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COLHEITADEIRA DE GRÃOS
BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
SUMÁRIO
3- HISTÓRIA DA COLHEITADEIRA 24
7- REGULAGEM DA COLHEITADEIRA 40
REFERÊNCIAS
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BÁSICO PARA OPERADOR DE COLHEITADEIRA DE GRÃOS
a) Corte;
b) Trilha;
d) Limpeza.
2. A colhedora
- Barra de corte - tem a função de realizar o corte das hastes das plantas. É
constituída de navalhas, contra-navalhas, dedos duplos, régua e placas de
desgaste;
- Caracol - é um cilindro ôco situado na plataforma logo após a barra de corte, tendo
na sua superfície e a partir das extremidades, lâminas helicoidais que trazem para o
centro da plataforma todo o material cortado pela barra de corte e que cai sobre a
plataforma. Na parte central, o caracol possui uma série de dedos retráteis os quais
ficam totalmente expostos na parte da frente do caracol, transferindo o material
amontoado pelos helicoides para a esteira alimentadora;
b) Trilha:
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c) Separação:
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- Peneira inferior - é uma peneira similar à superior, devendo ter sua abertura
ajustada para permitir somente a passagem de sementes;
- Ventilador - tem a função de gerar uma corrente de ar ascendente que age por baixo
das peneiras eliminando todas as partículas mais leves que as sementes.
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3. Momento da colheita
a) Colheita prematura - é aquela feita quando a semente estiver madura, porém não
debulhando com facilidade. Nessa fase, as sementes apresentam alto teor de
umidade, o que dificulta ou impede a trilha. A presença de grande massa verde da
planta dificulta ou impede o funcionamento dos mecanismos de trilha e separação
havendo, consequentemente, perda de sementes;
b) Colheita ótima - é aquela na qual se tem o número máximo das sementes
morfologicamente maduras, debulhando com relativa facilidade para facilitar a trilha,
tendo-se índice pequeno de deiscência ou degrane;
c) Colheita tardia - ocorre quando a umidade da semente está baixa, facilitando a trilha
e separação (limpeza), entretanto podendo ocorrer perdas como deiscência e
degrane.
Qualquer fato negativo que ocorra na realização da colheita, põe em risco o sucesso
econômico do empreendimento. Por isto, principalmente na colheita mecânica,
devem-se tomar cuidados para que esta se processe de forma a colher o arroz com
um mínimo de danificações mecânicas, no menor prazo possível, mantendo-se em
níveis aceitáveis tanto as perdas decorrentes de fatores naturais, como as decorrentes
da operação da colhedora (Alonço et al., 1997; Alonço et al., 1999; Franco et al., 2005
.
Ponto de colheita
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Colheita mecânica
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Perdas na colheita
Antes da colheita
Na plataforma da colhedora
Esse é o local de maior perda de grãos na colheita e responde por até 85% do prejuízo.
Plataforma convencional
Perdas nas peneiras- As perdas nas peneiras são causadas por trilha curta,
furos das telas muito fechados e ar mal dirigido, insuficiente ou excessivo. As
perdas nas peneiras são grãos soltos, que saem juntamente com a palha
miúda.
Regulagens da colhedora
Origem da
Causa Solução
perda
Barra
Muito alta Reduzir altura do corte
de corte
Barra
Molinete debulha panículas Reduzir velocidade do molinete
de corte
Barra Material cortado não cai sobre Colocar molinete mais baixo e para
de corte a plataforma trás; aumentar velocidade do molinete.
Barra Material se enrola no molinete Subir posição do molinete; diminuir
de corte e retorna à lavoura velocidade do molinete.
Barra Barra de corte degrana a Verificar se falta navalha; reduzir
de corte panícula e corta mal velocidade de avanço
Cilindro Falta de rotação no cilindro Aumentar rotação cilindro
Distância excessiva entre
Cilindro Diminuir distância
cilindro e côncavo
Colher em horas que se apresentem
Cilindro Lavoura úmida
mais seca
Velocidade do saca-palhas
Saca-palhas Comprová-la e corrigi-la
muito alta ou baixa
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A colheita deve começar quando os teores de água dos grãos estiverem em torno de
15% a 16%, porque, acima disto, pode ser necessário fazer a secagem pós-colheita
e, abaixo deste nível, implica em quebra exagerada deles. A Embrapa destaca que a
regulagem da colheitadeira deve ser a melhor possível para evitar as perdas.
AVALIAÇÃO
Apesar de as origens das perdas serem diversas, sendo observadas tanto antes
quanto durante a colheita, entre 80% e 85% das perdas ocorrem pela ação dos
mecanismos da plataforma de corte das colheitadeiras (molinetes, barras de corte e
caracol); 12% são ocasionadas pelos mecanismos internos (trilha, separação e
limpeza); e 3% são causadas por deiscência natural.
