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RESIDÊNCIAS
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DESIGN DE INTERIORES PARA RESIDÊNCIAS
INTRODUÇÃO
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O curso Design de Interiores para Residências pretende proporcionar
conhecimentos técnicos, teóricos e práticos sobre todos os assuntos que
permeiam o design de interiores residencial para que o participante seja capaz de
planejar a decoração de sua residência. Temas como estética, estilos, cores,
composição, equipamentos, ergonomia, representações gráficas, revestimentos,
etc., o tornarão capaz de elaborar seu próprio projeto de decoração. É como
praticar a bricolagem mas com um amplo planejamento prévio para que se
obtenha os melhores resultados.
Neste curso contemplaremos todos os temas necessários para que seu projeto
seja um sucesso, sempre com foco na funcionalidade, conforto, estética e
sustentabilidade.
Conceituação
Quantidade Especificações
01 * Lapiseira 0,5mm com grafite HB
01 * Lapiseira 0,7mm com grafite HB
10 * Papel manteiga – formato A3
01 * Jogo de esquadros 45º e 30/60º sem graduação
01 * Borracha macia branca
01 * Escalímetro nº1 - grande
50 * Papel tipo Chamex A4
01 Caixa de lápis aquarelado (no mínimo 24 cores)
01 * Tesoura
01 Cola bastão
01 Pincel chato médio com cerdas macias (nº 16)
(potes de Tinta guache nas cores: amarelo, vermelho, azul,
15 ml) branco (2 vidros) e preto
01 Compasso
01 * Flanela ou pano de limpeza
01 * Trincha larga ou bigode
01 * Fita crepe
01 Pasta de capa dura com plástico (no mínimo 20
plásticos) - tamanho ofício
01 Pasta flip top ou canaleta - tamanho ofício
03 Revistas de decoração para consulta e recorte (no
mínimo a partir do ano de 2010)
05 Papel canson A3
01 Avental
01 Pano para limpeza das tintas
03 Potes de plástico (tipo margarina para limpar os
pincéis)
30 Copinhos para café
10 Pazinhas de plástico (tamanho para misturar café)
01 Papel toalha
01 Álcool em gel para limpeza dos materiais
01 Trena de metal (5 m) ou metro de madeira (2m)
01 * Calculadora simples
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COORDENAÇÃO MOTORA
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Desenhe a mão livre, linhas verticais dentro do retângulo
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Desenhe a mão livre, linhas diagonais para a direita dentro do retângulo
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Desenhe a mão livre, linhas diagonais para a esquerda dentro do retângulo
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Desenhe a mão livre, cinco linhas de círculos consecutivos dentro do retângulo
9
Desenhe a mão livre, seis linhas de quadrados consecutivos dentro do retângulo
Em papel branco formato A4, faça a mesma sequencia dos quatro primeiros
desenhos usando os instrumentos. Linhas horizontais, verticais, diagonais à
direita e diagonais à esquerda com traço cheio e depois tracejado.
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FORMATOS
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Dobramento dos formatos
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Modelo de carimbo utilizado em nosso curso
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REPRESENTAÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO
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Planta baixa / layout
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PORTAS
Internas
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Externas
De correr
Pivotantes
Basculantes
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De enrolar
JANELAS
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Convenções estabelecidas para o desenho de linhas a lápis
Acabamentos de pisos
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Se você usa óculos para perto, está na hora de
atualizar sua receita... Vêm aí: as escalas ιιιιιιιιιιιιιιιιιιιιιι
ESCALAS
Exemplo
É importante que, uma vez escolhida a escala de um desenho ela seja seguida até
o fim para não desrespeitar as proporções.
Ao recebermos um projeto pronto a primeira coisa que devemos verificar é a
indicação da escala utilizada. Um para vinte, um para cinqüenta, um para cem,
etc. Assim usaremos sempre aquele lado da régua para conferir as medidas.
Para escolher a escala a ser utilizada em um novo desenho devemos ter em vista
o tamanho do objeto a representar e as dimensões do papel que será utilizado.
No design de interiores as escalas mais utilizadas são 1:20; 1:25 e 1:50. A escala
de 1:10 é também utilizada no caso de detalhamento de móveis.
Atenção
a indicação da escala não dispensa a
indicação das cotas.
