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Peter D.

Lausevic

A dieta para a
última geração

Tradução: Dorval Fagundes

1ª edição
2020
2
Sumário
Introdução ............................................................ 4
Restauração.......................................................... 9
Preparados para receber a Jesus........................ 22
O pote de maná .................................................. 30
As panelas de carne do Egito .............................. 36
Escrito para o nosso tempo ................................ 44
Uma prova de comunhão................................... 49
Isso quer dizer “nunca”? ..................................... 57
Então, quando é a hora? .................................... 67
Apêndice ............................................................. 78
Referências bibliográficas ................................... 87

3
Introdução

C
omer e beber é uma parte muito im-
portante dos costumes e práticas de
todas as nacionalidades e grupos étni-
cos do mundo. Quando você pensa numa na-
cionalidade específica, também a associa a
um tipo específico de alimento que o povo
come. Nos Estados Unidos, as culinárias mais
populares que se podem encontrar são a me-
xicana, a italiana e a chinesa. Quando você vai
a bairros específicos em cidades maiores,
encontrará quase qualquer comida tradicio-
nal que quiser. Outro dia, enquanto eu visi-
tava uma embaixada em Washington, DC,
experimentei a culinária uigur no horário do
almoço. O prato vegetariano desse povo era
muito saboroso, mas bem diferente.
As escolhas dietéticas são apenas sim-
ples preferências humanas, ou Deus está
4
realmente preocupado com o tipo de comida
que comemos? Nos últimos anos, a ciência
tem se aproximado mais dos princípios bí-
blicos da dieta alimentar. Cada vez mais ali-
mentos têm sido identificados como mais
saudáveis e melhores para nós, enquanto se
recomenda que se evitem outros. Quando
Deus pensa na saúde de Seu povo, Ele real-
mente Se preocupa com nosso corpo.
“Amado, desejo que te vá bem em todas as
coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai
a tua alma.” 3 João 1:2. Deus está interessado
não apenas na alma do indivíduo, mas tam-
bém na saúde do corpo. “E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo.” 1 Tessalonicenses
5:23.

5
“O corpo deve ser mantido em boas
condições de saúde para que a alma o tenha.
A condição do corpo afeta a condição da alma.
Aquele que deseja ter força física e espiritual,
deve educar seu apetite no caminho correto.
Ele deve ter cuidado para não sobrecarregar
a alma, sobrecarregando suas faculdades fí-
sicas ou espirituais. A adesão fiel aos princí-
pios corretos no comer, beber e vestir é um
dever que Deus impôs aos seres humanos. “O
Senhor deseja que obedeçamos às leis da sa-
úde e da vida. Ele encarrega cada um do cui-
dado adequado do próprio corpo, para que
seja mantido saudável.”1
Deus quer que corpo e alma estejam em
perfeitas condições de operação, pois um
afeta o outro. Assim, quando vemos alguém
enfermo, seria realmente a vontade de Deus
que essa pessoa estivesse doente? Quando o
povo hebreu foi tirado do Egito, Deus lhes
6
prometeu saúde física sob a condição de obe-
diência. “E disse: Se ouvires atento a voz do
Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de
Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus
mandamentos, e guardares todos os Seus
estatutos, nenhuma das enfermidades porei
sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o
Senhor, que te sara.” Êxodo 15:26.
Você pode imaginar uma nação inteira
de pessoas saudáveis e felizes? “Se estives-
sem dispostos a negar o apetite em obediên-
cia às restrições divinas, fraqueza e doença
seriam desconhecidas entre eles. Seus des-
cendentes deveriam possuir força física e
mental. Eles teriam uma clara compreensão
da verdade e do dever, percepção aguda e
bom senso.”2 Em última análise, esse é o
plano de Deus para todos nós. “E morador ne-
nhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que

7
habitar nela será absolvido da sua iniquidade.”
Isaías 33:24.
— O autor.

8
Restauração

E
stamos vivendo nos últimos dias da
história da Terra. Ao avaliarmos os si-
nais dos tempos, podemos ver que este
planeta está maduro para a colheita. Deus
tem uma dieta especial a fim de levar Seu
povo a se preparar para a segunda vinda de
Jesus? “E envie Ele a Jesus Cristo, que já dantes
vos foi pregado, o qual convém que o Céu con-
tenha até aos tempos da restauração de tudo,
dos quais Deus falou pela boca de todos os Seus
santos profetas, desde o princípio.” Atos 3:20 e
21. Em torno das glórias de Sua segunda
vinda está a restauração de todas as coisas
que Deus criou, desde o início da história
deste mundo.
Ele tentou fazer isso com os judeus da
época de Jeremias. “Assim diz o Senhor:
Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai
9
pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e
andai por ele; e achareis descanso para a vossa
alma; mas eles dizem: Não andaremos.” Jere-
mias 6:16. Infelizmente, eles rejeitaram o
plano divino de Deus.
Então, quais são as veredas antigas em
que devemos andar a fim de encontrar des-
canso para nossa alma? Quais são as coisas
que precisamos restaurar — como eram no
princípio do mundo — no preparo para a
vinda de Cristo? No Éden, Deus providenciou
um belo jardim, puro de pecado. No Éden,
Deus instituiu o casamento. No Éden, deu-
nos o descanso sabático, e no Éden também
nos deu a dieta original. Todas essas coisas
devem ser restauradas. Este livreto abran-
gerá a restauração da dieta original.
Quando consideramos quais deveriam
ser os hábitos e práticas alimentares da úl-
tima geração, realmente precisamos
10
contemplar o plano original de nosso Cria-
dor. Qual era Seu desígnio original para o ser
humano em relação à dieta? Depois que
nosso Criador formou o primeiro casal a ha-
bitar este planeta, que alimentação reco-
mendou a eles? “E disse Deus: Eis que vos tenho
dado toda erva que dá semente e que está sobre
a face de toda a Terra e toda árvore em que há
fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão
para mantimento.” Gênesis 1:29.
Não havia alimento animal no plano
original para a alimentação humana. Mesmo
depois que o pecado entrou neste mundo,
continuou não havendo nenhum plano de
Deus, de introduzir alimentos de origem ani-
mal em sua dieta. A dieta primitiva incluía
todas as frutas e sementes das árvores. Após
a entrada do pecado, incluiu-se outro ele-
mento à dieta. “[...] E comerás a erva do
campo.” Gênesis 3:18. A introdução da “erva
11
do campo” se deu após a entrada do pecado.
Precisamos das ervas (os folhosos) especial-
mente por suas propriedades curativas. “Ele
faz crescer a erva para os animais e a verdura,
para o serviço do homem, para que tire da terra
o alimento.” Salmos 104:14. É incrível o que os
alimentos verdes, vivos, podem fazer
quando uma pessoa cede a doenças e enfer-
midades.
A humanidade não recebeu alimentos
de origem animal antes do dilúvio. Se com-
pararmos quanto tempo o homem viveu an-
tes e depois da permissão dos alimentos de
origem animal, conforme estão listados nos
capítulos 5 e 11 de Gênesis, veremos uma re-
dução dramática no tempo de vida dos seres
humanos assim que a carne entrou em cena.
Não era para benefício do homem comer ali-
mentos de origem animal, mesmo quando
foram permitidos.
12
“O plano nunca foi o de um animal
predar outro para poder se alimentar. Após a
queda, o hábito de comer carne foi tolerado a
fim de encurtar o período de vida da raça lon-
geva. Isso foi permitido por causa da dureza
do coração humano.”3
Se considerarmos a constituição física
de um ser humano em comparação com a de
um animal carnívoro, também se nota que o
homem não foi criado para ser carnívoro,
mas herbívoro. Seus dentes não são projeta-
dos para alimentos cárneos, mas pertencem
a um modelo de arcada dentária similar ao de
animais quem consomem uma dieta herbí-
vora. Nossos intestinos são longos, ao con-
trário dos intestinos de criaturas carnívoras,
que são naturalmente curtos, para uma di-
gestão rápida de alimentos cárneos. Quando
os subprodutos da carne passam para o in-
testino grosso de um ser humano, entram
13
em processo de putrefação. Basta pegar um
pouco de carne e deixá-la em temperatura
ambiente por cerca de 72 horas. O que resta
ao final do processo é semelhante ao que so-
braria, de alguma forma, no final do intes-
tino, quando os alimentos cárneos são con-
sumidos. Você realmente quer um negócio
desses em seu sistema digestivo? Não é de
admirar que existam tantas doenças causa-
das apenas pelo uso de alimentos de origem
animal.
Agora, pegue todas essas informações
e imagine um animal, que não é um consu-
midor primário, como seria uma vaca ou
ovelha, que se alimenta diretamente da
grama. Imagine um porco, que consome tudo
o que estiver à sua frente. O porco é natural-
mente um necrófago, e limpa o lixo do ambi-
ente.4 E se consumirmos a carne do porco? A
reação do organismo é ainda pior do que
14
quando se ingere a carne de um cordeiro. A
fim de limitar a reação dos alimentos cárneos
sobre o povo hebreu, Deus fez uma divisão
entre as carnes limpas e as impuras. “Nem o
porco, porque tem unhas fendidas, mas não re-
mói; imundo vos será; não comereis da carne
destes e não tocareis no seu cadáver.” Deutero-
nômio 14:8.
Que motivo levou ao estabelecimento
desses requisitos no capítulo 14 de Deutero-
nômio? A razão para essa distinção é dada al-
guns capítulos antes. “Quando o Senhor, teu
Deus, dilatar os teus termos como te disse, e dis-
seres: Comerei carne, porquanto a tua alma tem
desejo de comer carne; conforme todo desejo da
tua alma, comerás carne.” Deuteronômio
12:20. Portanto, se você está determinado a
comer carne de animais, seria menos preju-
dicial satisfazer seus desejos comendo ape-
nas animais que são consumidores primários
15
(cordeiros, bois, cabras etc.) a fim de limitar
as doenças que viriam como resultado.
Lembre-se de que o apetite por carne
ainda é chamado de “luxúria”5 no versículo
20. Em Deuteronômio 5:21, quando a Lei foi
repetida para todo o Israel ouvir, a mesma
palavra (“desejar” comer carne) é traduzida
como “cobiça”. “E não cobiçarás a mulher do
teu próximo; e não desejarás a casa do teu pró-
ximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a
sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento,
nem coisa alguma do teu próximo.” Em outras
palavras, Deus ainda chama isso de “pe-
cado”, visto que a cobiça é realmente pecado.
“Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo
nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão
pela Lei; porque eu não conheceria a concupis-
cência, se a Lei não dissesse: Não cobiçarás.”
Romanos 7:7.

