliação bem sucedida.
3. Motivação de Emancipação:
Ex.: Reforçar a ambição pela independência e autonomia.
4. Motivação Social:
Ex.: Desenvolver as capacidades de consideração/ respeito pelo próximo (moral).
1. Definição sob um ponto de vista didáctico: Abertura mental (do intelecto) para
uma atitude ambicionada em relação à uma determinada temática (dentro e fora da
escola).
A motivação, do ponto de vista metódico, procura criar no aluno condições ideais para
o sucesso da aula, de modo em que ela:
Condições gerais:
Influência positiva
Influência negativa
• Colocar questões paradoxais, (por ex. “Pode a água escorrer para cima?”;
• Mostrar fenómenos que constituam surpresa;
• Criar situações de conflito cognitivo;
• Explicar fenómenos naturais (como por exemplo o arco-íris);
• Dar tarefas de observação (por ex. Observar a relação entre a pressão do ar e o
tempo durante uma semana);
• Verificar hipóteses dos alunos em experiências (por ex. circuitos em paralelo);
• Superar dificuldades em tarefas experimentais, (por ex. identificar um erro num
circuito eléctrico);
• Mostrar modelos funcionais no lugar de desenhos (por ex. um motor);
• Realizar visitas de estudo (por ex. Fábrica, Museu, Barragem, etc.) ;
• Fornecer a visão histórica de um dado facto (como se fazia no passado?);
• Mostrar filmes;
• Estimular o diálogo através de slids ou fotos ;
• Realizar pequenas aulas projecto (por ex. construção de uma câmara escura) e
discutir sobre os erros de construção;
• Promover situações de jogos;
• Organizar competições na experimentação em trabalhos em grupo (Quem
obteve a melhor medição?);
• Dar pequenos e adequados trabalhos de casa em forma de experiências
caseiras (Uma ocupação intensiva e autónoma com um determinado assunto
pode ser bastante motivadora).
Generalização inductiva
Generalização inductiva
Verificação da validade da
generalização
Conclusões
Particularidades:
Generalização empírica
Exemplo
Fases Qualitativo Quantitativo
(1) Obtenção de Num circuito eléctrico simples Num circuito eléctrico simples
resultados são pesquisados diferentes são medidas a tensão e a
empíricos materiais quanto à sua corrente num dado resistor.
condutividade eléctrica.
U(V) I(A) U/I (V/A)
Conclui-se que Fe, Al e Zn
conduzem a corrente eléctrica
e que madeira, plástico e 2 4 0,5
papel não conduzem corrente 4 8 0,5
eléctrica. 6 12 0,5
8 16 0,5
: : :
Conclusão Deductiva
Conclusão deductiva
Particularidades:
- Na aula de Física a conclusão deductiva pode ser realizada como uma dedução
matemática, dedução verbal (qualitativa) ou dedução gráfica.
Fases Exemplo
1. A força exercida sobre um condutor de comprimento
(1) Existência de
afirmações teóricas e l, percorrido por uma corrente I num campo
magnético B constante é F= B.I.l (1)
suas condições de
validade 2. Para a transformação da energia mecânica em
energia eléctrica durante o movimento do condutor
em uma dstância ∆S dentro do campo é válido
tomando em conta o PCE que: Wmec= Wel. (2)
Hipótese: É uma previsão fundada, com ajuda da qual se pode explicar fenómenos
que ainda não encontram explicação nas leis e condições até agora conhecidas.
Prognóstico: É uma previsão fundada, sobre factos que resultam de uma conclusão
lógicamente deduzida a partir de afirmações correctas.
Método experimental
Experiências
Observações HIPÓTESES Teoria
Afirmações
Método de Analogia
Sistema A Sistema B
(4)
(2) (3)
(1)
(1) Em ambos os sistemas iniciais A e B há concordância nas características
conhecidas;
(2) O sistema inicial A possui características adiccionais conhecidas;
(3) Através da conclusão analógica sobre o sistema B, são transferidas a partir de A,
características ainda desconhecidas em B, mas esperadas.