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SÍMBOLOS GRÁFICOS
mármore granito
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carpete concreto aparente
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pedra filetada (canjiquinha) seixo
vegetação vegetação
hachura paralelepípedo
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Sugestões para desenho no layout
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COTAS E DIMENSIONAMENTOS
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Regras
➔ Não havendo espaço para a cota, escreve-se ao lado de uma das linhas de
chamada, ou fora das linhas e invertendo o sentido dos limites da linha de cota;
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➔ A cotagem de elementos cilíndricos sempre é feita pelo seu diâmetro.
➔ Cotas de menor valor devem ficar por dentro da cota de maior valor
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➔ As extremidades das linhas de chamada devem indicar a distância entre
pontos e nunca devem encostar nos contornos do desenho.
E mais:
* Para linhas de cota horizontais os números ficam acima e para linhas de cota
verticais os números ficam à esquerda.
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ESCADAS
Uma escada é uma construção formada por uma série de degraus, destinadas a
ligar locais com diferenças de nível .
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Elementos de uma escada
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Tipos de escada
1 2 4
1
5
3 1
1) Escada em Linha Reta: que vence o desnível sem que usuário mude de
direção, em apenas um lance. É possível ainda que haja um patamar intermediário
de descanso em uma escada reta, dependendo do desnível que a escada está
vencendo.
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4) Escada Caracol ou Helicoidal: escadas que possuem, em geral, um eixo central
em torno do qual os degraus estão orientados, como raios de um círculo. As
clássicas escadas caracóis de pré-moldados em concreto talvez sejam o exemplo
mais difundido desse tipo. O interessante da escada caracol é que ela cabe em
espaços diminutos. A desvantagem é que elas não são muito confortáveis.
5) Escada Curva ou Circular: possuem uma curva, mas não há um eixo central em
torno da qual a escada circula dando voltas. São extensas as variações de
escadas curvas, pois existem muitas possibilidades diferentes de arcos.
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ELEVAÇÕES
AA
BB
CC
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MEDIÇÃO DE AMBIENTES
Várias serão as ocasiões em que teremos que medir os ambientes para depois
abrir a planta e elaborar o projeto de decoração. Munidos de trena ou metro, lápis
e papel chegamos ao local. A primeira coisa a fazer é desenhar à mão livre no
papel um croqui da planta baixa do ambiente. O ideal é nos posicionarmos na
porta e desenharmos na mesma posição em que estamos vendo. Colocamos
neste croqui todas as linhas de cota necessárias para que seja possível o desenho
da planta. Procedemos a medição preenchendo com as medidas encontradas
todas as linhas de cota pedidas. Na medida do possível fazemos as medições no
chão, pois assim já descontamos o espaço perdido com o rodapé.
Mas existem medidas e detalhes que não irão aparecer na planta e então, é
melhor levarmos o nosso “check list” para não esquecer de nada:
Anotando todos estes detalhes e medidas é muito provável que não tenhamos que
voltar ao local para fazer novas medições.
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TEXTO I
A beleza e o estilo ganham o centro das atenções no
mundo de hoje e influenciam a economia, o comportamento e a cultura
Gabriela Carelli
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TEXTO II
Atitude
Desde que o design de interiores passou a seguir moda, nós designers temos
participado de alguns conflitos. A maioria dos clientes pertence à classe média
que não pode ou não quer refazer a decoração a todo momento. Quantas vezes
uma pessoa de classe média tem condições para investir em decoração, em toda
a sua vida? Para que também possa atender a tantas outras necessidades como
educação dos filhos, viagens, carro novo etc., ela deveria investir maciçamente em
decoração duas, no máximo três vezes, fora isto, apenas alguns pequenos
investimentos que aliás, podem trazer muito prazer e satisfação.
Mas o que dizer a um cliente que visita mostras de decoração, se hoje ele viu
todas as paredes coloridas e no próximo ano ele vê tudo em tons de cinza? Se na
última mostra, ele percebeu que a "tendência" eram os cromados e hoje os
amadeirados é que valem?
