UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

UNIDADE 4

– Atmosfera Terrestre –

DISCIPLINA: Fundamentos
de Climatologia
PROFESSORA: Daisy Beserra Lucena

E-mail: daisyblucena@gmail.com
 Definição

A atmosfera é uma camada relativamente fina de gases, vapor

d’água e material particulado (aerossóis), constituindo o que se
chama de ar, que envolve a superfície da Terra.
Limites da atmosfera

O limite inferior é definido pela

superfície da terra, os continentes
e oceano. A passagem da
atmosfera para o espaço
interplanetário, onde reina quase
o vácuo, faz-se por transição
gradual, de modo que se torna
difícil marcar um limite superior.
02 Profa. Daisy Lucena
 Definição

Visto do espaço, o planeta

Terra aparece como uma
esfera de coloração azul
brilhante. Esse efeito
cromático é produzido pela
dispersão da luz solar sobre
os gases atmosféricos.

03 Profa. Daisy Lucena


1. Filtra e absorve
apresenta-se como uma “capa
protetora”, refletindo para o espaço
exterior ou absorvendo as radiações
solares que seriam excessiva para a
vida na terra.
3. Controla a temperatura
Absorve uma parte significativa da radiação
ultravioleta que, ao atingir a Terra, uma vez
que a temperatura seria muitas vezes mais
elevada, impossível de suportar pelas atuais
espécies animais e vegetais. Evita que o calor
libertado pela superfície da Terra, a irradiação
terrestre, se perca para as altas camadas da
atmosfera, e fique retido na troposfera e, deste
modo, assegura a manutenção das
03
temperaturas durante o noite.
Funções da Atmosfera
2. Protege
Constitui uma barreira imprescindível à
entrada de corpos estranhos na
atmosfera, tais como os meteoritos. Estes,
devido ao atrito provocado pelo ar,
incendeiam-se e acabam por pulverizar-
se, evitando que atinjam a superfície do
planeta na sua total dimensão.
4. Fonte de vida
A sua composição contém
elementos fundamentais à
vida.
Profa. Daisy Lucena
 Importância da Atmosfera
 Ambiente propício à vida
 Fluxo de energia
 Fluxo hídrico
 Proteção contra efeitos danosos do planeta
- Radiação
- Temperatura
- Impede a perda de gases essenciais
- Barreira mecânica
 Equilíbrio climático do globo
 Fenômenos meteorológicos
 Interface solo-atmosfera está diretamente ligada à atividade agrária

05 Profa. Daisy Lucena

 Composição da Atmosfera

O ar atmosférico é uma mistura de vários gases, que, em condições

normais, se apresenta inodora, insípida e incolor. Presa a Terra por
ação da gravidade, acompanha a massa sólida em todos os seus
movimentos e, pela mesma razão, mantém íntima relação com a
massa líquida.

A composição da atmosfera não é constante nem no tempo, nem

no espaço. Contudo ela é praticamente uniforme na troposfera,
dada a turbulência do ar, que provoca uma mistura continua.

Na análise da composição do ar é conveniente suprimir o vapor

d’água, exatamente porque sua concentração varia muito no tempo
e no espaço, alterando as proporções dos demais constituintes.
Quando se desumidifica o ar, obtém-se o chamado “ar seco”.
06 Profa. Daisy Lucena

O ar seco tem, basicamente,
a seguinte composição:
Figura 1 – Composição do ar seco
Fonte: obtida da internet
07
Composição da Atmosfera
O 1% restante é composto de outros
gases, alguns permanentes ou não
variáveis e outros variáveis, tais como:
Permanentes: argônio (Ar), neônio
(Ne), hélio (He), metano (CH4),
criptônio (Kr), Hidrogênio (H2)e o
xenônio (Xe).
Variáveis: vapor d’água (H20), dióxido
de carbono (CO2), ozônio (O3), dióxido
de enxofre (SO2) e dióxido de
nitrogênio (NO2).
Profa. Daisy Lucena
 Importância dos principais gases atmosféricos
VAPOR D’ÁGUA
Em seu estado real, o ar atmosférico nunca se apresenta
completamente seco. Entretanto, sua quantidade é variável,
dependendo do tempo e do lugar. Apesar de sua baixa concentração,
o vapor d’água é um dos constituintes atmosféricos importantíssimo.

