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FACULDADE DE ENSINO REGIONAL ALTERNATIVA - FERA

PEDAGOGIA – LICENCIATURA

GREISIELE DOS SANTOS FERREIRA

INVESTIGANDO PROCESSOS DE ENSINO DA LEITURA E ESCRITA NO


AMBIENTE ESCOLAR

ARAPIRACA 2019
Greisiele dos Santos Ferreira

Investigando Processos de Ensino da Leitura e Escrita no Ambiente Escolar

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC


apresentado a Faculdade de Ensino Regional
Alternativa - FERA, como pré-requisito para a
obtenção do título de Graduação em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Esp. Andréa Araújo da


Silva
Arapiraca 2019

Greisiele dos Santos Ferreira

Investigando Processos de Ensino da Leitura e Escrita no Ambiente Escolar

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC


apresentado a Faculdade de Ensino
Regional Alternativa - FERA, como
pré-requisito para a obtenção do título
de Graduação em Pedagogia.

Data da Aprovação_____/_____/ 2019

Banca Examinadora

____________________________________________________
Prof.ª Esp. Andréa Araújo da Silva
Faculdade de Ensino Regional Alternativa – FERA
(Orientadora)

____________________________________________________
Prof.ª Esp. Divani Messias dos Santos
1ª Examinador (a)

____________________________________________________
Prof.ª Esp. Maria Veronica dos Santos
2ª Examinador (a)
Dedico este trabalho primeiramente а
Deus, pоr ser essencial еm minha vida,
autor dе mеu destino, mеu guia, socorro
presente nа hora dа angústia.
Dedicatória
AGRADECIMENTOS

A Deus, о que seria de mim sem а fé que eu tenho nele, a minha família, por sua
capacidade de acreditar em mim. Aos meus filhos e meu esposo, que com os cuidados е
dedicação foi que deram, em alguns momentos, а esperança para seguir.
RESUMO

O procedimento de leitura e grafia no conjunto escolar são agilidades principiais para o


incremento educacional de todo aluno, por isso, a precisão destas habilidades serem incitadas
aos alunos de forma mais expressiva, através de atividades permanentes, base-alfabética, visitas
à biblioteca, para que através das mesmas possam sentir-se leitores-escritores competentes,
capazes de transformar-se continuamente no âmbito escolar. Portanto, no intuito de melhorar e
ajudar a sanar as dificuldades de leitura e escrita de nossos alunos, foi ai que se deu a escolha
do tema, pois o processo de leitura e escrita no contexto escolar são atividades iniciais para o
desenvolvimento cognitivo, motor e social de todo educando. Este trabalho se refere a uma
pesquisa bibliográfica que contou com o aporte teórico dos Paramentos Curriculares Nacionais,
Lopez, Freire, Ferreiro e LDB 9394/96. Onde estes teóricos pontuaram claramente conceitos
relacionados ao tema nos munindo de ferramentas científicas para estruturar o nosso trabalho.

Palavras-chaves: Leitura; Escrita; Habilidades; Transformação.


ABSTRACT

The process of reading and writing in school settings are initials for the educational
development of all student activities, so these skills need to be instigated students more
significantly, through ongoing activities, base-alphabetical, visits to the library, to that through
them may feel competent readers-writers, able to transform itself continuously in schools.
Therefore, in order to improve and help remedy the difficulties of reading and writing of our
students, that's when it gave the choice of theme, because the process of reading and writing in
school settings are for initial cognitive development, motor activities and of all social learner.
This paper refers to a literature which had the theoretical contribution of the National
Curriculum, Lopez, Freire, Blacksmith and LDB 9394/96 Regalia. Where they clearly scored
theoretical concepts related to the topic of arming the scientific tools to structure our work.

Keywords: Reading; writing; skills; transformation.


SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................8
2. O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA.............................................................9
2.1 LER E ESCREVER: PROCESSO CONTÍNUO DE COMPREENSÃO E
APRENDIZAGEM..........................................................................................................11
2.2 APRENDE-SE A LER LENDO, APRENDE-SE ESCREVER ESCREVENDO....12
2.3 ESTRATÉGIAS QUE FACILITAM A LEITURA..................................................14
2.4 O PROFESSOR E O COMPROMISSO COM A LEITURA...................................16
3.0 UMA VISÃO HISTÓRICA SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA NO
EIXO ESCOLAR..........................................................................................................19
3.1 LEITURA E ESCRITA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA........................................................21
3.2 O CUIDADO PERANTE O PROFESSOR NA HORA DO PROCESSO
EDUCATIVO..................................................................................................................24
3.3 QUAL TIPO DE EDUCAÇÃO QUE BUSCAMOS?...............................................26
4.0 SUGESTÕES PARA ESTIMULAR A LEITURA E ESCRITA.........................30
4.1 ALGUNS PROBLEMAS ENFRENTADOS DURANTE O PROCESSO DO
ESTIMULO DE LEITURA E ESCRITA.......................................................................32
4.2 O DESENVOLVIMENTO DOS PROBLEMAS DE ESCRITA E
ALFABETIZAÇÃO........................................................................................................34
4.3 QUAIS MOTIVOS LEVAM AO DÉFICIT DE ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO?............................................................................................................36
4.4 METODOS PARA EVOLUÇÃO EDUCATIVA.....................................................39
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................43
REFERÊNCIAS.............................................................................................................45
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Esta pesquisa trata dos processos de leitura e escrita devido às dificuldades


observada em ler escrever, falta do gosto da leitura, fez-se necessário abordar a
problemática para despertar no discente a capacidade de buscar o implícito através de
recursos que facilitem e viabilizem a curiosidade do mesmo.
Todo processo de construção da aprendizagem descoberta e aprofundamento em
leitura e escrita, os trabalhos foram realizados a partir de uma metodologia dinâmica e
interativa partindo do princípio metodológico que todo aluno apresenta aprendizado e
evolução de seus conhecimentos. Garantir o acesso a leitura e a escrita é direito de
cidadania.
A escola tem um papel importante a desempenhar, contribuindo na construção do
conhecimento de cada educando. Bem como é imprescindível que os professores
explorem os conhecimentos dos alunos sobre o texto escrito, também seria
recomendável que eles previssem que vão descobrir que diferentes crianças sabem
coisas distintas sobre o tema como qualquer outra.
O ensino planejado é implantado na sala de aula, deve a partir desses
conhecimentos, pois é que as crianças poderão progredir considerando então que os
alunos estão acostumados com uma prática de escrita mecânica e periférica centrada
inicialmente nas habilidades motoras de produzir sinais gráficos e simples regras
ortográficas: para muita gente não saber escrever ainda é sinônimo de escrever com
erros de ortografia, na verdade o que ocorre com frequência é uma atividade de leitura
sem interesse, sem função, pois acontece desvinculada dos diferentes usos sociais que se
faz da leitura, atualmente vivemos em uma comunidade que faz da leitura uma atividade
cuja interpretação fica limitada a recuperar elementos explícitos na superfície do texto
deixando de lado os elementos relevantes para sua compreensão global.
10

1 O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA

O processo de litura e escrita depende da competência comunicativa do leitor.


Essa que muitas vezes não é estimulada a ler e escrever, as limitações começam com os
problemas da escola atual, tais como avanços da burocracia administrativa, o
predomínio de estruturas curriculares tecnológicos, práticas pedagógicas autoritárias,
fragmentação do saber, apatia dos alunos e professores entre outros.
O aluno aprende se for estimulado a ler. Pois só aprende-se a ler lendo e a
escrever escrevendo. Os textos apresentados devem ser visto com interação entre falante
e ouvinte, entre o autor e o leitor.
Neste sentido se faz ter que haja compreensão sabendo que compreender não
significa atribuir sentidos ou descobrir o sentido que o autor quis dar ao texto, mas
reconhecer os diversos significados de um texto.

Considerando o processo de leitura tomando em sua totalidade e


representação sabe-se que o leitor constrói ativamente o significado
interagindo com o texto. (BORTOLLE, 2002. p. 94).

Todo o processo do trabalho foi realizado a partir de uma metodologia dinamica


partindo do princípio que todo aluno apresenta.
Segundo Graves, 1983, Nesbet Slucksmith, 1990 a leitura e escrita são
procedimentos, seu domínio pressupões poder ler e escrever de forma convencional.
Para ensinar os procedimentos é preciso "mostrá-los" como condição prévia a sua
prática independente. Assim como os professores mostram como misturar as tintas para
obter uma cor determinada ou como se deve proceder para registrar e apresentar sobre
um crescimento de uma planta, deveriam poder mostrar o que eles fazem quando lêem e
os autores denominam isto “demonstração de modelos".
Considerando o que diz os autores, leitura e escrita é um processo no qual se
precisa ter uma mistura de ideias para que aconteça um êxito na vida escolar. A
diversidade de textos faz com que o leitor assimile melhor esse processo, um reconhecer
nele o tipo de leitura ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista.
11

2.1 LER E ESCREVER: PROCESSO CONTÍNUO DE COMPREENSÃO E


APRENDIZAGEM

É pertinente salientar que o processo da leitura e da escrita durante a sua evolução


corresponde a três períodos básicos que demarcam sua finalidade. A importância do ato
de aprender a ler e escrever está fundamentada na ideia de que o homem se faz livre por
meio do domínio da leitura e uso da linguagem é tão importante que a linha do tempo
que se divide em antes e depois da escrita.
Para o indivíduo construir a habilidade de ler e escrever é necessário que ele
compreenda a sua própria existência. É preciso que o indivíduo tenha consciência de
que a escrita tem por função registrar fatos vivenciados pelo o homem. A escrita registra
significado dos homens.
E preciso entender que a leitura e a escrita andam sempre juntos uma interligada
com a outra, exigindo do indivíduo um processo de estudo continuo para que haja
aprendizagem, pois aprender é uma das coisas mais importante da nossa vida. A escola
existe para estimular as pessoas na busca do saber e do conhecimento que pode ser
adquirido em qualquer tempo em qualquer lugar dependendo apenas do sujeito que vai
em busca para avançá-lo.
"De acordo com Antunes (2003. P. 160), a inquietação, a pesquisa a reflexão, a
criação e a descoberta, ao estudo sobre tudo das novas temáticas que hoje redefinem a
linguagem e dentro dela a língua, o bom professor é aquele que se refaz que reinventa,
que rever suas concepções e atitudes". Conforme, (Irandé Antunes 2003 p. 15).