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TEXTO III
Helena Montanarini
ESTILO: uso, costume. Estilo não é moda. MODA é o que todo mundo está
usando, é o que todo mundo está fazendo, é passageira. Estilo é o que você está
fazendo, é o que você é, é eterno. Estilo é como você vive a sua vida. A moda
passa mas o seu estilo próprio e a sua postura ficam. Estilo na moda é algo que é
encarado do ponto de vista da estética, já o estilo individual é sobre expressão.
Moda é um coletivo. Estilo é individualidade. Eu quero me destacar, não quero ser
igual à multidão, quero ser eu mesmo. Eu quero transmitir tradição, invenção,
diversidade étnica, diálogos multiculturais, curiosidade, conhecimento! Estilo é
uma questão de atitude, comportamento, maneiras. Você pode fingir que é um
"gentleman", mas não consegue fingir quando não age como um. O jeito como
você se porta e interage com os outros, isto é o verdadeiro teste para uma pessoa
mostrar o seu estilo. Em grande estilo: com pompa, pomposo, solene, com
aparatos. "Fui recebido em grande estilo". Grande estilo sempre foi relacionado a
fazer quase tudo certo, mas uma pequena coisa errada irá se diferenciar das
demais. Os grandes inventores de estilo têm sempre uma transgressão dos
padrões normais para criar um estilo próprio. As regras foram feitas para serem
quebradas.
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METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO NO PROJETO DE INTERIORES
Palavras chave:
Metodologia: adoção de etapas, em forma ordenada, que têm a finalidade de
atingir uma meta ou objetivo de maneira mais eficaz.
Projeto: intento, desígnio, empreendimento; conjunto de ações, caracterizadas e
quantificadas, necessárias à concretização de um objetivo.
Programa de necessidades (demandas): é a expressão das exigências do
usuário. Define metodicamente o objetivo do projeto.
Check list: rol; lista de critérios e necessidades; sequência de ações.
Etapas de um projeto
5º) Anteprojeto
O anteprojeto constitui a configuração final da solução de design proposta para o
espaço, considerando todas as exigências contidas na lista de demandas.
Composição mais específica e completa do espaço (layout e elevações).
Composição com dimensionamento real dos equipamentos.
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Apresentação dos modelos, tipos e estilos de mobiliário.
Apresentação de amostras e catálogos de itens especificados.
Argumentação e apresentação sobre conforto, circulações, ergonomia,
funcionalidade e adequação ao uso.
Avaliação de cores e revestimentos.
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TRIÂNGULO DE VITRÚVIO – 3 qualidades necessárias à arquitetura:
1. Durabilidade (técnica e resistência)
2. Beleza (arte e estética)
3. Conveniência (responder às necessidades dos usuários)
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PESQUISA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO
REVESTIR, v.t.d. Vestir de novo; vestir; cobrir; tapar; solidificar; enfeitar; fazer
revestimento; dar a aparência; colorir.
PESQUISA:
O enfoque da pesquisa será para 3 itens principais: resistência / manutenção /
reposição
Aspectos a serem pesquisados:
Tipos / Resistência / Limpeza e manutenção / Durabilidade / Reposição / Prazos
de entrega / Mão de obra e colocação / Preços / Espessuras e tamanhos / Formas
de comercialização (rolos, placas, tiras, m², etc.) / Local de fabricação
MATERIAIS:
Grupo 1: Cerâmica e porcelanato
Grupo 2: Mármores e granitos
Grupo 3: Material para rebaixamento de teto (gesso em placas ou gypsum)
Grupo 4: Pisos flutuantes (laminados) / revestimentos vinílicos (Paviflex)
Grupo 5: Carpetes
Grupo 6: Tintas / massas
Grupo 7: Madeiras / MDF
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LINHA DO TEMPO
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ESTILOS DE ÉPOCA
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Apogeu Romano:
300AC-400DC
Império dos Césares
Características:
GRANDIOSIDADE
LUXO
CONQUISTAS
O Coliseu de Roma
No Império Romano há uma maior preocupação com o conforto. Uma das peças
mais importantes é o leito, usado para dormir ou para fazer as refeições
distribuídos em forma de U na sala de jantar.
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A arca é o móvel mais usado, graças à instabilidade da vida feudal e da constante
necessidade de deslocamento. É ainda um móvel que ganha diversas funções,
ora usada como banco ou até mesmo como cama.
