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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – ICEN


CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS – CUR
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

MEG CAROLINE DO COUTO


RAIANE TEIXEIRA XAVIER

BACTÉRIAS VEICULADAS POR FORMIGAS EM AMBIENTES RELACIONADOS À SAÚDE

RONDONÓPOLIS – MT
2019
MEG CAROLINE DO COUTO
RAIANE TEIXEIRA XAVIER

BACTÉRIAS VEICULADAS POR FORMIGAS EM AMBIENTES RELACIONADOS À SAÚDE

Trabalho de Curso apresentado como requisito parcial


para aprovação e obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem pela Universidade Federal de Mato
Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis

Orientador(a): Profa. Dra. Helen Cristina Fávero Lisboa.

RONDONÓPOLIS – MT
2019
AGRADECIMENTOS

O nosso profundo agradecimento, primeiramente, a Deus por prover a sabedoria


necessária para nortear nosso caminho durante o período de graduação.

À nossa família, pela compressão nos momentos de ausência e pelo apoio e incentivo
nos estudos.
À nossa orientadora Helen Cristina Fávero Lisboa, pela paciência, pela amizade, pelas
orientações e por nos guiar na construção do presente trabalho.
À nossa companheira Milene Moreno Ferro Hein, que sempre esteve disposta a nos
auxiliar em procedimentos laboratoriais, tornando-se integrante fundamental para
desenvolvimento desta pesquisa.
À todos os professores do curso de Enfermagem, pelos ensinamentos e dedicação
para garantia de uma formação de qualidade.
SUMÁRIO

Resumo ............................................................................................................. 5
Abstract ............................................................................................................. 5
1.Introdução ...................................................................................................... 5
2.Metodologia .................................................................................................... 6
2.1 Coleta do inseto .......................................................................................... 6
2.2 Crescimento em caldo ................................................................................. 7
2.3 Isolamento dos microrganismos .................................................................. 7
2.4 Análise microbiológica ................................................................................. 7
3.Resultados e Discussão ................................................................................. 7
4.Conclusão .................................................................................................... 10
Referências ..................................................................................................... 10
Anexo .............................................................................................................. 15
5

BACTÉRIAS VEICULADAS POR FORMIGAS EM AMBIENTES RELACIONADOS À


SAÚDE

BACTERIA CARRIED BY ANTS IN HEALTH-RELATED ENVIRONMENTS

Resumo: A presença de formigas em ambientes destinados à saúde pode gerar risco aos seres humanos,
considerando que podem agir como veículo na disseminação de diversos microrganismos potencialmente
patogênicos. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo isolar e identificar os microrganismos
transportados por formigas presentes em ambientes relacionados à saúde. A coleta dos insetos foi realizada
em instituição de longa permanência de idosos e unidade de pronto atendimento. As formigas capturadas,
foram inseridos em meio de cultura líquido para o pré-cultivo dos microrganismos. Em seguida uma alíquota
da cultura foi semeada em ágar sangue e ágar Mueller Hinton visando a obtenção de cultura pura e estas
então avaliadas quanto a classificação morfo-tintorial (Gram). As colônias de cocos Gram positivo foram
submetidas a testes para a diferenciação de Staphylococcus e Streptococcus. Os bacilos Gram-negativos
classificados quanto a fermentação de carboidratos. Foram isoladas 14 cepas de bactérias, sendo 7%
Streptococcus pneumoniae, 43% Staphylococcus coagulase negativo, e 50% bacilos Gram-negativos
(21,5% fermentadores e 28,5% não fermentadores). Os resultados obtidos mostram a ação vetorial de
formigas no transporte de bactérias, muitas das quais patogênicas, representando um perigo potencial à
saúde.
Palavras-chave: formigas; bactérias; saúde.

