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Movimento
Profético
Cleuza S. Nogueira
Teologia Bíblica – Os Livros Proféticos Posteriores
Apresentação
Elaboramos este E-book para tornar a riqueza deste material mais acessível,
Capítulo 1
Os Profetas
I - Dados Históricos
1. Etimologias e Denominações:
nabi
__________________
(¹) W.F. Albright, from the Stone Age to Christanity, Baltimore 1946, págs. 231-232.
Teologia Bíblica – Movimento Profético
ro'eh – Além do termo nabi, encontra-se em hebraico: ro'eh (vidente) que era
corrente no tempo de Samuel, “o vidente” por excelência (1 Samuel 9. 11; 18.19).
A partícula “pro” que entra na composição da palavra grega “prophètès” (tradução
grega dos setenta) não é o “pro” temporal (dizer de antemão), mas antes o “pro”
substitutivo (dizer no lugar de; por analogia de prostatès). Assim o profeta seria o
porta-voz ou o arauto de alguém; o termo grego nos indicaria mais um pregador do
que um previsor, um adivinho. Ainda há quem pense num “pro” local: o profeta
seria “o que fala diante (de uma multidão)”, aquele que proclama, o anunciador.
De Samuel a Amós
Só se pode aqui esboçar a história do movimento profético de Samuel a Amós.
Davi se apoia sobre dois representantes da ideia teocrática, herdeiros de Samuel:
Natã (2 Sm 1-17;12.1-15; 1 Rs 1-2) e Gad ( 1 Sm 22.5; 2 Sm 24).
Sob Salomão parece constituir-se uma oposição profética que se manifesta em Aías
de Silo, o anunciador do cisma de 931 (1 Rs 11.29-39). Em suas intervenções
múltiplas, num e noutro reino, percebe-se uma inspiração comum: eles querem
manter os valores antigos característicos da *(¹)anfictionia, igualdade e justiça que
ameaçam a civilização real, paz que destrói a divisão, simplicidade severa do ritual,
unidade religiosa.
Aías condena a casa de Jeroboão por suas iniciativas cultuais (1 Rs 14.1-19).
Semeias impede Roboão (931-913) de reconquistar o Norte (1 Rs 12.21-24); ratifica
assim a separação e aconselha as relações fraternas entre os dois reinos.
Sob Jeroboão ainda, um profeta anônimo irá amaldiçoar o altar de Betel (1 Rs 13. 11-
32).
No Norte, Jeú *(²)ben Hanani anuncia o fim do usurpador Baasa (1 Rs 16.1-4, 7-13).
________________
*(¹) anfictionia → Direito que tinha certas cidades da Grécia de enviar um deputado ao Conselho dos
Anfictiões. Anfictião → representante de cada um dos estados gregos confederados. Os anfictiões reuniam-
se para deliberar sobre os negócios gerais.
3. Profetas e Profetas
Há primeiramente, ao lado deles,ou diante deles, um profetismo institucional, oficial:
➔ Profetas acompanham o rei em suas mudanças (1 Rs 22);
➔ Recitam no curso das cerimônias do templo seus oráculos de vitória (Sl 60);
➔ Fazem parte dos quadros da nação ( 2 Rs 23.2);
➔ Emitem vaticínios nos átrios dos santos (Jr 28, Ne 6.12) em que um sacerdote é
encarregado da vigilância (Jr 29.26).
Seu nível espiritual não é forçosamente baixo. Havia um “profetismo médio”. Mas
eles eram facilmente inclinados, por posição, a identificar em todas as conjunturas a
causa real com a causa de Javé.
Assim, os profetas de vocação se opuseram frequentemente a eles (Am 7.14)
Miquéias, Isaias, Jeremias e Ezequiel) antes que Zacarias anunciasse o
desaparecimento deles (Zc 13.1-6).
As regras do discernimento dos espíritos dadas pelo Dt 13.1-6; 18.15-22 os visam
concretamente. Tratá-los indistintamente de falsos profetas seria exagerado.
Doutra parte, a autoridade dos grandes profetas tende a se estabelecer sobre grupos.
Nós já encontramos os “filhos de profetas” com Eliseu (2 Rs 2.15;4.38;9.1-3). Is 8.16
mostra que Isaías formou em torno de si uma sociedade de discípulos.
