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1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.............................................................................3
Conclusão.....................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................12
1
Introduçã o
Será utilizada na nossa pesquisa abordagens claras, a pesquisa explicativa para a melhor
compreensão do regime jurídico dos princípios constitucionais nos demais ordenamentos
jurídicos, para que desta forma se possa compreender no nosso ordenamento jurídico.
2
1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
2.2.Princípios político-constitucionais
3
Ex: principio democrático (artigo 3 da CRM), princípio representativo, republicano (artigo
1 da CRM), princípio da constitucionalidade, da separação dos órgãos do poder (artigo 134
da CRM), etc.
1
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional. 8. ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2011, pp. 14
4
2.2. Princípio da dignidade da pessoa humana
A dignidade da pessoa humana expressa a consideração do ser humano, na sua singularidade
como sendo único e com personalidade jurídica própria2, dotado de valor próprio3, cabendo a
ordem jurídica reconhecer essa dignidade como um principio estruturante da Comunidade
Humana4, respeitando todos os atributos a ele referentes. Assim a dignidade da pessoa
humana não nasce do reconhecimento ordem jurídica, pois ela preexiste a ordem jurídica e
esta limita-se apenas a reconhece-la vinculando-se aos seus atributos.
Efectivamente, pelo facto do homem ser uma personalidade única, a sua dignidade devera ser
juridicamente reconhecida no plano do DIP e no plano do direito interno de cada Estado. É
assim, que, após as profundas atrocidades traduzidas na coisificação da pessoa humana
durante a Segunda Guerra Mundial, a dignidade da pessoa humana passou, logo a seguir ao
fim dessa Guerra, a ser acutilantemente objecto de consagração nos instrumentos jurídicos do
DIP, nomeadamente, no preâmbulo da Carta da ONU, no primeiro paragrafo do preâmbulo
da DU, nos preâmbulos do PIDCP, segundo protocolo Adicional ao PIDCP com vista a
abolição da pena de morte, Convenção Contra a Tortura e outras Penas ou Tratamento Cruéis,
Desumano ou degradante, Convenção sobre os Direitos da criança e do Pacto Internacional
sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, nos artigos 1 e 6 da DU, nos artigos 16 e
26 do PIDCP, nos artigos 5 da CADHP, implicitamente nos artigos 4 c) E 6 n° 23 ambos do
Tratado da comunidade da África Austral (SADC), e nos diversos instrumentos
ordenamentos jurídicos estaduais.
2
MIRANDA Apud JUSTINO, Justino Felizberto. O regime jurídico do acesso de cidadãos a justiça
constitucional Moçambicana em fiscalização concreta a luz da constituição de 2004. Fundza Ed. Moçambique:
Beira.2018.pp.47.
3
CANOTILHO Apud JUSTINO, Justino Felizberto. O regime jurídico do acesso de cidadãos a justiça
constitucional Moçambicana em fiscalização concreta a luz da constituição de 2004. Fundza Ed. Moçambique:
Beira.2018.pp.47.
4
NOVAIS Apud JUSTINO, Justino Felizberto. O regime jurídico do acesso de cidadãos a justiça
constitucional Moçambicana em fiscalização concreta a luz da constituição de 2004. Fundza Ed. Moçambique:
Beira.2018.pp.48.
5
dignidade da pessoa humana não se esgota na sua consagração jurídica, pelo contrário o
Direito devera ir-se inspirando nessa dignidade para melhor servi-la5.
Uma vez que a dignidade da pessoa humana é a origem de todos os direitos da pessoa
humana, essa não poderia ser um simples direito, mas sim um principio do qual brotam
outros princípios e todos os direitos inerentes à pessoa humana e se justifica, em especial, a
positivação dos direitos fundamentais, é assim que, na CRM, depois de referencia expressa e
episódica do principio da dignidade humana nos artigos 48 n° 6 e 119 n°3 6, o mesmo
principio é consagrado através de alguns dos seus atributos nos termos do artigo 2 n° 1 que,
ao estabelecer que “a soberania reside no povo”, exprime claramente que é o povo,
constituído por cada cidadão com vinculo de cidadania com o Estado, que é o titular da
soberania, antes do Estado, no artigo 3 que, ao estatuir que “ a República de Moçambique é
um Estado de Direito, baseado (…) no respeito e garantia dos direitos e liberdades
fundamentais do Homem”, clarifica que os direitos do homem dizem respeito a este e são
anteriores ao Estado, cabendo ao Estado apenas servir ao cidadão, portador desses direitos.