O momento nacional é de luta de renovação e incita a mudança, a favor de


uma participação plena da cidadania, o professor não pode ausentar-se desse
momento nem tampouco, estar nele de modo superficial. O ensino da Língua
Portuguesa também ao pode afastar-se desses propósitos cívicos de tornar as
pessoas cada vez mais criticas mais participativas e atuantes políticos e
socialmente. (IRANDÉ ANTUNES 2003 p. 15)

Percebe-se a importância e a necessidade do estudo envolvendo um processo


contínuo de leitura e escrita, pois o profissional não deve estacionar no tempo, mas
buscar algo novo para aumentar seus conhecimentos.
A leitura deve ser encarada com um processo dinâmico e prazeroso na vida do
leitor, fazendo com que o mesmo possa se apaixonar com a descoberta permanente de
12

novos conhecimentos. Tudo o que fazemos está preso a um interesse qualquer e não
pode ser diferente quando se trata de leitura, sobre tudo, quando se trata da leitura feita
na escola.
Cabe aos professores a quem compete ajudar o nosso aluno a construir uma
perspectiva positiva da leitura e dos poderes que ela confere ao cidadão. Ler é um
processo que necessita-se de exercícios para haver uma compreensão. Isto é lógico, pois
a aquisição da leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas
e ela provoca uma desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa
aprendizagem.

2.2 APRENDE-SE A LER LENDO, APRENDE-SE ESCREVER ESCREVENDO

A criança lê muito antes de saber lê e escreve antes de saber escrever. As


investigações sobre a psicogênese, da língua escrita demonstra que o educador
alfabetizador necessita conhecer as regras e os princípios que orientam no processo de
aquisição da leitura e da escrita pelas crianças.
Se uma criança não consegue chegar a compreender de fato que uma das
fundamentais importâncias da escrita alfabética é a relação letra-fonemas (Valor
Sonara), essa informação se for apenas transmitida e não construída, não lhe servirá de
nada.
O professor deve aceitar que a criança use várias formas de leitura, dependendo
do domínio de código, reconhecer que ela pode gerar conhecimentos próprios sobre a
escrita, para abordar aspectos vinculados com o ensino da leitura e da escrita, faz-se
necessário uma breve consideração sobre as hipóteses que as crianças levantam sobre o
sistema de escrita adaptando as atividades propostas com cada texto escolhidos aos
momentos de aprendizagem vividas pelos alunos. Textos curtos e simples podem ser
decorados e "lidos" pelos alunos desde o início do ano ainda que não façam a
correspondência convencional entre sons e letras.
Devemos refletir sobre o papel que a linguagem representa em nossas vidas e na
vida crianças. pois o certo é que a reflexão sobre a linguagem e a sua descrição têm
desde a antiguidade filosóficos e pesquisadores. Vale salientar que uma visão superficial
a respeito do significado da linguagem já levou muitos a vê-la de forma exterior, como
13

se palavras fossem objetos de que nos servimos para nos comunicar, ou etiquetas que
nos servissem para classificar os objetos do mundo que nos rodeia.

É essa visão que pode nos levar a ver as palavras apenas como instrumentos de
comunicação e a escola como o lugar em que as pessoas podem ter um contato cada vez
mais apurado com esses instrumentos. O professor seria nesse caso aquele que conhece,
melhor muitos desses instrumentos e pode mostrá-las para os alunos, ensinando-os a
usá-los ou a manuseá-los de forma adequada. Fala que a escrita pode também ser
aprendida letra a letra, sílaba a silaba porém a essência da escrita não se resuma isso.
(Vygotski, 1989.)
A escrita precisa ser compreendida e organizada de forma adequada com escrita
de sílabas, formando palavras e frases para após poder produzir um texto. Pode-se,
assim, se referir a algo semelhante quando diz que o fato de que muitas pessoas
aprenderam a escrever pelo método antigo não significa absolutamente que elas se
apropriaram definitivamente da escrita e prova disso reside em que a maioria não se
serve da escrita como forma de comunicação e expressão.
Algumas pessoas falam muito bem, sabe se expressar divinamente pela fala mas,
para escrever o que pensam sobre alguma coisa ou seja, se comunicar ou se expressar-se
através da escrita não conseguem.
Na linha do pensamento de Vygotski, uma forma de se evitar a consequência
perversa do Analfabetismo Funcional passa pela exploração da Pré Historia da
linguagem escrita. (VYGOTSKI, 1989)
Explorar a Pré História da linguagem escrita envolve assim motivar a
expressividade infantil no desenho e nas linguagens gráficas em geral
sem a insistência excessiva no modo alfabético de notação escrita.
(Lajolo apud Geraldi, 1980, p. 80)

Entende-se que para se trilhar pelos caminhos da leitura é primordial a escola


ensinar a ler e como ler. Esse processo deverá utilizar estratégias diversas para
desenvolver as relações entre texto/leitor/autor em todas as suas interfaces.
14

2.3 ESTRATÉGIAS QUE FACILITAM A LEITURA

É indiscutível que as estratégias de leitura permitem ao leitor ir e vir. De acordo


com essa perspectiva, ele deve compreender que a leitura e a escrita se apóiam
mutuamente. Por um lado não devemos deixar de falar na escrita porque ela permite a
compreensão da leitura em um contexto mais amplo. Por outro lado, o leitor proficiente
faz uso de várias estratégias para essa compreensão: utiliza seus conhecimentos prévios,
recorre a outros textos, estabelece relações entre o que lê e o que já sabe argumenta e
modifica seu próprio conhecimento. Assim o professor — mediador da leitura deve
proporcionar ao leitor possibilidade de leitura significativa. No ensino fundamental o
docente deverá ler para e com o aluno proporcionando-lhe o prazer pela leitura e escrita
e o desafio maior, fazer com que o aluno aprenda a escrever com proficiência.
Deve-se evitar a leitura fragmentada do texto, visto que essa prática dificulta a
compreensão e interfere na construção do sentido global decorrente da articulação dos
enunciados no texto como mediadores de leitura.
No entanto o significado que cada sujeito constrói para um texto vai depender de
sua experiência prévia de uma informação e dos conteúdos afetivos que é capaz de
mobilizar em si mesmo. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs,
1998.p.69) de língua portuguesa "a leitura é o processo no qual o leitor realiza um
trabalho ativo de compreensão a partir de seus objetivos e de seus conhecimentos, a
linguagem não se trata de extrair informações decodificando letra por letra, palavra por
palavra, trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação,
inferência e verificação sem as quais não é postura proficiência”. Segundo (GLIARI
2003 pag. 147 — 181).
Conforme está presente nos (PCNs 1998, p.69), o processo de leitura é um
trabalho que exige do leitor muito empenho para a busca de compreensão. A
leitura é a extensão da escola na vida das pessoas, pois a mesma é uma
herança maior do que qualquer diploma. Grandes partes dos problemas
enfrentados pelos alunos ao longo dos anos de estudo chegando até a pós-
graduação é decorrente de problemas de leitura. A leitura é a atividade
fundamental desenvolvida pela escola na formação do cidadão. (GLIARI
2003 pp. 147 — 181).
15

O indivíduo muitas vezes não resolve problemas matemáticos simplesmente


porque, não sabe interpretar. Sabendo que a leitura e escrita é como processo vivo,
praticas sociais inseridas na história constituidoras da subjetividade feitas na cultura e
produtoras de cultura. (Kramer, 1993).

As pessoas que não leem são vazias de conhecimento, pois a leitura é uma
decifração e uma decodificação, cada indivíduo lê a seu modo e isso não é mau, mas a
escola e a sociedade devem respeitar a forma de leitura de cada um. A leitura coloca o
estudante em uma posição do leitor diferente onde o mesmo tenta encontrar aspectos do
texto que auxiliem a resolver seus problemas da escrita.
A leitura é a realização do objetivo da escrita, tudo que se escreve é para ser lido.
Devemos nos preocupar com a construção do sentido do texto com os procedimentos
envolvidos nessa construção com estratégias acionadas no processo de leitura e escrita o
que promoverá uma nova postura nas aulas de língua portuguesa.
Para Rocco (1996, p.5) "quando se trata de questões relativas a leitura devemos
repensar a nosso prática porque a leitura proporciona conhecimentos, informações
simples e complexas e é por meio dela que o leitor é capaz de aprender os significados
de um determinado texto, reportando-se a autores e ao conhecimento de mundo".
Conforme afirma a autora o "professor tem que ser antes de tudo um leitor".
Partindo dessa premissa, o professor além de ser leitor, tem que está preparado do ponto
de vista dos aspectos teóricos e metodológicos para atuas em sala de aula.
O texto deveria ser usado como pretexto para produção de outro texto, e a última
consistiria em ler, ler por prazer. Conforme (LAJOLO APUD GERALDI, 1994 p. 80).

