Você está na página 1de 208

W.

Gelbcke

Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville

60 anos no desenvolvimento de Joinville


editoraletradágua
Este livro é dedicado aos profissionais,
aos associados e aos amigos que
muito ajudaram o CEAJ nos 60 anos
devotados ao desenvolvimento de Joinville.
Wilson Gelbcke

Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville

60 anos no desenvolvimento de Joinville

editoraletradágua
Copyright© 2016
Wilson Gelbcke
Todos os direitos reservados ao CEAJ

Copyright© desta edição


Letradágua Editora

Capa, projeto gráfico, revisão e editoração eletrônica


Letradágua – Joinville/SC

Fotografias
Arquivo CEAJ
Lino Sasse Fotografia

Impressão e Fotolitos
Exklusiva Gráfica e Editora – Curitiba-Pr.

CEAJ - Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville


Rua Nove de Março, 337 sl 315, Ed. Rudenas, Joinville SC
Sumário
Apresentação – Eng. Sérgio Ricardo Mendes Moraes 9
Prefácio – Eng. José Tadeu da Silva 11
Prefácio 2 – Eng. Julio Fialkoski 13
Introdução – Wilson Gelbcke 15
O nascimento do CEJ 17
Fundação do CEJ – Primeira página do Livro de Atas 19
Os fundadores do CEJ 20
Depoimentos dos fundadores – Raul Schmidt / Mário E.Boehm 21
Estatutos do CEJ / Primeiro livreto dos estatutos 25
Sócios Proprietários do CEJ 26
Passagem do CEJ para o atual CEAJ 27
Diretores Presidentes nos 60 anos do CEAJ 28
Currículo com foto de cada presidente 31
CEAJ completa 60 anos de atividades 59
Solenidade comemorativa dos 60 anos do CEAJ 60

PRIMEIRA DÉCADA – 1955/1964


Diretoria Provisória 66
Diretorias e Atividades 67
Primeiras sedes 69
Crea-SC 70
Registro do CEJ no Confea 72
Carta de aprovação do Crea/Confea 75
Plano Urbanístico e Código de Obras Municipais 75
Ampliando a Biblioteca Pública de Joinville 75
Ajardinamento da Praça Hercílio Luz 76
Semana do Engenheiro 77
Utilidade Pública Estadual 77
Conselheiros CEJ/Crea-SC 78
Pavimentações importantes em Joinville 78
Final da Primeira Década 78

5
SEGUNDA DÉCADA – 1965/1974
Diretorias e Atividades 81
Faculdade de Engenharia de Joinville – FEJ 83
Homenagem à Professora Anna Maria Harger 84
Nova sede do CEJ 85
Plano Nacional de Habitação em Joinville 85
CEJ sugere curso de Administração de Empresas 86
Comissão Plano Básico Urbanístico e Plano Diretor 86
Conselheiros do CEJ/Crea-SC 87
Presença do Governador no Dia do Engenheiro 88
Final da Segunda Década 88

TERCEIRA DÉCADA – 1975/1984


Diretoria e Atividades 90
Grupos de Trabalhos e Comissões 93
Nova sede do CEJ 94
Comissão de Urbanismo 94
Preservação e equilíbrio do Meio Ambiente 95
Nova fase e alteração dos Estatutos 96
CEJ passa a se chamar CEAJ 97
Trabalho técnico-fotográfico para o Crea-SC 98
Diretores e Conselheiros CEAJ/Crea-SC 98
Campeonato de Futebol Suíço e Sede Campestre 99
Criação de Bolsa de Emprego 101
Final da Terceira Década 101

QUARTA DÉCADA – 1985/1994


Diretorias e Atividades 104
Implantação do esgoto sanitário 107
Nova sede do CEAJ 107
Projeto Memória da Engenharia 108
Joinville, a construção da cidade 111
Diretores e Conselheiros CEAJ/Crea-SC 112
Plano de Saúde Unimed para Associados 113
Centro de Convivência no final da Quarta Década 113

6
QUINTA DÉCADA – 1995/2004
Diretorias e Atividades 117
Engenheiros do CEAJ na presidência do Crea-SC 119
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica 120
Planejamento Estratégico do CEAJ 120
Sede Social e Festa da Cumeeira 122
Logomarca CEAJ 122
Plantio de árvores – Sede Campestre 123
Terceira revisão dos Estatutos 123
Diretores e Conselheiros CEAJ/Crea-SC 124
Comemoração dos 50 anos do CEAJ 125

SEXTA DÉCADA – 2005/2014


Diretorias e Atividades 128
Utilidade Pública Municipal 131
Feijão & Doação 132
Medalha de Mérito do Confea 132
Caminhadas Tecnológicas 133
Retorno da sede ao Edifício Rudenas 134
Profissional do Ano e Amigo do Engenheiro 135
CEAJ reconhecido como Entidade Precursora 136
Termo de Cooperação para Palestras Institucionais 136
Atuação do CEAJ junto ao Confea 137
CEAJ no Processo Eleitoral 138
Diretorias e Conselheiros CEAJ/Crea-SC 138
CEAJ investe na Gestão Estratégica 139
Parcerias Crea-SC e CEAJ com Instituições de Ensino Tecnológico 140
Conselhos e Comissões que o CEAJ participa 141
Homenagem da ACEF – Engenheiros Florestais 143
Final da Sexta Década 143
Solenidade Comemorativa 60 anos do CEAJ 143
MEMÓRIA FOTOGRÁFICA 145
DEPOIMENTOS 177
ESTATUTOS 191

7
Apresentação

Fortalecimento da representação profissional

OJoinville
s colegas que criaram o Centro de Engenheiros de
– CEJ, em dezembro de 1954, tinham um pro-
pósito evidenciado pelo crescimento da indústria metal-mecânica
e têxtil na cidade. Mesmo em tempos difíceis, esses visionários
deixaram a sua marca em prol da valorização profissional e do for-
talecimento da representação profissional.

Nesses 60 anos o Brasil passou por expressivas mudanças


políticas, sociais e tecnológicas. No entanto, o exercício perma-
nente de criatividade e dedicação foram fatores imprescindíveis
para a manutenção e fortalecimento da entidade.

A cada nova década mostra-se a participação freqüente do


CEAJ nos debates com as associações de classe e a prefeitura,
contribuindo para a evolução da cidade.

É com muito orgulho que olhamos para trás e percebemos que


as gestões da Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo não
medem esforços para manter o mesmo ideal dos colegas fundado-
res, com o compromisso em busca do bem comum.

9
Não é por acaso que este livro registra personalidades que
fizeram e fazem a diferença, garantindo a convivência profissional
nas reuniões, encontros festivos, esportivos e representação junto
ao Sistema Confea/Crea, resultando em história de conquistas.

É um privilégio poder participar, contribuir com a história da


entidade e estar envolvido no projeto de realização desta edição
comemorativa. Que o CEAJ avance rumo ao futuro cada vez mais
fortalecido, com a missão de representar e valorizar os profissio-
nais de Joinville e região.

Eng. Mec. Sérgio Ricardo Mendes Moraes


Presidente do CEAJ

10
Prefácio

Persistir no caminho certo traz boa sorte...


E a trajetória do CEAJ confirma essa premissa

Ppelo
rojetar o futuro observando o passado como quem olha
espelho retrovisor é uma das formas mais sábias de
não esquecer a história vivida, construída e escrita. Esse é um dos
méritos dos profissionais que fundaram o CEJ em 1954.

A Joinville de hoje resulta, em boa parte, da visão de futuro


desses visionários responsáveis pela qualidade de vida que a cida-
de oferece a sua população, estimada pelo IBGE em 560.000
habitantes, em 2015, e que ocupa pouco mais de um milhão de
quilômetros quadrados de área.

Superando inclusive a capital Florianópolis, o município de


Joinville é o mais populoso do estado de Santa Catarina, terceiro
da Região Sul e o 36º do Brasil. E alcança elevado Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), com 0.809, ocupando entre os
municípios brasileiros, a 21ª posição nacional.

Rodovias e estradas de ferro escoam a produção de um polo


industrial dinâmico que produz perto de 18% do PIB estadual e
é baseado nos setores metal-mecânico, químico, plástico, têxtil e
de desenvolvimento de software. O retrovisor da história ainda
nos mostra que Joinville é o primeiro maior polo metalúrgico do
Brasil, bem como, maior polo industrial de ferramentaria do país.

11
Muitos profissionais de outras áreas contribuíram para essa
realidade, mas engenheiros e arquitetos tiveram, têm e sempre
terão participação destacada na definição de expressivos caminhos
a serem trilhados por uma cidade. E é para esse contingente do
futuro que deixamos registrada a atuação de profissionais que não
passaram em branco pela história, persistiram e deixaram suas
marcas indicando que é assim que se constrói uma cidade, um
estado, um país, uma nação, visando o bem da coletividade.

Eng. Civil JJosé Tadeu da Silva


Presidente do Confea, da Febrae e da Upadi

Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia


Febrae – Federação Brasileira de Associações de Engenheiros, Agrônomos e Arquitetos
Upadi – União Pan-Americana de Associações de Engenheiros

12
Prefácio 2

Passar ensinamentos para novas gerações

P arece nostalgia, mas recordar e passar os ensinamentos para


novas gerações é bom. Sou da era onde nossa entidade deno-
minava-se CEJ e que ajudei a transformá-la em CEAJ.

São 60 anos do CEAJ, do qual temos orgulho de pertencer e de


representar. E de nada adianta saber calcular, usando fórmulas e sis-
temas complexos, se não tivermos trabalho para executar e mostrar
que sabemos como fazer e ajudar.

Sou da era em que se calculava com “régua de cálculo”, usando-


se depois as calculadoras Facit. Em seguida apareceram as primei-
ras calculadoras portáteis. E os computadores? Tamanhos e preços
proibitivos e tecnicamente limitados. E os projetos? Eram rascu-
nhados em papel manteiga, passando depois para o vegetal.

Sou da era em que nossa Joinville era só calçamento a paralele-


pípedo e casas. Prédios? Dizia-se que não poderiam ser construídos
pela limitação do solo. Hoje nossa Joinville é pujante, acolhedora,
rica com seu povo, indústria, escolas, comércio e seus costumes.
Quantos, como eu, vieram para estudar e aqui permaneceram cons-
tituindo suas famílias e a adotando como sua cidade.

Sou da era da FEJ – Faculdade de Engenharia de Joinville, na


Rua Otto Boehm, e da “Engrenagem”, onde era o nosso centro de

13
convivência. Em 1973, quando recebi meu registro no Crea-SC, não
éramos nem cinco mil profissionais no Estado... Hoje somos mais de
50 mil.

Nós, engenheiros, aprendemos a nunca parar de aprender.


Somos também da tecnologia, da internet e de outros softwares que
chegam para fazer do nosso ofício tão antigo cada vez mais preciso
e seguro. Outro papel fundamental do CEAJ é o da educação conti-
nuada, oferecendo cursos de formação e de atualização para os for-
mados antigos e para os que ainda estão nas faculdades.

Sei que o CEAJ teve papel fundamental na minha vida, na vida


dos engenheiros que dela participam e que acreditam na nossa pro-
fissão como a melhor do mundo. Somos responsáveis por sonhos,
por mudanças, por acreditar no futuro. Somos responsáveis por
mudar nossa cidade, nossa sociedade e participar dela de maneira a
melhorar, a ajudar, a transformar.

Somos engenheiros com muito orgulho e o CEAJ nos faz ter


certeza que somos fortes e temos um passado de orgulho e conquis-
tas e um futuro brilhante também repleto de conhecimento, inova-
ção, ciência, técnica, aperfeiçoamento e tudo de melhor que a enge-
nharia pode trazer.

Meus agradecimentos ao CEAJ e a todas as entidades e profis-


sionais de Santa Catarina que pude representar com dedicação e
zelo, sempre buscando a melhor forma de fazê-lo.

Eng.Civil/Mec. Julio Fialkoski


Vice-presidente do Confea
Ex-presidente do CEAJ

14
Introdução

Voltar ao passado
é trazer ao presente desafios para o futuro

A o terminar a Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo


acordou e voltou a pensar no desenvolvimento natural do
ser humano, na arte do renascimento para uma melhor qualidade de
vida. A revolução industrial se expandindo e marcando uma nova
fase para diversas categorias de profissionais, que procuravam se
habilitar e buscar a necessária capacidade de atingir objetivos.

Máquinas substituindo o trabalho manual e braçal, o saber


científico levando o homem a interagir, a aceitar desafios e alcançar
novas conquistas. Despojada da autonomia teuto-brasileira,
Joinville começou uma nova era em 1951, com 42.000 habitantes,
300 indústrias, apenas 380 automóveis e 8.000 bicicletas.

Em dez anos Joinville triplicava a população, chegando em 1960


com 120.000 habitantes e 60.000 bicicletas, passando a ser conheci-
da como “Cidade das Bicicletas”. Década de notável crescimento e de
grandes transformações. Indústrias mostrando sua pujança e
demonstrando o importante trabalho de excelentes profissionais,
alguns ainda não formados em escolas de Engenharia, mas que muito
aprenderam com a vida em melhoria contínua. Crescimento que exi-
gia a organização de profissionais em cada área, considerando a era
da globalização e da competição.

15
Observando o trabalho comunitário da ACE – Associação
Catarinense de Engenheiros – na capital do Estado, no início de 1954
um grupo de amigos engenheiros em Joinville resolveu se unir e inte-
ragir com objetivo de criar igualmente uma entidade para representar
os interesses da classe. O resultado foi o CEJ – Centro de Engenheiros
de Joinville – fundado no dia 11 de dezembro daquele ano.

Na década de 1980, a população de Joinville atingia 380.000


habitantes, quando alguns arquitetos se uniram aos engenheiros,
alterando os estatutos e transformando o CEJ no CEAJ – Centro de
Engenheiros e Arquitetos de Joinville. Um associativismo que
muito ajudou a dar nova geografia a Joinville, expandindo-a hori-
zontalmente e fazendo-a crescer para o alto com magníficas obras
de Engenharia e de Arquitetura, mostrando que a união faz a força.

E como diz o escritor francês Alexandre Dumas:

– Um por todos e todos por um!

Wilson Gelbcke
Academia Joinvilense de Letras

16
O nascimento do
CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville

A ntes da década de 1950, Joinville era uma cidade de carac-


terísticas ainda teuto-brasileiras, com a população ascen-
dente de imigração alemã procurando se adaptar à cultura dos bra-
sileiros. No final da Segunda Guerra Mundial, muitos joinvilenses
viviam sob o trauma da Campanha de Nacionalização e procuravam
demonstrar que a cultura germânica logo seria apenas uma parte
histórica da cidade.
Na comemoração do Centenário, em 1951, Joinville contava
com 42.000 habitantes e despertava para um crescimento não só na
cultura nacional, mas decididamente no setor de serviços, de
comércio e com significativo aumento na produção fabril, com mais
de 300 indústrias. Grandes empresas do segmento têxtil, plástico,
metal-mecânico e tantos outros mostravam uma cidade industrial
se expandindo em desenvolvimento célere, buscando reconheci-
mento não só no país, mas também na economia mundial.
Excelência industrial que dependia, no entanto, da formação de
profissionais cada vez mais habilitados, quando a maioria era de
técnicos não formados em escolas, mas em aprendizado prático na
transmissão de conhecimentos de mestre para aprendiz. Era o cresci-
mento que necessitava de engenheiros formados e capazes, sempre
em busca de um desenvolvimento correto na forma responsável de
atuar. Na época, o município já contava com diversos profissionais
no campo da engenharia para melhor atender não apenas às neces-
sidades técnicas das indústrias, mas também da urbanização e das
edificações de uma cidade que despertava.
O desenvolvimento das indústrias metal-mecânica e têxtil
estava ultrapassando os limites do município e do estado, exigindo
uma maior sofisticação e profissionais especializados com profunda
formação técnica, como a de engenheiros. Importante agora era

17
agrupar tais profissionais, independente de suas especialidades ou
forma de atuar.
Começava a Primeira Fase de uma nova entidade. Contatos
entre um grupo de amigos engenheiros foram reforçando a ideia de
que, unidos, poderiam defender melhor e coordenar a classe, cola-
borando com os Poderes Públicos, entidades Estatais e Autarquias
no sentido de solidariedade social e da subordinação dos interesses
econômicos e profissionais ao interesse nacional.
Aqueles amigos sabiam que a História da Engenharia no Brasil
demandava de longos anos, quando no governo de Getúlio Vargas foi
criado o Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – em 11 de dezembro de 1933, pelo Decreto-Federal nº
23.569. E, a partir do Confea, foram criados 8 conselhos regionais do
Crea – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia:

Crea Primeira Região (PA)


Crea Segunda Região (PE, PB e RN)
Crea Terceira Região (BA, SE e AL)
Crea Quarta Região (MG e GO)
Crea Quinta Região (RJ e ES)
Crea Sexta Região (SP e MT)
Crea Sétima Região (PR)
Crea Oitava Região (RS e SC)

No ano seguinte, um grupo de 26 engenheiros estabeleceu em


Florianópolis a ACE – Associação Catarinense de Engenheiros – em
24 de maio de 1934. Seu primeiro presidente foi Celso Ramos Filho,
que em sucessivas reeleições ocupou o cargo pelos 15 anos seguintes.
Engenheiros de Joinville acompanhavam o que a ACE e outras
entidades congêneres de Santa Catarina e Paraná vinham desenvol-
vendo, levando aquele grupo de amigos a fundarem o CEJ – Centro
de Engenheiros de Joinville – em 11 de dezembro de 1954.
Em 17 de março de 1958, com o apoio de Nereu Ramos,
Governador de Santa Catarina, Senador e Presidente (interino) da
República, foi instalado o nosso próprio Conselho Regional:
Crea Décima Região (SC).