David de Michelangelo
“A última ceia” de Leonardo Da Vinci
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Capela Sistina no Vaticano
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Cenas do filme “Os três mosqueteiros”
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Neo-clássico (Luiz XVI): 1700DC – 1800DC
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Estilo Biedermeier (Áustria e Alemanha séc. XIX)
Adquiriram importância as superfícies forradas com madeiras caras, como o
mogno, cortadas em viés para ressaltar as águas. As formas se simplificaram e se
geometrizaram, formando volumes regulares ou curvas suaves. Voltou o torneado
em forma de coluna integrada à estrutura para dar vida às superfícies.
Os móveis Biedermeier são simples e racionais, e no futuro influenciariam
decisivamente o Art Déco.
Mesa de jantar
Escrivaninha e cama em mogno com metal de Louis Majorelle Abajur em metal e vidro
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Art Déco (meados do sec. XX)
Art Déco foi um estilo que afetou a arquitetura, as artes plásticas, o design gráfico
e o design industrial e que surgiu na década de 20 ganhando força nos anos 30 na
Europa e nas Américas. Representa a adaptação pela sociedade de massa dos
princípios do cubismo. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são
geometrizados. Não abre mão do requinte, mesmo quando feitos com bases
simples, como concreto armado e compensado de madeira, os móveis ganham
ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres.
Diferentemente da Art Nouveau, mais rebuscada, a Arte Déco tem mais
simplicidade de estilo.
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Símbolos Retrô
Contemporaneidade: o “agora”
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ESTILOS DE DECORAÇÃO
Clássico: tem influência principalmente francesa dos séculos XVII e XVIII (Luís
XV e Luís XVI).
Provençal: influência rural do sul da França do século XVII, usa tecidos florais e
móveis pintados em branco.
Modernista (ou Retrô): o estilo Modernista tem influência do Art Déco tendo seu
maior expoente na Escola Bauhaus. Já o Retrô é uma ambientação baseada no
passado com peças das décadas de 20 a 70 (o que pode incluir também
elementos do modernismo), é uma mescla de referências.
Vanguarda: rompe com a tradição vigente, novos usos para antigos objetos,
novos caminhos. Pode ser também irreverente, brincalhão e divertido (estilo fun).
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Cole aqui um ambiente de estilo Clássico
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Cole aqui um ambiente de estilo Provençal
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Cole aqui um ambiente de estilo Modernista e um ambiente em estilo Retrô
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Cole aqui um ambiente de estilo Contemporâneo
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Cole aqui um ambiente de estilo Étnico
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Cole aqui um ambiente de estilo Rústico
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Cole aqui um ambiente de estilo Tropical
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Cole aqui um ambiente de estilo Vanguarda
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ESTÉTICA
Instrumentos e recursos
Simetria / assimetria
Ordem / desordem
Luz / sombra
Repetição / ritmo
Forma / função
Harmonia / desequilíbrio
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CORES
Cor
Cor é como o olho humano interpreta a reflexão da luz vinda de um objeto que foi
emitida por uma fonte luminosa.
O nosso cotidiano é cercado de luz e graças a ela somos capazes de identificar
objetos e cores. Sem luz não é possível ao olho humano enviar ao cérebro as
informações para a composição de formas, cores e contrastes. A luz é tão
importante que os seres vivos regulam suas atividades pelo ciclo dia-noite,
alternando períodos de atividade e repouso. O espectro visível da luz tal qual
conhecemos hoje foi descoberto por Isaac Newton, pela observação de um
fenômeno muito comum na natureza, o arco-íris.
O arco-íris é formado por várias cores lado a lado, sempre com a mesma
seqüência: violeta, azul, ciano (anil), verde, amarelo, laranja e vermelho. Estas
cores formam uma faixa, denominada espectro visível que é uma pequena fração
do espectro eletromagnético.
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Portanto a cor existe por causa de três elementos: a luz (natural ou artificial), o
objeto visualizado e o observador.
Iluminação: o sol é a fonte de luz que menos distorce as cores dos objetos pois
emite quase que igualmente todas as ondas eletromagnéticas, do violeta ao
vermelho. Já fontes de luz artificiais podem distorcer as cores justamente por
emitir ondas eletromagnéticas com diferentes intensidades.
