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Edição 55 | Ano VII | Abril de 2013

Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção


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Edição 55 | Ano VII | Abril de 2013

Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

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revista. A publicação reserva-se no direito, por motivo de espaço e
clareza, de resumir cartas e artigos. Para assinar a revista, acesse: www.abendi.org.br/revista
30 Pernambuco tem perfil econômico ativo, com participação crescente no
PIB brasileiro. Prova desse intenso desenvolvimento é o Complexo
Portuário de Suape. É aqui que acontece o maior evento sobre
Capa Tecnologia de Equipamentos do País.

06 08 10
notícias institucional artigo especial
Força militar nos ENDs Drogas: um ensaio destrutivo?

14 16
sócios patrocinadores treinamentos
• Usiminas investe em inovação tecnológica para atender ao setor • Treinamentos reconhecidos pela Abendi: a melhor formação
de óleo e gás em Ensaios Não Destrutivos
• Coordenador de Engenharia da Uniforja fala dos benefícios de se • Cursos em outros Estados
unir à Abendi

17 18
otr eventos
Abendi tem novo OTR • 17ª Conferência Internacional de Dosimetria de Estado Sólido
• Corende seleciona trabalhos
• Ismos no Rio
editorial

Junho se aproxima e a correria para ajustar os últimos preparativos da 12ª Coteq toma conta dos colaboradores
da Abendi. Esta edição traz um depoimento do governador de Pernambuco, Eduardo Gomes, e de alguns
expositores sobre a importância do evento; descreve o potencial do Polo de Suape no desenvolvimento do
estado e, consequentemente, para a área de END, e ressalta a capacidade turística da região.

A matéria sobre OTR mostra uma nova opção para a realização de treinamentos no Rio de Janeiro. A Petrus
está habilitada para ministrar cursos de Líquido Penetrante, Partículas Magnéticas e Ultrassom.

A edição traz, ainda, a cobertura completa da palestra que a Abendi realizou no auditório do CPOR para oficiais
Luiz Fernando Corrêa Ferreira
R2 do exército brasileiro e a apresentação da certificação PBQP-H que é a novidade do RAC para auditores de
Presidente da Abendi
empresas de serviços e obras da construção civil.

Os artigos técnicos, tão importantes para os profissionais do setor, e a reflexão sobre o risco do uso de drogas
notadamente no ambiente de trabalho complementam a edição.

Por fim, mas não menos importante, recebemos uma crônica que fala sobre o risco de explosões de latinhas
de aerossóis em situações corriqueiras que podem ocorrer com qualquer um.

Boa leitura!

| Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para: comunicacao@abendi.org.br

10 24

20 24
normalização certificação
Comitê de construção civil discute novas técnicas Construção civil terá auditores certificados

42 47
artigo técnico artigo técnico
Determinação da vida útil residual de cabo de aço utilizando dados da Qualidade de imagens em equipamentos de radiografia
inspeção eletromagnética industrial

56 58
calendário crônica de END
Treinamentos para os meses de maio e junho Os riscos no transporte de aerossóis
notícias

Nova norma sobre análise de vibrações


A reunião da comissão de normali- O material será aplicado tanto pa- A próxima reunião está marcada pa-
zação que discute a análise de vibra- ra máquinas em teste, montadas em ra o mês de abril, na sede da Abendi,
ções começou a escrever, em feve- bancadas de ensaio, como para má- em São Paulo. Os interessados em par-
reiro, o que virá a ser uma norma so- quinas em operação normal dispos- ticipar podem entrar em contato por
bre medição e avaliação da vibração tas em seu pedestal de trabalho. e-mail: normalizacao@abendi.org.br.
mecânica de eixo em máquina rota-
tiva.
A discussão foi produtiva. Boas
ideias foram levantadas e o proje-
to, aos poucos, foi se arquitetando
com inspiração na norma ISO 7919-1
(Mechanical vibration of non-recipro-
cating machines – Measurements on
rotating shafts and evaluation – Part
1: General guidelines).
A norma em elaboração terá como
foco a medição e avaliação das varia-
ções no comportamento dinâmico,
carregamento excessivo e monitora-
mento de folgas de mancais.

CE-EPC Tem novo corpo diretivo


O Centro de Excelência em EPC solidar a parceria com organizações José A. de Figueiredo (Petrobras),
(CE- EPC) apresentou, no fim de feve- internacionais como Construction In- Guilherme Kuhner (Statoil do Brasil),
reiro, os nomes que irão compor seu dustry Institute (CII), Fiatech e Cons- Antonio Guimarães (Shell do Brasil),
corpo diretivo no próximo biênio. truction Owners of Association of Al- Carlos A. Aguiar Teixeira (IBP), José
Os destaques ficaram para Renata berta (COAA). Rodrigues de Farias Filho (UFF), Al-
Baruzzi, gerente executiva da área A escolha da nova diretoria foi feita fredo Laufer (UFRJ), José Octavio de
corporativa da Petrobras, eleita pre- pelos associados da instituição, du- Alvarenga (Promon), Saulo V. Rocha
sidente do Centro, e Antonio Muller, rante Assembleia Geral em dezem- Silveira (Odebrecht), Mauricio Men-
da Tridimensional Engenharia, que bro de 2012. Além do presidente e do donça Godoy (Toyo-Setal), Marce-
assumiu a vice-presidência da insti- vice-presidente, os associados esco- lo Bonilha (EBSE) e Luís Mendonça
tuição. lheram também os diretores. (ONIP). Danilo Gonçalves é o diretor
O objetivo da nova gestão é con- A nova diretoria é composta por executivo. a

Erramos
Ao contrário do informado na notícia “10 anos do ONS 58”, publicado na edição 54 da Revista Abendi, a associação não re-
cebeu o convite para se credenciar à ABNT, mas demonstrou interesse em ser um de seus comitês técnicos em uma parceria
que já comemora 10 anos de existência.
Vale ressaltar também que a Abendi não é certificada, ela é credenciada pela entidade. O que é fundamental para que o País
tenha assento nos fóruns da ISO e possa colocar suas especificações técnicas em normas internacionais.

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abril de 2013
Participe do Comitê Mercosul de
Normalização em END
O 14º Encontro do Comitê Merco- di, pela Abraco (Associação Brasilei-
sul de Normalização em END ocorre- ra de Corrosão) e pelo IBP (Instituto
rá dentro da Coteq deste ano, em Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocom-
Porto de Galinhas (PE). bustíveis), acontecerá de 18 a 21 de
A reunião, promovida pela Abendi, junho no Enotel Resort & SPA.
divide-se nos subcomitês de Ultras- Os profissionais interessados em
som, Radiografia, Métodos Superfi- participar das reuniões ou obter mais
ciais, Emissão Acústica e Qualificação informações sobre o assunto devem
e Certificação. entrar em contato pelo telefone (11)
A Conferência sobre Tecnologia de 5586-3145 ou através do e-mail:
Equipamentos, promovida pela Aben- normalizacao@abendi.org.br.
institucional

Força militar nos ENDs

A parceria entre a Abendi e a Abore o general Adhemar, e prossegue: “um entrevistas de emprego, se o profis-
(Associação Brasileira de Oficiais da jovem que passa pelo exército sai sional fala que tem certificado, isso
Reserva do Exército) já começou a muito melhor do que entrou. O ser- encurta a conversa, pois o mercado
agitar o mercado de Ensaios Não Des- viço militar desenvolve valores como sabe que aquela certificação repre-
trutivos e a revelar boas perspectivas disciplina, respeito, compromisso e le- senta preparo, experiência, conheci-
para um futuro não muito distante. aldade. Enquanto eles estão no quar- mento...”.
No dia 16 de fevereiro, as Associa- tel praticam muito isso, e acabam le- A Petrobrás também marcou pre-
ções somaram forças para promover vando essa postura militar para as em- sença com Silvio Juer, gerente do se-
o convênio entre os oficiais R2 da presas e para a própria sociedade. É tor de certificações de engenharia
reserva do exército e lotaram o audi- É quase uma filosofia de vida; filoso- corporativa da Petrobras. Em seu de-
tório do quartel do CPOR (Centro de fia de trabalho”. poimento, o gestor sublinhou que “a
Preparação de Oficiais da Reserva) O General Adhemar complementa certificação é um atestado de compe-
de São Paulo com centenas de inte- dizendo que um profissional compe- tência. Não certificamos ética, nem
ressados, militares de altas patentes tente, mas sem ética e sem caráter, correção de atitude, que também são
e importantes gestores da indústria. não atende aos objetivos de nenhu- exigências reais em qualquer área de
O convênio visa oferecer cursos e ma empresa, associação ou organi- trabalho. O profissional tem que le-
treinamentos para jovens talentos do zação. var tudo isso com o certificado em
Exército Brasileiro e atender a de- uma entrevista de emprego”, com-
manda por profissionais qualificados, Alvo no exército - João Conte, di- plementa.
principalmente N3, no mercado de retor executivo da Abendi, e outros Armando Lemos, coronel R1 do
trabalho. representantes da área presentes na exército e diretor técnico da Associa-
João Rufino, gerente do Bureau reunião foram convidados a se apre- ção Brasileira das Indústrias de Mate-
de Certificação da Abendi, ministrou sentar e dar suas impressões sobre o riais de Defesa e Segurança (Abimde),
a palestra apresentando os Ensaios atual momento do mercado de END. também ressaltou a importância de
Não Destrutivos e instigando os ofi- Conte relatou que a associação está trabalhar com profissionais qualifica-
ciais presentes a se qualificar e inves- com diversos convênios abertos no dos que tenham uma formação mili-
tir em certificações de ENDs. Brasil e em outros países da América tar. Segundo Lemos, a indústria bra-
Latina, mas a parceria com a Abore é sileira, principalmente na área de de-
Postura Militar - Para o General a que mais chama a sua atenção pelo fesa e segurança, está retomando o
Adhemar da Costa Machado Filho, grande potencial de capacitação e fôlego este ano. O País já esteve entre
comandante militar do Sudeste, os certificação de ótimos profissionais. os 10 maiores exportadores de mate-
oficiais têm uma permanência de, no “Estou ansioso para ver essas pesso- riais bélicos do planeta. Agora, tenta
máximo, sete anos nas Forças Arma- as formadas. Acredito piamente no su- retomar o posto através de grandes
das retornando em seguida ao mer- cesso do convênio”, declara o diretor. investimentos e uma aposta constan-
cado de trabalho. Cristian Jaty Silva, diretor da Abemi te na formação e preparação de seus
“Tenho 42 anos de vida militar; dez (Associação Brasileira de Engenharia profissionais.
como general. Esta é a primeira vez Industrial), também presente no even- Outros importantes especialistas
que vejo uma iniciativa assim. Esse to, declarou que, para ele, “cinco anos do mercado também estiveram no
tipo de parceria oferece a oportuni- de trabalhos realizados no exército quartel general da Abore para presti-
dade de inserir bons jovens em ativi- são uma referência. Um certificado giar a palestra e reiteraram a impor-
dades de interesse do País”, declara também é uma referência. Em muitas tância da parceria. a

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artigo
especial

Drogas: um ensaio destrutivo?


Isa Magalhães

S im, infelizmente, para muitos! O


problema do consumo é uma
questão de saúde: afeta o indivíduo,
a família, a sociedade e o mundo cor-
porativo. O foco maior desse artigo
está no cigarro, no álcool, nos antide-
pressivos e nos ansiolíticos, mais do
que nas drogas ilícitas conhecidas.
Falar sobre drogas e seu consumo
é corriqueiro nos dias de hoje, mas, o
que pode salvar vidas, orientar famí-
lias e desenvolver organizações res-
ponsáveis é procurar informações ci-
entíficas que esclareçam o tema para
uma reflexão mais consistente sobre
as consequências do uso, o desenvol-
vimento da doença, a dependência e
seus impactos no dia-a-dia, principal-
mente no profissional.
Se considerarmos o ser humano co-
mo um “corpo-de-prova” e as drogas
como “substâncias psicoativas pene-
trantes” no organismo, então é possí-
vel chegar à definição mais aceita na
comunidade científica de droga como para a preservação da espécie, é nele desconforto para não vivermos o des-
sendo substâncias psicoativas capazes que as drogas interferem. Por um tipo prazer, ao mesmo tempo em que bus-
de alterar os estados da mente, ou se- de curto-circuito, elas provocam uma camos o que é agradável e confortável
ja, de alterar a maneira de perceber ilusão química de prazer que induz a para sentirmos e perpetuarmos a sensa-
as coisas, pensar, sentir e se compor- pessoa a repetir seu uso compulsi- ção de prazer.
tar. Assim é possível pensar na vulne- vamente. Com a repetição do consu- Alguns impulsos de autopreservação
rabilidade do “corpo-de-prova”. mo, todas as fontes naturais de pra- como a fome, o sono e o medo direcio-
As drogas acionam o sistema de re- zer perdem o significado, passando a nam nossas ações. Por outro lado, pre-
compensa do cérebro, ou seja, uma interessar aquela sensação imediata cisamos lembrar, como seres sociais e
área encarregada de receber estímu- proporcionada pela droga, mesmo que profissionais, que sentimentos como
los de prazer como uma emoção gra- isso comprometa e ameace a vida do simpatia, orgulho, ódio, poder, medo do
tificante, temperatura agradável, co- usuário.” fracasso, e assim por diante, também
mida, sexo, sono, entre outros, e A partir da observação de nossos impulsionam nossos atos.
transmiti-los para o corpo todo. próprios sentimentos, descobrimos Freud, em sua obra intitulada “Além
O Dr. Ronaldo Laranjeira * afirma que nossas ações conscientes origi- do Princípio do Prazer”, explica que o
que: ... “apesar da importante contri- nam-se em nossos desejos e temores. princípio do prazer primário, de se li-
buição desse sistema de recompensas Todos nós tentamos evitar a dor e o vrar imediatamente do desprazer, ou

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da possibilidade dele é perigoso, além ou não querer perceber, que um cigar- de realidade”, para adiar e modificar
de ser ineficaz. Mostra, ainda, que ro alivia a ansiedade, mas apenas por a dinâmica do prazer.
também para a autopreservação, o um curto prazo. O álcool, por sua vez, O abuso das drogas nem sempre é
ego substitui o “princípio do prazer” relaxa no primeiro momento, mas de- perceptível no ambiente profissional,
pelo “princípio de realidade”, cuja pois aumenta o nível de ansiedade. exceto nos casos em que os transtor-
intenção ainda é obter prazer, mas Esses são os chamados “efeito rebo- nos causados pelo usuário são públi-
modificando o dinamismo da satisfa- te” e acontecem com qualquer outra cos, causam prejuízos organizacionais
ção dos desejos e impulsos, ou seja: droga. e pessoais de forma a ser impossível
podemos adiar uma satisfação, tole- A frequência do uso também au- “deixar para lá”. Mas o problema ca-
rar temporariamente um desprazer, menta a tolerância. Isso significa que, minha silencioso e sem fronteiras, atin-
abandonar alguns desejos e necessi- para obter o mesmo efeito de prazer gindo democraticamente pessoas, fa-
dades depois de analisá-los melhor. é preciso uma quantidade cada vez mílias e organizações.
O “princípio da realidade”, portanto, maior da droga. Hoje, alguém que A desinformação sobre o tema den-
educa e amadurece os instintos primi- dorme com meio comprimido de Le- tro das empresas impede que o pro-
tivos, favorecendo o desenvolvimento xotan ou Rivotril, amanhã só conse- blema seja percebido e que seus ges-
mental do ser humano “adulto”. guirá dormir tomando um inteiro, por tores promovam estratégias preventi-
É nesse sistema de recompensa e exemplo. vas e de suporte aos usuários.
do mecanismo de obtenção de prazer A dependência psicológica baseia- As políticas de diagnóstico e pre-
imediato que a ação química de diver- se no desejo de continuar a consumir venção, além de serem financeira-
sas drogas interfere, pervertendo-o. a droga para reduzir a ansiedade e a mente mais viáveis, mobilizam as pes-
O efeito será o mesmo não importan- tensão; para sentir alegria e outras al- soas, promovem a conscientizição do
do se vem do cigarro, álcool, da maco- terações positivas de humor; para problema e contribuem na identifica-
nha, cocaína ou de outras drogas. promover a sensação de competên- ção dos caminhos para enfrentá-lo
Situações de stress e tensão emocio- cia, em suma, para enfrentar os desa- sem rodeios, mas com resultados po-
nais vividas por um profissional que fios da vida. sitivos.
precisa vencer a insegurança e a inibi- Com o passar do tempo, usa-se No caso dos profissionais de END
ção, expor-se, correr riscos, tomar a droga para evitar o desprazer da e Inspeção, a informação é estraté-
decisões técnicas com competência, abstinência como irritação, agita- gica, uma vez que a especificidade
cumprir prazos apertados, ser compe- ção, tremores, diarreias, dores etc. técnica desses profissionais requer
titivo, preciso, politicamente correto, A compulsão é menor naqueles que o desenvolvimento de uma cultura
podem ser aliviadas de imediato com toleram mais a abstinência, isto é, consistente de segurança, já abor-
um cigarro, uma bebida alcoólica, ou usam os mecanismos do “princípio dada em artigo anterior.
com um remédio para dormir, por
exemplo. O aumento da frequência Referências Bibliográficas
do uso de drogas em situações como
essas aumenta a possibilidade da de- Freud, Sigmund – Obras completas, Vol XVIII “Além do Princípio do Prazer”-
pendência. Introdução pg 17.