É matéria prima na formação de nuvens

 Veículos para o transporte de calor na atmosfera
 Termorregulador.

Nos trópicos úmidos e quentes

constitui não mais que 4% do volume
da baixa atmosfera, enquanto sobre
os desertos e regiões polares pode
constituir uma pequena fração de 1%.
08 Profa. Daisy Lucena
 Importância dos principais gases atmosféricos
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

Embora presente em pequenas proporções, desempenha, também,

a exemplo do vapor d'água, o papel de termorregulador, sendo
absorvedor eficiente de radiação de ondas longas. É de grande
importância para a fotossíntese das plantas.

A crescente emissão de CO2 para a atmosfera, em razão do uso

generalizado de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás
natural), representa uma preocupação a mais atualmente. Teme-se
que o aumento de CO2 na atmosfera possa causar um
superaquecimento da mesma, com o conseqüente desequilíbrio
climático do Globo, o que poderá, em última análise, colocar em
risco a sobrevivência da humanidade.
09 Profa. Daisy Lucena
 Importância dos principais gases atmosféricos
OZÔNIO (O3)

Ele tem presença relativamente pequena e distribuição não

uniforme, concentrando-se entre 10 e 50 Km. Sua distribuição varia
também com a latitude, estação do ano, horário e padrões do
tempo, podendo estar ligadas a erupções vulcânicas e atividade
solar.

A presença de ozônio é vital devido a sua capacidade de absorver a

radiação ultravioleta, impedindo assim, que essa radiação letal
chegue à superfície da terra.

Se em grande quantidade é considerado poluente, em virtude o seu

poder oxidante, causando danos à vegetação e a saúde animal.

10 Profa. Daisy Lucena

 Importância dos principais gases atmosféricos
AEROSÓIS
Pequenas partículas, líquidas e sólidas, ou seja, materiais não
formadas por água ou gelo, de tamanho microscópico ou não.

Algumas dessas partículas são provenientes do solo, de fumaças ou

de sais de origem oceânica, que são elevadas e dispersadas pelo
vento e correntes de ar.

Muitas dessas partículas são pequeníssimas, mas exercem dois

efeitos importantes sobre o tempo: primeiro absorvem água e
constituem os núcleos em torno dos quais ocorre a condensação do
vapor d'água; segundo interceptam uma parte do calor solar,
diminuindo, sensivelmente, a temperatura média nas regiões
afetadas.
11 Profa. Daisy Lucena
 Estrutura Vertical da Atmosfera
A estrutura vertical da atmosfera é extremamente variável
quanto a inúmeros aspectos:
composição, temperatura, umidade, pressão, movimentos,
dentre outros.

A atmosfera terrestre é didaticamente

subdividida em cinco principais camadas, a
saber troposfera, estratosfera, mesosfera,
termosfera e exosfera.
Cada estrato (ou camada) apresenta regime
térmico e composição química específicas. É
importante chamar a atenção, que as camadas
interagem entre si, trocando propriedades,
uma vez que não existem limites físicos que as
separem.
12 Profa. Daisy Lucena
 Estrutura Vertical
da Atmosfera

13 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera

14 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical
da Atmosfera

15 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
TROPOSFERA

 Contato com a superfície terrestre (é a camada onde vivemos) É também na troposfera

 Altitude aproximada: 15-18 km (equador) e 6-8 km (pólos) que ocorre a poluição do
ar. Os aviões de
 Espessura variável (estações do ano e latitude)
transporte de cargas e
 Fenômenos meteorológicos importantes passageiros voam nesta
 Movimentos atmosféricos horizontais e verticais intensos camada.
 Temperatura diminui com a altitude (6,5o C/Km) – gradiente térmico
 Aquecida, principalmente, pela absorção da radiação de ondas longas emitida
pela superfície terrestre
 Contém 75% da massa total da atmosfera
e praticamente todo o vapor d’água
 É a camada que apresenta maior densidade
 A velocidade dos ventos normalmente aumenta
com a altura devido ao efeito de fricção com a superfície

16 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
TROPOPAUSA

 Embora não seja propriamente uma camada, ela é uma região de

transição entre a troposfera e a estratosfera.

