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INTEGRANTES
Arthur Saito
Gabriel Funatsu
Nicolas Fernandes
Willian Gajardoni
PROFESSOR
Ricardo de Vasconcelos Salvo
1
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 5
2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 7
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 7
4. MATERIAIS E MÉTODOS – MEMORIAL DE CÁLCULO ..................................... 14
4.1. DESCRIÇÃO DO ROTEIRO DE CÁLCULOS ................................................... 14
4.2. VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DO ROTEIRO DE CÁLCULOS ................... 15
4.3 ROTEIRO DE CÁLCULOS PARA DIMENSIONAMENTO DE ROTOR
FRANCIS ......................................................................................................................... 15
5. RESULTADOS ............................................................................................................ 26
5.1. DADOS COLETADOS ......................................................................................... 26
5.2. DADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 29
5.3. COMPARAÇÃO ................................................................................................... 38
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 39
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 40
2
Lista de figuras
Figura 1 – Turbina Pelton ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 2 – Turbina Kaplan...................................................................................................... 7
Figura 3 – Turbina Francis ..................................................................................................... 7
Figura 4 – Correlação Gráfica para velocidade específica.................................................... 8
Figura 5 – Gráfico para seleção do tipo de turbina ................................................................ 8
Figura 6 – Caixa espiral .......................................................................................................... 9
Figura 7 – Pré-distribuidor ................................................................................................... 10
Figura 8 – Distribuidor ......................................................................................................... 10
Figura 9 – Segmentos do eixo da turbina ............................................................................. 11
Figura 10 – Rotor.................................................................................................................. 11
Figura 11 – Esquema de uma Turbina Francis ..................................................................... 12
Figura 12 – Representação de um triangulo de velocidade e suas componentes ................. 13
Figura 13 – Característica da superfície média de pá do rotor da Turbina Francis rebatida no
plano vertical ........................................................................................................................ 15
Figura 14 – Pontos iniciais para dimensionamento do rotor de uma turbina ....................... 16
Figura 15 – Detalhamento da cota de hsu,max ........................................................................ 27
Figura 16 – Cotas de altura da usina de Itaipu .....................................................................28
Figura 17 – Gráfico mostrando a influência de hsumax na potência calculada ......................31
Figura 18 – Diagrama de velocidades para entrada, com hsumax = -10..................................36
Figura 19 – Diagrama de velocidades para saída, com hsumax = -10 .....................................37
Figura 20 – Diagrama de velocidades para entrada, com hsumax = -15..................................37
Figura 21 – Diagrama de velocidades para saída, com hsumax = -15......................................38
3
Lista de tabelas
Tabela 1 – Tabela de seleção do tipo de turbina................................................................... 13
Tabela 2 – Características gerais dos equipamentos da Usina de Itaipu .............................. 26
Tabela 3 – Rendimentos propostos para turbinas Francis e Kaplan ..................................... 27
Tabela 4 – Dados de entrada obtidos .................................................................................... 29
Tabela 5 – Valores de hsu,max e as respectivas Pemax e ηi encontradas ................................... 30
Tabela 6 – Resultados primários para hsu,max = -10 ............................................................... 32
Tabela 7 – Resultados secundários para hsu,max = -10 ........................................................... 33
Tabela 8 – Resultados primários para hsu,max = -15 ............................................................... 34
Tabela 9 – Resultados secundários para hsu,max = -15 ........................................................... 35
Tabela 10 – Comparação entre os valores reais e os calculados .......................................... 38
4
1. INTRODUÇÃO
5
O objeto de estudo do presente trabalho é a Usina Binacional de Itaipu, atualmente a
líder em geração de energia limpa e renovável na América do Sul, em operação desde 1984.
Localizada no Rio Paraná, na divisa entre Brasil e Paraguai, a usina possui 20 unidades de
geração com capacidade unitária de 715MW de potência instalada, fornecendo cerca de
15% da energia consumida no Brasil e 90% da energia consumida no Paraguai. Possui
ainda 1350 km2 de área represada (reservatório), sendo 29 bilhões de m3 de água
represados, com queda nominal de projeto de 118,4m [6].