Abstract: The presence of ants in health environments can create a risk to humans, considering that they
can act as a vehicle for the dissemination of several potentially pathogenic microorganisms. In this context,
the study aimed to isolate and identify microorganisms carried by ants present in health-related
environments. Insect collection was carried out at a long-term care facility and an emergency care unit. The
captured ants were placed in liquid culture medium for the preculture of microorganisms. Then an aliquot of
the culture was seeded on blood agar and Mueller Hinton agar in order to obtain pure culture and these were
then evaluated for morphotintorial classification (Gram). Gram positive cocci colonies were tested for
Staphylococcus and Streptococcus differentiation. Gram-negative bacilli rated for carbohydrate
fermentation. Fourteen strains of bacteria were isolated: 7% Streptococcus pneumoniae, 43% Coagulase
negative Staphylococcus, and 50% Gram-negative bacilli (21.5% fermenters and 28.5% non-fermenters).
The results show the vector action of ants in the transport of bacteria, many of them pathogenic, representing
a potential health hazard.
Keywords: ants; bactéria; health.

1. INTRODUÇÂO

Os artrópodes são considerados como um dos mais importantes veículos de


patógenos em ambiente hospitalar (JACOB; ALVES, 2014). Entre eles, as formigas,
são as que mais se adaptam aos diferentes ambientes (TEIXEIRA et al., 2009), sendo
atraídas por alimentos ou medicamentos e circulando por diversas áreas do
estabelecimento, transportando patógenos e estando relacionadas ao aumento de
casos de infecção hospitalar (VIEIRA; ALVEZ; SILVA et al; 2013). Outros problemas
causados pelas formigas incluem irritações e lesões na pele, rejeição psicológica além
de poder falsear resultados laboratoriais contaminando placas de cultivo (FONTANA et
al., 2010).
6

Por outro lado, as formigas despertam menos aversão nas pessoas quando
comparadas a outros insetos, não estando associadas à sujeira ou a propagação de
patógenos. Nota-se assim, que não há o empenho necessário para o seu controle,
inclusive em ambientes relacionados à saúde, onde a dispersão microbiana pode
representar risco à saúde (NUNES; SOARES; REIS, 2018).

São diversos os fatores que influenciam na presença de formigas em ambientes


relacionados à saúde. Dentre esses, pode-se citar a infraestrutura, a proximidade a
residências, fatores climáticos, alterações térmicas, as embalagens de medicamentos
que podem trazer nichos de formigas para o ambiente interno, circulação de grande
número de pessoas, além de alimentos que funcionam como atrativo (TANAKA et al.
2007). O controle das formigas é muito difícil, pois é escasso o conhecimento de sua
biologia em ambientes não naturais (VIEIRA et al., 2013). Além disso, não se pode
adotar estratégias padrão de controle, devido a sua diversidade e a sua distribuição,
que variam muito dependendo do ambiente (MAIA; GUSMÃO; BARROS, 2009).
Destaca-se ainda ser complexa a erradicação de formigas em prédios urbanos,
especialmente quando é considerado ambientes hospitalares e áreas relacionadas.
Numerosos esforços de controle têm sido empregados, mas a maioria dos resultados
tem apresentado efeitos temporários (FONSECA et al., 2010),

Dessa forma a circulação de formigas em ambientes relacionados à saúde,


oferece um risco em potencial podendo ser ainda mais prejudicial em se tratando de
pacientes com maior vulnerabilidade à infecções e que dependem de cuidados
contínuos (PEREIRA, 2013). Por esse motivo, a ocorrência de formigas em tais locais
tornou-se foco de pesquisa devido à exposição de pacientes aos riscos associados a
esses insetos. Além da qualidade da assistência à saúde em hospitais urbanos também
sofrer com o problema do aumento de vetores (MAXIMO et al., 2014).

As principais bactérias causadoras de infecções em ambientes relacionados à


saúde são variáveis nos diferentes setores, mas observa-se que algumas são mais
comuns, enquanto outras apresentam uma enorme dificuldade de tratamento, por
apresentarem resistência a antimicrobianos (PEREIRA, 2013). O crescente número de
microrganismos resistentes aos antibacterianos tem sido motivo de preocupação,
devido entre outros fatores, a redução do arsenal terapêutico ou pelo risco relacionado
ao óbito dos pacientes (OLIVEIRA et al., 2010).

A presença de patógenos no tegumento de formigas-operárias encontradas em


praticamente todas as repartições do hospital e ambientes relacionados, permite
caracterizar este inseto como importante via de disseminação de doenças
infectocontagiosas (PESQUERO et al, 2008). Dessa forma, por constituírem um
problema de saúde pública, relacionado ao transporte de patógenos, tornam-se
importante os estudos sobre veiculação de microrganismos patogênicos associados às
formigas, visando a diminuição da incidência de infecções, da mortalidade e gastos em
saúde. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo identificar as bactérias
veiculadas por formigas em ambientes de saúde.