 Possuir um gradiente térmico vertical muito pequeno, por isso se

diz, uma região isotérmica (-50 a 55oC), ou seja, gradiente
térmico = 0
 Espessura varia de 3 a 5 Km

17 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
ESTRATOSFERA

 Limite superior aproximadamente 50 Km de altitude

 temperatura aumenta com a altitude (ozônio)
 Frio por baixo / quente por cima  sem movimentos verticais
 Os ventos alcançam velocidades maiores que 100 Km/h
 Contém pouco ou nenhum vapor d’água
Aviões supersônicos e balões
de medição climática podem
atingir esta camada.
Os aviões deslocam-se pela
estratosfera porque ela é mais
estável que a troposfera.

Camada onde acontece Nuvens nacaradas normalmente se formam nesta

o efeito estufa. camada no inverno em latitudes elevadas. A
estratosfera é geralmente muito seca e por isso a
18 Profa. Daisy Lucena
formação de nuvens é rara.
 Estrutura Vertical da Atmosfera
ESTRATOPAUSA

 Região de transição entre a estratosfera e mesosfera.

É caracterizada pela isotermia.

 Atinge a temperatura de 0°C.

 Possui uma espessura variando de 3 – 5 Km.

19 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
MESOSFERA

 Limite superior aproximadamente a 80 Km de altitude

 Temperatura diminui com a altitude (3,5°C/km)
 Temperatura mais baixa de toda a atmosfera (-90°C)
 Presença de íons e partículas livres.
 Os movimentos embora tênues, existem.
Na mesosfera ocorrem os fenômenos de
aeroluminescência das emissões da
hidroxila (OH) e de meteoros decorrente
da combustão dos meteoroides
(partículas/blocos rochosos cósmicos que
se chocam com a Terra).
onde existem os íons  pequenas partículas
elétricas  utilizados para fazer a transmissão
de rádio e TVs.

20 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
MESOPAUSA

Região de transição entre a mesosfera e a termosfera.

É isotérmica

Espessura de aproximadamente 10 Km.

21 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
TERMOSFERA

 A partir de 90 Km de altitude

 Ionosfera (primeiros 50 Km da termosfera)

 Grande quantidade de átomos e moléculas ionizadas e elétrons

livres, pela ação fotoquímica da radiação solar, o que permite
refletir eficientemente ondas de rádio.

22 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
EXOSFERA

 Ela começa a aproximadamente 500 km de altura.

 Não existe uma altura específica que delimite atmosfera e espaço.

 É formada basicamente por metade de gás hélio e metade de

hidrogênio.

 Nesta camada acontecem a aurora boreal, no Polo Norte

e, aurora austral, no Polo Sul.

 Os satélites de transmissão de informações, telescópios espaciais

localizam nessa camada

23 Profa. Daisy Lucena

 Estrutura Vertical da Atmosfera
EXOSFERA

Aurora boreal Aurora austral

Fotos obtidas na internet

São fenômenos visuais que ocorrem nas regiões polares e podem ser
visualizadas, no período noturno ou final de tarde, a olho nu
nas regiões onde ocorrem. São verdadeiros shows de luzes coloridas e
brilhantes, que ocorrem em função do contato dos ventos solares com o campo
magnético do planeta Terra. Estes fenômenos são mais comuns entre os meses
de fevereiro, março, abril, setembro e outubro.
24 Profa. Daisy Lucena
 - Atividade Prática 4 -
Leitura complementar
(abordagem crítica)

DIAS, A.A.C.; ANDRADE-NETO, A.V.; MILTÃO, M.S.R. A atmosfera

terrestre: composição e estrutura. Caderno de Física da UEFS. 05 (01
e 02): 21-40, 2007.

25 Profa. Daisy Lucena