16
“Foi apenas por causa de seu descon-
tentamento e murmuração quanto às pane-
las de carne do Egito, que lhes foi concedido
alimento animal, e isso apenas por um curto
espaço de tempo. Seu uso atraiu doenças e
morte a milhares. No entanto, a dieta restri-
tiva, sem carne, nunca foi aceita de coração.
Continuou a ser causa de descontentamento
e queixa, aberta ou secreta, e não se tornou
permanente. [...]
“Por se desviarem do plano divina-
mente designado para o regime alimentar, os
israelitas sofreram grandes prejuízos. Dese-
javam uma dieta à base de carne e colheram
os resultados. Não atingiram o ideal de cará-
ter divino nem cumpriram Seu propósito.”6
Será que Deus realmente forneceu al-
gumas leis que não eram boas para o povo
escolhido? “Porque não executaram os Meus
juízos, e rejeitaram os Meus estatutos, e
17
profanaram os Meus sábados, e os seus olhos se
iam após os ídolos de seus pais. Pelo que tam-
bém lhes dei estatutos que não eram bons, e ju-
ízos pelos quais não haviam de viver.” Ezequiel
20:24 e 25. “Por causa da contínua desobedi-
ência, o Senhor incorporou penalidades à
transgressão de Sua Lei, que não eram boas
para o transgressor, ou pelas quais ele não
deveria viver em rebelião.”7 Algumas das pe-
nalidades foram diretas e imediatas, en-
quanto outras tiveram consequências asso-
ciadas a elas, que demoraram para chegar à
completa realização. Portanto, Deus lhes deu
permissão para fazer coisas que não estavam
em Seu projeto original.8
“Repetidamente me foi mostrado que
Deus está trazendo Seu povo de volta ao de-
sígnio original, isto é, a não depender do
consumo de carne de animais. Ele quer que
ensinemos algo melhor às pessoas.”9
18
Por terem decidido pecar, Deus permi-
tiu que comessem alimentos cárneos, e lhes
deu leis ou permissões que não eram as me-
lhores. Assim, sofreram os resultados natu-
rais de suas ações. Por outro lado, em Sua
abundante misericórdia, Ele ainda limitou as
consequências de tal pecado, permitindo o
uso apenas de carnes limpas. Devemos con-
templar tudo isso e afirmar com Jesus: “Mas
no princípio não foi assim.” Mateus 19:8.
Mais uma coisa que Deus limitou
(neste caso, proibiu completamente) a fim de
ainda preservar de alguma forma a saúde de-
les, foi o uso de dois ingredientes mortais ao
organismo humano. “Será um estatuto perpé-
tuo para as vossas gerações, em todas as vossas
habitações, pois gordura nem sangue alguns
comereis.” Levítico 3:17. Essa restrição conti-
nuou válida no Novo Testamento. “Mas es-
crever-lhes que se abstenham das
19
contaminações dos ídolos, da prostituição, do
que é sufocado e do sangue.” Atos 15:20. O
povo hebreu, mesmo durante o tempo de
permissão, deveria realizar um processo
bastante rigoroso a fim de garantir que o
sangue não ficasse armazenado na carne de
um animal abatido para consumo humano.
Como eu pessoalmente nunca usei carne em
minha vida, tudo que sei a respeito é de ouvir
as pessoas me falarem sobre o uso da carne.
Elas costumam me dizer que, se o sangue for
completamente removido da carne, todo o
sabor vai embora com ele. “Eles podiam usar
na alimentação apenas os animais que esta-
vam em boas condições. Nenhuma criatura
que havia sido despedaçada, ou que tivesse
morrido por causas naturais, ou da qual o
sangue não tivesse sido cuidadosamente
drenado, poderia ser usada como ali-
mento.”10
20
E por que não se poderia comer a gor-
dura nem o sangue? A gordura está clara-
mente ligada a doenças cardíacas e à obstru-
ção das artérias. A doença cardíaca é a pri-
meira causa de morte nos Estados Unidos.
Imagine se as pessoas eliminassem apenas a
ingestão de gordura animal. Pensem no que
isso faria por sua saúde, e que efeitos isso te-
ria sobre o sistema público de saúde. E
quanto ao sangue? Todas as doenças de um
organismo vivo circulam pela corrente san-
guínea. Remova o sangue, e você limitará a
transmissão de doenças. Nosso Deus é pro-
fundamente zeloso. Mesmo quando o ali-
mento animal era permitido, ainda era gra-
cioso o suficiente para limitar as terríveis
consequências das enfermidades sobre os
que foram criados à Sua imagem, continu-
ando de alguma forma a restringir sua dieta
para o benefício deles. Que Deus amoroso,
“que perdoa todas as tuas iniquidades; que sara
todas as tuas enfermidades.” Salmos 103:3.
21
Preparados para receber a
Jesus

N
ossa obra de preparação como povo
também é avaliada sob a ótica da obra
de restauração que João Batista em-
preendeu enquanto preparava o caminho
para a primeira vinda de Jesus.
O caráter da obra de João foi predito em
Malaquias: “Eis que vos enviarei o profeta
Elias, antes que venha o grande e terrível dia do
Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos
filhos, e o coração dos filhos a seus pais.” Mala-
quias 4:5 e 6. Jesus atribuiu essa profecia a
João Batista, quando disse aos discípulos:
“Em verdade, Elias virá primeiro e restaurará
todas as coisas.” (Mateus 17:11). A obra res-
tauradora de João envolvia a temperança em
todas as coisas.

22
Sua reforma no vestuário e no regime
alimentar era uma característica marcante
de sua vida. “João se separou dos amigos e
dos luxos do viver. A simplicidade de sua
roupa, uma vestimenta tecida de pelo de ca-
melos, era uma repreensão permanente à
extravagância e à ostentação dos sacerdotes
judeus e do povo em geral. Sua dieta, pura-
mente vegetariana, composta por gafanho-
tos e mel silvestre, era uma repreensão à
condescendência com o apetite e à gula que
prevalecia por toda parte”.
A pena inspirada compara a obra de
João à nossa, hoje. “Os que devem preparar o
caminho para a segunda vinda de Cristo são
representados pelo fiel Elias, assim como
João, que veio no espírito de Elias para pre-
parar o caminho para o primeiro advento de
Cristo. O grande assunto da reforma deve ser
agitado, e a opinião pública deve ser
23
comovida. A temperança em todas as coisas
deve se ligar à mensagem, a fim de desviar o
povo de Deus de sua idolatria, gula e extrava-
gância no vestuário, além de outras coisas.”11
Quando Jesus disse que Elias certa-
mente viria e “restauraria (apokatastasis) to-
das as coisas”, descreveu a obra de João. Pe-
dro usa a forma substantiva do mesmo verbo
grego para descrever a época em que Jesus
retornará para concluir a obra de “restaura-
ção”. Assim como a tarefa de João envolvia
uma obra restauradora como parte do pre-
paro para a primeira vinda de Cristo, a nossa
também, no tocante ao preparo para a se-
gunda vinda. Na verdade, Isaías declara que o
povo de Deus destes últimos dias é “o repara-
dor de roturas, o restaurador de veredas para
morar.” Isaías 58:12.
A ideia de que uma dieta sem carne é o
melhor para a humanidade, e o ideal de Deus
24
para o Seu povo, é, sem dúvida, a perspectiva
bíblica,12 e pode ser confirmada com boas
evidências científicas. A questão que real-
mente importa é se estamos interessados de
fato na obra de preparo para a segunda vinda
de Jesus. “Repetidamente me tem sido mos-
trado que Deus está tentando nos conduzir
de volta, passo a passo, ao Seu desígnio ori-
ginal — de que o homem subsista dos produ-
tos naturais da terra. Entre aqueles que estão
esperando a vinda do Senhor, o consumo de
carne será eliminado; ela deixará de fazer
parte de sua dieta. Devemos sempre manter
esse objetivo em vista e nos esforçarmos para
trabalhar firmemente a fim de alcançá-lo.”13
Lemos anteriormente que a volta de
Cristo é a restauração de tudo o que já foi dito
pela boca de todos os santos profetas, desde
o início do mundo. “Cristo tem aguardado
com ardente desejo pela manifestação de Si
25
mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de
Cristo for perfeitamente reproduzido em Seu
povo, então Ele virá para reivindicá-los
como Seus.”14 Se quisermos ver a Jesus, pre-
cisamos levar a sério esta obra de restaura-
ção.
Uma das coisas pelas quais deveríamos
realmente nutrir interesse em estudar é a ex-
periência do povo hebreu em sua jornada
para a terra de Canaã. O apóstolo Paulo, de-
pois de descrever o povo hebreu no deserto,
fala de suas experiências. “Mas Deus não Se
agradou da maior parte deles, pelo que foram
prostrados no deserto. E essas coisas foram-nos
feitas em figura, para que não cobicemos as coi-
sas más, como eles cobiçaram. Não vos façais,
pois, idólatras, como alguns deles; conforme
está escrito: O povo assentou-se a comer e a be-
ber e levantou-se para folgar. E não nos prosti-
tuamos, como alguns deles fizeram e caíram
26
num dia vinte e três mil. E não tentemos a
Cristo, como alguns deles também tentaram e
pereceram pelas serpentes. E não murmureis,
como também alguns deles murmuraram e pe-
receram pelo destruidor.” 1 Coríntios 10:5-10.
Resumindo, temos uma descrição ge-
ral das peregrinações no deserto. Eles mur-
muraram e se queixaram de muitas coisas
durante a estada no deserto. É-nos dito es-
pecificamente que não devemos cobiçar as
coisas más, como eles desejaram. Isso signi-
fica que, se estudarmos sua experiência,
aprenderemos especificamente a manter
distância de tudo que foi identificado como
mau para a geração deles.
E não apenas não devemos ter tais de-
sejos malignos, mas Deus inspirou ainda
mais o apóstolo a dizer: “Ora, tudo isso lhes
sobreveio como figuras, e estão escritas para
aviso nosso, para quem já são chegados os fins
27
dos séculos.” 1 Coríntios 10:11. A leitura mar-
ginal afirma que a palavra “exemplo” signi-
fica um “tipo” ou “representação”. Um tipo
significa uma pessoa ou objeto que repre-
senta ou simboliza uma pessoa ou objeto fu-
turo. Por exemplo, um cordeiro era um tipo
que simbolizava Jesus Cristo. Sendo assim, a
experiência dos filhos de Israel no deserto
simbolizava o povo para quem já são chega-
dos os fins dos séculos. Representa o povo
que vive na época em que todas as profecias
finais do mundo aconteceriam. Isso significa
que vivemos nos últimos estágios da história
da Terra — o povo da última geração.15
Se pudermos simplesmente entender
as coisas que eles desejavam e que lhes atraiu
destruição, saberíamos que essas não são as
coisas que Deus planejou para nós, que vive-
mos sob a iminente expectativa do retorno de
nosso grande Rei. Já que estamos estudando
28
assuntos relacionados à nossa dieta para os
últimos dias, que tipo de problemas eles en-
frentaram com a dieta, que simbolizam os
mesmos problemas em nossos dias?