Nestes grupos privilegiados se conserva e se explora o pensamento dos mestres: é a
eles que devemos a publicação dos oráculos. É assim que existe uma escola isaiana.
Pode-se perguntar, enfim, se a ideia da linha profética não é senão uma construção
artificial. É um fato, porém, que os profetas apelam sem cessar para seus precursores
(Jr 7.13-25; Zc 7.7) e tira deles seus oráculos. É um fato que Oséias e Miquéias nos
remetem a Moisés, o homem da Aliança, isto é, de uma religião histórica gravitante
sobre um ser pessoal, moral e exclusivo. Esta transcendência do javismo é a razão do
fato profético que já o eloísta prolongou até às origens do povo escolhido. De fato o
termo nabi teve uma tal aura que não se hesitou em denominar assim Abraão (Gn
20.7), os patriarcas (sl 104, 105), o pagão Balaão (Nm 22-24:E) e sobretudo Moisés,
o protótipo dos profetas (Dt 34, 10-12; Ex 12.2:E) Mas é a partir da instalação em
Canaã que o profeta é considerado como permanente (Dt 18.9-22). A partir daí, a
Teologia Bíblica – Movimento Profético
_______________
(¹) P. DE LABRIOLLE, La crise montaniste, Paris 1913, págs. 558-561.
(²) G.HÖLSCHER, die propheten: Untersuchungen zur Religionszeschichte Israels, Lipsia 1914.
(³) H.GUNKEL,Die propheten, Gotinga 1917.
2. A Consciência Profética
O testemunho espontâneo da consciência profética
Jeremias tentou analisá-la com uma precisão muito notável para um semita: ao
elemento humano, fraco e tímido, se sobrepõe o elemento divino, cheio de domínio e
de majestade. A revelação divina é apresentada como um impulso irresistível (Jr 20.7
e 9; Am 3. 3-8) e acompanhada de uma certeza (Jr 15.19) que não se desmente em
face da morte (Jr 26.12 ss).
Uma tal consciência supõe um fundo de intimidade e de comunhão entre Deus e o
profeta. “Desde que verdadeiros e falsos profetas dão provas de uma 'psicologia
anormal' e que todos prevêm o futuro, a natureza da profecia não se há de definir em
função destas coisas. Aquilo que é realmente vital, é a relação com o Deus do
profeta e com sua palavra. . O profeta propriamente dito é um homem que conheceu
Deus na imediatez da experiência, que se sentiu invencivelmente constrangido a
emitir aquilo que, na sua convicção profunda, era a palavra divina; um homem cuja
palavra era no fundo uma revelação da natureza e da vontade de Deus.
Jeremias foi um verdadeiro profeta na medida de sua experiência de Deus, e a
medida desta experiência era a mesma de sua receptividade e de sua resposta”.
(H.H.Rowley).
_____________
Nota - A missão profética tinha que sobrepujar todas as coisas. Falava aos homens o que Deus queria e não o
que as pessoas queriam ouvir.
Teologia Bíblica – Movimento Profético
“Kô 'amar Yahvé'” - a explicitação normal de uma vocação inicial. É notável como o
“Assim fala Javé” era comum aos profetas autênticos e aos que nos acostumamos a
chamar de falsos profetas. A leitura de Jr 28 é bem sugestiva sob este aspecto.
Ananias era um profeta de Javé, mas jogava com uma concepção muito material e
mecânica da Aliança. O choque de duas fórmulas introdutórias endossando
anúncios contrários não podia, é bem evidente, esclarecer o público crente.
Assim, Jeremias apela para dois critérios capazes de autenticar a sua missão: o
primeiro é a realização dos acontecimentos preditos (28.15-17); o segundo é
conformidade à doutrina tradicional, proclamando que o verdadeiro profeta anuncia a
infelicidade (28.7-9), Jeremias implicitamente evoca o fato do pecado, que é a causa
da infelicidade e que esteve sempre, desde Samuel, Elias e Amós, no primeiro plano
da mensagem profética.
Ora, o Deuteronômio tinha já dado os dois critérios de que se utiliza Jeremias.
Primeiramente a realização das profecias (Dt.18. 15-22). Como as profecias eram,
muitas vezes, a longo prazo, era necessário poder anunciar acontecimentos de
realização mais imediata para que ela autenticasse a missão do profeta (Jr 28.15-17;
20.6; 44.29-30; 45.5).