2. METODOLOGIA

2.1 Coleta do inseto: a coleta das formigas foi realizada na enfermaria de uma
Unidade de Pronto-Atendimento e Instituição de longa permanência de idosos de uma
cidade na região sul de Mato Grosso. Estas foram atraídas com iscas (goiabada, mel e
açúcar) dispostas em placas de Petri estéreis e mantidas no local por um período de 3
horas.
7

2.2 Crescimento em Caldo: Após capturadas, as formigas foram coletadas


manualmente com o auxílio de pinças esterilizadas e colocados em tubos de ensaio
contendo 5 mL de caldo BHI (Brain Heart Infusion), e incubadas em estufa a 37 °C por
24-48 horas.

2.3 Isolamento dos microrganismos: Verificada a turvação do caldo, uma


alíquota de 0,1 mL da cultura foi semeada por esgotamento em ágar sangue e
incubadas por 48 horas a 37 oC. As colônias crescidas foram submetidas a um re-
isolamento em ágar Mueller Hinton, incubadas a 37 °C por 48 horas, a fim de se obter
colônias puras.

2.4 Análise microbiológica: Após crescimento, as colônias foram avaliadas


segundo a coloração de Gram, visando a caracterização morfo-tintorial de cada colônia.
As colônias de cocos Gram positivos foram submetidas aos ensaios para identificação
4rfde diferentes espécies de estafilococos e estreptococo sendo realizados o testes da
catalase, coagulase, crescimento em ágar manitol e DNAse além de ensaios de
sensibilidade à novobiocina para a diferenciação de Staphylococcus epidermidis e
Staphylococcus saprophyticus, e sensibilidade à bacitracina e optoquina para
diferenciação de Streptococcus pyogenes ou S. pneumoniae. Os bacilos Gram
negativos foram submetidos a testes específicos para diferenciação em bacilos Gram
negativos fermentadores (BGNF) e não fermentadores (BGNNF) de carboidratos. Para
tal análise estes foram cultivado em meios tríplice açúcar ferro (TSI), EMB (Eosin
Methylene Blue) e em caldo verde brilhante, sendo este último para identificação de
coliformes fecais.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram coletadas 34 formigas e destas isoladas 14 cepas de bactérias, sendo 7


Bacilos Gram-negativos (21,5% fermentadores e 28,5% não fermentadores). Entre os
cocos gram positivos foram identificados 6 Staphylococcus coagulase negativa (SCN)
(36% S. epidermides) e 1 Streptococcus pneumoniae (tabela 1).

Tabela 1 - Bactérias isoladas de formigas capturadas em ambientes relacionados à saúde.


Microrganismos isolados Frequência absoluta (n) %
Bacilos Gram Negativos 7 50
Fermentadores 3 21,5
Não fermentadores 4 28,5
S. coagulase negativo 6 43
S. epidermidis 5 36
Não identificado 1 7
Streptococcus pneumoniae 1 7
Fonte: Próprio autor

No presente estudo 50% da cepas veiculadas pelas formigas foram Gram


negativas. Peçanha (2000) em seu estudo verificou que bactérias Gram negativas
transportadas pelo inseto apresentaram níveis de resistência quantitativamente e
qualitativamente mais elevados que as bactérias recuperadas do ambiente, indicando
as formigas como possíveis vias de dispersão de resistência dentro do ambiente
hospitalar. Em pesquisas realizadas com formigas em relação à capacidade de
disseminação e resistência a antimicrobianos, os bacilos Gram negativos e Gram
8

positivos destacam-se entre os principais grupos de microrganismos isolados


(PEREIRA; UENO, 2013).