Em termos de máquinas de fluxo, o interesse reside nas unidades geradoras –
Turbinas do tipo Francis. Dentre as vinte unidades existentes, dez foram instaladas na
frequência da rede elétrica brasileira (60Hz) e dez na frequência paraguaia (50Hz), onde as
primeiras possuem peso de 3242 toneladas, fator de potência de 0,95 e potência nominal de
737 MVA, e as demais unidades têm fator de potência nominal de 0,85, potência nominal
de 823,6 MVA e peso de 3343 toneladas[6].
6
Figura 3 – Turbina Francis
2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
𝜔.√𝑃/𝜌
𝜔𝑠 = (𝐻.𝑔)5/4 (1)
Onde:
ω: velocidade angular (rad/s).
P: potência gerada (W).
ρ: massa específica do fluido (kg/m3).
H: queda líquida disponível (m).
g: aceleração gravitacional (m/s2).
7
Figura 4 – Correlação Gráfica para velocidade específica
8
A turbina Francis pode ser executada tanto com eixo na horizontal quanto na
vertical. A construção com eixo na horizontal, ou seja, a roda trabalhando verticalmente é
utilizada para pequenas unidades, nesse caso apoiados em mancais de deslizamentos radiais
e dispensa a utilização de mancais guias, utilizados quando a construção é de eixo vertical,
além da utilização do mancal de escora axial [5].
Uma turbina Francis é basicamente constituída de: caixa espiral, pré-distribuidor,
distribuidor, rotor e tubo de sucção [9].
A caixa espiral é uma tubulação de forma toroidal que envolve a região do rotor.
Sua função consiste em distribuir igualmente a água para o pré-distribuidor, distribuidor e
posteriormente o rotor [9].
Figura 6 – Caixa espiral
9
Figura 7 – Pré-distribuidor
10
Figura 9 – Segmentos do eixo da turbina
O rotor converte a energia hidráulica provida pelo sistema em potência eixo, essa
transmitida ao gerador. Seu rendimento está diretamente ligado ao perfil das pás [9].
Figura 10 - Rotor
11
turbinas permitem uma contrapressão na saída do rotor, que minimiza os efeitos de
cavitação [8].
Uma turbina é projetada para trabalhar em uma determinada faixa de velocidade
específica. A velocidade específica (ns) é utilizada para determinar o perfil hidrodinâmico
de operação, o cálculo de ns é dada pela relação abaixo [9]:
𝑛√𝑃
𝑛𝑠 = 5 (2)
𝐻4
12
Tabela 1 - Tabela de seleção do tipo de turbina
Tipos de Turbinas ns H (m)
Francis muito lenta 55-77 600-200
Francis lenta 71-120 200-100
Francis normal 121-200 100-70
Francis rápida 201-300 70-25
Francis extra-rápida 301-450 25-15
Fonte: Vivarelli, 2008 [9]
Para entendimento das equações e o funcionamento das turbinas é de grande
importância definir claramente as componentes de velocidade do fluido nas seções de
entrada e saída das pás. Para isso, é útil a construção do Diagrama de velocidades ou
Triângulo de velocidades, conforme a figura (12) [9].
𝑢 = 𝜔. 𝑟 (3)
13
Onde ω é a velocidade angular e r o raio correspondente ao ponto considerado,
portanto u é influenciado pela geometria da pá e a velocidade de operação [9].
𝑛.2𝜋
𝜔= (4)
60
𝑉 = 𝑉𝑡 + 𝑉𝑛 (5)
Onde:
α: ângulo formado pela direção do vetor velocidade absoluto com o vetor da velocidade
tangencial da pá.
β: ângulo formado pela direção do vetor velocidade relativa com a diferença do vetor da
velocidade tangencial da pá e do fluido. Também chamado de ângulo de inclinação da pá.