18
Fundação do CEJ
Centro de Engenheiros de Joinville

A
Primeira página do Livro de Atas

os onze dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos


e cinqüenta e quatro, presentes os engenheiros abaixo assi-
nados, os mesmos deliberaram fundar com este ato o “Centro de
Engenheiros de Joinville” com a seguinte finalidade:
Defender, coordenar, unir a classe e amparar moralmente seus asso-
ciados; colaborar com os poderes públicos e entidades afins no sentido da
solidariedade social e da subordinação dos interesses econômicos e profis-
sionais ao interesse nacional; representar perante as autoridades adminis-
trativas e judiciais os interesses de seus associados relativos ao exercício
da profissão no ramo da Engenharia; manter intercâmbio com associações
congêneres do País e do estrangeiro, no sentido de maior coesão de clas-
se; realizar periodicamente reuniões e conferências, com o fim de aproximar
os membros do Centro ou expor questões de interesse da classe; promo-
ver, dirigir, expor e publicar trabalhos que interessem a Engenharia; facilitar
ao associado aquisição de livros e publicações técnicas, através do conta-
to direto com as editoras do País e do estrangeiro; bem como tratar das
demais atividades concernentes ao ramo da Engenharia.
Nesta ocasião foi aclamada e empossada uma diretoria provi-
sória, composta de quatro membros, assim constituída:
Presidente engenheiro civil Fernando Perlingeiro Lovisi
Secretário engenheiro civil Pedro Hugo Petry
Tesoureiro engenheiro civil Eni Alves Neves
Bibliotecário engenheiro civil Renato Guedes Pinto, que tratará
da elaboração dos Estatutos do Centro e regerá as atividades do
Centro até sua aprovação.
Para o registro das atividades do Centro servirá o Livro de Atas,
constante de cinqüenta folhas, todas devidamente rubricadas pelo
Presidente. Nada mais tendo a tratar, vai a presente Ata, por mim,
Secretário, e por todos os presentes, assinada.
Joinville, 11 de dezembro de 1954.

Fernando Perlingeiro Lovisi, Pedro Hugo Petry, Raul Schmidt,


Carlos Guillén, Eni Alves Neves, Renato Guedes Pinto,
Lourival Torrens Malschitzky, Ernani Santa Rita,
Mário Luiz Garcia e Oskar Herbert Gerstner.

19
Os fundadores do CEJ

F ica claro, lendo o Livro de Atas desde o início, que a maior


preocupação dos colegas engenheiros ao frequentarem a
entidade era pela valorização como profissionais e pelo correto
acompanhamento do desenvolvimento de Joinville, auxiliando a
comunidade, demais associações e a própria Prefeitura Municipal,
contribuindo com decisões no planejamento de praças, plano urba-
nístico e obras que iam sendo edificadas na cidade.
Os 14 engenheiros fundadores, em 1954, por ordem alfabética:

Eng. Carlos Guillén


Eng. Eny Alves Neves
Eng. Ernani de Abreu Santa Rita
Eng. Fernando Perlingeiro Lovisi
Eng. Guilherme de Miranda Franco
Eng. Humberto Machado
Eng. Lourival Torrens Malschitzky
Eng. Luiz Carlos de Oliveira Borges
Eng. Mário Eugênio Boehm
Eng. Mário Luiz Garcia
Eng. Oskar Herbert Gerstner
Eng. Pedro Hugo Petry
Eng. Raul Schmidt
Eng. Renato Martins Guedes Pinto

20
Depoimentos de fundadores

Companheirismo e respeito mútuo entre os colegas

Q uando iniciei a minha carreira profissional de engenheiro


na Tupy, em 1950, formado pela Escola Nacional de
Engenharia da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, não encon-
trei na minha cidade natal mais do que meia dúzia de outros colegas
engenheiros diplomados no Brasil. Não havia ambiente para trocar
informações, consultas ou congraçamento com outros colegas em
Joinville até que, em 1954, foi fundado o CEJ sem o “A” de arquitetos.
Nossas primeiras reuniões eram realizadas na residência do
colega Eni Alves Neves, onde também funcionava o seu escritório de
engenharia civil.
Mesmo na condição de sócio fundador, entre outros, decorri-
dos tantos anos, devo confessar que sempre fui um pouco reacioná-
rio no início, achando que o nome da entidade devia ser “Associação
Joinvilense de Engenheiros”, para não trazer qualquer constrangi-
mento a colegas de outras localidades e até do exterior.
A desavença foi superada. Atualmente, participam arquitetos e
o Crea-SC está aí como órgão fiscalizador. Devemos concluir que
desde o início o CEAJ teve grande influência no desenvolvimento
industrial de Joinville, no sentido mais amplo.
Sempre servindo de base para manter um
alto espírito ético, companheirismo e respeito
mútuo entre os colegas, enfrentando e partici-
pando de um crescimento acelerado do segmen-
to industrial de Joinville.

Raul Schmidt
Eng. Mec. e Civil R
Ex-presidente executivo da Fundição Tupy

21
União de profissionais no desenvolvimento da cidade

DPolitécnica
epois de formado no Curso de Minas e Metalurgia da Escola
da Universidade de São Paulo, trabalhei um ano
na fundição da Cofap – Cia. Fabricadora de Peças, em Santo André,
e retornei a Joinville, em 1954, para trabalhar como engenheiro meta-
lurgista na Fundição Tupy, que tinha recém inaugurado a nova fun-
dição de conexões para tubulação de água e gás, precisando de um
engenheiro especializado para atender as exigências legais.
Com experiência prática e tempo de formado não diferente dos
demais companheiros, me senti contagiado pelo desembaraço com
o que eles já discutiam sobre os problemas da profissão e a necessi-
dade de se unirem para criar um núcleo de defesa comum.
Havia inicialmente uma distinção entre os engenheiros de
fábrica e os da construção civil, que representavam a maioria, cada
categoria olhando apenas os seus problemas. Com a convivência
entre os dois grupos, foi evidenciado que importante seria uma ação
mais organizada e conjunta, por meio de uma entidade única, nas-
cendo naquele ano o CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville.
Os arquitetos haviam ficado fora da associação, que ao longo do
tempo começou a criar um natural desconforto resolvido apenas em
1980, com a adição da letra “A” na sigla CEJ que passou a ser CEAJ
– Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville.
A função que cabia aos engenheiros no desenvolvimento de
Joinville até então era conduzida pelos “mestres”, bons profissionais
formados apenas na “prática” e ainda sem o embasamento técni-
co/científico, que foi sendo conquistado aos pou-
cos pelos engenheiros para garantir a segurança
do que vinha sendo produzido e construído numa
cidade em rápida evolução.

Mário Eugênio Boehm


Eng. Metalurgista M
Sócio-proprietário da Calema Participações e
Empreendimentos Imobiliários

22
Página 1 do primeiro Livro de Atas do CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville

23
Primeiro livreto dos
Estatutos do Centro
de Engenheiros de
Joinville, datado de
5 de abril de 1955

Título de Sócio Proprietário do Centro de


Engenheiros de Joinville, datado dos anos 60

24
Estatutos do Centro de Engenheiros de Joinville

C om a missão de promover a profissão e o desenvolvimento


profissional, político e associativo de seus integrantes, visan-
do gerar prosperidade e crescente benefício à comunidade, o Grupo
de Engenheiros elaborou os Estatutos do CEJ em oito capítulos:

PRIMEIRO – Do Centro e Seus Fins


SEGUNDO – Dos Sócios
TERCEIRO – Do Fundo Social, Receita e Despesa
QUARTO – Da Diretoria
QUINTO – Das Assembleias
SEXTO – Das Eleições
SÉTIMO – Disposições Gerais
OITAVO – Disposições Transitórias

CAPÍTULO PRIMEIRO – Do Centro e Seus Fins

a) defender, coordenar, unir a classe e amparar moralmente


seus associados;
b) colaborar com os poderes públicos e entidades afins no sen-
tido da solidariedade social e da subordinação dos interesses eco-
nômicos e profissionais ao interesse nacional;
c) representar perante as autoridades administrativas e judiciá-
rias os interesses de seus associados relativos ao exercício da pro-
fissão no ramo da Engenharia;
d) manter intercâmbio com associações congêneres do País e
do estrangeiro, no sentido da maior coesão da classe;
e) realizar periodicamente reuniões e conferências, com o fim
de aproximar os membros do Centro ou expor questões de interes-
se da classe;
f) promover, dirigir, expor e publicar trabalhos que interessem à
Engenharia;
g) facilitar ao associado a aquisição de livros e publicações téc-
nicas, através do contato direto com as editoras nacionais e estran-
geiras;
h) tratar das demais atividades concernentes ao ramo da
Engenharia.

25
Primeiro livreto dos estatutos
Datado de 5 de abril de 1955, o livreto intitulado “Estatutos do
Centro de Engenheiros de Joinville”, com 15 páginas no formato de
116x157mm, publica a versão oficial do estatuto original. O docu-
mento foi registrado no Cartório Rodrigo Lobo, pelo Primeiro
Tabelião Ivan Luiz Ribeiro, com reconhecimento das firmas de
Fernando Perlingeiro Lovisi, Pedro Hugo Petry, Carlos Guillén, Eni
Alves Neves, Lourival Torrens Malschitzky, Ernani de Abreu Santa
Rita, Mario Luiz Garcia, Raul Schmidt, Renato Guedes Pinto e
Oskar Hebert Gerstner.
Em seguida, no dia 20 de abril de 1955, “Estatutos do Centro de
Engenheiros de Joinville” era publicado no jornal A Notícia. A partir
de então, o Centro de Engenheiros de Joinville iniciou suas ativida-
des na residência de um dos fundadores, na Rua São Paulo, 902,
tendo como missão e visão:
Missão – Promover a profissão e o desenvolvimento profissio-
nal, político e associativo de seus integrantes, visando gerar prospe-
ridade e crescente benefício à comunidade.
Visão – Desenvolvimento de atividades sociais, esportivas, cul-
turais e de lazer em geral, por meio de práticas que estimulam a
união e a valorização dos profissionais da engenharia e demais cate-
gorias dos seus associados, bem como sua interação na sociedade.

Sócios Proprietários do CEJ


Acompanhando o desenvolvimento do CEJ, o número de inte-
grantes interessados em participar da nobre entidade foi aumen-
tando e passando a receber o título de Sócio Proprietário do Centro
de Engenheiros de Joinville.
Cautelas assegurando os direitos previstos estatutariamente a
cada sócio, no valor nominal de Cr$180.000 (cento e oitenta mil
cruzeiros), na antiga moeda dos anos 60, devendo ser resgatado
com uma entrada de Cr$10.000 e saldo restante em 17 (dezessete)
pagamentos de Cr$10.000.

26
Passagem do CEJ para o atual CEAJ
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville

E m 1980, com a inclusão dos arquitetos e alteração dos esta-


tutos, o Centro de Engenheiros de Joinville (CEJ), passou a
se chamar Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville – CEAJ.
Relatar os 60 anos do CEAJ é mostrar sua nobre missão no cres-
cimento de Joinville dos anos 1950, com 42.000 habitantes, até a
Joinville de 2014, com 550.000 habitantes. Uma entidade sem fins
lucrativos, filiada ao Sistema Confea/Crea e Mútua, declarada como:
– Utilidade pública estadual – Lei nº 3.101 de 18/09/1962;
– Utilidade pública municipal – Lei Ordinária nº 5328 de 2005.
CEAJ tem como:
Vocação: Representar e valorizar os profissionais nos conse-
lhos federais e regionais e junto às prefeituras, instituições de ensi-
no tecnológico e comunidade.
Visão: Ser referência para os profissionais pela sua representa-
tividade e valorização, reconhecida nos conselhos federais e regio-
nais e junto às prefeituras, instituições de ensino tecnológico e
comunidade.
Missão: Representar e valorizar os profissionais de Joinville e
região nos conselhos federais e regionais e junto às prefeituras, ins-
tituições de ensino tecnológico e comunidade, promovendo a pro-
fissão, o seu exercício e o aprimoramento educacional, além de bus-
car assegurar seus direitos e interesses.
Objetivo: Desenvolvimento de atividades sociais, esportivas,
culturais e de lazer em geral, por meio de práticas que estimulam a
união e a valorização dos profissionais da Engenharia, Arquitetura,
Agronomia, Geologia, Meteorologia, Geografia, Metalurgia e
demais categorias dos seus associados, tecnólogos e estudantes,
bem como sua interação na sociedade.
Acompanhe o trabalho e a dedicação de destacados profissio-
nais do CEAJ, agrupando empresários, funcionários públicos, dire-
tores, gerentes e pesquisadores, quer seja da indústria ou de
Estatais e Autarquias, aqui relatados em cada uma das seis décadas.

27
Diretores presidentes nos 60 anos do CEAJ

Primeira década, até 1964


1954 Fernando Perlingeiro Lovisi
1955 Eny Alves Neves
1956 Fernando Perlingeiro Lovisi
1957 Hary Nelson Schmidt
1958/59 Lourival Torrens Malschitzky
1960 Otto Fritz Brosig
1961 Kurt Meinert
1962/63 Harro Stamm
1963/64 João Batista da Motta Rezende

Segunda década, até 1974


1964/65 Kurt Meinert
1966/67 Lourival Torrens Malschitzky
1967/68 Gert Roland Fischer
1969 Carlos da Costa Pereira Filho
1969/70 Ascânio Pruner
1970/71 Luiz Henrique Burmester
1972/74 Arno Gerd Jark

Terceira década, até 1984


1975/76 Arno Gerd Jark
1976/77 Mário Francisco Rücker
1978/79 Antônio Alberto Cortez
1979/81 Henrique Chiste Neto
1982/83 Nogert Wiest
1984 Luiz Carlos Ferraro

28
Quarta década, até 1994
1985/87 Luiz Carlos Ferraro
1988/89 Kurt Morriesen Junior
1990/91 Paulo Fernando Santos Lima
1992/93 Luiz Carlos Ferraro
1994 José Thales Puccini

Quinta década, até 2004


1995 José Thales Puccini
1996/97 Cezario Peixoto
1998/99 Marco Antonio dos Santos Bittencourt
2000/01 Rogério Novaes
2002/04 Julio Fialkoski

Sexta década, até 2014


2005 Julio Fialkoski
2006/07 Wesley Masterson Belo de Abreu
2008/10 Sérgio Ricardo Mendes Moraes
2010/11 Ascânio Pruner
2012/14 Sérgio Ricardo Mendes Moraes

29
Eni Alves Neves
Presidente em 1955

Eni Alves Neves nasceu em 20 de


março de 1924, na cidade de Araquari-
SC. Em Curitiba-PR, formou-se em
Engenharia Civil na UFPR –
Universidade Federal do Paraná.
Iniciou sua carreira de engenheiro na Prefeitura Municipal de
Joinville-SC. Em seguida, montou um escritório de construção civil
e foi sócio na empresa Construtora Irmãos Nass.
Em 1964 entrou no DNER – Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem – trabalhou em Itajaí-SC, como fiscal de
obras, sendo depois transferido para Curitiba, como Chefe de
Distrito do Paraná. E para o Rio de Janeiro-RJ, como Diretor de
Manutenção do DNER.
Ao se aposentar, em 1981, Eni Alves Neves ainda atuou na
Proenge Engenharia, na empresa Mendes Júnior, na Empreiteira
Engepasa e retornou à Prefeitura Municipal de Joinville, onde parou
de trabalhar, em 1990.
No início de sua carreira, exerceu a profissão de Engenheiro
Civil na construção civil; depois, atuou como Engenheiro
Rodoviário até o final. Segundo seu filho João Alfredo: “o pai sempre
dizia que era o que ele mais gostava de fazer”.
Eni Alves Neves faleceu em 19 de setembro de 2010, na cidade
de Curitiba-PR.

31
Fernando Perlingeiro Lovisi
Presidente em 1956

Fernando Perlingeiro Lovisi


nasceu em 05 de fevereiro de 1926, na
cidade de Miracema, no Rio de
Janeiro-RJ. Formou-se em Engenharia
Civil na Escola Politécnica da Universidade Católica do Rio de
Janeiro, em 1952.
Sempre gostou de escrever poemas, alguns publicados na
Revista da Escola Politécnica, em 1952.
Era funcionário do extinto DNER – Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem – do Rio de Janeiro e, entre 1953 e 1955, foi
transferido para Joinville-SC, onde atuou como Chefe do 16º
Distrito Rodoviário, trabalhando na construção da BR-101, de Santa
Catarina, trecho de Garuva a Itajaí.
Nesse mesmo período, lecionou a disciplina de Resistência dos
Materiais, na Escola Técnica Tupy, em Joinville-SC. No ano de 1969,
ele voltou ao Rio de Janeiro onde trabalhou até se aposentar.
Depois de aposentado, gostava muito de ler e de continuar a
escrever poemas, sendo sua maior distração fazer cursos por corres-
pondência.
Fernando Perlingeiro Lovisi faleceu em 08 de novembro de
1997, na cidade de Florianópolis-SC.