Cor Luz
A cor tem a forma de luz (radiação). É formada a partir de três padrões primários:
vermelho, azul e verde. São os sinais de trânsito, tela de TV, letreiros em LED,
tela de computador e a luz solar. A luz branca é a mistura de todas as cores. A
escuridão é a ausência de luz e cor.
Cor Pigmento
A cor tem a forma de material (partícula). É formada a partir de três padrões
primários: azul, vermelho e amarelo. São encontradas nos tecidos, papéis, móveis
e objetos em geral. A cor branca é a ausência de cor e a mistura de todas elas
tende para o cinza escuro.
Disco de Newton
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Note que no disco as cores primárias, ou seja aquelas que vão gerar todas as
outras, estão unidas por traços que formam um triângulo. Elas são: amarelo, azul
e vermelho.
Combinando-se as cores primárias em partes iguais, obteremos as cores
secundárias que também formam um triângulo no disco. Elas são: laranja
(vermelho + amarelo), violeta (vermelho + azul) e verde (azul + amarelo).
Finalmente, combinando-se as cores primárias com as secundárias obteremos as
cores terciárias. Elas são: amarelo-laranja, vermelho-laranja, vermelho-violeta,
azul-violeta, azul-verde e amarelo-verde.
O preto, o branco, o cinza (obtido da mistura do preto com o branco), o marrom
(obtido da mistura das três cores primárias) e o bege (obtido da mistura do
marrom com o branco) são denominadas cores neutras.
cores
quentes
cores
frias
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Matiz
Tom
Luminosidade
Indica o quanto de branco existe em determinada cor. Quanto mais branco tiver,
mais luminosa ela será. Ao combinar dois ou mais matizes é bom que haja uma
correspondência entre os graus de saturação e de luminosidade. Por exemplo: um
amarelo esmaecido vai bem com um violeta igualmente esmaecido.
Percepção da Cor
A percepção da cor é muito importante para a compreensão de um ambiente. Não
notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na cor dos objetos
familiares quando se dá uma mudança na iluminação. Para o nosso sistema
visual, as cores da pele e do rosto das pessoas e as cores dos frutos permanecem
fundamentalmente invariáveis, embora seja muito difícil conseguir que esse tipo
de objeto fique com a cor certa num monitor de televisão. Isto porque a cor não
tem só que ver com os olhos e com a retina, mas também com a informação
presente no cérebro. Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado
objeto cor de laranja pode ser visto como sendo amarelado ou avermelhado,
vemos normalmente mais facilmente com a sua cor certa, laranja, porque é um
objeto de que conhecemos perfeitamente a cor.
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Vermelho: paixão, força, energia, amor, velocidade, liderança, alegria,
perigo, fogo, raiva, revolução, luxúria, sofisticação, sensualidade, desejo;
Alaranjado: calor, energia, criatividade, extroversão, confiança,
entusiasmo;
Amarelo: calor, concentração, otimismo, alegria, felicidade, idealismo,
riqueza;
Verde: natureza, estabilidade, esperança, equilíbrio, bem estar, saúde;
Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia,
dependência;
Anil: tranqüilidade, paz, sossego, limpeza, frescor;
Violeta: espiritualidade, individualidade, realeza, sabedoria, feminilidade;
Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade,
rendição;
Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo,
anonimato, raiva, mistério;
Cinza: moderação, neutralidade, humildade, discrição, respeito, reverência,
sutileza;
Marrom: solidez, segurança, estabilidade, antiguidade.
Cores Quentes: vermelho, amarelo e laranja, que por serem fortes e excitantes
devem ser utilizados em ambientes que recebam pouca luz natural, já que
"aquecem" e iluminam os ambientes.
Cores Frias: tons de azul, verde e violeta, que são mais refrescantes devem ser
utilizados em ambientes luminosos, com muitas janelas e alta incidência de calor.
Esquemas cromáticos
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Esquema cromático triádico: utiliza três cores dispostas em triângulo no círculo
cromático. O mais comum deles usa as três cores primárias (vermelho, azul e
amarelo). Cria um contraste máximo por isso é visualmente excitante.
Esquema de cores neutras: utilização de apenas cores neutras. Apenas algumas
ou todas elas. Cria um ambiente sóbrio e requintado.
