Você está na página 1de 20

Mestrado em Ensino da Música

Planificação de um módulo de ensino de acordo com Albert


Bandura

Trabalho elaborado por:

Cristiana Val nº20140569

Trabalho realizado para a disciplina de Psicologia da Aprendizagem


lecionada

14 de junho de 2019
Índice
Introdução .................................................................................................................................... 3
Albert Bandura ............................................................................................................................. 4
Biografia ........................................................................................................................................ 4
Teoria da aprendizagem de Bandura ........................................................................................... 5
Aprendizagem por Observação .................................................................................................... 8
Planificação Anual da Disciplina de Trompete do Conservatório de Música de Viseu Dr. José
Azevedo Perdigão ......................................................................................................................... 9
Critérios de Avaliação ............................................................................................................... 9
Programa/ Planificação da Disciplina de Trompete .................................................................. 11
Objetivos Educativos .............................................................................................................. 11
Objetivo Educativo Fundamental .......................................................................................... 11
Transversalidade de objetivos no percurso académico do Trompete ...................................... 11
Objetivos Gerais ..................................................................................................................... 11
Objetivos Específicos para o 9º ano/ 5º grau ........................................................................ 12
Reportório............................................................................................................................... 12
Plano Curricular da disciplina de trompete do conservatório de Guimarães -9º ano ............. 13
Metodologias e estratégias pedagógicas................................................................................... 14
Planificação de um módulo de ensino de acordo com a metodologia de Albert Bandura...... 15
Considerações Finais .................................................................................................................. 19
Fontes Bibliográficas................................................................................................................... 20

2
Introdução
No âmbito da Unidade Curricular de Psicologia da Aprendizagem, do Mestrado
em ensino da música, foi proposto aos alunos a realização de uma planificação de um
módulo de ensino de acordo com a perspetiva de um dos autores abordados na unidade
curricular, assim sendo eu optei por escolher o autor Albert Bandura e a sua
metodologia. Como eu ainda não leciono procurei algumas planificações através da
internet de acordo com o instrumento que irei lecionar (trompete), como não há
planificações de um módulo completo na internet fiz uma adaptação de quatro
planificações que encontrei de coro e formação musical para trompete segundo a
planificação/ programa que existe do ensino do trompete do conservatório de música
de Viseu e do conservatório de Guimarães de acordo com a teoria de Bandura.
Assim sendo o trabalho está dividido em três partes que são as seguintes: a
primeira sobre Albert Bandura e a sua teoria social cognitiva, a segunda parte sobre
como funciona o regulamento de trompete do conservatório de música de Viseu e do
conservatório de música de Guimarães, de onde tirei ideias para fazer as planificações
do módulo que criei e a terceira parte é a planificação de quatro aulas de acordo com a
metodologia de Bandura.

3
Albert Bandura

Biografia
Albert Bandura é um psicólogo que nasceu no Canadá a 4 de dezembro de 1925.
Em 1951 fez mestrado em Psicologia na Universidade de British Columbia e fez o
doutoramento na mesma universidade na mesma área em 1952. Durante o
doutoramento foi influenciado pelo behaviorismo e pela teoria de aprendizagem. No
ano seguinte começou a lecionar na universidade de Stanford. É no início da década de
60 que Bandura propôs a teoria da Aprendizagem Social, teoria esta que recebeu a
denominação, em 1986, de teoria cognitiva social, teoria esta que visa em reconhecer
e combinar elementos das teorias comportamentalistas e cognitivas. Este psicólogo
aborda o conceito de modelagem que é representada pelas pessoas que aprendem
através da imitação do comportamento dos outros indivíduos. Esta teoria é uma forma
de behaviorismo menos radical que a de Skinner1 e reflete o espírito dos tempos, o
impacto do renovado interesse da psicologia nos fatores cognitivos, ainda assim esta é
behaviorista. (Bandura, 2008).