O segundo critério, e o mais importante, residia na doutrina e na vida do profeta (Dt
13.1-5): elas deviam estar na linha do puro javismo. Santo Agostinho disse certa vez:
“Fora da unidade, mesmo aquele que faz milagre, não é nada.” Ou como disse
Pascal: “A doutrina qualifica o milagre”.
Teologia Bíblica – Movimento Profético
1. Os Gêneros Proféticos
Os profetas servem de formas literárias variadas: parênese, parábola, visão, relato,
diálogo, oráculo, torá, sapiência, canto, prece, “confissão”, carta, hino.
O oráculo
O oráculo é uma declaração solene feita em nome de Deus. Neste sentido geral,
pode-se encontrá-lo nos lábios dos sacerdotes, sobretudo para as decisões de justiça.
Entre os profetas, ele diz respeito a um acontecimento feliz ou infeliz que deve
sobrevir num futuro próximo ou remoto (Jr 19.11; 28.16). Distinguem-se
ordinariamente os oráculos pela presnça das fórmulas de introdução e conclusão . O
“Kô 'amar Yahvé” evoca fórmulas similares usadas no Oriente antigo a propósito das
declarações tidas como feitas pelos deuses (assim em Mari o discurso divino é
introduzido por Kiam iqbi(m), ou emanente dos soberanos (2 Rs 18.19). É também
uma fórmula epistolar. O conteúdo da carta é supostamente confiado ao destinatário;
donde a precisão “E tu dirás” (Jr 8.4).
A declaração é geralmente acompanhada de sua motivação moral: aí se apreende o
gênio do javismo. O motivo precede a declaração de preferência nos oráculos de
desventura (Os 9.10-12; 12.12). Ele a segue ordinariamente nos oráculos de ventura,
em que a atenção é assim atraída sobre a certeza daquilo que é anunciado.
(O oráculo não é necessariamente um vaticínio, isto é, profecia para o futuro, porém 90% refere-se ao futuro).
A Exortação ( Pode ser que a palavra Admoestação traduza melhor este subtítulo)
A exortação, segundo os críticos atuais, seria um gênero secundário com relação ao
precedente, mas isto não concerne senão à pré-história literária: Amós contém
exortações. O tom é então o do pregador que procura convencer: “Escutai...” (Jr 7.2).
A desventura é apresentada como evitável e a felicidade possível. O apelo ao coração
é fundamental neste gênero em que sobressai Oséias. Mas é difícil distinguir
formalmente a exortação profética do sermão sacerdotal, ao qual se ligam as
parêneses do Deuteronômio.
Outros Gêneros
Também é preciso assinalar os relatos autobiográficos, pois os profetas se sentiam na
obrigação de transcrever suas experiências fundamentais ou os incidentes mais
importantes de sua carreira. Esta maneira de proceder é antiga e se percebe já com
Miquéias ben yimla (1 Rs 22.17-21). O gênero se tornará puramente literário no nível
da apocalíptica. As descrições de visões e de sonhos, ocupam um lugar cada vez mais
absorvente desde o Exílio (Ezequiel, Zacarias); elas se tornarão um processo habitual
nos apocalipses. A lírica, em particular a imitação dos Salmos penitenciais (Os 6.1s;
Jr 14, ou hínicos (segundo Isaías) atesta os laços dos profetas com os meios cultuais;
mas a reflexão sapiencial não falta também (Jr 17.5-11; Ag2.15-19).
Teologia Bíblica – Movimento Profético
As ações simbólicas
Devemos nos despir da mentalidade ocidental para fazermos uma leitura das ações
simbólicas. A finalidade das ações simbólicas é encarecer diante do público as
afirmações dos inspirados, forçando a atenção. É tornar enfática suas afirmações,
através de ações que exemplificam ou confirmam o que foi profetizado. Jesus mesmo
utiliza tal processo quando amaldiçoa uma figueira, na véspera de sua Paixão (Mc
11.12-14). Esta teoria “pedagógica” das ações simbólicas se verifica também no caso
da jarra partida de Jeremias (19.1-3). Ainda podemos citar:
→ Aías que rasga seu manto novo (1 Rs 11.29-39);
→ os cornos de ferro de Sedecias (1 Rs 22. 10-12);
→ Joás que lança uma flecha e fere o solo (2 Rs 13.14-19);
→ Neemias que agita seu manto (Ne 5.12-13);
→ Agabos que liga as próprias mãos e pés (At 21.10-13)
→ Em alguns dentre eles, é a própria vida pessoal que se torna símbolo e sinal do
futuro que eles anunciam: assim, a vida conjugal de Oséias. É que eles pensam
empenhar a si mesmos inteiramente em suas mensagens. Isaías diz: *“Eis que eu e
meus filhos que Deus me deu, somos sinais e presságios em Israel” (8.18).
