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COLHEITADEIRA DE GRÃOS
BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1- SEGURANÇA NO TRABALHO 4
3- COLHEITADEIRAS 20
REFERÊNCIAS
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BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
INTRODUÇÃO
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BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
1- SEGURANÇA NO TRABALHO
Apesar de um tanto tardia – o mundo conta com normas de colhedoras pelo menos
desde 1983 enquanto a primeira versão nacional data apenas de 2015 – a adoção é
relevante. “A imensa maioria dos fabricantes já considera o estabelecido
internacionalmente no momento de desenvolver seus produtos, até porque atende
outros mercados além do Brasil. Porém, a existência de normas brasileiras contribui
para que a legislação nacional acompanhe os conceitos, padrões e graus de risco
estabelecidos de forma global.
operador chegando a ficar a 3 metros acima do solo, o que faz com que o risco de
queda não possa ser desconsiderado; além disso, possui elementos afiados,
destinados ao corte. Desta forma, vários requisitos recaem sobre a necessidade de
proteção do operador, como os que determinam que as transmissões não fiquem
expostas, os que incluem avisos sonoros ou luminosos no caso de algum mau
funcionamento, os que preveem formas seguras para acesso a determinados
componentes no momento da manutenção, os que exigem a existência de guarda-
corpos, corrimões ou pega-mãos, entre inúmeros outros.
Demandas nacionais
Outro ganho resultante da adoção das normas ISO é a participação brasileira nas
discussões normativas, possibilitando que a realidade e demandas nacionais possam
ser incorporadas aos textos internacionais e passem a valer mundialmente. Por regra,
todas as normas publicadas devem, periodicamente, passar por revisões, podendo
ser simplesmente confirmadas e mantidas ou serem foco de alterações. Este é o
momento para a incorporação de inovações e desenvolvimentos experimentadas pelo
mercado como um todo, e, também, para o atendimento a questões identificadas
localmente. Foi o que ocorreu com as colhedoras de cana. “Conseguimos incluir na
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Requisitos específicos
Considerado um bom arcabouço para a realidade internacional, o conjunto de normas
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para colhedoras ainda não abrange todos os equipamentos em uso no Brasil, uma
das maiores potências agrícolas mundiais. É o caso das colhedoras de café. Ao
contrário dos grãos, a cultura cafeeira é perene, ou seja, na colheita, retira-se apenas
o fruto, mantendo-se a planta. Para atender o maior produtor mundial, o mercado
disponibiliza maquinários sofisticados que realizam esta tarefa de forma segura e com
alta produtividade, sem, no entanto, contar com a existência de normas específicas
que padronizem os requisitos mínimos. “Grande parte das exigências básicas para
colhedoras são atendidas pelas de café, porém, há itens que simplesmente não se
aplicam e outros que não estão previstos”, comenta Paulo Henrique Fulanete Guirao,
Gerente de Negócios de Colhedoras de Café da Jacto. A solução encontrada pelos
fabricantes é, então, adotar partes das normas, selecionado aquilo que pode ser
aplicado. Guirao, no entanto, acredita ser interessante a elaboração de uma norma
específica. “Por suas características, acolhedora de café é dotada de diversos
componentes hidráulicos que precisam ser projetados de forma a evitar vazamentos
prejudiciais ao meio ambiente e ao próprio grão colhido”, destaca.
Para ele, inclusive, deveria haver textos normativos voltados ao desempenho e
qualidade de operação, estabelecendo itens como critérios máximos de aceitação de
perdas de café na colheita. Se faltam normas para um equipamento tão tradicional
como uma colhedora de café, o que pensar da colhedora de amendoim, recém-
chegada ao mercado. Produto da MIAC, foi lançado no ano passado e também
projetado de forma a atender o maior número de requisitos normativos possíveis.
Como explica Fábio Massahide Santos Tanaka, gerente de projetos da MIAC, divisão
de máquinas agrícolas das Indústrias Reunidas Colombo, a colheita de amendoim,
uma leguminosa, é bem peculiar, por ser indireta. É preciso realizar o arranquio do
amendoim que está no solo, invertê-lo, deixar secar para depois colher.
NR12 é a sigla para Norma Regulamentadora Número 12, que tem a finalidade de
garantir padrões básicos de segurança para o ambiente de trabalho e profissionais
que atuam na montagem e operação de máquinas de diversas naturezas (como, por
exemplo, equipamento utilizado em panificação, confeitaria, açougue, mercearias,
fabricação de calçados; além de prensas, motosserras, maquinário de uso agrícola e
de função de elevação para trabalho em locais altos, entre muitos outros tipos de
máquinas utilizados em ambientes comerciais, industriais e afins).
O que é NR12?