14
Para obtenção do perfil do rotor, é necessário encontrar os pontos geométricos que
determinam as medidas reais mais importantes para a fabricação do rotor. Tais pontos serão
indicados de acordo com os cálculos e poderão ser plotados seguindo a imagem (13).
15
como variáveis de entrada os seguintes parâmetros: vazão, rotação, altura de queda. Tais
dados podem ser facilmente obtidos através do site da Itaipu [6].
A partir dos roteiros de cálculo, deverão ser obtidos relevantes para a fabricação de
um rotor, conforme segue a figura abaixo.
16
Para início do roteiro de cálculos, deve-se determinar o tipo de rotor hidráulico que
será dimensionado, de modo que se deve encontrar a velocidade especifica nqA, seguindo as
relações (6) e (7) a seguir.
10−0,00122.𝑧𝑏 − ℎ𝑠𝑢,𝑚𝑎𝑥
𝜎𝑚𝑖𝑛 = (6)
𝐻𝑛
Em que:
Zb - Altitude do nível mínimo do canal de fuga (m);
hsu,max - Altura de sucção máxima (m);
Hn - Altura de carga nominal (m).
Em que:
nqA - Velocidade de rotação específica (rad);
σmin - Coeficiente de cavitação mínimo de Thoma (rad).
17
Qr11 = nv . Q (8)
Onde:
Qr11 - Vazão corrigida para distribuidor totalmente aberto de acordo com o rendimento
volumétrico (m3/s);
nv - Rendimento volumétrico (rad).
H0,75
n
n = nqA . (9)
3.Q0,5
r11
Onde:
n - Rotação do rotor (rpm);
Hn - Altura de queda nominal (m);
3600
Zp = (10)
n
Onde:
Zp - Número de pás;
3600
nr = (11)
Zp
18
Q0,5
r11
nqAr11 = 3. nr . (12)
H0,75
n
Onde:
nqAr11 - Rotação específica corrigida (rpm);
Outro parâmetro importante para qualquer turbina é a sua rotação, que pode ser
calculada através de uma correção realizada em cima da rotação específica corrigida através
da equação a seguir.
nqAr11
nqr11 = (16)
3
Onde:
nqr11 – Rotação de projeto (rpm);
Como não foi suposto nada para o rendimento interno, pode-se calculá-lo neste
roteiro através da seguinte expressão:
ηi = (0,7183 + 0,005566. nqAr11 − 6,5417. 10−5 . nqAr11 2 + 2,0919. 10−7 )−0,5 + 0,0217
(17)
19
Em que:
ηi – Eficiência interna
Em que:
Qr– Vazão corrigida (m3/s).
Q0,5
r
nqAr = 3. nr . (19)
H0,75
n
Em que:
nqAr – Rotação específica com fluxo corrigido (rad).
H0,5
n Q0,5
r
D5e = 24,786. + 0,685. (20)
ηr H0,75
n
20
Para o cálculo do diâmetro externo da aresta de entrada (D4e), deve-se avaliar a
rotação específica com fluxo corrigido (nqAr) calculado através da expressão que se segue,
de modo que:
Se 60 ≤ nqAr ≤ 100:
D4e = (2,32 − 0,975. 10−2 . nqAr ). D5e (22.a)
21
Se 100< nqAr <350:
D3e = (1,255 − 0,633. 10−3 . nqAr ). D5e (24.b)
1
D4m = 2 (D4i + D4e ) (27)
1
D5m = 2 (D5i + D5e ) (28)
Partindo para as velocidades nas pás, as mesmas podem ser calculadas seguindo as
relações abaixo.