2. A Literatura Profética
Os profetas se preocuparam em escrever para produzir mais impressão sobre o povo
(Jr 36); e também para que pudesse verificar mais tarde suas predições (Is 30.8). É
preciso conceber a primeira literatura profética a circular em folhas volantes. O
trabalho complexo da edição se faz nos círculos de discípulos que ajuntaram
elementos, fragmentos de coleção e, finalmente, arrumaram o material, segundo um
plano que se deve examinar, em cada livro.
Quando se examina a composição dos livros proféticos, é preciso neles distinguir três
espécies de elementos de base:
O material oracular, cujos elementos são frequentemente ligados por “palavras
-colchetes” ou por afinidade de assuntos;
As passagens biográficas (Er Berichten), por ex. (Os 1; Is 7).
As passagens autobiográficas (Ich Berichten),por ex. (Os.3; Is.6).
Encontram-se estes elementos em Amós, Oséias, Isaías, Jeremias,. Não se encontra
senão o primeiro (Oráculos) em Joel, Naum, Sofonias e Zacarias. 9-14. Em Miquéias
e Habacuque encontram-se, além do primeiro (oráculos), vestígios do terceiro (Ich
Berichten) (Miq 3.1; Hb 1.2-2, 4). Quanto a Ageu, ele está em Er Bericht, mas sem
dúvida, artificialmente, tendo o profeta dado a seus dizeres uma forma objetiva e
mais solene. Deve-se observar que na apocalíptica somente os dois últimos
permanecem (sobretudo o terceiro).
* Grifo meu.
Teologia Bíblica – Movimento Profético
Contribuição Teológica
O contingente teológico dos profetas é imenso. A eles se deve o fato de ter-se melhor
conhecimento de Deus em sua unidade, sua espiritualidade, sua transcendência, sua
onipotência, sua justiça, sua bondade, sua proximidade. Eles discerniram os
mistérios do pecado e da graça, precisaram a natureza da sanção. Marcaram o
progresso do “personalismo”, evocaram e esperaram a comunidade da salvação,,
escrevendo como que a pré-história da Igreja.
Apesar dos erros e das impotências de seu tempo, eles marcharam às apalpadelas em
direção de Cristo, termo da história e Perfeição que eles não puderam senão
vislumbrar.
Eles se situaram nas fontes da moralidade; mostraram que a moral era assunto do
coração.
Estas palavras de Miquéias (6.8) definem a ótica profética. Aquilo que Javé quer é a
justiça (Amós); o amor (Oséias), a fé (Isaías); a conversão do coração (Jeremias); a
moral se interioriza.
Os profetas foram os denunciadores do pecado. Eles talvez tenham sido tentados
muitas vezes a descrever em cores sombrias seus contemporâneos. A pintura é negra
em Jeremias (13.23) e Ezequiel. Mas é a partir daí que estes dois profetas são levados
a descobrir entre a graça de Deus e a renovação moral do homem relações que seus
predecessores não tinham suspeitado: Javé, segundo Jeremias 24.7; 32.39 dará um
coração novo aos israelitas (cf. Ez 36.26 s). Vê-se que em definitivo o otimismo dos
profetas tem uma base sobrenatural. Eles acreditaram no triunfo da justiça e da
moralidade neste mundo, porque tal é o desígnio de Deus e porque Deus tem o poder
de fazê-lo triunfar; e eles começaram a realizar em si este ideal.
Os Profetas e o Culto
Sob o ponto de vista do culto e dos ritos, os profetas retificaram também o pendor de
Israel para uma concepção automática e formalista. Eles impregnaram o culto de
moral. Não se lerá neles uma condenação absoluta do ritualismo, como o queria a
escola liberal (Skinner, 1922). Miqueias 6.8 quer convencer que o culto não é o
elemento essencial da verdadeira religião. Se isto é expresso muitas vezes de forma
abrupta e um pouco paradoxal, é que nós nos encontramos diante do gênero literário
Teologia Bíblica – Movimento Profético
da sentença, cuja lei da hipérbole o próprio evangelho respeitou (Mt 5.30;6.3). com o
auxílio desse princípio se interpretará as passagens da Amós 5.24-25; Jr 7.21-23 que
parece se referir ao enunciado do decálogo de Ex 20 e Os 6.6.