Bandura foi o responsável pela famosa experiência do João bobo para avaliar a
agressividade infantil por imitação, experiência esta que foi efetuada em crianças dos 3
aos 6 anos. Bandura filmou um grupo de adultos a gritar e a dar murros e pontapés num
boneco insuflável (João Bobo) e exibiu a ação para as crianças. Após a exibição as
crianças foram encaminhadas para o cenário onde o boneco insuflável estava: as
crianças reagiram de maneira semelhante à que tinham visto (Infopédia, 2003). A sua
pesquisa tinha como meta observar o comportamento dos indivíduos durante a
interação, não usava introspeção nem enfatizava a importância da recompensa ou do
reforço na aquisição ou modificação do comportamento. Para além de ser uma teoria
behaviorista, o seu sistema era cognitivo e enfatizava a influência dos esquemas de
reforço externo dos processos de pensamento, tais como crenças, expetativas e
instrução. (Bandura, 2008).

1
Burrhus Frederic Skinner – psicólogo que usa a perspetiva behaviorista. É um dos nomes mais
importantes da história do behaviorista.

4
As suas teorias estão expressas nas obras Social Learning Theory e Social
Foundations of Thought and Action. Em 1995 publicou o livro Self Efficacy in Changing
Societies. Este psicólogo foi condecorado com o prémio Distinguished Scientist da
American Psychological (APA) em 1972 e foi eleito presidente da APA em 1974.
(Infopédia, 2003).

Teoria da aprendizagem de Bandura


Muito do trabalho de Bandura foi desenvolvido estudando a motivação e a
autoeficácia e através das suas experiências comprovou que estabelecer vários
objetivos próximos é mais eficaz do que estabelecer objetivos distantes ou não
estabelecer objetivos, também comprovou que a perceção de um grupo competente
tornava a equipa mais eficaz do que um grupo que se percebesse incompetente
(Carvalho 2011).

A aquisição de conhecimento (aprendizagem) e desempenho observável é


baseada no conhecimento (comportamento), enfatizando a importância da observação
e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros.
Todo o tipo de eventos quer sejam ambientais, pessoais ou comportamentais interagem
no processo de aprendizagem (Bandura, 2008).

Apesar de Bandura concordar com a ideia de Skinner em que uma pessoa pode
mudar o seu comportamento por meio de reforço, também sugeriu e demonstrou a
capacidade de as pessoas aprenderem quase todos os tipos de comportamento se
receberem diretamente qualquer reforço. Segundo Bandura não é necessário receber
sempre um reforço para se aprender algo, pois a aprendizagem também ocorre através
do reforço vicário (através da observação do comportamento das outras pessoas como
das suas consequências mudamos as nossas condutas). Esta capacidade de
aprendizagem parte do princípio de que somos capazes de antecipar e avaliar as
consequências que observamos nas outras pessoas, mesmo não tendo a mesma
experiência. Através do processo cognitivo do individuo, este consegue controlar o seu
comportamento, observando as consequências, ainda que estas não sejam
experimentadas. Para Bandura não é o esquema de reforço em si que produz efeito na
mudança do comportamento de uma pessoa, mas o que ela pensa desse esquema. A

5
aprendizagem ocorre por meio de modelos, observando o comportamento de outras
pessoas e nele fundamentando os próprios padrões. O controlador do modelo social
regula o comportamento. Os comportamentos que são mais imitados são os
comportamentos agressivos e hostis. Normalmente o que se vê na vida real ou nos mídia
determina o nosso comportamento. (Idem).

A abordagem de Bandura consiste numa teoria de aprendizagem social, pois


estuda a formação e a modificação do comportamento nas situações sociais. A maior
parte do comportamento humano é aprendida pela observação através da modelagem.
Através da observação dos outros, um individuo forma uma ideia de como novos
comportamentos são executados e, em ocasiões seguintes, esta informação codificada
serve de guia para a ação. Assim segundo a teoria de Albert Bandura a aprendizagem
ativa é aprender a fazer e a aprendizagem indireta é aprender a observar os outros
(Idem). A aprendizagem ativa ocorre por meio de experiências diretas que são
comportamentos apresentados com as suas respetivas consequências. Logo, a
aprendizagem ativa ocorre mediante a reflexão do comportamento e avaliação das suas
consequências. Assim sendo, a aprendizagem por observação pode ser considerada
mais eficiente, já que não expõe os indivíduos a reforços ou punições e, assim, evitam
que o processo cognitivo e o desenvolvimento social sejam atrasados (Almeida, Lima,
Lisboa, Lopes & Junior, 2013).