Embora o efeito da nicotina seja Einsten, Albert – “Inscritos da Maturidade” cap. 7


menor que o da maconha, um fuman- Laranjeira, Ronaldo - médico psiquiatra, coordena a Unidade de Pesquisa em Álcool e
te que consome 20 cigarros por dia, Drogas na Faculdade de Medicina da UNIFESP (Universidade Federal do Estado de São
dando dez tragadas em cada um, re- Paulo) e é PhD em Dependência Química na Inglaterra. Entrevista ao Dr. Drauzio Varella.
cebe 200 vezes o reforço positivo, em
que cada tragada é igual a uma inje-
ção de nicotina na veia. Depois de al-
guns anos desse estímulo repetido, Isa Magalhães é psicóloga, psicanalista e pedagoga com 30 anos de experiência profissional clínica,
acadêmica e organizacional. É consultora organizacional especialista em gerar e implementar soluções
a dependência da nicotina torna-se
para o desenvolvimento da maturidade profissional em gestores, líderes, grupos, equipes e pessoas envol-
mais forte que a de outras drogas. vidas na busca contínua de resultados com qualidade e alta performance. É sócia-diretora da DEVELOP
A grande armadilha é não perceber, I.M.– Crescimento Profissional: www.maturidadeprofissional.com.br

tecnologia preservando a vida


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sócios

Empresas sócias da Abendi


ABS Group Services do Brasil Ltda CBC Indústrias Pesadas S/A END Oliveira
ACF Inspeções Consultoria e Montagem Industrial Ltda CCI - Centro Controle e Inspeção Ltda END Treinamentus
ACINOR Inspeções e Serviços Técnicos Ltda CEETEPS - Faculdade de Tecn. de Pindamonhangaba END-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. Ltda
ACOP Mineração e Dranagem Direcionada Ltda Centro de Pesquisa de Energia Elétrica - CEPEL ENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem Ltda
Aços F. Sacchelli Ltda Centro de Treinamento de Rio das Ostras e Inspeção Ltda Endtecne Importação e Comércio de END Ltda
Ahak Brasil Serviços Industriais Ltda Centro de Treinamento em END - CETREND/MG Engisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria Ltda
Alpitec do Brasil Alpinismo Industrial Ltda Cesar & Fritsch Offshore Serviços de Manutenção Ltda Escola de Engª Eletromecânica da Bahia-EEEMBA
Althu’s Treinamento e Trabalhos Técnicos em Altura CETEMQ Centro Tecn. de Mão de Obra Qualif. Escola Técnica União - ETEU
Ltda ME CETI Treinamentos e Serviços Empresariais Ltda ME Estaleiro Atlântico Sul
Arctest Serviços Tec. Insp. e Manut. Indl. Ltda CIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. Ltda Extende
Arotec S/A Indústria e Comércio Cia de Saneamento Básico do Est. São Paulo -SABESP Focus Consultoria e Representação Ltda - ME
Asema Seg. do Trabalho, Manut. e Alpinismo Ind. Ltda Civil Master Projetos e Construções Ltda Fontec Treinamentos
Asociación de Inv. Met. Del Noroeste - AIMEN Climbtec Serviços Técnicos em Altura Ltda FRATESTE Inspeções Técnica Ltda
ATEND - Serviços e Manutenção Ltda EPP Compergy Qualidade Ltda Fugro Brasil Serviços Submarinos e Levantamentos Ltda
Átomo Radiop. e Segurança Nuclear S/C Ltda Concremat - Engenharia e Tecnologia S/A Eletrobrás Furnas
Auxilio - Assessoria e Serviços Técnicos Ltda Confab Industrial S/A Gamatron Radiografia Industrial Ltda
Axess do Brasil Connect. Serv. CS Serviços de Mecânica Met. e Man Gerdau Aços Especiais S/A
Balimetro Calib. e Serv. de Metrologia Ltda em Altura German Engenharia e Serviços de Manutenção Ltda
BBL - Bureau Brasileiro Ltda CONSINSP - Insp. Equips. e Manut. Indl. Ltda GTEQ - Grupo de Tecnologia, Energia e Qualidade
BC TRADE - Comercial Importadora e Exportadora Control Service - Prest. Serv. de Insp. e Repres. HCG Equipamentos Ltda
Ltda Comercial Helling GmbH
Belov Engenharia Ltda Cooperativa Central de Prod. e Ind. de Trab. em Infoend Engenharia Ltda
Brasil Inspeção de Equipamentos Industriais Ltda - EPP Metalurgia - UNIFORJA Inoservice Serviços de Inspeção Ltda
Brasil Inspeções Treinamento e Desenvolvimento Cooperativa dos Insp. de END Estado BA - COOEND Inspección y Diagnóstico Técnico ISOTEC Ltda
Brasitest Ltda Cooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Inspecon - Inspeção e Serviços Ltda
Braskem S/A - UNIB 1 BA Bahia Ltda - COOINSP INSPEEND Ltda ME
Brastech Consultoria e Inpeções Industriais Ltda Derrick do Brasil Serviços Ltda Inspeplan Consultoria e Controle de Qualidade Ltda ME
BRTÜV Avaliações da Qualidade Ltda Detection Technology Inc Instituto Montessori de Educação e Qualificação Ltda
Bruke S/A Deten Química S/A Integra - Coop. Prof. Engª Integridade Equip. Ltda
Bureau de Avali. da Conf.Quali. de Sistem. Ltda. Diagnostic Imagind Automação Ltda IntelligeNDT Systems & Services GmbH
Bureau Veritas do Brasil Sociedade Classificadora e Dimensional Consultoria e Inspeções INTER-METRO Serviços Especiais Ltda
Certificadora Ltda Divers University Esporte Aquático Ltda Intron Brasil Comércio e Serviços de Inspeção Ltda
CAPA Alpinismo Industrial Ltda ME DMCJ Inspeções Ltda IRM Services Ltda
Capaz Inspeções Ltda Druck Brasil Ltda Irmãos Passaúra S/A
Carestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. Ltda EMC Engenharia Ltda. Isotermas Isolantes Térmicos e Conservação de Energia
Carlos Alberto Arruda Salles Marques & Cia Ltda END Araújo Eletrônica Industrial Ltda - ME

12 revista abendi no 55
abril de 2013
ISQ Brasil - Instituto de Soldadura e Qualidade Ltda Qualitech Inspeção, Reparo e Manutenção Ltda
ITW Chemical Products Ltda Qualy End Inspeções Ltda
JBS Inspeção e Ensaios Ltda R.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda
JN Inspeção Ensaio Não Destrutivos em Equip. Ind. Ltda Raimeck Comércio Importação e Exportação Ltda
K2 do Brasil Serviços Ltda REM Indústria e Comércio Ltda
Katecna Indústria e Comércio Rufino Teles Engenharia
Koende Tecnologia em Inspeções Industriais Ltda Sagatech Inspeções de Equipamentos Ltda
Kroma Produtos Fotográficos e Representação Ltda Sanesi Engenharia e Saneamento Ltda
Kubika Comercial Ltda Sansuy S/A Indústria de Plásticos
Latin Consult Engenharia S/S Ltda SANTEC - Tecnologia de Soldagem
Lenco - Centro de Controle Tecnológico Ltda SANTEND - Inspeções e Qualidade
Lloyd’s Register do Brasil Ltda Satec Controle de Qual. Equipamentos Petroquimicos Ltda
Luthom Engenharia Ltda Scorpion Trabalhos em Altura Ltda
LWF Treinamento e Consultoria em Engª Ltda Send Control Inspeções Industriais Ltda
M2M Phased Array Technologies Serv-End Indústria e Comércio Ltda
MAB Soldas em Geral Ltda - EPP Service Engenharia da Qualidade Ltda
Marcelo de Carvalho Salomão EPP Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Marno Serviços Técnicos Submarinos Ltda Serviços Marítimos Continental S/A
Maxim Comércio e Consultoria Industrial Ltda SGS do Brasil Ltda
Metal Cap Centro de Aprendizado Profissional Siemens Ltda
Metalurgica Ltda Simex - Sistemas de Inspeção Móveis Ltda
Metal-Chek do Brasil Indústria e Comércio Ltda SINCQ - Serviços Industriais e Controle de Qualidade Ltda
Metalquímica Tecnologia e Serviços Ltda EPP SISTAC - Sistemas de Acesso Ltda
Metaltec Não Destrutivos Ltda SKE Inspeção e Consultoria Ltda
MKS Serviços Especiais de Engenharia Ltda Sociedade de Ensino Iguaçu S/C Ltda
Moody International Soldas Especiais Armênio
Multiflux Máquinas Especiais Ind. e Com. Ltda Sommabr Serviços Técnicos Medições e Treinamentos
NDB Vision Ltda Ltda ME
NDT do Brasil S/A Stonehenge Mountain
News Inspeções Ltda System Asses., Insp. e Controle da Qualidade Ltda
Núcleo Serviços de Inspeção de Equipamentos Ltda Tec Sub Tecnologia Subaquática Ltda
Oceânica Engenharia e Consultoria Ltda Tech-End Ensaios Não Destrutivos
Opertec Engenharia S/C Ltda Technotest Consultoria e Assessoria Ltda
Orian Engenharia e Consultoria Ltda Tecnomedição Sistemas de Medição Ltda
Ostra Service e Inspeções e Reparo em Equipamentos Tecnopetro Inpeção e Consultoria Ltda
Ind. Ltda Terminal Químico de Aratu S/A - TEQUIMAR
Oxix Cursos e Projetos Especiais TGM - Turbinas Indústria e Comércio Ltda
Panda Trabalho em Altura Ltda Topcheck Controle da Qualidade Ltda
Paneng Engenharia e Consultoria Ltda TQI Treinamento, Qualificação e Inspeção Industrial Ltda
Pangella Serviços Técnicos em Altura Ltda Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos
Peixoto Bezerra & Cia Ltda ME Industriais Ltda
PerkinElmer do Brasil Ltda TSA Tubos Soldados Atlântico
Petrobras Transportes S/A - TRANSPETRO TSI Tecnologia Serviços e Inspeção Ltda
Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS Tuper Tubos S/A
Petrustest Consultoria em Controle da Qualidade Ltda TÜV Rheinland Brasil
Physical Acoustics South America Ltda - PASA Ultra Climber Cons., Treinamentos e Serviços em
Planet Serviços Ltda Altura Ltda
Polimeter Comércio e Representações Ltda Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - USIMINAS
Polotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços Ltda V&M do Brasil S/A
Polyteste Inspeções Varco International do Brasil Equipamentos e Serviços Ltda
Powertemp Tecnologia Industrial Ltda Victória Qualidade Industrial Ltda
Presthydro Ambiental Serv. de Eng. Cons. Loc. e Com. Villar Manutenção de Máquinas Ltda
Proaqt Empreedimentos Tecnológicos Vital End Equipamentos e Acessórios para END
Proceq SAO Equipamentos de Medição Ltda Voith Hydro Ltda
Qualitate Inspeções e END Ltda Welding Science-Medar Com. Serv. Ltda.EPP
Qualitec Engenharia da Qualidade Ltda Welding Soldagem e Inspeções Ltda
sócios
patrocinadores

Usiminas investe em inovação tecnológica para


atender ao setor de óleo e gás
A Usiminas aumentou o conteúdo renciada do laminador permite aumen-
tecnológico de seus produtos para tar a oferta de aços com melhores com-
atender ao exigente mercado de óleo binações de dimensões e graus de re-
e gás. No final do ano passado, a si- sistência, e com maiores propriedades
derúrgica implantou o novo Laminador de soldabilidade e tenacidade, que con-
de Tiras a Quente (LTQ) na Usina de Cu- figuram o perfil técnico ideal para o me-
batão, Baixada Santista, com investi- lhor desempenho em grandes profun- A usina de Cubatão tem novo Laminador de
mentos na ordem de R$ 2,5 bilhões. O didades marítimas, como a camada Tiras a Quente

equipamento tem capacidade produ- pré-sal.


tiva de 2,3 milhões de toneladas/ano e O projeto é parte de um importante forneceu mais de 23 mil toneladas do
está entre os mais modernos do mun- ciclo de investimento que incluiu a im- produto ao mercado. No final de 2012,
do. O novo LTQ gera, entre outros pro- plantação da tecnologia CLC, que permi- 400 toneladas de chapas grossas CLC
dutos, aços da linha de dutos (Line- te a produção de chapas grossas, aten- da siderurgica foram usadas pela Tena-
pipe) empregados para o transporte de dendo aos requisitos da indústria petro- risConfab na construção da maior colu-
óleo e gás e linha de extração OCTG lífera. Desde 2010, quando anunciou na de revestimento de superfície da his-
(Oil Country Tubular Goods) usados nas investimentos da ordem de R$ 539 mi- tória de exploração na camada do pré-
jazidas ou nos poços. A tecnologia dife- lhões nessa tecnologia, a Usiminas já sal no Brasil, com 1.650 metros.

-
Coordenador de Engenharia da Uniforja fala dos
benefícios de se unir à Abendi
São enormes os desafios enfrenta- Além disso, atua de forma complemen-
dos pela indústria brasileira nos seg- tar na formação de comitês especí-
mentos de Energia, Automotivo, Sucro- ficos para diferentes áreas de fabrica-
alcooleiro, Óleo e Gás etc., particu- ção. Este importante conjunto de atri-
larmente relacionados aos produtos buições contribui efetivamente para o
forjados que requerem qualidade asse- desenvolvimento da nossa indústria.
gurada e integridade física e metalúr- “Nossa meta é fomentar a inovação,
gica. Para maximizar a qualidade dos por isso, investimos na busca de par-
produtos, a Uniforja procurou um par- ceiros que compreendam a ampla va-
ceiro que conhecesse e entendesse o riedade de aplicação dos produtos for-
Funcionário da Uniforja
seu processo produtivo de maneira jados pela Uniforja e que disponham
completa, que fosse especializada em de qualificação e infraestrutura capa-
ensaios destrutivos, e que oferecesse tegridade dos produtos forjados pela zes de aprimorar a indústria brasileira”,
todo o suporte necessário para a exce- Uniforja, estreitando, assim, o laço for- diz João Luís Trofino, presidente da
lência no controle de Qualidade. mado há anos e selando os principais Uniforja. ‘’É a Uniforja e a Abendi se
É com grande satisfação que anun- valores de ambas as instituições. posicionando para oferecer o melhor
ciamos a parceria firmada com a Aben- A Abendi é referência em serviços de seus recursos e demonstrando acre-
di no início de 2013, buscando a otimi- de certificação, normalização técnica, ditar no presente e no futuro do
zação da garantia de qualidade e a inte- treinamentos, eventos e publicações. Brasil.’’

14 revista abendi no 55
abril de 2013
treinamentos

Treinamentos reconhecidos pela Abendi:


a melhor formação em Ensaios Não Destrutivos
Exija a melhor formação em END! Procure os cursos atestados pela associação!