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peso, permitindo uma determinação direta de perdas em sacas por hectare de soja,
pela simples leitura direta dos níveis impressos no próprio copo.
COMO EVITAR
Para evitar as perdas de grãos de soja nos mecanismos da plataforma de corte das
colheitadeiras e alimentação, a Embrapa sugere os seguintes cuidados:
* Operar mantendo a barra de corte o mais próximo possível do solo. Este cuidado é
disponível na utilização de combinadas com plataformas flexíveis que,
automaticamente, controlam a altura de corte;
* Usar velocidade de trabalho entre quatro e cinco quilômetros por hora para
colhedoras com barra de corte que operam com mil golpes por minuto e velocidade
de trabalho de, no máximo, 6 km/h para colhedoras com barra de corte. Mas só deve
utilizar velocidade de trabalho considerada alta depois de avaliar se as perdas não
estão ultrapassando os níveis toleráveis.
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* Ajustar a rotação do cilindro trilhador, que deve ser a menor possível, evitando danos
às sementes, mas permitindo a trilha normal do material colhido;
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* Ajustar a abertura das peneiras. A peneira superior deve permitir a passagem dos
grãos e pedaços de vagens. Sua abertura inferior deve ser um pouco menor do que a
peneira superior permitindo apenas a passagem dos grãos. A abertura da extensão
da peneira superior deve ser um pouco maior do que a abertura da peneira inferior,
permitindo a passagem de vagens inteiras;
* Ajuste a rotação do ventilador. Sua velocidade deve ser suficiente para soprar, das
peneiras e para fora da combinada, a palha miúda e todo o material estranho mais
leve do que as sementes e que estão misturados a elas.
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PERDAS NO MILHO
Para evitar as perdas de milho no campo, por exemplo, o produtor rural também deve
ficar de olho no funcionamento da colheitadeira, destaca o pesquisador da Embrapa
Evandro Chartuni Mantovani.
TIPOS DE PERDAS
Chartuni explica que o primeiro tipo de perda ocorre no campo, ainda na pré-
colheita, sem qualquer intervenção da colheitadeira. E ela deve ser avaliada antes de
iniciar a colheita mecânica.
“Esta avaliação tem também o objetivo de saber se uma cultivar apresenta ou não
problemas de quebramento excessivo de colmo e se é adaptada ou não para colheita
mecânica.”
“Podem ter sua origem na regulagem da máquina de colheita, mas de maneira geral
estão relacionadas com a adaptabilidade da cultivar à colhedora (uniformidade da
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Chartuni mostra que as perdas de grãos soltos (no rolo espigador e de separação) e
de grãos no sabugo estão associados com a regulagem da máquina.
Na fase dos grãos nos sabugos, o pesquisador salienta que esse tipo de perda ocorre
por causa da regulagem do cilindro e côncavo, apresentando “como possíveis causas,
a quebra do sabugo antes da debulha, grande folga entre cilindro e côncavo,
velocidade elevada de avanço, baixa velocidade do cilindro debulhador, barras do
cilindro tortas ou avariadas, côncavo torto e existência de muito espaço entre as barras
do côncavo”.
“Nos teores de umidade mais altos, testes indicaram que a perda de grãos no sabugo
foi o que mais contribuiu para o aumento da perda total. Por isso, rotações mais altas
(600 rpm a 800 rpm) são mais indicadas. Nos teores de umidade mais baixos, a perda
de espigas, após a colheita, foi a maior responsável pelas perdas totais e a rotação
mais indicada está na faixa de 400 rpm a 600 rpm.”
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“Isto traz inúmeros problemas para a operação da colheita mecânica como, por
exemplo, o embuchamento das colhedoras com plantas daninhas, impedindo que as
máquinas tenham bom desempenho.”
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3- HISTÓRIA DA COLHEITADEIRA
Hoje em dia, as colheitadeiras são autopropelidas e usam motores diesel como fonte
de energia.
Funcionamento da Colheitadeira
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Esse cabeçote é possui uma barra de corte e um rolo giratório com dentes metálicos
ou de plástico, com o objetivo de fazer com que a cultura cortada caia dentro da
colheitadeira.
Nivelamento de sidehill
Colheitadeiras a venda
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Seguindo essas tendências, a previsão mais recente para a safra de grãos no Brasil,
divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também é positiva. A
colheita deverá atingir entre 233,7 e 238,3 milhões de toneladas em 2019 – a produção
representa um aumento entre 2,5% a 4,5% em relação ao período anterior.