32
Hary Nelson Schmidt
Presidente em 1957

Hary Nelson Schmidt nasceu em


09 de julho de 1927, na cidade de
Joinville-SC. Formou-se na UFPR –
Universidade Federal do Paraná, em
1951, habilitado a exercer a profissão de Engenharia Civil e
Arquitetura.
Atuou como proprietário da empresa Senarco – Serviços de
Engenharia e Arquitetura Ltda. – de 1956 a 1990; e depois, na firma
Scada – Assessoria e Projetos Civis Ltda. – até 2010. Foi, também, mem-
bro da Comissão Permanente de Revisão e Atualização da Prefeitura
Municipal de Joinville e Conselheiro do Crea-SC, de 1972 a 1978.
Um engenheiro sempre inovador, ousado e precursor de ten-
dências modernas em suas obras, introduzindo o pré-moldado de
concreto em Joinville-SC. Sendo responsável pela construção de
algumas indústrias, como Döhler, Consul, Metalúrgica Duque e,
também, de uma ala do Hospital e Maternidade Dona Helena, em
Joinville-SC.
Em 2001, recebeu do Instituto de Engenharia do Paraná, o
diploma alusivo aos 50 anos de relevantes serviços profissionais
prestados ao desenvolvimento da engenharia.
Muito ligado à música, foi integrante da Orquestra Harmonia-
Lyra, tocando piano todas às noites.
Hary Nelson Schmidt faleceu em 30 de maio de 2010, na cidade
de Joinville-SC.

33
Lourival Torrens Malschitzky
Presidente em 1958, 1959, 1966 e 1967

Lourival Torrens Malschitzky


nasceu em 06 de fevereiro de 1922, na
cidade de Canoinhas-SC. Graduou-se
em Engenharia Civil pela UFPR –
Universidade Federal do Paraná.
Como especialista na área de projetos e execuções de obras
públicas de viação, destacou-se no setor de rodovias e pontes, em
1948 ingressou no serviço público como Engenheiro Chefe da
Residência de Tubarão-SC do DER – Departamento de Estradas de
Rodagem – de Santa Catarina, até 1951. Depois, até 1957, exerceu o
cargo de Diretor de Obras Públicas da Prefeitura Municipal de
Joinville-SC e foi responsável técnico da Construtora Eteco Ltda.
Mediante concurso, ingressou no DNER – Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem – até sua aposentadoria por tempo
de serviço, em 1986, chegando a ocupar o cargo de Diretor Geral do
16º Distrito Rodoviário Federal de Santa Catarina, em Florianópolis,
e Chefe da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina.
Foi engenheiro residente do DNER em Joinville-SC por 27
anos, encarregado dos estudos, implantação e asfaltamento do atual
traçado da BR-101 entre Itajaí-SC até a divisa com o Paraná e cons-
trução da ponte sobre o Rio Itajaí-Açu.
Na Faculdade de Engenharia de Joinville – FEJ – atual Udesc,
entre 1967 e 1987, exerceu atividade de professor nas disciplinas de
Materiais de construção, Resistência de materiais e Cálculo numéri-
co Gráfico I e II, Estradas e pontes, obtendo inúmeras homenagens.
Lourival Torrens Malschitzky faleceu em 24 de julho de 1987,
na cidade de Joinville-SC.

34
Otto Fritz Brosig
Presidente em 1960

Otto Fritz Brosig nasceu em 30 de


abril de 1915, na cidade de Joinville-SC.
Após estudos iniciais em Joinville,
Otto Fritz sentiu-se inclinado para o
campo industrial da eletricidade, buscando a universidade para se
formar em Engenharia Elétrica.
Como engenheiro eletricista, foi Primeiro Secretário na diretoria
do CEJ nos anos 1958/59, sob a presidência de Lourival Torrens
Malschitzky.
E para o ano seguinte, foi eleito como presidente. Durante sua
gestão, em 17 de julho de 1960, a sede do CEJ passou para uma sala
alugada na Rua do Príncipe, 123 – Edifício Buschle & Lepper.
Otto Fritz Brosig era filho de Hermann Brosig e de Jenny Boehm,
filha de Otto Boehm. O pai Hermann trabalhou como guarda livros na
Cia.Boehm, que durante séculos editou o Kolonie Zeitung, primeiro jor-
nal em Joinville.
E se orgulhava também de ser irmão de Wolfgang Brosig, o “pai
do rádio” de Joinville, casado com a sempre lembrada professora
Juracy Maria Brosig.
Otto casou com Érica Maria Berta Brosig e eles tiveram quatro
filhos. Entre eles o arquiteto Percival Brosig, já falecido.

35
Kurt Meinert
Presidente em 1961, 1964 e 1965

Kurt Meinert nasceu em 02 de


fevereiro de 1935, na cidade de
Joinville-SC. Estudou os primeiros
anos no Colégio Santos Anjos, na cida-
de onde nasceu e, posteriormente, fez o curso colegial em regime de
internato no Colégio Marista São José, no Rio de Janeiro, naquele
tempo, Distrito Federal.
Em Curitiba-PR, Kurt Meinert formou-se em Engenharia Civil
pela UFPR – Universidade Federal do Paraná.
Sua experiência profissional foi sempre em Joinville-SC, pri-
meiro na Madeireira M. Lepper e depois na Concessionária
Volkswagen.
Kurt Meinert era apaixonado por futebol e permaneceu por
cinco anos à frente da presidência do América Futebol Clube,
Campeão Estadual em 1971.
Sempre duro e incisivo na defesa dos princípios éticos, foi pre-
cursor de movimentos realizados em Joinville, para a construção de
um ultramoderno estádio de futebol na cidade onde nasceu.
Em sua homenagem, vem sendo realizado, há quatro décadas, o
Copão Kurt Meinert de futebol em Joinville.
Segundo sua esposa, Anne, o marido muito apreciava dança de
salão e costumava dar aulas particulares para os acadêmicos da uni-
versidade.
Kurt Meinert veio a falecer muito cedo, aos 38 anos de idade,
em 14 de maio de 1973, na cidade de Joinville-SC.

36
Harro Stamm
Presidente em 1962 e 1963

Harro Stamm nasceu em 31 de


janeiro de 1926, na cidade de Ibirama-
SC. Em 1949, formou-se em Engenharia
Elétrica e Mecânica pelo Instituto
Eletrotécnico de Itajubá-MG, atual Escola Federal de Engenharia na
Universidade Federal de Itajubá.
Pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade
Federal de Santa Catarina e Mestre em Engenharia de Produção,
com ênfase em Qualidade e Produtividade.
Participou da fundação da Faculdade de Engenharia de
Joinville – FEJ/Udesc – sendo o primeiro diretor, em 1965/66 e pro-
fessor fundador, desempenhando a tarefa de preparação das disci-
plinas. Ministrou as disciplinas de Desenho Técnico e Geometria
Descritiva, entre 1992 e 1997. Em 1994, recebeu o reconhecimento
de “notório saber” nas áreas de Desenho e Geometria descritiva,
Engenharia Industrial e Administração de Projetos.
Atuou na Cobas/Light, na CSN – Cia. Siderúrgica Nacional –
na Carbonífera Treviso de Urussanga-SC. Em Joinville, foi diretor
técnico na Empresul, gerente na Consul e, por meio de um plano de
expansão na Tecnometal, fez carreira na Fundição Tupy. De 1988 a
1990, atuou como assessor da Presidência e Diretoria da Celesc.
Em sua homenagem, a Udesc – Universidade do Estado de
Santa Catarina – inaugurou, em 13 de dezembro de 2012, o Centro
de Convivência Harro Stamm.
Dominava vários idiomas, apreciava arte e adorava conversar.
Harro Stamm faleceu em 06 de dezembro de 2011, na cidade de
Joinville-SC.

37
João Batista Rodrigues da
Motta Rezende
Presidente em 1963 e 1964

João Batista Rodrigues da


Motta Rezende nasceu em 24 de
junho de 1932, na cidade de Resende-
RJ. Após os estudos secundários no
Colégio Marista São José, no Rio de Janeiro-RJ, ingressou na Escola
Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil – Rio de Janeiro,
em 1955.
Paralelamente, João Batista trabalhava no Instituto de
Eletrotécnica da Universidade do Brasil como desenhista/projetista.
Formou-se em 1959, em Engenharia Mecânica. Em 1962 transfe-
riu-se para Joinville-SC, sendo admitido na Fundição Tupy, no cargo
de chefe do Controle de Qualidade. Foi professor na Escola Técnica
Tupy e também na FEJ – Faculdade de Engenharia de Joinville.
Na cidade de Joinville, João Batista foi superintendente da
Casan – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – pres-
tando serviços também na Granalha de Aço, na Embraco Empresa
Brasileira de Compressores e na Carrocerias Nielsen.
Posteriormente, ingressou na Portobrás – Empresa de Portos
do Brasil S/A – criada em Brasília, em 1975, onde se aposentou.

38
Gert Roland Fischer
Presidente em 1967 e 1968

Gert Roland Fischer nasceu em


24 de maio de 1937, em Joinville-SC.
Concluiu o curso de Engenheiro
Agrônomo, em 1959, pela ENA –
Escola Nacional de Agronomia – do Rio de Janeiro-RJ e, em 1961, fez
pós-graduação na Alemanha.
Iniciou seus trabalhos na Cooperativa Mista Dona Francisca, até
1962 e, depois, trabalhou na Secretaria de Agricultura de Santa Catarina,
no período de 1963 a 1969. Depois, afastou-se do serviço público e pas-
sou a trabalhar como profissional liberal na área florestal. Em 1977, com
outros 400 joinvilenses, organiza a Aprema-SC – Associação de
Preservação e Equilíbrio do Meio Ambiente de Santa Catarina.
Um ano depois, implanta o primeiro Prad – Plano de Recuperação
de Áreas Degradadas – na zona rural de Guaramirim-SC. Em 1979,
assessora deputados Assembleia Legislativa de Santa Catarina na for-
matação do primeiro Código Ambiental de Santa Catarina.
A partir de 1982, torna-se operador de serviços para atender
necessidades legais de empreendedores no licenciamento ambien-
tal. Em 1989, Gert Roland Fischer é laureado em Bruxelas – Bélgica,
pela UNEP/ONU – United Nations Environment Programe/
Organização das Nações Unidas, com o prêmio 500 Global Awards.
Em 1995, torna-se cooperado da Uneagro Engenharia
Ambiental, prestação de serviços que congrega centenas de enge-
nheiros. E, como voluntário, atua como Conselheiro da Cidade,
diretor da Aprema e diretor do Conseg-Floresta – Conselho
Comunitário de Segurança.

39
Carlos da Costa Pereira Filho
Presidente em 1969

Carlos da Costa Pereira Filho


nasceu em 14 de janeiro de 1932, na
cidade de São Francisco do Sul-SC.
Formou-se em Engenharia Química na
UFPR – Universidade Federal do Paraná, em 1957.
Trabalhou durante anos na Fundição Tupy S/A e lá se aposen-
tou. Após, foi convidado para ser Superintendente do Instituto de
Metrologia de Santa Catarina, na capital Florianópolis.
Em seguida, colaborou com a Engepasa Engenharia de Pavimento
S/A e Prefeitura Municipal de Joinville, como Coordenador da Defesa
Civil. Foi o primeiro Comodoro do JIC – Joinville Iate Clube – sendo
condecorado Capitão Amador e Amigo da Marinha, reconhecimento
aos que prestam serviços relevantes ao país e relacionados à navegação.
Sua verdadeira paixão era navegar com o barco construído por
ele próprio – o Terral – onde levava a família e amigos para passear
pela Baía Babitonga.
Escreveu dois livros: A Viagem da Esperança, um romance com
caráter histórico sobre a viagem de Binot de Goneville, em 1504,
que, partindo da Normandia, desembarcou na ilha onde seria a cida-
de de São Francisco do Sul, em Santa Catarina e Navios na Costa,
sobre as embarcações importantes no Estado, com ilustrações a
bico de pena, feitas por ele.
Carlos da Costa Pereira Filho faleceu em 27 de março de 2012,
na cidade de Joinville-SC, aos 80 anos de idade.

40
Ascânio Pruner
Presidente em 1969, 1970, 2010 e 2011

Ascânio Pruner nasceu em 12 de


junho de 1938, na cidade de Brusque-
SC. Fez os estudos básicos em Joinville-
SC e depois ingressou na Faculdade de
Engenharia Industrial da PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo – em 1957, onde se formou em 1961. Possui especialização
e mestrado em Engenharia de Produção pela UFSC.
Serviu o exército no CPOR, no período de 1957/1959, sendo
aspirante da arma de Engenharia. Seu primeiro emprego foi na cida-
de de São Paulo, em 1962, na Semco do Brasil.
Voltando a Joinville, passou a trabalhar na Indústria de
Refrigeração Consul S/A, atual Whirlpool Latin America, no perío-
do de 1962 a 1965.
Em 1965, aceitou a oportunidade da empresa Voith Máquinas e
Equipamentos, em São Paulo, onde permaneceu até 1967.
O retorno a Joinville foi para ingressar na Fundição Tupy, onde
trabalhou por 18 anos. Seu último emprego no setor industrial foi na
Docol Metais Sanitários, de 1986 a 1996.
De 1996 a 2002, Ascânio Pruner prestou assessoria na área de
Engenharia Industrial e Meio Ambiente (economia de água).
Lecionou no Centro de Ciências Tecnológicas da Udesc duran-
te o período de 1978 a 2008, em especial, as cadeiras de Máquinas de
Transporte e Estudo do Trabalho.
Atualmente, como aposentado, participa de conselhos, como
no Crea-SC e de Comissões pelo CEAJ.

41
Luiz Henrique Burmester
Presidente em 1970 e 1971

Luiz Henrique Burmester nasceu


em 04 de junho de 1942, na cidade de
Curitiba-PR, onde fez seus estudos bási-
cos. Em 1964, na UFPR – Universidade
Federal do Paraná – ele se formou em Engenharia Mecânica.
Em Curitiba, serviu o Exército no CPOR, durante dois anos,
sendo 2º Tenente R2. Depois, veio para Joinville-SC, onde lecionou
brevemente na Escola Técnica Tupy e, por mais de dez anos, na FEJ
– Faculdade de Engenharia de Joinville.
Foi presidente da BNS/SC – Bolsa de Negócios e Subcontratação
de Santa Catarina – nos períodos de 1977/1979 e de 1980/1990.
Em Joinville, trabalhou nas empresas Fundição Tupy, no período
de 1965 a 1978 e depois na Taci Imobiliária Limitada, de 1979 a 1990.
E, desde 1990, passou a ser sócio-diretor da empresa Cromagem
Galvanobril.
Uma das lembranças que Luiz Henrique Burmester tem, antes de
presidir o CEJ, foi o tempo em que ele iniciou uma pesquisa entre enge-
nheiros atuantes em Joinville, que culminou na revitalização do CEAJ.

42
Arno Gerd Jark
Presidente em 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976

Arno Gerd Jark nasceu em 03


de novembro de 1939, na cidade de
Blumenau-SC. Em 1964, formou-se em
Curitiba-PR como Engenheiro
Químico na UFPR – Universidade Federal do Paraná.
Morou em Joinville-SC por 15 anos, onde atuou como gerente
de Controle de Qualidade na Indústria de Refrigeração Consul S/A
(atual Whirlpool Latin America).
Arno Gerd Jark foi presidente do CEJ durante cinco anos segui-
dos, de 1972 a 1976.
E em 1974 foi nomeado inspetor chefe do Crea-SC.
Depois de atuar, também, na Fundição Tupy, Jark foi diretor na
Construtora Tupy S/A nos anos de 1976 a 1978.
Na cidade de São Paulo-SP atuou por dez anos na empresa
Aços Villares S/A. E, posteriormente, foi Consultor Empresarial e
palestrante.
Morou por aproximadamente quinze anos na cidade de
Curitiba-PR, onde nasceu. Casado com Stella Pasqualin Jark, ele
apreciava jogar xadrez, jogar tênis e nadar.
Arno Gerd Jark faleceu em 03 de outubro de 2013, com a idade
de 73 anos.

43
Mário Francisco Rücker
Presidente em 1976 e 1977

Mário Francisco Rücker nasceu


em 06 de outubro de 1939, na cidade
de Timbó-SC. Anos depois ele foi para
Curitiba-Pr, ingressando na UFPR –
Universidade Federal do Paraná onde
se formou em Engenharia Mecânica.
Em Joinville-SC, como engenheiro mecânico, Rücker começou
a atuar na área industrial da Indústria de Refrigeração Consul S/A.
Posteriormente, ingressou na Fundição Tupy S/A como
Gerente de Implantação no período 1973/1981. E, na mesma empre-
sa, como Chefe do Departamento de Padrões Industriais no período
1982/1987. Além do cargo efetivo, exerceu a função de Engenheiro
de Segurança do Trabalho.
Ainda em Joinville, teve rápida experiência na empresa de
Carrocerias Nielson.
Já associado ao CEJ, o Eng.Mário Rücker participou do
Conselho Curador da Func – Fundação Universitária do Norte
Catarinense e foi conselheiro do Crea-SC no período de 1975/79.
Representando o CEAJ, foi nomeado membro do Comdema –
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.
Casado com Guerrit Marckmann e pai de três filhas, Rücker
passou a morar em Curitiba-PR a partir de 1988.