Esta vocação de servir ao cidadão vem a ser reforçado pelo artigo 11 e), que define como um
dos objectivos do Estado Moçambicano, a defesa e a promoção dos direitos humanos e da
dignidade dos cidadãos perante a lei “ pelo artigo 35, que reconhece a igualdade de todos os
cidadãos perante a lei, independentemente das circunstâncias destes cidadãos, pelo artigo 40
que, não criando a vida humana e a integridade física, as reconhece como sendo valores
imanentes e intangíveis do cidadão, e por fim, pelo artigo 42 que, estabelecendo que “ os
direitos fundamentais consagrados na Constituição não excluem quaisquer outros constantes
da lei” reconhece os direitos fundamentais previstos na CRM não são os únicos direitos do
cidadão. Ora, dessas disposições constitucionais, conjugadas com o artigo 66 do Código
Civil, que fixa que : a personalidade jurídica adquire-se com nascimento completo e com
vida” é fácil aferir que o cidadão é efectivamente um sujeito, com dignidade própria, da qual
brotam todos os seus direitos.
5
BOTELO Apud JUSTINO, Justino Felizberto. O regime jurídico do acesso de cidadãos a justiça
constitucional Moçambicana em fiscalização concreta a luz da constituição de 2004. Fundza Ed. Moçambique:
Beira.2018.pp.48.
6
O principio do respeito pela dignidade da pessoa humana é referido no quadro das relações familiares, no
artigo 119 n°3, e como limite à a liberdade de expressão no artigo 48n° 6.
6
2.3. Princípio da proporcionalidade
É o princípio segundo o qual a limitação de bens ou interesses privados por actos dos poderes
públicos deve ser adequada e necessária aos fins concretos que tais actos prosseguem, bem
como tolerável quando confrontada com aqueles fins. O princípio da proporcionalidade em
sentido amplo é um princípio geral de direito com um vasto campo de aplicação que acha a
sua consagração constitucional nos termos do n° 2 do art.56 CRM7.
Adequação significa que a medida tomada deve ser causalmente ajustada ao fim que se
propõe atingir. Procurando verificar a existência de uma relação entre duas variáveis: o meio,
instrumento, medida, solução, de um lado; o objectivo ou finalidades do outro
A necessidade significa que, para além de idónea para o fim que se propõe alcançar, a medida
administrativa deve ser dentro do universo das abstractamente idóneas, a que lese em menor
medida os direitos e interesses dos particulares
Equilíbrio exige que os benefícios que se esperam alcançar com uma medida administrativa
adequada e necessária suplantem, a luz de certos parâmetros matérias, os custos que ela por
certo acarretará.
7
Cfr. n°2 do art.56° da Constituição da República de Moçambique
8
Iluminismo foi um movimento cultural e intelectual, relevante na Europa durante os séculos XVII - XVIII, que
pretendeu dominar pela razão a problemática total do Homem. O Iluminismo influenciou o racionalismo
segundo o qual a razão Humana é capaz de alcançar a verdade porque, as leis do pensamento racional são
também as leis das coisas.
9
Manuel, Hermínio Torres. Princípio e Filosofia da separação de poderes. CEPKA. 2004. Pp.10
7
Um dos princípios fundamentais do constitucionalismo moderno é o da separação de poderes.
A ideia da separação de poderes surge para evitar a concentração absoluta de poder nas mãos
do soberano, comum no Estado absoluto10.
Com isso, há que frisar que a separação de poderes, abraçada e difundida desde o movimento
liberal, não pode ser mais vista como um princípio rígido. Ao contrário, para que possa surtir
seus efeitos de modo a realizar os objectivos para o qual foi criado, esse princípio há de
deixar de ser encarado como dogma da ciência para que, revisto, possa comportar
abrandamentos e aceitar as interferências recíprocas entre os poderes13.
