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Sumário
BIBLIOGRAFIA:
NUPEA - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Energias Alternativas Prof. Sebastião Camargo Guimarães Júnior – 2014/2
UFU – Faculdade de Engenharia Elétrica Transmissão de energia Elétrica (Apostila uso interno) – Cap. 3 – pg. 1 de 39
CAPÍTULO 3
3.1 – Introdução
NUPEA - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Energias Alternativas Prof. Sebastião Camargo Guimarães Júnior – 2014/2
UFU – Faculdade de Engenharia Elétrica Transmissão de energia Elétrica (Apostila uso interno) – Cap. 3 – pg. 2 de 39
A linha de transmissão da Figura 3.1 pode ser representada por seu circuito equivalente,
mostrado na Figura 3.2, que consiste de uma indutância L [Henry/km], uma capacitância C
[Farad/km] e dos elementos representativos das perdas nos condutores: resistência r [Ohm/km]; e
perdas nos dielétricos: condutibilidade g [Siemens/km]. Este circuito equivalente é constituído
por parâmetros distribuídos.
Iniciamos a contagem dos tempos no instante que a chave Ch for ligada. Num instante
imediatamente anterior a t=0, a diferença de potencial U só existe no terminal 0 da chave, o que
indica a existência de um acúmulo de cargas elétricas. No instante t=0, quando a chave Ch é
ligada, esse potencial aparece em 1, tendo havido migração de cargas através de Ch. Em virtude
de ΔxL, levará um tempo Δt, para que apareça a mesma diferença de potencial no terminal “a”
do capacitor ΔxC; um tempo t=2Δt para que esse mesmo potencial atinja “b”, assim,
sucessivamente, até a energização total da linha. Ela não é, pois, instantânea. A energização se
dá pelo deslocamento das cargas elétricas ao longo da linha. Cargas elétricas em movimento dão
origem aos campos magnéticos e a simples presença das cargas, aos campos elétricos. Portanto,
a partir de t=0, campos elétricos e campos magnéticos são estabelecidos progressivamente ao
longo das linhas. Dizemos que se “propagam” do transmissor ao receptor.
“Decorre, portanto, um tempo finito entre o instante em que se aplica uma tensão ao
transmissor duma linha de transmissão e o instante em que esta tensão possa ser medida em seu
receptor”.
Podemos, pois, definir uma velocidade de propagação dos campos elétricos e magnéticos
para uma linha de comprimento ℓ [km]:
l [km/s] (3.1)
v=
T
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U Z0
Δx
A corrente de carga I0 começa a fluir na linha um tempo Δt [s] após o instante em que a
tensão é aplicada. Sua intensidade independe do comprimento da linha. Se esta for de
comprimento infinito, essa corrente de carga será suprida pela fonte, sem alteração de valor,
enquanto o valor da tensão da fonte se mantiver inalterado, indefinidamente. Podemos assim
definir uma impedância de entrada da linha
U
Z0 = [ohm] (3.2)
I0
1 [Ohm] (3.4)
Z0 =
Cv
ou
Z0 = L v [Ohm] (3.7)
1 [km/s] (3.8)
v=
LC
Do eletromagnetismo temos:
D
L = 2 ⋅ 10− 4 ln [H/km] (3.9)
r
1 [F/km] (3.10)
C=
D
18 ⋅ 10 6 ln
r
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L [ohm] (3.12)
Z0 =
C
D
Z 0 = 60Ln [ohm] (3.13)
r
Portanto Z0 não depende do comprimento da linha, mas somente do meio em que esta se
encontra e de suas dimensões físicas (D e r). É, pois, constante para cada linha e, por isso
mesmo, considerada uma grandeza característica denominada impedância natural da linha, ou
como veremos mais adiante, impedância de surtos da linha.
Por exemplo, sejam os cabos, para antenas de TV, vendidos comercialmente. Eles
possuem as seguintes impedâncias naturais:
U
I0 = = constante [A] (3.14)
Z0
Logo, a corrente de carga de uma linha, excitada por uma fonte de tensão constante,
também independe de seu comprimento, o que, aliás, é uma peculiaridade. Não poderia, no
entanto, ser diferente: a corrente de carga I0, quando começa a fluir, desconhece o comprimento
da Linha e a forma pela qual é terminada.