π.D4m .nr
u4m = (29)
60
9,81.Qr
cm = π.b (30)
0 .D3e
9,81.ηi .Hn
cu4m = (31)
u4m
Onde,
u4m – Velocidade tangencial da pá na seção média da aresta de entrada (m/s);
22
cm – Velocidade absoluta da pá na seção média da aresta de entrada (m/s);
cu4m – Componente tangencial da velocidade absoluta do fluido na seção média da aresta de
entrada (m/s);
cm
β4m = arctg (32)
u4m −cu4m
De acordo com Souza (2009) [1], nessa etapa, deve-se verificar a faixa de β4m. Se 70º
< β4m < 90, deve-se prosseguir com o cálculo normalmente, prosseguindo com a equação
(33). Se menor, reduzir D5e de 5% em 5% até que se atinja o intervalo desejado. Se maior,
aumentar D5e de 5% em 5% até que se atinja o intervalo acima. Note que ao recalcular D5e,
deve-se recalcular os parâmetros que dependem dele, para então avaliar o intervalo de β4m e
consequentemente, prosseguir com o cálculo.
Prosseguindo com o roteiro, calcula-se a cota Li, que é necessária para o traçado da
coroa interna.
A seguir, faz-se o traçado através da relação abaixo, variando xij de x até Li/4.
3
x x
yij = 1,54. D3i . √ Lij . (1 − Lij ) (34)
i ij
Para o traçado da cinta externa, calculam-se os parâmetros Le, L5e e yem conforme
descrito abaixo:
23
L5e = (0,26 − 0,21. 10−3 . ηqAr ). D5e (36)
0,162.(D3e −D5e )
yem = (37)
L L 3
√ 5e .(1− 5e )
Le Le
Para o traçado da cinta externa, utiliza-se a função abaixo, variando xej de 0 até Le/4,
em seguida de Le/4 até L5e e de L5e até Le.
xej xej 3
yei = 3,08. yem . √ L . (1 − ) (38)
e Le
24
Por fim, através da aplicação das equações a seguir, pode-se mensurar a potência
máxima no eixo e o diâmetro aproximado para o eixo.
9,81.Qr11 .Hmáx
Pe,max = (41)
ηi .ηm
3 Pe,max
d = 118. √ (42)
nr
O cálculo de número de pás fornecido pela equação (10), ainda que corrigido pela
equação (11) é um bom parâmetro para o roteiro, porém para fins práticos, ambas as
equações se distanciam muito dos valores reais. Portanto, optou-se por adaptar o roteiro de
modo que, para o cálculo de número de pás, utilizou-se a equação 2.6 (pág. 23) da
referência [1], que contabiliza parâmetros como o perfil das pás. Para o dimensionamento,
supôs-se o perfil Gottingen 428 com valores de rG = 0,378 e LG = 0,259. Logo:
rG β4m +β5m
Zr = 10. . sin ( ) (43)
LG 2
25
5. RESULTADOS
26
Para os rendimentos volumétrico (ηv) e mecânico (ηm), o seguinte critério será utilizado:
27
Figura 16 - Cotas de altura da usina de Itaipu
28
A altura de sucção, definida abaixo, foi estimada a partir do diâmetro maior da caixa
espiral. O hsu,max, portanto, deve ser pelo menos o raio da caixa espiral, cota, definida na
figura 16. O rendimento volumétrico e mecânico foram extraídos da tabela 3, assumindo
que a turbina a ser dimensionada é de grande porte.