8
com a Constituição e o cidadão, ou entre princípios de organização dos poderes e direitos
humanos. A liberdade política vista na Constituição não seria meramente um princípio de
organização, mas um direito à participação14.
Montesquieu, inspirado na teoria esposada por John Locke, entende que os Poderes
Legislativo, Executivo e Judicial devem ser atribuídos a pessoas diferentes, sem, contudo,
pontuar rigorosa separação entre as funções. Em Montesquieu há verdadeira harmonia que
seja a atribuição conjunta e indivisível de três órgãos, quer dizer, a soberania de três órgãos
políticos.
14
Peixinho, Manoel Messias. Ob. Cit. Pp.60.
15
Grohmam, Luís Gustavo Mello. A separação de poderes em países presidencialistas: a América latina em
perspectiva comparada. Revista de Sociologia e Política. Nov. 2001. Acessado em
https://semanaacademica.org.br em Março de 2021 pelas 14h.
16
No plano internacional que se refere, está associado aos tumultos resultados da chamada globalização
neoliberal, que questiona os poderes estatais nacionais, sobretudo o Executivo – e em menor monta o
Legislativo –, cobrando-lhes cada vez mais sobre suas políticas económicas e fiscais resultantes da primazia
dada à economia no âmbito global, é no Poder Judiciário que se acaba buscando a protecção dos direitos e
garantias fundamentais
9
Tomando como ponto de partida, pode-se definir a independência como a faculdade que o
juiz tem de exercer sua função a partir da análise objectiva dos fatos submetidos a seu
julgamento, de acordo com seu entendimento da regra de direito, livre de qualquer influência
externa, pressão, ameaça ou interferência, directa ou indirecta, seja qual for a origem ou o
motivo.
Porém, o que se requer dos juízes é que, independente de sua origem ou formação, não se
prendam a decisões personalíssimas ou preconceituosas, mas aos critérios objectivos previas
e expressamente contidos na Constituição e nas leis. Por isso, que os juízes devem-se pautar
por seus méritos e não por favores devidos aos que os promovem, e devem-se desempenhar
de forma independente, só de deixando corrigir, quando necessário, dentro do devido
processo legal e através dos recursos legais. No exercício das suas funções, os juízes são
independentes e apenas devem obediência a lei nos termos dos artigos 217 da CRM.
Conclusão
10
Chegando ao fim do trabalho de campo, chego as seguintes ilações: A permanência duma
norma jurídica ilícita, entra em choque ou se acha desassustado aos princípios
constitucionais, sendo certo que princípios são pilares da ordem jurídica, ocorrendo a colisão
ou violação, podendo em alguns caso por exemplo, se ocorrer violação do princípio de
separação de poderes, da susceptibilidade dos órgãos jurisdicionais exercerem o poder
legislativo, cabível a assembleia da república. O princípio da separação de poderes vislumbra
que, cada órgão de soberania deve actuar conforme as qualificações impostas na constituição,
sendo certo que tudo que estiver desajustado com aquele, não pode produzir efeitos jurídicos,
sabendo-se que toda norma jurídica deve sempre respeitar os limites impostos por lei.
Constitucional. Nota-se que somos regidos pelos diversos actos normativos, desde às leis, e
outros diplomas normativos, mas essas só podem achar-se na qualidade de produzir efeitos
jurídicos na ordem jurídica se respeitar os princípios constitucionais, sabendo que esses
princípios encontram-se figurados na lei principal, desde logo a constituição da república.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Estado de direito democratico é o principio bazilar da ordem juridica moçambicana, sendo que o respeitos
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11
ÁVILA, Humberto Bergmann. Teoria dos Princípios: da Definição à Aplicação dos
Princípios Jurídicos. 12ª ed, São Paulo: Malheiros, 2011.
BARBOSA DE MELO. Sobre o Problema da Competência Para Assentar, Coimbra,
1988.
BORDEAU, apud MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição
e inconstitucionalidade. Tomo II, 3ª edição, Coimbra Editora, 1996.
12
Legislação:
Constituição da República de 2004
Lei 1/2018, de 12 de junho (Lei de revisão pontual da constituição)
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