A exigência de que os provedores volvido para oferecer a melhor for- confira a relação de cursos reco-
que ministram treinamentos em mação em END. Na tabela a seguir, nhecidos pela Abendi:
END, voltados à certificação profis-
sional devam ter, obrigatoriamen- Cursos Onde Fazer
te, os cursos reconhecidos junto ao Líquido Penetrante (LP) Cetre, Pasa, Petrus, Sírius, ITC
Sistema Nacional de Qualificação e Partículas Magnéticas (PM) Cetre, Petrus, Sírius, ITC
Certificação (SNQC) da Abendi já Ultrassom (US) Cetre, Petrus
está valendo desde o início do ano. Ultrassom N1 – Medição de Espessura Sírius, ITC
A medida garante que essas insti- Ensaio Visual (EV) Cetre, ITC
tuições cumpram as determinações Ensaio Radiográfico (ER) Cetre
internacionais aplicadas pelo Bure- Detecção de Vazamentos ‘’Sabesp’’ Cetre
au de Certificação, conforme requi- Estanqueidade Cetre
sitos da norma ISO 9712:2012, em Controle Dimensional de Caldeiraria Cetre, Zepto, ITC
relação ao conteúdo programático, e Tubulação (CD CL)
nível de habilidade, à experiência Controle Dimensional – Mecânica (CD MC) Zepto
dos instrutores e às instalações dos Controle Dimensional – Montagem de Zepto
provedores. Portanto, não abra mão Máquinas (CD MQ)
da qualidade no ensino. No momen- Controle Dimensional – Topografia (CD TO) Zepto
to de se especializar na área, bus- Emissão Acústica Níveis 1 e 2 Pasa
que o treinamento certo, desen-

Cursos em outros Estados


Ao consolidar a excelência na formação em Ensaios Não Destrutivos (ENDs), a Abendi expande a grade de treinamen-
tos para outros estados do País. Por isso, se você mora em Pernambuco ou no Ceará, fique atento à programação de
cursos nessas regiões:
Curso Data Estado
Organização de Gestão dos ENDs De 20 a 24 de maio Pernambuco
e De 25 a 29 de novembro
Nivelamento para Níveis 1 e 2 De 03 a 14 de junho Pernambuco
e De 07 a 18 de outubro
Metalurgia Básica para END De 21 a 23 de agosto Pernambuco
Básico de Ensaios Não Destrutivos De 09 a 13 de setembro Pernambuco
Organização de Gestão dos ENDs De 06 a 10 de maio Ceará
e De 04 a 08 de novembro
Nivelamento para Níveis 1 e 2 De 15 a 26 de julho Ceará
e De 21 de outubro a 1º de novembro
Metalurgia Básica para END De 28 a 30 de agosto Ceará
Básico de Ensaios Não Destrutivos De 23 a 27 de setembro Ceará
Para mais informações, acesse o site de treinamentos: http://www.abendi.org.br/treinamentos/323

16 revista abendi no 55
abril de 2013
OTR

Abendi tem novo OTR


Os instrutores desse centro de treinamento são
profissionais qualificados com 30 anos de experiência na área

Fundada em 2008, a Petrus é o mais e N2. Como determinação do Bureau a ser cumprida para obter a certifica-
novo Organismo de Treinamento Re- de Certificação (BC), todos os treina- ção profissional.
conhecido (OTR) da Abendi, habilita- mentos em Ensaios Não Destrutivos
do para operar nas áreas de Líquido (ENDs) devem ser reconhecidos pelo DC-038* - Documento Complemen-
Penetrante (LP), Partículas Magnéti- Sistema Nacional de Qualificação e tar que define a sistemática utilizada
cas (PM) e Ultrassom (US). A unidade, Certificação ( SNQC) da Abendi. Para pela Abendi para o reconhecimento
localizada no Rio de Janeiro, possui isso, de acordo com o DC-038*, a ins- de treinamentos para a qualificação
salas climatizadas com datashow, TV tituição deve solicitar à entidade o de profissionais N1 e N2 de acordo
e DVD, e ainda dispõe de laboratório reconhecimento do treinamento para com as regras do Sistema Nacional de
prático com acervo de corpos-de-pro- qualificar profissionais nos métodos Qualificação e Certificação ( SNQC).
va gabaritado e biblioteca virtual pa- nos quais a Abendi tem sistema de cer-
ra consulta às publicações técnicas. tificação em vigor. Após a solicitação,
Vale destacar que os instrutores des- a Abendi realizará as auditorias neces-
se centro de treinamento são profis- sárias para reconhecer o método de
sionais qualificados com 30 anos de treinamento em questão. É importan-
experiência na área. “Temos no corpo te lembrar que essa é a primeira regra
docente pessoal com formação técni-
ca em mecânica, metalurgia; licencia-
tura em matemática, engenharia me-
cânica, metalúrgica e de materiais.
Com a implantação do PR -127, desen-
volvemos um programa de habilita-
ção de instrutores para garantir que
somente aqueles qualificados com ex-
periência na área industrial sejam ver-
dadeiros multiplicadores de conheci-
mento nos cursos ministrados’’, a-
crescenta o diretor da Petrus, Cezar
França.
Em breve, a unidade pretende soli-
citar à Abendi habilitação para minis-
trar treinamentos de Ensaio Visual
(EV), Dimensional de Solda e Controle
Dimensional – Caldeiraria e Tubulação.

Nova Regra para Certificação – Es-


tá valendo, desde janeiro deste ano,
a nova regra de reconhecimento dos
cursos de provedores de treinamen-
tos para candidatos à certificação N1

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17
eventos

Dosimetria em dose dupla


Recife (PE) reunirá alunos e especia- de aula no dia 19 e encerrará no dia 21 metodológicas e aplicação de técnicas
listas de Dosimetria do mundo todo de setembro. em diferentes áreas do mercado.
entre os dias 22 e 27 de setembro na Os encontros têm o objetivo de dis- Os eventos buscam aproveitar as
17ª Conferência Internacional de Do- cutir as mais recentes pesquisas em do- mais recentes conquistas científicas pa-
simetria de Estado Sólido, conhecida simetria de radiação com base em pro- ra resolver problemas no campo da saú-
também como SSD17. cessos e métodos de estado sólido. de e para criar mecanismos indispen-
O evento ocorrerá após a Quinta Es- O programa da SSD17 prevê apre- sáveis em aplicações médicas, ambien-
cola de Dosimetria, que abrirá as salas sentações sobre física básica, questões tais e de datação por luminescência.
• Para mais informações, acesse o site www.ssd17.org.

CORENDE seleciona trabalhos


Primeira chamada para a seleção dos artigos técnicos que serão apresentados no IX Corende y Jornadas de Soldadura.
O evento é uma iniciativa da Aaende (Associação Argentina de Ensaios Não Destrutivos e Estruturais) e ocorrerá em Mar del
Plata (Argentina), no Hotel 13 de Julho, entre os dias 2 e 4 de outubro.
Articulistas interessados devem enviar e-mail para corende9@aaende.org.ar solicitando informações sobre a correta formata-
ção do texto.
A seleção ocorre até 24 de maio e está aberta tanto para empresas como para profissionais do setor.

Seleção de artigos de metrologia


A 13ª edição do Enqualab (Con- & Confiabilidade na Metrologia Auto- do congresso é por trabalhos que con-
gresso da Qualidade em Metrologia) motiva”. tribuam com a evolução da metrolo-
está selecionando trabalhos de espe- As principais exigências são com re- gia no País.
cialistas em metrologia para o evento lação à originalidade e à finalidade do Todos os trabalhos selecionados pa-
que ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 de conteúdo. Ou seja, as obras precisam ra o evento serão divulgados no site
agosto. ser inéditas (nacional e internacional- da Remesp. Quem se interessar deve
O deadline para envio de artigos mente) e não devem, obviamente, enviar o trabalho ou solicitar mais in-
técnicos é 20 de maio. Serão aceitas servir de promoção para uma marca, formações sobre o formato correto
tanto inscrições verbais como pôste- um produto ou uma empresa. para apresentação do resumo pelo e-
res que atendam ao tema “Qualidade A grande busca do comitê técnico mail marina@remesp.org.br. a

ISMOS no Rio
O Ismos-4 (4º Simpósio Internacio- O simpósio, que nasceu da necessi- de exploração de petróleo.
nal de Microbiologia Aplicada e Biolo- dade de monitorar comunidades mi- As discussões explorarão a aplica-
gia Molecular em Sistemas de Petró- crobianas em tempo real na indústria ção de novas ferramentas de biologia
leo) - um dos maiores eventos sobre petrolífera, é multidisciplinar e desti- molecular e microbiana em diversos
biologia molecular promovido pela in- na-se a químicos, geólogos, enge- aspectos, entre eles, a indústria da
dústria de gás e petróleo, acontecerá nheiros, microbiologistas molecula- mocrobiologia, corrosão da engenha-
no Rio de Janeiro entre os dias 25 e 28 res, enfim, a qualquer profissional ria, produção química, geofísica e ge-
de agosto, no Centro de Convenções interessado nos aspectos biológicos ologia, ciências da terra, ciência am-
da Petrobras. e nos problemas ligados a atividades biental e biocombustíveis. a

18 revista abendi no 55
abril de 2013
normalização

Comitê de construção civil discute novas técnicas

O Comitê Técnico Setorial de Cons-

André Leme Guimarães


trução Civil caminha para a quin-
ta reunião e mostra os primeiros in-
dícios do conteúdo das normas que
regerão a atividade no território na-
cional.
O grupo reúne representantes de
empresas e universidades da área pa-
ra debater a importância do uso de di-
versas técnicas de Ensaios Não Des-
trutivos. Os integrantes estudam os
melhores métodos para aplicação no
segmento de construção civil.
Em cada encontro, um especialista
ministra uma palestra sobre o em-
prego de determinado método e esse
conteúdo é aberto aos participantes
para debaterem os prós e os contras
de cada procedimento.
Como resultado da troca de experi-
ência e ideias surgem novos temas a
serem discutidos nos encontros se-
guintes. o dia 19 de abril e discutirá Ensaios Abendi estão sempre abertos à parti-
Desde a primeira reunião, reali- Visuais nas instalações da Unicamp, cipação de novos integrantes. Interes-
zada em agosto do ano passado, os em Campinas, interior de São Paulo. sados devem entrar em contato com
debates trouxeram importantes con- A data da sexta reunião poderá ser o time de Projetos e Normalização da
tribuições à atividade e decidiu-se acompanhada pelo site da Abendi. associação através do e-mail:
que, a partir do próximo encontro, Os encontros seguintes são marca- tecnologia@abendi.org.br.
será elaborada uma norma nacio- dos pelos integrantes durante as pró- Confira, abaixo, um pouco do que
nal pelos integrantes do comitê. A prias reuniões. já foi discutido nos quatro encontros
quinta reunião está marcada para Vale ressaltar que os comitês da do grupo:

PRIMEIRA REUNIÃO
Alessandra Alves, Gerente Executiva de Atividades Técnicas da Aben-
di, deu as boas-vindas e apresentou a associação ao grupo.
Em seguida, a professora Raquel Gonçalvez iniciou as discussões do
comitê com uma palestra sobre ENDs em construção civil, com foco
em madeira e concreto.
Raquel falou, ainda, sobre a importância da parceria entre empresas e
escolas. O grupo discutiu bastante a importância dos Ensaios Não Des-
trutivos em inspeções de pontes, prédios e no monitoramento tanto
de obras novas como já construídas através da avaliação da segurança
estrutural.

20 revista abendi no 55
abril de 2013
SEGUNDA REUNIÃO
O engenheiro Jorge Barcellos, da Arctest, promoveu
uma palestra sobre Tomografia em Concreto Armado,
uma interessante técnica que ainda não conta com
norma no País.
A professora Raquel Gonçalvez compartilhou alguns
artigos técnicos que recebeu sobre o tema e os inte-
grantes concordaram em priorizar discussões sobre
Ensaios Visuais, Ultrassom, Radiografia, Esclerometria
e Termografia.

TERCEIRA REUNIÃO
Uma nova palestra expondo a execução de ENDs na
construção civil foi apresentada pelo engenheiro Fá-
bio Gomes, da Falcão Bauer.
Em seguida, os integrantes da comissão discutiram a
utilização de Ensaio Visual em estruturas de concreto,
estruturas metálicas e superfícies de madeira.

QUARTA REUNIÃO
A palestra da quarta reunião foi sobre Tomo-
grafia Ultrassônica 3D para concreto através da
técnica Phase Array. O tema foi exposto pelo
engenheiro Luiz Felipe Batista, profissional da
Intron Brasil.
A técnica mostrou-se promissora e deve ser re-
discutida nos próximos encontros do comitê.

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21
certificação

Construção civil terá auditores certificados

André Leme Guimarães


A uditores que trabalham na cons-
trução civil já podem fazer par-
te dos primeiros grupos certificados
do Habitat) e pelo RAC (Registro De
Auditores Certificados).
O engenheiro Sérgio Constantino,
la edição da norma. Para ele, a regra
funcionava bem para as certificado-
ras, mas ainda não havia nada direcio-
como Auditor PBQP-H (Programa Bra- gerente técnico da Lloyd´s Register, é nado ao auditor. “Editamos a norma
sileiro da Qualidade e Produtividade um dos profissionais responsáveis pe- com o objetivo de aumentar a credibi-

O QUE É PBQP-HABITAT?
O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) é um instrumento do Ministério das Cidades,
criado em 1991, com o objetivo de organizar o setor da construção civil e trazer modernização e qualidade às obras.
É, também, um pré-requisito para as construtoras aprovarem projetos junto à Caixa Econômica Federal e oferecerem
financiamentos de imóveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Alguns governos estaduais e algumas
prefeituras municipais exigem o certificado PBQP-H SiAC para participação em licitações.
O PBQP-H trabalha com a avaliação da conformidade de empresas de serviços e obras, melhoria da qualidade de
materiais, formação e requalificação da mão de obra, normalização técnica, capacitação de laboratórios, avaliação de
tecnologias inovadoras, entre outras atividades.

24 revista abendi no 55
abril de 2013
lidade do processo. Fizemos a revisão rito que recebe a incumbência de dar civil. Os novos requisitos não existiam
do programa para deixar mais sério e parecer sobre a conformidade de de- na norma do SiAC, mas agora são
controlado o credenciamento do au- terminado assunto de sua especiali- compulsórios. “Pense em um auditor
ditor no PBQP-H”, explica Sergio. dade não contava com a possibilidade que vai examinar uma obra que tem
A Certificação comprova capacida- de ser atestado por algum Organismo trabalhadores pendurados a 10, 20
de, reconhece e atesta competências de Certificação de Pessoal (OPC). metros de altura. A segurança é im-
técnicas, e confere maior credibilida- portante. O auditor não pode fechar
de ao trabalho do auditor. O profis- Perfis de Auditores os olhos para o que está acontecen-
sional que possui certificação sempre Constantino ressalta que existe um do... Então, nós demos uma turbinada
tem, à sua disposição, as melhores alinhamento muito grande entre au- no perfil do auditor que vai trabalhar
oportunidades do mercado. Para as ditor ISO 9000 e auditor PBQP-H. Na com PBQP-H”, explica Constantino.
empresas, ela é uma garantia de uti- maior parte do tempo, eles trabalham
lização de mão de obra qualificada, o sobre as mesmas diretrizes. No entan- Exigências do SiAC
que aumenta a qualidade dos produ- to, o auditor PBQP-H precisa de uma O RAC iniciou a qualificação de au-
tos, processos e serviços. boa experiência na construção civil, ditores PBQP-H recentemente ao cum-
Para Constantino, “a segurança e deve fazer o curso de Harmonização prir as exigências e os requisitos pre-
qualidade dos serviços aumentam e dominar novos temas como saúde, sentes no Regimento Geral do SiAC.
muito com o programa, com a norma segurança e meio ambiente, que sem- Para iniciar as certificações, o or-
e, agora, com a certificação profissio- pre estiveram ligados à construção ganismo precisa selecionar um grupo
nal. O auditor estará mais preparado
para atuar e, como o certificado será
obrigatório, ele terá que ser mais éti-
co e responsável, evitando ser denun- O QUE É O SiAC?
ciado e correr o risco de ser proibido
de trabalhar com auditorias PBQP-H”. O SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção
Os dados dos auditores certificados Civil) é a norma do PBQP-H que avalia a conformidade de sistemas de gestão de qualidade das em-
são inseridos no site da Abendi para presas do setor de construção para garantir qualidade, produtividade e sustentabilidade ao setor.
consulta facilitando o trabalho das em- O sistema foi baseado nas cláusulas e princípios da ISO 9001, e estabelece as regras sobre a quali-
presas interessadas em checar as in- ficação de profissionais que atuam ou atuarão no segmento.
formações.
O projeto de certificação PBQP-H
é de âmbito nacional e responde ao
anseio do Ministério das Cidades. “O
objetivo do governo com a portaria
SAC (Sistema de Avaliação da Confor-
midade de Empresas de Serviços e
Obras da Construção Civil) do PBQP-H
sempre foi melhorar a qualidade da
construção civil. Em um primeiro mo-
mento, o maior esforço era concen-
trado no saneamento e nas obras viá-
rias. Agora, é o mercado de edifica-
ções que está aquecido”, declara Sér-
gio Constantino.
A certificação do auditor de PBQP-H
nasceu como muitas outras certifica-
ções expedidas pelo RAC. O governo
impõe exigências para o mercado tra-
balhar com produtos e empresas cer-
tificadas que obedecem a rigorosas
normas de qualidade. Até os organis-
mos de certificação devem preencher
determinados quesitos. Todavia, o pe-

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25
certificação

bem específico de auditores e espe-


cialistas que atenda a especificações História do RAC
de educação, treinamento e experi-
ência profissional. O RAC (Registro de Auditores Certificados) nasceu em 1998, através do
Os auditores deverão ter capacida- CIC, organismo certificador acreditado pelo Inmetro. Naquela ocasião,
de de julgamento, serem imparciais, grandes empresas uniram-se para consolidar o RAC e, aos poucos, os
isentos e objetivos, demonstrarem ha- profissionais entenderam a importância desta certificação. As primeiras
bilidade analítica e facilidade de ex- certificações ocorreram na área de qualidade e meio ambiente. Em um
pressão (oral e escrita). processo feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, foram
O auditor e o auditor líder de PBQP-H criados procedimentos para a certificação de profissionais que emitiriam
precisam fazer um curso de Harmo- pareceres na área de petróleo, portos e plataformas. Surgiu, assim, o au-
nização e comprovar conhecimentos ditor Conama 306.
das normas do SiAC. Um auditor líder Em 2009, com a interrupção das atividades do CIC, o RAC foi transferido
especialista, por sinal, responde a re- para a Abendi.
quisitos mais severos como provar
que tem uma longa experiência na
construção civil como engenheiro ou
arquiteto, e ter conhecimento profun-
do sobre o que está auditando.
“O auditor líder terá que se preocu-
par com a qualidade da obra que está
auditando. Não é um check list. Bons
auditores agregam valor às empresas
auditadas”, afirma Constantino.
Anos atrás, a Abroc (Associação Bra-
sileira dos Organismos de Certifica-
ção) montou as primeiras equipes pa-
ra qualificação e certificação de audi-
tores PBQP-H com a ajuda de Sérgio
Constantino e Plínio Pereira. Os peri- todos os documentos solicitados no
tos escolhidos foram os primeiros a DC-045 e, posteriormente, NA-023 e
serem certificados no segmento e par- enviar o material formalizando o inte-
ticiparam do processo de análise téc- resse.
nica de muitos outros colegas de ati- O passo seguinte é uma avaliação
vidade. A entidade instruiu também preliminar para checar se os documen- efetiva a promoção de um auditor já
as OACs a ministrarem treinamentos tos estão completos e comprovar a certificado para um novo nível.
como o curso de Harmonização do veracidade das informações envia-
mercado para atender às regras do das. Outras Certificações do RAC
SiAC. O processo segue para a avaliação O RAC também certifica auditores
Agora é a vez de o RAC trabalhar técnica, conduzida por membros do de outras áreas de atuação como Sis-
com essa certificação com foco exclu- Bureau de Certificação, que analisam tema de Gestão da Qualidade e de
sivo no profissional auditor. os processos de forma independen- Gestão Ambiental, conforme a Reso-
te. Cabe ao bureau a aprovação da lução Conama 306. Para mais infor-
Procediemntos para Certificação certificação inicial, recertificação ou mações acesse www.rac.org.br.
Para obter a certificação do RAC
como um auditor PBQP-H, o interes-
sado deve fazer o download da Ficha
de Reconhecimento no site do RAC Sérgio Constatino é engenheiro formado em Mecânica e trabalha há mais de 15 anos com certifi-
(www.rac.org.br). cações. Começou como auditor e logo se tornou responsável pelas certificações de sistema de gestão,
Preenchendo a ficha e escolhendo auditoria de ISO 9000 e ISO 14000, OHSAS 18001 e ISO 2600. Compôs o time de importantes certifica-
pelo reconhecimento para auditor ou doras internacionais como BSI e SGS Group até ser convidado pelo diretor do Lloyd´s para trabalhar como
auditor líder, o candidato deve anexar Gerente Técnico.