"Ler não é decifrar como um jogo de adivinhações o sentido de um texto. E a


partir do texto ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-la a
todos os outros textos significativos para cada". (LAJOLO APUD
GERALDI, 1994 p. 80).

É certo que chegamos ao mesmo paradoxo da linguagem, pois essa mesma


linguagem que pode, por essência, ser minha — como forma autêntica de manifestação,
de identificação, de expressão — essa mesma linguagem também pode ser apenas
veículo de reprodução de ideias alheias, da repetição das palavras dos outros. Nesse
caso podemos até falar muito, conseguir escrever, mas em lugar da construção de uma
autoria genuína, poderíamos estar apenas reproduzindo fala alheias. O Filósofo Russo
16

Mikhail Bakhtin postula uma relação complexa entre a formação da consciência


individual e a consciência social. (MIKHAIL BAKHTIN, 1997 p. 227).

Tudo isso implica um compromisso enorme para o professor uma vez


inadvertidamente, ele pode acabar contribuindo para a formação de crianças copistas:
Crianças que até podem revelar uma caligrafia bem elaborada, mas que não entendem o
que leem, nem o que escrevem. Temos nesse caso a criança que só é capaz de
reproduzir palavras alheias, sem conseguir servir-se da escrita como forma de expressão
pessoal.
Portanto o professor deve ter bastante cuidado na alfabetização dessas crianças,
pois muitas crianças chegam aos 40 anos com dificuldade na leitura e escrita.
O papel do professor é alfabetizar mesmo que seja iniciando com o método
antigo, o tradicional, letra por letra, sílaba por sílaba e palavra por palavra, fazendo-o
assim entender que deve iniciar por esse lado; mas que ele vai progredir sabendo que
existe o sentido de cada letra, cada palavra e que o professor deve ensinar. O trabalho
com outros tipos de textos. Bastantes recursos vêm sendo utilizados nas escolas na
tentativa de despertar no aluno o hábito e o gosto pela leitura.

2.4 O PROFESSOR E O COMPROMISSO COM A LEITURA

Frente a uma sociedade cada vez mais preparada tecnologicamente, cada vez mais
exigente no que tange à formação profissional, a escola não, prescinde e provavelmente
não prescindirá jamais da leitura como sustentáculo de todas as suas atividades.
Enquanto função social abrangente, a leitura é prática indispensável à pessoa como na
relação com a sociedade.
O trabalho com a leitura na escola, hoje, passa por uma das mais graves crises,
cuja configuração se evidencia não só na ausência de leitores das bibliotecas, mas
também na grande dificuldade e até mesmo na aversão demonstrada pelos alunos
quando se defrontam com a necessidade de ler.
As razões dessa crise não se encerram no desinteresse do aluno em ler ou na falta
de gosto pela leitura. Uma das dificuldades maiores reside no despreparo do professor
que, sem se perceber leitor, sem ter intimidade com a leitura é por dever de oficio,
obrigado a ensiná-la. E assim, vê-se a grande preocupação de como pode alguém
ensinar aquilo que não sabe.
17

A esse respeito, FERREIRO (1992, p.48) acrescenta.


O ponto delicado de qualquer processo de mudança qualitativa é a
capacitação de professores. Eles leem pouco, escrevem menos e estão mal
alfabetizados para abordar a diversidade de estilo da língua escrita. Na
realidade, eles são o produto de más concepções de alfabetização (...)

Apesar de se constituir na razão de ser da escola, paradoxalmente a leitura não se


tem encontrado, nesta, tempo, espaço e condição. Não há investimento na formação e
capacitação de professores, voltados principalmente para o ensino da leitura. Apesar de
se conceber a leitura como especialidade da escola as dignas condições para a realização
dessa prática são precárias. E oportuno destacar aqui o ponto de vista de SILVA (1999,
p.37).
A escola brasileira esta esquecida, abandonada. As potentes injeções ideológicas
que ejetaram burocracia, autoritarismo e dominação nos professores durante o período
ditatorial mantêm os seus efeitos ate os dias de hoje. (...) Os professores continuam
sendo explorados; as greves parecem nada significar aos governos estaduais, que olham
pra cima e cospe de lado.
Evidentemente que a problemática da leitura e do seu ensino no Brasil envolve
discussões ligadas às políticas públicas essências ao desenvolvimento do país como
educação, cultura e distribuição de renda. Sem uma política educacional que priorize a
formação do professor como elemento fundamental do processo ensino/aprendizagem e
sem uma política salarial justa que de condições de trabalho para a sobrevivência do
professor, o impossível que ele possa ser o professor que a sociedade precisa e clama.
É certo que chegamos ao mesmo paradoxo da linguagem, pois essa mesma
linguagem que pode, por essência, ser minha — como forma autêntica de manifestação,
de identificação, de expressão — essa mesma linguagem também pode ser apenas
veículo de reprodução de ideias alheias, da repetição das palavras dos outros. Nesse
caso podemos até falar muito, conseguir escrever, mas em lugar da construção de uma
autoria genuína, poderíamos estar apenas reproduzindo fala alheias.
O Filósofo Russo MIKHAIL BAKHTIM postula uma relação complexa entre a
formação da consciência individual e a consciência social.
Tudo isso implica um compromisso enorme para o professor uma vez
inadvertidamente, ele pode acabar contribuindo para a formação de crianças copistas:
Crianças que até podem revelar uma caligrafia bem elaborada, mas que não entendem o
que leem, nem o que escrevem. Temos nesse caso a criança que só é capaz de
18

reproduzir palavras alheias, sem conseguir servir-se da escrita como forma de expressão
pessoal.
Portanto o professor deve ter bastante cuidado na alfabetização dessas crianças,
pois muitas crianças chegam aos 40 anos com dificuldade na leitura e escrita.
O papel do professor é alfabetizar mesmo que seja iniciando com o método
antigo, o tradicional, letra por letra, sílaba por sílaba e palavra por palavra, fazendo-o
assim entender que deve iniciar por esse lado; mas que ele vai progredir sabendo que
existe o sentido de cada letra, cada palavra e que o professor deve ensinar.

3 UMA VISÃO HISTÓRICA SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA NO


EIXO ESCOLAR

Hoje, abrange-se uma ampla obrigação de desenvolver as desenvolturas de leitura


e escrita para o mais perfeito desempenho dos exercícios sociais e profissionais
existentes na sociedade. Sem o domínio dessas habilidades, o educando encontrará
dificuldades de expressão oral e escrita.
Perante as modificações acontecidas na educação é essencial que o educador
permaneça em leal aprendizagem para acrescentamento de seus conhecimentos, pois
não só os educadores, mas também os educandos fazem parte desta evolução, e cabe a
cada um ser o principal responsável por estas transformações. Assim, ambos deverão
ser sempre pesquisadores de mundo e conhecedores das realidades que os cercam.
Cabe à escola formar leitores críticos e desenvolver a prática da leitura de forma
prazerosa, no qual todos os professores estão envolvidos nesse processo, não apenas os
de língua portuguesa, pois ler e escrever é compromisso de todas as áreas do
conhecimento.
Assim, a relação de cada aluno no processo da leitura e escrita será, sem dúvida,
diferente. O que importa é que a escola, nesse processo, saiba reconhecer a realidade do
aluno na concepção de leitura e escrita que existe nele, levando em consideração sua
produção textual, através da visão empírica de mundo que trás consigo.
Utilizei estudos bibliográficos para obter recursos para duvida que obtive e
descrevi o que foi estudado ao máximo, tentando obter êxito em meus estudos e assim
desenvolvendo este trabalho de forma ociosa da melhor maneira possível.
19

Cuidar e educar são implementos da ação pedagógica de consciência, situando


uma aparição agregada do aumento da criança com apoio em entendimentos que
venerem a desigualdade, o momento e o fato peculiares à infância. Desta forma, o
professor deve estar em constante estado de observação e cautela para que não
decomponha as ações em costumes mecanizadas, conduzidas por normas. Consciência é
o utensílio de seu método, que embasa teoricamente, inova tanto o ato quanto à própria
teoria. Cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos
saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos e compartimentados. A criança é
um ser completo, tendo sua interação social e construção como ser humano
permanentemente estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar constitui abranger
que o espaço em que a criança convive exige seu ânimo particular e o intermédio dos
adultos como configuração de harmonizar ambientes que excitem a curiosidade com
consciência e encargo.
O atual trabalho tem por finalidade versar dos assuntos de leitura e escrita nos
Anos Iniciais. Primeiramente expondo o ensino dessas questões nasala de aula, quais
dificuldades são apresentadas, qual o papel da família e da escola e algumas
considerações de teóricos que tratam do tema. Este trabalho se refere a uma revisão
bibliográfica, onde a partir desta nos proporcionou diversas discussões acerca do tema,
nos dando suporte para a produção do artigo que é a etapa final. 
Em determinados anos, a leitura era aproveitada exclusivamente como apoio para
as aulas de gramática e não era trabalhada no sentido de formar leitores
intelectualmente autônomos, com liberdade de escolher livros para interpretar com
clareza.

De acordo com os PCN´ s (1997), atualmente o contexto de leitura nos mostra


que:
[...] o império da língua portuguesa escrita e falada, é constitucional para a
informação social concretiza, pois é por meio dela, que o homem se
comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista,
partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.