(4) Obtenção de características adiccionais ainda não conhecidas em ambos os
sistemas A e B, mas que não são relevantes para o problema colocado.
Particularidade:
1) Modelos são meios para a aquisição de novos conhecimentos. Eles são a base
de muitas teorias.
- Ex.: Com a utilização do modelo ponto material faz-se o estudo das leis dos
movimentos dos corpos.
2) Modelos são meios para a visualização do conhecimento, para facilitar a
compreenção do original.
- Ex.: O modelo do motor a díesel é usado para visualizar o funcionamento de
um motor original de combustão.
3) Modelos são meios para avaliação do funcionamento de construções técnicas.
- Ex.: O funcionamento das asas de um avião é testado com ajuda de
pequenos modelos em canais de fortes correntes de ar.
Método de modelo
Particularidade:
Fases Exemplo
Como objecto-substituto para o estudo das
(1) Criar um modelo como
objecto-substituto do original propriedades dos gases usa-se o modelo “gás
(complexo) com base nas ideal” com as seguintes características:
características essenciais - As partículas do gás são pequenas esferas de
conhecidas sobre o original. aço.
- As partículas estão em constante movimento
browniano que pode ser simulado através da
agitação.
(2) Obter novos conhecimentos Supomos que com o modelo do gás é pesquisada a
através das pesquisas no distribuição de energia e os resultados são os
modelo e transferência dos seguintes:
mesmos através da conclusão - E1: As partículas-modelo têm diferentes
analógica para o original. energias cinéticas.
- E2: A distribuição de energia é assimétrica.
Fases Exemplo
(1) Observar ou examinar o Os alunos observam e descrevem uma máquina
objecto no seu todo (corpo, fotográfica.
processo, estado, etc.)
(2) Fazer a separação do A máquina fotográfica é repartida nos seus elementos.
objecto nos seus elementos Cada elemento é observado e identificado. Poderão ser
(partes, características, usados outros materias ilustrativos, como (fotos,
relações, etc.) modelos, entre outros).
(3) Separação dos elementos Como essencial vai se salientar que uma lente
essenciais dos não- ou convergente ou sistema de lentes, produz uma imagem
menos essenciais. real, a qual é gravada num filme sensível à luz. Sobre o
filme não deve incidir nenhuma luz estranha, por isso o
invólcro é importante mas não é condição para a
formação da imagem.
(4) Reunir os elementos Desenha-se o esquema no quadro.
essenciais num objecto
abstracto
(5) Se fôr necessário, Outras máquinas fotográficas adiccionais
compara-se este objecto com eventualmente trazidas pelos alunos, são observadas
outros objectos abstractos no mesmo ponto de vista e comparadas.
Possíveis
“Input” Caixa Negra “Outputs”
Mudanças no Input de
Observações na caixa
acordo com cada Output
negra
Experiência
Particularidades:
O método da caixa negra pode também ser aplicado quando a estrutura de um sistema
é conhecida, mas que por razões de conveniência ou por razões didácticas se pretende
abstrair do sistema.
Ex. Abstracção da estrutura de um circuito integrado, mas que cuja descrição é feita
com base na relação Input-Output.
Fases Exemplo
(1) Classificação da caixa negra Sistema eléctrico
(CN)
(2) Fixação dos Inputs e das Estabelecer uma tensão contínua ou alternada,
possibilidades para a verificação medir a corrente e a tensão, observar as mudanças
dos Outputs. de temperatura.
(5) Retorno dos resultados da O gráfico I(U) corresponde ao obtido com a tensão
comprovação às conclusões. contínua. O resultado da avaliação experimental
reforça as suposições sobre a estrutura da CN.
Realidade Objectiva
(Natureza)
EXPERIÊNCIA
(Trabalho)
Homem
3.1. As vantagens da Experiência em relação à uma simples observação
Simples observação:
Os objectos, fenómenos e processos são observados sem provocar neles qualquer
alteração. Numa simples observação o sujeito não age manualmente sobre o objecto
de observação.