“Eu quero amor e não o sacrifício,
o conhecimento de Deus antes que os holocaustos”.
A escola escandinava, há uns 30 anos, reagiu contra a escola liberal e supôs laços
estreitos entre os profetas e o culto. S. Mowinckel foi o iniciador desta verdadeira
revolução nos seus estudos sobre os salmos(¹). A presença de trechos oraculares no
saltério (Sl 60, 75, 82, 110) e inversamente, a presença de liturgias na literatura
profética (Hb 3; Jl 1-2; Os 6.1s; Jr14) Indicariam, segundo ele, que os profetas
pertenciam a guildes cultuais e tinham uma função permanente no cerimonial do
Templo. Passagens como Jr 20.1;29.6;35.4; Ne 6.14; Zc 13.2-6 seriam sugestivas a
este respeito. Ver-se iam assim, emergir os profetas cultuais: Ageu, Zacarias, Joel.
A fusão se daria com os nabis , exaltados do tempo de Samuel, espécie de religioso
dos santuários antigos; e os guildes de levitas postos em cena pelo cronista seriam,
em seu papel de nabis (1 Cr 25.1-3); 2 Cr 20. 14s), uma sobrevivências das
antigas associações de profetas. A ideia de Mowinckel foi retomada , não sem
exagero, por P. Humbert, que considera o livro de Habacuc como o libreto de
uma liturgia, praticada no templo de Jerusalém por volta de 602 e dirigida em
grande parte contra o rei Joaquim (²).
Esta reação crítica, malgrado seus exageros, se revelou salutar. Se é difícil anexar os
grandes profetas a associações cultuais, será, desde então, não menos difícil
transformá-los em opositores radicais do culto como tal.
4. Os Profetas e Cristo
Para Cristo, os profetas preparam um povo. Eles delinearam além disto sua figura de
modo maravilhoso. Cristo mesmo não se compreende se nós o isolamos da
perspectiva deles. Jesus aceitou ser confundido com um dentre eles vindo novamente
sobre a terra (Mt 16.14); ele tomou suas atitudes que eles, se fidelidade e de crítica,
diante da religião nacional (sábado, dízimos, pureza, lei, casuística dos rabinos);
deles adotou a língua vigorosa (Mt 23)e as maneiras que forçavam a atençao (Mc
11.13 s); viu sua missão à luz deles (Lc 4 17-21; Mt 23. 29-38 ). No dia da
transfiguração, Moisés e Elias, a seu lado, são como o resumo do cortejo profético do
Antigo Testamento... Ele é o profeta por excelência, reformador supremo cuja
mensagem evangélica deu à história sua direção definitiva (At 3.22-26; 7.37).
Conclusão
ANEXO
Profetas e Reis de Israel (Reino Unido)
Profeta: Profetas: Profeta:
Samuel Samuel, Natã e Gade Aías
Reis
Saul Davi Salomão
1051(ou 1043)-1011 (40anos) 1011-971 (40 anos) 971-931 (40 anos)
Reino Dividido
Reino de Israel (Reino do Norte)
Profetas:
ELIAS – 876-852 ELISEU – 852-796
Aías – 931-906
Jeú - 891- 865 Micaías
Ido - 921-902
REIS DE ISRAEL
Onri Jeorão
Jeroboão Nadabe Baasa 885-874 Acabe Acazias (Jorão) Jeú Jeoacaz
931-910 910-909 909-886 874-853 853-852 852-841 841-814 814-798
Ela Zinri Tibni
886 885-880
931-910 910-909 909-886 885-874 874-863 853-852 852-841 841-814 814-798
REIS DE JUDÁ
Roboão Abias (Abião) Asa Josafá Jorão Rainha Atalia Joás (Jeoás)
931-913 913-911 911-870 873-848 853-841 841-835 835-796
931-913 913-911 911-870 873-848 853-841 841-835 835-796
Teologia Bíblica – Movimento Profético