44
Antônio Alberto Cortez
Presidente em 1978 e 1979

Antônio Alberto Cortez nasceu


em 31 de agosto de 1940, na cidade de
Araraquara-SP.
Formou-se em Arquitetura e
Urbanismo na Escola de Engenharia
da UFPR – Universidade Federal do Paraná, em 1969.
Sócio diretor da Construtora Tapume, Cortez atuou também
na Prefeitura Municipal de Joinville-SC e Prefeitura de Tubarão-SC.
Em Joinville, se destacou na participação da construção do
Hospital e Maternidade Dona Helena, bem como no projeto do pré-
dio da Caixa Econômica Federal.
Como arquiteto, em 1978/79 Cortez foi presidente do Centro de
Engenheiros – CEJ, que no ano seguinte passou a ser CEAJ – Centro
de Engenheiros e Arquitetos de Joinville.
Em 1980 participou da fundação do Instituto de Arquitetos de
Joinville, além de ser conselheiro do JIC – Joinville Iate Clube e pro-
vedor do Museu Casa Ottokar Doerffel.
Antonio Alberto Cortez foi um dos primeiros arquitetos a tra-
balhar em Joinville e, em 1982, com seu Escritório de Arquitetura.
Atualmente, Cortez está em São José do Rio Preto-SP com sua
empresa de arquitetura e urbanismo – A.A. Cortez Arquitetura.

45
Henrique Chiste Neto
Presidente em 1979, 1980 e 1981

Henrique Chiste Neto nasceu


em 16 de março de 1947, na cidade de
Taubaté-SP. Formou-se Engenheiro
Civil na Escola de Engenharia de
Taubaté, em 1971.
Em 1975, veio para Joinville-SC como responsável técnico da
obra do Oleoduto Ospar Santa Catarina – Paraná, que vai da cidade
de São Francisco do Sul-SC até a cidade de Araucária, próxima a
Curitiba-PR.
Após o encerramento da obra, Henrique Chiste Neto resolveu
fixar-se em Joinville, foi fundador e sócio da primeira fábrica de lajes
pré-moldadas – Real Construtora Ltda. (1976/1985).
Foi presidente do CEAJ (1979/81), depois Inspetor Chefe do
Crea-SC (1984/85) e membro efetivo da Comissão de Urbanismo de
Joinville (1980/1988).
E no período 1985/86, foi vice-presidente do Crea-SC.
Henrique Chiste Neto foi fundador e primeiro presidente da
Ajeci – Associação Joinvilense de Engenheiros Civis (1999/2003).
Atuou, de 2005 a 2009, como primeiro presidente da Caj –
Companhia Águas de Joinville S.A. Empresa de Saneamento Básico.
Como presidente, Chiste Neto coordenou a estruturação do plane-
jamento estratégico da empresa, levando-a a participar do PNQS –
Prêmio Nacional de Qualidade de Saneamento – como a empresa
mais jovem a conquistar o Troféu de Bronze – nível 1.

46
Nogert Wiest
Presidente em 1982 e 1983

Nogert Wiest nasceu em 15 de


março de 1940, na cidade de Joinville-SC.
Formou-se em Engenharia Mecânica
(Industrial) pela Escola de Engenharia
(Centro Politécnico) da UFPR – Universidade Federal do Paraná.
Atuou como gerente de diversas empresas: Volkswagen do
Brasil, Fundição Tupy, Weg Máquinas e Grupo Battistella.
Além disso, foi presidente da Codeville – Companhia de
Urbanização e Desenvolvimento de Joinville.
Entre os anos de 1987 a 1991, Wiest foi diretor-presidente das
Centrais Elétricas de Santa Catarina, membro do conselho de admi-
nistração da Eletrosul e membro-fundador do Centro de
Desenvolvimento Biotecnológico de Joinville. Em 1989, recebeu a
comenda de Amigo da Polícia Militar de Santa Catarina.
A partir de 1996, por meio da empresa New Consultoria, pas-
sou a prestar consultoria para a modernização da gestão em empre-
sas, tanto no setor público quanto no privado.
Dedica-se também a escrever e possui três livros publicados:
Gestão Participativa, via CCQ, Memórias de um Governo e Governança
Corporativa mas... sem Modismos.
Atualmente, o trabalho de Nogert Wiest é com maquetes de
aviões que ele mesmo faz, além de 240 modelos aeroplast, exigindo
boa dose de habilidade, paciência e conhecimento.

47
Luiz Carlos Ferraro
Presidente em 1984, 1985, 1986, 1987,
1992 e 1993

Luiz Carlos Ferraro nasceu em 2


de abril de 1948, na cidade do Rio de
Janeiro-RJ.
Em 1965, ingressou na Epcar –
Escola Preparatória de Cadetes do Ar – em Barbacena-MG.
Em 1968, cursou a AFA – Academia da Força Aérea – em
Pirassununga-SP.
Em 1973, foi aprovado na UFF – Universidade Federal
Fluminense – formando-se como Engenheiro Industrial Metalúrgico.
Iniciou sua carreira profissional em Joinville-SC, na empresa
Fundição Tupy S/A, como Assessor Técnico, onde mais tarde assu-
miu vários cargos de gestor até 1993. A partir desse ano, deu início
a sua gestão empresarial a que se dedica até hoje.
Atualmente, também ocupa o cargo de primeiro secretário do
Conselho Deliberativo e membro do Crea – Conselho Regional de
Engenharia – na Câmara Especializada de Engenharia Industrial.

48
Kurt Morriesen Júnior
Presidente em 1988 e 1989

Kurt Morriesen Júnior nasceu


em 23 de maio de 1950, na cidade de
Joinville-SC. Formou-se em Técnico
Metalurgista pela ETT – Escola
Técnica Tupy.
Pela UFPR – Universidade Federal do Paraná – formou-se em
Ciências Econômicas e Engenharia Civil.
Fez especialização em Administração pela Furj – Fundação
Educacional da Região Joinville – e Engenharia de Segurança, pela
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina – e concluindo, em
2000, o Mestrado em Saúde e Meio Ambiente, pela Univille.
Atuou em grandes empresas como Cia. Hansen Industrial e Casan.
Atualmente, leciona na Udesc e é suplente no Crea-SC, na
Câmara Especializada em Engenharia Civil (Mandato 2014-2016).

49
Paulo Fernando Santos Lima
Presidente em 1990 e 1991

Paulo Fernando Santos Lima


nasceu em 20 de junho de 1947, na
cidade de Curitiba-PR. Em 1967,
ingressou na Faculdade de Engenharia
da UFPR – Universidade Federal do Paraná e, em 1969, fez a opção
para Engenharia Civil, formando-se em 1971.
Após três anos de trabalho em fiscalização de obras, fundou a
empresa Bangalô Engenharia Obras e Empreendimentos, iniciando
suas atividades em Joinville-SC, para onde mudou-se em 1977.
Depois, fundou a empresa Nostradamus Construções e
Empreendimentos, em 1983.
Em Joinville, o engenheiro Paulo Fernando participou de diver-
sas entidades e comissões, como o Crea-SC (conselheiro, coordena-
dor da Câmara de Engenharia Civil, secretário e vice-presidente),
Sinduscom (diretoria), CEAJ (tesoureiro, vice-presidente e presi-
dente), Ippuj, Comissão de Urbanismo (membro), Comissão de
Defesa Civil (membro), Ajeci (tesoureiro).
Atualmente, continua administrando duas empresas que ele
fundou.

50
José Thales Puccini
Presidente em 1994 e 1995

José Thales Puccini nasceu em 15


de novembro de 1952, na cidade de
Urussanga-SC e recém-nascido veio
para Joinville-SC. Cursou o primário
no Grupo Escolar Conselheiro Mafra e o ginásio industrial e técni-
co mecânico na ETT- Escola Técnica Tupy.
Formou-se como Engenheiro Mecânico de Operação na FEJ –
Faculdade de Engenharia de Joinville – em 1974.
Cursou o Mestrado de Engenharia Industrial na Universidade
Federal de Santa Catarina e foi professor concursado nas discipli-
nas de Desenho e Geometria Descritiva.
De meados de 1977 a 1980, foi assessor da Direção da ETT- Escola
Técnica Tupy. Foi professor nas cadeiras técnicas de mecânica, na
mesma instituição, bem como na FURJ (Univille e FEJ-Udesc).
De meados de 1980 a 1986, trabalhou com desenvolvimento de
processos, produtos e qualidade na Cipla.
Em 1981, formou-se em Engenharia Mecânica Plena, na FEJ.
De 1986 a 1990, foi Diretor Industrial e Superintendente da
Tupy Tecnoplástica, com atuação em SBS-SC, São Paulo capital,
Rio de Janeiro e Manaus. Daquele ano em diante, Puccini passou a
empreender seus próprios negócios, constituindo Persianas
Superior do Brasil e Artefatos Produtos e Serviços, cujas atividades
continua mantendo com vigor.
Além disso, atuou no Crea, no Capri Iate Clube e no Joinville
Tênis Clube.

51
Cezario Peixoto
Presidente em 1996 e 1997

Cezario Peixoto nasceu em 18 de


março de 1959, na cidade de Curitiba-PR.
Engenheiro eletrônico industrial, forma-
do pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, em São Paulo-SP.
Engenheiro de segurança do trabalho pela Faap – Fundação
Armando Álvares Penteado.
Profissional militante no mercado de seguros, desde 1979,
sendo especialista em auditoria de riscos e seguros e seguro de
Riscos de Engenharia, como professor palestrante.
Ex-professor da Funenseg – Fundação da Escola Nacional de
Seguros – Núcleo Santa Catarina. Sócio administrador de Prêmio
Administração e Corretagem de Seguros Ltda.
Além de diretor e presidente da CEAJ, entre 1992 e 1997, foi
conselheiro do Crea-SC, membro do Condema – Conselho
Municipal de Meio Ambiente em Joinville, presidente do Núcleo de
Corretores de Seguros da Acij – Associação Comercial e Industrial
de Joinville, conselheiro da Acij e delegado do Sindicato dos
Corretores de Seguros – Sincor-SC Região Norte.

52
Marco Antonio
dos Santos Bittencourt
Presidente em 1998 e 1999

Marco Antonio dos Santos


Bittencourt nasceu em 12 de junho de
1951, na cidade de Santa Maria-RS.
Fez os cursos primário e ginásio no
Instituto de Educação Osvaldo
Aranha, em Alegrete-RS, completando o ginásio e o científico no
Colégio Estadual Manoel Ribas, em Santa Maria-RS.
Ingressou na Faculdade de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Maria – UFSM – em 1972, ao mesmo tempo em que
cursava o NPOR, no 3º Grupo de Artilharia de Campanha
Autopropulsado – Regimento Mallet, tendo sido declarado
Aspirante a Oficial da Reserva da Arma de Artilharia, em 18 de
dezembro de 1972.
Formou-se em Engenharia Civil em 1976, iniciando carreira
como engenheiro do DER – Departamento de Estradas de Rodagem
– na cidade de Joinville-SC, atuando como engenheiro chefe do
Fundo Estadual de Assistência Rodoviária – FEAR – para a Região
Norte e Nordeste de Santa Catarina.
Encerrou as atividades de engenheiro rodoviário em 2011, e hoje
é proprietário da Planar Engenharia, atuando na área da construção
pesada.

53
Rogério Novaes
Presidente em 2000 e 2001

Rogério Novaes nasceu em 10 de


abril de 1958, na cidade de Joinville-
SC. Em Curitiba-PR, fez o curso de
Engenharia Civil na Universidade
Federal do Paraná – UFPR.
No ano de 1982, voltou para a cidade natal e se aproximou do
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, integrando grupos
de trabalhos e representando o CEAJ como conselheiro junto ao
Crea-SC, onde compôs diretoria até chegar à presidência da entida-
de, em fevereiro de 2003.
Especialista em Economia de empresas, junto a UFSC –
Universidade Federal de Santa Catarina.
Rogério Novaes foi candidato a vereador e a prefeito de
Joinville, participando da vida política com intensidade.
Atualmente, atua em sua própria empresa de consultoria em
engenharia de edificações.

54
Julio Fialkoski
Presidente em 2002, 2003, 2004 e 2005

Julio Fialkoski nasceu em 06 de


maio de 1952, na cidade de Tibagi-PR.
No ano de 1973, pela FEJ – Faculdade
de Engenharia de Joinville – formou-se
em Engenharia Mecânica de Operação – Máquinas e Motores. Em
1974 cursou pós-graduação em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho pela FGV. Em 1979, pela FCA – Faculdade
de Ciências Aplicadas – formou-se em Administração de Empresas.
Continuando os estudos, fez Engenharia Mecânica (FEJ) em
1981 e Engenharia Civil (FEJ/Udesc), em 1985.
Cursou Planejamento Urbano, Metodologia e Administração pela
FURB – Universidade Regional de Blumenau – em 1989, e Negócios
Imobiliários pela Pontifícia Universidade Católica de Curitiba, em 1995.
Foi eleito vice-prefeito de Joinville na gestão 1989/92 e foi secretá-
rio de Planejamento e Coordenação em 1989 e 1990. Também foi presi-
dente da Codeville – Cia. de Desenvolvimento de Joinville –, em 1992 e
da Conurb – Cia. de Urbanismo de Joinville, em 2008 e 2009.
Como conselheiro do Crea-SC, exerceu diversos mandatos na
Câmara Especializada em Engenharia Industrial (CEEI), nos anos
2001/02, 2008/9 e 2011, tendo sido seu coordenador. Com isso elegeu-se
coordenador nacional e de todas as coordenadorias, em 2009. Foi tam-
bém conselheiro da Câmara de Engenharia Civil, em 2003/05.
Em 2011, pelo CEAJ e Crea-SC, elegeu-se conselheiro nacional
representando a Engenharia Mecânica no Confea. Membro da diretoria
por três anos: 2º vice-presidente em 2012 e vice-presidente em 2013/14.
No período eleitoral de 2014 assumiu a presidência do Comfea com a
licença do então presidente, José Tadeu da Silva.

55
Wesley Masterson Belo de Abreu
Presidente em 2006 e 2007

Wesley Masterson Belo de


Abreu nasceu em 03 de junho de 1964,
na cidade de Santa Cecília do Pavão-PR.
Formou-se em Engenharia Elétrica pela
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina – no ano de 1985.
Em 1989, conquistou o título de Mestre em Engenharia.
Vindo para Joinville-SC, trabalhou na Multibrás, ex-Consul e
atual Whirlpool Latin America.
Obteve exata instrumentação em Florianópolis e depois ingres-
sou por concurso público na Udesc – Universidade do Estado de
Santa Catarina – para o campo de professor universitário, onde
exerceu também os cargos de coordenador de curso, chefe de depar-
tamento e diretor geral, até o ano de 2002.
Concomitantemente, exerceu a presidência da Softville.
A partir de 2002, atuou na função de diretor de expansão da Casan
– Companhia de Águas de Santa Catarina – e na Sociedade Educacional
de Santa Catarina, como gerente de ensino e diretor de ensino.
Atualmente, atua na Sociesc como diretor de operações, pas-
sando a ocupar também, a partir de 2013, o cargo de vice-reitor da
Unisociesc.

56
Sérgio Ricardo Mendes Moraes
Presidente em 2008, 2009, 2010, 2012,
2013 e 2014

Sérgio Ricardo Mendes Moraes


nasceu em 08 de março de 1963, na
cidade de Joinville-SC. Em 1981,
ingressou na Faculdade de Engenharia
Química na FURB – Fundação Regional de Blumenau-SC.
Em 1983, transferiu-se para Engenharia Mecânica da Udesc-
FEJ – Faculdade de Engenharia de Joinville – formando-se em 1987.
Naquele ano iniciou sua carreira na empresa Consul S/A, no
departamento de engenharia industrial. E, no ano seguinte, em 1988,
inicia sua carreira na área comercial, atendendo as indústrias da
região de Joinville.
Sua história com o CEAJ começou em 1987, participando do
tradicional Torneio de Futebol Suíço da entidade, defendendo as
cores da Consul. No ano seguinte, sua trajetória futebolística pas-
sou para o Canabraba Engenharia e Consultoria.
A partir de 2001, aceitou o convite do amigo Marcos Toschi
Granado, então vice-presidente da entidade, para juntos darem
continuidade na edificação do sonho da Sede Campestre, que mais
tarde tornou-se realidade. Passou então a ser ativo frequentador das
reuniões do CEAJ, ocupando alguns cargos nas diretorias que se
sucederam até ser eleito presidente para as gestões 2008/10 e
2012/14.
Foi conselheiro no Crea-SC, representando o CEAJ, de 2006 a
2011; foi 3º secretário da diretoria, em 2009; e coordenador da
Câmara Especializada de Engenharia Industrial, em 2010.