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Diante de dados tão animadores, preparamos oito dicas práticas sobre como o
produtor rural pode melhor utilizar seu maquinário no momento da colheita e aumentar
as chances de atingir, ou até superar, a projeção da safra de grãos em 2019:
bem a máquina permitirá que o produtor rural faça a manutenção preditiva, ou seja,
realize a troca de peças desgastadas antes que a colheitadeira pare de funcionar e
fique fora de ação.
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A produção
diária média de uma colhedora de cana varia de 400 a 700 toneladas por máquina.
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Como funciona?
Segundo a Embrapa, até 85% das perdas de grãos de soja, por exemplo, ocorrem por
falhas nos mecanismos da plataforma de corte das colheitadeiras, como molinetes e
caracol. Geralmente, isso ocorre por conta de lâminas quebradas ou equipamentos
mau-ajustados. É importante observar que, no caso da soja, a folga entre a navalha e
a barra de corte fica entre 0,5mm e 0,6mm.
Trilhador de grãos
Como funciona?
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As
colheitadeiras garantem uma colheita mais rápida e, bem ajustadas, evitam grandes
perdas de grãos. São funções diferentes para cada componente.
É seguro dizer que, quanto maior a velocidade, menor a ação da colheitadeira no solo,
e vice-versa. Assim, para o grão de café, por exemplo, é essencial uma colheita mais
lenta que garanta a maior quantidade possível de colheita. Também deve-se prestar
atenção para a regulagem da vibração correta, de modo a não danificar demais a
planta.
Uma das variáveis do café, é o desgaste excessivo das correias de trilhagem. Então,
é importante fazer a regulagem correta da máquina.
Sistema de Separação
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Como funciona?
Sistema de Limpeza
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Por fim, o sistema com função de limpeza é composto majoritariamente por duas
peneiras com abertura maior e menor. A abertura das peneiras deve ser analisada
para cada plantação.
Para grãos menores, como arroz, é importante ter peneiras de abertura pequena,
enquanto as colheitadeiras de milho podem ter peneiras mais grossas. No final, os
grãos limpos são transportados para o tanque graneleiro ou um ensacador de grãos.
Como funciona?
Então, certifique-se de que todas as peças estão em boa qualidade e faça os ajustes
corretos para evitar a perda de grãos.
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As diferenças são perceptíveis até mesmo a quem não entende nada de agricultura, mas
não se resumem ao tamanho e design. Fabricada em ferro e movida a diesel, a primeira
colheitadeira nacional era capaz de colher 500 sacas de soja por dia. A de última geração,
com 21 toneladas e 12 metros de comprimento, realiza o mesmo trabalho em meia hora.
Antes, também eram necessários dois trabalhadores para operar a máquina: um dirigia e
outro ensacava a soja colhida, já que o equipamento não possuía tanque de
armazenamento. As sacas eram deixadas na própria lavoura e recolhidas posteriormente
por um segundo veículo.
“Até agora, a gente está avaliando só a quantidade de soja retirada do campo. Mas, por
exemplo, quanto tempo o produtor gastava para voltar e recolher todos os sacos deixados
no campo? Hoje, três tanques de grãos, que equivalem ao que era colhido há 50 anos,
são descarregados em quatro minutos e meio”, explica o gerente de marketing Gustavo
Barden.
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Conforto e produtividade
Custando em torno de R$ 1,5 milhão, a colheitadeira moderna é totalmente automatizada,
capaz de ajustar a velocidade e regular os acessórios para evitar perda de grãos, tornando
o trabalho mais eficiente. Além disso, a cabine tem ar condicionado, frigobar e pode levar
até duas pessoas, apesar de ser necessário apenas um operador.
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“Nós estamos investindo em tudo o que existe de mais moderno, porque não podemos
errar. É um investimento muito alto. O tiro tem que ser na mosca”, afirma o produtor, sem
revelar quanto gastou em equipamentos na Agrishow.
Adepto da alta tecnologia, ele relembra que na época em que os avós produziam café,
quando a família ainda morava no Paraná, a colheita era manual e o trabalho na lavoura
bastante pesado. Depois, os pais passaram a criar gado e, assim que assumiu os
negócios, investiu em genética avançada.
“Quando eu fui para Rondônia, já levei comigo tecnologia, como inseminação artificial.
Agora que estamos mudando de ramo, continuamos procurando investir no melhor porque
queremos continuar sendo referência”, diz.
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7- REGULAGEM DA COLHEITADEIRA
A colheita é uma das principais etapas no ciclo produtivo, principalmente por poder
influenciar na produtividade, caso as regulagens da colhedora não estejam
adequadas. Durante a colheita é normal que ocorram algumas perdas. Porém, é
necessário que estas sejam sempre reduzidas a um mínimo para que o lucro seja
maior. A percentagem de perdas pode ser relacionada à má regulagem da máquina,
principalmente no mecanismo de corte e alimentação. Porém, o efeito desses fatores
pode ser minimizado pela adoção de práticas de manejo que fazem com que as
plantas de soja tenham o melhor aproveitamento possível. Hoje podemos ter perdas
significativas na nossa colheitadeira se não observarmos alguns detalhes. Estas
perdas ocorreram na plataforma de corte, nos mecanismos de trilha, separação e
limpeza dos grãos.