Experiência:
- O sujeito age manualmente e conscientemente sobre o fenómeno em
investigação;
- O objecto de investigação deve ficar isolado de influências externas;
- Permite investigar fenómenos que na natureza não são facilmente observáveis
ou que pelo menos não ocorrem de uma forma regular;
- As condições de experimentação podem ser alteradas (acelerar ou retardar o
processo conforme o que for conveniente ou introduzir variações ao longo da
experiência);
2) No âmbito didáctico-metodológico:
- Meio de motivação,
- Meio de activação,
- Meio de visualização,
- Meio para a simplificação didáctica de fenómenos naturais complexos,
- Meio de reconhecimento.
- Experiências de demonstração
Experiência frontal realizada pelo professor (ou por um ou grupo de alunos),
para a acumulação de factos, para verificação de conclusões teóricas, assim
como para explicação do funcionamento de aparelhos técnicos.
- Experiência individual do aluno
A experiência individual do aluno serve também para a acumulação de factos,
como fonte directa do conhecimento ou como critério da verdade. Permite a
concretização de conhecimentos já adqueridos na prática e o desenvolvimento
de capacidades e habilidades na manipulação de instrumentos de
experimentação.
- Práticas de Laboratório
As práticas de laboratório são uma forma especial da experiência individual do
aluno, com um nível de autonomia mais elevado. Permitem um maior
aprofundamento e sistematização dos conhecimentos teóricos, assim como o
desenvolvimento de capacidades e habilidades.
- Experiência à mão livre
Experiências que podem ser realizadas tanto pelo professor como pelo aluno,
com a utilização de meios simples e essencialmente de uso diário.
- Experiências caseiras
Experiências realizadas pelo aluno em forma de tarefas experimentais de casa.
Elas constituiem a forma mais productiva da aprendizagem fora da escola e
permitem o desenvolvimento da iniciativa criadora.
- Experiência modelo
Experiência realizada com modelos em substituição dos objectos originais.
4. Experiência em partes
Cada grupo realiza a experiência para um objectivo parcial de um problema
complexo. Os resultados obtidos são reunidos em forma de uma solução
conjunta.
B) Motivação:
A motivação consiste em estimular o colectivo da classe e cada aluno em relação à
sua orientação para os objectivos da aula, à disposição para aprender e às
actividades de aprendizagem no processo da aula assim como despertar a sua
consciência sobre a importância dos conteúdos da aprendizagem.
4.3. Consolidação
a) Revisão:
Tem como objectivo a reactivação e fixação dos conhecimentos (p.ex. leis e conceitos).
O conteúdo da nossa memória só depois de várias recepções e reproduções pode ser
seguramente armazenado.
b) Exercitação:
Tem como objectivo a fixação das capacidades, habilidades e hábitos. (p.ex.: resolução
exercícios, leitura de aparelhos de medição, montagem de ciruitos, etc.).
c) Sistematização:
Tem como objectivo aprofundar os conhecimentos e capacidades através do
reconhecimento de relações mais abrangentes entre conteúdos adquiridos mais ou
menos isoladamente (p.ex. ordenamento de factos, conceitos, leis e métodos já
conhecidos através do uso de tabelas ou mapas de conceitos).
d) Aplicação:
Tem como objectivo o reconhecimento de relações de dependência através da
transferência do saber e das capacidades adqueridas à novos factos (p.ex. ligação
entre teoria e prática, na natureza ou na técnica, realização de experiências, etc.).
b) Extensão é a totalidade (conjunto) dos elementos que são abrangidos por essas
características.
Exemplo: Vários condutores de metais diferentes e suas ligas-metálicas.
Definição: Uma lei física é uma relação objectiva, verdadeira, existente, de validade
geral, necessária e essencial, entre as características dos objectos, fenómenos e
Por poucas palavras uma lei física é uma importante relação física, a qual pode-se
verificar repetidas vezes nas mesmas condições. Estas condições chamam-se
condições de validade da lei.