A aprendizagem por observação ocorre através do processo de modelagem, no


qual a observação é seguida por um processo cognitivo. A modelagem depende das
consequências do comportamento, das características do modelo observado e do
observador. Assim esse processo envolve mecanismo de atenção, representação,
produção comportamental e motivação. (Idem).

Em relação à atenção, há uma maior tendência para observar indivíduos com os


quais se tem mais contacto, modelos atraentes e comportamentos de natureza que se
considera importante ou valiosa. Assim o processo de atenção ocorre de acordo com as
características do modelo, afetividade que desperta, a prevalência com que são vistos,
a complexidade e o valor funcional do comportamento, a capacidade sensorial do
observador, seu nível de motivação, sua perceção e os reforços recebidos no passado.
A representação, também chamada de processo de retenção, é necessária à obtenção

6
de novos padrões de reação, pois o que é observado deve ser representado
simbolicamente na memória e, para ser mais eficiente, necessita da codificação verbal.
A aprendizagem é mais eficaz quando há motivação e isso traduz-se no desempenho em
realizar um comportamento. A motivação pode ocorrer por meio de reforços externos,
vicariantes ou por interiorização de processos motivacionais (Idem).

Bandura acreditava que a ação humana é o resultado do que ele denominou de


causação triádica recíproca, que é a interação entre individuo, comportamento e
ambiente num sistema de determinismo recíproco. Cada um destes fatores atua com
forças diferentes cuja intensidade depende da situação e do individuo. Desta teoria
destaca-se a ideia da agência humana, que é a capacidade do ser humano de exercer o
controle sobre a sua vida. Os traços essenciais na agência humana são a
intencionalidade, a premeditação, a autorreatividade e a autorreflexibilidade (onde se
destaca a auto-eficácia) (Idem).

A auto-eficácia é a crença na capacidade de realizar ações que produzirão um


efeito desejado e que interfere na escolha dos comportamentos, no desempenho e, por
isso, no controle da vida. A auto-eficácia depende de experiências de domínio, da
modelagem social, da persuasão social e dos estados emocionais e físicos. A agência
delegatória é a capacidade de confiar na competência dos outros e fornecer bens e
prestar serviços. A eficácia coletiva é a crença geral no poder coletivo de produzir
resultados desejados. Posto isto, agência delegatória e a eficácia coletiva também
interferem na capacidade de controlar a vida que o ser humano possui (Idem).

A autorregulação é a capacidade de regular os próprios comportamentos, que


envolve estratégias reativas responsáveis por reduzir a discrepância entre realidade e
objetivos. A autorregulação é regida por fatores externos, fornecedores de padrão de
avaliação e reforçamento e por fatores internos. Fatores internos estes que
compreendem a auto-observação, o processo de critério e a autorreação (Idem).

A agência moral diz respeito ao controle exercido por padrões morais de


conduta. O autocontrole exercido pela agência moral é ativado ou afastado
seletivamente por meio de mecanismos como redefinir ou reconstruir a natureza do
próprio comportamento; minimizar, ignorar ou distorcer as consequências do

7
comportamento; culpar ou desumanizar as vítimas; deslocar ou dispersar a
responsabilidade dos seus atos. (idem).