57
CEAJ completa 60 anos de atividades

Desde o início, os fundadores sabiam que sem uma represen-


tação forte a construção da cidade iria apenas privilegiar o
poder econômico. No decorrer da sua história, o CEAJ exerceu
importante papel na comunidade, contribuindo com decisões no
planejamento de praças, bibliotecas, mercado público, ligação Sul-
Norte e Norte-Sul, assim como no plano urbanístico e obras edifi-
cadas na cidade.
Para defender, coordenar, unir a classe e amparar moralmente
os associados, o CEAJ criou um programa que vem mantendo siste-
maticamente durante 60 anos, com ótimos resultados para o forta-
lecimento da entidade:

Reuniões do CEAJ
Quinzenalmente, a partir das 19 horas, engenheiros e arquite-
tos associados se reúnem com a diretoria na sede da entidade.
Na última terça-feira de cada mês, com o fim de aproximar os
membros do Centro e expor questões de interesse da classe. Por
vários anos foram realizadas reuniões festivas.

Palestras e cursos do mês


Palestras e cursos são promovidos em parceria com o Crea-SC,
principalmente em instituições de ensino tecnológico, para esclare-
cer as ações desenvolvidas pelo Sistema Confea/Crea e Mútua, legis-
lação profissional, código de ética, as atribuições dos profissionais e
mostrar a importância da entidade de classe no sistema.

Esporte no CEAJ
O Campeonato de Futebol Suíço do CEAJ é disputado aos
sábados à tarde por muitas equipes de empresas e escolas da região,
entre engenheiros, arquitetos, professores, alunos e amigos convi-
dados. É o mais tradicional evento social para os associados.

59
Dia do Engenheiro
Em comemoração ao Dia do Engenheiro, 11 de dezembro, todo
final de cada ano é realizado o Jantar Baile da Engenharia e
Arquitetura, animado por conjunto musical, quando são entregues
títulos máximos do CEAJ a associados premiados.

Reuniões com associações


Na busca por maior integração comunitária, extrapolando os
limites de sua área profissional, são realizadas reuniões específicas
com importantes entidades de classe estabelecidas na região, para o
aprimoramento e atualização profissional.

Solenidade comemorativa aos 60 anos do CEAJ


A entidade comemorou em ‘grande estilo’ o seu sexagenário, em
28 de novembro de 2014, com requintado jantar e o tradicional baile
no salão nobre do Joinville Tênis Clube. O evento foi marcado com
homenagens aos engenheiros fundadores, Raul Schmidt e Mário
Eugênio Boehm, e ao ex-presidente do CEAJ, engenheiro Julio
Fialkoski, pela sua dedicação aos serviços prestados ao Sistema
Confea/Crea e à sua entidade de classe.

Engenheiros na entrega das homenagens:


Ascânio Pruner (representando Raul Schmidt), Julio Fialkoski,
Sérgio Ricardo Mendes Moraes (presidente) e Mário Eugênio Boehm

60
CEAJ – 60 anos desenvolvendo Joinville

Rua Dr. João Colin nos anos 40, então chamada de Duque de Caxias, à
espera de pavimentação

Rua Dr. João Colin 60 anos depois, pavimentada e desenvolvida por engenheiros
e arquitetos. Observar a torre da Igreja da Paz, à direita, nas duas imagens
61
Seis décadas do CEAJ
no Desenvolvimento Municipal
e na Liderança Estadual

2014
2004
1994
1984
1974
1964
Primeira Década

1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964

Praça Nereu Ramos, com as palmeiras sobressaindo aos telhados das construções

65
Diretoria provisória

A o ser fundado o CEJ, em 11 de dezembro de 1954, Joinville


vivia as transformações de um ininterrupto processo de
industrialização. A oferta de emprego era superior ao que a cidade
normalmente podia atender e começava um novo ciclo de migran-
tes, transfigurando a geografia da cidade e desfigurando de forma
definitiva o cotidiano de Joinville.
Como diz o historiador e jornalista Apolinário Ternes, em seu
livro Joinville, a construção da cidade, no início da década de 1950,
Joinville guardava ainda a fisionomia tímida dos tempos coloniais,
mantendo um cotidiano típico de cidade do interior. As ruas chega-
vam a 143, das quais, pavimentadas eram apenas 15. Duas avenidas,
Getúlio Vargas e Procópio Gomes, ambas em direção ao Sul, apon-
tavam os rumos da expansão urbana.
A rua Dr. João Colin, então chamada “Duque de Caxias”, se
estendia até o extremo Norte, à espera de pavimentação, o que seria
feito como cumprimento de “promessa política” pelo prefeito que
lhe daria o nome, antes de seu falecimento, em 1957.
O grupo dos 14 engenheiros joinvilenses, fundadores do CEJ,
sabia que mangas precisavam ser arregaçadas para unir a classe e
colaborar com os poderes públicos e entidades afins, no sentido da
solidariedade e da subordinação dos interesses econômicos e pro-
fissionais ao interesse social, conforme rezam os estatutos.
Na primeira eleição do Centro de Engenheiros de Joinville, em
11 de dezembro de 1954, para dar início ao desafio de desenvolver a
cidade, foi composta uma diretoria provisória formada pelos enge-
nheiros Fernando Perlingeiro Lovisi (presidente), Pedro Hugo
Petry (secretário), Eni Alves Neves (tesoureiro) e Renato Martins
Guedes Pinto (bibliotecário), que tratou de coordenar os primeiros
passos da Constituição.

66
Diretorias Primeira Década – 1955 a 1964

1955 – eleição em 25 de março de 1955


Eni Alves Neves – presidente
Raul Schmidt – vice-presidente
Lourival Torrens Malschitzky – 1º.secretário
Renato Martins Guedes Pinto – 2º.secretário
Ernani Alves Santa Rita – tesoureiro
Fernando Perlingeiro Lovisi – bibliotecário

1956 – eleição em 11 de dezembro de 1955


Fernando Perlingeiro Lovisi – presidente
Lourival Torrens Malschitzky – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – 1º.secretário
Pedro Hugo Petry – 2º.secretário
Eni Alves Neves – tesoureiro
Raul Schmidt – bibliotecário
Oskar Gerstner Filho – diretor social

1957 – eleição em 23 de novembro de 1956


Hary Nelson Schmidt – presidente
Leopoldo Ângelo Schmidt – vice-presidente
Pedro Hugo Petry – 1º.secretário
Renato Martins Guedes Pinto – 2º.secretário
Eni Alves Neves – tesoureiro
Oskar Gerstner Filho – bibliotecário
Mário Eugênio Boehm – diretor social

1958/59 – eleição em 10 de abril de 1958


Lourival Torrens Malschitzky – presidente
Cezar Amin Ghanem – vice-presidente
Otto Fritz Brosig – 1º.secretário
Pedro Hugo Petry – 2º.secretário
Renato Martins Guedes Pinto – tesoureiro
Jurgen Beatus Neermann – bibliotecário
Leopoldo Ângelo Schmidt – diretor social

67
1960 – eleição em 11 de dezembro de 1959
Otto Fritz Brosig – presidente
Lourival Torrens Malschitzky – vice-presidente
Gunther Wetzel – 1º.secretário
Pedro Hugo Petry – 2º.secretário
Hary Nelson Schmidt – tesoureiro
Oskar Gerstner Filho – bibliotecário
Mário Eugênio Boehm – diretor social

1961 – eleição em 11 de novembro de 1960


Kurt Meinert – presidente
Jurgen Beatus Neermann – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – 1º.secretário
Pedro Hugo Petry – 2º.secretário
Gerd Neermann – tesoureiro
Gunther Gosch – bibliotecário
Lourival Torrens Malschitzky – diretor social

1962/63 – eleição em 06 de agosto de 1962


Harro Stamm – presidente
Lourival Torrens Malschitzky – vice-presidente
Raul Schmidt – 1º.secretário
Henrique Horácio Jordan – 2º.secretário
Fernando Perlingeiro Lovisi – tesoureiro
Gunther Gosch – bibliotecário
Domingos Filomeno Neto – diretor social
José Joaquim – diretor cultural
Álvaro de Calazans Gayoso Neves – diretor relações

1963/64 – eleição em 22 de abril de 1963


João Batista Rodrigues da Motta Rezende – presidente
Ascânio Pruner – vice-presidente
Ênio Heinen – 1º.secretário
Henrique Horácio Jordan – 2º.secretário
Fernando Perlingeiro Lovisi – tesoureiro
Sérgio Ramos – diretor social
José João Joaquim – diretor cultural

68
Primeira Década – 1954 a 1964

Atividades do CEJ

Primeiras sedes

A sede inicial e provisória do CEJ ficava numa casa na Rua São


Paulo, 902. Ali eram realizadas importantes reuniões com
objetivos claros e definidos de manter intercâmbio com associações
congêneres do país e do exterior, como o Crea – Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – bem como o Confea –
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Em 17 de julho de 1960, a sede do CEJ passou para uma sala alu-
gada na Rua do Príncipe, 123 – sala 39 – 3º andar do Edifício Buschle
& Lepper.

1954 – Primeira sede


na Rua São Paulo, 902

1960 – Segunda sede,


Edifício Buschle & Lepper,
na Rua do Príncipe, 123

69
Crea-SC
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
de Santa Catarina iniciou suas atividades em Florianópolis, no dia
17 de março de 1958, quatro anos após a fundação do CEJ, que foi
uma das quatro principais entidades convidadas para formar o
grupo de Conselheiros do Crea-SC:
1. Associação Catarinense de Engenheiros
2. Centro de Engenheiros de Joinville
3. Associação Sul Catarinense de Engenheiros
4. Associação de Engenheiros do Vale do Itajaí
O presidente do CEJ – Lourival Torrens Malschitzky – foi um
dos 11 conselheiros do Crea-SC, com os colegas engenheiros
Haroldo Paranhos Pederneiras e Ayeso Campos.
Preocupados com a formação acadêmica da região, na época, os
engenheiros do CEJ participaram da transição dos profissionais de
formação prática para os profissionais legalmente habilitados, no
esforço da criação do Crea-SC, trazendo mais tarde para Joinville a
Inspetoria Regional, criada pela Portaria 01/1971 e instalada junto
com a sede do CEJ, na Rua Nove de Março, sala 315, do Edifício
Punta del Este/Rudenas.
Os primeiros passos do recém criado Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina foram de
trabalho intenso e exaustivo, onde os conselheiros estudavam e
emitiam pareceres sobre processos que lá tramitavam. É o que eles
fazem até os dias atuais.
O Crea-SC é uma instituição comprometida com a defesa da
profissão e da sociedade. Tem como objetivo a fiscalização de pro-
fissões ligadas à Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e
Meteorologia, buscando orientar e valorizar o exercício profissional
com cursos de atualização, para maior segurança e qualidade de
vida e da sociedade.

70
CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville – solicita registro no Confea –
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – por meio do Crea-SC

71
Registro do CEJ no Confea
O Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – foi
instituído em 1933, no governo de Getúlio Vargas, para coordenar os
Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia que exercem o papel
de primeira e segunda instância, verificando, orientando e fiscalizando
o exercício profissional com a missão de defender a sociedade da prá-
tica ilegal das atividades abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
No dia 17 de julho de 1958, por meio do processo nº 46/58, o
Crea solicitou o Registro de Aprovação do Centro de Engenheiros
de Joinville no Confea – Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia:
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
10ª REGIÃO

Processo nº 46/58
Autuado: Centro de Engenheiros de Joinville
Assunto: Registro de Associação
Relator: Conselheiro Engenheiro Civil Victor da Luz Pontes

RELATÓRIO

I – Requer o Centro de Engenheiros de Joinville, na


forma do art. 2º da Resolução nº 84 do Conselho Federal – de 4 de maio
de 1953, o seu registro ao Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura, instruindo o requerimento com os seguintes documentos:
exemplar do jornal A Notícia, de 20 de abril de 1955, que publicou os
Estatutos do Centro; exemplar dos Estatutos; relação dos sócios fun-
dadores, efetivos e correspondentes; e certidão de registro dos
Estatutos no Cartório de Títulos e Documentos da Comarca de Joinville.
II – Do exame procedido nos Estatutos e nos
documentos apresentados, verificou-se que o Centro de
Engenheiros de Joinville satisfaz as condições estabelecidas pela
Resolução nº 84 do Conselho Federal, reguladora do registro de
associações de engenheiros e arquitetos no Conselho Federal de
Engenharia e Arquitetura, pois vejamos:
a) O Centro é constituído em sua totalidade por profissionais
diplomados e registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia e
Arquitetura, cujas especializações estão entre as prescritas pela alí-
nea a) do art. 1º da Resolução nº 84.
b) O Centro de Engenheiros de Joinville é pessoa jurídica de

72
direito privado, com existência legal por ter seus Estatutos registra-
dos no Cartório de Títulos e Documentos da Comarca de Joinville –
certidão anexa, tendo, portanto, personalidade jurídica e satisfazen-
do alínea b) da Resolução nº 84.
c) A feição liberal, estabelecida pela alínea c) do art. 1º da
Resolução nº 84, é nítida em seus Estatutos, quer na estrutura, quer em
suas partes; todos os sócios tem os mesmos direitos, respeitadas
somente as categorias.
d) As finalidades do Centro, consubstanciadas no art. 1º dos
Estatutos, são todas, sem exceção, relacionadas com a engenharia e
seus profissionais, consoante o estabelecido pela alínea d) do art. 1º da
Resolução nº 84.
e) A associação requerente, por ter localização fora da sede deste
Conselho Regional, o art. 3º da Resolução nº 84 dispensa o disposto no
art. 10 da Resolução nº 48, que diz respeito à percentagem de profis-
sionais diplomados da cada especialidade.
III – O Centro de Engenheiros de Joinville, reunindo
em associação de classes os engenheiros desse próspero e industrial
Município do Estado de Santa Catarina, prestará, como vem prestando,
sua valiosa cooperação ao nosso Conselho Regional na missão que lhe
é outorgada pela legislação da profissão.

PARECER

Em conclusão do relatório, opinamos favoravel-


mente ao registro do Centro de Engenheiros de Joinville e, de acor-
do com o art. 2º da Resolução nº 84 do Conselho Federal, de 4 de
maio de 1953, seja enviado o processo de registro ao Egrégio
Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura para seu julgamento.

Florianópolis, 17 de julho de 1958.

Victor da Luz Fontes – Conselheiro Relator

73
Aprovação de registro do CEJ no Confea – Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia – por meio do Crea-SC

74
Carta de aprovação do Crea/Confea
No dia 11 de setembro de 1958, o engenheiro presidente Lourival
Torrens Malschitzky recebeu do Crea-SC a carta de aprovação,
registrando o CEJ no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
O Centro de Engenheiros de Joinville estava agora ligado ao
Confea, um Conselho Federal que zela pelos interesses sociais e
humanos de toda a sociedade, regulamentando e fiscalizando o
exercício profissional dos que atuam nas áreas que representa,
tendo como referência o respeito ao cidadão e à natureza.
O Confea é a instância máxima à qual um profissional pode
recorrer no que se refere ao regulamento do exercício profissional.

Plano Diretor Urbanístico e Código de Obras Municipais


Em 1961, o CEAJ participou de importantes reuniões sobre o
Plano Diretor Urbanístico e Código de Obras Municipais, com
estudos que levaram a abrigos para passageiros de coletivos urba-
nos; ajardinamento da Praça Hercílio Luz; ligação Norte-Sul; cons-
trução e traçado da estrada Dona Francisca; ligação perimetral
Leste; Avenida Procópio Gomes; ruas Sete de Setembro e Aubé.
Mesmo com a renúncia do presidente da república, Jânio Quadros
e a crise nacional que sucedeu a esse gesto, recomendando serenidade
de ânimos, o CEAJ trabalhou pela abertura do Canal do Linguado,
Ginásio Oficial e ampliação da Biblioteca Municipal Rolf Colin.

Ampliando a Biblioteca Pública de Joinville


A Biblioteca Pública de Joinville foi criada pelo decreto-lei nº
155, de 1945, na gestão do Prefeito Arnaldo Moreira Douat, com o
objetivo de incentivar os joinvilenses a se interessar pela leitura,
sem restrição de idade. No início dos anos 1950, a biblioteca funcio-
nava normalmente, em duas salas alugadas numa casa que pertencia
a Família Richlin.
Em 1953, na gestão do Prefeito Rolf Colin, um prédio começou
a ser construído na Praça Lauro Muller para abrigar a biblioteca,
onde havia um antigo coreto. Naquele local, nos primórdios da
Colônia Dona Francisca, os imigrantes ficavam instalados em bar-
racões de alojamento provisório, por algumas semanas.

75
Finalmente, em 1955, foi feita a transferência da biblioteca para
aquele local, onde o escultor Fritz Alt criou um significativo painel-
mural em mosaico na parte externa do prédio. Em 1961, o CEJ auxi-
liou a prefeitura e a comunidade com a ampliação necessária da
biblioteca que recebeu o nome de Biblioteca Pública Municipal Dr.
Rolf Colin.