Exemplos: A lei da reflexão, a lei de Ohm, a regra de “ouro” da mecânica.
As leis físicas descrevem factos que tomam lugar na natureza e que são reconhecidos
pelo homem. Estas podem ser descobertas pelo homem através de uma observação
directa na natureza, ou através da experiência ou ainda deduzidas por conclusão
lógica, a partir de leis já conhecidas.
5.2.1. Exemplo explicativo do conteúdo da definição geral do conceito “lei física”.
Prognóstico: A acelerção será tanto maior quanto maior for a força que actua e quanto
menor for a massa do corpo em movimento.
4. Resumimos
Transformação da igualdade:
a= F/m. em F= m.a e m= F/a
- Efectuar cálculos com a 2a Lei de Newton para os quais seja necessário recorrer à
igualdades da cinemática.
- Explicar fenómenos:
1) Explique porque que os comboios precisamos de longas distâncias de travagem!
2) Com que aceleração cai livremente um corpo de massa 1 kg?
2. Idealizamos
4. Resumimos.
O valor da energia cinética de um corpo é igual ao valor do trabalho realizado para
acelerar o copo.
A energia cinética é directamente proporcional ao produto da massa do corpo pelo
quadrado da velocidade.
mv 2
Expressão matemática: Ec=
2
Unidade: 1J= 1Nm= 1kgms-2
Isto revela que os alunos não são “páginas vazias”, pois eles vem à aula com um
grande inventário de ideias e maneiras de pensar.
1. Constituição da matéria
- conceito de matéria e substância;
- conceito de partícula e de modelo de partícula.
2. Fenómenos ópticos
- carácter da luz e sua propagação;
- processo de visão dos corpos;
- formação de sombras;
- difusão e reflexão da luz ;
- formação de imagens nos espelhos, nas lentes e na câmara escura ;
- formação das cores.
3. Mecânica
- conceito newtoniano de Força;
- axiomas (leis) de Newton;
- movimentos sob acção de forças;
- movimentos rectilíneo e circular uniformes;
- conceito de energia e suas transformações;
- conceito de equilíbrio.
4. Termodinâmica
- conceito de temperatura;
- conceito de calor e sua transmissão;
- dilatação dos corpos.
5. Electricidade
- conceitos de corrente, tensão e resistência eléctricas;
- conceito de carga eléctrica.
- Não existe nenhuma relação entre a lei da reflexão da luz e a imagem que se
forma no espelho;
- O espelhos têm a propriedade de captar as imagens dos objectos à sua
frente e assim nós podemos vê-los;
- Para se ver a imagem, nenhuma luz tem que ver do espelho para os nossos
olhos;
- A imagem situa-se na superfície do espelho ou imediatamente atrás deste;
- Por se parecer com o objecto (posição e tamanho), a imagem no espelho
plano é real;
- O espelho plano troca esquerdo com direito;
- Quando nos afastamos do espelho podemos ver um pouco mais da nossa
imagem, ou seja, o tamanho da imagem depende da distância ao espelho.
- Aceleração significa para muitos maior rapidez, por isso é sempre algo
positivo;
- Movimento vertical e horizontal não se dissociam. Um corpo projectado
horizontalmente leva mais tempo a chegar ao chão que aquele que cai
livremente (verticalmente) do mesmo ponto, até ao mesmo chão.
A argumentação sequencial diz que uma alteração “antes” num circuito eléctrico
influência o elemento “depois” enquanto que uma alteração “depois” não se devia
fazer sentir “antes” porque a corrente já passou.
Por outras palavras os alunos acham que existe diferença entre a corrente que
entra e a corrente que sai.
6.5. Recomendações
Operações mentais:
Ex. Analisar, sintetisar, abstrair, concretizar, ordenar, comparar, generalizar, etc.
A) Observação
Definição: Actividade científica de conhecimento que tem como objectivo perceber os
objectos, processos ou estados conscientemente escolhidos, através de uma
percepção objectivamente orientada em relação à sua existência ou às suas
transformações.