Embora os gêneros e espécies dos bacilos gram negativos não fermentadores


(BGNNF) não tenham sido identificado nesse estudo, a importância das infecções
causadas por essa classe de microrganismos aumentou em instituições hospitalares a
partir da década de 1970, tendo como principais representantes Pseudomonas
aeruginosa, Acinetobacter spp., Stenotrophomonas maltophilia e Burkholderia cepacia
(FALAGAS e KOPTERIDES, 2006; CEZARIO et al., 2009), que apresentam resistência
a um grande número de antibióticos. Essas infecções têm origem a partir de diversos
fatores, como uso de substâncias imunossupressoras, utilização abusiva de agentes
antimicrobianos de amplo espectro, procedimentos cirúrgicos prolongados e
instrumentação mecânica inadequada (NOUÉR, 2007). A identificação desse grupo de
bactérias é de grande importância nos casos de infecção relacionada à assistência à
saúde, pois são causadoras de infecções em pacientes graves, submetidos a
procedimentos invasivos, sendo considerada patógenos oportunistas (BRASIL, 2013).

Em estudo sobre a prevalência e o perfil de resistência de BGNNF em pacientes


internados em Porto Alegre (RS), foi constatado que dos 14.971 laudos analisados, essa
classe de bactérias estava presente em 326 (2,18%) (DELIBERALI et al.,2011). Tal
classe apresentando fatores de virulência que facilitam a invasão e disseminação no
organismo humano têm significativa importância pelo risco que proporcionam aos
pacientes, ainda que sejam de baixa prevalência na rotina. Além disso, pacientes
colonizados por tais patógenos, apresentam altas taxas de morbimortalidade uma vez
que apresentam expressiva resistência aos antimicrobianos, que dificulta a escolha
terapêutica (DELIBERALI et al., 2011).

Dentre o grupo de bacilos fermentadores (BGNF) estão as enterobactérias,


associadas principalmente à enteropatologias, que podem trazer complicações a
pacientes que estão em instituições de saúde. Estas estão envolvidas na causa de
doenças como diarreias, infecções em feridas e queimaduras, sendo responsáveis por
cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das septicemias (BRASIL, 2013).

Neste estudo, foi identificado uma cepa de Escherichia coli, BGNF de importância
clínica, pertencente à família das enterobactérias as quais estão presentes no intestino
humano e na natureza, sendo encontradas no solo, água, frutas, vegetais e produtos de
origem animal, como a carne e ovos (BRASIL, 2013). Dentre as complicações
relacionadas à Escherichia coli, são incluídas as infecções, como sepse, infecções do
trato urinário como pielonefrites e cistites. Pacientes internados com sondagens
vesicais, apresentam maior risco para desenvolvimento de infecção urinária por
Escherichia coli, visto que tais infecções dependem principalmente das técnicas de
sondagem, duração da cateterização, qualidade do cateter e da suscetibilidade do
paciente (DINIZ; SANTOS, 2016).

No presente estudo, foi identificada 1 cepa de Streptococcus pneumoniae. Este


é encontrado na nasofaringe de indivíduos saudáveis, fazendo parte da microbiota
normal do trato respiratório superior, variando sua frequência principalmente em função
da idade, sendo a colonização mais prevalente em crianças do que em adultos (BRASIL,
2013). O S. pneumoniae é capaz de provocar doenças invasivas graves como
meningite, bacteremia, sepse, peritonite, artrite/osteomielite e não invasivas, como otite
média aguda, sinusite, conjutivite e pneumonia, principalmente em indivíduos com maior
vulnerabilidade imunológica, como idosos e crianças (MENEZES, 2014). Além disso, o
Streptococcus pneumoniae está entre os principais responsáveis por causar pneumonia
por aspiração orotraqueal (COSTA et al.,2016).
9

A pneumonia é uma das mais temíveis em ambientes relacionados à saúde, sendo


considerada a principal causa de infecção nosocomial em UTI, incidindo, em mais de
90% dos casos, nos pacientes intubados e ventilados mecanicamente, além do uso de
traqueostomia e sonda nasoenteral (CARRILHO et al, 2006).

Foram identificadas nessa pesquisa 6 cepas de Staphylococcus coagulase


negativa (SCN). Estes são exemplos de bactérias presentes na microbiota natural da
pele, mas que também podem ser patogênicos quando em pacientes imunodeprimidos
(MONTEIRO, 2016), estando frequentemente envolvidos em processos infecciosos em
pacientes imunocomprometidos ou em pacientes que fazem uso de cateteres. Pereira
e Ueno (2008) em semelhante estudo realizado em Hospital Universitário de Taubaté-
SP, encontrou 19 cepas de Staphylococcus coagulase-negativos. É crescente a
importância dos SCN, representando um dos grupos mais isolados em infecções
hospitalares, sendo o Staphylococcus epidermidis um dos principais agentes de
bacteremias, infecções pós-operatórias e infecções do trato urinário (MASON, 2001).