Ajardinamento da Praça Hercílio Luz


Ao lado do Rio Cachoeira, no cais onde embarcações traziam e
levavam produtos, foi construído o Mercado de Joinville, em 1906.
Nas décadas de 1930 e 1940, com aumento da exploração
madeireira, têxtil e fabril, o antigo mercado passou a ser um ponto
ainda mais movimentado. Sua arquitetura original era do ciclo eco-
nômico da erva-mate, mostrando o crescimento da cidade.
Mas foi nos anos de 1956/57 que o Mercado Municipal passou
a exibir uma nova roupagem arquitetônica modernista da Joinville
pós-guerra, disposta a avançar no seu processo de industrialização
e a mudar seu antigo estilo. O prédio foi reconstruído, retirando os
arcos da parte superior e alterando a arquitetura inicial.
Em 1961, cumprindo seu papel de auxiliar a comunidade, demais
associações e a própria prefeitura, o CEJ contribuiu com o ajardina-
mento da Praça Hercílio Luz, que passou a fazer parte da área exter-
na do mercado.
Na gestão do Prefeito Luiz Henrique da Silveira, em 1982, o novo
mercado foi inaugurado, ganhando o nome de Mercado Público
Municipal Germano Kurt Freissler, em homenagem ao ex-conselhei-
ro internacional do Lions Clube.

76
Semana do Engenheiro

C omemorando o Dia do Engenheiro, instituído pelo Decreto


de Lei nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula-
menta e oficializa as profissões de Engenheiros, Arquitetos e
Agrimensores do Brasil, o CEJ promoveu a “Semana do Engenheiro”,
nos dias 5 a 11 de dezembro de 1961. Na oportunidade foram convi-
dados profissionais liberais e entidades para visitas, realização de
conferências, exibição de documentários científicos e um almoço de
congraçamento, realizado no dia 9 de dezembro.
E o Dia do Engenheiro passou a ser comemorado todos os anos,
com o Jantar Baile de Engenharia e Arquitetura.

Utilidade Pública Estadual


No dia 18 de setembro de 1962, pela Lei nº 3.101, o CEJ – Centro
de Engenheiros de Joinville, agremiação sem fins lucrativos e filiada
ao Sistema Confea/Crea, foi declarado como entidade de Utilidade
Pública por Celso Ramos – Governador do Estado de Santa Catarina.

77
Conselheiros CEJ/Crea-SC na Primeira Década
1958/60 Ayeso Campos – Arquiteto
Lourival Torrens Malschitzky – Eng. Civil
Haroldo Paranhos Pederneiras – Eng. Civil
1961/62 Hary Nelson Schmidt – Eng. Civil
1961/63 Lourival Torrens Malschitzky – Eng. Civil

Pavimentações importantes em Joinville


No ano de 1962, Hans Dieter Schmidt – presidente da Fundição
Tupy – enviou ofício solicitando o empenho do CEJ junto à
Prefeitura Municipal de Joinville, referente à pavimentação das ruas
do centro ao bairro Boa Vista. Estudos foram feitos pelo associado
Eng. Álvaro de Calazans Gayoso Neves, especialista em pavimenta-
ção asfáltica, observando as condições técnicas, alcance social e
resultado econômico.
Naquele mesmo ano, o Centro de Engenheiros de Joinville par-
ticipou da campanha de pavimentação da estrada de acesso ao
Aeroporto Cubatão e arborização de diversas ruas da cidade.
E ao participar do concurso de projetos da estação rodoviária,
o CEJ contou com ajuda do escultor Fritz Alt, colocando-se à dis-
posição para apresentar sugestões.

Final da Primeira Década


Ao comemorar o décimo ano de atividades, no dia 11 de dezem-
bro de 1964, o Centro de Engenheiros de Joinville contou com a pales-
tra do Ministro de Viação e Obras Públicas – Marechal Juarez Távora.
O associado Eng. Álvaro de Calazans Gayoso Neves foi ao Rio de
Janeiro para entregar pessoalmente o convite ao ministro, que parti-
cipou da tradicional comemoração do CEJ no Dia do Engenheiro.

78
Segunda Década

1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974

Praça Nereu Ramos, com o prédio dos Correios e o Palacete Schlemm ao fundo
Diretorias Segunda Década – 1964 a 1974

1964/65 – eleição em 05 de agosto de 1964


Kurt Meinert – presidente
Lourival Torrens Malschitzky – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – 1º.secretário
Ascânio Pruner – 2º.secretário
Jurgen Beatus Neermann – tesoureiro

1966/67 – eleição em 25 de abril de 1966


Lourival Torrens Malschitzky – presidente
Manoel Philippi – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – 1º.secretário
Carlos da Costa Pereira Filho – 2º.secretário
Jurgen Beatus Neermann – tesoureiro

1967/68 – eleição em 14 de agosto de 1967


Gert Roland Fischer – presidente
Lourival Torrens Malschitzky – vice-presidente
Ingo Doubrawa – 1º.secretário
Dagoberto Koehntopp – 2º.secretário
Jurgen Beatus Neermann – tesoureiro

1969 – eleição em 05 de novembro de 1968


Carlos da Costa Pereira Filho – presidente
Gert Roland Fischer – vice-presidente
Gilberto Antonio Mello – 1º.secretário
Harro Stamm – 2º.secretário
Hary Nelson Schmidt – tesoureiro

81
1969/70 – eleição em 18 de setembro de 1969
Ascânio Pruner – presidente
Gilberto Antonio Mello – vice-presidente
Luis Alberto Sampaio – 1º.secretário
Luis Carlos Kummer – 2º.secretário
Rubens Pallú – tesoureiro

1970/71 – eleição em 18 de agosto de 1970


Luiz Henrique Burmester – presidente
Luiz Carlos Kummer – vice-presidente
Newton Braga – 1º.secretário
Nagib Daher – 2º.secretário
Ascânio Pruner – tesoureiro

1972/73 – eleição em 21 de agosto de 1972


Arno Gerd Jark – presidente
Ascânio Pruner – vice-presidente
Rodnei José Fenilli – 1º.secretário
Gunther Hermann Wetzel – 2º.secretário
Luiz Henrique Burmester – tesoureiro

1973/74 – eleição em 13 de agosto de 1973


Arno Gerd Jark – presidente
Gunther Hermann Wetzel – vice-presidente
Marcos Rodolfo Schoene – 1º.secretário
Moacir Dunker – 2º.secretário
Ordival Rosa – tesoureiro
Roberto George Keller – diretor de sede
Rodnei José Fenilli – diretor de esportes

82
Segunda Década – 1964 a 1974

Atividades do CEJ

Faculdade de Engenharia de Joinville – atualmente


CCT – Centro de Ciências Tecnológicas da Udesc

N o dia 18 de março de 1965, o Centro de Engenheiros de


Joinville recebe um telegrama de Lauro Locks – Secretário
da Educação de Santa Catarina – comunicando que a Faculdade de
Engenharia de Joinville (FEJ) estava pronta para ser instalada.
Em face da determinante participação do CEJ na criação da
faculdade, o Eng. Harro Stamm foi indicado para a função de dire-
tor da FEJ, considerado “nome de relevo no seio da engenharia cata-
rinense, mercê de sua brilhante inteligência e objetividade de
ações”, e como vice-diretor o Eng. Adil Calomeno.
O primeiro vestibular foi realizado em julho de 1965, com ape-
nas nove candidatos. Mas, foi somente em 1º de agosto que a insti-
tuição iniciou suas atividades com o curso de Engenharia em
Operação, modalidade Mecânica de Máquinas e Motores.
A Faculdade de Engenharia de Joinville funcionou em sede pró-
pria na Rua Otto Boehm, 48, onde atualmente está situada a Rádio
Udesc FM e a Fundação Softville, prédio de quatro blocos adquiri-
do pelo Governo do Estado de Santa Catarina.
No pavimento térreo do bloco A, toda a administração, labora-
tórios de Física, Química, Eletrotécnica e salas para projeção; no
segundo pavimento, seis salas de aulas e biblioteca; no terceiro
pavimento, ampla sala para desenho.
No bloco B, sede do Diretório Acadêmico, sala de impressão e
depósito. No bloco C, sala de geradores, oficina, sala de Tecnologia
e carpintaria. No bloco D, cantina, cozinha e instalações anexas.

83
A FEJ possuía um convênio com a Escola Técnica Tupy, manti-
da pela Fundição Tupy, para aulas práticas de ensaios de materiais
e máquinas elétricas. E com o Senai, onde os alunos podiam utilizar
as instalações no setor de usinagem e montagem de elementos de
máquinas.
Depois de cumprir satisfatoriamente a sua missão pelo espaço
de quatro anos, formando seis turmas de engenheiros, a FEJ logrou
a aprovação definitiva do Presidente da República, pelo Decreto
Federal 68.510, de 15 de abril de 1971. Os diretores que tiveram em
suas mãos a responsabilidade da escola foram os Engenheiros Harro
Stamm, Adil Calomeno e Domingos Filomeno Neto, e o professor
Mário de Moraes.

Homenagem à Professora Anna Maria Harger


Mulher de personalidade extremamente forte em Joinville,
Anna Maria Harger foi professora da Escola Alemã – Deutsche
Schule – até o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Depois,
diretora do Colégio Bom Jesus, até 1965, quando a Comunidade
Evangélica concluiu que precisava voltar a assumir o colégio.
Na ocasião, coube ao Eng. Raul Schmidt, um dos fundadores do
CEJ, então presidente da Comunidade Luterana de Joinville, iniciar
a negociação para devolução do prédio.
Ex-aluno de dona Anna, tanto na Deutsche Schule quanto no
Bom Jesus, Raul Schmidt sempre admirou aquela mulher enérgica em
suas palavras, olhar severo, mas de coração bondoso e que, aos 75 anos
de idade, compreendeu ter chegado o momento de descansar.
Praticamente todos os dirigentes de Joinville passaram pelas
mãos de dona Anna, cuja nobre missão foi prestar relevantes servi-
ços à comunidade. E a meritória homenagem do CEJ à Professora
Anna Maria Harger foi no Jantar Festivo do Dia do Engenheiro, em
11 de dezembro de 1965.

84
Nova sede do CEJ
No final de 1965, o CEJ buscava a mudança da sede e a sugestão
era a sala 26 (4x4m) na Liga de Sociedades.
Mas logo em seguida, em abril de 1966, o Centro de
Engenheiros de Joinville passou a ter sede própria nas salas 315/316
do Edifício Punta del Leste – Rua Nove de Março, 337.
Os engenheiros estavam agora no centro da cidade que aju-
davam a desenvolver. No mês seguinte, houve alteração do nome do
condomínio, de Punta del Leste para Edifício Rudenas.

1966, Terceira sede Edifício


Punta del Este / Rudenas
na Rua 9 de Março, 337

Plano Nacional de Habitação em Joinville


BNH – Banco Nacional de Habitação – foi criado pelo regime
militar, em 1964, como o único órgão, na época, responsável por uma
política nacional de habitação. O investimento em saneamento, ele-
tricidade, pavimentação e estradas faziam parte de sua história.
O CEJ acompanhava, com interesse, as operações daquele
órgão, levando o Eng. Harro Stamm a entregar um ofício ao presi-
dente do BNH, em março de 1969, convidando-o para realizar uma
conferência com os engenheiros, sobre o Plano Nacional de
Habitação em Joinville.
O Banco Nacional de Habitação foi responsável por muitas uni-
dades habitacionais construídas no país até 1986, quando foi extinto.

85
CEJ sugere curso Administração de Empresas
A Fundação Joinvilense de Ensino – Fundaje – criada em 1967,
foi reconhecida como instituição de utilidade pública por intermé-
dio da Lei Municipal nº1070/1970.
Engenheiros vinham acompanhando o desenvolvimento
daquela instituição de ensino, que podia ajudar o CEJ em suas obras
com as empresas que vinha atendendo. Para tanto, no mês de maio
de 1971, foi sugerida no CEJ a ideia de se consultar a Fundaje para a
criação do curso de Administração de Empresas em dois anos, com
extensão de pós-graduação.
Foi, também, discutida a criação de Universidade em Joinville
com o mediador Eng. Harro Stamm.
Naquele ano de 1971, foi alterada a denominação Fundaje para
Func – Fundação Universitária do Norte Catarinense. No ano
seguinte, o CEJ indicava o Eng. Mário Rücker para o Conselho
Curador da Func.
Seis anos depois, em 1977, a fundação passou a ser Furj –
Fundação Educacional da Região de Joinville. Era o caminho aberto
para a Univille.
Em 1990, protocolada no Conselho Federal de Educação, a fun-
dação passou a ser Univille – Universidade da Região Joinville – que
completou 50 anos em 2015.

Comissão Permanente de Revisão e Atualização do


Plano Básico Urbanístico de Joinville
Em 1965, a Sociedade Serete de Estudos e Projetos, em colabo-
ração com Jorge Wilheim Arquitetos Associados, foram contrata-
das pela Prefeitura Municipal de Joinville para desenvolver o Plano
Básico Urbanístico de Joinville, com objetivo de definir a situação e
tendências prováveis do desenvolvimento econômico e social urba-
nístico da cidade, visando a elaboração do Plano Diretor a ser reali-
zado posteriormente.
Antecedendo a elaboração do plano contratado junto à empresa
Serete de São Paulo, especializada em planos urbanísticos, foi cons-
tituída a primeira comissão formada por cinco engenheiros do CEJ,
João Batista da Motta Rezende, Henrique Horácio Jordan, Pedro
Hugo Petry, Fernando Perlingeiro Lovisi e Gunther Wetzel.

86
Em 1968, o Arq. Dagoberto Koehntopp, associado ao CEJ, foi
contratado pelo Prefeito Nilson Bender para estruturar a Assessoria
e Planejamento Urbanístico e o Plano Diretor da cidade.
Transformado na Lei nº 1262, com objetivo de ordenar o cresci-
mento e distribuição demográfica da cidade, e regulamentando
Plano Básico de Urbanismo, o Plano Diretor disciplinou a linearida-
de de expansão, adensamento da ocupação do solo e um eixo viário
estrutural norte-sul, com a implantação do Distrito Industrial na
Zona Norte e o espaço para a Fundição Tupy na Zona Sul.
Com o objetivo de continuar acompanhando o desenvolvimen-
to daquele importante projeto, para ajudar o trabalho dos engenhei-
ros, em 1970 o CEJ constituiu uma Comissão Permanente de Revisão
e Atualização do Plano Urbanístico de Joinville. Participaram como
efetivos, os engenheiros Henrique H. Jordan, Mário Rücker e Hary
Nelson Schmidt. E como suplentes, os engenheiros Dieter Ivo
Pinnow, Raul Meinert e Ascânio Pruner.

Conselheiros CEJ/Crea-SC na Segunda Década


1967 Pedro Hugo Petry – Eng. Civil
1969 Marcos Rossalez – Eng. Civil (titular)
Rubens Szpoganicz – Eng. Ind. Mec. (suplente)
1971 Luiz Henrique Burmester – Eng. Mec. (titular)
Dagoberto Koehntopp – Arquiteto (suplente)
1972 Ilmar José Pereira Borges – Eng. Civil (titular)
Hary Nelson Schmidt – Eng. Civil (suplente)
1974 Arno Gerd Jark – Eng. Químico (suplente)
Luiz Roberto Nunes Glavam – Eng. Eletr. (suplente)
Raul Meinert – Eng. Civil (suplente)

87
Presença do Governador no Dia do Engenheiro
Em 1970, o Engenheiro Civil Colombo Machado Salles foi elei-
to Governador de Santa Catarina para a gestão 15 de março de 1971
a 15 de março de 1975.
No jantar festivo do Centro de Engenheiros de Joinville, come-
morando o Dia do Engenheiro, na Sociedade Harmonia Lyra, em 10
de dezembro de 1971, o CEJ contou com a honrosa presença do
governador recém eleito.
Um momento de confraternização entre associados, familiares
e convidados, com a entrega de títulos máximos e homenagem ao
ilustre convidado.
Duas décadas depois, em 1995, por seus serviços prestados,
Colombo Machado Salles recebeu a “Medalha de Mérito” do
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea/Crea.

Final da Segunda Década


Em dezembro de 1974, os engenheiros comemoram o vigésimo
aniversário do Centro de Engenheiros de Joinville com muitas obras
realizadas e lembrando com orgulho seus 20 anos de contribuições
para o desenvolvimento da cidade:
– Participação na diretoria do FEJ – Faculdade de Engenharia
de Joinville;
– Membros no Conselho Municipal de Engenharia Sanitária;
– Engenheiros representantes do CEJ no Crea-SC;
– Revisão e atualização do Plano Básico Urbanístico de
Joinville;
– Participação no Plano Diretor do Sistema de Transporte
Urbano;
– Comissão julgadora dos projetos para o Parque Turístico de
Santa Catarina.
E a comemoração terminou com o festivo e tradicional jantar
dançante de final de ano – Dia do Engenheiro.