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tecnologia preservando a vida
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29
capa

Porto de Galinhas,
18 – 21 de junho

Considerada uma das principais conferências do segmento, a Coteq é fruto da união


de quatro entidades importantes no cenário industrial: Abendi, Abraco, IBP e ABCM

Alexandra Alves

E
mbalado por ritmos musicais sobre Tecnologia de Equipamentos crescente no PIB brasileiro, que subiu
distintos, originários do Nordes- (Coteq), que ocorrerá entre 18 a 21 de 2,39% em 2002 para 2,52% em
te e de regiões além-fronteiras, de junho em Porto de Galinhas, onde 2010. O principal fator desse desen-
como a África do Sul e o Centro Euro- especialistas nacionais e internacio- volvimento é o Complexo Portuário
peu, Pernambuco é a verdadeira ex- nais apresentarão as novidades em pro- de Suape, que engloba empresas de
pressão da dança, reverenciada no dutos e serviços das áreas de Ensaios produtos nas áreas: química, metal-
baião, xote, maracatu, frevo e na ciran- Não Destrutivos (ENDs), inspeção, cor- mecânica, naval, logística, energia
da, essas duas últimas genuínas do es- rosão, petróleo, gás e biocombustí- eólica, alimentos, granéis líquidos e
tado. Isso sem falar das belas praias, veis. E justiça seja feita, não apenas gases (leia mais na página 38). Possui
decoradas em areias luminosas e co- os atributos naturais de Pernambuco 100 indústrias em operação e outras
queiros, um chamariz para o turismo. motivaram a escolha da região para a 50 em fase de instalação. Então, está
É esse o Estado escolhido, pela segun- realização do evento, como o perfil esperando o que para fazer parte
da vez, como sede da 12ª Conferência econômico ativo, com participação desse grande encontro?

30 revista abendi no 55
abril de 2013
e acadêmicos dos segmentos de END

Simone Medeiros
e Inspeção, Integridade de Equipamen-
tos, Corrosão e Pintura, Análise Expe-
rimental de Tensões e Comportamen-
to Mecânico de Materiais.
São esperadas pelo menos duas mil
pessoas durante os quatro dias da Con-
ferência, que inclui outros sete even-
tos: 31º Congresso Nacional de Ensaios
Não Destrutivos e Inspeção (Conaend),
33º Congresso Brasileiro de Corrosão
(Conbrascorr), 34° Seminário de Ins-
peção de Equipamentos (Seminsp),
17ª Conferencia Internacional sobre
Evaluación de Integridad y Extensión
O Complexo Portuário de Suape já possui 100 indústrias em operação e outras 50 em fase de Vida de Equipos Industriales (IEV),
de instalação
8ª Exposição de Tecnologia de Equipa-
mentos para Corrosão & Pintura, END
e Inspeção de Equipamentos (Expoe-
O governador de Pernambuco, Edu- todos os setores da economia. Acre- quip), 12º Simpósio de Análise Experi-
ardo Campos, acredita que a Coteq dito que essa conferência será uma mental de Tensões (Saet) e Simpósio
acontece num bom momento para o oportunidade para que se faça o de-
estado que, desde 2007, vem atrain- bate, assim como ocorreu em 2011,
do investimentos relevantes em áreas sobre temas de suma importância pa-
como a indústria naval e de petróleo ra o futuro do nosso País.’’
e gás, apoiados por grandes obras Considerada uma das principais con-
de infraestrutura econômica e social. ferências do segmento, a Coteq é fru-
“Nossa economia apresenta taxa de to da união de quatro entidades im-
crescimento médio anual de 4,7% no portantes no cenário industrial: Asso-
PIB. Hoje, Pernambuco faz parte da ciação Brasileira de Ensaios Não Des-
Organização Nacional da Indústria do trutivos e Inspeção (Abendi), Associa-
Petróleo (ONIP), e vem se consolidan- ção Brasileira da Corrosão (Abraco),
do como um excelente polo de inves- Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás
timentos nesse segmento. Mas, para e Biocombustíveis (IBP) e Associação
a manutenção e o crescimento desses Brasileira de Engenharia e Ciências Me-
avanços, precisamos investir constan- cânicas (ABCM). Trata-se de uma chan-
temente em conhecimento, inovação ce para atualização técnica, intercâm-
e aportes de novos saberes, tanto na bio de experiências e realização de ne-
lógica da empresa quanto do ponto gócios entre executivos, engenheiros, Eduardo Campos, governador de Pernambu-
de vista da qualificação pessoal para técnicos, consultores, pesquisadores co fala sobre a importância da Coteq 2013

“Acredito que a Coteq será uma oportunidade para que se faça o


debate, assim como ocorreu em 2011, sobre temas de suma
importância para o futuro do nosso País’’, afirma o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos

tecnologia preservando a vida


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31
capa

Brasileiro de Tubulações e Vasos de Para o diretor executivo da Abra- Técnico do Evento, José Luiz de França
Pressão – Estrutura e Termohidráulica co, Aldo Cordeiro Dutra, “todo esse Freire, representante da ABCM, acre-
(Sibrat 2013). conjunto de preciosidades técnicas da dita que a qualidade dos artigos téc-
“A realização da Coteq em Pernam- Coteq é complementado por uma ex- nicos apresentados melhora a cada
buco, pela segunda vez consecutiva, é posição industrial, onde as empresas Coteq. “É um processo natural de evo-
fruto do sucesso da edição anterior, apresentam seus produtos e suas tec- lução. Nessa edição de 2013, temos
quando tivemos um número recorde nologias, gerando importantes conta- muito a esperar, uma vez que o even-
de 1,7 mil participantes. Além disso, tos que podem conduzir à solução dos to reflete a produção nacional de tra-
trata-se de um Estado que apresenta mais variados tipos de problemas com balhos de pesquisa e tecnologia dos
crescimento vertiginoso, estruturado equipamentos e instalações industri- últimos dois anos, necessários para
num polo industrial formado por gran- ais, criando, também, excelentes opor- atender aos grandes desafios gerados
des empresas, como as do setor naval tunidades de negócios.’’ com a descoberta do pré-sal e nas
e, agora, também do automotivo, com Um dos pilares do Projeto Suape indústrias dos setores petroquímico,
a chegada da Fiat. O evento apresenta Global, salienta o diretor do projeto, nuclear e de energia.’’
uma oportunidade ímpar de ampliar Silvio Leimig, é a ênfase em pesquisa, Outro membro do Comitê Técni-
os conhecimentos na área, uma vez tecnologia e inovação. “E aí a partici- co, Manfred Ronald Richter, também
que não oferece apenas sessões técni- pação de instituições com forte credi- acredita que, há anos, a Coteq vem se
cas e mesas-redondas, mas, congrega bilidade e competência como a Aben- mostrando atraente à comunidade
eventos paralelos interessantes, com di, Abraco e IBP é fundamental. A pro- técnica interessada no teor das pales-
sessões especiais, Comitês da ISO, Reu- dução de grandes equipamentos (va- tras, mesas-redondas e eventos para-
niões do Mercosul, Workshop Asme, Fó- sos, torres, permutadores de calor e lelos, como os minicursos sobre novas
rum de Certificação de Pessoas, entre tubulações) envolve a competência tecnologias. Além disso, segundo ele,
outros’’, destaca o diretor executivo consolidada nas áreas de materiais, o caráter itinerante da sede do evento
da Abendi, João Conte. corte, solda, inspeção e proteção con- melhora a integração dos profissio-
“É uma satisfação para a Abendi tra- tra corrosão, segmentos esses que se- nais das várias regiões do País, possi-
balhar novamente como Secretaria da rão tratados em detalhe nos congres- bilitando a participação de pessoas
Coteq. Isso representa a confiança das sos, seminários e simpósios durante o que não têm condições de viajar, quer
outras entidades em nossa equipe. Te- evento’’, acrescenta. por questões financeiras, pessoais ou
mos certeza que o resultado será o me- O membro do Comitê Executivo e profissionais.
lhor possível: uma conferência rica em
organização e qualidade técnica para

Vania Lima
especialistas, acadêmicos, represen-
tantes de empresas em geral e estu-
dantes”, acrescenta Conte.
O coordenador da Comissão de Ins-
peção do IBP, Ricardo Caldeira, expli-
ca que todos os esforços do instituto
estão despendidos para o sucesso da
Coteq. ‘’Está sob a nossa responsabili-
dade a organização de painéis, mesas-
redondas, minicursos e reuniões de
comitês. Dessa forma, recomendamos
a todos que têm envolvimento com ati-
vidades de inspeção, na sua forma mul-
tidisciplinar, que participem da confe-
rência. Certamente, encontrarão novi-
dades nas apresentações e nos deba-
tes de temas avançados, bem como
na tecnologia moderna dos ENDs.” Estacas do Pier petroleiro de Suape

32 revista abendi no 55
abril de 2013
8a Expoequip
A exposição de equipamentos e serviços da Coteq é trações com os novos produtos. Nos depoimentos abai-
uma chance para o visitante conhecer as inovações em xo, antecipamos um pouquinho do que será apresenta-
END e Inspeção. Em alguns estandes são feitas demons- do ao público.

Arotec Centro de Tecnologia


“Sempre aguardamos a Coteq com grande an- Senai Solda
siedade. Nesta edição, entre
outras novidades, apresen- “O Centro de Tecnologia Senai Solda – CTS Solda,
taremos a nova família de com o objetivo de atender às novas demandas dos
módulos intercambiáveis setores industriais, vem ampliando sua infraestru-
(para as técnicas de Phased tura nas áreas de processos de soldagem, Ensaios
Array, TOFD e Ultrassom Não Destrutivos, caracterização e ensaios com a
convencional) do já consa- aquisição de novas tecnologias, tais como: Célula
grado Omniscan, bem co- de Soldagem Plasma de Dutos, Célula Robotiza-
mo o software SetupBuil- da de Soldagem a Laser, Ultrassom, Phased Ar-
der, que permite a transfe- ray, TOFD, Radiografia Computadorizada, ACFM,
rência direta do setup de tes- Microscópio Eletrônico de Varredura com análise
te para o equipamento em química, máquina para Teste de Fadiga CTOD,
questão, agilizando o processo de inspeção.” softwares para análise de elementos finitos para
Fábio R. Passarella, integridade estrutural, para simulação de Ensaios
diretor técnico da Arotec Não Destrutivos e de processos de soldagem. Du-
rante o evento, o CTS Solda vai demonstrar o uso
dos softwares de simulação de processos de solda-
gem e Ensaios Não Destrutivos através de estudos
de casos que foram desenvolvidos. ’’
Cetre Ramon Fonseca Ferreira,
“Com cursos reconhecidos pela Abendi em to- especialista de Serviços Tecnológicos do
das as unidades de treinamento espalhadas pelo Centro de Tecnologia Senai Solda
Brasil, atendendo integralmente às exigências da
nova DC 038, a Cetre se apresenta como a me-
lhor opção para treinamentos com qualidade, se-
gurança e seriedade em cursos dirigidos à quali-
ficação e certificação SNQC /Abendi no mercado
brasileiro. Durante a realização da Coteq 2013,
os profissionais da área de END e Inspeção ainda
terão acesso a informações sobre todos os cur-
sos habilitados pela Abendi, bem como os novos
treinamentos de Controle Dimensional em Má-
quina, Mecânica e Topografia.”
Waldomiro Figueiredo,
diretor da Cetre

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Grupo Luziesa-Exceldef IEC


“Protagonista industrial implantado na região da “Na Coteq 2013, a IEC apresenta a sua renomada
Borgonha (França), o experiência na prestação de serviços de proteção
grupo Luziesa-Exceldef catódica, consultoria em pintura industrial, diag-
especializou-se na cria- nóstico de corrosão, inspeção de revestimentos,
ção de defeitos artifi- entre outros. Além disso, a IEC fornece uma linha
ciais e na realização de completa de materiais para as áreas de proteção
sondas Eddy Current e anticorrosiva e controle de integridade de dutos. A
de captores de Ultras- novidade para essa edição é a ferramenta Monti,
sons. Temos uma forte do tipo “jato com cerdas”, que servem para prepa-
experiência na fabricação de sondas da inspe- rar superfícies visando remover qualquer material
ção do tubo. Nosso produto referência é a sonda que possa prejudicar a adesão e conceder um
SAX, que, entre outras vantagens, é flexível para grau de rugosidade adequado a uma boa aderên-
passagem no cabide do tubo, controla os movi- cia do revestimento anticorrosivo. ’’
mentos da sonda, tem longa duração e excelente
Patrícia Gabriel,
reprodutibilidade. Propomos uma larga gama de
coordenadora de Marketing
produtos do tipo envolvente, assim como os aces-
sórios associados. Fabricamos também captores
de Ultrassom com uma grande variedade de pro-
dutos. ’’
Diane Dumont,
representante do Grupo Luziesa-Exceldef

Inter-Metro
“A Coteq 2013 será uma ótima oportunidade para informar
ao mercado que agora o Inter-Metro é o representante ofi-
cial da Sonotron no Brasil, marca reconhecida
internacionalmente para aparelhos de ultras-
sons convencionais: ToFD e Phased Array ultra
portáteis, podendo ser usados em plataformas
multicanais de inspeção de alta velocidade
em todas as modalidades. Agora, empresas e
inspetores de END têm mais facilidade para
buscar as melhores soluções em equipamentos
e acessórios de Ultrassom, pois, além da So-
notron, o Inter-Metro também representa e dá
assistência técnica aos equipamentos da mar-
ca SIUI, além de ser fabricante de transdutores
especiais. ’’
Oswaldo Rossi Júnior,
diretor do Inter-Metro

34 revista abendi no 55
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ISQ Brasil Marques & Cia
“Nós, da Marques & Cia, estaremos presentes
“O ISQ Brasil participará outra vez de uma edi- na Coteq 2013, revendo e fazendo novos
ção do Coteq, desta vez a 12a edição, em junho de amigos. Também apresentaremos nossa li-
2013. Com um estande, na exposição paralela ao nha de Equipamentos de END e os setores
evento, apresentará as suas atividades de atuação de Vendas e Assistência ao cliente. Nossa
multidisciplinar. Destaque para os equipamentos linha de equipamentos inclui Radiografia
de Ensaios Não Destrutivos avançados de ondas Industrial, Radioproteção, Ultrassom e Me-
guiadas, em que o ISQ Brasil tem uma atuação didores de Espessura, Calibradores de Solda,
abrangente na indústria brasileira, de fundo de entre outros itens e acessórios. Destacamos
tanque – SLOFEC-, de EMAT, de Phased Array, os aparelhos de Raios portátil até 360 Kv e
além da metodologia RBI (Risk Based Inspec- portátil com bateria recarregável, de até 160 Kv,
tion), com versão de software renovada. Estarão além de Negatoscópio em LED , portátil bi – volt
presentes parceiros internacionais com foco em para 50000 hs de uso , até o tamanho 14” x 17“.’’
metodologia de inspeção e tecnologia de ponta. ’’
Carlos Alberto Arruda Salles Marques, sócio
Ricardo Caldeira, gerente técnico comercial da Marques & Cia
diretor técnico da ISQ Brasil

