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Desde os finais do século XV, surgem referências aos negócios da Índia praticados na Casa da Guiné

e Mina, denominada como Casa da Guiné e Índia, ou Casa da Mina e Índias, ou ainda Casa da
Guiné, Mina e Índia. No entanto, o desenvolvimento do comércio oriental levou à especificação das
funções, individualizando-se a Casa da Índia das anteriores. Em 1509, D. Manuel Mandou publicar o
Regimento das Casas da Índia e de Casa da Mina, Instalando estas Casas em repartições separadas
e com funcionários próprios. A Casa da Índia corresponde à casa ou estação de entrada, arrecadação
e arrematação das fazendas vindas da Índia e outros portos da Ásia. Nela eram despachadas
fazendas da Índia, manufacturadas de cores das Alfândegas de Goa, Damão e Diu, com excepção
das fazendas bordadas e lençaria de cor. Os géneros não manufacturados, que não fossem
despachados pela Alfândega de Goa, pagavam por inteiro os direitos estabelecidos na dita Casa.
Caso contrário ficavam isentos de meios direitos, pagando, porém por inteiro, os do consulado, de
saída e entrada. A abertura das mercadorias sé era feita na presença de um oficial que as pesava e
selava, de acordo com o estabelecido no Foral de 15 de Outubro de 1587 e Regimento de 2 de Junho
de 1703. Dispunha de um provedor, cinco escrivães da Mesa Grande, um juiz da balança, um
tesoureiro, um guarda-mor, um escrivão das cargas e descargas, dois feitores da Mesa de Abertura,
um escrivão das Marcas, um administrador do selo, um porteiro, dois fiéis da tesouraria, um guarda
do número, um meirinho do Juízo da Índia e Mina e um fiel da balança. Dispunha de dois tesoureiros:
o do dinheiro e o das especiarias. Sobre os despachos de mercadorias veja-se o Alvará de 20 de
Julho de 1767.

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