Exemplo: Observe a mudança na aparência que experimenta uma varra quando
mergulhada na água.
- Passos na observação:
1. Escolher o objecto de observação;
2. Determinar o objectivo de observação;
3. Determinar os meios de observação;
4. Realizar a observação;
5. Registar os resultados da observação.
B) Descrever
Definição: Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo apresentar
numa ordem sistemática, fenómenos e factos físicos observados, em relação às suas
características externas perceptíveis, com ajuda de meios mentais e liguísticos.
A descrição dá-nos informações sobre a composição de um objecto ou sobre como
um dado processo decorre, mas sem nos dizer porquê ele decorre assim e não doutra
maneira.
A descrição pode ocorrer em difentes casos como por exemplo:
- Descrever a montagem de uma experiência;
- Descrever o resultado de uma experiência;
- Descrever um acontecimento;
- Descrever a constituição de um dispositivo técnico.
- Passos na descrição:
1. Escolher as características externas visíveis do objecto ou fenómeno;
2. Definir a ordem/ sequência em que decorrem fenómenos parciais;
3. Formular as afirmações descritivas sobre o facto ou fenómeno, obedecendo à
ordem em 2.
varra onde esta parece quebrada, desloca-se ao longo da varra. Fora da água a varra
apresenta novamente a sua forma original.
C) Explicar
Definição: Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo deduzir os
resultados de uma observação a partir das leis e suas condições de validade, de
modelos ou de afirmações gerais, tendo em conta as condições em que o fenómeno
toma lugar.
Na explicação é fixado claramente, porquê que um dado fenómeno ocorre
necessáriamente desta e não doutra maneira e faz-se referência à sua essência.
As afirmações usadas para a explicação podem ser seguras (leis) ou mais ou menos
seguras. Quando estas não são seguras então deve-se formular uma hipóthese
explicativa baseada em fundamentos científicos.
- Passos na explicação
1. Formular afirmações próprias sobre o fenómeno e indicar as condições de
validade;
2. Procurar as leis válidas explicativas do fenómeno já conhecidas;
3. Deduzir uma conclusão lógica e convicente baseada nas leis e suas condições
de validade.
D) Justificar
Definição: Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo apresentar
razões em forma de observações, experiências, reconhecimentos, leis, modelos, assim
como normas, interesses, necessidades etc., em relação à afirmações teóricas ou
comportamentos humanos, afirmações e comportamentos esses que podem ser
verdadeiros (credíveis)ou falsos (não credíveis).
A justificação possui um carácter objectivo na conclusão sobre a validade e a verdade
das afirmações, com ajuda da observação, das leis e dos modelos.
A justificação possui um carácter subjectivo na conclusão sobre a credibilidade de
opiniões, comportamentos, com ajuda de normas, interesses, etc.
- Passos na justificação
1. Reconhecer as características principais do fenómeno;
2. Escolher os argumentos com um certo fundamento;
3. Estruturar os argumentos apropriados de acordo com leis.
E) Concluir
Definição: Actividade de reconhecimento que consiste em ganhar novas afirmações
através de uma conclusão deductiva (isto é, sem ajuda da prática) a partir de
afirmações seguras ou mais ou menos seguras.
As formas principais da conclusão são: deduzir (afirmações ou igualidades) e prever.
F) Prever
Definição: Aceitação cientificamente fundamentada sobre factos reais e possíveis do
passado, do presente ou do futuro até então não objectivamente conhecidos, a qual se
toma como conclusão lógica a partir de afirmações seguras ou tomadas como seguras.
Ex. Prevê a partir da lei da refracção na passagem do ar para a água e da
recíprocidade do trajecto da luz, o comportamento da luz ao passar da água para o ar.
Previsão: De acordo com a lei da refração é válido para a passagem água-ar que
senα = n.senβ, com n= 3/4. Assim segue-se que senβ = 4/3.senα donde é válido que
β>α.
1) Na passagem da luz da água para o ar a luz refracta-se afastando-se da normal.