Devemos sempre estar atentos aos detalhes: realizar a revisão da colhedora sempre
antes de efetuar as colheitas, a troca de peças que estejam com vida útil condenada
e efetuar a melhor regulagem do equipamento conforme a cultura, a umidade do grão
e, claro, sempre sem pressa porque a colhedora precisa de um tempo para processar
o corte, trilha, separação e limpeza.As perdas que ocorrem durante o processo de
colheita vão afetar diretamente o lucro da lavoura de soja.
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Nas suas atividades, os trabalhadores rurais ficam expostos a vários riscos e danos,
sejam eles:
· Exposição a agrotóxicos .
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-Agrotóxicos:
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rém muitas vezes existe a dificuldade de entendimento por parte dos trabalhadores,
que na maioria das vezes não possuem sequer uma alfabetização adequada. Essa a
proximação dessas organizações geralmente vem em forma
de cartilhas, manuais, folhetos, palestras, vídeos, entre outros.
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Agrotóxicos:
Com o aumento da população mundial previsto para 2100 de 10,1 bilhões de pessoas
(ONU, 2011), busca-se cada vez mais o aumento da produtividade na agricultura, para
dar conta da “fome” populacional. Em consequência disso, o uso de agrotóxicos é
uma realidade no meio rural e se torna quase obrigatório. Na exploração da atividade
agrícola, onde a produção e a produtividade são fatores fundamentais para o sucesso
do negócio, o uso de insumos agrícolas (fertilizantes e agrotóxicos) é indispensável,
devido ao grande número de pragas que atacam as lavouras durante o período de
desenvolvimento das culturas.
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Por ser de clima tropical, o Brasil possui um número considerável de pragas e doenças
que causam, respectivamente, 40% e 15% dos danos nas principais culturas. Por esse
motivo necessita-se da utilização de medidas de controle, dentre elas o uso de
agrotóxicos. As 84 empresas fabricantes de agrotóxicos no Brasil, com 1.500 produtos
registrados e destes apenas 673 comercializados, são representadas pelo SINDAG
(Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola), as empresas
que fazem pesquisa e desenvolvimento são representadas pela ANDEF (Associação
Nacional de Defesa Vegetal), a distribuição é realizada pelas revendas, representadas
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A classificação dos agrotóxicos é dada por sua finalidade de uso, ou seja, pela ação
sobre os organismos-alvo, sendo: herbicidas quando agem sobre as ervas daninhas,
inseticidas quando erradicam os insetos, fungicidas quando inibem o desenvolvimento
dos fungos, acaricidas quando agem sobre os ácaros, nematicidas quando eliminam
os nematóides, formicidas quando agem sobre as formigas, moluscicidas quando
controlam lesmas, bactericidas quando atuam sobre as bactérias, e raticidas quando
eliminam os ratos, reguladores e inibidores de crescimento (EMBRAPA, 2005).
Herbicidas:
Segundo Saad, 1985, os herbicidas podem ser aplicados no solo, nas folhas, ramos
e caule, sob a forma de pulverização e com isso erradicam as plantas. Alguns
exemplos são Paraquat, 2,4-D, Dinitrofenóis, Glifosato, etc. São classificados em:
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- não seletivos – eliminam toda a vegetação e são utilizados em áreas não cultivadas.
Inseticidas:
Conforme Gallo, 1988, os inseticidas são compostos químicos ou biológicos que são
aplicados sobre os insetos, e dependendo da dose os eliminam.
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inertes, sólidos ou líquidos. Os inertes são substâncias neutras que diluem o inseticida
puro. Alguns exemplos são a areia, argila, betonita, caolim, farinhas, talco, etc. Os
inseticidas são encontrados nas seguintes formulações, segundo Gallo, 1988:
· Suspensão líquida (Flowable): diluição em veículo líquido, que pode ser água
(flowable) ou emulsão de óleo em água. Sigla comercial F.
· Pastas: sob forma pastosa, para ser utilizada sem diluição, sobre partes vegetais.
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Fungicidas:
· protetores: são aplicados nas partes suscetíveis das plantas. São relativamente
insolúveis em água e possuem dificuldade de penetração na planta. Exemplos:
enxofre, calda sulfo-cálcica, calda bordalesa, ziram, ferbam, thiram, zineb, maneb,
mancozeb,chlorothalonil, dicloran, captan, etc.