Exemplo 3.1 – Um cabo unipolar para 138 3 [kV] possui as seguintes características elétricas:
Solução
Comentário: Essa redução no valor da celeridade com relação ao caso anterior se deve às
características do dielétrico.
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I 02 LΔx
a - no campo magnético: ΔE m = [Ws] (3.15)
2
U 2 C Δx
b - no campo elétrico: ΔE e = [Ws] (3.16)
2
I 02 LΔx U 2 CΔx
c – energia total: ΔE = ΔE m + ΔE e = U ⋅ I 0 ⋅ Δt = + [Ws] (3.17)
2 2
A Equação (3.17) nos diz que a energia fornecida pela fonte foi armazenada pelos dois
campos, sem, no entanto, nos esclarecer sobre sua divisão entre os mesmos. Vejamos como esta
se faz. Temos que U = I o Z o = I o L C que introduzimos na Equação (3.16) para obter:
2
⎛ L ⎞ CΔx I o2 LΔx
ΔE e = ⎜⎜ I o ⎟
⎟ 2 = 2 = ΔE m (3.18)
⎝ C ⎠
- R2 = Z0 (Caso base)
Teremos então:
U = I0.Z0 = I0.R2
ou
U U
I0 = = (3.19)
Z0 R2
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Uma vez que na terminação da linha não há campos magnéticos e elétricos a armazenar
energia, toda a energia fornecida pela fonte será dissipada na resistência R2. Logo:
( )
E d I 2 = U.I 0 .Δt = (I 0 ) .R 2 .Δt
2
(3.20)
( )
Onde E d I 2 : energia dissipada na resistência R2 devido à circulação da corrente I2.
Fig. 3.4 – Equivalência entre linhas de comprimento infinito e linhas terminadas em R2 = Z0.
Quando o valor de R2 for diferente do valor de Z0, o equilíbrio estabelecido pela Equação
(3.19) será alterado, pois o segundo membro desta equação poderá ser maior ou menor do que o
primeiro, dependendo da capacidade de dissipação de R2. Devemos considerar, portanto, dois
casos.
'
A - Linha com resistência terminal maior que Zo → R 2 > Z0
Neste caso a corrente I '2 , através da resistência R '2 , será menor que a corrente Io e a
( )
energia dissipável E 'd I '2 será igualmente menor do que a energia dissipável E d I 2 ( )
U U
Io = I '2 = ⇒ I '2 < I0
Z0 R '2
( ) ( ) 2
E 'd I '2 = I '2 R '2 Δt < I o ( )R 2
2 ( ) 2
Δt = I 2 R 2 Δt ⇒ ( ) ( )
E 'd I '2 < E d I 2
( )
Onde E 'd I '2 : energia dissipada na resistência R '2 devido a circulação da corrente I '2 .
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Nas equações acima se deve verificar que, apesar de agora R '2 > R 2 ( R 2 é o caso base), a
corrente I '2 é menor que Io e, como no cálculo da energia a corrente está elevada ao quadrado
teremos, portanto, uma menor energia dissipada em R '2 Junto ao terminal da linha haverá um
excesso de energia. Um novo estado de equilíbrio deverá ocorrer, pois esse excesso de energia
não poderá ser destruído.
Uma redução da corrente na linha leva também a uma redução da energia armazenada no
campo magnético. Devemos lembrar que a energia armazenada no campo magnético no caso
base era ΔE m = 1 2 ΔxLI 02 , mas agora a corrente estabelecida é I '2 < I 0 resultando agora numa
energia armazenada no campo magnético de ΔE 'm = 1 2 ΔxL(I '2 ) , conseqüentemente ΔE 'm < ΔE m
2
. O campo magnético, por conseguinte, além de não poder armazenar o excesso de energia
devido à redução de I2, deve ainda ceder parte da energia que possui armazenada. Essa duas
parcelas só podem ter um destino: o campo elétrico. Portanto, a partir do momento que I '2
começa a fluir através de R '2 , o campo elétrico recebe a energia excedente, que se manifesta na
forma de uma elevação da tensão U2 e que irá propagar ao longo da linha, acompanhada da
redução de I0, com a mesma velocidade v [km/s], como é mostrado na Figura 3.5.