As principais razões para o aumento da taxa de infecções por SCN nos últimos
anos são o aumento da resistência aos antimicrobianos e uso crescente de dispositivos
médicos (BERNARDI; PIZZOLITTO; PIZZOLITTO, 2007). Os SCN são a maior causa
de bacteremia em pacientes mantidos em unidades de tratamento intensivo (UTI) e UTI
neonatal com destaque para recém-nascidos de baixo peso, os quais são
imunologicamente imaturos e frequentemente requerem procedimentos invasivos para
administração de substâncias com diferentes finalidades, seja alimentícia ou
medicamentosa (CUNHA et al., 2002).

Dentre os SCN encontrados nesse estudo, foram identificados Staphylococcus


epidermidis (36%), uma das espécies de maior importância clínica (ALCANTRA et al.,
2018). Estes são frequentemente associados a infecções oportunistas em pacientes
debilitados e susceptíveis (VIEIRA et al., 2013). É importante lembrar que essa espécie
é encontrada na pele e mucosas de indivíduos normais. Até pouco tempo atrás, tal
espécie era considerada um contaminante, tendo pouca importância clínica. Porém, nas
últimas décadas, o S. epidermidis tornou-se um dos principal agente de infecções
hospitalares (SAITO et al., 2014; TAJEDDIN et al., 2015). As infecções causadas por S.
epidermidis são frequentemente subagudas ou crônicas, e o diagnóstico nem sempre é
fácil, principalmente em pacientes imunossuprimidos e usuários de drogas intravenosas,
passíveis de desenvolver endocardite (SAITO et al., 2014).

Em estudo realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do


Triângulo Mineiro, Uberaba, MG foi possível observar que 23,7% dos microrganismos
isolados em formigas eram Staphylococcus coagulase negativo (TEIXEIRA et al., 2009).
Outro estudo semelhante realizado em ambiente hospitalar em uma cidade do Rio
Grande do Sul, os isolados de SCN foram os encontrados em maior quantidade,
totalizando 46,2% (JACOB; ALVES, 2014). Ademais, os SCN mantém, geralmente um
relacionamento benigno com seu hospedeiro, habitando a pele e membranas mucosas
de humanos, contudo tais bactérias podem adquirir potencial patogênico no momento
que têm acesso ao tecido do hospedeiro através de trauma da barreira cutânea, como
no caso de inoculação por agulhas ou implante de materiais médicos (CARVALHO et
al., 2014).

Pesquero et al. (2008), encontraram variadas cepas de microrganismos em


formigas capturadas em ambientes hospitalares brasileiros, entre elas Enterobacter
spp., Enterococcus spp., Staphylococcus coagulase negativo (SCN), Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus aureus entre outras. Incluindo cepas multirresistentes,
mostrando a diversidade de bactérias transportadas por formigas e o real risco à saúde
humana.
10

É comum as formigas capturadas em ambientes destinados à saúde


apresentarem nível elevado de contaminação e uma enorme diversidade de bactérias
oportunistas, além de apresentam resistência a medicação antimicrobiana, quando
comparadas a microrganismos isolados de formigas coletadas em outros ambientes
(MAIA et al., 2009; RODOVALHO et al., 2007). Vale ressaltar que tais ambientes
constitui um perfeito habitat para que bactérias adquiriram resistência aos antibióticos,
devido à grande adaptabilidade que estas possuem, respondendo de forma rápida as
mudanças do ambiente, tornando a resistência aos antimicrobianos, uma consequência
natural em virtude da exposição intensa aos antimicrobianos (SANTOS, 2004).

Neste contexto, a coleta e a identificação de patógenos em formigas podem ser


ferramentas valiosas para estimar o potencial de contaminação em diferentes ambientes
(SCHULLER; MATTÉ; MATTÉ, 2009), em especial àqueles relacionados à saúde.

4. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos, verifica-se que as formigas encontradas na


unidade de pronto atendimento e instituição de longa permanência de idoso da cidade
de Rondonópolis/MT apresentam um potencial perigo a saúde pública, por carrearem
bactérias patogênicas, constituindo assim possíveis fontes de infecções especialmente
em pacientes imunodeprimidos.

A partir dos resultados encontrados, evidencia-se a necessidade de intervenções


quanto a presença de formigas em ambientes destinados a assistência à saúde
considerando sua capacidade de atuação como vetores de microrganismos de grande
importância clínica, considerando-se que as bactérias por elas transportados podem
causar danos não apenas em indivíduos sadios, mas principalmente em indivíduos com
maior vulnerabilidade, seja por extremos de idade, doenças de base, dentre outros
fatores.

Tendo em vista a presença de importantes patógenos presentes no tegumento


das formigas analisadas nesse trabalho, infere-se a necessidade de estratégias de
prevenção e controle de insetos que visem resolver o problema. Nesse sentido, os
dados apontam para a necessidade de se implementar diferentes planos de se combater
as formigas em ambientes relacionados à saúde, sendo necessário que a Comissões
sejam formadas, juntamente com os profissionais de saúde e os gestores, e que haja
conscientização do problema a fim de propiciar a implementação de um programa
efetivo de prevenção e controle de pragas e vetores, adotado por todos, de forma
contínua e sistematizada.

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formigas de ambiente hospitalar. Revista Biociências. v. 19, n. 2, p. 83-87, 2013.

PESQUERO, M. A.; ELIAS FILHO, J.; CARNEIRO, L. C.; FEITOSA, S. B.; OLIVEIRA,
M. A. C.; QUINTANA, R. C. Formigas em ambiente hospitalar e seu potencial como
transmissoras de bactérias. Neotropical Entomology, v. 37, n. 4, p. 472-477, 2008.

SAITO, Y.; KOBAYASHI, H.; UETERA, Y.; YASUHARA, H.; KAJIURA, T.; OKUBO, T.
Microbial contamination of surgical instruments used for laparotomy. American
Journal of Infection Control, v.42, n.1, p.43-47, 2014.

SANTOS, N. de Q. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Texto


& Contexto Enferm., v. 13, p. 64-70, 2004.

TAJEDDIN, E.; RASHIDAN, M.; RAZAGHI, M.; SEYED JAVADI, S.S.; JAHANI
SHERAFAT, S.; ALEBOUYEH, M.; SARBAZI, M.R. The role of the intensive care unit
environment and health-care workers in the transmission of bacteria associated with
hospital acquired infections. Journal of Infection and Public Health, v. 9, n. 1, p.13-
23, 2015.

TANAKA, I. T; VIGGIANI, A. M. F. S; PERSON, O. C. Bactérias veiculadas por


formigas em ambiente hospitalar. Arquivos médicos do ABC, São Paulo, v. 32, n. 2,
2007.

TEIXEIRA, M. M.; PELLI, A.; SANTOS, V. M.; REIS, M. G. Microbiota associated with
tramp ants in a Brazilian University Hospital. Neotropical Entomology, v. 38, n. 4, p.
537-541, 2009.
14

VIEIRA, G.D; ALVEZ, T.C; SILVA, O.B; TERASSINI, F.A; PANIÁGUA, N.C; TELES,
O.B.G. Bactérias Gram positivas veiculadas por formigas em ambiente hospitalar de
Porto Velho, Estado de Rondônia. Rev. Pan. Amazo. Saúde, v. 4, n. 3, p. 33-36,
2013.
15

ANEXO
NORMAS PARA SUBMISSÃO DE ARTIGO (TEMPLATE): REVISTA UNIVAP

TÍTULO E SUBTÍTULO, SE HOUVER: DEVEM SER SEPARADOS POR DOIS


PONTOS E NA LÍNGUA DO TEXTO. EM CAIXA ALTA, ARIAL, 11, JUSTIFICADO

TÍTULO E SUBTÍTULO, SE HOUVER EM INGLÊS: EM CAIXA ALTA, ARIAL, 11,


JUSTIFICADO

Resumo: Na língua do texto: deve ser apresentado na terceira pessoa do singular, na voz ativa e redigido
em um único parágrafo, com extensão de 100 a 250 palavras. Arial,9, Itálico.
Palavras-chave: Na língua do texto: palavras que representam os principais assuntos tratados no texto
(entre 3 e 5 palavras); devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave:
separadas entre si por ponto e vírgula e finalizadas por ponto. Arial,9. Ex: fluidos de corte; extrato vegetal;
ultrassom; efeito fungicida.