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Classificação toxicológica:
Classificação ambiental:
Segundo Silva et al, 2005, nas suas atividades, os trabalhadores rurais ficam expostos
a vários riscos e danos, sejam eles:
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Portanto, diante desse quadro de intenso uso, os trabalhadores rurais ficam expostos
aos riscos de agrotóxicos durante as várias tarefas na utilização, conforme descreve
Garcia & Filho, 2005:
· no transporte;
· no armazenamento;
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· no preparo da calda;
· no carregamento;
· na aplicação;
· na manutenção do equipamento;
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· controles operacionais (ex.: opção por sistemas de aplicação que expõem menos
o operador);
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INTRODUÇÃO:
Temas por demais importantes, pois, em função das dificuldades existentes para uma
evacuação rápida, a ocorrência de situações de risco provocadas podem redundar em
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eventos fatais para os ocupantes, como tem sido noticiado na mídia nos últimos
tempos.
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Neste gráfico, podemos verificar os fatores responsáveis pelos eventos, que têm sua
predominância nas situações de faíscas mecânicas, isto é, faíscas provocadas nas
ocorrências de paradas de manutenção onde o uso de ferramentas de corte, solda,
esmerilhamento, etc., são comuns. Os demais fatores são de menor proporção,
porém, compõem o cenário atual no planeta.
DEFINIÇÕES:
1. INCÊNDIOS:
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Os incêndios ocorrem com quaisquer materiais combustíveis; porém, para que isso
aconteça, é necessário que a quantidade de material combustível seja muito grande
e que as partículas tenham pouco espaço entre si, impedindo um contato direto e
abundante com o oxigênio do ar. As partículas devem, entretanto, estar afastadas
entre si, de maneira que, apesar da existência da fonte de ignição e da consequente
combustão local, não seja permitida a propagação instantânea do calor de combustão
às partículas localizadas nas camadas mais internas, devido à insuficiência de ar.
Desta forma, a queima se dá por camadas, em locais onde as poeiras estejam
depositadas ao longo das jornadas de trabalho, ou em uma das seguintes formas:
- Empilhadas.
- Armazenadas em tulha.
- Depósitos.
- Outros.
A ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com cuidado, para evitar que
o material depositado em estruturas, tubulações e locais de difícil visualização e
limpeza seja colocado em suspensão, formando a nuvem de poeira, que evoluirá para
explosão, pois há, no ambiente, os fatores de deflagração da mesma, isto é, fogo e
energia. O incêndio por camadas, outrossim, é de difícil extinção, podendo se
prolongar por várias horas após sua extinção.
2. EXPLOSÕES:
Ocorrem frequentemente em unidades processadoras em referência, onde as poeiras
tenham propriedades combustíveis; é necessário, porém, que as mesmas estejam
dispersas no ar e em concentrações adequadas. Isto ocorre em pontos das
instalações onde haja moagem, descarga, movimentação, transporte, etc., desde que
sem controle de exaustão e que, obviamente, existam os fatores desencadeantes.
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A poeira depositada ao longo do tempo nos mais diversos locais da planta industrial,
quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma fonte de ignição
com energia suficiente para a primeira deflagração, poderá explodir, causando
vibrações subsequentes pela onda de choque. Isto fará com que mais pó depositado
entre em suspensão e mais explosões aconteçam, cada qual mais devastadora do
que a anterior, causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio, paradas no processo
produtivo... E, o que é pior, vidas são ceifadas ou ficam alijadas de sua capacidade
laborativa, com as consequências por todos conhecidas (incapacidades totais e
permanentes).
A mudança de incêndio para explosão pode ocorrer facilmente, desde que poeiras
depositadas nas cercanias do fogo sejam agitadas, entrem em suspensão e ganhem
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A amostra tomada à esquerda, em quantidade de 500 gr., foi passada por peneiras,
resultando na quantidade de 70 gr. Portanto, a geração de poeira corresponde a
(70/500)x 100=14%.
Posteriormente, testamos sua combustividade, no que obtivemos êxito. Portanto,
trata-se de uma poeira explosiva e com quantidade significativa de pó gerada na
movimentação.
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para controlá-las tenham sido publicados, ainda hoje elas seguem produzindo graves
acidentes. Em menos de uma semana, no mês de dezembro de 1977, produziram-se
importantes explosões em armazéns de grãos, com 54 vítimas fatais. Nos meses
seguintes, foram contabilizadas outras explosões, com número adicional de mortes.
O ensaio acima serve como parâmetro para quantificação do material que é gerado
em uma planta, durante sua movimentação e processamento. As imagens foram feitas
durante uma análise que efetuamos em indústria que sofreu processos de explosão.
Assim, pudemos definir as concentrações de poeiras passíveis de se formar e, no
caso das explosões, quantificar seus efeitos destruidores, como se fosse uma carga
explosiva previamente definida para implodir um prédio, uma ponte, etc.