Segundo a introdução propriamente dita desta Norma que consta no item Princípios
Gerais, sub item 12.1, da publicação referente à NR12 (disponível no site do Ministério
do Trabalho), “esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências
técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a
integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas
e equipamentos de todos os tipos, e
ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qu
alquer título, em todas as atividades
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É comum nos depararmos com tratores circulando na via pública, muitas vezes sem
qualquer identificação externa, nem mesmo registro e licenciamento, o que passou a
ter uma regulamentação mais efetiva somente a partir de 2013, com a vigência da
Resolução do Conselho Nacional de Trânsito nº 429/12, que estabelece critérios para
o registro de tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza
ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, de pavimentação ou guindastes
(máquinas de elevação).
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Durante muito tempo, não havia uma regulamentação específica para este tipo de
veículo, silenciando-se a legislação de trânsito quanto à “numeração especial” exigida
pela norma em apreço; atualmente, porém, vigora a Resolução nº 429/12, que delimita
os critérios para inclusão dos tratores no sistema RENAVAM – Registro Nacional de
Veículos Automotores, desde 01/06/13, mas somente para os fabricados a partir
de 01/01/13, exigindo-se, para tanto:
Após este registro no órgão de trânsito, prevê citada norma a gravação de Número
de Identificação do Produto (PIN) no chassi ou na estrutura de operação que o compõe
(artigo 5º), bem como o uso de placa traseira de identificação lacrada ao veículo (artigo
10), sendo dispensada a placa dianteira (parágrafo único).
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A expressão “desde que lhes seja facultado transitar nas vias”, utilizada em vários
momentos na legislação de trânsito em vigor, não é, infelizmente, delimitada
legalmente; todavia, partindo-se do princípio da legalidade (artigo 5º, inciso II, da
Constituição Federal), diante do qual o particular é livre para fazer tudo aquilo que a
lei não disponha de maneira contrária, lícito concluir que todo trator pode transitar na
via pública, exceto quando houver a sinalização proibitiva mencionada anteriormente
ou quando norma específica assim o estabelecer.
Neste sentido, merece relevo outra norma do Contran: a Resolução nº 454/13, que,
ao alterar a Resolução nº 14/98 (equipamentos obrigatórios dos veículos), inovou, em
seu artigo 4º, com os seguintes dizeres:
8) faixas retrorrefletivas;
13) buzina;
Resolve:
desta Resolução.
Art. 4º Para o registro dos veículos referidos no art. 3º desta Resolução, será
exigido:
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veículo.
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policial quando a marcação principal estiver destruída ou ilegível, que fica conhecida
como: "Marcação Oculta".
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ALBERTO ANGERAMI
Presidente do Conselho
p/Ministério da Justiça
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p/Ministério da Educação
p/Ministério da Saúde
NOBORU OFUGI
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3- COLHEITADEIRAS
Colheitadeira ideal: Veja quais são as mais indicadas para a cultura de grãos e
café, além de dicas de manutenção e tecnologias disponíveis no mercado.
Para cada tipo de propriedade ou cultura existe uma máquina ideal que possibilitará
rendimentos maiores à sua fazenda.
A colheitadeira híbrida 4690 da MF possui motor AGCO Power de 7,4 litros, de acordo
com o MAR-1 (máquinas agrícolas e rodoviárias – Fase 1) de redução de emissão de
poluentes, com 200 cv de potência e capacidade de 5.500 L no tanque graneleiro.
O sistema híbrido possui dois rotores e ventilação de dupla cascata, permitindo que a
limpeza dos grãos seja feita em etapas bem definidas, não sobrecarregando as
peneiras e possibilitando a entrega de um material limpo e de qualidade ao tanque
graneleiro.
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O picador de palhas também é muito eficiente! Conta com duas velocidades e lâminas
tratadas termicamente, propiciando excelente cobertura do solo.
A colhedora New Holland TC 5090 possui motor de 258 cv e uma capacidade de 7.200
L no tanque graneleiro.
Além disso, possui peneiras autonivelantes que propiciam menores perdas e, seu
sistema de debulha por cilindro, apresenta um excelente desempenho em condições
de talo verde, alta umidade e durabilidade de seus componentes.
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Ademais, a linha TC oferece a opção de tração traseira auxiliar, acionada por motores
hidráulicos independentes. Essa funcionalidade oferece 30% a mais na tração da
colhedora, auxiliando no deslocamento em locais de difícil acesso e reduzindo a
compactação do solo.
A colheitadeira John Deere S790 possui um sistema Dyna-Flo Plus que reduz o
volume de retrilha em até 28%, assegurando melhores rendimentos operacionais.
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Duas colhedoras de café presentes no mercado que merecem destaque são: a Coffee
Express 200 Multi, da Case iH, e a K3 Millennium, da Jacto.