'
Fig. 3.5 – Variação de tensão e corrente em linha ideal terminada com R 2 > Z0
Vale a pena examinar um caso extremo, ou seja, quando R '2 = ∞, isto é, na linha de
comprimento finito, aberta junto ao receptor. Neste caso pode ser observado que:
b- o campo elétrico tem que armazenar toda a energia, isto é, aquela que chega pela linha e
aquela que é cedida pelo campo magnético (como a corrente I '2 = 0 o campo magnético não pode
armazenar energia) . Devemos lembrar aqui que, como mencionado no item 3.2.3d, a divisão de
energia era de 50% para cada campo, mas como o campo magnético não pode armazenar
energia, o campo elétrico deve armazenar estas duas parcelas de 50% de energia.
Seja U2 o valor da tensão que a linha atingirá junto ao receptor. A energia armazenada em
um Δx de linha será:
1 2
U 2 CΔx (3.21)
2
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2U 2 CΔx (3.22)
1 2
U 2 C Δx = 2 U 2 C Δx
2
U 22 = 4 U 2
Ou
U 2 = 2U [V] (3.23)
Portanto, em uma linha ideal aberta a tensão no receptor cresce ao dobro do valor da
tensão aplicada, Figura 3.6. Essa tensão se propaga do receptor ao transmissor.
Neste caso a corrente I "2 , através da resistência R "2 , será maior que a corrente Io e a
( )
energia dissipável E "d I "2 será igualmente maior do que a energia dissipável E d I 2 ( )
U U
Io = I "2 = ⇒ I "2 > I 0
Z0 R "2
( ) ( ) 2
( )R
E "d I "2 = I "2 R "2 Δt > I o
2
2 ( ) 2
Δt = I 2 R 2 Δt ⇒ ( ) ( )
E "d I "2 > E d I 2
( )
Onde E "d I "2 : energia dissipada na resistência R "2 devido a circulação da corrente I "2 .
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Nas equações acima se deve verificar que, apesar de agora R "2 < R 2 ( R 2 é o caso base), a
corrente I "2 é maior que Io e, como no cálculo da energia a corrente está elevada ao quadrado
teremos, portanto, uma maior energia dissipada em R "2 . Junto ao terminal da linha ocorrerá um
déficit de energia que não poderá ser fornecido de imediato pela fonte que alimenta o sistema. O
novo estado de equilíbrio somente poderá ser atingido se essa deficiência for suprida pela própria
linha, a expensas da energia armazenada por ela durante o processo de energização.
A energia armazenada no campo magnético no caso base era ΔE m = 1 2 ΔxLI 02 , mas agora
a corrente estabelecida é I "2 > I 0 resultando agora numa energia armazenada no campo
magnético de ΔE "m = 1 2 ΔxL(I "2 ) , conseqüentemente ΔE "m > ΔE m . Uma vez que há um aumento
2
no valor da corrente que passa de I2 = I0 para I "2 , o campo magnético não somente não pode
ceder energia, como também deve armazenar maior quantidade da mesma, o que faz à custa do
campo elétrico, que a cede. Haverá, portanto, uma redução na tensão U2 junto ao receptor, que
caminha progressivamente em direção à fonte, como é mostrado na Figura 3.7.
Fig. 3.7 – Variação de tensão e corrente em linha ideal terminada com R "2 < Z0
Outro caso extremo de operação da linha, bastante interessante, é o caso de uma linha
terminada em curto-circuito, ou seja, com R2 = 0. Observa-se, neste caso:
a – a tensão junto ao receptor somente pode ser nula, propagando-se esse valor do receptor ao
transmissor;
Uma vez que toda energia que estava armazenada no campo elétrico não pode ser retida
pelo mesmo, ela é cedida ao campo magnético, que também deverá receber toda a energia que a
fonte continuará fornecendo. A energia no campo magnético será agora em um Δx de linha:
2
( )
1 " 2
I 2 LΔx (3.23)
Nos dois campos da linha havia (I 0 )2 LΔx de energia armazenados (duas parcelas de
energia de 50%) e a fonte, em Δt(s), fornecerá mais (I 0 )2 LΔx (novas duas parcelas de energia de
50%). Logo, o campo magnético terá que armazenar:
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2(I 0 ) LΔx
2
(3.24)
Quantia essa que deverá ser igual àquela definida pela equação (3.23). Logo
2
( )
1 " 2
I 2 LΔx = 2(I 0 ) LΔx
2
(I )" 2
2 = 4(I 0 )
2
Ou
U = Ud ± Ur (3.26a)
I = Id ± Ir (3.26b)
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U Ud = U
I0 Id = I0
1 2
U R2
1’ 2’
Ur
Ir
Fig. 3.8a – Ondas viajantes devido a energização da linha de transmissão.