29
O pote de maná

Q
uando os hebreus deixaram o Egito,
passaram por um clima de grande en-
tusiasmo. Estavam finalmente livres.
Por outro lado, depois de um tempo relativa-
mente curto, começaram a se lembrar da di-
eta e do estilo de vida egípcios. Apesar de te-
rem vivido como escravos numa terra estra-
nha, parecia que tinham sido mais felizes
então do que durante a experiência pela qual
passavam agora, no deserto. Começaram a
sentir fome. Enquanto pensavam na comida,
lembravam-se dos aromas e sabores da terra
do Egito. “E os filhos de Israel disseram-lhes:
Quem dera que nós morrêssemos por mão do
Senhor na terra do Egito, quando estávamos
sentados junto às panelas de carne, quando co-
míamos pão até fartar! Porque nos tendes ti-
rado para este deserto, para matardes de fome a
30
toda esta multidão.” Isso ocorreu logo depois
de passarem um mês na nova jornada. Prefe-
ririam ter morrido na terra do Egito, como
escravos, no lugar de se verem privados de
seus desejos. Você consegue imaginar al-
guém preferindo a escravidão em vez de li-
berdade?
Deus ouviu seus desejos e atendeu-
lhes ao pedido. À noite, enviou-lhes codor-
nizes, a fim de que as apanhassem para as re-
feições. “E aconteceu que, à tarde, subiram co-
dornizes e cobriram o arraial; e, pela manhã,
jazia o orvalho ao redor do arraial.” Êxodo
16:13. Após uma tardinha regada a carne de
aves, o Senhor os presenteou, na manhã se-
guinte, com algo muito além da imaginação.
“E aconteceu que, à tarde, subiram codornizes e
cobriram o arraial; e, pela manhã, jazia o orva-
lho ao redor do arraial. E, alçando-se o orvalho
caído, eis que sobre a face do deserto estava uma
31
coisa miúda, redonda, miúda como a geada so-
bre a terra. E, vendo-a os filhos de Israel, disse-
ram uns aos outros: Que é isto? Porque não sa-
biam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é
o pão que o Senhor vos deu para comer.” Êxodo
16:3, 13-15. Deus não apenas removeu o que
era ruim, mas também o substituiu pelo me-
lhor.
“Quando Deus tirou os filhos de Israel
do Egito, Seu propósito era estabelecê-los na
terra de Canaã como um povo puro, feliz e
saudável. Vejamos os meios pelos quais faria
isso. Submeteu-os a um curso de disciplina
que, se tivesse sido seguido com alegria, teria
resultado em bem, tanto para eles quanto
para seus descendentes. Removeu deles em
grande medida o alimento cárneo. Conce-
deu-lhes carne em resposta a seus clamores,
pouco antes de chegarem ao Sinai, mas for-
neceu-a apenas por um dia. Deus poderia
32
conceder carne tão facilmente como provi-
denciou o maná, mas impôs uma restrição
sobre o povo, para o seu próprio bem. Era
propósito dEle conceder-lhes alimentos
mais adequados às suas necessidades do que
a dieta febricitante a que muitos deles esta-
vam acostumados no Egito. O apetite perver-
tido devia ser levado a um nível mais saudá-
vel, para que pudessem desfrutar do ali-
mento originalmente fornecido ao homem
— os frutos da terra, que Deus deu a Adão e
Eva no Éden.”16
As pessoas tiveram a oportunidade de
comer algo muito diferente do que já haviam
experimentado. “Comeu cada qual o pão dos
anjos.” Salmo 78:25 (Almeida, Revista e Atu-
alizada). Noutras palavras, receberam um
tipo de alimento provido pelos próprios an-
jos.17

33
Deus realizou um milagre porque que-
ria mudar suas preferências. Também queria
que se lembrassem dessa experiência por
muitos anos. Como resultado, o que Deus or-
denou que fizessem em relação ao maná? “E
disse Moisés: Esta é a palavra que o Senhor tem
mandado: Encherás um gômer dele e o guarda-
rás para as vossas gerações, para que vejam o
pão que vos tenho dado a comer neste deserto,
quando Eu vos tirei da terra do Egito. Disse tam-
bém Moisés a Arão: Toma um vaso, e mete nele
um gômer cheio de maná, e põe-no diante do
Senhor, em guarda para as vossas gerações.”
Êxodo 16:32 e 33. Esse pote de maná foi real-
mente colocado dentro da arca. “Que tinha o
incensário de ouro e a arca do concerto, coberta
de ouro toda em redor, em que estava um vaso
de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão,
que tinha florescido, e as tábuas do concerto.”
Hebreus 9:4. Esse memorial foi posto ao lado

34
dos Dez Mandamentos, para contínua lem-
brança deles.

35
As panelas de carne do Egito

D
epois de proporcionar a eles uma ex-
periência tão maravilhosa, que lhes
supriu as necessidades físicas, o Se-
nhor levou a nação que uma vez foi escrava a
ser educada nos princípios de Sua Lei. Ele os
conduziu ao Monte Sinai, onde passaram
quase um ano aprendendo os princípios do
novo governo teocrático, sob o qual vive-
riam. Depois de todo esse tempo, era de se
esperar que suas papilas gustativas tivessem
mudado. Em vez de ficarem felizes com os
planos dietéticos planejados por Deus, mais
uma vez começaram a reclamar. O clamor
indevido iniciou pela parte da multidão que
era meio convertida. “E o vulgo, que estava no
meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os
filhos de Israel tornaram a chorar e disseram:
Quem nos dará carne a comer?” Números 11:4.
36
Pensaram, então, nos temperos que
acompanham a carne dos animais. “Lem-
bramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos
de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos por-
ros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa
alma se seca; coisa nenhuma há senão este
maná diante dos nossos olhos.” Números 11:5 e
6. É interessante notar que os peixes também
são incluídos na classificação de “carne de
animais”.
Agora, ao ler o restante do capítulo,
você notará que eles se esqueceram total-
mente dos pepinos e dos melões, e só que-
riam carne. Queriam tanto que começaram a
chorar por ela. “Então, Moisés ouviu chorar o
povo pelas suas famílias, cada qual à porta da
sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se
acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.”
Números 11:10.