Abstract: Resumo em língua estrangeira; versão do resumo na língua do texto para o idioma de divulgação
internacional, utilizando as mesmas características (ou em inglês Abstract, ou em espanhol Resumen, ou
em francês Résumé).
Keywords: versão na língua do texto para a mesma língua estrangeira do resumo (ou em inglês Keywords,
ou em espanhol Palabras clave, ou em francês Mots-clés). Ex: cutting fluids; vegetable extract; ultrasound;
fungicidal effect.

1. INTRODUÇÂO

O artigo deve ser inédito, seguindo a linha editorial da revista. Serão submetidos
à apreciação do corpo editorial, com a omissão do nome do autor e dos avaliadores
durante o processo double blind review (o autor não sabe quem é o avaliador e este
também desconhece quem é o autor). Após o processo, caso haja necessidade, os
avaliadores proporão alterações, visando à melhora do trabalho, com o objetivo de
publicá-lo. Se as alterações forem demasiadas, os avaliadores podem rejeitar o artigo
de maneira bem-fundamentada. Os originais não serão devolvidos.

O trabalho dos autores e dos consultores não será remunerado.

A Revista é publicada em formato eletrônico (PDF), disponibilizado pela internet


na página da Revista. O acesso aos artigos, resenhas, relatos de experiências e demais
textos será permitido, não sendo autorizada qualquer comercialização e/ou alteração
dos dados. Desse modo, os autores estão cientes da cessão de seus direitos autorais
de publicação à Revista.

Os artigos devem ser elaborados em folha formato A4, margens superior e inferior
2,5 cm, margens esquerda e direita 3 cm, entrelinhas 1,3, fonte Arial, tamanho 11, com
exceção das ilustrações, tabelas, notas e citações diretas em recuo, cujas fontes devem
16

apresentar tamanho 10. Entradas de parágrafo, 1,00, a partir da margem. O texto deve
ser justificado. Os artigos devem apresentar extensão mínima de 10 páginas e máxima
de 15 páginas.

A Introdução deve apresentar a delimitação do assunto, objetivos da pesquisa e


outros elementos sobre o tema explanado.

O Desenvolvimento, parte principal do texto, apresenta de forma ordenada o


assunto tratado. Pode ser dividido em seções e subseções, de acordo com o tema
abordado.

A Conclusão aborda os resultados da pesquisa de forma a responder às questões


apresentadas na introdução; usa-se como título a palavra Conclusão.

2. PÓS-TEXTUAIS

Nota(s) de rodapé: destinam-se a prestar esclarecimentos, tecer considerações,


que não devem ser incluídas no texto, para não interromper a sequência lógica da
leitura. Referem-se aos comentários e/ou observações pessoais do autor e são
utilizadas para indicar dados relativos à comunicação pessoal.

As notas são reduzidas ao mínimo e situar no final da página. Para fazer a


chamada das notas de rodapé, usam-se os algarismos arábicos, em negrito, sobrescrito,
com numeração progressiva nas folhas. Exemplo de uma nota explicativa: Os
municípios, acompanhando a evolução da técnica e dos costumes1.

Referências: devem ser colocadas ao final do trabalho, classificadas em ordem


alfabética pelo sobrenome do autor, com alinhamento à margem esquerda, entrelinhas
simples e espaçamento duplo entre elas, observando-se a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002). Estudo de delineamento transversal
aplicado em um hospital particular de grande porte, localizado na zona leste de São
Paulo.

3. TABELAS, FIGURAS, GRÁFICOS

Ilustrações, tabelas, notas e citações diretas em recuo, fontes devem apresentar


tamanho 10.

As imagens digitalizadas devem apresentar resolução de, no mínimo, 300 dpi. As


ilustrações e tabelas devem ser numeradas de acordo com suas respectivas referências
no corpo do texto, e os títulos, escritos sem abreviações, apresentando a fonte de
referência em tamanho 11 e entrelinhas simples.

