Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Aparte: falas destinadas apenas ao público e não são ouvidas pelas outras
personagens.
Ato: parte de uma peça teatral que corresponde a um ciclo de ação completo;
separa-se dos demais por um intervalo e é, por sua vez, subdividido em
quadros e cenas.
Buraco: o termo mais comum para definir o espaço vazio que se forma na cena
quando o(s) ator(es) esquecem ou erram o texto e nada improvisam para
preencher. Também forma-se um buraco (ou lacuna) na cena que tem ritmo
muito mais lento do que o necessário, como por exemplo nos diálogos em que
os atores esperam muito tempo para dizer suas falas.
Caco: fala improvisada para consertar algum erro ou substituir algum elemento
ausente, seja no texto ou na cena. Caco também é a fala inexistente no texto
da peça mas que o ator introduz no desenrolar cena. O excesso de cacos é um
dos causadores da poluição cênica e pode ser sinal de falta de domínio do
texto por parte do ator. Um caco que passa a repetir-se em cada apresentação
não mais como improviso deixa de ser um caco para ser uma alteração
planejada, configurando assim uma adaptação do texto ou licença poética.
Cenário único: cenário que serve, sem mutações ou mudanças para todos os
quadros e cenas de uma peça.
Cenário: com porta cenário no qual se instala uma bandeira de porta para os
fins de entrada e saída dos personagens.
Cortina à italiana: cortina que se abre do meio para os lados, por um simples
franzido mediano, sem o deslizamento lateral da cortina à grega e sem subida
total para o urdimento.
Cortina à polichinelo cortina que se abre enrolada de baixo para cima sobre um
rolo preso à sua bainha inferior.
Cortina: pano em toda a largura do espaço cénico, que se abre para os lados
ou sobe verticalmente.
Deixa: a fala (ou outra marca) depois da qual um ator entra ou tem de proferir a
sua fala.
Didascália (ou rubricas): anotações feitas pelo autor do texto que determinam
ações e intenções (choramingando, sonolento, com raiva etc), a movimentação
em cena, até mesmo detalhes do cenário (como localização de uma porta ou
posição de uma cadeira), iluminação, sonoplastia e tudo mais. O excesso de
rubricas num texto prejudica a liberdade criativa do diretor e muitas vezes torna
um texto hermético, sem possibilidade de ser encenado sob diferentes ângulos
a menos que seja adaptado.
Ditirambo era uma das formas do teatro grego. Tinha como texto a poesia
lírica, escrita para ser cantada por um coro de muitos membros e, por vezes,
dançada. Realizava-se em cerimônias de homenagem ao deus dionísio.
Engolir um ator em cena: diz-se que um ator engoliu o outro em cena quando
se destaca mais ao ponto de tornar-se mais marcante. Um ator mais experiente
que interpreta um papel secundário tende a engolir os outros sem querer,
mesmo que estejam em papéis principais, simplesmente por sua presença de
palco mais firme e forte. Há quem use o termo "engolir" para um cenário
exageradamente elaborado que diminui a presença do ator.
Entreato: o intervalo entre um ato e outro.
Fraldão: grande peça de cenário que se coloca nas laterais do palco a fim de
evitar uma visão devassada das coxias.
Leitura de mesa: reunião com o elenco para a primeira leitura do texto, cada
actor com a sua fala lida com entonação normal, para o conhecimento do seu
papel e de toda a peça.
Palco elizabetano: palco em que o espaço cénico fica entre sectores da sala
destinados aos espectadores, que o envolvem por três lados.
Palco: parte da caixa do teatro que fica entre o urdimento, em cima, e o porão,
em baixo. Compreende o espaço cénico, a boca de cena, o proscénio, as
coxias, etc.
Panfletagem: termo julgado pejorativo por muitos, fala do teatro que prega um
ideal, como posições políticas, filosóficas e religiosas. Uma peça
autenticamente panfletária carece do ideal artístico e mais se assemelha a uma
peça publicitária que intenta vender um produto.
Pano de boca: grande telão que se faz subir ou descer na frente do velário, no
início e no fim de um ato ou da peça. Nota: em alguns teatros serve de suporte
a cartazes e anúncios, caso em que é baixado para ser visto sempre que
possível.
Peça: texto escrito para ser encenado, ou a encenação desse texto, podendo
se dividir em actos, quadros e cenas.
Perna: fraldão de pouca largura que pende da mesma vara de uma bambolina.
Ponto: uma pessoa escondida que sussurra o texto ao ator no evento de tê-lo
esquecido.
Porão: parte da caixa do teatro que se encontra por baixo do palco. Nota: o
porão pode, por sua vez, ter mais de um pavimento, que se numera de cima
para baixo, sendo o primeiro porão o que se localiza imediatamente abaixo do
palco.
Proscénio: parte anterior do palco, que avança desde a boca de cena até o
fosso da orquestra.
Quadro: uma das divisões do ato, havendo mudança de quadro toda vez que
há modificação no cenário. A subdivisão do quadro é a cena.
Trainel: elemento cenográfico plano constituído por uma lona ou tela que se
prega sobre uma armação de sarrafos.
Velário: cortina grande e luxuosa que se monta logo depois dos reguladores-
mestres, e que se utiliza para marcar o início e o fim da peça.