A isso se faz cogente que os educandos contenham desde cedo, ingresso a todo
tipo de leitura, principalmente de leituras infantis, que colaboram significativamente
para a formação global do individuo. Nesse sentido, a leitura está intimamente
relacionada ao sucesso da tecnologia em contexto especifico para tais fins. 
20

Nessa expectativa, estudar e ler não tem uma terminação em si próprio, não
satisfaz exclusivamente codificar e decodificar entende-se que o conteúdo usado é
também pré-texto para desenvolver outras funções cognitivas e operações mentais, tais
como identificar, analisar, selecionar, organizar, comparar, diferenciar, representar
mentalmente, levantar hipóteses e outros, que se bem desenvolvidos beneficiarão a
criança em outras situações de raciocínio.

3.1 LEITURA E ESCRITA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O


DESENVOLVIMENTO SOCIAL DA CRIANÇA

O afixo de ler deve-se principiar nos iniciais anos e antes ainda do acesso da
criança na escola. Pais que leram para seus filhos em voz alta diferentes tipos de textos
como histórias infantis, textos literários, textos jornalísticos, ou até mesmo uma lista de
compras ou outros, obtiveram em consequência crianças que fazem da atividade de
leitura um prazer, apresentando maior rendimento na escola, pois se desenvolve com
mais facilidade, já que tem maior familiaridade com os textos escritos. No entanto
observa-se que a maioria dos alunos que chegam à escola não recebe esse tipo de
incentivo em casa.
Perante das proeminências, a ampla inquietação por parte dos professores,
especialmente nas escolas de instrução fundamental, é o estímulo a criança a ler.
Devendo a sala de aula ser um berço de futuros escritores, cabe ao professor fazer da
literatura infantil e da leitura de outros textos um momento de lazer, onde o aluno não
se sinta obrigado a realizar tal tarefa, sinta prazer ao realizá-la. Segundo (PCN DE
LÍNGUA PORTUGUESA, v.2, p. 57.).
Nas escolas, deve-se haver um cantinho especial para a leitura, e as crianças
devem ter muitas oportunidades de folhear livros e lê-los individualmente ou
em grupo. As histórias lidas por alguns devem ser socializadas com os
demais, e este é um trabalho que deve ser organizado pelo docente. “A
leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim” (PCN DE
LÍNGUA PORTUGUESA, v.2, p. 57.).

Para que a criança estude, e goste de ler, é conciso ter adequados modelos, é
imprescindível que o professor também goste de ler e transforme sua sala de aula num
ambiente alfabetizador. Trabalhando com diversidade de textos como: rótulos,
parlendas, quadrinhas, receitas, jornais e outros, permitindo que a criança compreenda
21

as diferenças de interpretação, do significado de cada escrito, que muda conforme o


gênero textual.
Para estudar a ler, não satisfaze avaliar o princípio de escrita, mas distinguir as
especialidades da linguagem escrita, que mudam conforme o gênero do texto. Continuar
alfabetizando pelo método tradicional, onde parte-se das letras para sílabas e por último
as palavras, com certeza não é o melhor caminho. Hoje esse quadro mudou bastante,
desde a Educação Infantil há uma preocupação em ensinar os educandos a produzir
textos ainda que de forma não convencional.
Nutrir esse tipo de agilidade é continuar no erro da escola clássica, que analisa um
aluno como uma tabula rasa e despeja sobre ele uma série de informações sem
preocupar-se em como serão recebidas. Porém, esperar que as crianças atinjam
operações mentais e avancem sozinhas é outro erro, pois o processo não é tão natural,
os alunos precisam de informações do meio para que organizem suas hipóteses,
desequilibrem-se e reorganizem.
Atualmente, cresce no país a preocupação com a formação de leitores, e
encontrou-se na literatura infantil um grande aliado nesse processo, pois esta auxilia no
desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança.
É importante que as instituições de educação infantil acionem de maneira
indissociável as funções de cuidar e educar, não mais caracterizando, nem
hierarquizando os profissionais e escolas que operam com crianças pequenas ou àqueles
que trabalham com as de mais idade.
As novas colocações da educação infantil necessitam estar associadas a padrões
de propriedade. Essa qualidade acontece de entendimentos de desenvolvimento que
ponderam as crianças nos seus argumentos sociais, ambientais, culturais e, mais
concretamente, nos intercâmbios e práticas sociais que lhes abastecem elementos
relacionados às mais distintas linguagens e ao contato com os mais modificados
conhecimentos para a edificação da autonomia. Segundo (BRASIL, 1998, p. 23).

A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças


que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que
enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel
socializado, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por
meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação
(BRASIL, 1998, p. 23).
22

Podem-se proporcionar às crianças, qualidades para as aprendizagens que


acontecem nas brincadeiras e àquelas ocorridas de situações pedagógicas propositadas
ou aprendizagens dirigidas pelos adultos.
Apesar disso, é importante lembrar que essas aprendizagens, ocorrem de modo
integrado no método de desenvolvimento infantil. Educar constitui, portanto, propiciar
ocasiões de cuidados, brincadeiras e aprendizagens dirigidas de formato integrado e que
possam colaborar para o incremento das competências infantis de semelhança
interpessoal, de ser e permanecer com os outros em um estilo básico de acessão, de
reverência e confiança, e o ingresso, pelas crianças aos conhecimentos mais abertos da
realidade social e cultural.
Nesse artifício, a educação infantil deverá auxiliar a ampliação das competências
de assimilação e conhecimento das potencias anatômicas, afetuosas, emocionais e
morais, na expectativa de colaborar para a formação de crianças venturosas e saudáveis.

Entende-se que o processo educativo é realizado de várias formas: na família, na


rua, nos grupos sociais e, também, na instituição. Educar, nessa primeira etapa da vida,
não pode ser confundido com cuidar, ainda que crianças (especialmente as de zero a 3
anos) necessitem de cuidados elementares para garantia da própria sobrevivência. O que
deve permear a discussão não são os cuidados que as crianças devem receber, mas o
modo como elas devem recebê-los, já que se alimentar, assear-se, brincar, dormir,
interagir são direitos inalienáveis à infância.
Como Garcia ressalta, para educar, faz-se cogente que o professor crie ocasiões
expressivas de aprendizagem, se almejar alcançar o desenvolvimento de desenvolturas
cognitivas, psicomotoras e socioafetivas, mas e, especialmente, é preciso que a
formação da criança seja vista como um ato inacabado, consecutivamente sujeito a
novas inclusões, a novos recuos, a novas tentativas.

3.2 O CUIDADO PERANTE O PROFESSOR NA HORA DO PROCESSO


EDUCATIVO

Para cuidar é necessário um empenho com o outro, com sua individualidade, ser
solidário com suas precisões, acreditando em suas aptidões. Disso depende a
constituição de uma conexão entre quem cuida e quem é cuidado. É necessário que o
23

educador possa proteger a criança a identificar suas precisões e priorizá-las, de tal modo
como atendê-las no formato adequado.
Deve-se cuidar da criança como ser que está num sucessivo desenvolvimento e
crescimento, compreendendo sua individualidade, calhando e contestando às suas
necessidades. Isso contém interessar-se sobre o que a criança sente, reflete, o que ela
consegue sobre si e sobre o ambiente, visando à acrescentamento desse conhecimento e
de suas agilidades, que, aos poucos, a tornarão mais autônoma e mais livre.
De acordo com Souza (2009) em países como o Canadá e Estados Unidos, por
exemplo, muitas escolas já aboliram definitivamente os livros didáticos e utilizam os de
literatura para ensinar os mais diferentes conteúdos, mas principalmente utilizam os
textos literários para ensinar alunos a ler.
Dessa forma, a autora deixa claro o potencial da literatura em auxiliar o
desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança, podendo e devendo ser usadas nas
escolas, não só com o intuito pedagógico, mas também na formação de leitores.
Segundo Abromovich (2003) é importante que durante a formação da criança ela
possa ouvir muitas histórias. Esse contato poderá desenvolver na criança o gosto pela
leitura, cabe destacar ainda que, não existe um caminho único ou uma receita para se
formar um leitor. (GREGORIN, 2009, p.137)
O que existe são dicas para estimular esse processo até que  torne-se um
hábito. Para isso acredita-se que  recorrer à literatura infantil, é essencial para
que  de uma forma encantadora consiga mostrar aos alunos como pode ser
bom e agradável o ato da leitura. Gregorin ressalta ainda:
Acredito que poderemos realmente levar muitas crianças a ampliar e educar
seus olhares para a literatura, e para a arte, a se transformarem em leitores
plurais, e consequentemente em cidadãos mais preparados para a vida em
sociedade. (GREGORIN, 2009, p.137)

A autora assegura que acredita na capacidade de decompuser o individuo que a


leitura tem, e que através dela pode levar muitas crianças a adquirirem o hábito da
leitura e tornarem-se cidadãos mais preparados para a vida.
O ambiente escolar está sendo abrangido hoje como o grande ambiente de
introdução à vida. Daí a preocupação com a literatura infantil para as novas
gerações,pois nesse período também deve-se iniciar o processo de incentivo a leitura. 
À medida que o espaço escolar vem sendo redescoberto também como o grande espaço
de tendência das multilinguagens que se cruzam no panorama contemporâneo.
24