b- dependendo do valor relativo da impedância terminal da linha, como vimos, haverá ou não
reflexão:
- quando Z2 > Z0 , há, como vimos, um aumento no valor da tensão e uma redução no valor
da corrente. Há, portanto, reflexão das ondas: as ondas de tensão se refletem com mesma
polaridade das ondas diretas, o que de acordo com a Equação (3.26a) indica um aumento da
tensão no receptor para U 2 = U d + U r . As ondas de corrente, no entanto, se refletem com
polaridades opostas às das ondas incidentes, revelando, de acordo com a Equação (3.26b), uma
redução de corrente para I 2 = I d − I r . As ondas refletidas se propagam desde os pontos de
descontinuidade para as linhas com a mesma velocidade com que aí chegaram as ondas
incidentes. As Equações (3.26a) e (3.26b) passam a valer, progressivamente, em cada um dos
pontos da linha. Portanto, ondas incidentes e ondas refletidas se movimentam nas linhas em
sentidos opostos;
- para o caso Z2 < Z0 , o fenômeno, como vimos, se dá de maneira oposta: a redução no valor
da tensão indica que, nesta caso, a onda de tensão se reflete com polaridade oposta à daquela da
onda incidente, enquanto que a onda refletida de corrente tem a mesma polaridade da onda
incidente, pois haverá um aumento no valor da corrente no receptor.
As três condições acima podem ser vistas na Figura 3.8b. As ondas refletidas se relacionam
com as ondas incidentes através dos coeficientes de reflexão Kr :
Onde
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Z2 − Z0
K ru = (3.32)
Z2 + Z0
Z0 − Z2
K ri = (3.33)
Z2 + Z0
Os valores de Kru e Kri variam de +1 a –1, conforme se verifica facilmente na análise das
linhas em aberto, em curto-circuito e para Z2 = Z0, quando são nulos.
Exemplo 3.2: Mostrar a variação no tempo da tensão e da corrente junto ao receptor de uma
linha ideal, alimentada por uma fonte ideal, terminada em Z2 = 3Z0 .
U
R2 = 3Z0
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Solução:
Z1 − Z 0 0 − Z 0
K ru1 = = = −1
Z1 + Z 0 0 + Z 0
Z 0 − Z1 Z 0 − 0
K ri1 = = =1
Z1 + Z 0 Z 0 + 0
3Z 0 − Z 0 1
K ru 2 = =
3Z 0 + Z 0 2
Z 0 − 3Z 0 1
K ri2 = =−
3Z 0 + Z 0 2
Kru1=-1 Kru2=1/2
U1=U U
U2=0
t=l v
1/2U U2=0+U+1/2U=3/2U
t = 2l v
-1/2U
U1=U+U/2-U/2=U
t = 3l v
U2=3/2U-1/2U-1/4U=3/4U
-1/4U
t = 4l v
1/4U
U1=U-U/4+U/4=U
t = 5l v
1/8U U2=3/4U+1/4U+1/8U=9/8U
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Kri1=1 Kri2=-1/2
I1=I0 I0
I2=0
I2=0+I0-1/2I0=1/2I0
-1/2I0
I1=I0-1/2I0-1/2I0=0
-1/2I0
I2=1/2I0-1/2I0+1/4I0=1/4I0
1/4I0
I1=0+1/4I0+1/4I0=1/2I0 1/4I0
I2=1/4I0+1/4I0-1/8I0=3/8I0
-1/8I0
Uma linha de transmissão bifilar aérea é suprida por uma fonte de tensão constante e
igual a 800 [volt]. A indutância dos condutores é de 0,001358 [henry/km] (fluxo interno
considerado), sua capacitância é igual a 0,008488.10-6 [farad/km]. Tratando-se de linha sem
perdas, deseja-se saber, sendo seu comprimento igual a 100 [km]:
a - Z2 = 100 [ohm];
b - Z2 = 400 [ohm];
c - Z2 = 1600 [ohm].