88
Terceira Década

1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984

Panorama da cidade de Joinville, com manguezais em primeiro plano


Diretorias Terceira Década – 1974 a 1984

1974/75 – eleição em 26 de agosto de 1974


Arno Gerd Jark – presidente
Mário Francisco Rücker – vice-presidente
Luis Vieira Júnior – 1º.secretário
Sérgio Zimath – 2º.secretário
Ordival Rosa – tesoureiro

1975/76 – eleição em 18 de agosto de 1975


Arno Gerd Jark – presidente
Mário Francisco Rücker – vice-presidente
Francisco J. G. da Silva – 1º.secretário
Álvaro Dippold Júnior – 2º.secretário
Rodolfo Z. F. Meyer – tesoureiro

1976/77 – eleição em 30 de agosto de 1976


Mário Francisco Rücker – presidente
Nogert Wiest – vice-presidente
Kurt Morriesen Júnior – 1º.secretário
Sérgio Zimath – 2º.secretário
Ivens Freitag – tesoureiro

1977/78 – eleição em 17 de agosto de 1977


Mário Francisco Rücker – presidente
Nogert Wiest – vice-presidente
Kurt Morriesen Junior – 1º.secretário
Roberto Cabral Arachesky – 2º.secretário
Ivens Freitag – tesoureiro

90
1978/79 – eleição em 28 de agosto de 1978
Antônio Alberto Cortez – presidente
Nogert Wiest – vice-presidente
Henrique Chiste Neto – 1º.secretário
Flávio Piazera – 2º.secretário
Hélcio Levi Vilela Veiga – tesoureiro

1979/80 – eleição em 28 de agosto de 1979


Henrique Chiste Neto – presidente
Flávio Piazera – vice-presidente
Gilberto Emílio Martins – 1º.secretário
Hélcio Levi Vilela Veiga – 2º.secretário
Paulo Fernando Santos Lima – tesoureiro

1980/81 – eleição em 16 de setembro de 1980


Henrique Chiste Neto – presidente
Flávio Piazera – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – vice-presidente – assuntos técnicos
Wilson Silva Júnior – vice-presidente – divulgação
Carlos Jansen Neto – vice-presidente – esportes
João Paulo Schmalz – vice-presidente – cultural
Ilmar José Pereira Borges – vice-presidente – assuntos gerais
Luiz Carlos Ferraro – secretário geral
Rubens Leonardo Neermann – 1º secretário
Paulo Fernando Santos Lima – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Mário Francisco Rücker, Antônio Alberto Cortez,
Ivens Freitag, Gert Roland Fischer,
Nogert Wiest, Luiz Henrique Burmester
Conselho Fiscal
Hélcio Levi Vilela Veiga, Sulimar André de Carvalho.

91
1982/83 – eleição em 01 de dezembro de 1981
Nogert Wiest – presidente
Paulo Fernando Santos Lima – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – vice-presidente – assuntos técnicos
Clóvis Dobner – vice-presidente – divulgação
Luiz Carlos Ferraro – vice-presidente – esportes
João Paulo Schmalz – vice-presidente – cultural
José Antonio Vieira – vice-presidente – assuntos sociais
Rubens Leonardo Neermann – secretário geral
Mário Cesar Leal – 1º.secretário
Mário Gern – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Antonio Alberto Cortez, Henrique Chiste Neto,
Mário Francisco Rücker , Marco Otávio Bley do Nascimento
Gert Roland Fischer, Anagê Alves da Silva
Conselho Fiscal
Dieter Neermann, Luiz Henrique Burmester, Flávio Piazera

1984/85 – eleição em 08 de novembro de 1983


Luiz Carlos Ferraro – presidente
Mário Cesar Leal – vice-presidente
Marco A. S. Bittencourt – vice-presidente – assuntos técnicos
Walter Sidney Caobiano – vice-presidente – divulgação
José Luciano Silva dos Anjos – vice-presidente – esportes
Márcio Rubens Baumer – vice-presidente – cultural
Roberto Genu Carepa – vice-presidente – assuntos sociais
Rubens Leonardo Neermann – secretário geral
Didmar Radloff – 1º.secretário
Paulo César Ferreira – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Mário Francisco Rücker, Ascânio Pruner, Udomar Lueders,
Marco Otávio Bley do Nascimento, Nogert Wiest,
Henrique Chiste Neto
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, Anselmo Fábio de Moraes,
Kurt Morriesen Júnior.

92
Terceira Década – 1975 a 1984

Atividades do CEAJ

Grupos de Trabalho e Comissões

O ano de 1975 foi de grandes mudanças em Joinville, com a


instalação do “campus universitário”, na zona norte da
cidade, e a criação do Distrito Industrial em área de 15 milhões de
metros quadrados. No centro, era inaugurada a importante Avenida
Juscelino Kubitscheck para facilitar o trânsito e dar novo sentido à
cidade que não parava de crescer.
Engenheiros do CEJ acompanhavam e contribuíam formando
Grupos de Trabalho, necessários para ajudar no desenvolvimento:
– Engenharia – Eng. Dieter Ivo Pinnow
– Segurança – Eng. Eduardo Miers
– Cultura – Eng. Nagib Daher
– Ação Comunitária – Eng. Ascânio Pruner
Em 1979, a administração de Luiz Henrique da Silveira como
prefeito, voltada não só ao centro da cidade, mas também à perife-
ria, aos bairros e à mobilização popular, levou o CEJ a fazer sua
parte no desenvolvimento de Joinville com as seguintes Comissões:
– Orientação Profissional Civil: Eng. Hary Nelson Schmidt
– Industrial: Eng. Luiz Henrique Burmester
– Segurança: Eng. Eduardo Miers e Eng. João Silva de Oliveira Neto
– Social: Eng. Celso Luiz Pereira
– Esportes: Eng. Adalberto Ferraz de Campos, Eng. José Marcos
de Oliveira e Eng. Sérgio Elias Farhat
– Cultural: Eng. José Thales Puccini e Eng. Drausio Luiz de
Camargo.

93
Nova sede do CEJ
Em 1976, após dez anos no Edifício Rudenas, o CEJ deixou a
sede na Rua Nove de Março por falta de espaço físico para tantos
engenheiros e profissionais do CEJ e do Crea-SC, sempre juntos. A
transferência para um local maior, na Rua Visconde de Taunay,
resolveu não só o problema de espaço para as duas entidades como,
também, a dificuldade de estacionamento.

1976 – Quarta sede Rua


Visconde de Taunay, 614

Comissão de Urbanismo
Em 1979, uma das importantes participações do CEJ foi com a
Secretaria de Planejamento e Coordenação da Prefeitura Municipal
de Joinville, na Comissão de Urbanismo da cidade, da qual faziam
parte os engenheiros Nogert Wiest e Ascânio Pruner, bem como os
arquitetos Antonio Alberto Cortez e Gilberto Martin.
A Comissão de Urbanismo foi criada para fazer a revisão do
antigo Plano Diretor, porque muitos pontos estavam ultrapassados.
A equipe de engenheiros do CEJ mantinha contato com Dílson
Brüske, Secretário de Urbanismo da Prefeitura, buscando correções
de muitos aspectos técnicos, como os necessários recuos nas obras de
engenharia e os tipos de arquitetura para desenvolvimento da cidade.

94
Preservação e equilíbrio do Meio Ambiente
No desenvolvimento e natural crescimento de uma cidade a
preservação e equilíbrio do meio ambiente deve fazer parte do plano
contínuo de construções, reservando e mantendo espaços ecológi-
cos para a boa relação entre o homem e a natureza.
Nos anos 1970, surgiram empresas como Comfloresta – Cia.
Catarinense de Empreendimentos Florestais – fundada em 1971; bem
como a Fatma – Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina –
fundada em 1975; e a Embrasca Consultoria Ambiental, todas já vol-
tadas para a necessária preservação e equilíbrio do meio ambiente.
Os engenheiros do CEJ procuravam seguir os princípios da
ecologia, embora mais preocupados com seus projetos e obras. Por
sua vez, o engenheiro agrônomo Gert Roland Fischer, presidente do
CEJ nos anos 1967/1968, estava sempre envolvido na educação
ambiental e mantendo um clima rígido e não fácil de acompanhar
pelos colegas da entidade, mais atentos ao crescimento da cidade.
Com uma formação de 400 sócios, entre empresários e apoio da
ACIJ – Associação de Comércio e Indústria de Joinville – no dia 15
de março de 1977 surgiu a Aprema-SC – Associação de Preservação
e Equilíbrio do Meio Ambiente de Santa Catarina – uma ONG espe-
cializada em qualidade de vida e sustentabilidade, atuando junto ao
Ministério Público.
Sendo um dos fundadores, Gert Fischer convidou o CEJ a par-
ticipar indicando membros da diretoria da Aprema: Eng. Nogert
Wiest, no Conselho Diretor; e Eng. Herbert Schwarz na vice-presi-
dência, afirmando:
Motivo principal para esta participação é que não se verifique a
omissão da classe em assunto tão delicado para a segurança do
município.
Na época, o presidente Eng. Mário Francisco Rücker indicou
Gert Fischer como representante do CEJ na Aprema, passando a
obter todas as necessárias informações de meio ambiente para as
atividades dos engenheiros.

95
Nova fase e alteração dos Estatutos
Com um grupo cada vez maior de engenheiros e também de
arquitetos, mudança da sede, lançamento de campeonato de futebol
e até a criação de Departamento Feminino para associação das
esposas de engenheiros e arquitetos, com objetivo de melhor agru-
par os colegas ausentes, o CEJ atingia uma nova fase na passagem de
1979 para 1980.
Na época, o presidente do CEJ era o Eng. Henrique Chiste Neto,
que contava com o Eng. Nogert Wiest como relator para uma altera-
ção dos estatutos, pois a sigla CEJ – Centro de Engenheiros de
Joinville – vinha sendo confundida com a sigla CEJ – Comunidade
Evangélica Luterana de Joinville.
Já com tantos arquitetos na cidade, a nova sigla devia ser CEAJ –
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville – o que aconteceu a
partir de 1980. E o engenheiro Henrique Chiste Neto foi o último pre-
sidente do CEJ (1979/80) e primeiro presidente do CEAJ (1980/81).
Uma nova fase dinâmica que levou, também, à nomeação de
diversos vice-presidentes em cada nova eleição para melhor atender
as áreas de assuntos técnicos, divulgação, esportes, cultural e assun-
tos gerais.
E finalmente foi criado o Conselho Deliberativo, para que os
presidentes anteriores entrassem na estrutura como um elo de liga-
ção da diretoria existente com as anteriores.
Para completar a alteração dos estatutos, a diretoria passou a
contar com Conselho Fiscal e Calendário Eleitoral.

96
CEJ passa a se chamar CEAJ
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville

E m 1980, com a inclusão dos arquitetos e alteração dos esta-


tutos, o CEJ passou a se chamar CEAJ – Centro de
Engenheiros e Arquitetos de Joinville. Uma entidade sem fins lucra-
tivos, filiada ao Sistema Confea/Crea.
Um grupo de engenheiros e arquitetos voluntários, dispostos a
se dedicar de corpo e alma pelo desenvolvimento de Joinville,
seguindo a vocação, visão, missão e objetivo do CEAJ:
Vocação – Representar e valorizar os profissionais nos conse-
lhos federais e regionais e junto às prefeituras, instituições de ensi-
no tecnológico e comunidade.
Visão – Ser referência para os profissionais pela sua represen-
tatividade e valorização, reconhecida nos conselhos federais e regio-
nais e junto às prefeituras, instituições de ensino tecnológico e
comunidade.
Missão – Representar e valorizar os profissionais de Joinville e
região nos conselhos federais e regionais e junto às prefeituras, ins-
tituições de ensino tecnológico e comunidade, promovendo a pro-
fissão, o seu exercício e o aprimoramento educacional, além de bus-
car assegurar seus direitos e interesses.
Objetivo – O desenvolvimento de atividades sociais, esporti-
vas, culturais e de lazer em geral, através de práticas que estimulam
a união e valorização dos profissionais de Engenharia, Arquitetura,
Agronomia, Geologia, Meteorologia, Geografia, Metalurgia e
demais categorias dos seus associados, tecnólogos e estudantes,
bem como sua interação na sociedade.

97
Trabalho técnico-fotográfico para o Crea-SC
Observando os problemas que algumas obras, em Joinville e
arredores, podiam causar ao meio ambiente, o CEAJ propôs enca-
minhar ao Crea-SC um trabalho técnico-fotográfico dos principais
problemas relacionados com a Agronomia, como vazão e estrangu-
lamento dos rios, destruição da cobertura florestal, destruição de
manguezais, monitoramento de recursos naturais, preservação dos
mananciais de água potável, arborização de ruas, praças e jardins.
Os engenheiros, arquitetos e técnicos do CEAJ já sabiam quão
importante em suas obras era manter a preservação e equilíbrio do
meio ambiente para um natural crescimento da cidade.
Para melhor compreensão de tal necessidade, em fevereiro de
1981, coube ao engenheiro Gert Roland Fischer, do CEAJ, apresen-
tar o seu trabalho técnico-fotográfico ao Crea-SC para intervenção
junto a Prefeitura Municipal de Joinville.

Diretores CEAJ/Crea-SC na Terceira Década


1978/79 Dieter Ivo Pinnow – Eng. Civil (2º.vice-presidente)
1979/80 Mário Francisco Rücker – Eng. Mec. (2º.vice-presi-
dente)
1980/81 Harro Stamm – Eng. Mecânico (2º.secretário)
1981/82 Harro Stamm – Eng. Mecânico (3º.secretário)

98
Conselheiros CEAJ/Crea-SC na Terceira Década

1974/77 Arno Gerd Jark – Eng. Químico (titular)


Mário Francisco Rücker – Eng. Mecânico (suplente)
1975 Rui Artmann – Eng. Eletricista (titular)
Luiz Roberto Nunes Glavam – Eng. Eletr. (suplente)
1975/78 Raul Meinert – Eng. Civil (titular)
Hary Nelson Schmidt – Eng. Civil (suplente)
1976/79 Rui Artmann – Eng. Eletricista (titular)
Luiz Roberto Nunes Glavam – Eng. Eletr. (suplente)
1977/80 Arno Gerd Jark – Eng. Químico (titular)
Mário Francisco Rücker – Eng. Mecânico (suplente)
1981 Rolf Norberto Lepper – Eng. Mecânico (suplente)
1979/82 Márcio Rubens Baumer – Eng. Eletr. (titular)
Harro Stamm – Eng. Eletricista (suplente)
1980/83 Henrique Chiste Neto – Eng. Civil (titular)
Paulo Fernandes Santos Lima – Eng. Civil (suplente)

Campeonato de Futebol Suíço no CEAJ e Sede Campestre

Engenheiros, arquitetos, professores e alunos de engenharia e


amigos convidados costumavam se reunir nos finais de semana em
vários campos da cidade, onde fosse possível praticar o futebol. No
ano de 1982, na gestão do Eng. Nogert Wiest e do vice-presidente
de esportes Eng. Luiz Carlos Ferraro, deu-se início ao mais tradi-
cional evento social para o associado do CEAJ, no campo de areia da
S.E.R.Tigre: Campeonato de Futebol Suíço.
Entre os meses de abril e novembro, aos sábados à tarde, mais
de 100 profissionais se reunem para jogar, além da presença de seus
familiares e amigos, o que fazem até hoje. Característica marcante
tem sido a rivalidade entre as equipes, disputa vigorosa dentro de
campo e muita confraternização após as partidas.
Muitas equipes eram formadas por engenheiros que se uniam
pelo futebol e representavam as entidades onde trabalhavam como
Consul, Tupy, Tigre, Nobre, Franke-Douat, Proelt, Ambientec,
Nielson, Kolbach, Manchester, Prefeitura, Udesc, entre outras.

99
Além de engenheiros, outras equipes eram formadas pela união
de colegas de várias empresas e atividades relacionadas à engenha-
ria, como Canabraba, Zebra, Serrinha, Dose Dupla, Engenheirandos
e tantas outras... Canabraba, por exemplo, teve sua origem pela
união de alunos formandos dos anos de 1984/85 e que continuam se
reunindo até hoje.
Para a sua organização, o campeonato sempre contou com a
dedicação dos diretores de esportes, passando por vários campos de
futebol da cidade, até chegar definitivamente na própria casa, a
Sede Campestre, instalada em terreno disponibilizado em regime
de comodato pela Prefeitura Municipal de Joinville, através do
Termo de Permissão de Uso, datado em 27 de novembro de 1984, no
governo do Prefeito Wittich Freitag e renovado pelo Prefeito Marco
Tebaldi, em 2004.
Os times dispunham de todo o conforto que os associados mere-
cem, com dois excelentes campos de grama, uma sede social com-
pleta, dois vestiários equipados e a confraternização depois dos
jogos. A Sede Campestre foi, no entanto, desativada em 2013 para a
expansão do Aeroporto de Joinville.
Os campeonatos sempre foram disputados prevalecendo o
espírito e a filosofia adotados pelo CEAJ: coleguismo, respeito ao
próximo e união da classe dos engenheiros e arquitetos. Sob essa
bandeira sempre ocorreu grande motivação entre os associados
para a participação nas competições do Futebol Suíço CEAJ.

100
Criação da Bolsa de Emprego
A crise financeira do país, em 1982, com o aumento do déficit
público e crescimento da dívida externa ocasionada pela elevação
das taxas internacionais de juros, levou muitos profissionais ao
desemprego no Brasil.
Preocupação que fez o CEAJ criar no ano seguinte, em abril de
1983, a Bolsa de Emprego em parceria com a Acij (Associação
Empresarial de Joinville) e com a Prefeitura Municipal.
Na época, o prefeito Wittich Freitag compreendeu o sentido da
Bolsa e o convênio com as empresas de Joinville, prontificando-se
imediatamente a atender o CEAJ com 32 vagas para engenheiros e
arquitetos, mas também vagas para outros profissionais de empre-
sas como Tupy, Consul, Tigre, Docol.
O mercado começou a melhorar e muitos procuravam a Bolsa
de Emprego, que atuou ainda um ano e meio para atender toda a
demanda.