Cores neutras mais uma cor: utilização de cores neutras com pequena dose de
uma cor (geralmente mais saturada ou bastante luminosa). O ambiente fica
também requintado porém um pouco mais alegre.
Alguns recursos
Uma parede escura parece mais próxima. Para uma sala retangular muito
comprida, por exemplo, pinte as paredes menores com uma cor mais escura.
Um objeto branco parece maior. Uma bola branca parecerá mais leve que uma
bola de cor escura.
É possível "rebaixar" um teto muito alto com um tom mais escuro que o das
paredes. Para "elevar" o teto, basta pintá-lo numa cor mais clara.
Para dar a sensação de que um corredor é mais largo, é só pintar o teto numa cor
mais escura que a das paredes.
Escondendo objetos: pinte a parede no mesmo tom do objeto que você quer
esconder.
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema
monocromático
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema de cores
análogas
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema de cores
complementares
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema de cores
triádico
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema de cores
neutras
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Cole aqui um exemplo de decoração que tenha utilizado o esquema de cores
neutras mais uma cor
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Cole aqui dois exemplos de decoração que tenham utilizado as cores como
recurso estético
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Pintura Imobiliária
Tinta é o nome dado a uma família de produtos usados para proteger e dar cor a
objetos ou superfícies, revestindo-os com uma cobertura pigmentada. É uma
composição química, geralmente viscosa, constituída de um ou mais pigmentos
dispersos em um aglomerado líquido (veículo) que os faz sofrer um processo de
cura (secagem) quando estendida em película, formando um filme opaco e
aderente ao substrato. Esse filme tem a finalidade de proteger e embelezar as
superfícies.
Tipos de tintas
Verniz: é um protetor transparente fosco ou com brilho que repele a água. Muito
utilizado em madeiras, pedras e tijolos aparentes.
Materiais
Os rolos são ideais para áreas grandes como paredes ou tetos. Existem vários
tipos de rolos para pintura, e a escolha apropriada depende do tipo de tinta:
- Rolo de lã pêlo baixo (sintética ou de carneiro) - indicado para tintas látex PVA E
ACRÍLICA.
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- Rolo de espuma - indicado para esmaltes, tinta óleo e vernizes.
- Rolo de espuma rígida ou borracha - indicado para dar efeito em textura.
O tamanho do pincel varia de acordo com a área a ser pintada. Para aumentar a
vida útil dos pincéis e rolos, é essencial limpá-los logo após o uso e depois
guardá-los de maneira correta.
Para tintas a base de solvente - esmaltes, vernizes, tinta óleo: após o uso limpe o
rolo ou pincel com jornal e lave-os com solvente. Para tintas a base de água
(Acrílica e PVA): após o uso é recomendável lavar os pincéis com água e sabão.
Dica: Para garantir a conservação dos pincéis, arrume as cerdas com um pente,
umedeça-os com óleo vegetal e guarde-os enrolados em papel impermeável.
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COLOCAÇÃO DE QUADROS / TAPETES / CORTINAS
Quadros vestem a parede sem ocupar espaço além de dizer muito a respeito da
personalidade dos donos da casa.
Adornos, porta retratos e relógios contam histórias, marcam horas e nos fazem
“viajar”.
Cortinas para salas podem ser mais leves e transparentes com tecidos como
microfibra, voil, seda, renda, cambraia. Para sala de home theater devem ser
mais pesadas e escuras para controlar a luminosidade. São indicados tecidos
como as sarjas, crepes e veludos. Para os quartos ainda deve ser utilizado o
blackout.
Cores, composição e texturas de cortinas: este talvez seja o item mais difícil na
escolha das cortinas, pois requer bom gosto e criatividade. Cores mais neutras
são atemporais e não cansam. As texturas e cores vivas são opções mais
ousadas mas podem conferir um charme a mais ao espaço.
Cores dos tapetes: o tapete deve conter pelo menos uma das cores neutras
presente no ambiente, seja das paredes ou qualquer tecido. Um tapete escuro
funciona como um ponto focal. Um tapete claro cria ilusão de espaço.