U = 800 V Z2
1’ 2’
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Solução:
A – A impedância natural ou impedância de onda ou impedância de surtos pode ser calculada
através d equação:
L [ohm] (3.12)
Z0 =
C
Logo,
L 0,001358
Z0 = = x10 6 = 400 [ohm ]
C 0,008488
B – A energia armazenada em cada quilômetro de linha poderá ser calculada pelas Eqs. (3.14),
(3.15) ou (3.16):
a - energia armazenada no campo magnético:
I 20 L Δx
ΔE m = [Ws] (3.15)
2
Sendo
U 800
Io = = = 2 [ A]
Z o 400
Teremos
(2) 2 x0,001358
ΔE m = = 0,002716 [w.s]
2
U 2 C Δx [Ws] (3.16)
ΔE e =
2
(800)2 x0,008488.10 −6
ΔE e = = 0,002716 [w.s]
2
c – energia total armazenada
ΔE = ΔE m + ΔE e = 0,005432 [ w.s]
Nota: esse valor é um pouco inferior àquele preconizado para a linha ideal, podendo-se
atribuir esse fato à consideração do fluxo magnético interno dos condutores, que, no caso da
linha ideal, foi desprezado.
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400 − 400
- para Z2 = 400 [ohm] K ru 2 = =0
400 + 400
1600 − 400 3
- para Z2 = 1600 [ohm] K ru 2 = =+
1600 + 400 5
c – os coeficientes de reflexão no transmissor serão, considerando fonte ideal,
Z1 − Z 0 0 − Z 0
K ru1 = = = −1
Z1 + Z 0 0 + Z 0
t=l v
U2=0+U-3U/5=2U/5
-3U/5
t=2ℓ/v
U1=U-3U/5+3U/5=U
3/5U
t = 3l v
-9U/25 U2=2U/5+3U/5-9U/25=16/25U
t=4ℓ/v
U1=U-9U/25+9U/25=U
9/25U
t = 5l v
U2=16U/25+9U/25-27U/125=98U/125
-27U/125
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1 2
Zf = 10 Ω
Z0=400Ω Z2=100Ω
L = 0,001358 [henry/km]
C= 0,008488.10-6 [farad/km]
U = 800 V
1’ 2’
Solução:
L 0,001358
Z0 = = x10 6 = 400 [ohm]
C 0,008488
Z1 − Z 0 10 − 400
K ru1 = = = −0,95
Z1 + Z 0 10 + 400
Z 2 − Z 0 100 − 400
K ru 2 = = = −0,6
Z 2 + Z 0 100 + 400
Zf = 10 Ω
Z0
U = 800 V
1’
Uf 800
Io = = = 1,9512
Z f + Z 0 10 + 400
Uf
U1 = I o × Z o = × Z o → U 1 = I o × Z o = 1,9512 x 400 = 780 ,48 [ V ]
Zf + Z0
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Kru1=-0,95 Kru2=-0,6
U1=780,48 U2=0
U1=780,48 U2=0+780,48-468,288
=312,192
-468,288
U1=780,48-468,288+444,874
=757,066
444,874
U2=312,192+444,874-266,924
=490,142
-266,924
U1=757,066-266,924+253,57
=743,72
253,578 U2=490,142+253,578-152,147
=591,573
-152,147
U2=591,573+144,54-86,724
144,54
=649,389
-86,724
82,388
U2=649,389+82,388-49,433
=682,344
-49,433
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1 2
Zf = 10 Ω
Z2=100 Ω
U = 800 V
1’ 2’
Uf 800
I2 = = = 7,2727 [A]
Z f + Z 2 10 + 100
Uma linha unipolar de transmissão de 100 [km] de comprimento foi desligada instantaneamente
em ambas as extremidades, permanecendo nela uma carga acumulada, uniformemente
distribuída ao longo da mesma, de forma tal que um potencial de 175,72 [kV] pode ser medido.
Admitamos que, em ambas as extremidades das linhas, se faça um aterramento através de
resistências de 20 [ohm]. Qual será a variação da tensão e da corrente através das resistências? E
no meio da linha?
Solução:
A LT é alimentada por uma fonte de tensão U1 e supre uma carga Z2 com o sistema
operando em regime permanente.
1 LT 2
U Z2
U1
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1 LT 2
U Z2
U1
Com a abertura da LT nos pontos 1 e 2 só existe carga estática acumulada na LT. Assim,
toda energia está armazenada no campo elétrico.
A LT é então curto-circuitada, em ambas as extremidades, através dos resistores de
aterramento. Com o curto-circuito o estado de equilíbrio que existia anteriormente é alterado,
com transferência de parte da energia do campo elétrico para o campo magnético (circulação das
correntes I1 e I2 ). Devido a esta alteração teremos o surgimento de ondas viajantes na LT.