Todas as tabelas e ilustrações devem apresentar a fonte de origem dos dados.


Evitar o uso de palavras como “abaixo”, “acima” para referir-se a tabelas e ilustrações.
17

Faça, por exemplo: conforme Tabela 1; de acordo com o Gráfico 1.

Tabela 1 – Artigos publicados por área entre anos de 2011 a 2015.

2011 2012 2013 2014 2015


n. 29 n. 30 n. 31 n. 32 n. 33 n. 34 n. 35 n. 36 n. 37 n. 38
Ciências
Saúde 2 5 8 7 3 - 11 4 4 6
Ciências
Sociais 3 1 1 5 2 - 7 2 3 1
Aplicadas
Ciências
Biológicas 2 - 1 5 1 - 1 3 3 -
Ciências
Exatas e 1 - 2 - 1 15 1 2 - -
da Terra

Ciências
Humanas 3 3 - - - - - - - -

TOTAL 11 9 12 17 7 15 20 11 10 7
Fonte: Revista Univap.

Figura 1. Distribuição de artigos publicados por área do conhecimento.

16

14

12

10

0
n. 29 n. 30 n. 31 n. 32 n. 33 n. 34 n. 35 n. 36 n. 37 n. 38
2011 2012 2013 2014 2015

Ciências Saúde Ciências Sociais Aplicadas Ciências Biológicas


Ciências Exatas e da Terra Ciências Humanas

Fonte: Revista Univap.


18

4. SEÇÃO PRIMÁRIA

As seções devem ser divididas em:

4.1 Seção Secundária

4.1.1 Seção terciária

4.1.1.1 Seção quaternária

4.1.1.1.1 Seção quinaria

5. AGRADECIMENTOS (opcional)

Devem ser inseridos após a dedicatória. O autor agradece aos professores,


empresas, instituições, laboratórios, etc, que colaboraram na elaboração do trabalho (é
recomendado, pois demonstra reconhecimento da parte do autor).

REFERÊNCIAS

Para a lista de referências, elas devem ser apresentadas no final do trabalho, em


espaçamento simples, em ordem alfabética de sobrenome do(s) autor(es), como nos
seguintes exemplos (Livro, Capítulo de livro; Artigo de periódico; Dissertações e Outros
casos:

Livro: SOBRENOME, Nome. Título da obra. Local de publicação: Editora, data.


PÉCORA, A. Problemas de redação. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Capítulo de livro: SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome


(org.). Título do livro. Local de publicação: Editora, data. Página inicial-final.
LACOSTE, Y. Liquidar a geografia... liquidar a ideia nacional? In: VESENTIN, J. W.
(Org.). Geografia e ensino: textos críticos. Campinas: Papirus, 1989. p.31-82.

Artigo de periódico: SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico, local de


publicação, volume do periódico, número do fascículo, página inicial-página final,
mês(es). Ano.
ALMEIDA JÚNIOR, M. A economia brasileira. Revista Brasileira de Economia, São
Paulo, v. 11, n. 1, p. 26-28, jan./fev. 1995.

Dissertações, Teses e Trabalhos Acadêmicos: SOBRENOME, Nome. Título da


dissertação (ou tese). Local. Número de páginas (Categoria, grau e área de
concentração). Instituição em que foi defendida. Data.

BRAZ, A. L. Efeito da luz na faixa espectral do visível em adultos sadios. 2002. 1


disco laser. Dissertação (Mestrado em Bioengenharia) - Instituto de Pesquisa e
Desenvolvimento. Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, 2002.

Publicação impressa em papel e via Internet


Quando está disponível em versão impressa faz-se primeiro a referência da publicação
em papel (geralmente são publicações periódicas) e depois menciona o acesso através
da Internet.
19

ÚLTIMO SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título: subtítulo se houver. Nome do


periódico, cidade, v. , n. , p. inicial – final, mês (abreviado até a terceira letra, exceto
maio) ano. Disponível em: <URL completa>. Acesso em: dia mês (abreviado até a
terceira letra, exceto maio) ano.

TEMPORAO, J. G. O mercado privado de vacinas no Brasil: a mercantilização no


espaço da prevenção. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 5, set./out. 2003.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2003000500011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 9 fev. 2003.

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