Aprendizagem por Observação


É um tipo de aprendizagem feito por intermédio de reforço indireto (recompensa
ou punição de outrem), através da expetativa de ser reforçado pelo domínio, pela
identificação com o modelo admirado ou de status elevado. Os processos componentes
que estão por detrás do aprendizado pela observação são: atenção, incluindo os eventos
apresentados e as características do observador (capacidades sensoriais, nível de
atenção despertada, conjunto de perceção, reforço anterior); retenção, incluindo
codificação simbólica, organização cognitiva, ensaio simbólico, ensaio motor;
reprodução motora, incluindo capacidades físicas, auto-observação da reprodução,
exatidão do retorno; motivação, incluindo reforço externo, indireto e próprio controle
dos próprios reforçados (Almeida, Lima, Lisboa, Lopes & Junior, 2013).

8
Planificação Anual da Disciplina de Trompete do Conservatório de Música
de Viseu Dr. José Azevedo Perdigão
Critérios de Avaliação
Peso percentual de cada período na avaliação final de frequência:

1º Período = 25%; 2º Período=40%; 3º Período=35%.

1º, 2º, 3º CICLO E SECUNDÁRIO


Domínio da Critérios Gerais Critérios Específicos Instrumentos Indicadores %
Avaliação de Avaliação
Coordenação psico-motora; Execução: 30% A
Sentido de pulsação/ ritmo/ harmonia/ aula a aula das
V
fraseado; obras
A
Qualidade do som trabalhado; musicais
Aquisição de Realização de diferentes articulações e exigidas no
L
competências dinâmicas; grau I
essenciais e específicas; Fluência da leitura; frequentado * A
Agilidade e segurança na execução; Cumprimento 5%
COGNITIVOS: Ç
Domínio de Conteúdos Respeito pelo andamento que as obras da quantidade
APTIDÕES Ã
programáticos; determinam; de programa
CAPACIDADES Capacidade de concentração e
O
mínimo
COMPETÊNCIAS Evolução na memorização; exigido **
aprendizagem. Capacidade de abordar a ambiência e Testes de 20% C
estilo da obra; Avaliação O
Capacidade de formulação e apreciação formativa,
N
crítica; individuais na
T 60%
Capacidade de abordar e explorar aula ***
reportório novo; Í
Capacidade de diagnosticar problemas e N
resolvê-los.
U
Hábitos de Estudo; Assiduidade e pontualidade;
A
Responsabilidade e Apresentação de material necessário
Autonomia; para a aula;
ATITUDES E
Espírito de tolerância Interesse e empenho na disciplina;
VALORES de cooperação e de Métodos de estudo;
solidariedade; Atitude na sala de aula;
Intrapessoalidade; Cumprimento das tarefas atribuídas;

9
Autoestima; Regularidade e qualidade do estudo;
Autoconfiança; Participação nas atividades da escola
Socialização; (dentro e fora da escola); Observação
Motivação; Respeito pelos outros, pelos materiais e Direta 5%
Postura; equipamentos escolares;
Civismo. Postura em apresentações públicas,
como participante e como ouvinte.

A
Postura em palco; V
Rigor da indumentária apresentada; A
Sentido de fraseado; Audições 10% L
Qualidade Sonora;
I
Sentido de: Realização de diferentes articulações e
Espetáculo; dinâmicas;
A
Responsabilidade Fluência, Agilidade e segurança na Ç
Artística; execução; Ã
PERFORMATIVOS Comportamento Manutenção do andamento que as obras
O
Artístico. determinam;
PSICO/
Capacidade de concentração e
MOTORES memorização;
P 40%
Provas de E
Capacidade de manter a abordagem da
Avaliação de
ambiência e estilo da obra; R
final de
Capacidade de diagnosticar problemas e
I
período letivo
resolvê-los de imediato.
(Júri de 2 ou Ó
mais 30% D
professores) I
****
C
A
*É inteiramente do critério e responsabilidade do professor, o tipo de trabalhos e ferramentas de avaliação a aplicar.
**O professor avaliará a quantidade e qualidade subjacente do programa que o aluno vier a cumprir ao longo de cada período
letivo. A avaliação, correspondente. Será atribuída em níveis ou valores de acordo com o grau de cumprimento desse programa (se
é apenas o mínimo exigido ou se o supera).