37
Então, o que Deus fez quando decidi-
ram ter algo que não era para seu benefício, e
choraram abertamente por isso? “E dirás ao
povo: Santificai-vos para amanhã e comereis
carne; porquanto chorastes aos ouvidos do Se-
nhor, dizendo: Quem nos dará carne a comer,
pois bem nos ia no Egito? Pelo que o Senhor vos
dará carne, e comereis; não comereis um dia,
nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias,
nem vinte dias; mas um mês inteiro, até vos sair
pelos narizes, até que vos enfastieis dela, por-
quanto rejeitastes ao Senhor, que está no meio
de vós, e chorastes diante dEle, dizendo: Por que
saímos do Egito?” Números 11:18-20.
Quando saíram do Egito pela primeira
vez, Deus lhes deu carne por uma noite e, em
seguida, deu-lhes o melhor alimento. O
maná foi projetado para lhes dar a melhor
saúde possível. Eles não queriam uma mu-
dança de dieta pelo fato de esta lhes ser
38
prejudicial. Não estavam necessariamente
pensando nisso. Eles queriam voltar ao estilo
de vida egípcio, que incluía a dieta. E o que
aconteceu quando começaram a comer do
alimento que tanto cobiçavam? “Quando a
carne estava entre os seus dentes, antes que
fosse mastigada, se acendeu a ira do Senhor
contra o povo, e feriu o Senhor o povo com uma
praga muito grande.” Números 11:33. “Mas
não estavam dispostos a se submeter aos re-
quisitos de Deus, e deixaram de alcançar o
padrão que Ele havia estabelecido para eles, e
de receber as bênçãos que poderiam ter des-
frutado. Murmuravam contra as restrições
de Deus e cobiçavam as panelas de carne do
Egito. Deus permitiu que tivessem carne,
mas ela se mostrou uma maldição para
eles.”18
O resultado não foi apenas uma morte
por causas naturais, como ocorre quando as
39
pessoas ingerem carne. Não houve tempo
para a doença se desenvolver e iniciar o pro-
cesso de morte. Foi algo instantâneo, para
mostrar o desagrado de Deus contra a recusa
deles de aceitar Seu desígnio. “Quando a ira
de Deus desceu sobre eles, e matou os mais for-
tes deles, e feriu os escolhidos de Israel.” Salmos
78:31. “Seus apetites depravados os contro-
lavam, e Deus lhes deu alimentos cárneos, do
jeito que desejavam, e permitiu que colhes-
sem os resultados da satisfação de um apetite
lascivo. As febres ardentes mataram grande
número de pessoas. Aqueles que eram os
mais culpados em suas murmurações, mor-
reram assim que provaram da carne que
tanto desejaram.”19
Conforme o salmista descreve esse in-
cidente no deserto, explica no que realmente
consistia esse ato de desejar alimentos cár-
neos. “E eles pecaram ainda mais contra ele,
40
provocando o Altíssimo no deserto.” Salmo
78:17. Isso foi nada menos do que pecado da
parte deles. É a reação natural de falta de fé
no Criador — a descrença. “Por isso, me in-
dignei contra esta geração e disse: Estes sempre
erram em seu coração e não conheceram os
Meus caminhos. Assim, jurei na Minha ira que
não entrarão no Meu repouso. [...] E a quem ju-
rou que não entrariam no Seu repouso, senão
aos que foram desobedientes? E vemos que não
puderam entrar por causa da sua increduli-
dade.” Hebreus 3:10, 11, 18 e 19.
Não era a vontade de Deus que as pes-
soas sofressem assim. Em vez disso, Deus
permitiu que eles se banqueteassem com o
objeto de tão intenso desejo. “E choveu sobre
eles carne como pó, e aves de asas como a areia
do mar. E as fez cair no meio do seu arraial, ao
redor de suas habitações. Então, comeram e se
fartaram bem; pois lhes satisfez o desejo.” À
41
medida que continuamos lendo a passagem,
encontramos mais informações sobre a
morte deles, e em maior número do que as
que nos são fornecidas em Números. “Não
refrearam o seu apetite. Ainda lhes estava a co-
mida na boca, quando a ira de Deus desceu so-
bre eles, e matou os mais fortes deles, e feriu os
escolhidos de Israel.” Salmo 78:27-31. Alguns
começaram a se empanturrar assim que vi-
ram a comida. Esses morreram imediata-
mente, enquanto outros tiveram um pouco
mais de tempo para pensar nos próprios há-
bitos.
Mas observe a conclusão do episódio a
respeito dos alimentos cárneos: “Com tudo
isto, ainda pecaram e não deram crédito às Suas
maravilhas.” Salmo 78:32. Eles continuaram
pecando no deserto. Isso novamente con-
firma o fato de que na atitude de recusar a di-
eta que Deus lhes havia providenciado,
42
estavam na verdade pecando abertamente
contra Ele.

43
Escrito para o nosso tempo

R
ecordemos o motivo por que foi es-
crita essa história dos hebreus no de-
serto. “Ora, tudo isso lhes sobreveio
como figuras, e estão escritas para aviso nosso,
para quem já são chegados os fins dos séculos.”
A história deles é símbolo da experiência pela
qual passaremos ao nos aproximarmos do
grande final da história deste mundo. E por
que foi escrita especificamente para a época
em que vivemos? “E essas coisas foram-nos
feitas em figura, para que não cobicemos as coi-
sas más, como eles cobiçaram.” 1 Coríntios
10:11 e 6.
Enquanto o povo se preparava para en-
trar na Canaã terrestre, desejar alimentos
carnais era pecado. “Por quarenta anos, a in-
credulidade, a murmuração e a rebelião ex-
cluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os
44
mesmos pecados têm retardado a entrada do
Israel moderno na Canaã celestial.”20 Ao nos
prepararmos para aquela terra onde “morará
o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o ca-
brito se deitará, e o bezerro, e o filho do leão, e a
nédia ovelha viverão juntos, e um menino pe-
queno os guiará” (Isaías 11:6), toda a criação
voltará à originalidade para a qual foi proje-
tada. Todos comerão apenas alimentos ve-
getais. “O lobo e o cordeiro se apascentarão
juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó
será a comida da serpente. Não farão mal nem
dano algum em todo o Meu santo monte, diz o
Senhor.” Isaías 65:25. Você quer se preparar
para um lugar como esse?
Temos falado sobre as consequências
para a saúde e bem-estar dos israelitas em
conjunto com a dieta que tinham. Houve al-
gum efeito espiritual direto como resultado
do uso de alimentos cárneos? À medida que o
45
salmista descreve todas as murmurações no
deserto, mostra o resultado desse ato de re-
belião contínua. “Mas deixaram-se levar da
cobiça, no deserto, e tentaram a Deus na soli-
dão. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez defi-
nhar a sua alma.” Salmo 106:14 e 15. Houve
um efeito sobre sua vida espiritual. A alma
deles definhou e morreram — não apenas fi-
sicamente, mas também espiritualmente.
Sempre há uma causa e um efeito envolvidos
na desobediência.
De todas as pessoas que partiram da
terra do Egito com mais de vinte anos de
idade, quantas venceram cada tentação que
lhes sobrevieram durante a jornada no de-
serto? “Estes são os que foram contados por
Moisés e Eleazar, o sacerdote, que contaram os
filhos de Israel nas campinas de Moabe, ao pé do
Jordão, de Jericó. E entre estes nenhum houve
dos que foram contados por Moisés e Arão, o
46
sacerdote, quando contaram aos filhos de Israel
no deserto do Sinai. Porque o Senhor dissera de-
les que certamente morreriam no deserto; e ne-
nhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné,
e Josué, filho de Num.” Números 26:63-65.
Não seria isso uma lição para o nosso tempo?
Na verdade, o que é essa desobediên-
cia? “Mas com quem Se indignou por quarenta
anos? Não foi, porventura, com os que pecaram,
cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou
que não entrariam no Seu repouso, senão aos
que foram desobedientes? E vemos que não pu-
deram entrar por causa da sua incredulidade.”
Hebreus 3:17-19. A fé verdadeira resulta na
vitória sobre o pecado — e definitivamente
precisamos dessa fé. “Porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitó-
ria que vence o mundo: a nossa fé.” 1 João 5:4.
No final de sua peregrinação pelo de-
serto, Deus lhes deu outra oportunidade;
47
mais uma chance de fazer uma escolha. “Os
céus e a Terra tomo, hoje, por testemunhas con-
tra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a
bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para
que vivas, tu e a tua semente.” Deuteronômio
30:19. O que você fará quanto a isso em sua
vida? Você quer o quê? A vida ou a morte?
Você realmente tem se preparado para a Ca-
naã celestial? O exemplo da experiência da
jornada pelo deserto não foi simplesmente
escrito como uma história com fundo moral.
Foi escrito especificamente para o nosso
tempo, para nos servir de auxílio em nosso
preparo para a verdadeira terra de Canaã.
“Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso
ensino foi escrito, para que, pela paciência e
consolação das Escrituras, tenhamos espe-
rança.” Romanos 15:4. Seu coração ter ardido
com essa esperança?