O perigo de uma classe determinada de poeira está relacionado com sua facilidade
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de ignição e com a gravidade da explosão resultante. Para tal, foi desenvolvido nos
EUA um equipamento experimental para testar poeiras explosivas, com sensores
diversos que permitem conhecer as características das poeiras explosivas. A
sensibilidade de ignição se dá em função da temperatura de ignição e da energia
necessária, enquanto que a gravidade da explosão vem determinada pela pressão
máxima de explosão e pela máxima velocidade de crescimento da pressão. Para
facilitar as comparações dos dados de explosividade derivados dos ensaios
mencionados, todos os resultados se relacionam com uma poeira de carvão
conhecida como “Pittsburg”, tomando-se uma amostra com concentração de 0,5
kg/m3 (kg de pó de carvão por m3 de ar), exceto nos pós metálicos.
Quanto menor for a dimensão da partícula de pó, torna-se mais fácil para a nuvem
entrar em ignição, visto ser maior a superfície exposta por unidade de peso da matéria
(superfície específica). As dimensões da partícula influem também sobre a velocidade
de crescimento da pressão: para uma dada concentração de pó em peso, um pó
formado por partículas grossas mostra uma velocidade de aumento de pressão mais
baixa do que o mesmo pó fino. A concentração mínima necessária para que haja
explosão, a temperatura de ignição e a energia necessária para a ignição, por sua
vez, diminuem conforme se reduz a dimensão da partícula de pó. Numerosos estudos
indicam este efeito em grande variedade de poeiras.
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3.1.2. CONCENTRAÇÃO:
O limite superior de explosividade (LSE) das nuvens de pó não foi determinado devido
a dificuldades experimentais; também se questiona se ele existe para poeiras e, do
ponto de vista prático, sua utilidade é duvidosa. As curvas que se obtêm ao relacionar
graficamente a Pmp. e a Vmp. com a concentração demonstram que estes valores
são mínimos no limite inferior de explosividade e que, depois, aumentam até seu valor
máximo, ao dar-se a concentração ótima, em cujo ponto começam a diminuir
lentamente. Igualmente se verifica que a Pmp. e a Vmp. não se dão precisamente em
igual concentração. O efeito destrutivo se determina em primeiro lugar pela Vmp.
Observa-se que as explosões mais violentas se produzem com uma concentração
ligeiramente superior à necessária para que se tenha a reação com todo o oxigênio
existente na atmosfera.
As concentrações menores geram menos calor e criam menores pressões de ponta.
Com concentrações maiores das que causam explosões violentas, a absorção do
calor pela poeira não queimada devido ao excesso presente no ambiente, bem como
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seu grau de umidade, podem ser as razões para que se produzam pressões menores
de explosão do que as indicadas nas tabelas em referência (item 6.5.4).
3.1.3. UMIDADE:
A umidade contida nas partículas de pó faz com que seja necessário aumentar a
temperatura de ignição, devido ao calor absorvido, para a vaporização da água
contida nelas. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a deflagração. Depois que se
produz a ignição, existe, porém, uma relação direta entre o conteúdo de umidade, a
energia mínima necessária para a ignição, a concentração de explosão mínima, a
Pmp. e a Vmp. Por exemplo, a temperatura de ignição do amido de milho pode
aumentar até 50 º C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto de vista
prático, a umidade não pode ser considerada como meio efetivo de prevenção contra
explosões, pois a maior parte das fontes de ignição proporciona energia suficiente
para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no pó. Para que a
umidade seja um meio de proteção provisório, ela deve ser extremamente alta (a
partícula deverá estar encharcada), a fim de que o a energia convencional não seja
suficiente para a evaporação, volatilização e inflamação da mesma.
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4. DEFLAGRAÇÃO E DETONAÇÃO:
4.1. DEFLAGRAÇÃO:
4.2. DETONAÇÃO:
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5. GASES TÓXICOS.
As chamas e os efeitos do aumento de pressão numa explosão não são os únicos
problemas a enfrentar.
Na atmosfera do evento ocorre uma deficiência de oxigênio e a formação de gases
tóxicos em virtude da combustão, particularmente o CO. A concentração de gases
pode ser suficientemente alta durante alguns momentos e, assim causar
inconsciência, ainda que momentânea, às pessoas presentes e conduzi-las à morte
por asfixia.
Desta feita, o ingresso nestes locais só deve acontecer por pessoas treinadas e com
equipamento autônomo de ar mandado.