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Esse novo modelo de colhedora possui mais paletas retráteis que o modelo anterior,
o qual passou de 32 para 62 paletas e acarretou em redução de perdas de café no
chão.
K3 Millennium da Jacto
Consegue reduzir até 50% das perdas de café no chão, segundo o fabricante, e
isso ocorre devido aos recolhedores possuírem 260 mm associados a um conjunto de
câmeras, as quais facilitam o correto alinhamento das plantas.
K3 Millennium da Jacto
(Fonte: Jacto)
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O piloto automático, por exemplo, possibilita em ganhos operacionais – uma vez que
auxilia o operador na condução do equipamento de maneira a permitir que sua
atenção seja direcionada para outros aspectos importantes durante a colheita.
Assim como os sistemas de telemetria que fornecem dados em tempo real da colheita,
sendo possível a correção de erros operacionais ainda em campo.
Conclusão
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8. acionar a plataforma;
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A interface visual entre a plataforma de corte e o operador é por meio de seis LED’s que
indicam a sua posição. Através da quantidade de flashes dos LED s é possível
diagnosticar a plataforma, adotando-se uma tabela de verificação fornecida pelo
fabricante e assim traduzindo o problema identificado.
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- apresenta uma interface com visor do tipo display de LCD que exibe as mensagens
informativas de diagnóstico da plataforma, facilitando a sua manutenção, bem como
sobre as funções manuais e automáticas;
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- o módulo eletrônico possui um conector do tipo DB9 para cabo serial que faz
a comunicação com um microcomputador a ser empregado em caso de
eventual reprogramação de software (up grade).
O visor (1), preferencial mente um display de cristal líquido (LCD), descreve o “status”
momentâneo do sistema, bem como apresenta as funções e o diagnóstico. A tecla de
nivelamento automático (2) liga e desliga o sistema automático de nivelamento, sendo
que quando o módulo eletrônico estiver calibrado como plataforma rígida esta função é
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rígida para colheita em que a plataforma não contata o solo e plataforma flexível para
colher rente ao solo;
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- confirme a seleção com a tecla (5); o sistema aguarda que a plataforma de corte
esteja nivelada;
invenção (10) que compreende uma fonte de alimentação (11), CPU (12), análise de
manche (13), conjunto dos solenóides (14), atuadores (15), análise dos sensores (16),
sensores (17), alimentação dos sensores (18), análise da embreagem (19), análise da
marcha ré (20), bateria (21), teclado (22), visor (23), I5 gravação (24) e computador (25).
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O bloco de análise (13) do manche (28) é responsável por reduzir a tensão enviada pelo
acionamento das teclas, para que a CPU (12) entenda qual a tecla e por quanto tempo
ela é pressionada. As teclas enviam a própria tensão da bateria (21), enquanto que o
bloco transforma-a no valor adequado, enviando este 25 sinal ao pino l/O
correspondente.
O bloco análise dos sensores (16) é responsável pela leitura da tensão enviada pelos
sensores (17) que estão posicionados na plataforma. Estes sensores recebem a
alimentação do bloco de alimentação dos sensores (18), o qual envia uma tensão
adequada aos sensores que, por sua vez, variam a tensão conforme o posicionamento
da plataforma. Essa variação de tensão é enviada ao bloco de análise dos sensores
(16) que retira os ruídos e imperfeições desse sinal e indica a CPU (12) que tensão está
sendo apresentada pelos sensores (17), quando então a CPU (12) compara a tensão
com a tabela de tensões internas e define o que deve ser feito.
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Por se tratar de uma questão social, econômica, política e até ecológica, as perdas de
grãos das principais culturas nas lavouras brasileiras têm causado preocupação e
despertado cada vez mais interesse pela busca da minimização do problema. A perda
de grãos, tanto qualitativa quanto quantitativa, tem sido causada em grande parte pelo
funcionamento inadequado do sistema de trilha das colhedoras.
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Para entender melhor, hoje o mercado dispõe de colhedoras equipadas com sistemas
de trilha chamados de radial ou tangencial (transversal), axial (rotor axial) e também
as denominadas híbridas (radial e axial).
RADIAIS
Esse sistema tem como característica mudar a trajetória do material pela rotação do
cilindro, o que causa a morosidade de saída dos grãos do sistema, acarretando em
dano mecânico ao mesmo, bem como o retardamento do fluxo da palha, o que
sobrecarrega o sistema de separação e limpeza. O maior tempo de permanência do
material causa maior impacto agressivo, comprometendo a qualidade da colheita
quando não forem dadas aos componentes deste sistema a manutenção e as
regulagens compatíveis com as condições impostas pela cultura.
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É fundamental que na trilha haja condições de que no mínimo 90% dos grãos trilhados
tenham acesso ao sistema de limpeza através do côncavo e no máximo 10% de palha.