48
Uma prova de comunhão

Q
uando olhamos à experiência dos filhos
de Israel em suas vagueações do Egito a
Canaã, podemos ver que essa questão
de comer o maná com ações de graça e ale-
gria, e recusar as panelas de carne do Egito
foi uma prova de comunhão. Se persistissem
em comer alimentos cárneos, seriam desli-
gados do povo de Deus (pena de morte). Visto
que eram um símbolo (tipo) do povo de Deus
dos últimos dias em sua preparação para a
segunda vinda de nosso Salvador, podemos
esperar que o mesmo aconteça em nossa
época. “Devem ser vistas maiores reformas
entre o povo que afirma estar esperando a
breve volta de Cristo. A reforma de saúde
deve realizar entre nosso povo uma obra que
ainda não foi feita. Existem aqueles que de-
veriam estar cientes do perigo da
49
alimentação cárnea, mas que ainda comem
carne de animais, colocando em risco a saúde
física, mental e espiritual. Muitos que agora
são apenas meio convertidos na questão do
comer carne, irão se afastar do povo de Deus
para não andar mais com ele.”21
Pelo que vimos, tudo indica que a dieta
carnívora será uma prova de comunhão para
a igreja dos últimos dias. No entanto, o Espí-
rito de Profecia nos deixou uma declaração
que parece ser contrária a essa clara evidên-
cia. “Não devemos fazer do uso da carne uma
prova de comunhão, mas devemos conside-
rar a influência que os professos crentes que
usam alimentos cárneos exercem sobre ou-
tros.”22
Que circunstâncias levaram a mensa-
geira do Senhor a fazer uma declaração como
essa? Um ano antes, ela havia escrito ao pre-
sidente da Conferência Geral pedindo um
50
posicionamento — especialmente na sede da
igreja — com relação à reforma alimentar.
“O Senhor deu clara luz a respeito da natu-
reza do alimento que deve compor nossa di-
eta; Ele nos instruiu quanto ao efeito dos ali-
mentos não saudáveis sobre a disposição e o
caráter. Devemos ou não atender aos conse-
lhos e advertências dados? Quem entre nos-
sos irmãos assinará o concerto de dispensar
alimentos cárneos, chá e café, e todos os ali-
mentos prejudiciais, a fim de se tornar um
reformador de saúde no sentido mais amplo
do termo?”23
Em seguida, sob inspiração divina, ela
explica o processo de conversão, incluindo a
assinatura de um pacto.
1) Liderança na sede: “Eu apelo aos jo-
vens, aos idosos e aos de meia-idade. Ne-
guem o apetite pelas coisas que os estão pre-
judicando. Sirvam ao Senhor com sacrifício.
51
Que a boa obra comece por Washington
[sede] e prossiga de lá para outros lugares.
Sei o que estou escrevendo. Se um pacto de
temperança, que preveja a abstinência de
alimentos cárneos, chá e café, e de alguns
outros alimentos que são reconhecidamente
prejudiciais circulasse por nossas fileiras,
uma grande e boa obra seria realizada. Per-
gunto a você neste momento: ‘Você irá ou não
fazer circular tal promessa?’
“Tenho certeza de que, se você come-
çar a fazer esta obra de reforma por Wa-
shington — na escola, na gráfica e entre to-
das as nossas linhas de trabalho — o Senhor
o ajudará a apresentar um pacto que ajudará
nosso povo a se converter de seu atraso na
questão da reforma de saúde. E, ao procurar
cumprir a vontade do Senhor neste particu-
lar, Ele lhe dará uma compreensão mais clara
do que a reforma de saúde fará por você.”
52
2) Ministério: “Há uma decidida men-
sagem a ser transmitida ao nosso povo sobre
a questão da reforma de saúde. Alinhemo-
nos, para que nossas orações não sejam im-
pedidas. Deus não pode ser glorificado na
vida de ministros que abandonam esses
princípios de reforma; mas Ele Se revelará a
toda alma que se revestir da justiça de Cristo.
Precisamos despertar agora, e seguir de
perto, em todas as nossas escolas, a luz que
Deus deu sobre esta questão. Que os profes-
sores de nossas escolas se convertam de sua
apostasia e se eduquem no conhecimento
dos princípios de uma vida saudável. Que os
alunos sejam ensinados a viver esses princí-
pios.”
3) Instituições educacionais: “Fui ins-
truída com respeito aos alunos de nossas es-
colas. Eles não devem ser servidos com ali-
mentos cárneos ou com preparações que
53
possam causar distúrbios digestivos. Nada
que sirva para encorajar o desejo por estimu-
lantes deve ser posto na mesa.”24
Mas a liderança não estava pronta para
tal concerto de temperança, que encorajava
os membros a se absterem de alimentos cár-
neos. Um desses indivíduos na liderança era
o próprio presidente da Conferência Geral —
A. G. Daniells. Segundo ele, “uma caracterís-
tica da mensagem me deixou perplexo. Senti
que precisava de um pouco de tempo e calma
para considerar o que havia sido escrito. [...]
O que me deixa perplexo é a sugestão de fazer
circular um pacto de temperança que inclua a
abstinência de alimentos cárneos e ‘de al-
guns outros alimentos reconhecidamente
prejudiciais’. Sinto que preciso de aconse-
lhamento a respeito disso antes de saber o
quão longe devo ir nessa direção.”

54
Após debater o assunto com a irmã
White, eles concordaram que esse pacto era
prematuro, e que um trabalho educacional
deveria ser feito antes que pudessem apre-
sentá-lo. “A conclusão a que chegamos por
nosso estudo foi que uma extensa e bem
equilibrada obra educacional deve ser em-
preendida por médicos e ministros, em vez
de acatarmos precipitadamente a campanha
do pacto anticarne. Chegou-se a um claro
entendimento, e a irmã White posterior-
mente lidou comigo e com toda a questão de
acordo com esse entendimento. [...]
“Agora, me parece que devemos fazer
um preparo muito cuidadoso na forma de
ensinar antes de forçarmos a assinatura de
um pacto.”25
Quando o povo estará pronto, se a obra
de educação deveria ter começado em 1909
— há mais de um século? Essa obra tem sido
55
negligenciada? Ou o problema continuou na
liderança enquanto o mundo progredia
muito na última metade do século? Se essa
obra não for concluída, estaremos prontos
para a segunda vinda de nosso Salvador, ou
estaremos sempre a seguir aqueles que con-
tinuamente clamavam pelas panelas de
carne do Egito e morreram no deserto?

56
Isso quer dizer “nunca”?

E
mbora a mensageira do Senhor tivesse
escrito que não “devemos fazer do uso
de alimentos cárneos uma prova de
comunhão, mas devemos considerar a in-
fluência que os professos crentes que usam
alimentos cárneos têm sobre os outros”, há
uma advertência no mesmo patamar, dada
ao ministério, enquanto a leitura avança pela
mesma declaração. “Não deveríamos dar um
decidido testemunho contra a transigência
com o apetite pervertido? Será que algum que
o ministro do evangelho, que proclama a
mais solene verdade já apresentada aos mor-
tais, dará exemplo ao retornar às panelas de
carne do Egito? Será que os que são susten-
tados pelo dízimo da casa do tesouro de Deus
serão complacentes consigo mesmos, pela
condescendência própria, de envenenar a
57
corrente vivificante que corre em suas veias?
Desconsiderarão a luz e as advertências que
Deus lhes deu?”
O parágrafo é concluído com esta ad-
vertência: “A saúde do corpo deve ser consi-
derada como essencial para o crescimento na
graça e a aquisição de um temperamento
equilibrado. Se o estômago não for devida-
mente cuidado, a formação de um caráter
reto, de elevada moral, será prejudicada. O
cérebro e os nervos estão em sintonia com o
estômago. Comer e beber de forma errada
resulta em pensamentos e ações errados.”26
Que tipo de decisão somos continua-
mente chamados a tomar à medida que nos
aproximarmos da crise final? Será que esta-
mos preparados para tomar decisões corre-
tas se ainda usamos a carne como um ingre-
diente de nossa dieta?

58
Quando essa declaração foi escrita, em
1909, podemos agora entender que esse as-
sunto não devia ser uma prova de comunhão,
pois a liderança não estava preparada para
isso naquela época. Portanto, o texto não se
referiu ao pacto anticarne na Sessão da Con-
ferência Geral, quando discorreu sobre o
atraso dos membros quanto à reforma da sa-
úde. Por outro lado, será que isso quer dizer
que nunca devemos tornar o uso de alimentos
cárneos uma prova de comunhão no futuro, e
que deveríamos paralisar o avanço da re-
forma de saúde no preparo para a vinda de
Cristo no estágio de 1909? Posteriormente,
naquele mesmo capítulo, recebemos uma
declaração muito importante quanto ao fu-
turo. “O evangelho deve ser pregado aos po-
bres, mas ainda não chegou a hora de pres-
crever uma dieta mais rigorosa.”27 Essa de-
claração comprova que haveria uma

