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Setor de veículos supera

pamatar pré-pandemia e
puxa produção industrial em
novembro
Indústria avança 1,2% ante outubro,
sétima alta seguida. Mas ritmo de
recuperação ainda é lento, com perda
de 5,5% no ano, diz IBGE

Alta da produção industrial foi puxada mais uma vez pelo


setor de veículos, que superou o patamar pré-pandemia
pela primeira vez Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP

RIO — A produção industrial brasileira cresceu


1,2% em novembro, em comparação com
outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE
nesta sexta-feira. É a sétima alta seguida,
indicando que a atividade industrial segue em
recuperação após eliminar as perdas com
crise causada pela Covid-19, mas em ritmo
lento.

Após fundo do poço: Confiança da indústria


sobe em dezembro e atinge o maior patamar
desde maio de 2010

O resultado veio um pouco abaixo da


expectativa de mercado, que projetava alta de
1,3% na variação mensal, segundo pesquisa
da Reuters com economistas, e foi puxado
mais uma vez pelo setor de veículos, que
superou o patamar pré-pandemia pela
primeira vez.

Em relação a novembro de 2019, a produção


industrial avançou 2,8%.

A indústria já havia zerado as perdas da


pandemia em setembro. No acumulado do
ano, porém, ainda registra queda de 5,5%%.
E, em 12 meses, a retração acumulada é de
5,2%%.

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empresariais para a retomada da economia
em 2021

"O avanço em novembro é quase o mesmo do


mês anterior e faz com que o setor siga
ampliando o aumento com relação ao patamar
pré-pandemia. E houve um predomínio no
crescimento, ou seja, todas as categorias e a
maior parte das atividades tiveram aumento",
explica gerente da Pesquisa Industrial Mensal
(PIM) do IBGE, André Macedo.

Setor de veículos puxa outro


segmentos

Todas as grandes categorias apresentaram


alta frente a outubro, com destaque para Bens
de capital (7,4%), que reúne máquinas e
equipamentos, e Bens de consumo duráveis
(6,2%), como eletrodomésticos e veículos.

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aposta no tamanho para competir com carros
elétricos, mas não será tão fácil

O setor de veículos automotores, reboques e


carrocerias continua puxando o desempenho
da indústria, com a alta de 11,1% em novembro
frente a outubro. Com isso, superou o patamar
pré-pandemia pela primeira vez.

A disseminação do coronavírus fez as


montadoras fecharem as fábricas em abril,
levando o setor a praticamente paralisar a
produção. O mês foi considerado o pior desde
a instalação da indústria automotiva no Brasil,
em 1957. Agora, o segmento acumula sete
altas seguidas, com expansão de 1.203%
nesse período.

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produção, faltam carros para alugar

A indústria de plásticos Vitopel, um dos setores que não


sofreu grandes impactos diante da pandemia Foto: Edilson
Dantas / Agência O Globo

Projeção de queda no ano

A magnitude do crescimento e a importância


desse setor na indústria também se reflete em
outros ramos, já que a produção de veículos
influencia atividades como metalurgia, com
estímulo da produção de aço, e outros
produtos químicos, área que engloba tintas de
pintura, por exemplo. Ambas tiveram alta em
novembro, de 1,6% e 5,9%, respectivamente.

“É a tendência deste período de retomada da


produção após os meses mais rigorosos de
isolamento”, afirma Macedo sobre o
crescimento no setor de veículos.

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com US$ 3,1 bi em aportes e seguem na mira
dos investidores

Apesar do bom desempenho do setor de


veícuos, a indústria como um todo tem
enfrentado gargalos para responder ao
aumento da demanda.

Segundo levantamento da Confederação


Nacional das Indústrias (CNI), em novembro,
75% das indústrias de transformação no país
enfrentaram dificuldades para conseguir
insumos.

Especialistas estimam que o setor deve


crescer também em dezembro, mas com
perda de fôlego por conta da redução no valor
do auxílio emergencial desde setembro. No
acumulado do ano, a expectativa do mercado,
segundo o Boletim Focus, elaborado pelo
Banco Central, é que o setor registre uma
queda de 5%.

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