1 LT 2
I1
I2
Z0
Z0
20 Ω 20 Ω
U2
U1
L = 221,12 [ohm]
Z0 =
C
Z − Z 0 20 − 221,12
K ru1 = K ru 2 = = = −0,83
Z + Z 0 20 + 221,12
Z 0 − Z 22112
, − 20
K ri1 = K ri2 = = = 0,83
Z + Z 0 20 + 22112
,
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U 175.720
I = I1 = − I 2 = = = 728,77 [A]
R + Z 0 20 + 22112
,
U1 = 0,083U
U1 = U + Ud + Ur
14.575 = 175720 + 0 +Ur
Ur = -161.145 [V]
Ur = −0,917U
I1 = I’ + Id + Ir
728,77 = 0 + 0 + Ir
Ir = 728,77 [A]
Ir = I
U2=0,083U
U1=0,083U
U1/2 (1)
−0,917U −0,917U
U2=0,083U-0,917U+0,761U
U1=0,083U−0,917U+0,761U
= −0,073U
= −0,073U U1/2 (2)
0.761U 0.761U
U2=-0,073U+0,761U−0,632U
= 0,056U
U1/2 (3)
−0,632U −0,632U
U2=0,056U−0,632U+0,525U
= −0,051U
U1/2 (4)
0,525U 0,525U
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−I I
0,83I −0,83I
I1 =−0,83I+0,83I+0,69I = 0,69I
I2= 0,83I−0,83I−0,69I = −0,69I
I1/2 =0
−0,69I 0,69I
I1 = −0,57I
I2= −0,69I+0,69I+0,57I = 0,57I
I1/2 =0
0,57I −0,57I
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Tendo obtido, pela análise qualitativa, noções físicas sobre o mecanismo do aparecimento
e comportamento de ondas viajantes nas linhas de transmissão, procuraremos mostrar como
essas ondas podem ser estudas quantitativamente. Interpretando um pensamento de Lord Kelvin,
poder-se-ia afirmar: ”Entender um fenômeno significa associá-lo a números.”
É o que nos propomos a fazer em seguida através da análise matemática. Esta será feita
de forma genérica, ou, mais precisamente, considerando tensões e correntes como funções
genéricas do tempo. Raciocinando em termos de ondas de impulso, em geral encaradas pelos
autores de livros-texto de linhas de transmissão de energia elétrica como um fenômeno à parte,
estaremos não só aumentando nossa flexibilidade de raciocínio, como também lançando as bases
para o estudo sistemático dos surtos de sobretensão as quais são sujeitas as linhas de transmissão,
como também das linhas excitadas por correntes senoidais, em regime permanente.
Deixemos a linha ideal, por ora, e consideremos uma linha real, incluindo em seu circuito
equivalente elementos representativos das perdas nos condutores r [ohm/km] e das perdas nos
dielétricos g [Siemens/km], com é mostrado na Figura 3.10, na qual representamos um elemento
Δx da linha.
∂2 u ∂u ∂2 u (3.39)
= r g u + ( r C + Lg) + LC 2
∂x 2 ∂t ∂t
& x = U x e jωt
U
d2U
&x & 2&
& x + ( r C + Lg) dU x + LC d U x
= rgU (3.43)
dx 2 dt dt 2
Substituindo as derivadas
d & d
d/dt =jω : (por exemplo temos que: U x = U x e jωt = jω U x e jωt = jωU
& x)
dt dt
d2U
&x
& x + LC( jω) 2 U
& x + ( r C + Lg)( jω) U &x
2
= rgU
dx
d 2 &I x
2
= r g I& x + ( r C + Lg)( jω)&I x + LC( jω) 2 &I x
dx
d2U
&x
& x = z& ⋅ y& ⋅ U
&x
2
= ( r + jωL)(g + jωC) U
dx
(3.45)
d 2 &I x (3.46)
= ( r + jωL)(g + jωC)&I x = z& ⋅ y& ⋅ &I x
dx 2
& 1e x
&x =A
U zy
&& & 2 e −x
+A zy
&&
[V] (3.47)
&I x = 1 & 1e x zy
&& & 2 e −x zy
&&
(A −A ) [A] (3.48a)
z& y&
& e A
A & são constantes com dimensão de tensão. Seu valor pode ser encontrado através
1 2
das condições de contorno. Para tanto consideramos a linha junto ao receptor, que elegemos
como referência para as distâncias x, uma vez que as condições aí existentes é que ditam o
comportamento das linhas. Nessas condições, para x = 0 teremos U& x = U& 2 e &I x = &I 2 . Das
Equações (3.47) e (3.48a) obteremos, respectivamente:
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& =A
U & +A
&
2 1 2
1 & & ]
I& 2 = [ A1 − A 2
z& y&
& &
& = U 2 + I 2 z& y& = A e jψ1
A (3.49)
1 1
2
Essas são as equações gerais das linhas de transmissão de correntes alternadas senoidais,
em regime permanente. Através delas poderemos relacionar tensões e correntes em qualquer
ponto ao longo das linhas, em função das condições existentes no receptor. São equações exatas,
servindo de base para a derivação de processos de cálculo simplificados, usados na prática, como
veremos no Capítulo 4.