6. ANÁLISE DE UM MODELO SIMULADO:
Um dos locais mais suscetíveis a eventos desastrosos nas plantas de grãos são os
túneis subterrâneos, com a movimentação e transporte dos cereais sob as moegas
de grãos. Nestes, estão localizados os transportadores responsáveis pelo
recolhimento do cereal e seu destino à planta. Durante a movimentação e as
mudanças de direção, os grãos se fragmentam, gerando, pelo atrito entre eles, uma
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poeira muito fina e muito inflamável. Este é o local onde mais ocorrem acidentes com
explosões nas plantas da agroindústria. Isto ocorre porque tais indústrias não estão
providas de equipamentos de controle de emissões aéreas localizadas, e o pó gerado
com o tempo vai se depositando sobre as estruturas, o piso e as paredes. Quando
movimentado e em presença de calor, pode evoluir para explosões.
Este exemplo visa levar ao leigo o conhecimento de situações que, quando ocorrem,
provocam estragos imensos e até a morte de ocupantes. O modelo testado representa
um túnel de moega de grãos com dimensões usuais. A conclusão deste exemplo visa
conduzir o leitor aos valores das explosões causadas pelo crescimento das ondas
geradas e contidas pelo túnel.
Como dimensões, adotaremos um túnel de movimentação com 2 m de altura por 1,5
m de largura por 30 m de comprimento, localizado sob as moegas, a uma
profundidade que varia de 6 a 20 m.
Para caracterizar bem nosso exemplo e suas conseqüências, adotaremos quatro tipos
de poeiras, comuns nestas plantas da agroindústria: arroz, milho, soja e trigo.
Os dados informados na tabela N.º I, em negrito, foram retirados das tabelas anexas
a este trabalho, da NFPA no item
Dados:
Túnel de descarga da moega com: 2 x 1,5 x 30 m.
Volume interno do túnel = 90 m3
Área interna das paredes do túnel = 210 m2
Peso de Mat. = Material necessário para uma explosão =Conc. x v.
arroz = 50,3 x 90 = 4527grs. ou 5,57 kg. de pó por explosão.
milho = 25 x 90 = 2250 grs. ou 2,25 kg. de pó por explosão.
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6.4. Conclusões:
6.5. Conseqüências.
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Em nosso exemplo, com pressões internas de até 3,3 kg/cm² ou 30000 mmCa,
teríamos a morte de 50% dos envolvido na planta de arroz; nas demais, todos
morreriam.
PROCESSO % FONTE %
Armazenagem 21,3 Faísca metálica 29,6
Moagem 13,1 Ptos. incandescentes 9,3
Transport. mecânicos 11 Desc. eletrostática 9,3
Filtragem 11 Fricção 8,9
Secagem 8,6 Chama aberta 8,2
Combustão 6,2 Superfícies aquecidas 6,5
Mistura 5,2 Autocombustão 5,8
Polimento, Revto. 5,2 Soldagem, equt. ele. 8,2
Outros 18,6 Outros 14,1
Total 100% total 100%
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6.5.3. Da Simulação:
No nosso exemplo prático, todos os materiais analisados seriam catastróficos para as
edificações, equipamentos e participantes do evento.
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Por estes motivos, os métodos são agrupados em seis categorias, mas os mesmos
não são todos alternativos: alguns, se usados em conjunto, podem conferir mais
segurança à indústria foco.
7.1.1. CONFINAMENTO:
Quando se produz uma explosão de pó, se formam produtos gasosos e se libera calor,
que faz aumentar a temperatura do ar contido no recinto. Como os gases expandem-
se ao aquecerem, exercem pressões destrutivas no espaço circundante, a não ser
que se proporcionem áreas de alívio suficientes para evacuar os gases quentes antes
que atinjam níveis de pressão perigosos.
Desta forma, um sistema de alívio adequado deve ser previsto, para aliviar os gases
formados no início, evitando danos maiores. Em algumas situações, estas medidas
não são práticas, sendo aconselhado processar estas operações em ambientes
abertos, atmosferas inertes ou supressores automáticos. Os supressores consistem
em um sistema formado por detectores de pressão ou de chamas e um agente
extintor, que deve atuar rapidamente na fase incipiente de explosão.
7.1.2. INERTIZAÇÃO:
Uma das medidas adotadas para reduzir os efeitos das explosões é a inertização, isto
é, redução da quantidade de oxigênio no espaço.
Os ensaios levantados indicam que a redução do O2 na atmosfera de trabalho e uma
mistura de poeira inerte ou a umidificação no pó combustível reduzem a Pmp. e a
Vmp., como pode ser visto nas curvas abaixo. Elas mostram poeiras de amido de
milho concentrado a 0,5 kg/m3 de ar. Em relação à pressão de explosão, uma ligeira
redução na concentração de O2, a adição de uma pequena quantidade de pó inerte
ou a umidade reduzem os efeitos.