59
mudança no modo de ensino da reforma ali-
mentar. O contexto realmente se refere a
uma dieta estritamente vegetariana.28
Como você entende o termo “ainda
não chegou a hora?” Quer dizer que o mo-
mento de prescrever a dieta mais rigorosa
está no futuro? O verbo “prescrever” não in-
dica, por si só, uma prova de comunhão. Po-
rém, e se houver outras declarações do Espí-
rito de Profecia em combinação com esta,
que indiquem isso? Deverá chegar um tempo
em que a carne não deve ser usada pelo povo
de Deus na qualidade de igreja? Vamos ava-
liar algumas dessas questões.
Já em 1884, vinte e cinco anos antes,
encontramos esta profecia: “Somos feitos
daquilo que comemos. Deveríamos fortale-
cer as propensões animais ingerindo ali-
mentos de origem animal? Ao invés de edu-
car o apetite para apreciar essa dieta
60
grosseira, é mais que tempo de nos educar-
mos para sobreviver com frutas, grãos e ve-
getais. Essa é a obra de todos os que estão
unidos às nossas instituições. Usem cada vez
menos carne, até que deixe de ser totalmente
usada. Se a carne for removida; se o gosto não
for educado nessa direção, se o desejo por
frutas e grãos for encorajado, logo será como
Deus planejou para ser no princípio. Ne-
nhuma carne será usada por Seu povo.”29
Se cada vez menos carne for usada,
uma decidida mudança ocorrerá. Não apenas
indivíduos deixam de comer alimentos cár-
neos, mas, na verdade, “nenhuma carne será
usada por Seu povo”. O que Deus tem tentado
operar mediante todas as advertências e
mensagens que nos envia? “Repetidamente
me tem sido mostrado que Deus está ten-
tando nos conduzir de volta, passo a passo,
ao Seu desígnio original — que o homem
61
deveria sobreviver com os produtos naturais
da terra. Entre aqueles que aguardam a vinda
do Senhor, o consumo de carne será final-
mente eliminado; a carne deixará de fazer
parte de sua dieta. Devemos sempre ter esse
objetivo em vista e nos esforçar para traba-
lhar firmemente a fim de alcançá-lo. Não
posso pensar que o ato de comer carne esteja
em harmonia com a luz que Deus nos tem
dado.”30 (1890.) O que devemos ter em vista?
Que finalmente a carne deixará de fazer parte
da dieta daqueles que aguardam a vinda de
nosso Senhor. Esse é o Seu povo; essa é a Sua
igreja.
Como povo, o que Deus tenta operar
por intermédio de Sua igreja? “O Senhor co-
locará Seu povo em uma posição em que não
tocarão ou provarão a carne de animais. En-
tão, não permitam que esses alimentos se-
jam prescritos por qualquer médico que
62
tenha conhecimento da verdade para este
tempo. Não há segurança em comer a carne
de animais mortos, e, em pouco tempo, o
leite das vacas também será excluído da dieta
do povo que guarda os Mandamentos de
Deus. Em pouco tempo, não será seguro usar
qualquer coisa que venha da criação ani-
mal.”31 (1898.) Isso é novamente como um
povo — não apenas indivíduos aqui e ali.
Em vez de tentar descobrir um modo
de continuar comendo alimentos cárneos,
precisamos buscar outros alimentos, pelo
resto da vida. Ao contrário daquela época, vi-
vemos num tempo em que uma dieta vegeta-
riana está na vanguarda da saúde e se tornou
uma norma. Mas, como igreja, devemos nos
manter alinhados com a ciência ou ainda es-
tamos tentando encontrar formas de justifi-
car aqueles que ainda são meio convertidos?

63
“A luz que me foi dada é que não de-
morará muito para que tenhamos de aban-
donar o uso de qualquer alimento animal. Até
o leite terá de ser descartado. A doença tem se
acumulado rapidamente. A maldição de Deus
está sobre a Terra, porque o homem a amal-
diçoou. Os hábitos e práticas dos homens le-
varam a Terra a tal condição que algum outro
alimento, além do animal, deve suprir a fa-
mília humana. Não precisamos de alimento
cárneo. Deus pode nos dar outra coisa.”32
Será que essas coisas significam que a
carne deve ser completamente eliminada da
dieta do povo de Deus, ou seja, que todos se
tornarão vegetarianos? “Um positivo dano é
causado ao organismo pela ingestão contí-
nua de carne. Não há desculpa para isso além
de um apetite depravado e pervertido. Você
pode perguntar: Você abandonaria total-
mente o uso da carne? Eu respondo:
64
Finalmente, isso ocorrerá, mas ainda não es-
tamos preparados para essa etapa. Com o
tempo, o consumo de carne cessará. A carne
de animais não fará mais parte de nosso car-
dápio; e devemos olhar com nojo para um
açougue.”33
Em 1884, eles ainda não estavam pre-
parados para dar esse passo, mas a decisão de
acabar totalmente com o consumo de carne
seria um futuro passo a ser dado. Se somos o
povo de Deus que aguarda a segunda vinda de
Cristo, então devemos fazer isso antes que
Ele venha, como um passo preparatório para
viver num lugar onde o alimento animal será
completamente removido de toda a criação,
não apenas das criaturas inteligentes.
Embora se falassem em Testemunhos
para a igreja, vol. 9, p. 159 que ainda não era o
momento para esse passo, não podemos ne-
gar que é um passo a ser dado antes da vinda
65
de Cristo. Chegará o tempo em que devemos
adotar uma dieta muito diferente da que te-
mos hoje. “Em breve, chegaremos a um
tempo em que devemos entender o signifi-
cado de uma dieta simples. Não está longe o
tempo em que seremos obrigados a adotar
uma dieta muito diferente da que temos
agora.”34 Ser obrigado implica em um requi-
sito. Tudo isso está em harmonia com a ma-
neira como Deus lidera Seu povo. Mesmo que
estejam despreparados para dar um deter-
minado passo, Ele os guiará até que cheguem
ao ponto em que aceitarão Sua completa
vontade. Aqueles que se recusam, no final
das contas, terão que tomar uma decisão.
“Muitos que agora ainda são meio converti-
dos na questão de comer carne se afastarão do
povo de Deus para não andar mais com ele.”35

66
Então, quando é a hora?

P
or que ainda não era hora de os ali-
mentos cárneos se tornarem uma
prova de comunhão naquela época, em
1909? Ouça o apelo feito na sessão de delega-
dos da Conferência Geral, em 1901: “Quere-
mos que a verdade penetrante da Palavra de
Deus se apodere de cada um entre nosso povo
antes que esta conferência termine. Quere-
mos que entendam que a carne de animais
não é o alimento adequado para eles. Tal di-
eta cultiva as paixões animais neles e em seus
filhos. Deus deseja que eduquemos nossos
filhos nos hábitos corretos de comer, vestir e
trabalhar. Ele quer que façamos o que estiver
ao nosso alcance para consertar o maquiná-
rio quebrado.”36
Enquanto os delegados da Conferência
Geral, os líderes representativos do povo de
67
Deus, ainda comiam carne, você acha que era
possível fazer desse alimento uma prova de
comunhão para os novos membros? Não!
Isso teria sido impossível. Em vez disso, na
sessão seguinte, por causa da rejeição da
mensagem da reforma de saúde, o Senhor
deu uma advertência dramática para a igreja:
“Deus não apoia os esforços feitos por dife-
rentes pessoas para tornar a obra do dr. Kel-
logg o mais difícil possível no sentido de
construir. Deus concedeu luz sobre a reforma
de saúde, e aqueles que a rejeitam, rejeitam a
Deus. Um e outro que sabia melhor disse que
tudo veio do dr. Kellogg, e iniciaram uma
guerra contra ele. Isso exerceu uma má in-
fluência sobre nosso irmão. Ele se cobriu com
as vestes da irritação e da retaliação. Deus
não queria que ele ficasse na defensiva, e não
quer que você fique aí.”37