Segundo Coelho (2000) ao seguir o percurso histórico das histórias infantis,


deparamo-nos com o fato de que, em suas origens elas surgiram destinadas ao público
adulto, e com o passar do tempo,  transformou-se em literatura para os pequenos.
Sendo assim, a autora deixa transluzir que a literatura infantil brotou da
acomodação da literatura amadurecida, não contendo uma preocupação específica com
as necessidades das crianças, surgiu  no meio popular com intenção de transmitir
valores ou padrões a serem respeitados, mas vale lembrar que, atualmente não tem só
esses objetivos, também é usada para proporcionar uma nova versão da realidade,
diversão e lazer.
Educadores, estudantes, pais e diretores têm o direito de sonhar, mais que isso,
eles precisam sonhar e acreditar nos seus sonhos. Infelizmente na escola não há mais
espaço para os sonhos. Tempo é dinheiro e dinheiro é poder. Sonhos não trazem poder,
não aleitam “nossos” filhos. Imaginar é perda tempo. Eis conceitos tão arraigados e
veiculados no âmago das nossas escolas.
A escola continua funcionando como uma máquina implacável geradora de fontes
vitais para a propagação e continuidade da exclusão. A educação perdeu seu ideal social
e libertário, se é que já o teve (no sentido mais estrito) algum dia, e passou a ser pautada
sobre a comercialização do saber: “ensina”-se para quem pode pagar! Por trás disso há
todo um interesse político, social e econômico difícil de ser combatido.
Desenvolver é qualquer arte e, sendo arte, admite, ao mesmo tempo, as
colocações de partilhar saberes, delícias e sonhos. Adotando esse mote de aspecto como
válido e relevante, haveremos de concordar que a arte não exclui, ela, ao contrário,
inclui o seu leitor/apreciador no mundo que ela cria/traduz/retrata. O artista mescla
realidade e fantasia na busca incessante de compreender o seu mundo e os outros
mundos, nas tonalidades graves e agudas. Os educadores deveriam assumir a sua função
inspirados nos trabalhos dos artistas (teimando, e sofrendo, e suando, e limando, e
fazendo, e refazendo).

3.3 QUAL O TIPO DE EDUCAÇÃO QUE BUSCAMOS?

A educação não está pronta, o ensino, tal qual, idem. A escola deve ser espaço
para criar e recriar, não para copiar e reproduzir ideias e sentimentos antigos. É preciso
mudar a concepção de práticas educacionais prontas. A educação está aberta; pronta...
25

só para mudanças. Só assim, talvez, poderíamos pensar num mundo mais fraterno, justo
e solidário para todos, onde um lugar comum exista e seja espaço de todos os homens e
de todos os sonhos dos homens.
APRENDI que o ato de escrever é uma sequela do ato de ler. É preciso captar com
os olhos as imagens das letras, guardá-las no reservatório que temos em nossa mente e
utilizá-las para compor depois as nossas próprias palavras. [...]
APRENDI que, para aprender a escrever, tinha de escrever. Não adiantava só ficar
falando de como é bonito escrever; eu tinha mesmo de enfrentar o trabalho braçal (e
glúteo) de sentar e trabalhar.(SCILIAR, 1995)
Hoje, percebe-se a obrigação de pensar sobre os problemas de aprendizagens alusivas à
leitura e a escrita. No que alude a leitura são quatro as desenvolturas da linguagem
verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Esta é composta de dois passos
fundamentais: a decodificação e a compreensão.
A decodificação é a capacidade necessária que devemos ter como leitores no
aprendizado de uma língua para identificarmos um signo gráfico. Pois mais do que
nunca, o desafio da educação continua sendo tornar o estudante competente para que
possa ler e entender aquilo que está registrado no mundo, nas diferentes situações de
comunicação e nas diferentes tarefas de interlocução em que, como cidadãos , estão
inseridos.
As analises perpetradas e aprendizados pedagógicos a propósito de o ensino da
leitura e da escrita, que apresentaram espaço nos últimos anos recomendam a
contrassenso de arquitetar o ensino de língua portuguesa somente como um processo de
apropriação de um código. A escrita é um sistema de representação de linguagem e,
portanto, é preciso compreendê-la na sua multiplicidade de funções e na sua forma de
comunicação por meio de textos. E isso é um desafio para a escola.
É evidente a importância da leitura nesses procedimentos de escolha, por
exemplo, uma vez que se proporciona, a partir da coletânea, ao estudante, a
possibilidade de pensar com clareza sobre o tema apresentado. (LERNER, 2002, p. 27-
29).
O desafio é (...) formar leitores que saberão escolher o material escrito
adequado para buscar a solução de problemas que devem enfrentar e não
alunos capazes apenas de oralizar um texto selecionado por outro. (...) O
desafio é conseguir que os alunos cheguem a ser produtores de língua escrita,
conscientes da pertinência e da importância de emitir certo tipo de mensagem
em determinado tipo de situação social, em vez de se treinar unicamente
como copistas que reproduzem – sem um propósito próprio – o escrito por
outros, ou como receptores de ditados cuja finalidade – também estranha – se
26

reduz à avaliação por parte do professor. (...) O desafio é conseguir que a


escrita deixe de ser na escola somente um objeto de avaliação, para se
constituir realmente num objeto de ensino (...) chegar a leitores e produtores
de textos competentes e autônomos (LERNER, 2002, p. 27-29).

Não se deve deslembrar de que, se é cobrado aos estudantes tamanha ponderação


para adentrar em uma universidade, não é correto que, ao longo do curso universitário,
não seja ele capaz de refletir e escrever de forma crítica sobre vários pontos fornecidos,
em diferentes matérias.
De fato, escreve mal aquele que não tem o que dizer porque não aprendeu a
organizar seu pensamento. Àquele que não tem o que dizer, de nada adianta o domínio
das regras gramaticais, muito menos saber selecionar as palavras para cada ocasião.
Faltará a esse sempre o conteúdo, o recheio.
Neste contorno, ao mesmo tempo de escrever é preciso refletir, e o mais perfeito
aguilhoamento para a reflexão é a leitura, é ler o que outros já escreveram a respeito do
que leram de outros e assim sucessivamente, pois a escrita está sempre impregnada de
outras escritas, ou seja, a leitura é diálogo direto ou indireto com outras leituras. A
leitura é um diálogo velado com o outro.
Na visão de Harold Bloom, o sujeito que pretende desenvolver a capacidade de
formar opiniões críticas e chegar a avaliações pessoais necessita ler por iniciativa
própria. Não ler apenas por conveniência. Não ler apenas livros técnicos, pertinentes ao
seu campo de atuação, ou ler por indicação de outrem, mas, acima de tudo, ler por
prazer, por desejo próprio de se divertir ou de conhecer algo.
Se almejarmos educar os alunos a infligirem definição aos textos que leem e a
armazenarem bem, a língua escrita deve ser proporcionada na escola da mesma forma
que é organizada na vida cotidiana, ou seja, por práticas sociais de leitura e escrita. E,
portanto, no âmbito escolar o ensino deve se embasar tanto quanto possível em
situações reais que contextualizem a leitura e a escrita.
Na fala de Lucivanda Mira Coelho (2011):
Levando-se em consideração as dificuldades apresentadas pelos alunos no
que se refere à leitura e escrita, muitas vezes na educação básica existe uma
grande dificuldade de interpretação como, por exemplo: as dificuldades na
interpretação de perguntas diretas relativas aos exercícios propostos pelo
professor, como também, de interpretação de textos, por não possuírem o
hábito de leitura e, consequentemente, não terem uma visão de mundo
necessária para se fazer uma análise aprofundada do texto.

Os enigmas pedagógicos são os antes ressalvados no artifício ensino-


27

aprendizagem da leitura e escrita, o procedimento empregada pelos professores são


deficientes, a falta de estímulo na pré-escola, a precariedade de atenção devido a
superlotação em sala de aula, o deficiente relacionamento professor-aluno, a desnutrição
devido a dificuldade econômica familiar.
A função da família é de compêndio importância para o desenvolvimento
intelectivo do educando, pois é neste contexto, que o educando tem o primeiro contato
com a leitura. Desta configuração, é no espaço familiar que o ainda estuda sua principal
educação, deste modo, ele se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua
experiência de vida primária que vai refletir na sua vida escolar. Sendo assim, o sucesso
do trabalho da escola depende da colaboração familiar ativa. (LÓPEZ 2002, p.24)
A educação dos primeiros anos consiste precisamente na promoção de todos
esses aspectos sociais e de autonomia pessoal que logo servirão de base para
a educação intelectual mais estrita. Ou seja, a responsabilidade da educação
infantil depende, cada vez mais, da interação entre a escola e a família. Logo,
ter diálogo de comunicação entre ambos, respeitar e acolher os saberes dos
pais e ajudar-se mutuamente. Estes são alguns fatores que proporcionam e
beneficiam a aprendizagem da criança que servirão de suporte para a
educação escolar. (LÓPEZ 2002, p.24)

A existência familiar e escolar se conclui, tornando-se imprescindível para o bem-


estar do educando. O conhecimento dos pais na educação dos filhos deve ser de forma
constante e consciente, pois, a educação é um processo global, que se dá não só na
família e na escola, mas em toda sociedade. Segundo a LDB – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional n° 9.394 (1996), art.2°. afirma: A educação dever da família e
do estado inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania e suas qualificações para o trabalho.
Portanto, os verdadeiros pais são aqueles que se preocupam e dialogam com seus
filhos. Verificam o boletim escolar, participam das reuniões de pais e mestres, enfim,
um simples bom dia ou boa tarde, é essencial para que o filho perceba a importância
que seus pais possam proporcionar-lhe. (FERREIRO, 2001, p.22)

É necessário mudar a própria concepção do objeto, para que se entenda por


que a alfabetização implica em um trabalho conceitual, que em certo sentido
é similar ao caso da matemática. A criança pode recitar o abecedário, tanto
como recitar a série dos números. Contudo, isso não basta para chegar a
noção de número, nem basta para entender o que está escrito e qual a sua
relação com a língua oral. A modificação do objeto conceitual é
imprescindível. (FERREIRO, 2001, p.22)
28