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Cole aqui dois exemplos de decoração que usaram cortinas como recurso estético
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Cole aqui dois exemplos de decoração que usaram persianas como recurso
estético
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Cole aqui dois exemplos de decoração que usaram tapetes como recurso estético
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ILUMINAÇÃO
Nos estudos acerca das teorias sobre a luz há muitas perguntas ainda longe de
ser respondidas mas, mesmo não dominando totalmente a teoria sobre a luz, a
ciência “Iluminação” tem conseguido avanços incríveis no sentido da
transformação de energia elétrica em energia luminosa.
O mais importante para se começar a projetar iluminação é observar e, com essa
observação conseguir enxergar além do que se vê.
É aguçar a curiosidade, é ter um espírito crítico e a sensibilidade treinada para
reagir a estímulos. Aliados a isso temos cálculos e normas a serem seguidos.
Com a iluminação artificial podemos “substituir” a luz do sol durante a noite ou em
ambientes fechados; valorizar formas e cores; manter vigilância; enfim, prosseguir
vivendo à noite como se fora dia...
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Um IRC de 100 indica que não há alteração de cor, se comparada com uma fonte
de referência, e quanto mais baixo for o IRC mais pronunciadas alterações de cor
poderão ser observadas.
Temperatura de cor
A temperatura de cor descreve a aparência de cor da lâmpada quando acesa. É
medida em graus Kelvin, variando entre 9000K ( cuja aparência é azul ) e 1500K (
cuja aparência é laranja / vermelho ).
Fluxo luminoso
Fluxo luminoso é o pacote de luz oferecido pelas lâmpadas que produzem luz
difusa (fluorescentes por exemplo).
A unidade de medida para fluxo luminoso é o lúmen ( lm ). Quanto maior o número
de lumens da lâmpada mais capacidade ela tem de iluminar.
Intensidade luminosa
Intensidade Luminosa é o pacote de luz oferecido pelas lâmpadas refletoras,
aquelas que têm o facho de luz direcionado (dicróicas por exemplo).
A unidade de medida para intensidade luminosa é a candela ( cd ). Quanto maior
o número de candelas mais intensa é a luz produzida pela lâmpada.
Iluminância
Iluminância é a quantidade de luz que consegue chegar à superfície de trabalho.
A unidade brasileira de iluminamento é o lux ( lx ).
Níveis de iluminância são exigidos pela norma ABNT Nbr ISO/CIE 8995-1:2013
para as diversas áreas de trabalho.
Banho
Na iluminação do banheiro, temos que nos preocupar com a luz geral e com a luz
localizada sobre a bancada da pia. A iluminação geral pode ser feita com
lâmpadas fluorescentes ou LED's com 3000k e para a iluminação localizada
podemos usar as mesmas, porém com 4000k e maior IRC possível, para distorcer
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menos as cores. Estando o ponto de luz localizado na parede, podemos utilizar
arandelas com vidro jateado ou acrílico leitoso para minimizar os efeitos de
sombra e, no caso de tetos rebaixados, usaremos plafons embutidos sobre a
bancada.
Cozinha
Quartos
São os ambientes mais pessoais de uma residência. Cada pessoa tem uma
preferência em termos de iluminação portanto, em primeiro lugar, devemos
respeitá-las. Comumente usamos plafons externos no ponto central do teto com 2
ou 3 lâmpadas fluorescentes compactas que são mais econômicas e têm a
vantagem de não produzir calor. Existem fluorescentes compactas de baixa
temperatura de cor (mais amareladas) que não vão tirar do quarto aquele clima
aconchegante que as lâmpadas incandescentes proporcionavam. LED's com
bulbo A60 também são boa opção. Para a mesa de cabeceira, abajures com
lâmpadas fluorescentes compactas ou LED’s
Quarto de Bebê
O quarto do bebê deve ter uma boa iluminação até para sua própria segurança,
mas devemos ter a opção de diminuir a intensidade de luz para as horas de
descanso. Com o uso do dimmer, tudo fica resolvido. É interessante também que
o bebê não tenha contato visual com a fonte de luz, o ideal é que ela seja indireta.
Home Theater
Sala de Jantar
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painéis de LED, ainda que com boa reprodução de cores, devem ser usadas como
apoio. Com as duas opções disponíveis provavelmente serão usadas as
fluorescentes e LED's no dia a dia e as halógenas para dias de festa. Podemos
usar lustres ou pendentes que devem se posicionar na altura entre 0,90 e 1,20m
acima do tampo da mesa e no centro desta.