Em resumo: conhecidos U & e &I pode-se calcular tensão e corrente em qualquer ponto x
2 2
da linha de transmissão.
e±x z&y&
= e ± γ&x = e ±αx ⋅ e ± jβx
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z& r + jωL
→Z
&c = = = Z c e jδ [ohm] (3.59)
y& g + jωC
ωt + βx + ψ1 = cons tan te
d(ωt + βx + ψ1 )
=0
dt
dx ω
= − = v [km/s] (3.65)
dt β
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Calcular a tensão e corrente no transmissor da linha quando ela alimentar no barramento receptor
uma carga de 450 [MVA], fp2 = 0,95 ind, com tensão de 380 [kV].
Solução:
&c =
&
Z z& r + jx L 0,0715 + j0,512 = 404,2 ∠-3,98° [ohm]
Z = = =
&
Y y& g + jb j3,165 × 10 − 6
&∗
&2 =U
N & 2 I& ∗
2
[VA/fase] → &I 2 = N 2 [A]
& ∗2
U
6
& 2 = 450 × 10 ∠arccos0,95 = 150 × 10 6 ∠18,19°
N [VA/fase]
3
&∗ 6
&I 2 = N 2 = 150 × 10 ∠ − 18,19° = 683,7∠-18,19° [A]
& ∗2
U 219.393∠0°
& 2 + I& 2 Z
U & c 219.393∠0°+683,7∠ − 18,19° × 404,2∠ − 3,98°
= = 243309,3∠-12,4°
2 2
−3
e αl = e ( 0,08877.10 ).600
= e 0,053 = 1,0544
e − αl = e −0,053 = 0,9483
−3
e jβl = e j(1,276.10 ).600
= e j0,7656 = e j43,87°
A tensão no transmissor é:
&1
U = 301.424,3 ∠37,04° [V]
Aplicando a Eq.(3.52) a corrente no transmissor é:
Vimos anteriormente que o desempenho de uma linha depende das condições terminais
existentes junto ao receptor, em linha excitada por fonte de tensão constante. A análise que agora
faremos para as linhas excitadas por tensões senoidais nos mostrará que as condições terminais
são igualmente importantes em seu desempenho, como também é o seu comprimento físico ℓ
[km], tomado em relação ao seu comprimento de onda λ [km]. Ou seja, a relação l λ é
importante no desempenho das linhas de transmissão.
O comprimento de onda de uma linha é definido como a distância entre dois pontos mais
próximos da onda senoidal, na direção de sua propagação, cujas fases de oscilação estejam
separadas de 2π.
Para x = λ ⇒ βx = 2π
βλ = 2π ⇒ 2π (3.67)
λ=
β
como
ω 2πf 2πf
v= = ⇒ β=
β β v
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Substituindo em (3.67)
2π 2πv v
λ= = ⇒ λ= (3.68)
β 2πf f
Z& 2 = ∞ ⇒ &I 2 = 0
&
& x 0 = U 2 (e γ&x + e − γ&x )
U [V] (3.69)
2
&
&I x 0 = U 2 ( e γ&x − e − γ&x ) [A] (3.70)
2Z &c
&
& x 0 = U 2 [e αx (cos βx + j sen βx) + e −αx (cos βx − j sen βx)]
U (3.71)
2
↑ Ondas diretas ↓ ↑ Ondas refletidas ↓
&
&I = U 2 [e αx (cos βx + jsenβx) − e −αx (cos βx − jsenβx)] (3.72)
x0
2Z& c
Onde
Os valores de tensão e corrente são obtidos pela soma vetorial dos fasores:
U x 1 = U d 1 + U r1
I x 1 = I d 1 − I r1
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Fig. 3.14 – Construção dos pontos dos diagramas polares das tensões e correntes.