Sabemos que a escola vem reproduzindo um sistema excludente em seu sistema


didático desde a sua fundação primeira até os dias atuais. Excluem-se negros, índios,
mulatos, até mesmo brancos, todos pobres, pertencentes a uma classe desprivilegiada
que sofre na pele as atrocidades de uma sociedade capitalista pautada no sistema de
domínio daqueles que detém o poder econômico sobre o restante da população.
Sabemos também que a leitura e a escrita são práticas sociais “aristocráticas”.
Crianças das classes média e alta, por exemplo, têm acesso a possibilidades e a recursos
que as crianças de classe baixa não possuem: livros; jornais; internet; pais de grau
escolar elevado e praticantes de leitura e escrita em seu dia-a-dia, o que influencia o
interesse dos seus respectivos filhos. É neste ponto que a escola deveria assumir um
papel social que visa à inclusão de todos os seus alunos, ricos ou pobres, brancos ou
negros, na sociedade e no mundo.
Ela deveria se sensibilizar e se responsabilizar pela democratização das práticas
aristocráticas. Ler e escrever são, pois, um direito de todos e é dever da escola
possibilitar a realização deste processo aos seus alunos. É desumano a escola não
viabilizar aos seus alunos, em seu ambiente, o acesso a saberes e práticas que
dignifiquem a vida do ser humano enquanto cidadão pensante e agente da sua própria
história . Tudo o que gera preconceitos fora da escola não deve e não pode jamais gerar
dentro dela. É nela que devem ser desfeitos esses preconceitos. A escola é o espaço de
incluir os excluídos pela sociedade e pelo mundo; é o espaço de gerar sonhos e
colaborar para a realização deles.
29

4 SUGESTÕES PARA ESTIMULAR A LEITURA E ESCRITA.

Além de falar de questões de leitura e escrita, e especialmente da tática de


aquisição, é muito admirável observar as condições do garoto iniciador para visualizar
se ele ou ela já possui um desenvolvimento físico, intelectual e emocional confortável e
não hereditário, além de todas as habilidades e funções necessárias para serem contadas.
A alfabetização é um método essencial de apropriação da ortografia, a conquista
dos princípios alfabéticos e de escrita que permite ao aluno navegar e escrever de
maneira diversa. de uma maneira muito diversa, uma das maneiras pelas quais alcançar
essa tarefa é começar a exercitar a comunicação de uma maneira que sensibilize e
motive os alunos a serem instruídos. Da mesma forma, tendemos a não esquecer de
enfatizar que a aquisição é um método pessoal de aquisição da escrita, que envolve o
aprendizado de habilidades nas práticas de leitura, escrita e linguagem.
É aceitável descobrir que os quebra-cabeças de treinamento recomendam o
trabalho intensivo do professor com a família da criança para pesquisar coisas e elevar
características, a fim de descobrir o que está causando problema ou impedimento para o
aluno descobrir. é vital enfatizar que, se o professor não entender as manifestações
30

corretas do pensamento das crianças para as diversas faixas etárias, será difícil
identificar o estágio em que o aluno está.
Dependendo da intensidade com que os sintomas e comportamentos da infância
medem o dom, o período na vida em classe e também a participação do lar e do corpo
docente nos processos de desvantagem, não é sempre fácil para os acadêmicos
diferenciar um distúrbio de um inconveniente de aprendizado.
De fato, uma vez que o aprendizado é problemático, é necessária uma avaliação
extremamente minuciosa. O professor não pode esquecer que o aluno pode ser um ser
social com cultura, idioma e valores específicos, que ele deve sempre ter em mente,
juntamente com seus próprios valores, não o impedem de ajudar o garoto em seu
método de aprendizagem. o garoto pode ser um todo e, uma vez que o aprendizado é
difícil, deve ser avaliado em seus inúmeros aspectos.
Alunos com dificuldades de aprendizagem unidade de área incapaz de
acompanhar o curso estabelecido pelas faculdades e, como resultado do fracasso,
unidade de área classificada como mostrando emoção perturbada ou apenas rotulada
como alunos fracos e com várias repetições. Poppovic (1980) afirma que o evento do
autoconceito das crianças deve ser uma preocupação central do professor. desde que
você tenha uma auto-imagem positiva, a criança pode ter a motivação necessária para
ser informada e estar pronta para adquirir um comportamento dependente. isso pode ser
o mais simples, obrigado a preparar o estudioso para tentar se adequar às coisas que ele
enfrenta.

4.1 ALGUNS PROBLEMAS ENFRENTADOS DURANTE O PROCESSO DO


ESTIMULO DE LEITURA E ESCRITA

A prontidão para começar a ler e escrever (alfabetização) depende de uma


elegante integração de processos neurológicos e de uma evolução harmoniosa de
habilidades básicas como percepção, tema corporal, lateralidade, etc.
Segundo Poppovic (1981), a leitura e a escrita não podem ser pensadas como
funções autônomas e isoladas, mas como manifestações de sistema constante, nas quais,
através de coisas concretas, inicia-se o método de aquisição entendido no desempenho
simbólico. está lendo e sua transposição gráfica que está escrevendo.
31

A importância do desenvolvimento de habilidades básicas é vista durante muitos


métodos sistemáticos em instituições de ensino, que têm o objetivo de apresentar à
criança as estipulações necessárias para a aquisição. infelizmente, alguns acadêmicos de
instituições de ensino, angustiados com aquisições precoces, não conseguem produzir a
estimulação aceitável para essas habilidades específicas. As dificuldades de
aprendizagem na leitura e escrita são atribuídas a vários fatores, tais como: distúrbios
orgânicos, psicológicos, educacionais, socioculturais e de aprendizagem.
Segundo Jonhson e Myklebust (1983), a unidade de área de distúrbios da leitura
encontrada em crianças, especificamente: na memória, cuja característica apresenta
dificuldades auditivas e visuais para reter informações; dentro da orientação da área
temporal, cuja capacidade de percepção não é aguçada; dentro do tema corporal, no qual
apresenta dificuldades em distinguir as partes do corpo; nas habilidades motoras, onde o
problema motor é extremamente intenso; dentro da desordem geográfica, dentro da qual
a questão de decifrar mapas, lendas e modelos é dada consistentemente em seu sistema
de desenvolvimento e escrita, uma característica dada dentro da limitação da leitura.
Começando com a análise da escrita em seu método de aquisição, somos capazes
de descobrir três estilos de distúrbios: distúrbio de aprendizagem, um método pelo qual
a criança tem problemas passantes ao estímulo escrito da palavra escrita à escrita,
caracterizando um traço lento de as letras, que geralmente não são elegíveis; O garoto
disgráfico apresenta alguns erros como: apresentação desordenada do texto, margens
mal criadas ou inexistentes, área irregular entre palavras, linhas e linhas; disortográficas,
um método pelo qual a criança apresenta uma confusão na percepção das letras,
portanto, tendo uma troca de escrita, apresentando confusão de letras de unidades
linguísticas com semelhante (trocas visuais), a memória visual da criança com
disortografia deve ser perpetuamente agitada e sintaxe erros de formulação, uma vez
que a criança tem excelente linguagem oral, no entanto, não desenvolve excelente
linguagem escrita; Essas crianças costumam ter um distúrbio na formulação escrita e
têm problemas para inserir seus pensamentos em símbolos gráficos (cartas em uma
folha de papel).
Diante desses processos de distúrbios concedidos, a importância do profissional
dentro do método de identificação, ao lado da família, é importante para o diagnóstico e
observação de problemas de aprendizagem na aquisição. Sendo os educadores os
principais necessários no método de identificação e descoberta desses problemas, no
32

entanto, a maioria deles não possui treinamento específico para criar esses diagnósticos,
a unidade de área atualmente criada por médicos, psicólogos e psicopedagogos.
O papel do professor é baseado no observador do aluno e em ajudar seu método
de aprendizagem, criando categorias adicionais atuadas e dinâmicas, não rotulando o
aluno, mas dando-lhe a chance de encontrar suas potencialidades. Para que os
estudantes universitários sejam reeducados, é necessário que o professor possua
informações precisas das dificuldades de cada aluno e, portanto, acompanhamento de
profissionais especializados em apoio pedagógico, buscando soluções e soluções para
todos os casos detectados.
De acordo com Fonseca (1995), no terminal que os docentes, além de faculdades,
devem trabalhar com competência e dedicação (revisando suas estratégias de ensino e
adaptando-as quando necessário), para atrair alunos para a faculdade, onde quer que
eles tenham a chance de encontrar digitalize e escreva. E, conjuntamente, aumentamos
as estatísticas sobre dificuldades de aprendizagem, embora tendamos a não negar que,
apesar do tipo de faculdade ou sala de aula, os alunos devem ser diagnosticados e
tratados adequadamente por um especialista competente e ter o apoio do professor e da
família.