M2M Tecnofink
“A M2M desenvolve, produz e vende sistemas de “O Synthoglass XT está entre os sistemas de re-
Ultrassom Phased Array para inspeção e Ensaios paro com materiais compósitos mais aplicados
Não Destrutivos. Todos os produtos M2M usam a em tubulações no mundo
mais recente tecnologia em Phased Array. Todos inteiro, e está de acordo com
os produtos M2M beneficiam diretamente do sof- a norma internacional Asme
tware Civa. Temos também equipamento OEM PCC-2. O sucesso deste sis-
de Phased Array. Além disso, M2M oferece Trei- tema de reparo está direta-
namento e consultoria em tecnologia de Phased mente ligado ao preparo de
Array. superfície com a máquina
Trabalhamos com fabricante de sonda e integra- Monti, que substitui o jato
dores para oferecer soluções em pacotes (mecâni- abrasivo, possibilita a aplica-
ca + Phased Array + sonda): Máquina de inspe- ção em áreas classificadas e
ção END Phased Array automática (peças aero- é de rápida mobilização. A Monti é manual e ca-
náuticas, Tubos, chapas, Solda SAW...)’’. paz de proporcionar um padrão de limpeza SA2,5
(metal quase-branco) e rugosidade ideais para a
aplicação Synthoglass XT, possibilitando o reforço
Mathieu Bouhelier,
estrutural e sobrevida de até 20 anos em tubula-
gerente da M2M do Brasil
ções, de maneira rápida e segura.’’
Thomas Georg Fink,
diretor executivo da Tecnofink

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Saiba por que vale a pena unir sua marca ao evento

“A Coteq é um conjunto de eventos que ocorrem simultaneamente, reunindo


técnicos e especialistas em áreas importantes e fundamentais da produção de
energia do país, com especial relevância da produção de petróleo e gás. Sem
dúvida, é o maior e melhor evento do País, que congrega empresas, especialis-
tas e profissionais que buscam atender às necessidades e às demandas desse
mercado, voltados principalmente ao desenvolvimento de tecnologias de ponta,
capazes de atender aos desafios constantes desses setores. Sendo assim, o Grupo
Rust & Resinar não poderia deixar de continuar patrocinando essa conferência
essencialmente técnica, que tem sido fundamental para o desenvolvimento do
conhecimento em diversas áreas, com destaque à da corrosão. ’’
Attílio Jacobucci Júnior,
diretor comercial do Grupo Rust & Resinar

“Um porto como Suape não poderia deixar de patrocinar a Coteq 2013. Con-
solidado como um dos maiores e mais bem estruturados polos de desenvol-
vimento do País, o porto-indústria abriga atualmente mais de 100 empresas
em operação e outras 50 em implantação. Entre elas indústrias dos setores
de petróleo, gás, automotivo, naval e offshore, além de seus fornecedores,
que demandam fortemente equipamentos da mais alta tecnologia. O evento,
portanto, é de grande importância para Pernambuco e certamente nos aju-
dará a alcançar a excelência nessa área. ’’
Márcio Stefanni Monteiro,
secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco
e presidente do Porto de Suape

“A Magnaflux, assim como a Abendi, possui o objetivo mútuo de fomentar e


fortalecer o setor de Ensaios Não Destrutivos, contribuindo para seu desenvol-
vimento e para a evolução de toda a sua cadeia produtiva, desde o fabricante
aos inspetores e usuários finais. A Coteq é um evento que se consolidou como
uma reunião de toda a cadeia do setor de Ensaios Não Destrutivos. Desta forma,
patrocinar esse evento é uma iniciativa que vai ao encontro da missão da Mag-
naflux, além de ser uma forma de manter o nosso posicionamento de líder mun-
dial no fornecimento de soluções completas para Ensaios Não Destrutivos. ‘’
Pedro Paiva,
Supervisor de Marketing da Magnaflux

36 revista abendi no 55
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“A AkzoNobel, através da sua marca de tintas de proteção anticorrosiva,
International Paint, se orgulha em patrocinar a 12ª edição da Coteq, uma
das maiores conferências sobre tecnologia de equipamentos realizadas
no Brasil. Com operação em mais de 60 países, a International oferece
produtos de alto desempenho, qualidade e tecnologia com os mesmos
padrões em todas as suas fábricas no mundo, sempre buscando supe-
rar as expectativas dos clientes, com um extenso histórico de desenvol-
vimento de produtos de alta tecnologia e com equipes de pesquisa e
desenvolvimento em diversas localidades. Por isso, para a International
Paint é uma honra atuar como patrocinadora de todas as edições da
Coteq, contribuindo, assim, de maneira efetiva, para os avanços tecno-
lógicos e para o desenvolvimento de soluções para a indústria nacional.”
Patrícia Vilhena,
gerente de Vendas Protective Coatings Brasil da AkzoNobel

“Ser patrocinador da Coteq 2013, em sua 12ª edição, representa fazer parte
de um dos principais eventos da indústria no Brasil; é poder interagir com
o que temos de mais atual na área de Ensaios Não Destrutivos e inspeção,
corrosão, petróleo, gás, dentre outros segmentos industriais, além de po-
der participar de discussões técnicas de temas de grande relevância para
a indústria brasileira, contribuindo, também, com o seu fortalecimento e
aumento de competitividade. Para o Centro de Tecnologia Senai Solda, o
evento é de grande relevância, momento em que as indústrias brasileiras
mostram os seus produtos e suas tecnologias, fazendo valer a sua repre-
sentatividade aqui e no cenário mundial. E por acreditar e poder contribuir
é que estamos, mais uma vez, na condição de patrocinador, e nessa opor-
tunidade na categoria prata. Ótima conferência para todos! Nos vemos na
Coteq!!!
Maurício Ogawa,
gerente executivo do Centro de Tecnologia Senai Solda

“Desde a fundação da empresa Blasting que, após a cisão, deu


origem a Smartcoat, temos participado de todas as Coteqs.
Grande parte das tecnologias desenvolvidas pela empresa
teve origem nos trabalhos e nas palestras apresentadas nesses
congressos. Nossa participação tem sido como apoio à conti-
nuidade dos congressos e na divulgação da marca Smartcoat,
como empresa especializada nos serviços de hidrojateamento
e pintura.”
Igor Barbiero,
gerente financeiro da Smartcoat

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Polo de Suape

O complexo já tem 85 mil


trabalhadores, entre empregos
diretos e indiretos

Considerada o principal motor do


desenvolvimento de Pernambuco, o
Complexo Industrial Portuário de Su-
ape está localizado no litoral sul do
estado, a cerca de 40 km da capital,
Recife. Está instalado em um território
de 13.500 hectares, compreendendo
parte dos municípios do Cabo de Santo
Agostinho e Ipojuca. Suape foi projeta-
do sob o conceito de porto-indústria,
que permite a existência de uma re-
troárea para a instalação de empreen-
dimentos industriais e operações de
logística. Além disso, possui infraestru-
tura terrestre própria, com ferrovias e
rodovias modernas. Em breve, o polo
será interligado a todos os setores pro-
dutivos do Nordeste por meio da Fer-
rovia Transnordestina. Recentemente
o porto interno ganhou novos berços
e todo o complexo conta, ainda, com
fornecimento de gás natural, energia
elétrica e água bruta e tratada.
Atualmente, grandes obras estão
em desenvolvimento, como a constru-
ção de novos píers, rodovias e draga- tancagem flutuante de GLP, no porto plexo de Suape, é a única no Brasil pro-
gens, a um custo de 600 milhões de externo. E, para ampliar a estrutura, jetada para processamento de petró-
dólares. Em novembro de 2011, por quatro novos terminais serão insta- leo pesado. Com capacidade para 230
exemplo, foram iniciadas a dragagem lados: um para granéis sólidos, outro mil barris por dia, atenderá a maior
e a derrocagem de aprofundamento para açúcar, um novo para contêineres parte da demanda de óleo diesel nas
do canal de acesso do porto externo. e um quarto para grãos, com investi- regiões Norte e Nordeste. Além disso,
O trabalho, previsto para ser concluído mento superior a um bilhão de dólares produzirá coque, nafta, GLP e gás/
no fim deste ano, permitirá receber até dezembro de 2013. óleo. O empreendimento foi orçado
qualquer tipo de navio, incluindo os O número de empregos diretos ge- em 17,1 bilhões de dólares e, quando
grandes petroleiros e os de minérios. rados no polo já soma 35 mil, além dos entrar em operação, vai gerar 1,5 mil
A dragagem possibilitará um aumento pelo menos 50 mil proporcionados pe- empregos diretos.
de quatro metros na profundidade do las obras na construção civil.
canal (de – 16m para – 20m). Projeto Suape Global - Com a des-
Suape possui, hoje, cinco cais para Conheça os principais coberta da gigantesca reserva de petró-
atracamento no porto interno e um empreendimentos do complexo leo, medindo 800 km de comprimen-
molhe de pedras de proteção em “L”, to por 200 km de largura, na camada
que abriga três píeres de granéis líqui- Petrobras - A Refinaria Abreu e pré-sal, entre o Espírito Santo e Santa
dos, um cais de múltiplos usos e uma Lima, que está em construção no Com- Catarina, a uma profundidade de cinco

38 revista abendi no 55
abril de 2013
conta, hoje, com 26 empresas instala-

Eudes Santana
das ou em processo de estruturação,
o que soma um investimento de US$
1,67 bilhão, com previsão de gerar 11,5
mil empregos diretos.

EAS - O Estaleiro Atlântico Sul, o


maior e mais moderno do hemisfério
Sul, com capacidade para produzir na-
vios e plataformas de qualquer porte,
já está em funcionamento. Além dele,
outros dois estaleiros estão em fase
de implantação: Promar e CMO (Cons-
trução e Montagem de Offshore S/A).
Juntos, os empreendimentos somam
investimentos superiores a 2,3 bilhões
de dólares e empregam pelo menos 20
mil pessoas.

Petroquímica Suape - No Polo Pe-


troquímico de Suape, que criará 1,8
mil empregos diretos, já foram inves-
tidos dois bilhões de dólares. A Pe-
troquímica Suape, com unidades de
produção de PET, PTA e fios de po-
liéster, impulsionará o Polo Têxtil do
Nordeste. A empresa italiana Mossi
& Guisolf, referência internacional
em resina PET, inaugurou no com-
plexo a maior fábrica do mundo no
setor, propiciando a criação do Polo
PET de Pré-forma Plástica.

a seis mil metros abaixo da lâmina de Polo Siderúrgico - A chegada da


água, o Brasil será um dos dez maio- Companhia Siderúrgica Suape e a atra-
res produtores mundiais do mineral. ção de outras indústrias do setor con-
E o Complexo de Suape deverá ter um solida um polo siderúrgico e metalme-
papel fundamental no escoamento da cânico no Complexo de Suape. A esti-
produção - estimada em pelo menos mativa de produção é de um milhão de
100 milhões de barris - na construção tonelada de metal por ano, suprindo a
de navios utilizados no transporte off- demanda local de caldeirarias, tubu-
shore para a extração de petróleo. lações, vasos de produção e outros
Nesse sentido foi lançado, em 2008, componentes utilizados em refinarias
pelo Governo de Pernambuco, o Fó- e empreendimentos gerais.
rum Suape Global, com meta de trans- A política de incentivos fiscais de Su-
formar o estado num polo provedor ape para novos empreendimentos che-
de bens e serviços para indústrias de ga a reduzir 75% dos impostos federais
petróleo, gás, offshore e naval. O pro- e estaduais, além de outros incentivos
jeto reúne entidades governamentais, na esfera municipal. Já os financiamen-
privadas, acadêmicas e bancos públi- tos são garantidos por bancos federais,
cos (BNDES, BNB, BB e CEF). A iniciativa como o BNDES e o BNB.

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39
capa

Turismo em Porto de Galinhas


O turismo em Porto de Galinhas tem “A importância da Coteq para o tu­ Além dis­so, o impacto econômico
crescido 20% ao ano, desde 2009. Em rismo do município é muito grande, gerado com a Conferência, como o
2012, a região rece­beu 900 mil visitan- uma vez que iremos sediar novamen- grande número de participantes que
tes, entre brasilei­ros e estrangeiros. te esse grande evento, fato que con- visitam o desti­no e consomem pro-
Para suportar esse crescimento, o go- tribui ainda mais para a consolidação dutos e serviços, é bastante relevante
verno e a inicia­tiva privada investirão de Por­to de Galinhas como uma boa para toda a cadeia produtiva do turis-
R$ 10 bilhões até 2015 na construção opção, com toda a infraestrutura ho- mo no município’’, afirma o secretá-
e ampliação de hotéis, e em obras de teleira e de serviços preparada para rio municipal de turis­mo e cultura, Rui
in­fraestrutura e serviços. receber eventos do porte da Coteq. Xavier.

Praia com fama internacional


Eleita em 2010 pelos leitores da re- sibilidade de apreciar peixes coloridos. Porto de Galinhas conta com pelo
vista Viagem e Turismo, pela 10ª vez O crescimento turístico de Porto menos 20 hotéis e resorts, 60 pousadas,
consecutiva, a melhor praia do Brasil, obrigou o poder público a dotá-la de 10 bares e lanchonetes, 70 restaurantes
Porto de Galinhas é a região do Nor- infraestrutura para atender ao turis- e cinco supermercados, além de diver-
deste mais conhecida no sul do país, mo. Em 2011, a Praia de Porto de Ga- sas lojas comerciais e de artesanato. O
com fama internacional. São quatro linhas recebeu o prêmio de praia “top comércio funciona normalmente até
quilômetros de praia de areia branca e of mind”, ou seja, a praia mais lembra- mesmo depois da meia-noite, principal-
batida, coqueiros, águas transparentes da pelos leitores da Revista Viagem e mente nos períodos da alta estação.
e mornas. Possui piscinas naturais – as Turismo. Em função de sua excelente Na praia de Porto de Galinhas, é
de melhor acesso em todo o Nordeste localização, a Praia da Vila de Porto possível alugar uma jangada até as pis-
(bastam cinco minutos de jangada alu- de Galinhas, além de várias pousadas, cinas naturais, um bugue para realizar
gada ali mesmo no centrinho da Vila) reúne uma grande quantidade de ativi- um passeio até as demais praias da
– que oferecem, além do banho, a pos- dades e serviços turísticos. região ou equipamentos de mergulho.

Outras praias
Camboa: A praia de Camboa, a mais Vila de Porto de Galinhas e tem 4,5 mil outro lado do Pontal de Maracaípe,
próxima do Porto de Suape, é pratica- metros de praia em torno do Pontal do tem arrecifes de corais, ondas fracas e
mente deserta, por ser pouco procu- Cupe, com arrecifes que formam pisci- vegetação de mangues.
rada por turistas e moradores. Quem nas boas para banho. A praia também Serrambi: Uma praia tipicamente
chega logo escuta o som do mar, de tão é marcada pelas ondas fortes sendo de veranistas, Serrambi fica ao lado de
silenciosa que a região é. O local é uma bastante utilizada para a prática do Maracaípe. Tem acesso fácil, a 12 Kms
boa indicação para realizar um passeio surfe e do kite surf. da Vila.
em grupo. Maracaípe: É conhecida como o pa- Cacimbas: É uma grande piscina
Muro Alto: É uma piscina natural, raíso dos surfistas, pois já entrou para natural de águas cristalinas, rode-
sem ondas e muito clara com 3 kms o calendário nacional e internacional adas por recifes. A praia é boa para
de extensão. Há uma barreira de do surfe em razão das águas claras e o banho, mas só na maré baixa, pois
areia que isola a praia emoldurada ondas fortes, sendo, por isso, perigosa em alguns trechos o mar agitado for-
por coqueiros. Pequenos barcos à para banho. ma ondas ideais para o surfe.
vela e caiaques também são ótimas Pontal de Maracaípe: Formada na Toquinho: Possui barreira de recifes,
opções de lazer. É em Muro Alto que foz do rio Maracaípe, a praia se dife- areia branca e batida, piscinas naturais
está a piscina natural mais profunda rencia por suas águas mornas e claras. e coqueiros. Nos anos 70, toda a região
da região de Porto de Galinhas, com É uma excelente opção para quem contemplava uma fazenda de cocos. E
até 10m de profundidade, boa para gosta de águas tranquilas. foram justamente esses tocos de co-
nadar. Enseadinha: A Praia de Enseadinha queiros que deram origem ao nome
Cupe: Está localizada ao norte da é considerada deserta. Localizada do da praia, com extensão de 3 Kms. a

40 revista abendi no 55
abril de 2013
A revista Viagem e Turismo elegeu Porto de Galinhas, pela 10ª vez consecutiva, a melhor praia do Brasil

Pontal de Maracaípe oferece águas mornas e claras

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41
artigo
técnico

Vorontsov1
Vasily Volokhovsky2
Determinação da vida útil residual de cabo de aço utilizando
Igor Kozyrev 3
Rafael Campos Rocha 4 dados da inspeção eletromagnética
Raul Krohling5
Fabio Cerqueira6

Sinopse

O cabo de aço utilizado na indústria normalmente não tem um real critério de descarte e a decisão sobre suas condições de traba-
lho é muitas vezes incerta. Este trabalho visa ao desenvolvimento de um modelo matemático para avaliação da vida útil do cabo
de aço com descontinuidades e defeitos e a determinação da previsão de troca, utilizando como parâmetros de medição a perda
da área metálica (%LMA) e defeitos localizados (LF), obtidos durante uma inspeção eletromagnética em cabo de aço.