Sala de Estar
É muito agradável ouvir-se música ou relaxar em um ambiente com luz suave que
vem de abajures ou arandelas mais fechadas. Por outro lado receber visitas
informais e conversar sob a iluminação de uma sanca é bastante interessante pois
a luz é rebatida no teto e se espalha resultando em pouquíssimas sombras o que
torna as pessoas até mais bonitas. Nos dias de festa e visitas mais cerimoniosas
nada como misturar a iluminação indireta com a direcionada; com lâmpadas
halógenas ou de LED refletoras destacando obras de arte e esculturas teremos
um efeito quase teatral e valorizaremos todos os recursos de decoração utilizados.
Finalmente não podemos nos esquecer da iluminação de passagem. Aquela que
será utilizada apenas para que cruzemos o ambiente sem ter que
necessariamente acender todo o resto.
Escadas
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Cole aqui dois exemplos de decoração que usaram a iluminação como
recurso estético
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CIRCULAÇÕES
- Portas: a de entrada no imóvel costuma ser a mais larga, com 80 cm. Neste e
nos demais ambientes é fundamental deixar desimpedido o ângulo da abertura.
- Circulação: 60 cm bastam para uma pessoa transitar sem aperto, portanto, tente
manter essa medida em todas as áreas de passagem. Se receber a visita de um
cadeirante, você precisará afastar os móveis.
- Jantar: a mesa quase encostada na parede libera mais espaço para a
movimentação e possibilita até mesmo que um aparador ocupe a parede em
frente, deixando uma largura disponível de 1,35 m. Note que entre um dos pares
de cadeiras e a parede atrás dele sobram 60 cm, intervalo que proporciona
conforto quando alguém se senta ou se levanta – caso as cadeiras tenham
braços, aumente essa distância em 20 cm. Do lado oposto, a outra dupla de
assentos está de costas para o acesso aos quartos. Por essa razão, ali deve ser
deixado um caminho de 80 cm, a fim de não prejudicar a circulação mesmo
quando alguém empurrar a cadeira para trás.
- Estar: para incluir uma mesa de centro em salas estreitas, só abrindo mão do
padrão recomendado de 60 cm livres. Entre a mesinha e o sofá, e entre ela e a
poltrona, a distância mínima aceitável é de 40 cm – ainda assim, será preciso
passar de lado caso alguém esteja sentado. Se o rack tiver gavetas, que se
estendem por cerca de 30 cm quando abertas, você necessitará deixar um
intervalo maior, de 50 cm, desse móvel até a mesa.
- Sofá: entre o braço do estofado e a parede vizinha devem restar 10 cm, respiro
suficiente para abrigar a cortina. A mesinha lateral também fica afastada alguns
centímetros.
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Cozinha
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Quarto
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Banheiro
- Porta: em geral, mede 60 cm, abertura inviável para quem depende de cadeira
de rodas. Com uma planta estreita e alongada – a exemplo desta, usual em
apartamentos novos , o banheiro tem de estar fechado para que se possa abrir a
porta do gabinete da pia. O vão de entrada do ambiente determina a profundidade
do móvel: já que previmos uma porta acessível, de 80 cm, a bancada fica com no
máximo 48 cm.
- Vaso sanitário: os 60 cm entre ele e a parede oposta garantem o acesso ao
boxe. Cada lateral da bacia deve distar ao menos 30 cm dos elementos vizinhos, o
que dá mais conforto ao usuário e permite apoiar uma lixeira e uma papeleira no
piso.
- Área de banho: 90 cm é a largura mínima para o boxe. Assim, o morador se
agacha e se movimenta livremente enquanto se ensaboa, lava o cabelo e se
enxuga.
Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/as-metragens-minimas-para-sala-quarto-cozinha-e-banheiro
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SUGESTÕES PARA PONTOS HIDRÁULICOS
(fonte: Deca)
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O que há de maravilhoso numa casa não é ela abrigar-nos,
nem aquecer-nos,
nem nós possuirmos as suas paredes;
o que é maravilhoso é ela ter depositado em nós
estas provisões de doçura,
é ela formar, no fundo do nosso coração, este maciço obscuro
donde brotam, como águas de uma fonte,
os sonhos...
Saint-Exupéry
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