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{3 PRINCIPAIS} DIREITOS DO PAI SOLTEIRO OU


SEPARADO:

Diante das mudanças no papel das mulheres na sociedade,


a função de pai também passa por atualizações e exige cada vez
mais um perfil diferente, mais participativo.

Se, antes, o homem era considerado como provedor da


família, responsável pela parte financeira, agora, que as
mulheres também deixam a casa para trabalhar, os pais
precisam até se reinventar para cumprir com as obrigações com
os filhos.

O papel paterno tem deixado de ser coadjuvante, com a


participação crescente dos pais nos cuidados desde a gestação,
passando pelo nascimento do bebê e pelas várias fases de
desenvolvimento da criança.

É muito importante a convivência e engajamento dos pais no


dia-a-dia de seus filhos, garantindo a plenitude do
desenvolvimento físico e psíquico.

Além de dar carinho, atenção e contribuir para o


crescimento do filho, o pai também têm direitos e obrigações
garantidos por lei que auxiliam nessa tarefa.

Não importa se jovem ou adulto, todo pai está sujeito a


regras estabelecidas por lei.

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Em tempos de pandemia mundial, com restrições de
deslocamentos e locomoção nas, ou entre, cidades alguns
direitos/deveres poderão sofrer alterações, ainda que provisórias.

Independentemente da existência de processo judicial ou de


ordem do juiz existem direitos e deveres que são previstos aos
pais desde a Constituição Federal até legislações específicas.

Os 3 principais direitos são:

1) LICENÇA-PATERNIDADE:

Prevista no art. 7º, XIX da Constituição Federal e art. 10, §


1º da Disposições Transitórias.

O direito à licença-paternidade foi incluído na CLT no


art. 473, III com o objetivo de possibilitar que o genitor possa
faltar ao trabalho para fazer o registro civil do filho.

É o principal direito trabalhista do pai.


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Ela é de cinco dias corridos, sendo que a contagem deve
começar a partir do primeiro dia útil após o nascimento do filho/a.

É uma licença remunerada, na qual o trabalhador pode faltar


sem implicações trabalhistas. Essa regra vale para casos de
filhos biológicos e adotados.

Servidores públicos federais e funcionários de empresas


que fazem parte do Programa Empresa Cidadã têm o período de
licença ampliado para 20 dias (Lei nº 11.770/2008 e
Lei 13.257/2016). Algumas categorias profissionais também
conquistaram o direito ampliado a partir dos acordos de dissídios.

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2) GUARDA COMPARTILHADA:

A guarda compartilhada é instituto do Direito de família que


propõe o compartilhamento equânime entre os pais separados
(ou solteiros) da convivência e de todas as responsabilidades
relacionadas à vida da criança.

Desta forma, ambos são considerados guardiães da criança,


em contraposição à guarda unilateral, que delega claramente o
papel de guardião para apenas um dos pais e concede ao outro o
mero direito de visitação.

Cumpre esclarecer que a guarda compartilhada é a regra


vigente no ordenamento Pátrio.

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3) DIREITO DE VISITAS:

O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,


poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que
acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como
fiscalizar sua manutenção e educação.

O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério


do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.

Em tempos de pandemia de Covid-19 a convivência entre


filhos e pais separados poderá ser prejudicada e/ou alterada em
relação a eventual acordo existente, porém nesse momento o
mais importante é que haja bom senso entre os genitores,
visando sempre o melhor interesse da criança.

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Para que isso aconteça, poderá haver a suspensão
provisória das visitas, caso os deslocamentos se mostrem
indevidos ou algum dos genitores pertença a algum grupo de
risco (como um profissional de saúde, p.ex.), podendo o tempo
reduzido nesse período ser compensado futuramente.

Também poderá ser alterada a frequência das visitas, como


por exemplo, uma criança que passe uma semana com cada
genitor poderá vir a passar 15 dias seguidos com cada genitor,
caso a situação concreta permita, o que traz vantagens em
tempos de home office e reduz os deslocamentos da criança.

Independente da situação, qualquer alteração no acordo de


visitas deverá ser feito por escrito em consenso dos genitores,
assistidos por seus representantes e levado a juízo para
homologação.

O importante nesse momento é que você mantenha contato


com seu filho, caso precise ficar afastado dele por um período
maior, existindo diversas ferramentas de comunicação digital por
celular ou computador com uso de imagem e som.

Entenda que se afastar fisicamente de seu filho, por um


período, poderá ser importante para a preservação da saúde de
toda a família.

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Existem muitos outros direitos e deveres inerentes à
paternidade, mas tenha sempre em mente o bem estar de seu
filho.

Cumpra sempre o que for combinado em relação ao acordo


de guarda, pensão e visitas.

Qualquer alteração em seu acordo deverá ser feito com


assistência do advogado de sua confiança e levado a juízo para
homologação, o que evitará qualquer tipo de conflito decorrente
de acordos verbais mal feitos.

CONVIVA COM SEUS FILHOS, PARTICIPE DE SUAS VIDAS E


ESTEJA SEMPRE PRESENTE!

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