68
Como tudo isso se relaciona com o cas-
tiçal da igreja, que a capacita a dar luz ao
mundo? “Mas se os membros da igreja não
desempenharem a parte que Deus lhes de-
signou, o movimento da reforma de saúde
prosseguirá sem eles, e se verá que Deus re-
moveu o castiçal de seu lugar. Aqueles que se
recusarem a receber e praticar a luz, serão
deixados para trás.”38
Como a apostasia da época do início da
mensagem de saúde se relaciona com a ex-
periência das peregrinações dos filhos de Is-
rael no deserto? “Nessa experiência de se
desviar dos princípios da reforma de saúde,
nosso povo tem repetido a história dos filhos
de Israel no deserto durante seus quarenta
anos de viagem.
“Os que continuam a seguir a própria
conduta a esse respeito, comendo e bebendo
como bem entendem, gradualmente se
69
tornarão descuidados com as instruções do
Senhor com respeito a outras fases da ver-
dade presente; eles certamente colherão o
que plantaram.”39
Isso estabelece claramente a ideia de
que uma prova de comunhão não pode ser
iniciada com os novos membros. Primeiro,
deve ser aceita por aqueles que já são mem-
bros, especialmente os que estão em posi-
ções de liderança. Como esse era o problema
em 1909, não era possível tornar isso uma
prova para os novos membros, na época. “Os
ministros devem se converter antes que pos-
sam fortalecer seus irmãos. Eles não devem
pregar a si mesmos, mas a Cristo e Sua jus-
tiça. Uma reforma é necessária entre o povo,
mas deve primeiro começar sua obra de pu-
rificação com os ministros. [...]
“Uma parte importante da obra do mi-
nistério é apresentar fielmente ao povo a
70
reforma de saúde tal como está conectada à
mensagem do terceiro anjo, como parte in-
tegrante da mesma obra. Eles não devem
deixar de adotá-la por si mesmos, e devem
incentivar a todos os que professam crer na
verdade.”40 Como algo pode ser uma prova
para novos membros se a liderança — o mi-
nistério — ainda pratica esses males? Não
estamos falando disso apenas como uma
prova. A questão surge claramente sobre
quanta confiança alguém poderia ter em tais
ministros. “Como mensageiros de Deus, não
deveríamos dar um testemunho decidido
contra a condescendência com o apetite per-
vertido? [...] Deus providenciou abundância
de frutas e grãos, que podem ser preparados
de forma saudável e usados em quantidades
adequadas. Por que, então, os homens conti-
nuam a escolher alimentos cárneos? Será que
podemos confiar em ministros que se unem
71
a outros em comê-la nas mesas onde a carne
é servida?”41 (1902.)
São esses líderes que têm impedido o
progresso de uma reforma no preparo para a
breve vinda de nosso Salvador. “O evangelho
da saúde tem defensores hábeis, mas sua
obra tem se tornado muito difícil porque
tantos ministros, presidentes de associações
e outros em posições de influência deixaram
de dar a devida atenção ao assunto da re-
forma de saúde. Eles não reconheceram esse
tema em sua relação, como se fosse o braço
direito do corpo, para com a obra da mensa-
gem. Embora muitas pessoas demonstrem
muito pouco respeito para com esse departa-
mento e por alguns dos ministros, o Senhor
mostrou Seu respeito por essa questão
dando-lhe abundante prosperidade. Quando
conduzida de maneira adequada, a obra de
saúde é uma cunha de penetração, abrindo
72
caminho para que outras verdades alcancem
a alma.”
Como saberemos realmente que a
mensagem do terceiro anjo — a mensagem
que prepara um povo para subsistir nos últi-
mos dias — foi aceita em sua plenitude?42
“Quando a mensagem do terceiro anjo
for recebida em sua plenitude, a reforma de
saúde terá seu lugar nos conselhos da asso-
ciação, na obra da igreja, no lar, à mesa e em
todas as questões domésticas. Então o braço
direito servirá e protegerá ao corpo.”43
Como essa questão se relaciona com a
justificação pela fé? “Para que o homem seja
justificado pela fé, ela deve chegar a um
ponto em que controle as afeições e os im-
pulsos do coração; e é pela obediência que a
própria fé se torna perfeita.”44 Como isso
funciona, na prática, na igreja, para aperfei-
çoar um povo? Nossa dieta tem algum efeito
73
nesse processo? “Aqueles que receberam
instruções sobre os males do uso de alimen-
tos cárneos, do chá e do café, e das prepara-
ções alimentícias requintadas e não saudá-
veis, e que estão determinados a fazer um
concerto com Deus com sacrifício, não con-
tinuarão a satisfazer seu apetite por alimen-
tos que sabem ser prejudiciais. Deus exige
que o apetite seja purificado, e que a abnega-
ção seja praticada com respeito às coisas que
não são boas. Esta é uma obra que terá de ser
feita antes que Seu povo possa se apresentar
diante dEle como um povo perfeito.”45
Este é o propósito da mensagem de sa-
úde. “A obra da reforma de saúde é o meio do
Senhor para diminuir o sofrimento em nosso
mundo e para purificar Sua igreja.”46
O que estamos falando aqui é de uma
conversão genuína e completa. E o que essa
conversão verdadeira nos leva a fazer com
74
respeito à dieta? “A verdadeira conversão à
mensagem da verdade presente envolve a
conversão aos princípios da reforma de sa-
úde.”47 (1909.)
É por isso que está tão intimamente
associada com a mensagem do terceiro anjo
— uma mensagem destinada a preparar um
povo para a segunda vinda de Cristo. Quando
falamos de um povo preparado, que tipo de
igreja estará pronta para receber nosso Se-
nhor nas nuvens de glória?
“Para a apresentar a Si mesmo igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível.”
Efésios 5:27. Como isso é possível? Do ponto
de vista humano, tal coisa nunca aconteceria.
Não podemos nem mesmo ver um indivíduo
assim, quanto mais uma igreja inteira. No
entanto, isso é uma profecia. A Palavra de
Deus diz que o impossível acontecerá. É por
75
isso que precisamos desviar o olhar de nós
mesmos, de nossa atual condição pecami-
nosa, e manter o olhar fixo em nosso Salva-
dor, que promete nos libertar e nos transfor-
mar à Sua semelhança, pois é o Deus do im-
possível. “Porque nEle se descobre a justiça de
Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo
viverá da fé.” Romanos 1:17. Ao olharmos para
Ele, podemos viver pela fé, confiando nEle,
que realizará essa transformação de caráter
em nós. “A fé é a única possibilidade sobre a
qual a justificação pode ser obtida, e a fé não
inclui apenas a fé em si, mas também a con-
fiança.”48
Você está pessoalmente preparado
para dar esse salto de fé e confiar em Jesus
para salvar a todos nós de nossos pecados e
preparar Seu povo para a Sua segunda vinda?
“Tendo por certo isto mesmo: que Aquele que

76
em vós começou a boa obra, a aperfeiçoará até
ao Dia de Cristo Jesus.” Filipenses 1:6.

77
Apêndice

N
ão devemos largar este assunto sem
abordar uma objeção específica a
respeito de uma passagem do Novo
Testamento. Estamos vivendo em tempos
perigosos, quando alguns ensinarão doutri-
nas de demônios. “Mas o Espírito expressa-
mente diz que, nos últimos tempos, apostatarão
alguns da fé, dando ouvidos a espíritos engana-
dores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia
de homens que falam mentiras, tendo cauteri-
zada a sua própria consciência.” 1 Timóteo 4:1
e 2. Isso se refere especialmente aos últimos
dias da história da Terra, quando espíritos
sedutores estarão por perto para enganar a
muitos.
Os pontos específicos que serão ataca-
dos à medida que nos aproximamos do fim se
referem à questão do casamento e do regime
78
alimentar: “Proibindo o casamento e orde-
nando a abstinência dos manjares que Deus
criou para os fiéis e para os que conhecem a ver-
dade, a fim de usarem deles com ações de gra-
ças; porque toda criatura de Deus é boa, e não há
nada que rejeitar, sendo recebido com ações de
graças, porque, pela Palavra de Deus e pela ora-
ção, é santificada.” 1 Timóteo 4:3-5.
Lembro-me de estar sentado numa
igreja que visitava em certa ocasião, e o pas-
tor falava de sua experiência num restau-
rante. Ele disse que, quando alguma comida
lhe foi apresentada, não tinha ideia do que
havia no prato, mas orou sobre ele e, assim,
o alimento foi santificado por aquela oração.
É realmente esse o significado dessa passa-
gem?
Alguns até já me disseram que não im-
porta o que comemos, porque Jesus disse: “O
que contamina o homem não é o que entra na
79
boca, mas o que sai da boca, isso é o que conta-
mina o homem.” Mateus 15:11. Jesus não disse
isso para divulgar a ideia de que não importa
o que se come. Se fosse esse o caso, podería-
mos ingerir veneno e não haveria conse-
quências. No entanto, se ingerirmos 300 mg
de arsênico, morreríamos, a não ser que fôs-
semos poupados por algum milagre.
Portanto, avaliemos esses versículos
em 1 Timóteo. O apóstolo Paulo afirma que
“toda criatura de Deus é boa, e não há nada que
rejeitar, sendo recebido com ações de graças.” O
que isso significa? Visto que a frase está no
contexto da comida, Deus quer dizer que po-
demos comer todas as criaturas, sem quais-
quer limitações, visto que aqui Paulo menci-
ona “todas as criaturas”?
Consideremos outro versículo em con-
junto com esta passagem. “E disse-lhes: Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
80
criatura.” Marcos 16:15. Neste texto, pode-
mos ver claramente que a humanidade está
incluída no conceito de “toda criatura”.
Quando o apóstolo Paulo disse que “toda cri-
atura de Deus é boa, e não há nada que se rejei-
tar, sendo recebido com ações de graças”, será
que quis dizer que não há nada de errado em
ser um canibal? Podemos dizer que ele estava
se referindo apenas aos animais. No entanto,
ele disse “toda criatura”, e “toda criatura”
inclui os seres humanos. Se limitarmos o uso
da palavra “criatura”, devemos ter razões
específicas para essa limitação, a fim de que
possamos saber como aplicar o filtro.
Voltemos à grande comissão. Somos
ensinados a pregar o evangelho a toda cria-
tura. Se eu fosse para o quintal da minha casa
e pregasse para meu cachorro, um belo ma-
lamute-do-alasca, eu estaria cumprindo a
comissão evangélica? O que você acharia se
81
viesse me visitar e me visse reunir todos os
tipos de animais para pregar a eles a mensa-
gem do evangelho? Naturalmente, pensaria
que algo está errado comigo. No entanto, o
texto diz “toda criatura”. Por que limitamos
a locução “toda criatura” apenas a seres hu-
manos? O motivo é encontrado no texto a se-
guir. “Quem crer e for batizado será salvo; mas
quem não crer será condenado.” Marcos 16:16.
A limitação para “toda criatura” é aplicada
pelo versículo subsequente — toda criatura
que é capaz de crer. Os animais não têm a ca-
pacidade de crer. Por isso é que não prega-
mos à criação animal.
Ao voltarmos aos versículos de 1 Timó-
teo, devemos entender que deve haver algu-
mas limitações com relação a “toda criatura”
a ser usada como alimento. Uma limitação
que podemos reconhecer imediatamente é
que a carne humana definitivamente não
82
estava incluída no cardápio de Paulo ou na
profecia do povo de Deus para os últimos
dias.
Afinal, o que os termos “toda criatura”
querem afinal dizer? A palavra “criatura” in-
clui o reino vegetal ou se refere apenas a ani-
mais e seres humanos? A palavra grega para
“criatura” nesta passagem é ktisma
(Strong’s # 2938) e significa criação original
ou produto (coisa criada). Isso incluiria tanto
a vida animal quanto a vegetal. Incluiria
também rochas, montanhas e tudo o que é
criado. No Dicionário Webster, de Noah, de
1828, encontram-se alguns detalhes sobre
essa palavra em inglês. As duas primeiras
definições dizem:
“1. Aquilo que é criado; todo ser além
do Criador, ou tudo que não existe por si
mesmo. O Sol, a Lua e as estrelas; a Terra, os