2) Existe um ângulo limite αl para o qual é válido que β=90o. Para α>αl segue que
β>90o isto é não se dá a refracção.
G) Comprovar
Definição: Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo comprovar
(avaliar) a validade de afirmações, na qual a partir das afirmações a comprovar, são
deduzidas conclusões, que podem ser comprovadas na prática, através da observação
directa ou indirecta na Natureza, da experiência ou da vivência do dia a dia e que da
sua validade se pode concluir sobre a validade das afirmações por comprovar.
Ex. Comprove a afirmação que “o índice de refracção da luz depende da sua cor”.
Comprovação/ Conclusão: Se a afirmação for correcta, então isso tem que ter
influência na formação de imagens nas lentes.
Avalição experimental: Numa experiência, ilumina-se um slide preto e branco
inicialmente com luz azul e depois com luz vermelha. A imagem da figura no slide é
obtida numa tela. Uma imagem nítida nos dois casos só se consegue obter em
distâncias diferentes entre a tela e a lente. Isto significa que o índice de refracção
depende da cor da luz.
H) Medir
Definição: Actividade científica de reconhecimento que consiste em fixar, através da
interacção entre o objecto de medição e o instrumento de medição, quantas vezes a
unidade correspondente, cabe na grandeza que se pretende medir.
I) Interpretar
Definição: Actividade científica de reconhecimento que tem como objectivo ordenar a
importância das igualdades, das representações gráficas (ex. diagramas) ou de
afirmações verbais (leis formuladas verbalmente), em relação à natureza.
- Passos na interpretação
diagramas:
1. determinar as grandezas físicas que estão nos eixos;
2. definir as condições sob quais a relação é válida.
equações
1. determinar as grandezas físicas que estão na equação;
2. definirr as condições sob quais a equação é válida.
diagramas/ equações
1. indicar a relação que existe entre as grande-zas físicas;
2. identificar exemplos.
8.3.1.Objectivos:
2o
2 a Etapa: Obtenção de ideias de 4o
resolução
3o
3 a Etapa: Resolução do problema
definidos e realizados pelo professor, os quais são integrados por ele ou pelo aluno no
processo pedagógico, juntamente com outros meios disponíveis para o mesmo fim
(métodos, formas de organização, linguagem, mímica, gestos e outros).
Os meios de ensino servem para aproximar o professor dos alunos e estes dos
objectivos da aprendizagem. Eles não são elementos detentores de informação, mas
sim meios auxiliares de tratamento de informação por parte do professor e meios
auxiliares para aprendizagem por parte do aluno.
O livro do aluno constitui o meio editorial mais importante para o aluno, no processo de
ensino-aprendizagem.
O livro do aluno contém o conteúdo fundamental do curso de Física, que corresponde
ao programa da disciplina numa determinada classe. Ele serve de fonte dos
conhecimentos e de meio de consulta para aluno na consolidação dos conhecimentos
e capacidades dos alunos.
3) Consolidação:
4) Controle e avaliação
Ex. - resolução de tarefas do livro;
- preparação para as experiências do aluno;
- preparação para palestras;
- preparação para as avaliações do rendimento escolar.
. estruturação e ordenamento:
- ordenamento exterior: títulos, capítulos, saliências, observações;
- ordenamento interior: fornecer informação numa sequência conveniente.
. ajudar na leitura:
- possibilitar uma aprendizagem objectiva e selectiva;
- salientar a vista geral dos conteúdos;
- tornar visível a relação entre o conhecido e o novo;
- apresentar resumos no fim (ou no início) de um texto
. estruturação:
- enumeração;
- subtítulos
. salientar textos ou fórmulas através do sublinhamento, escrevendo dentro de
rectângulos, usando letras maiores ou cores diferentes;
. estabelecer relações/ligações através de setas e cores, etc.