Já no sistema de separação nas convencionais saca-palhas, no máximo 10% de grãos
e no mínimo 90% da palha, caso contrário, as perdas pelas peneiras tornam-se
inevitáveis. Há, ainda, excesso de retrilha (quebra de grãos) e a máquina pode ficar
sobrecarregada.
Já o côncavo deve ser o mais afastado possível em relação ao cilindro e sempre com
abertura maior na parte dianteira, como ajuste básico regula-se nos tirantes laterais
com medidas específicas. Uma alternativa é trabalhar com o côncavo todo solto (para
baixo), buscando, além da trilha, mais separação de grãos através do côncavo,
mantendo a palha mais graúda possível e assim não sobrecarregando as peneiras.
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Com relação ao sistema de trilha das colhedoras de grãos, houve nos últimos anos
grandes avanços tecnológicos, principalmente a partir das máquinas equipadas com
trilha de fluxo axial (com rotor simples ou duplo) até as chamadas híbridas (tangencial
e axial), mesmo que as indústrias ainda continuam produzindo e comercializando as
chamadas radiais (transversal).
AXIAIS
A colhedora denominada axial é aquela cujo sistema é composto por rotor e côncavo
longitudinal em relação à máquina. Esse sistema tem como característica principal o
menor tempo de permanência do material na sessão de trilha, reduzindo danos
mecânicos (quebra de grãos), na qual o material se desloca paralelo ao eixo do rotor,
com maior tempo de separação do grão da palha, reduzindo perdas.
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O sistema axial, pelo fato de que o rotor e o côncavo estão situados no sentido
longitudinal da colhedora, acelera a saída dos grãos do sistema, minimizando o atrito
e diminuindo as quebras e a separação acontece gradativamente ao longo do côncavo
até o sistema de limpeza.
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As colhedoras com dois rotores axiais possuem, logicamente, dois côncavos, tendo
ainda maior área quadrada de côncavo e maior força centrífuga do que as de apenas
um rotor, permitindo que a separação de aproximadamente 80% a 90% do grão
aconteça no setor de trilha.
No duplo rotor, a trilha se dá pelos dois rotores e o contato de grão a grão em ambos
os lados distribui de forma mais uniforme o material sobre as peneiras, principalmente
em ladeiras. Em alguns rotores a gengiva da trilha sobreposta em unidade espiral
impede a passagem de material sem trilhar. Na área de separação os rotores possuem
placas escalonadas em espiral que mantêm o material em movimento, facilitando a
separação e a descarga do material do sistema, com regulagens que permitem maior
ou menor retenção do material no sistema, de acordo com as condições da cultura e
o volume de massa, bem como a velocidade do deslocamento da colhedora. Esse
sistema de batedores de descargas e pás substituíveis acelera o deslocamento de
palha para o picador e espalhador.
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É importante também que em busca de maior ação de trilha trabalhe-se com maior
ação de côncavo, ou seja, aproximando o côncavo do rotor não alterando a rotação
do mesmo, caso contrário, além de quebra e perdas, obrigatoriamente precisaria
reduzir a velocidade da máquina, comprometendo a produtividade da mesma.
HÍBRIDAS
Alternativa que qualifica a trilha é o uso de barras de alta inércia removíveis entre as
barras do cilindro transversal, que proporcionam melhor separação de grãos através
do côncavo e também permitem a trilha de menor impacto, podendo trabalhar com
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Outro aspecto importante para ser considerado são as máquinas equipadas com rotari
“separator”, que além do conjunto do côncavo e batedor traseiro, o separador rotativo
contribui na separação do grão da palha pela força centrífuga principalmente em
colheitas de alto volume. Este acessório está situado entre o batedor traseiro e o saca-
palhas, componente que exige regulagem cuidadosa e compatível com as condições
impostas durante a colheita (umidade, volume e velocidade da colhedora).
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BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
REFERÊNCIAS
https://www.salario.com.br/profissao/operador-de-colheitadeira-cbo-641005/>acesso
em 19/10/2020
https://portalmaquinasagricolas.com.br/preservar-a-integridade-de-operadores-e-
acompanhar-os-conceitos-padroes-e-graus-de-risco-estabelecidos-de-forma-
global/>acesso em 19/10/2020
https://siautec.com.br/nr12>acesso em 19/10/2020
https://www.ctbdigital.com.br/artigo-comentarista/336>acesso em 19/10/2020
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=317949>acesso em 19/10/2020
https://blog.aegro.com.br/colheitadeira-ideal/>acesso em 19/10/2020
https://www.escavador.com/patentes/402314/metodo-e-sistema-de-controle-
automatico-de-plataforma-de-corte-de-colheitadeira>acesso em 19/10/2020
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/opcoes-para-colher-bem>acesso em
19/10/2020
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