1. Introdução para a cabo é definida pelo parâmetro: rupturas em fios que variaram de 4 à 20 ao
As inspeções periódicas regulares, por longo da mesma seção do cabo de aço.
ensaio não destrutivos, permitem que as A carga de falha Pq foi detectada para
reais condições do cabo de aço possam ser Onde ñ e n são os fatores de seguran- o cabo de prova para um q números de
monitoradas enquanto o cabo estiver em ça para o cabo danificado e novo, respec- fios rompidos inicial, quando a primeira
operação. tivamente, sobre as mesmas condições de ruptura ocorreu.
Os dois principais registros de uma ins- operação. O arranjo do ensaio do cabo de prova
peção eletromagnética são: o percentual da Os parâmetros de entrada para o mo- com fios rompidos é mostrado na figura 1
perda de seção metálica (%LMA) e defeitos delo matemático são a perda de seção (página 43) e o diagrama típico da carga-
localizados (LF), como fios rompidos. metálica (ΔA) e o número de arames rom- tensão do toda a etapa com o processo de
Estes dados estão diretamente relacio- pidos (B), por não ser possível obter a dis- falha é traçado na figura 2 (página 43).
nados com o grau de degradação do cabo tribuição de falhas sobre os fios, utiliza- A tensão do corpo de prova foi estimada
de aço, mais não indicam sua tensão ad- mos a modelagem estatística de posições utilizando-se:
missível no sentido quantitativo. do desgaste na secção transversal do cabo
Assim esses dados devem ser interpre- e a força residual é calculada como uma
tados utilizando-se um modelo de tensões avaliação probabilística. Os detalhes do Onde P0 é a tensão de ruptura para um
apropriado, para se obter o parâmetro procedimento e das características do mo- cabo não defeituoso. O valor empírico de
que especifica a tensão admissível residual delo mecânico são descritos nos itens 3 e 4. η q, test foi comparada com avaliação teórica
do cabo de aço. Este parâmetro pode ser Na ausência de um verdadeiro efeito η q,theory e avaliada para um cabo de aço com
usado como um indicador para diagnóstico combinado de falhas locais e distribuídas os fiosrompidos de acordo com o modelo (3).
do grau de deterioração do cabo para pró- de tensão no cabo de aço, as avaliações Os resultados e os cálculos (das porcen-
xima inspeção. estatísticas da variação na tensão admissí- tagens) são apresentados na Figura 3 para
A previsão da tensão residual dá o aviso vel devido à perda da seção metálica χ ΔA e o cabo PYTHON 8xK19S-PWRC(K) 2160 B sZ
do risco de ruptura, especialmente em ca- de fios rompidos χ B são determinadas de ISO 17893:2004 com diâmetro: D = 8 mm.
sos que durante a operação a tensão no forma independentes. Três cabos foram testados para cada q nú-
cabo se aproxime da máxima admissível. A perda de tensão admissível χ(x,t) na meros de fios rompidos. As tensões de rup-
seção transversal do cabo de aço, com o tura Pq foram correlacionadas com a ten-
2. Avaliação da tensão resídual do cabo a coordenada longitudinal x ao longo do são de ruptura certificada P0 = 72.56 KN.
de aço tempo t , é estimada pela soma: A linha teórica não é reta na Figura 3
A tensão residual do cabo de aço é porque a distribuição de alguns fios rom-
estimada por meio do critério para o pidos está simétrica (4,8 etc) e outras não
estado do esforço do arame. Obtendo O parâmetro residual da tensão (6,10 etc) de modo que esta circunstancia
um fator de segurança do esforço n que η(x,t) = 1− χ (x,t) é definido como índice afeta a avaliação da tensão.
é relação n =σu /σ, onde σu é a tensão de para prever o estado de degradação do ca-
1
PHD Engenheiro
ruptura do material e σ é a tensão de von bo de aço durante a operação. 3. Princípios para predizer a tensão no cabo
2
PHD Engenheiro
3
Diretor Técnico – Intron Brasil Mises, que tem seu valor máximo em torno O modelo teórico da tensão foi verifica- O parâmetro η(x,t) da tensão residual de
4
Engenheiro De equipamentos – dos arames. A perda da tensão admissível do por experiências em laboratório com uma corda danificada é uma função não
Intron Brasil
5
Engenheiro De equipamentos –
Intron Brasil
6
Diretor de Desenvolvimento –
Intron Brasil Copyright 2012, ABENDI, PROMAI.
Trabalho apresentado durante o XXX – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção.
16ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales.
As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

42 revista abendi no 55
abril de 2013
crescente do tempo de operação t – i.e η(x,t + Δt)
≤η(x,t) quando Δt > 0 onde a condição segura de
operação do cabo é:

(1)

O nível permissível da tensão η* (0 ≤η* ≤ 1) é


um valor empírico estimado pelas experiências
da vida operacional do cabo de aço ou pode
ser ajustado no que diz respeito às exigências
de segurança normativas existentes. No inicio
da operação t = to (para um cabo de aço novo)
onde η >η* 0 (x,t ) uma mudança nesta condição
significa a falha do cabo de aço (1).
Os sinais de %LMA e LF são detectados ao lon-
go da seção transversal do cabo durante as inspe-
Figura 1 . Arranjo do ensaio de tração
ções periódicas tj ( j = 0,1,2,...) estas informações
são analisadas e os dados de entrada para o
calculo da estimativa do grau de degradação:
η(x, tj ) e valores mínimos correspondentes:
ηj = minηx (x,tj) são os parâmetros para o algo-
ritmo de predição da vida útil residual.
Prever a degradação da tensão residual do ca-
bo exige a resposta de algumas perguntas:
1) Com base no histórico operacional quando
devo rejeitar o cabo de aço?
2) Se a decisão for continuar em que momento
da operação a próxima inspeção será realizada
e qual será a condição de degradação do cabo
esperada?
O algoritmo de predição da vida útil residual
durante a operação para um dado J t é similar a
extrapolação dos mínimos quadrados f (t) de m
pontos ηj-(m-1) ,..... ηj avaliados a partir dos dados
das inspeções eletromagnéticas ao longo de m
Figura 2 . Diagrama da Carga-tensão do processo da falha inspeções. O inspetor de cabo de aço define den-
tre os ensaios iniciais quando iniciar o procedi-
mento.
A escolha mais simples é a aproximação linear
f (t,a1 ,a2 ) t = a1 + a2t para m = 3 pontos ηj-2 , ηj-1 , ηj
conforme ilustrado na Figura 4. Os coeficientes
a1 , a2 são definidos pelo critério dos quadrados.

Onde ρi = 1/ε > 0 dadas as varias irregula-


ridades εi das estimativas η J−3+ i .
O intervalo de tempo Δ tj para a próxima ins-
peção (ou o tempo de descarte) tj+1 = tj + Δ tj de-
pende do intervalo entre as anteriormente
executadas Δ tj-1 = tj - tj-1 e do intervalo Δ t*= t*- tj
quando a curva f(t) alcança o nível permissível da
tensão η* se Δt* > Δ tj-1 então a etapa da predição
é igual á Δ tj =Δ tj-1 e a estimativa da tensão é:
ηj+1 ≈ + f( tj + Δ tj ) .
Figura 3 . Comparação de resultados teóricos e experimentais As falhas se acumularam progressivamente
para cabos com defeitos artificiais no cabo de aço causando uma ruptura abrupta.

tecnologia preservando a vida


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43
artigo
técnico

Consequentemente o trajeto de predi-


ção deve aproximar-se ao nível permissível
η* com muito cuidado.
Quando Δt* < Δ tj-1 a etapa de predição
Δ tj é ajustada considerando a taxa de de-
gradação estimada pela inclinação s = (η*
−ηj )/ Δ t* se |s|>|a2| (ηj f (tj )) a etapa Δ tj é
supostamente igual a Δtj = α (η* − f (tj )) / s.
O fator α pode dar resultados falsos den-
tro do intervalo 0.5 ≤ α ≤ 1 e regula desta
maneira o risco de predição perto do nível
permissível de tensão η*. O valor previsto
da tensão para a próxima inspeção no
tempo tj+1 é marcado com um circulo vazio
Figura 4 . Aproximação de estimativas residuais de tensão na Figura 5 no gráfico (A).
Sendo verdadeira a expressão |s|<|a2|(ηj
< f(tj )) o intervalo do tempo Δtj = 0.5 Δ t* é
atribuído a uma aproximação ~f(t) = ã + ã2t
com módulo de inclinação |s|≤|ã2|≤|a2|, a
tensão prevista para a próxima inspeção é
estimada usando o valor η (tj+1)+ ≈ f (tj + Δtj )
marcado no gráfico (B) da Figura 5.
Em todo caso a determinação da vida
útil deve ser tratada como auxílio para to-
mada de decisão do profissional habilitado,
visto que, as normas vigentes para cabos
de aço não determinam periodicidade de
Figura 5 . Variações das etapas da inspeção e das tensões previstas do cabo de aço inspeções ou tempos máximos operacio-
(círculos vazios) nais.

4. Exemplos
O cabo PYTHON 8xK19S + PWRC(K)
com diâmetro D = 8mm e D = 11mm foram
inspecionados periodicamente com o equi-
pamento de inspeção eletromagnética de
cabo de aço INTROS ao longo de 10 m do
cabo. Durante a vida experimental do cabo
sobe condições similares a tensão pura
com torção restrita. Os dados de %LMA e
LF ao longo das inspeções periódicas esta
representado no gráfico das Figura 6 e
Figura 7.
Figura 6 . Gráfico %LMA das inspeções periódicas no cabo: PYTHON 8xK19S + PWRC(K) O número de ciclos de carregamento foi
considerado como o tempo de funciona-
mento. Um calculo da tensão admissível
residual foi feito considerando algumas
deformações de dobra em alguns trechos
do cabo como desprezíveis.
As perdas de tensão admissível χ ΔA (X,
tj) e e χ B(X, tj) foram avaliadas em 0 ≤ x ≤
X para cada tj calculado a média sobre 200
amostras com uma confiabilidade da ava-
liação de 0,997.
A figura 8 mostra as distribuições dos
índices de tensão ao longo do cabo de aço
PYTHON 8xK19S + PWRC(K) com D=8mm
com 0 ≤ x ≤ X que muda com a inspeção
Figura 7 . Gráfico LF das inspeções periódicas no cabo: PYTHON 8xK19S + PWRC(K)

44 revista abendi no 55
abril de 2013
e datas/ciclos. Os valores mínimos corres-
pondentes (marcados como círculos) são
os parâmetros da predição η j = minηx(x,tj).
O nível de fundo praticamente uniforme
fica mais distinguível em fases mais atrasa-
das da deterioração por causa da acumula-
ção progressiva de rupturas do fio.
As falhas locais indicam os intervalos on-
de a falha do cabo se inicia e ocorrerá pro-
vavelmente.
A Figura 9 demonstra as mudanças das
estimativas mínimas f(tj ) (Linha verde) em
função dos ciclos de funcionamento tj para
o histórico de inspeções do cabo de aço.
O nível permissível η* foi ajustado para a
situação imediatamente antes da falha
da corda quando os valores medidos de
%LMA e LF começam aumentar significa-
tivamente. Assumindo-se η* = 92% este
valor esta relacionado com os critérios
de descarte. Geralmente, este parâmetro
tem uma natureza estocástica. Deve
Figura 8 . Distribuições das tensões ao longo do PYTHON 8xK19S + PWRC(K) com diâmetro D=8mm ser detectado com cuidado em expe-
riências específicas da deterioração. A es-
timativa integral da tensão X-1∫ η 1 ( X, tj )
dx que descrevem a degradação causada
principalmente pelo desenvolvimento das
falhas distribuídas.

5. Conclusão
O atual modelo de inspeções eletromag-
néticas em cabos de aço não permite
estimar o nível de tensão admissíveis resi-
duais no cabo de aço e sua vida util.
Para uso prático somente os dados de
perda de seção metálica e defeitos loca-
lizados não são o suficiente para predição
da próxima inspeção e qual será o nível es-
perado de tensão no cabo de aço.
O resultado gerado pelo modelo matemá-
tico para analise de vida útil residual do
cabo de aço permite prever o real estado
de degradação do cabo e suas próximas ins-
peções através de um algoritmo matemá-
Figura 9 . Mudança das estimativas da força da corda e dos valores previstos (verde) para tico que utiliza os dados da inspeção ele-
PYTHON 8xK19S + PWRC(K) D=8mm - devidamente deteriorado tromagnética, de modo que através de
software RopeStrength é possível compilar
Referências bibliográficas
1. Kashyap S.K., Laxminarayna G., Tewathri S., Sinha A. (2005),Non-destructive esse algoritmo tornando sua aplicação viá-
testing of steel wire ropes and their discard criteria. Proceedings of the 8th International vel a estruturas de manutenção e inspeção.
Conference “Application of Contemporary Non-Destructive Testing in Engineering”, Além disso, de acordo com a simulação
Portoroz, 229-235. realizada neste software observou-se a
2. Sukhorukov, V.V. (2001), Steel wire ropes NDT: new instruments, Proceedings of the
possibilidade de através do histórico de ins-
6th World Conference on NDT, Portoroz, 225-230.
3. Volokhovsky, V.Yu., Vorontsov, A.N., Kagan, A.Ya. & Sukhorukov, V.V. (2003),Stochastic peções saber em que momento da opera-
assessment of steel rope strength using magnetic NDT results, OIPEEC Technical ção será a próxima inspeção e quando
Meeting, Lenzburg, 137-144. deve- se rejeitar o cabo de aço, trazendo
4. Vorontsov, A.N., Volokhovsky, V.Yu., Sukhorukov, V.V. and Shpakov, I.I. (2006),Strength soluções práticas de manutenção e viáveis
interpretation of non-destructive testing of steel ropes and steel-cord conveyor belts,
OIPEEC Conference, Athens, 73-80. operacionalmente. a

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45
artigo
técnico

Walmor Cardoso Godoi1


Carla Juliana Cardoso Qualidade de imagens em equipamentos de radiografia industrial
Brauza Torquato2
James Camacho de
Oliveira3
Sinopse
Vitoldo Swinka Filho4
Sebastião Ribeiro Júnior5
Não existem no mercado sistemas dedicados (que contemplem software, phantoms e metodologia) capazes de avaliar a quali-
dade de imagens nos equipamentos utilizados em radiografia industrial. Este trabalho apresenta proposta de metodologia para
qualificação de imagens radiográficas industriais em dois tipos de equipamentos. Um sistema de radioscopia (intensificador de
imagens) e um sistema digital direto (flat panel). Utilizaram-se amostras confeccionadas em alumínio (phantoms) que possibili-
taram obter parâmetros qualitativos e quantitativos em termos de qualidade de imagens radiográficas dos equipamentos men-
cionados: resolução (baixo e alto contraste), ruído, penumbra, magnificação e distorção geométrica. A metodologia proposta
mostrou-se satisfatória na definição dos parâmetros de qualidade de imagens radiográficas industriais digitais levantados.