Uma das aplicações importantes do computador numa aula de Física é sua inserção
numa experiência, como instrumento de tratamento de dados. Através de um elemento
especial electrónico denominado “Interface” o computador é conectado a um sensor, o
qual detecta certos sinais. Os resultados das medições já deixam de ser lidos
directamente e anotados à mão, pois o computador se encarrega de os registar, gravá-
los e mostrá-los no écran. De acordo com os objectivos, os dados registados podem
ser trabalhados no próprio computador, modificados, introduzidos em tabelas, e
representados em gráficos. O computador permite assim realizar uma avaliação rápida
dos resultados da experiência e racionalizar o tempo de experimentação,
especialmente para casos de experiências com muitas medições.
O computador permite igualmente a realização de experiências, sem o qual os alunos
não teriam acesso às medições, ou por estas serem de curta duração (milésimos de
segundo), de elevada sensibilidade ou que durem dias.
Exemplos: Experiência de colisão entre dois automóveis, experiência de determinação
da tensão superficial de um líquido em função do tempo, etc.
9.4.2.2. Modelagem
de realizar na prática (por serem muito caras, muito perigosas, demasiado lentas, ou
demasiado rápidas e etc.)
As simulações podem também estar revestidas de carácter de jogo o que é mais
motivante para o utilizador.
9.4.2.3. Multimédia
Realidade virtual é definida por Harrison Jaques, como “o conjunto de tecnologias que
permitem fornecer ao homem a mais convincente ilusão possível de que se está noutra
realidade. Esta realidade (ambiente virtual) existe apenas no formato digital na
memória do computador. A realidade virtual é um cenário constituído por modelos
tridimensionais, armazenado e gerido por computador, usando técnicas de computação
gráfica.
A realidade virtual é uma poderosa ferramenta de visualização para estudar situações
tridimensionais.
9.4.2.4. Internet
• Sistema interface
• Cálculde tabelas
• Producão de tabelas e Gráficos
• Gravacão e análise de vídeos
• Programas de simulacão
• Sistemas de formacão de modelos
• Programas (Softwares) de Ensino
• Internet
• Fonte de programas e dados (Testo, Gráficos, Tabelas, Fotos, Filmes, etc.)
• Forum para comunicação e cooperação
fachliche Funktion
Werkzeug bzw. Resource
• Meßwerterfassung und -auswertung
• Simulation
• Modellbildung
• Informations- und Datenresource
CPE is an R&D project that focuses on the use of numerical modelling systems (Stella,
Powersim, Dynasys) in high school physics and introductory university physics. We
have developed a large number of models for various domains of physics. This
applications of system dynamics is embedded in a comprehensive approach for using
computers in physics education. The focus of our approach lies on integrating
measuring and modelling. The aim is to bridge the gap between experiment and
theory by working on an experiment and a dynamic model in parallel. Experiments
serve as empirical starting points for modeling, while modeling results stimulate new
experiments or new ways of evaluating experimental data. One example is a close
A qualidade de uma aula depende muito da planificação da unidade temática onde esta
se encontra inserida.
A unidade temática é parte constituinte do programa de ensino e é composta por todo
um conjunto de matérias que apresentam entre si uma certa relação de dependência
cientificamente fundamentada.
A planificação da unidade temática é em si muito importante pelo seguinte:
- permite uma subdivisão preliminar e adequada da matéria;
- auxilia a determinação de cada aula a ser realizada;
- facilita a preparação metodológica e organizacional das aulas;
- assegura a ligação com as aulas de outras unidades temáticas e de outras
disciplinas.
A planificação de uma unidade deve essencialmente obedecer à relação de unidade
entre os seguintes elementos:
A definição dos objectivos é decisiva para a selecção dos conteúdos e estes por sua
vez influenciam a concretização dos objectivos.
Os objectivos e os conteúdos determinam do outro lado os métodos (com acções
concretas e materiais didácticos) a aplicar.
6. Metodologia e organização
- definir claramente, de acordo com os objectivos e as condições da turma, as
actividades dos alunos (actividades de reconhecimento) e o nível do seu
cumprimento;
- definir as formas de socialização e as actividades do professor na aula;