4.2 O DESENVOLVIMENTO DOS PROBLEMAS DE ESCRITA E


ALFABETIZAÇÃO

No desenvolvimento das atividades de pesquisa, consideramos com Brito (2009)


que, alfabetizar não pode ser pensado como domínio de uma técnica, mas como
processo que permite colocar a pessoa no mundo da escrita, de modo que possa transitar
pelos discursos da escrita, operar criticamente com os modos de pensar e produzir da
cultura escrita. Isso porque, no mundo contemporâneo, muitos são os lugares que têm
suas dimensões projetadas no papel, muitos são os conhecimentos codificados pela
linguagem escrita. (BRITO, 2009, p.76 ).
Não pertencer à cultura escrita, numa sociedade que se impõe por ela, é ficar
expulso das formas do espaço real de existência e de legitimidade. Mas
apenas submeter à sua lógica Letramento de crianças com dificuldade de
aprendizagem: o lugar da leitura compartilhada de histórias é uma forma
perversa de alienação” (BRITO, 2009, p.76 ).
33

(...) pensar em pertencimento à cultura escrita é muito mais que pensar em saber
ler e escrever. É referir-se a um modo de organização e de produção social (BRITO,
2009, p.77).
Ao focalizar o sistema de escrita, a escola poderá ensinar uma técnica e
desenvolver habilidades de decifração, mas esse ensino não permitirá a democracia do
acesso aos bens culturais, por deixar a criança à margem dos sentidos e significados,
não favorecendo condições para penetrar no texto.
Por outro lado, o domínio efetivo da escrita permite a inserção do leitor em um
mundo de possibilidades de conhecer e usufruir dos bens culturais produzidos pela
humanidade.
Daí a grande centralidade da leitura e da escrita, pensadas como práticas sociais e
inseridas no espaço das escolas, desde os primeiros anos da escolarização, com a
finalidade de formar leitores, pois, como afirma Abramovich (s/d), ser leitor é ter um
caminho infinito de descoberta e compreensão do mundo. Kramer (2010) entende que
letramento, formação de leitor, leitura, escrita e literatura são questões que já se
encontram presentes na produção acadêmica voltada para o Ensino Fundamental.

No entanto, ainda se faz necessário discutir a temática entre as crianças menores


de 6 anos e produzir práticas compatíveis com esses conhecimentos teóricos. A autora
entende ainda que a linguagem seja central para o desenvolvimento, por criar condições
para a aprendizagem e vincular-se à imaginação, ao diálogo, à expressão de saberes,
afetos e valores.
Daí a importância de se assegurar o acesso e a interação das crianças e adultos
com as narrativas, músicas, desenhos, peças teatrais, dança e diversas formas de
expressão literária, como os acalantos, trava-línguas, provérbios, fábulas, contos, mitos,
lendas, romances (KRAMER, 2010). Em defesa da presença das histórias na vida das
crianças,
Abramovich destaca o lugar da literatura na formação do leitor e lembra que o
contar histórias é uma prática que acompanha a humanidade, revelando aspectos de
cada época e cultura. Para a autora, ouvir histórias não é uma questão que se restringe a
ser alfabetizado ou não, mas constitui-se como atividade da aprendizagem inicial para
tornar-se leitor. Daí a importância das leituras mediadas por adultos leitores – práticas
defendidas por Brito (2009).
34

Quando uma criança de, por exemplo, 3 anos toma emprestada a voz da mãe, da
professora, da amiga, e lê o texto com a voz emprestada, ela está lendo. Está lendo com
os ouvidos, assim como os outros leem com os olhos ou com as mãos” (BRITO, 2009,
p. 88).
Como afirma Brito, “quando alguém estuda um texto escrito enunciado em voz
alta, ele está lendo o texto, mesmo que para isso utilize outro sentido (a audição)”
(BRITO, 2007, p. 18).
E assim, com a voz da mãe, da professora, da amiga mais velha, do adulto que faz
essa mediação, a criança lê o texto.
Ao ler com os ouvidos, a criança não apenas se experimenta na
interlocução com o discurso escrito organizado, como vai
compreendendo as modulações de voz que se anunciam em um texto
escrito. Ele aprende a voz escrita, aprende a sintaxe escrita, aprende as
palavras escritas (BRITO, 2007, p. 18).

Outro objetivo vital a ser destacado em intervalos no método de aquisição de


informações é a aquisição que foi relacionada à aquisição pelos pesquisadores. a
aquisição é caracterizada por advogar o evento de leitura e escrita considerando o
contexto social; isto é, conhecer a apropriação de técnicas para aquisição, além da
faceta do convívio e dos hábitos de uso da leitura e da escrita.

4.3 QUAIS MOTIVOS LEVAM AO DÉFICIT DE ALFABETIZAÇÃO E


LETRAMENTO?

Você deve perceber, inserir, avaliar e apreciar esses fatores. A apropriação da


escrita pode ser um método gradual que exige organização pelo pedagogo. é necessário
organizar o trabalho, pois cada criança tem seu próprio ritmo; portanto, deve ser
reverenciada e continuamente inspirada. Atualmente, pensa-se que os jovens constroem
dados a partir das interações que estabelecem com os ambientes culturais e sociais.
Cada criança abrange um desenvolvimento dinâmico, ativo e interativo. No
entanto, alguns acadêmicos estão rotulando o acadêmico com previsões negativas sobre
as perspectivas de aprendizagem, considerando a origem social, condições econômicas,
antecedentes familiares, a suposta incapacidade de não ter a capacidade de digitalizar e
escrever de forma autônoma, portanto, as dificuldades de aprendizagem do acadêmico
não parecem superados, causando um atraso no ensino. Desde o passado, a influência
35

da família sempre foi vista como uma parte elementar da relação entre família e
colégio.
Carl Jung (1981) destaca que a maior importância dessas influências reside no
fato incontestável de que a vida familiar e familiar oferece, através de seu ambiente
físico e social, as condições obrigatórias para o evento de temperamento da criança.
Deve-se pensar que os alunos devem ter liberdade e autonomia para fazer atividades,
textos, idéias e interpretar as variadas variedades de escrita encontradas em suas vidas
diárias. deve-se oferecer ao estudioso um ambiente letrado que seja tributário de seu
método de aprendizado, dentro do qual eles perceberão coisas de uso real da leitura e da
escrita. é necessário colocar o estudioso conectado à escrita para que ele reconheça e
aprecie os diversos sistemas que a compõem.
A caracterização da casa do colégio também pressupõe a releitura da questão
relativa às dificuldades de aprendizagem, pois o professor responsável por esse método
de construção de informações e determinação de dificuldades deve desenvolver a
garantia do sucesso de todos os alunos. Esse método é intencional, de modo que o
acadêmico aplicará a utilização da leitura e da escrita, no entanto, é essencial que o
professor contenha uma mediação qualificada e um design inteligente, para que atinja o
ambiente em que o pesquisador está inserido.
Diante de uma sociedade desigual, o acesso e os recursos para aquisição são
profundamente desiguais, o que cria dificuldades profundas, resultando em falha do
corpo docente e desmotivação dos acadêmicos, geralmente interrompe seus estudos,
resultando em falha na aquisição. tendemos a levar em consideração que a aquisição da
leitura e da escrita poderia ser um momento distinto pelo qual o estudioso passa por
esse método.
Quando desenvolvemos uma proposta decente para aquisição, tendemos a
abranger as várias dimensões que o pensamento apresenta, tendo como eixo norteador a
área do time do colégio que está sendo empregada para tal execução, como resultado da
aquisição poderia ser uma observação social que desenvolve a formação do aluno, por
exemplo. Sendo uma atividade que acontece entre os alunos, em área limitada, variando
entre o fato e também os meios que a sociedade utiliza da escrita para falar relacionar,
posicionar, questionar, concordar entre outros.
Para o evento dessas práticas, é necessário o comprometimento dos
estabelecimentos envolvidos com a responsabilidade social, polindo as instruções,
36

apoiando iniciativas e inspirando ações sociais que favorecem condições mais elevadas
da sociedade.
Outro lado vital é que os órgãos de apoio desses estabelecimentos os facilitem por
meio de recursos e observação de resultados sociais, continuamente centrados em
aprimoramentos sociais e ações voltadas para o desenvolvimento humano. acredita-se
que, através do investimento na educação dos jovens, haja um estimulante para a
inserção do indivíduo na vida social produtiva, além de promover o exercício completo
da cidadania.
Da mesma forma, ações em saúde e meio ambiente contribuem para elevar o
padrão de vida das comunidades e mobilizar novas atitudes em relação à atmosfera,
contribuindo para a preservação de nosso planeta e também para as chances de uma
vida mais elevada para as gerações futuras.
Com os fundamentos de muitos autores, como Emilia Ferreiro (1985), Paulo
Freire (2005) e Magda Soares (2004), fica claro que as dificuldades no método de
realização parecem ser devidas a vários fatores: o que o aluno passa durante esse
método , no entanto, o professor está desenvolvendo sua metodologia, o que a faculdade
propõe para o evento dessas práticas, dentro da qual a realidade é inserida, o que a
sociedade responde e fornece ao aluno.
Nos últimos vinte anos, principalmente, muitos autores contribuíram para variar o
método de realização, por isso não parece haver uma quantidade tão grande de
estudantes que a Organização Mundial da Saúde passa a idade de ser alfabetizada, pois
eles precisam de problemas com o talento. a utilização da leitura e escrita. Se
anteriormente tinha sido direcionado para as formas de ensino, atualmente é
direcionado para o método do aluno. durante esse contexto, a área de contribuições
concedidas mostra que não é a faculdade que apresenta a escrita para a criança,
manifestamente que, desde que se preocupem com o uso e as funções da escrita, elas
questionam seu funcionamento, a aprendizagem já está acontecendo.
Para que as deficiências sejam atenuadas e também superadas as dificuldades dos
acadêmicos alfabetizados, Paulo Freire (2005) diz que o professor deve partir da
realidade do aluno, como resultado da leitura primária que o tópico faz é que a leitura
do globo, ele não é capaz de ser alfabetizado, ele vem com informações prévias de sua
realidade, uma bagagem de dados do globo. Atualmente, é dever do professor exigir o
que o acadêmico traz e de sua experiência, de modo a aplicar a leitura e a escrita, pois
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envolve o acadêmico em uma abordagem extremamente superada pelas suas


dificuldades.