1. Introdução Dentro do contexto citado, apresenta-se compactas de aquisição de imagens (flat


Atualmente existem vários ramos em proposta para metodologia para qualifica- panels) que podem ser utilizadas em dife-
que a Radiografia Industrial (RI) toma espa- ção de equipamentos de radiografia indus- rentes áreas, tais como, a radiologia conven-
ço por ser um tipo de Ensaio Não Destru- trial digital em dois tipos de detectores: cional, odontológica, mamografia, fluoros-
tivo (END), sendo de grande valor na avalia- intensificador de imagens e detector digi- copia e indústria. Esse sistema capta os
ção de qualidade dos materiais e equipa- tal direto (flat panel). Para isso, foram ela- raios X de forma direta, produzindo a ima-
mentos. Entre os materiais analisados pela borados phantoms (modelos de controle) gem digital radiográfica como o processo
RI estão soldas em tubulações, isoladores de alumínio, que é um material que possui para se adquirir uma foto digital em câ-
poliméricos (1), soldas em placas de com- diversas aplicações na manufatura de pro- meras pessoais. Atualmente existem detec-
putadores, peças de alumínio, testemunhos dutos. tores que operam na detecção de radia-
de concreto retirados de barragens, etc. ção com energias na ordem de MeV, o que
É exigido que os profissionais no mer- 2. Revisão teórica possibilita ensaiar peças bastante espessas.
cado de trabalho com aplicações em RI A imagem obtida na Radiografia Indus- Os DRs ainda são limitados a poucas apli-
possuam habilidade e conhecimento de trial baseia-se na absorção diferenciada cações industriais e médicas devido ao alto
forma abrangente aos fatores que levam a da radiação ionizante na peça a ser inspe- custo.
boa qualidade radiográfica. Por exemplo, cionada, devido à espessura e as diferentes A radioscopia é um meio usado na indús-
precisam conhecer e controlar diversos pa- densidades no componente a ser ensaia- tria para detectar a radiação que emerge
1
Mestre, Físico, Pesquisador,
râmetros a fim de realizar imagens qualifi- do. A partir dessas variações pode-se iden- da peça num intensificador de imagens. As
Laboratório de Radiografia e
Tomografia Industrial, cadas para cada condição de detecção de tificar nas imagens a existência de falhas telas desses intensificadores se baseiam no
Departamento de Materiais, defeitos que desejam inspecionar. Além internas ou defeito do material. Os equipa- princípio que determinados sais (tungstato
Instituto para o Desenvolvimento
de Tecnologia – LACTEC.
disso, para que o ensaio radiográfico in- mentos mais modernos apresentam rápida de cálcio, por exemplo) possuem a pro-
E-mail: walmor.godoi@lactec. dustrial ocorra de forma adequada, os equi- inspeção de integridade das peças, com priedade de emitir luz em intensidade mais
org.br pamentos devem estar de acordo com variadas dimensões e formatos. As peças ou menos proporcional a intensidade de
2
Tecnóloga em Radiologia, Bol-
sista PIBIT/CNPq, Laboratório algumas especificações de controle de podem ser de diversos materiais, como, radiação que incide sobre eles. Uma câme-
de Radiografia e Tomografia qualidade das imagens. Por exemplo, saber ferro, aço, alumínio, polímeros, concreto, ra de vídeo capta as imagens convertidas
Industrial, Departamento de
quais os limites de detecção de desconti- dentre outros. Para segurança do opera- na tela do intensificador (5). Os sistemas
Materiais, Instituto para o
Desenvolvimento de Tecnologia nuidade do sistema? Quais os níveis de dor e do ambiente utilizam-se, em aplica- de radioscopia convencionais geralmente
– LACTEC. ruído presentes na imagem? Qual o tama- ções que envolvem raios X dentro do am- são os mais utilizados dentro da planta da
3
Tecnólogo em Radiologia,
Brabant Alucast do Brasil.
nho da penumbra produzida? No entanto, biente industrial, cabine blindada com fábrica em cabines blindadas que protegem
4
Doutor, Físico, Pesquisador e não existem no mercado sistemas capazes chumbo o que diminui a fuga de radiação o operador da radiação. A principal finali-
Supervisor de Radioproteção, de qualificar equipamentos de radiografia para próximo de 0,02 mR/h. A qualidade dade da radioscopia é analisar peças em
Laboratório de Radiografia e
Tomografia Industrial, Departa- industrial, isto é, sistemas que contemplem dos detectores, tais como placas de fós- tempo real, ou seja, a observação da ima-
mento de Materiais, software, phantoms e metodologia, co- foro (image plates) utilizadas em CRs, mó- gem pelo inspetor é feita diretamente nos
Instituto para o Desenvolvimento
mo os existentes na área médica. Uma dulos de imagens de detecção direta (flat componentes, podendo ser alterado parâ-
de Tecnologia – LACTEC.
5
Mestre, Tecnólogo em das dificuldades no setor industrial é a panels), intensificadores de imagens em sis- metros que dizem respeito à qualidade de
Eletrotécnica, Pesquisador, diversificação em termos de formas, es- temas de radioscopia, aumentaram, tendo imagem, como kV, mA e o foco a ser utiliza-
Laboratório de Radiografia
e Tomografia Industrial,
pessuras, densidades e materiais dos obje- grande progresso na área industrial (1-4). do. Sua grande vantagem é a rapidez do
Departamento de Materiais, tos manufaturados, o que necessita cali- Os sistemas de radiografia digital direta ensaio, mas em contrapartida apresenta
Instituto para o bração para cada um deles. (Digital Radiography ou DR) são unidades limitações importantes. Por exemplo, não
Desenvolvimento de Tecnologia
– LACTEC.
Copyright 2012, ABENDI, PROMAI.
Trabalho apresentado durante o XXX – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção. 16ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de
Equipos Industriales. As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

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47
artigo
técnico

é possível inspecionar peças de grande alto contraste em relação a partes moles do dade de distinguir claramente grande va-
espessura ou alto número atômico, pois a objeto radiografado, diferenciando partes riação de intensidade entre o material ana-
intensidade dos geradores de raios X não a serem analisadas. Em detectores digitais, lisado. Resoluções de baixo contraste são
seria suficiente alta para produzir uma ima- a parte onde houve maior absorção apare- analisadas em pequenas variações de
gem clara nesses equipamentos. Devido às cerá na tela em tom de cinza escuro, as intensidade (1).
características próprias os intensificadores menos absorvidas apareceram mais claras
e a baixa distância foco e da câmera utili- (3-6). 2.1.2 Indicadores de Qualidade de Imagens
zada, a qualidade de imagem não é tão boa Um dos principais parâmetros que afetam (IQIs)
quanto à da radiografia digital ou que se uti- a qualidade de imagem digital é a resolução Os indicadores de qualidade de imagens
liza com filme. Um dos fatores problemá- espacial. É definida como sendo a menor (IQIs) são tipo furos ou tipo fios de arame
ticos é a distorção geométrica na imagem separação (distância) entre dois pontos (simples ou duplos. Os IQIs tipo furos são
devido à forma do intensificador. da imagem que podem ser distinguidas ou pequenas peças que possuem três furos
visualizadas (3-11). cujos diâmetros são 4T, 2T e 1T onde o T
2.1 Parâmetros de qualidade radiográfica O tamanho e quantidade de pixel na ima- corresponde a espessura do IQI. Nesses
digital gem são fatores essenciais para visualiza- modelos a sensibilidade radiográfica é
O termo qualidade radiográfica refere- ção de detalhes na imagem digital. Boa igual a 2 % da espessura da peça a ser ra-
se à capacidade da representação adequa- resolução requer pixels pequenos que são diografada. Para IQIs tipos fios trata-se de
da da estrutura de um objeto na imagem obtidos por matrizes de grandes dimen- um conjunto de 5 fios de material similar
adquirida por filmes radiográficos, intensi- sões. Outro fator importante é o número ao material a ser radiografado com diâ-
ficadores de imagens, CRs ou DRs. de bits usados para representar cada pixel. metros diferentes, desde o mais fino até
A análise das imagens radiográficas di- Esse fator implica no número de tons de o mais grosso. Eles devem ser colocados
gitais, dado o alto grau de subjetividade cinza ou níveis de nitidez que podem ser sobre a área de interesse sendo utilizados
intrínseca ao processo de interpretação vi- amostrados, quanto maior o número de conforme a classificação da espessura e
sual, deve utilizar critérios quantitativos. bits por pixel, maior será a escala de tons de do tipo de material a ser utilizado. Para as
Existem algumas exigências para qualquer cinza, ou níveis de brilho da imagem (3-11). inspeções nas analises de qualidade radio-
tipo de ensaios radiográficos precisam es- O contraste é o grau de diferenciação, gráfica os IQIs devem ser colocados com
tar de acordo e ter um procedimento escri- das variações de densidades nas estruturas a face voltada para a fonte de modo que
to, contendo informações sobre os seguin- do objeto, dando sua tonalidade, em fun- o plano de mesmo seja normal ao feixe
tes parâmetros que influenciam o desem- ção da densidade e composição química, de radiação (4). Esses dispositivos avaliam
penho do sistema, no processo da visualiza- do objeto a ser radiografado. Para a ima- principalmente a resolução da imagem
ção de imagens como mostrado na Tabela gem digital, define-se contraste em função radiográfica.
1 (abaixo). da variação de tons de cinza (3-11).
Para calcular a diferença de tonalidade 2.1.3 Ruído
2.1.1 Resolução e Contraste entre duas regiões vizinhas numa imagem Entre vários fatores que alteram a qua-
Resolução pode ser definida como a radiográfica digital na imagem pode-se utili- lidade de imagem, o ruído é um deles. Em
variação de contraste entre os materiais. O zar a seguinte equação 1: filmes radiográficos o ruído ocorre quando
contraste da imagem radiográfica depende (1) há variações abruptas de densidades. Nos
da tensão (kVp) no gerador de raios X, da sistemas digitais define-se ruído quando há
fluência de fótons ou do mAs. A energia mé- onde C é o contraste da imagem em %, L1 variações aleatórias dos tons de cinza ao
média de um feixe de raios X depende prin- a intensidade média da imagem na região redor do valor real do pixel. Um parâmetro
cipalmente da energia aplicada no tubo, 1, L2 a intensidade média da imagem na de medida de ruído em imagens radiográ-
dos filtros utilizados e das características região 2, Lmax é a intensidade máxima da ficas digitais é a medida de desvio de pa-
do gerador de raios X. Materiais densos, imagem e Lmin a intensidade mínima da drão dos valores de tons de cinza de uma
com números atômicos altos, absorvem imagem(1). determinada ROI (Region of Interest) (2-6).
mais o feixe de raios X, o que implicará em Resolução de alto contraste é a capaci- Para determinar o valor do ruído, deve-

Tabela 1. Parâmetros de qualidade radiográfica digital para fonte de raios X

48 revista abendi no 55
abril de 2013
se obter o desvio padrão (12) da região imagens acoplado a uma câmera de vídeo, no sistema digital direto (flat panel) foram
de interesse (Region of Interest - ROI) na monitor de 19 polegadas com armazena- utilizadas as mesmas peças citadas na se-
imagem. O desvio padrão amostral SD é mento de imagens em forma-to BMP, com ção anterior, com os mesmos parâmetros
calculado de acordo com a equação 2: 8 bits de resolução em profundidade. Per- de qualidade radiográfica, alterando-se ten-
mite ajustar focos de aquisição de 4”, 6” e são e tempo de exposição devido os equi-
(2) 9”. Para realização das radiografias no siste- pamentos mostrarem diferentes caracterís-
ma radioscópico foi especificado uma dis- ticas neste contexto. Foi especificada uma
onde Li é o tom de cinza do pixel i contido tância que possibilite objeto ficar o mais distância do tubo ao detector de 60 cm, as
no ROI, L é o nível de cinza médio do ROI próximo possível do detector, com distân- peças ficam o mais próximo possível do de-
e n é o número de pixels contidos no ROI. cia foco objeto (DFO) de 13 cm, distância da tector, variando-se algumas vezes a tensão
tela intensificadora ao tubo de 1 m, tensão e o tempo dependendo da peça a ser ins-
2.1.4 Princípios Radiográficos Geométricos do tubo variando de 30 a 65 kV, com a cor- pecionada.
A magnificação, a distorção e a penum- rente denominada constante durante as Para obter medidas quantitativas nas
bra geométrica fazem parte dos ensaios aquisições de 2,5 mA. As imagens foram imagens radiográficas utilizou-se o softwa-
radiográficos. A distorção da imagem não inspecionadas visualmente e quantificadas re freeware ImageJ (10).
pode ser totalmente eliminada em virtude com ImageJ.
dos formatos das peças, do foco a ser uti- Um sistema digital direto também foi 3.1 Phantons
lizado e dos ângulos que se dispõem para utilizado. Este consiste de um gerador de Foram confeccionadas peças de alumí-
a realização do ensaio radiográfico. Isso faz raios X microfoco, modelo PXS5-722SA da nio, denominadas phantoms (amostras pa-
com que haja perda nas estruturas da ima- Kevex X-Ray com foco de 0,01 × 0,01 mm², dronizadas) criadas para obter parâmetros
gem ou representação errada no tamanho alvo de tungstênio, faixa de corrente de de qualidade. Conforme a Tabela 2, para
ou formato do objeto. trabalho de 0 a 0,1 mA, janela de Berílio, análise de composição química do material
Quando um objeto for colocado entre a faixa de tensão de trabalho de 20 a 70 kV utilizado para confecção dos phantoms,
fonte e o detector radiográfico, numa fon- e um detector digital de raios X direto (Flat mostra que as peças possuem outros ele-
te emissora com diâmetro de foco peque- Panel) modelo CT7942 do fabricante Hama- mentos químicos além do alumínio, mas
no, tem-se uma imagem muito nítida. Mas matsu, que fornece aquisição de imagens maior parte do material está concentrada
se aumentar o diâmetro do foco e apro- em PNG de 12 bits, possui dimensão de 12 em alumínio (85 %).
ximar o objeto poderão ser visualizados zo- x 10 cm para aquisição radiográfica (cam- A Figura 1 representa os componentes
nas de penumbra, ou seja, perda de nitidez po de visão), com pixel a-Si de 50 μm. Para químicos visualizados em ensaio de espec-
da imagem, causando uma sombra ou mu- as aquisições das radiografias realizadas trometria por Energia Dispersiva de Raios
dança de geometria nas regiões da peça.
Devido o aumento do diâmetro do foco
muito próximo do objeto, se a penumbra Tabela 2 . Composição por análise química da liga de alumínio utilizado na confecção dos phantoms
for excessiva, outros parâmetros de ima-
gem são prejudicados. Para obtenção de
imagens bem definidas ou próximas ao ta-
manho do objeto, deve-se ter (2,5): O
diâmetro da fonte emissora de radiação
deve ser o menor possível, a fonte emisso-
ra deve estar posicionada o mais afastado
possível do material a ensaiar, o feixe de
radiação deve se aproximar o mais próxi-
mo possível, da perpendicular em relação
ao detector, o plano do material e o plano
do detector devem estar paralelos e para
diminuir o efeito penumbra deve-se calcu-
lar o valor exato da distância mínima fonte
objeto (DFO).

3. Materiais e metodologia
Dois sistemas de aquisição radiográfico-
digital industriais foram utilizados neste tra-
balho. Utilizouse um sistema de radioscopia
contido em uma cabine Modelo CST 160,
marca Gilardoni, com gerador de raios X
com tensão máxima de 160 kV, potência
500 W e corrente constante de 0 a 7,0 mA. Figura 1 . Espectro de Energia Dispersiva por raios X (EDS) na liga de alumínio utilizada na
Esse sistema possui um intensificador de confeccção dos phantons . Apresentam-se os componentes F, Mn, Zn, Mg, Si e Al

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49
artigo
técnico

X (EDS) obtida em microscópio eletrônico


de varredura (MEV) (13).
A análise dos componentes neste equipa-
mento é proporcional à análise química da
Tabela 2, onde a maior concentração de ele-
mentos químicos está em alumínio.
O phantom tipo “escada” (Figura 2a)
possui 8 degraus com medidas de alturas
do menor para o maior de 4,42 mm, 8,28
mm, 12,31 mm, 14,95 mm, 19,82 mm,
24,52 mm, 28,21 mm e o último 33,29 mm
para estudo de resolução de baixo cons-
traste Al versus Al. O phantom de furos
(Figura 2b) tem espessura de 15,40 mm
largura de 54,09 mm, com furos de 1 mm
1,5 mm e 2mm. A Figura 2c mostra o phan-
tom utilizado para analisar o FOV e distor-
ção geométrica. Trata-se de uma placa com
quatro moedas de R$ 0,10 em sua extremi-
dade. O phantom para análise de ruído tem
16,41 mm de espessura e formato circular
(Figura 3d). A Figura 3e mostra o phantom
utilizado para verificação de resolução de
baixo contraste (ar versus Al), com furos de
1 mm, 1,5 mm, 2,0 mm, 2,5 mm, 3,0 mm e
3,5 mm. A Figura 2f mostra o IQI comercial
da Philips para verificação de resolução em
Figura 2 . (a) Phantom “tipo escada” (objeto com espessuras variáveis em formato de escada) alto contraste.
para estudo de resolução de baixo constraste Al-Al. (b) Indicador de Qualidade de Imagem
(IQI) com furos de 1 mm 1,5 mm e 2 mm para estudo de resolução de baixo contraste ar 4. Resultados e discussões
versus Al. (c) Phantom para estudo FOV e distorção geométrica. tipo fios Philips, para estudo Os resultados deste trabalho são apre-
da resolução espacial alto contraste, (d) Phantom para avaliação do ruído (e) Phantom tipo sentados a seguir e estão divididos por sis-
furo para estudo resolução baixo contraste, (f) Radiografia IQI comercial da Philips, com fio tema de aquisição de radiografia e phan-
simples, para estudo resolução de alto contraste tom utilizado. Dois sistemas de aquisição
radiográfica foram utilizados: radioscópico
(intensificador de imagens) e sistema digi-
tal direto (detector de a-Si).