Fig. 3.15 – Variação das tensões ao longo de linha real, operando em vazio.
Fig. 3.16 – Variação das correntes ao longo de linha real, operando em vazio.
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- aumento sensível da tensão ao longo da linha com relação a tensão aplicada Ux (Efeito
Ferranti);
Z& 2 = 0 ⇒ &2 =0
U
& &
& xcc = I 2 Z c (e γ&x − e − γ&x )
U [V] (3.80)
2
&
&I xcc = I 2 (e γ&x + e − γ&x ) [A] (3.81)
2
Expandindo as equações:
& &
U& xcc = I 2 Z c [e αx (cos βx + j sen βx) − e −αx (cos βx − j sen βx)] (3.82)
2
↑ Ondas diretas ↓ ↑ Ondas refletidas ↓
&
&I xcc = I 2 [e αx (cos βx + j sen βx) + e −αx (cos βx − j sen βx)] (3.83)
2
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U& &
U
I& 2 = 2 = 2
Z& 2 Zc
&
& 2 e γ&x = U
&x =U
U & 2 e αx (cos βx + j sen βx ) [V] (3.89) (3.91)
U&x U &
= 2 = Z& c = Z c e jδ = Z 2 e jφ2 [ohm] (3.93)
I& x &I 2
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N & 2 ⋅ I& ∗2
& 2 = P2 + jQ 2 = U (3.96)
como
Z& 2 = Z& c = Z c e jδ
temos
& j0°
&I 2 = U 2 = U 2 e = I 2 e − jδ
Z& c Z c e jδ
logo
2
& 2 = U 2 ⋅ I 2 e jδ = U 2 e jδ
N
Zc
U 22 [w] (3.98a)
P2 = Pc = cos δ
Zc
Pc = potência característica
U 22 [w] (3.98b)
P0 =
Z0
P0 = Potência natural, também conhecida como potência SIL - surge impedance loading –
carregamento com a impedância de surtos.
Sendo a potência natural P0 uma potência ativa, ela é adotada como unidade base de
potência. P0 independe do comprimento da linha, é usada na escolha das tensões de transmissão
em primeira aproximação (Tabela 3.1):
U 2 = P0 ⋅ Z 0 [V] (3.99)
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Ө
U2
Fig. 3.17a – Ângulo de potência
De acordo com a Figura 3.19, o ângulo de potência θ pode ser determinado a partir de Ud e Ur :
a) U &1
b) &I1
c) N&
1
d) ângulo de potência
Solução:
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&∗
&I 2 = N 2 = 50 × 10 ∠ − 25,84° = 433 ∠-25,84° [A]
6
& ∗2
U 115,47 × 10 3 ∠0°
e αl = e 0,0481 = 1,049
e − αl = e −0,0481 = 0,953
& 1 = 164.459∠23,38°
U [V] U1 = 284.851 [V] (FF)
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θ = 23,38° - 0° = 23,38°
Exercício – 3.15 (Fuchs) Uma linha de transmissão trifásica, de 600 [km] de comprimento,
possui os seguintes parâmetros:
Qual deverá ser a tensão no transmissor da linha quando a tensão no barramento receptor
for de 380 [kV], estando a linha fornecendo uma potência igual a 1,2 de sua potência
característica.
Solução:
−3 −3 −3
γ& = α + jβ = 1,279×10 ∠86,02° = 0,08877.10 + j1,276.10 [1/km]
&c =
&
Z z& r + jx L 0,0715 + j0,512 = 404,2 ∠-3,98° [ohm]
Z = = =
&
Y y& g + jb j3,165 × 10 − 6
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&∗
&I 2 = N 2 = 143,4 × 10 ∠3,98° = 652,8∠3,98°
6
[A]
& ∗2
U 219.393∠0°
−3
e αl = e ( 0,08877.10 ).600
= e 0,053 = 1,0544
−3
e jβl = e j(1,276.10 ).600
= e j0,7656 = e j43,87°
& 1 = 254.790,87∠48,61°
U [V] → (Tensão fase-neutro)
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