10
***No mínimo, um teste por período letivo.

****Ponderação da prova global de 2º grau e da prova global de 5º grau na nota do 3ºperiodo = 30%; Ponderação da prova global/
recital de 8º grau na nota do 3º período =50%.

Programa/ Planificação da Disciplina de Trompete

Objetivos Educativos
Os objetivos da disciplina foram organizados consoante os níveis de ensino. Os
objetivos gerais estão pensados de acordo com os objetivos do grupo disciplinar, sendo
conscientes com o que se pretende para a generalidade do instrumento lecionado.

Os objetivos específicos foram elaborados de acordo com o que se consideram


ser as aprendizagens mínimas a desenvolver em cada ano e graus de ensino do
instrumento lecionado.

Sugere-se que anates de cada ponto a leitura seja sempre precedida de “O aluno
deverá ser capaz de…”.

Objetivo Educativo Fundamental


Apreciar, executar e compreender a performance da música enquanto arte,
permitindo respostas e reconhecimentos estéticos, dentro de vários géneros e estilos
musicais, com organização, conhecimento, compreensão, análise, síntese e avaliação da
linguagem musical ao nível semântico, sintático, discursivo, histórico, estilístico e
notacional.

Transversalidade de objetivos no percurso académico do Trompete

Objetivos Gerais
Estimular as capacidades do aluno e favorecer a sua formação e o
desenvolvimento equilibrado de todas as suas potencialidades.

Fomentar a integração do aluno no seio da classe do instrumento tendo em vista


o desenvolvimento da sua sociabilidade.

Desenvolver o gosto por uma constante evolução e atualização de


conhecimentos resultantes de bons hábitos de estudo.

11
Objetivos Específicos para o 9º ano/ 5º grau
• Sonoridade agradável;
• Sentido Rítmico;
• Clareza na articulação;
• Execução de diferentes dinâmicas;
• Facilidade em obter registos diferenciados;
• Transposição.

Reportório
Para as obras e estudos deve-se consultar o programa da experiência pedagógica
1973/74 com as devidas alterações feitas pelo GETAP, ficando à escolha do professor
substituí-las por outras de igual grau de dificuldade

Métodos:

Compositor Nome da obra


Arban Méthode Complete du Conservatoire
Maxime Alphonse Études progressives pour trompete
Estudos:

Compositor Nome da obra


Arban Méthode Complete du Conservatoire
Maxime Alphonse Études progressives pour trompete
Peças:

Compositor Nome da obra


F. Thomé Fantadie
Neruda Trumpet Concerto
Tomas Doss Acaoncerto Tricolore

Programa mínimo:

1º, 2º e 3º Períodos

• 1 escala maior, relativa menor natural e harmónica

12
• 3 estudos
• 1 peça

Plano Curricular da disciplina de trompete do conservatório de Guimarães


-9º ano
Programa Mínimo Anual Competências Conteúdos Programáticos
Específicas
Postura ao instrumento • Reforço de uma postura correta e confortável de
acordo com o crescimento do aluno.
• Aperfeiçoamento da respiração diafragmática
Capacidade de reprodução • Desenvolvimento da agilidade e velocidade;
de texto musical: • Coordenação entre a velocidade do ar e a língua;
✓ Escalas maiores até 6 - Coordenação • Perceção e execução correta das obras
alterações - Perceção e técnica musical aprendidas;
preferencialmente em 2 • Conhecimento das tonalidades maiores, menores
oitavas. e arpejos.
- Relativas menores Capacidade de apreensão e • Desenvolvimento da autonomia na organização e
- Arpejos maiores e menores autocorreção método de estudo individual;
- Arpejo de 7ªdominante
• Desenvolvimento da autonomia na leitura das
-Escalas cromáticas
obras.
- Inversões de 3 sons
Segurança na execução • Desenvolvimento da capacidade de memorização
- Inversões de 4 sons
musical e apresentação em público.
✓ 9 estudos
Adequação ao estilo e • Conhecimento e execução dos vários tipos de
✓ 3 peças
estética musical articulação e sua relação com a dinâmica, de
✓ 3 andamentos de concerto
acordo com o estilo e compositor;
ou sonata
• Conceito de frase e forma musical –
reconhecimento nas obras aprendidas;
• Consciencialização das diferenças de género,
estilo e compositor.
Conhecimento das • Desenvolvimento de uma relação mais íntima
diferentes potencialidades com o instrumento e suas possibilidades sonoras.
tímbricas do instrumento