4.1 Sistema radioscópico

4.1.1 Resolução e Contraste


Para análise da resolução e contraste
do sistema em relação a Al versus Al com
diferença de espessuras foi utilizado o
phantom tipo “escada” da Figura 2a. Foram
feitas várias radiografias e escolhidas visu-
almente as que melhores identificaram di-
ferença entre tons de cinza nas regiões vizi-
nhas. Os degraus foram identificados por
Figura 3 . Imagens comparativas de radiografias do phantom tipo “escada” da Figura 2a. letras de A até H (o 1° degrau letra A e o
Radiografias obtidas com diferentes parãmetros para verificação de contraste radiográfico: 8° degrau letra H) como mostra a Figura 3.
(a) utilizando foco 4”, com 50 a 60 kV, (b) foco 6”, com 40 a 60 kV e (c) foco 9”, com 40 a 55 kV Pode-se visualizar na Figura 3 que os
focos utilizados influenciam no detalhamen-
to da imagem. Utilizando o foco 9” obtém-
se uma imagem pequena, porém, há me-
nos detalhamento da imagem. O foco 6”
permite ver mais detalhes da peça. Com

50 revista abendi no 55
abril de 2013
foco 4” a qualidade de imagem mostra-
se satisfatória, devido ser um foco menor
tem melhor nitidez. Para o foco 4” e 6”
pode-se verificar uma grande diferença de
tonalidade nas regiões G e H de 40 a 50 kV.
Em relação ao foco 9” comparando com o
foco 6” a mesma tensão utilizada, verifica-
se uma pequena diferença de contraste
que a mesma região G e H mostra.
Comparando os resultados demonstra-
dos nas radiografias, nota-se que além do
foco ser um fator importante para a visuali-
zação de contraste, um dos fatores que de-
ve ser levado em consideração é a tensão
utilizada no gerador de raios X. Não foram
obtidas imagens com tensões abaixo ou Figura 4 . Perfil dos tons de cinza das imagens radiográficas obtidas das imagens da Figura 3
igual a 30 kV, pois a imagem torna-se escura para os focos (a) 4”,(b) 6” e (c) 9”
demais e acima de 70 kV ou mais também
perdem a qualidade desejada, ficando su- Tabela 3 . Cálculo do contraste para Foco 4”. Valores calculados para phantom tipo escada
perexposta e apresenta menor contraste. para cada degrau adjacente ao seu vizinho em cada um dos focos utilizados
Outro importante fator para as aquisi-
ções das imagens que podem influenciar
na qualidade do contraste é o fato de não
haver tempo de exposição para a imagem
obtida em radioscopia, pois as imagens
fluoroscópica são obtidas em tempo real,
ou seja, enquanto os raios X permanecer
ligado à imagem será projetada na tela.
No intuito de qualificar e quantificar o
contraste, foram levantados os perfis de
tons de cinza, mostrados na Figura 4. Este
representam os níveis de variação de tons Tabela 4 . Cálculo do contraste para Foco 6” pode-se notar que obteve maior intensidade de
de cinza em função de pixels presente em variação de contraste entre as regiões adjacentes é com tensão de 50 kV entre as regiões G e H.
cada degrau vizinho, variando-se o foco e a
tensão utilizada no gerador de raios X.
Para definir numericamente qual foi o
melhor parâmetro utilizado nas aquisições,
foi calculado, pela equação (1), o contraste
entre as regiões de degraus adjacentes
da imagem radiográfica. As Tabelas 3 a 5
apresentam os resultados.
Entre o comparativo das imagens pode-
se observar o melhor parâmetro utilizada
para o phantom escada ficou sendo a Figura
3a, foco 4”, onde a melhor intensidade en- Tabela 5 . Cálculo do contraste para Foco 9” mostrou grande variação de
tre regiões vizinhas foram entre 55 e 60 contraste a 40 kV nas regiões G e H
kV. Tanto na avaliação visual quanto nos
cálculos, demonstrou-se que nas regiões
A até H não teve muita variação entre os
degraus, ou seja, a variabilidade entre eles
está em forma proporcional devido á espes-
sura do material apresentado, como deve
ser uma boa qualidade de imagem radio-
gráfica digital. Onde a espessura for maior
haverá maior atenuação de raios X na peça,
mostrando menor contraste radiográfico
comparado com regiões vizinhas.

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51
artigo
técnico

4.1.2 Ruído
Utilizou-se o phantom da Figura 2d, cal-
culou-se o valor do ruído pela equação 2
para as extremidades e centro do phantom.
Analisando-se a imagem da Figura 4, o
ruído é visualizado no uso do foco 4” com
60 kV, foco 6” com 55 e 60 kV e no foco 9”
com 50 kV. Para as outras imagens não se
percebe nenhuma diferença de imagem a
olho nu.
A Tabela 6 mostra o cálculo do desvio Figura 4 . Radiografia do phantom da Figura 2d com foco 4”, 60 kV
padrão nas radiografias obtidas do phan-
tom. Na avaliação deste parâmetro foi cal-
culada a média do desvio padrão das ex- Tabela 6 . Desvio padrão (SD) das extremidades e do centro da peça
tremidades da peça e a medida do desvio
padrão do centro da peça, utilizando o
software ImageJ. A Tabela 6 mostra valo-
res numéricos obtidos, variando-se os
parâmetros de aquisição.
A Tabela 6 indica que as medidas reali-
zadas possuem variação de ruído em função
de foco e kV a ser utilizado no gerador de
raios X. Nota-se que onde obteve maior
sinal de ruído foi no foco 9” a 60 kV para
o desvio padrão nas extremidades. Um
dos fatores que determinam os resultados
para o foco 9” com maior ruído dado a
maior divergência do feixe adquirido no
intensificador. Em comparação ao centro
da peça o desvio onde apresentou maior
ruído ficou entre o foco 4” com 70 kV e o
menor sinal ruído a 40 kV.

4.1.3 Distorção Geométrica


A Figura 5 mostra a radiografia do phan-
tom para verificação da deformidade geo-
métrica. Nota-se que com o foco 6” as es-
truturas da amostra foi cortada, não apa-
recendo as bordas. Para essa amostra o
melhor foco utilizado foi 9”, onde toda
a amostra foi adquirida. No entanto em
todas as aquisições é visível a distorção
geométrica, principalmente nas bordas do
intensificador, onde o objeto fica distorcido
devido à forma arredondada do detector Figura 5 . Radiografias para análises de distorção geométrica utilizando o phantom da
(tubo intensificador de imagem). Figura 2c: (a) utilizando o foco 6” e o (b) foco 9”

4.2 Sistema digital direto

4.2.1 Resolução e Contraste


Para verificação do contraste da do
phantom mostrado na Figura 2a foi realiza-
do algumas aquisições de imagens, verifi-
cando qual a melhor técnica empregada.
Neste caso a tensão foi de 70 kV, 0,01 mA
e 5s de exposição do detector. A Figura 6 Figura 6 . Radiografia phantom escada obtida no detector digital direto (Flat Panel, a-Si).
mostra a radiografia adquirida. Parâmetros de aquisição: 70 kV, 0,01 mA e 5s de exposição do detector

52 revista abendi no 55
abril de 2013
Comparando os resultados obtidos no Tabela 7 . Cálculo do contraste para escada 70 kV
contraste da Figura 3 e da Figura 6, pode-
se notar que não houve muita diferença de
variação de contraste visualmente entre as
regiões, mas o que diferenciou foi o kV, que
na Figura 3, foco 4”, o melhor contraste
ficou em 60 kV e na Figura 6 foi utilizado 70
kV. Com base nesse resultado foi realizado
o cálculo de contraste de regiões vizinhas,
utilizando a equação (1) que comprova à
diferença de atenuação que possui cada
degrau, como será mostrado na Tabela 7.
Os cálculos da Tabela 7 mostram a dife-
rença de contraste entre degraus vizinhos
bem menores que os cálculos realizados na
Tabela 4, com 60 kV, foco 4”, onde determi-
nou-se o melhor parâmetro de aquisição
utilizado. Para todas as regiões calculadas
na Tabela 7 a que melhor se identificou em
valores foi a Tabela 5, pois os valores estão
razoavelmente parecidos em 55 kV e foco 9”.

4.2.2 Ruído
A Figura 7 mostra a radiografia obtida no
detector digital direto para o phantom da
Figura 2d. Para o cálculo do ruído definiu-
se 3 regiões de interesse denominadas ROI
1, ROI 2 e ROI 3 ( ROI - Region of Interest).
As setas indicam onde os artefatos carac-
terísticos do detector.
A Tabela 8 mostra o resultado do desvio Figura 7 . Radiografia da amostra para análise do ruído com 70 kV, 0,01 mA e 7s de aquisição
padrão nas extremidades e no centro da
peça. Para as extremidades média dos va-
lores do desvio padrão para o ROI 1, ROI 2
Tabela 8 . Desvio padrão dos tons de cinza das extremidades e do centro da peça (ROIS 1, 2 e 3)
e ROI 3.

4.2.3 Distorção Geométrica


A Figura 8 mostra que, ao contrário da
radioscopia, a radiografia mostra-se satisfa-
tória para verificação da não distorção geo-
métrica. As bordas da peça mantêm-se no
formato original, mostrando que o tubo de
raios X não possui divergência no feixe.

4.3 Indicadores de qualidade radiográfica


Dois IQIs foram utilizados, o comercial
de marca Philips e a peça confeccionada
de alumínio. Comparando as duas imagens
radiográficas digitais da Figura 9 verifica-se
uma boa qualidade de imagem para os dois
tipos de IQIs. Pode-se verificar que podem
ser visto claramente os fios e os furos com
1 mm. O IQI de arame representa a resolu-
ção espacial (alto contraste) o equipamento
está apto para verificação de análises de
outras imagens, ou seja, pode ser visto
todos os fios presentes, mesmo do menor Figura 8 . Radiografia phamtom sem deformidade geométrica obtida no flat panel

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53
artigo
técnico

tamanho com 1 mm de espessura. E para


o IQI tipo furo resolução espacial (baixo
contraste) o equipamento também mostra
bons resultados visualizados fazendo a
leitura do menor furo que é visto na radio-
grafia. Nestas duas maneiras podem-se ve-
rificar o nível mínimo de qualidade especi-
ficada para cada tipo de ensaio radiográ-
fico.

4.4 Resolução espacial baixo contraste


A Figura 10 mostra radiografia do phan-
tom de alumínio elaborado em forma de
círculo, com furos de 1,5 mm, 2mm, 2,5
mm, 3 mm e 3,5 mm ultrapassando o
Figura 9 . Radiografias detector digital direto (a) IQI tipo furo e tipo fio e (b) IQI comercial tipo fio cilindro em sua espessura, para estudo da
resolução espacial entre ar / alumínio.
Comparando as imagens verifica-se que
apesar dos equipamentos utilizarem parâ-
metros diferentes para análise desta ima-
gem, a qualidade mostra-se evidente en-
tre ar e alumínio, notando que a mesma
amostra utilizada pode-se distinguir na
imagem o menor furo de 1,5mm.

5. Conclusão
Embora os equipamentos abordados
aqui possuam diferentes parâmetros e pro-
priedades as análises das imagens dos
Figura 10 . a) Imagem de radioscopia do phantom alumínio com 60 kV e corrente de 2,5 mA phantoms mostraram resultados seme-
obtida no sistema de radioscopia. b) Imagem obtida com o com flat panel e fonte microfoco, 70 lhantes para o sistema de radioscopia e
kV, 7 segundos integração e 0,01 mA sistema digital direto. Com os estudos feitos
nos dois equipamentos e os diferentes ti-
Referências bibliográficas
pos de phantoms utilizados, verificou-se
1. Godoi, W. C., “Detecção de Defeitos em Isoladores Poliméricos por Radiografia Digital”, que os modelos e as propriedades das amos-
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Gasodutos e Oleodutos Terrestres e Marítimos”, (tese de doutorado), Universidade Estadual e qualificação de equipamentos radiográ-
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12. Levine, D. M., Berenson, M. L. e Stephan, D., “Estatística Teoria Aplicações usando
Microsoft Excel em português”.
13. Goldstein, J I et al, “Scanning Electron Microscopy and X-Ray Microanalysis”, 3rd ed.,
Plenum Publishers, New York, 2003.

54 revista abendi no 55
abril de 2013
calendário

Abendi Maio Junho Local

Líquido Penetrante N3 06 a 10 São Paulo (SP)


Metrologia e Calibração para empresas de END 06 a 10 São Paulo (SP)
Nivelamento 1 e 2 (Turma 1) 06 a 17 São Paulo (SP)
Pig Instrumentado 13 e 14 São Paulo (SP)
Segurança Saúde e Meio Ambiente 13 a 17 São Paulo (SP)
Ultrassom Forjado (AVG-DGS) 13 a 24 São Paulo (SP)
Radiografia Digital: Princípios e Normas 20 a 22 São Paulo (SP)
Correntes Parasitas N3 20 a 25 São Paulo (SP)
Partículas Magnéticas N3 03 a 07 São Paulo (SP)
Minicurso de Elaboração de Procedimento LP 11 São Paulo (SP)
Metalurgia Básica Aplicada aos ENDs 26 a 28 São Paulo (SP)

Abertos Maio Junho Local

Organização de Gestão dos ENDs 06 a 10 Fortaleza (CE)


Organização de Gestão dos ENDs 20 a 24 Pernambuco (PE)
Nivelamento N1 e N2 03 a 14 Pernambuco (PE)

Ensino a distânica (EAD) Carga horária Realização

Líquidos Penetrantes N3 40h Abendi


Partículas Magnéticas N3 40h Abendi
Ensaio Visual N3 40h Abendi
Ultrassom N3 80h Abendi
Nivelamento N1 e N2 80h Abendi
Nivelamento N3 80h Abendi
Básico em END 40h Abendi
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57
crônica
de END

Os riscos no transporte de aerossóis


Guilherme Romboli

P oucas pessoas se dão conta que


uma lata de aerossol é um peque-
no vaso de pressão que guarda os mes-
ção aos limites estabelecidos simboliza
um aumento exponencial na pressão
interna da lata.
impossível a higienização do estofado
e do acabamento interno em caso de
acidente.
mos riscos de um equipamento pressu- No caso dos materiais para Ensaios
rizado de grande porte. Não Destrutivos fornecidos em forma 2) É essencial, também, tomar um
Nos equipamentos industriais, as vál- de aerossol, os riscos relativos ao seu extremo cuidado com a temperatura
vulas de segurança funcionam como uso são controlados pela utilização de interna do veículo. Geralmente, o li-
barreiras finais contra grandes desas- pessoal treinado e qualificado, ciente mite é de 40ºC para aerossóis. Essa é
tres. Nas latas de aerossol, a Norma das condições a serem evitadas, seja uma temperatura perigosa, pois pode
15.233 da Associação Brasileira de Nor- pelas informações obtidas em cursos ser facilmente atingida com o veículo
mas Técnicas (ABNT) indica que a ex- ou mesmo pela “Ficha de Informações parado e sem ventilação. Aconselha-se
pansão do domo e do fundo da lata de Segurança de Produtos Químicos” nunca deixar as latas dentro de veícu-
são as formas de alívio contra pressões (FISPQ). los estacionados. A falta de troca tér-
excessivas. Porém, o mesmo não acontece em mica pode rapidamente elevar a tem-
Mas, mesmo com tais dispositivos relação ao transporte das latas, prin- peratura na área de carga acima dos
de segurança, não podemos esquecer cipalmente em situações em que é ne- limites das latas e provocar grandes
que os propelentes são gases com alto cessário fazer um ensaio longe da base contratempos.
grau de expansão. E é exatamente em e, por conveniência ou redução de cus-
função dessa propriedade física que os tos, são usados veículos inapropriados 3) Produtos químicos usados como
mesmos são usados para carregar o para transportar o produto de um lu- matéria-prima para a fabricação de
produto embalado em forma de spray. gar para outro. materiais para END têm limite de ex-
Sendo assim, a temperatura de trans- Essa não é uma prática sancionada posição aguda e podem causar graves
porte e o manuseio são situações crí- pela resolução nº 420 da Agência Na- sintomas no caso de contato sem pro-
ticas. Uma pequena elevação em rela- cional de Transportes Terrestres (ANTT) teção adequada. Recomenda-se que
que trata do transporte de produtos as informações da FISPQ sejam consul-
perigosos. Todavia, além de atender à tadas e seguidas para o correto aten-
regulamentação vigente, os profissio- dimento de pessoas ou de ambientes
nais que se envolvem no transporte de afetados em caso de acidentes.
aerossóis devem ter em mente que:
4) Evite fazer suposições com base
1) O transporte de aerossóis deve apenas na experiência profissional. Os
ser sempre feito em um veículo de parâmetros ditados pelo FISPQ e pelas
carga, com cabine separada e em Fichas de Emergência devem ser adota-
carros do tipo furgão. Recomen- dos na íntegra por todos os que mani-
da-se o uso de uma barreira pulam materiais de END.
física entre a área de carga
e a cabine para proteger o A utilização de materiais para END
motorista e o passageiro de (líquidos penetrantes e partículas mag-
eventuais explosões por ex- néticas) em aerossol muitas vezes é a
cesso de pressão. A divisão única solução em função de sua facili-
ajuda também na limpeza, dade de utilização. Controlando as ati-
pois muitos materiais para vidades de transporte, armazenamento
END são de difícil diluição, e aplicação, e considerando os perigos
o que torna praticamente a
existentes, sua utilização é segura. No

58 revista abendi no 55
abril de 2013

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