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Deve ser dada atenção à eliminação completa das poeiras dos edifícios que compõe
a planta industrial, pois as explosões secundárias nos prédios vizinhos são
potencialmente mais destruidoras. A acumulação de poeira pode ser prevenida
combinando-se um bom projeto de limpeza.
Quando há formação de depósitos de poeira, a limpeza deve ser feita tanto mais cedo
quanto possível. Quando pós se acumulam – com exceção das unidades previstas
para o seu armazenamento, tais como silos –, os depósitos destes pós devem ser
removidos regularmente. Esta exigência se aplica também para unidades de
despoeiramento como: filtros, ciclones, precipitadores, câmaras inerciais, etc., que
recebem e acumulam as poeiras coletadas. Estas devem ser retiradas nos intervalos
definidos para não causarem entupimento e consequente vazamento das poeiras para
o ambiente.
7.1.4. SUPERDIMENSIONAMENTO
Face ao alto custo inicial e às periódicas manutenções exigidas por um
superdimensionamento estrutural e dos equipamentos, esse método somente é
recomendável em situações onde outros métodos alternativos não são interessantes,
pela localização particular de certas unidades.
7.1.5. ESTANQUEIDADE.
Uma explosão de pó pode gerar pressões na ordem de até 7 kg/cm2 em recintos
fechados, como em linhas de transporte pneumático, redlers, silos, roscas
transportadoras, etc. Portanto, para evitar danos maiores, estes elementos devem
prover válvulas de alívio contra aumento de pressões. Um recinto fabril raramente
resistiria a tal pressão; as máximas de edificações são da ordem de 0,07 kg/cm2,
portanto, devem ter telhados, aberturas, portas e outros itens de resistência inferior
aos da construção, sob pena de haver perdas totais em tais eventos.
7.1.6. ATMOSFERAS INERTES
As explosões de poeiras podem ser prevenidas com o emprego de gases ou poeiras
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8. EQUIPAMENTOS DE CONTROLE:
8.1.1. FRÁGEIS:
São constituídos por depósitos de fina parede, nos quais se introduz uma carga
explosiva, que é detonada por um sensor. Como o recipiente não é pressurizado, a
carga explosiva rompe as paredes do depósito, liberando substâncias adequadas à
interrupção do processo.
8.1.2. PRESSURIZADOS:
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9. VENTILAÇÃO:
INTRODUÇÃO:
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9.3.1.3. TEMPERATURA:
9.3.1.4. VISCOSIDADE:
9.3.1.5. UMIDADE:
9.3.1.6. COMBUSTIVIDADE:
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9.3.1.8. CARGA:
9.3.1.9. HIGROSCOPICIDADE:
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9.4. CAPTADORES:
Um bom captador é aquele que consegue aspirar o máximo de substâncias com a
menor vazão de ar. Isto depende do porte do equipamento, da potência absorvida e
do tamanho dos dutos de transporte, sendo, entretanto, indispensável que capture o
máximo de substâncias indesejáveis. Deve também ser projetado para não prejudicar
a operação, manutenção e visibilidade do operador, observando-se, porém, que as
concentrações fiquem fora dos limites de explosividade.
9.4.1. Enclausurantes: este tipo possui todos os lados fechados, inclusive o teto,
tendo apenas a saída dos poluentes por duto. O ambiente é vedado por uma cabine
ampla.
9.4.3. Captores locais: situados em locais onde as emissões sejam fortes. Podem
ser envolventes (rebolos) ou externos, onde a captação é por frestas.
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A vazão do ar exaurida pelo captor deve ser capaz de arrastar todos os poluentes
gerados pela fonte, mas não tão elevada a ponto de arrastar a matéria prima do
processo.
A tubulação condutora de ar, dos pontos ao sistema de separação, deve ser bem
dimensionada, para que não haja depósitos de material ao longo da mesma, nem
formação de eletricidade estática. Deve ser provida de janelas de segurança e portas
de inspeção. As velocidades de controle devem ser bem definidas para não se usar
potência em demasia, mas também não poder ser tão baixas que impliquem na
ocupação de grandes áreas. Devem ser resistentes aos esforços mecânicos das
pressões envolvidas, às dilatações, ao aterramento, etc.
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possui uma vasta gama destes equipamentos, que são os de menor custo inicial e
operacional.
Por outro lado, algumas plantas vendem estes resíduos para os agricultores vizinhos,
que fazem compostagem orgânica, reduzindo a quantidade de insumos necessários
para o desenvolvimento de suas lavouras.
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12.1. Definições
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Estes locais necessitam ser acessados muitas vezes ao dia, para verificação de
fluxo do material, abertura ou fechamento manual das comportas de descarga dos
silos, verificações constantes, para rotinas muito breves, que, às vezes, levam apenas
alguns minutos, etc.
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REFERÊNCIAS
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trabalho-rural_361598.html>acesso em 20/10/2020
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