13
Metodologias e estratégias pedagógicas
1. Usar metodologias didático-pedagógicas adequadas;
2. Demonstrar capacidade de adaptação e de adequação da planificação e das
estratégias de ensino e aprendizagem à situação em sala de aula;
3. Promover a aquisição integrada de métodos de estudo e estimular o trabalho
autónomo e cooperativo dos alunos;
4. Cumprir com o máximo rigor os objetivos propostos;
5. Desenvolver uma relação afetivo-pedagógica;
6. Estabelecer relações positivas com os alunos, proporcionando um ambiente
favorável ao seu bem-estar e ao seu desenvolvimento afetivo, emocional e
social;
7. Demonstrar capacidade de comunicação;
8. Proporcionar aos alunos iguais oportunidades de participação, facilitando a sua
integração e prevenindo situações de isolamento ou desmotivação;
9. Promover a adaptação de regras de convivência, colaboração, respeito solidário
e trabalho colaborativo entre todos os alunos;
10. Desenvolver ações adequadas para a manutenção da disciplina na sala de aula;
11. Sensibilizar os alunos para a importância do conhecimento e cultura numa futura
integração profissional no desempenho de capacidade.

14
Planificação de um módulo de ensino de acordo com a metodologia de
Albert Bandura
Aula 1

Conteúdos Objetivos Atividades/ Estratégias Recursos Avaliação Tempo


Exercícios de Dominar a respiração Inspiração e expiração para um melhor Metrónomo 5 min.
respiração diafragmática. domínio da respiração.

Escala de Sol Compreender e Realização prévia de escalas em casa; Trompete 20 min.


Maior e realizar a escala de Sol Questionar o aluno de qual a armação Metrónomo
relativas maior e seus de clave da escala em questão; O
menores com constituintes; professor reproduz as escalas e o aluno
respetivos Conseguir identificar repete imitando o que o professor fez,
arpejos. auditivamente a através da técnica de observação.
principal tonalidade
da peça que se está a
trabalhar.

Estudo nº 4 Trabalhar o estudo; Leitura do estudo previamente Trompete 25 min.


Hering Delimitar pontos estudado pelo aluno em casa; Metrónomo
Observação
importantes do O professor toca para o aluno algumas Estante
direta
estudo. partes em que este teve maior Lápis
dificuldade e através da observação do Borracha
aluno, este tenta corrigir os seus erros;
Resolução de problemas sobre
dinâmicas, notas, som e afinação.
Obra: Fantasie Ler a obra e ouvir; Leitura da obra em conjunto (aluno com Trompete 40 min.
– F. Thomé Delimitar pontos professor); O professor mete uma boa Metrónomo
importantes na obra; gravação da obra para o aluno se poder Estante
Trabalhar afinação; motivar; O professor toca algumas das Lápis
Trabalhar passagens mais difíceis devagar para o Borracha
flexibilidade; aluno poder trabalhar com calma e bem
Trabalhar a rapidez estas passagens, e depois o aluno
dos dedos. repete com a ajuda do metrónomo; O
professor faz alguns exercícios de
flexibilidade para o ano repetir para que
consiga fazer algumas das passagens da
obra que têm flexibilidade.