83
animais, as plantas, a luz, as trevas, o ar, a
água etc., são criaturas de Deus.
“ 2. Num sentido restrito, um animal
de qualquer espécie; um ser vivo; uma fera.
Num sentido mais restrito, o ser humano.
Assim, dizemos que alguém estava com pro-
blemas e não havia criatura alguma presente
para ajudá-lo.”
Observe que a vida da planta está in-
cluída nessa definição. Definitivamente é
preciso alguma limitação sobre a palavra,
pois não podemos sair por aí mastigando pe-
dras.
Na passagem em Marcos, descobrimos
que o versículo seguinte apresenta uma limi-
tação com respeito a quem devemos pregar a
mensagem do evangelho. No texto, encon-
traremos a limitação do versículo anterior.
“Proibindo o casamento e ordenando a absti-
nência dos manjares que Deus criou para os fiéis
84
e para os que conhecem a verdade.” 1 Timóteo
4:3. Diz: “ordenando a abstinência dos manja-
res”. A palavra “manjar” significa apenas
alimentos de vários tipos. Às vezes significa
carne, mas às vezes não.
Aqui somos informados de que o en-
gano dos últimos dias será proibir as pessoas
de comerem alimentos “que Deus criou para
serem recebidos com ações de graças”. A pala-
vra criou é a palavra grega ktizo (Strong’s #
2936), que significa simplesmente “fabri-
cado ou formado originalmente”. Isso se re-
fere ao que Deus criou originalmente — não
apenas o que Ele permitiu que mais tarde se
comesse. Quando o próximo versículo afirma
que “toda criatura de Deus é boa, e não há nada
que rejeitar, sendo recebido com ações de gra-
ças”, está se falando do contexto de cada
coisa criada, que Deus originalmente formou

85
para que dela nos sirvamos com ações de
graças.
E o que Deus criou originalmente para
que possamos comer com ações de graças?
Não foram os alimentos de origem animal,
mas uma dieta que consistia apenas em vida
vegetal. “E disse Deus: Eis que vos tenho dado
toda erva que dá semente e que está sobre a face
de toda a Terra e toda árvore em que há fruto de
árvore que dá semente; ser-vos-ão para man-
timento.” Gênesis 1:29. Esse era o plano ori-
ginal de Deus, e é esse o plano ao qual deve-
mos retornar enquanto nos preparamos para
a Canaã celestial.
Podemos ver claramente que essa pro-
fecia se refere aos que condenam aqueles que
ensinam as pessoas a retornar ao plano ali-
mentar original de Deus para a humanidade.

86
Referências bibliográficas
1 Este dia com Deus, p. 185.

2 Christian Temperance and Bible Hygiene, p.


118.

3 The Paulson Collection, p. 362.

4 “Os tecidos dos suínos estão cheios de parasi-


tas. Sobre o porco, Deus disse: ‘É imundo para
vós; não comereis da sua carne, nem tocareis no
seu cadáver’. Deuteronômio 14:8. Essa ordem
foi dada porque a carne de suínos é imprópria
para a alimentação. Os suínos são necrófagos, e
esse é o único propósito a que se destinam.
Nunca, em nenhuma circunstância, sua carne
deve ser comida por seres humanos. É impossí-
vel que a carne de qualquer criatura viva seja
saudável quando a sujeira é seu elemento natu-
ral e quando se alimenta de tudo que é detestá-
vel.” — A ciência do bom viver, pp. 313 e 314.

87
5 É verdade que nem todo anseio ou desejo é pe-
cado, assim como nem toda cobiça é pecado.
“Portanto, procurai com zelo os melhores dons;
e eu vos mostrarei um caminho ainda mais ex-
celente.” 1 Coríntios 12:31. Mas quando olhamos
para o quadro completo com relação aos alimen-
tos cárneos, podemos ver que é algo que não es-
tava no plano original de Deus e nem fará parte
de Seus planos para o futuro.

6 A ciência do bom viver, pp. 311 e 312.

7 The Spirit of Prophecy, vol. 1, p. 265.

8 Depois do dilúvio, Deus lhes concedeu permis-


são para comer carne de animais limpos. Mas
ainda não era o ideal para eles, de acordo com o
plano de Deus. “Como Deus havia anterior-
mente dado a eles a erva da terra e o fruto do
campo, agora, nas circunstâncias peculiares em
que se encontram, permite-lhes ingerir alimento
animal. Mesmo assim, vi que a carne de animais

88
não era o alimento mais saudável para o ho-
mem.” — The Spirit of Prophecy, vol. 1, p. 79.

9 Conselhos sobre o regime alimentar, p. 82

10 A ciência do bom viver, p. 312.

11 Testemunhos para a igreja, vol. 3, p. 62

12 “Para saber quais são os melhores alimentos,


devemos estudar o plano original de Deus para
a dieta do homem. Aquele que criou o homem e
compreende suas necessidades, designou a
Adão o seu alimento. ‘Eis’, disse Ele, ‘que vos te-
nho dado toda erva que dá semente, [...] e toda
árvore em que há fruto de árvore que dá se-
mente; ser-vos-á para mantimento.’ Gênesis
1:29. Ao deixar o Éden para ganhar seu sustento
lavrando a terra sob a maldição do pecado, o ho-
mem recebeu permissão para comer também ‘a
erva do campo’. Gênesis 3:18.

89
“Grãos, frutas, nozes e vegetais constituem a di-
eta escolhida por nosso Criador. Esses alimen-
tos, preparados da maneira mais simples e natu-
ral possível, são os mais saudáveis e nutritivos.
Eles comunicam uma força, uma resistência e
um vigor de intelecto que não são proporciona-
dos por uma dieta mais complexa e estimu-
lante.” — A ciência do bom viver, pp. 295 e 296.

13 Christian Temperance and Bible Hygiene, p.


119.

14 O maior discurso de Cristo, p. 69.

15 “A história do antigo Israel é uma notável


ilustração da experiência passada do povo ad-
ventista. Deus conduziu Seu povo no movi-
mento do advento, assim como conduziu os fi-
lhos de Israel do Egito. No grande desaponta-
mento, sua fé foi provada, assim como a dos he-
breus no mar Vermelho. Se ainda tivessem con-
fiado na mão que os guiara em sua experiência

90
anterior, teriam visto a salvação de Deus. Se to-
dos os que trabalharam unidos na obra em 1844
tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo
e a tivessem proclamado no poder do Espírito
Santo, o Senhor teria operado poderosamente
mediante seus esforços. Uma inundação de luz
teria sido derramada sobre o mundo. Há anos,
os habitantes da Terra teriam sido advertidos, a
obra final teria sido concluída, e Cristo teria
vindo para a redenção de Seu povo.

“Não era vontade de Deus que Israel vagasse


quarenta anos no deserto; Ele desejava conduzi-
los diretamente à terra de Canaã e estabelecê-los
lá como um povo santo e feliz. Mas ‘não pude-
ram entrar por causa da sua incredulidade’. He-
breus 3:19. Por causa de sua apostasia e des-
crença, pereceram no deserto, e outros se ergue-
ram para entrar na Terra Prometida. Da mesma
forma, não era vontade de Deus que a vinda de
Cristo fosse tão adiada, e que Seu povo perma-
necesse tantos anos neste mundo de pecado e
91
tristeza. Mas a incredulidade os separou de
Deus. Ao se recusarem a fazer a obra a que os
designara, outros foram levantados para procla-
mar a mensagem. Em misericórdia para com o
mundo, Jesus retarda Sua vinda, para que os pe-
cadores tenham a oportunidade de ouvir a ad-
vertência e encontrar nEle um abrigo ‘antes que
a ira de Deus se derrame’.” — O grande conflito,
pp. 457 e 458.

16 Christian Temperance and Bible Hygiene, p.


118

17 “‘Comeu cada qual o pão dos anjos’ (Salmo


78:25, Almeida, Revista e Atualizada) — isto é,
alimento provido a eles por anjos.” — Patriarcas
e profetas, p. 297.

18 Ibidem, pp. 118 e 119.

19 The Spirit of Prophecy, vol. 1, pp. 284 e 285.

20 Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 69.


92
21 Conselhos sobre o regime alimentar, p. 382.

22 Testemunhos para a igreja, vol. 9, pp. 159 e


160.

23 Spalding and Magan Colection, pp. 427 e


428.

24 Ibidem, pp. 427-429.

25 EGW Biography, vol. 6, pp. 201-203.

26 Testemunhos para a igreja, vol. 9, pp. 159 e


160.

27 Ibidem, p. 163.

28 “Ao pregar o evangelho aos pobres, sou ins-


truída a dizer-lhes que comam os alimentos
mais nutritivos. Não posso dizer a eles: ‘Vocês
não devem comer ovos, nem leite, nem nata. Vo-
cês não devem usar manteiga no preparo dos ali-
mentos’.”

93
29 Conselhos sobre o regime alimentar, p. 407.

30 Christian Temperance and Bible Hygiene, p.


119.

31 Conselhos sobre o regime alimentar, p. 411.

32 Ibidem, pp. 384 e 385.

33 Ibidem, p. 407.

34 Medicina e salvação, p. 281.

35 Conselhos sobre o regime alimentar, p. 382.

36 Ibidem, pp. 390 e 391.

37 General Conference Bulletin, 6 de abril de


1903.

38 Manuscript Releases, vol. 13, p. 339.

39 Spalding and Magan Collection, p. 428.

94
40 Testemunhos para a igreja, vol. 1, p. 469 e
470.

41 Conselhos sobre o regime alimentar, pp. 401


e 402.

42 “A mensagem do terceiro anjo deve preparar


um povo para subsistir nestes dias de perigo.
Deve ser proclamada em alta voz e realizar uma
obra que poucos percebem.” — Testemunhos
para a igreja, vol. 8, p. 94.

43 Testemunhos para a igreja, vol. 6, p. 327.

44 Fé e obras, p. 100.

45 Testemunhos para a igreja, vol. 9, pp. 153 e


154.

46 Conselhos sobre saúde, pp. 443 e 444.

47 Notebook Leaflets, vol. 1, p. 60.

48 Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 389.


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