4.4 MÉTODOS PARA EVOLUÇÃO EDUCATIVA

Deveríamos estar convencidos de que um projeto acadêmico comprometido com


os aspectos sociais e culturais atribui à universidade o papel e a responsabilidade de
garantir a um ou todos os seus alunos o acesso à realização necessária para o exercício
da cidadania, que poderia ser um direito de todos.
De acordo com a especulação de Magda Soares (2004), a obtenção de resultados
torna o aluno capaz de aplicar a leitura e a escrita de maneira extremamente eficiente, o
que cria o potencial de aproveitar informações internalizadas em sua existência social e
cultural. O nosso sistema educacional atual está dentro de uma crise, em busca de
maiores perspectivas instrucionais, ou seja, adoçamento qualificado, condições
operacionais, participação da família nesse contexto, entre outros.
O professor deve colocar as informações em movimento, agir de acordo com o
ambiente em que vive, não permitindo a homogeneização das ações, dando aos alunos a
compreensão do universo como um todo, sancionando o aluno a fazer, imaginar,
fantasiar tudo o que tem para próprio. desenvolvimento pessoal e intelectual.
Mais uma vez, descobriu-se a importância do time do colégio como negociador e
transmissor de dados associados à cultura, ética, moral, técnica, visando à educação para
ensinar os eleitores. A educação deve ser acoplada à liberdade, o aluno deve supor por
si mesmo, fazendo sua própria autonomia, sabendo uma maneira de supor e agir. as
ações instrucionais devem respeitar a individualidade e os talentos de cada um em sua
interação com o meio social.
No desenvolvimento das atividades de pesquisa bibliográfica orientamo-nos pela
necessidade de compreender o lugar da leitura literária na alfabetização e letramento,
produzindo situações didáticas para que as crianças aprendessem a gostar dos livros,
despertando a criatividade e a motivação para querer aprender. Por diferentes razões,
essas crianças não obtiveram sucesso e encerraram o primeiro ano escolar ainda na fase
pré-silábica de alfabetização. Para essas crianças, ler era processo difícil e penoso, em
que a decifração se sobrepunha à compreensão das ideias. Para romper essa concepção
38

das crianças, a lógica que orientou nossa atividade foi de tomar a leitura como produção
de sentidos e não como mera decodificação.
Com Liberato e Fulgêncio (2007) entendemos a leitura por uma perspectiva
funcional, em que o leitor ultrapassa a decodificação, para compreender as informações
e ideias produzidas pelo autor e veiculadas pelo texto. Com Chartier, Clesse e Hébrard
(1996) e Solé (1998), acreditamos que a leitura é processo que não se inicia com o texto.
Assim, as situações didáticas de leitura se organizaram pela crença na necessidade de
intervenções antes, durante e depois de ler, favorecendo o desenvolvimento de
estratégias de leitura pelas crianças e do processo de intervenção das pesquisadoras.
Antes de ler é preciso que sejam realizadas atividades para antecipar sentidos,
elaborar hipóteses, motivar as crianças e definir objetivos para a atividade. Durante a
leitura, o professor deve realizar atividades compartilhadas de leitura, para confirmar
hipóteses e fazer novas previsões sobre o que vai ser lido, esclarecer dúvidas, resumir.
Solé (1998)
Depois da leitura, o professor deve realizar discussão do texto, para captar a ideia
principal, socializar sentidos, resumir oralmente o texto lido, formular e responder
perguntas, discutir ideias, partilhar sentimentos e percepções em relação ao texto lido.
Dessa forma, na etapa que antecedia a leitura dos livros, realizamos atividades para
ativação/atualização de conhecimentos prévios e elaboração de hipóteses – processo que
se relacionou à valorização da cultura das crianças, à sua capacidade de inventar,
imaginar e adivinhar o conteúdo do livro. O título da obra e as imagens eram
amplamente explorados, sendo o texto escrito utilizado para confirmação dos
significados antecipados.
Sobre esse processo, Solé (1998) afirma que o aluno pode não possuir
conhecimentos prévios exigidos para abordar o texto, ou que o título do texto não
permita a inferência sobre o seu conteúdo. No entanto, a autora destaca que as hipóteses
dos alunos normalmente não são absurdas e que, mesmo não sendo confirmadas, são
respostas possíveis a partir dos índices utilizados para sua elaboração.
No entanto, em nossas práticas de leitura era comum a ocorrência de episódios de
incompreensão em relação a algum elemento da narrativa. Nessas ocasiões, a nossa
opção era sempre a de reler o texto, ao invés de dar respostas prontas ou explicar a
história para as crianças. No decurso do semestre letivo, quando o grupo se encontrava
dividido entre dois sentidos opostos e contraditórios, as próprias crianças pediam que
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lêssemos de novo a página, pois já haviam percebido que o texto possibilitava


compreender as ideias e estabelecer consensos.
As crianças elaboravam hipóteses, sobretudo apoiadas nas imagens, e a releitura
normalmente possibilitava a confirmação ou revisão das ideias. No entanto, como as
crianças eram leitoras iniciantes e tinham uma experiência ainda limitada com o texto
literário e a linguagem escrita, nem sempre a releitura era suficiente para se estabelecer
os processos de compreensão. Em algumas ocasiões as crianças não percebiam o erro na
compreensão do texto.
Uma situação de leitura, em que as crianças tiveram dificuldade em rever
posicionamentos e descartar hipóteses não confirmadas pelo texto, ocorreu com a leitura
da história “Grilo, o adivinho”, um conto popular de Trinidad publicado por Philip
(1999).
Nessa atividade, pela leitura da imagem, as crianças construíram a ideia de que o
personagem central da narrativa era um ladrão. A hipótese foi produzida pela leitura de
pistas inscritas na ilustração, em que o protagonista, denominado Grilo, estava vestido
com camisa listrada, sendo que o conhecimento de mundo das crianças levou-as a
imaginar que o homem fosse um presidiário. Essa era uma hipótese bastante coerente,
mesmo porque, na imagem anterior, tinha um rei pensando em seu anel e as crianças
anteciparam a ideia de que a joia havia sido roubada. A leitura do texto confirmou a
hipótese de roubo do anel, mas o texto escrito não foi entendido pelas crianças como
esperávamos que compreendessem. Nesse caso, a informação textual não foi
adequadamente compreendida, as crianças não descobriram que os criados do rei eram
os verdadeiros ladrões. (PHILIP, 1999, p. 07).
É interessante destacar que, já na primeira frase da história é
explicitada a autoria do roubo: “Certa vez, um mordomo, uma criada e
um cozinheiro roubaram um anel que pertencia a um rei. Aflito para
recuperar a joia, o rei publicou um anúncio que dizia: ‘procura-se
adivinho” (PHILIP, 1999, p. 07).

No entanto, com a leitura do texto, as crianças não descartaram a hipótese


anteriormente produzida pela exploração das imagens – construíram o personagem
Grilo como ladrão e não o perceberam com um marinheiro que se passava por adivinho.
40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho bibliográfico expõe a importância da leitura e da escrita para o


desenvolvimento do individuo como pessoa e a ajuda que o individuo pode sobrepor no
ambiente social através de seus conhecimentos. Porém, para que estes conhecimentos
sejam bem desenvolvidos, precede à atuação de metodologias dinamizadas do professor
para que os educandos sintam-se estimulados à prática da leitura e da escrita.
41

Neste argumento cabe ao educador optar pela aplicação de uma diversidade de


gêneros textuais, que despertem a curiosidade nos alunos. Porém, o incentivo a leitura e
a escrita, não cabe apenas à escola, mas também a família. É com esta parceria que o
individuo chega ao amadurecimento desse processo, que é utilizado em toda sua vida
escolar e pessoal, tornando-o um ser com nível elevado de conhecimento e um cidadão
ciente de sua contribuição para que a sociedade se torne mais justa e a desigualdade
social seja minimizada.
Por fim, a leitura não pode estar voltada exclusivamente para o momento
específico inserido nas aulas de Língua Portuguesa, em que se tem como objetivo o
domínio do código e a quantidade de leituras que são praticadas nas escolas. Uma
questão fundamental para o ensino nas séries iniciais é tratar do processo de interação
leitura e construção do sentido como imprescindíveis para o desenvolvimento do aluno
em todas as disciplinas e também a vida.
O ensino da leitura nas séries iniciais deverá ultrapassar os limites da competência
gramatical dos falantes expandindo as perspectivas. No ensino da leitura deverá incluir
fenômenos ligados ao uso concreto da língua em textos falados e/ou escritos e ainda,
caberá ao professor, explorar os usos que transcendem os livros didáticos, abarcando a
oralidade e os sentidos figurados da linguagem não só no campo literário, mas no uso
efetivo da língua.
A escola, como instituição que objetiva preparar o indivíduo para o convívio em
sociedade, tem papel fundamental, assim como o Orientador Educacional, no processo
de auxílio ao tratamento, usando de estratégias de manejo dessas crianças e
adolescentes, para que haja a inserção das mesmas na sociedade.
Embora as dificuldades de aprendizagem tenham se tomado o foco de pesquisas
mais intensas nos últimos anos, elas ainda são pouco entendidas pelo público em geral,
entre professores e outros profissionais da educação.
Portanto, ainda existe muito trabalho a ser feito. Em muitas escolas, a falta de
consciência sobre as necessidades de estudantes com deficiência e o apoio inadequado
para os professores, às exigências de currículo, ausência de uma clara filosofia
educacional, continuam impedindo programas de qualidade.
42

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