15
Aula 2

Conteúdos Objetivos Atividades/ Estratégias Recursos Avaliação Tempo


Exercícios de Dominar a respiração Inspiração e expiração para um melhor Metrónomo 5 min.
respiração diafragmática. domínio da respiração.
Escala de Si b Compreender e Realização prévia de escalas em casa; Trompete 20 min.
Maior e realizar a escala de Questionar o aluno de qual a armação de Metrónomo
relativas Sib M e seus clave da escala em questão;
menores constituintes; O professor reproduz as escalas e o aluno
com Conseguir identificar repete imitando o que o professor fez,
respetivos auditivamente a através da técnica de observação.
arpejos. primeira tonalidade
da obra que se está a
trabalhar.

Estudo nº 5 Trabalhar o estudo; Leitura do estudo juntamente com o Trompete 30 min.


Hering Delimitar pontos aluno; O professor toca o estudo para o Metrónomo
importantes do aluno para que este consiga perceber Estante Observação

estudo. como interpretar o estudo. Lápis direta

Borracha

Obra: Delimitar pontos Continuação da leitura da obra em Trompete 35 min.


Fantasie – F. importantes na obra; conjunto; O professor mete uma boa Metrónomo
Thomé Trabalhar afinação, gravação da obra para o aluno se poder Estante
flexibilidade e a motivar; O professor toca algumas das Lápis
rapidez dos dedos. passagens mais difíceis mais devagar para Borracha
o aluno poder trabalhar com calma e bem
estas passagens, e depois o aluno repete
com a ajuda do metrónomo; O professor
faz alguns exercícios de flexibilidade para o
aluno repetir para que consiga fazer
algumas das passagens da obra que têm
flexibilidade.

16
Aula 3

Conteúdos Objetivos Atividades/ Estratégias Recursos Avaliação Tempo


Exercícios de Dominar a Inspiração e expiração para um melhor Metrónomo 5 min.
respiração respiração domínio da respiração.
diafragmática.
Escalas de Compreender e Realização prévia de escalas em casa; Trompete 20 min.
Sol Maior e realizar as escalas Questionar o aluno sobre quais as armações Metrónomo
de Sib Maior de Sol M e de Sib e de clave das escalas em questão; O
com os seus professor reproduz as escalas e o aluno
relativas constituintes; repete imitando o que o professor fez,
menores e Conseguir através da técnica de observação.
respetivos identificar
arpejos. auditivamente as
tonalidades da
peça que se está a
trabalhar.
Estudo nº 5 Finalizar o estudo. O professor toca para o aluno algumas Trompete 25 min.
Hering partes em que este teve maior dificuldade e Metrónomo Observação
através da observação do aluno, este tenta Estante direta
corrigir os seus erros e finaliza a Lápis
aprendizagem deste estudo. Borracha
Obra: Ler a obra e ouvir; Continuação da leitura da obra; O professor Trompete 40 min.
Fantasie – F. Delimitar pontos mete uma boa gravação da obra para o Metrónomo
Thomé importantes na aluno se poder motivar; O professor faz Estante
obra; alguns exercícios com o aluno para que este Lápis
Trabalhar afinação; consiga ultrapassar algumas das suas Borracha
Trabalhar dificuldades na obra.
flexibilidade;
Trabalhar a rapidez
dos dedos.

17
Aula 4

Conteúdos Objetivos Atividades/ Estratégias Recursos Avaliação Tempo


Exercícios de Dominar a Inspiração e expiração para um melhor Metrónomo 5 min.
respiração respiração domínio da respiração.
diafragmática.
Escala de Sol Compreender e Realização prévia de escalas em casa; Trompete 10 min.
e Sib Maior e realizar as escalas O professor reproduz as escalas e o aluno Metrónomo Observação
relativas de Sol e Sib Maiores repete imitando o que o professor fez, direta
menores e seus constituintes; através da técnica de observação.
com Conseguir
respetivos identificar
arpejos. auditivamente as
tonalidades da peça
a trabalhar.
Estudos nº 4 Tocar os estudos; Interpretação dos dois estudos: o Trompete 25 min.
e 5 Hering professor toca para o aluno algumas Metrónomo
partes em que este teve maior dificuldade Estante
e através da observação do aluno, este Lápis
tenta corrigir os seus erros quase Borracha
imediatamente interpretando assim os
dois estudos.
Obra: Ler a obra; Continuação da leitura da obra em Trompete 50 min.
Fantasie – F. Delimitar pontos conjunto; O professor toca algumas das Metrónomo
Thomé importantes na passagens mais difíceis mais devagar para Estante
obra; o aluno poder trabalhar com calma e bem Lápis
Ouvir a obra. estas passagens, e depois o aluno repete Borracha
com a ajuda do metrónomo; O professor
mostra qual a forma de que gostaria que a
peça fosse interpretada e de seguida o
aluno interpreta a obra; No fim ouvem
uma interpretação que o aluno gosta para
que este fique motivado e com crenças de
auto eficácia em relação à peça que está a
estudar.