29
Tabela 5 - Valores de hsu,max e as respectivas Pemax e ηi encontradas
hsu,max (m) Pemax (MW) ηi
-5 937 1,1029
-6 915,58 1,0782
-7 902,5 1,0628
-8 870,5 1,0251
-9 851,4 1,0026
-10 830,1 0,9775
-11 806,6 0,9499
-12 780,95 0,9197
-13 753,22 0,8870
-14 753,22 0,8870
-15 723,55 0,8521
-16 692,15 0,8151
-17 692,1 0,8151
-18 659,25 0,7763
-19 625,17 0,7362
-20 625,17 0,7362
-21 590,2 0,6950
-22 590,2 0,6950
-23 590,2 0,6950
-24 554,7 0,6532
-25 554,7 0,6532
-26 518,98 0,6112
-27 518,98 0,6112
-28 518,97 0,6112
-29 483,38 0,5692
-30 483,38 0,5692
-31 483,38 0,5692
-32 448,2 0,5278
-33 448,2 0,5278
-34 448,2 0,5278
-35 448,2 0,5278
-36 413,73 0,4872
-37 413,73 0,4872
-38 413,73 0,4872
-39 413,73 0,4872
-40 NaN NaN
Fonte: Próprio autor
30
Avaliando os resultados da tabela acima, foi possível notar que, com os dados de
projeto escolhidos, o método só é aplicável a partir de hsu,max = -10 metros.
Sendo assim, a fim de decidir sobre qual hsu,max usar no dimensionamento produziu-
se uma curva de potência por hsu,max a fim de observar o comportamento dessas variáveis.
Observando o gráfico, foi possível notar que a potência aumenta com a redução do
módulo de hsu,max. Dessa forma, optou-se pelo uso de hsu,max = -10 m, pois esse valor
representa a maior potência gerada possível:
Através das fórmulas e critérios listados no item 4.3 e um programa de cálculo
numérico, calculou-se duas naturezas de dados: os primários, calculados diretamente
através dos dados de entradas, e os secundários, calculados a partir dos dados primários.
31
Tabela 6 - Resultados primários para hsu,max = -10
Parâmetro Resultados
n (rpm) 107,4210
nqA 234,6598
nqAr 212,2629
nqAr11 231,2987
nqr11 (rpm) 77,0996
nr 105,8824
Qm (m3/s) 473,8578
Qr (m3/s] 575,2892
Qr11 (m3/s) 683,1
σm 0,1389
σmin 0,1699
Zp 33,5130
Zpr 34
hsum (m) -6,3331
ηi 0,9775
Fonte: Próprio autor
32
Tabela 7 – Resultados secundários para hsu,max = -10
Parâmetro Resultados
b0 (m) 2,0740
β4m (º) 75,9076
β5m (º) 55,1446
cm (m/s) 41,8654
cu4m (m/s) 28,8483
d (m) 2,3441
D3e (m) 8,4361
D3i (m) 7,5513
D4e (m) 7,4378
D4i (m) 6,7608
D4m (m) 7,0993
D5e (m) 7,5293
D5i (m) 2,9906
D5m (m) 5,2593
L4e (m) 0,9704
L4i (m) -10,4550
L5e (m) 1,6217
Le (m) 4,0665
Li (m) 20,4156
Pemax (MW) 830,11
u4m (m/s) 39,3582
u5m (m/s) 29,1573
yem(m) 0,4998
Fonte: Próprio autor
Observando os resultados acima, notou-se um valor de cota negativa (L4i) algo que
deveria ser impossível de acontecer. Foi verificado que, para qualquer valor de nqAr na faixa
de utilização da correlação, L4i sempre é negativo.