18
Considerações Finais
A teoria cognitiva social de Albert Bandura determina, entre outros fatores, que
a motivação é um dos pontos chave para haja evolução no individuo e que quando
estamos motivados é muito mais fácil de aprender. Assim sendo, a meu ver quando
estamos a lecionar devemos procurar estratégias para motivar o aluno, para que este
dê maior rendimento e esteja mais interessado em aprender. Daí ser importante o fato
de nas aulas se ouvir as obras que se tocam, de preferência por trompetistas de renome
e que o aluno goste para que fique motivado e acredite que é capaz de as interpretar
também (crenças de auto-eficácia). Quando não há nenhuma gravação de algum estudo,
por exemplo, é importante que o professor toque para o aluno para que este fique com
uma ideia daquilo que é pretendido.
Assim sendo outro dos fatores importantes para uma boa aprendizagem é a
modelagem que ocorre através da observação. É importante que quando o professor
toca as passagens mais difíceis dos estudos e das peças este diga ao aluno para observar
bem o que o professor está a fazer para conseguir modelar a sua maneira de fazer as
passagens. Assim é mais rápido fazer as passagens de uma forma mais correta e sem ter
de se cansar tanto a tocar. Depois de o professor tocar as passagens mais difíceis mais
de vagar com o metrónomo o aluno deve repetir depois de observar como se deve fazer
e por fim deve se ir acelerando gradualmente até que a passagem esteja perfeita. Este
processo de modelagem envolve mecanismo de atenção, representação, produção
comportamental e motivação.
Perante o exposto concluo-o então que a teoria de Bandura é uma teoria que
serve para todo o tipo de aprendizagem, não só na escola como e casa, etc. e os
professores deveriam conhecê-la e estudá-la para que conseguiam fazer com que os
alunos tenham maior sucesso e sejam pessoas mais capazes no futuro. Através da
motivação e dos bons exemplos dos professores conseguimos fazer com que os nossos
alunos façam aquilo que nós queremos.

19
Fontes Bibliográficas
Almeida, A.P., Lima, F.M.V., Lisboa, S.M., Lopes, A.P & Junior, A.J.A.F. (2013).
Comparação entre as teorias da aprendizagem de Skinner e Bandura. Disponível em:
https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsbiosaude/article/view/.

Albert Bandura in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-
2019. [consult. 2019-05-27 18:33:10]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/$albert-bandura.

Bandura, Albert (2008). Aprendizagem Social Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2008.
(Com adaptações).

Carvalho, R. (2011). Bandura, Albert. Disponível em:


https://raquelcarvalho.webnode.pt/dicionario-de-autores/albert-bandura/.

Conservatório Nacional de Música de Viseu (s.d). Conservatório de Música de Viseu Dr.


José de Azevedo Perdigão. Disponível em: http://www.conservatorio-
viseu.org/images/pdf/trompete.crmviseu.pdf.

SMG – Conservatório de Guimarães (2017). Plano Curricular de disciplina instrumento-


trompete. Disponível em:
http://www.smguimaraes.pt/images/smg/plano_curricular_disciplina/Plano-
Curricular-Trompete---FINAL-2017.18.pdf.

20

Você também pode gostar