Sendo assim, juntamente com o professor orientador do trabalho, foi proposta uma
solução para tal problema, o expoente do segundo termo da equação (39.b) foi substituído
de -3 para -4, assumindo a configuração abaixo:
L4i = (2,353. 10−6 . ηqAr 2 − 8,667. 10−4 . ηqAr + 0,328). D4e (44)
33
Adicionalmente, ainda que hsu,max = -10 metros apresente a maior potência gerada,
os resultados não são os mais próximos da potência fornecida pela Itaipu. Devido a isso, foi
aplicado o método descrito no item 4 para hsu,max = -15 metros, resultando nos dados
listados abaixo:
34
Tabela 3 - Resultados secundários para hsu,max = -15
Parâmetro Resultados
b0 (m) 2,0717
β4m (º) 73,4291
β5m (º) 58,4483
cm (m/s) 46,9808
cu4m (m/s) 25,2365
d (m) 2,1477
D3e (m) 7,5900
D3i (m) 6,6893
D4e (m) 6,6305
D4i (m) 5,8523
D4m (m) 6,2414
D5e (m) 6,8870
D5i (m) 2,2957
D5m (m) 4,5913
L4e (m) 0,9083
L4i (m) 1,6971
L5e (m) 1,4412
Le (m) 3,2974
Li (m) 19,3880
Pemax (MW) 723,55
u4m (m/s) 39,2160
u5m (m/s) 28,8482
yem(m) 0,4079
Fonte: Próprio autor
35
cu4m: velocidade tangencial do fluido na entrada (Vt)
cm: velocidade normal do fluido na entrada (Vn)
u4m: velocidade tangencial da pá na entrada (u)
β4m: ângulo de inclinação das pás a entrada (β)
1
H = (u1 . Vt1 − u2 . Vt2 ) (45)
g
Onde se espera que a velocidade tangencial na saída seja nula, ou seja, apresente
somente componentes normais de velocidade. Com isso, pode-se afirmar que a velocidade
normal se mantém constante, uma vez que a vazão é constante.
Pode-se ver nas figuras 19 e 21 que a velocidade V é perpendicular com a
velocidade u, mostrando que o fluido sai na direção axial do rotor.
36
Figura 19 – Diagrama de velocidades para saída, com hsu,max = -10
37
Figura 21 – Diagrama de velocidades para saída, com hsu,max = -15
Com base no site da Itaipu [6] é possível verificar o quanto os dados obtidos diferem
do real na tabela abaixo.
38
6. CONCLUSÃO
Tendo em vista a tabela 10, é possível dizer que o método utilizado não diverge
muito do real, contudo deve-se atentar a alguns aspectos inerentes ao roteiro como o
número de pás e o parâmetro L4i. A preocupação referente ao número de pás (Zpr) pôde ser
contornada através do uso de uma equação adicional que apresenta convergência razoável
com os dados reais. O fator L4i foi corrigido de modo conveniente, pois se mostrava
inconsistente do modo apresentado pelo autor e, portanto, sugere-se um estudo mais
aprofundado do equacionamento.
Deve-se atentar também ao valor de hsu,max, pois ele se mostrou ser um dado com
grande influência, sobretudo, sob a potência. Como não foi possível defini-lo precisamente
através das referências o que apresentou melhores resultados, aproximando-se da usina de
Itaipu foi o valor de -15 m.
Dessa forma é possível dizer que apesar do método trazer alguns problemas os
resultados se aproximam dos valores reais, e, portanto, se mostrou bem consistente.
Entretanto, em diversas ocasiões foi necessário comparar os resultados obtidos com os
dados reais, logo, pode-se dizer que há a necessidade de parâmetros previamente bem
estabelecidos para que o método cumpra a proposta apresentada. Portanto, com o uso de
outras correlações para complementa-lo, o roteiro se torna um bom parâmetro para o
primeiro projeto de uma turbina para uma usina hidrelétrica.
39
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] SOUZA, Zulcy de. Projeto de máquinas de fluxo. 1. ed. Rio de Janeiro: Interciência,
c2011.
[3] FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 5. ed.
Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2001.
[4] WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 6. ed. Porto Alegre, RS: AMGH, 2011.
[10] HENN, Erico Antônio Lopes. Máquinas de fluido .2. ed. - Santa Maria, Ed. da
UFSM, 2006.
40
[11] ALVES, Gilberto Alves. AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO
DE UMA MICROCENTRAL HIDRELÉTRICA, PARA ATENDER
CONSUMIDORES LOCALIZADOS EM REGIÕES ISOLADAS. UNESP – CAMPUS
DE BOTUCATU. 2007. Disponível em: <https://docplayer.com.br/45455275-
Universidade-estadual-paulista-julio-mesquita-filho-faculdade-de-ciencias-agronomicas-
campus-de-botucatu.html>. Acesso em: 02 de nov. 2019.
41