Final da Terceira Década


Dezembro de 1984... Agora, eram engenheiros e arquitetos a
comemorar o trigésimo aniversário do CEAJ – Centro de
Engenheiros e Arquitetos de Joinville – satisfeitos com uma década
de importantes realizações para o bom desenvolvimento da cidade.
Comissões e grupos de trabalhos, sempre preocupados com
urbanismo, segurança, meio ambiente, cultura e patrimônio histórico
de Joinville, comemorando festivamente o tradicional jantar dançan-
te de final de ano, no Dia do Engenheiro. Foram belos momentos de
confraternização, com as homenagens ao “Profissional do Ano”, ao
“Amigo do Engenheiro” e premiações do Torneio de Futebol Suíço.

101
Quarta Década

1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994

Vista aérea de Joinville, com bairro América em primeiro plano e Centro ao fundo
Diretorias Quarta Década – 1986 a 1994

1986/87 – eleição em 12 de novembro de 1985


Luiz Carlos Ferraro – presidente
Henrique Chiste Neto – vice-presidente
Marco Antônio S.Bittencourt – vice-pres. – assuntos técnicos
Walter Sidney Caobiano – vice-presidente – divulgação
Alexandre Tireck – vice-presidente – esportes
Ailton Barbosa – vice-presidente – cultural
Márcio Francisco Loureiro Gaiger – secretário geral
Didmar Radloff – 1º.secretário
Paulo César Ferreira – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Nogert Wiest, Ascânio Pruner, Mário Francisco Rücker,
Rubens Szpoganicz, Udomar Lueders, Hary Nelson Schmidt
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, Roberto Genu Carepa, Gilberto Emilio Martins

1988/89 – eleição em 10 de novembro de 1987


Kurt Morriesen Junior – presidente
Alexandre Tireck – vice-presidente
Márcio Rubens Baumer – vice-presidente – assuntos técnicos
José Rovani R. Kurz – vice-presidente – divulgação
Levi Garcia – vice-presidente – esportes
Azomar S. Milano – vice-presidente – cultural
Pio Campos Filho – vice-presidente – assuntos sociais
Ariel Arno Pizzolatti – secretário geral
Marco Antônio Santos Bittencourt – 1º.secretário
Ailton Barbosa – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Flávio Piazera, José Carlos Vieira, Julio Fialkoski,
Mário F. Rücker, Luiz Carlos Ferraro, Hary Nelson Schmidt
Conselho Fiscal
Cesar Malutta, Ilmar Borges, Jackson Hansson

104
1990/91 – eleição em 1989
Paulo Fernando Santos Lima – presidente
Ariel Arno Pizzolatti – vice-presidente
Hary Nelson Schmidt – vice-presidente – assuntos técnicos
Walter Sidney Caobiano – vice-presidente – divulgação
Marcos Toschi Granado – vice-presidente – esportes
Gilberto Emilio Martins – vice-presidente – cultural
Flávio Piazera – vice-presidente – assuntos sociais
José Francisco Loureiro Gaiger – secretário geral
Alexandre Tireck – 1º.secretário
João Paulo Schmalz – tesoureiro
Conselho Delibetarivo
Luiz Carlos Ferraro, Kurt Morriesen Junior, Julio Fialkoski,
Ademir Dadalt, Eugênio Junqueira Neto, Ivens Freitag
Conselho Fiscal
Henrique Chiste Neto, Márcio Rubens Baumer,
Álvaro de Calazans Gayoso Neves

1992/93 – eleição em 08 de novembro de 1991


Luiz Carlos Ferraro – presidente
José Thales Puccini – vice-presidente
Harro Stamm – vice-presidente – assuntos técnicos
Gilberto Emilio Martins – vice-presidente – divulgação
Alexandre Tireck – vice-presidente – esportes
Fernando José Camacho – vice-presidente – cultural
Pio Campos Filho – vice-presidente – assuntos sociais
Jackson Hansson – 1º.secretário
Cezario Peixoto – 2º.secretário
Paulo César Ferreira – tesoureiro
Marco Pollo Cunha – 2º.tesoureiro
Conselho Deliberativo
Kurt Morriesen Junior, Paulo Fernando Santos Lima,
Mário Cesar Aguiar, Otto Korb, Ariel Arno Pizzolatti
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, José Francisco Loureiro Gaiger,
Marco Antônio Santos Bittencourt

105
1994/95 – eleição em 19 de novembro de 1993
José Thales Puccini – presidente
Anselmo Fábio de Moraes – vice-presidente
Harro Stamm – vice-presidente – assuntos técnicos
Murilo Teixeira – vice-presidente – divulgação
Ribamar Vieira Kobe – vice-presidente – esportes
Cezario Peixoto – vice-presidente – cultural
Pio Campos Filho – vice-presidente – assuntos sociais
Murilo Renato Schiessel – secretário geral
Jackson Hansson – 1º.secretário
Marco Pollo Cunha – tesoureiro
Ailton Barbosa – diretor social
Marcos Toschi Granado – diretor esportes
Márcia Regina Pereira Fumagalli – 2º.secretária
Conselho Deliberativo
Luiz Carlos Ferraro, Paulo Fernando Santos Lima,
Isaias Masieiro, Antonio Carlos Wolf, Mário Cezar Aguiar
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, Marco Antonio S.Bittencourt,
José Francisco Loureiro Gaiger

106
Quarta Década – 1985 a 1994

Atividades do CEAJ
Implantação do Esgoto Sanitário

U m dos grandes problemas de Joinville nos anos 1987/88 era


a implantação do esgoto sanitário, cujas obras estavam sob
plena responsabilidade da Casan – Companhia Catarinense de
Águas e Saneamento.
O engenheiro Luiz Fernando Galvão representava a Casan para
contatos diretos com o corpo técnico da Prefeitura Municipal, bus-
cando a liberação de um projeto que já tinha sido aprovado em
Florianópolis, mostrando cada rua em Joinville a ser implantado
esgoto nos 42 quilômetros de rede.
Na época, não havia um comitê de implantação e, nos debates
com entidades convidadas, foi apresentada pela sociedade, por téc-
nicos e até pela imprensa, uma proposta para o CEAJ encampar a
campanha de solidariedade ao projeto, como a liberação das ruas e
o remanejamento do transporte coletivo.
O prefeito municipal, Wittich Freitag, acabou abraçando a res-
ponsabilidade dessa importante obra, lembrando momentos difí-
ceis como na Rua 9 de Março, onde a maioria dos comerciantes
enfrentaram meses de muito transtorno até a conclusão das obras.

Nova sede do CEAJ


No início de 1993, as entidades profissionais da época estavam
dispersas e o CEAJ buscou agrupá-las em um único endereço. Para
tanto, contou com o apoio de Pio Campos Filho, diretor da FEJ –
Faculdade de Engenharia de Joinville – e do seu vice, Wilson José
Mafra, resgatando o endereço antigo da faculdade aos fundos da

107
Rua Otto Boehm, 30. E no prédio ao lado, o CEAJ passou a contar
com bom espaço para um auditório.
No novo endereço logo se desenvolveu um ciclo de grande ativida-
de e engajamento profissional, integrando o CEAJ com os membros da
Atij – Associação de Técnicos Industriais de Joinville – com o Senge
Regional – Sindicato dos Engenheiros – também com a Udesc –
Universidade do Estado de Santa Catarina – e com a inspetoria do Crea-
SC – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina.

1993 – Quinta sede,


na Rua Otto Boehm, 30

Projeto Memória da Engenharia


Com o objetivo de resgatar parte da história da engenharia em
Joinville, por meio de depoimentos de pessoas ligadas ao setor, o
CEAJ criou o Projeto Memória da Engenharia. Um ciclo de narra-
tivas de joinvilenses que nas últimas décadas participaram no
desenvolvimento da engenharia na cidade, contando diferentes
aspectos sobre a evolução urbana e das empresas. As palestras eram
gravadas, contando com jornalistas que faziam os resumos para
publicação nas colunas do CEAJ em A Notícia.
A partir do dia 12 de maio de 1993, sob a coordenação do Eng.
José Thales Puccini (vice-presidente executivo), com apoio do Eng.
Luiz Carlos Ferraro (presidente), Eng. Harro Stamm (vice-presi-
dente para assuntos técnicos) e do jornalista Apolinário Ternes
como moderador, o evento passou a ser realizado quinzenalmente,
sempre às 19:30 horas nas quartas-feiras, no auditório da nova sede
do CEAJ, recém-inaugurada à Rua Otto Boehm número 30, nas
antigas instalações da FEJ – Faculdade de Engenharia de Joinville.

108
Para cada encontro eram convidadas personalidades da cidade,
bem como estudantes de cursos afins com o tema discutido. E após
cada depoimento era servido um jantar de confraternização para
todos os presentes, inaugurando a “Casa da Engenharia”.
O primeiro depoimento foi do Eng. Harro Stamm, que falou
sobre a importância da Faculdade de Engenharia de Joinville, na con-
dição de primeiro diretor, entre 1965/67, relembrando detalhes da
criação da FEJ e a primeira turma formada, em 1968. Nesse tempo,
desafios foram vencidos com entusiasmo e força de vontade, superan-
do todas as dificuldades. Aproximadamente 100 pessoas estiveram
presentes e a noite contou com Pio Campos Filho como padrinho.
O segundo depoimento foi do Eng. Raul Schmidt, que expla-
nou sobre a migração da Fundição Tupy, do centro da cidade para o
bairro Boa Vista, observando o crescimento e distribuição demo-
gráfica de Joinville. E sobre a fundação da ETT – Escola Técnica
Tupy – a qual se constituiu como uma autêntica instituição da
comunidade. Aproximadamente 80 pessoas estiveram presentes e o
padrinho da noite foi Osvaldo Kiesewetter.
O terceiro depoimento foi de Henrique Douat, que falou sobre
a chegada do pioneiro Douat, vindo de Bordeaux, França, em mea-
dos do século 19. Discorreu também sobre a atividade da família,
desde o ciclo do mate, a partir de 1880, passando pelo surgimento
do comércio nas décadas de 20 e 30 do século 20, até a criação da
Metalúrgica Douat, em 1950. Aproximadamente 80 pessoas estive-
ram presentes e Baltasar Buschle foi o padrinho da noite.
O quarto depoimento foi do médico Sadalla Amin Ghanem, que
lembrou sobre a construção da Catedral, no centro da cidade, e dos
primeiros prédios do município. Ele veio do Líbano, com vontade de
edificar uma grande cidade, e ergueu o primeiro edifício comercial de
Joinville, na Rua Nove de Março, bem como o primeiro edifício resi-
dencial, na Rua do Príncipe. Participaram 50 pessoas no evento e a
noite teve como padrinho o engenheiro Antônio Carlos Wolf.
O quinto depoimento, do Eng. Eduardo Miers, foi sobre a parti-
cipação da família no desenvolvimento da cidade. Seu avô, Eduardo
Miers, e seu tio, Max Miers, foram responsáveis pelas construções do
Moinho Santista, em 1910, e da Sociedade Harmonia-Lyra, em 1920,
bem como das casas em estilo enxaimel. Emigrados da Alemanha, os

109
Miers tiveram participação ativa na área dos empreendimentos da
construção civil em Joinville. Cerca de 70 pessoas participaram do
evento e a noite teve como padrinho o engenheiro Sérgio Becker.
No sexto depoimento o empresário Wittich Freitag lembrou
que foi a Brusque buscar dois refrigeradores e os vendeu no mesmo
dia em sua loja. Depois, trouxe mais quatro e os vendeu em seguida.
Ao fazer um pedido maior, o fabricante Rudolfo Stutzer disse não ter
capital suficiente para tantas unidades. Freitag buscou recursos por
meio da formação de uma sociedade anônima e trouxe a fábrica para
Joinville, instalando-a num depósito. Mesmo com dificuldades da
época, nascia a Indústria de Refrigeração Consul. Aproximadamente
90 pessoas participaram do evento e os padrinhos da noite foram
Ernesto Heinzelmann e Paul Daniel Muller.
No sétimo depoimento, o Eng. Álvaro de Calazans Gayoso Neves
falou de sua trajetória profissional. Depois de formado, percorreu diver-
sas cidades, com o intuito de estruturar uma empresa, ao se mudar para
Blumenau-SC, inicia empreendimento que foi responsável por inaugu-
rar o ciclo de pavimentação asfáltica de Santa Catarina, durante o gover-
no de Jorge Lacerda. Em 1961, veio para Joinville acompanhar o desen-
volvimento de alguns grandes trechos, como Joinville a São Francisco do
Sul e Campo Alegre a Rio Negrinho. Em 1966, fundou a Engepasa e, a
partir de então, uma série de obras passaram a ser realizadas pela empre-
sa, como os trajetos Rio Negrinho a Mafra; Mafra a Canoinhas, os aero-
portos de Joinville, Florianópolis e Foz do Iguaçu e diversas obras muni-
cipais. Teve como padrinho Álvaro Gayoso Neves Filho.
No oitavo depoimento, o arquiteto Dagoberto Koehntopp falou
sobre a implantação do primeiro Plano Diretor da cidade, relembran-
do que, em 1964, devido à construção de Brasília, houve incentivo
nacional para que as cidades desenvolvessem seus planos urbanísticos.
Na oportunidade, Dagoberto foi convidado para auxiliar a Prefeitura
de Joinville, nas gestões dos prefeitos Nilson Bender e Harald
Karmann, a montar o Plano da Cidade, onde diversos segmentos se
reuniram para discutir as diretrizes, sendo o sistema viário a maior
preocupação da época. O material foi apresentado à Câmara dos
Vereadores e, em 1973, o Plano Diretor foi aprovado, prevendo atuali-
zação a cada cinco anos. O padrinho da noite foi o Eng. Wilson Lang.

110
Joinville, a construção da cidade
O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, com objeti-
vo de conhecer melhor a história da cidade, com suas obras de enge-
nharia, e também para se engajar no processo de debate das ques-
tões urbanas e preservação da memória joinvilense, confiou ao his-
toriador Apolinário Ternes o trabalho de criar o belo livro Joinville, a
construção da cidade, com apoio do Crea-SC e de empresas locais.
Uma importante obra que conta a trajetória de tantos profissio-
nais dedicados ao desenvolvimento e construção da cidade, desde 1850,
quando o engenheiro Hermann Güenther e o procurador do Príncipe
de Joinville, Leonce Aubé, chegaram ao local da futura Colônia Dona
Francisca, com mais oito pessoas, preparando uma infra-estrutura
mínima para receber os primeiros 118 colonizadores que aportaram em
9 de março de 1851.
O jornalista e historiador
Apolinário Ternes, da Academia
Joinvilense de Letras, soube bem
como informar de forma elegan-
te e agradável os diversos ciclos
de demanda tecnológica deter-
minante de cada época. E de for-
talecer a integração do ambiente
profissional com a comunidade,
independentemente do próprio
exercício da profissão.
E de inspirar para que refli-
tamos como uma comunidade
que fora formada para ser agríco-
la, transformou-se em um grande
entreposto comercial de valor
internacional, criando um dos
mais vigorosos pólos industriais
do Brasil.
O lançamento do livro foi
Joinville, a construção da cidade – no dia 28 de novembro de 1993,
livro do historiador e jornalista
Apolinário Ternes, com apoio do em solenidade no auditório do
Crea-SC e de empresas locais

111
jornal A Notícia com grande presença de autoridades, associados e
amigos do CEAJ.
Toda essa motivação tem a sua síntese no “projeto memória”,
que nasceu no CEAJ naquele ano, ao completar sua quarta década,
permitindo uma participação ainda mais forte da região junto ao
Crea-SC, na década seguinte, ao eleger o presidente do Conselho.

Diretores CEAJ/Crea-SC na Quarta Década


1985/86 Henrique Chiste Neto – Eng. Civil (2º.vice-presidente)
1988/89 Flávio Piazera – Eng. Mecânico (2º.vice-presidente)
1989/91 Flávio Piazera – Eng. Mecânico (2º.secretário)
1992 Flávio Piazera – Eng. Mecânico (1º.secretário)
Paulo Fernando Santos Lima – Eng. Civil (3º.secretário)
1993 Harro Stamm – Eng. Eletricista (3º.secretário)
1994 Luiz Roberto Glavam – Eng. Eletr. (1º.vice-presidente)

Conselheiros CEAJ/Crea-SC na Quarta Década


1982/85 João Tadeu Strugo Socas – Eng. Eletr. (titular)
Márcio Rubens Baumer – Eng. Eletr. (suplente)
1983/86 Hoest Groegel – Eng. Civil (titular)
Mário Cesar Leal – Eng. Civil (suplente)
1984 Henrique Chiste Neto – Eng. Civil (titular)
1985/86 Marco Antonio S. Bittencourt – Eng. Civil (titular)
1986/89 Marco Antonio S. Bittencourt – Eng. Civil (titular)
Mário Francisco Rücker – Eng. Mecânico (suplente)
Flávio Piazera – Eng. Mecânico (suplente)
1988 Edison Carlos Pfau Boettcher – Eng. Eletr. (titular)
Márcio Rubens Baumer – Eng. Eletr. (titular)
1985/88 Márcio Rubens Baumer – Eng. Eletr. (suplente)
1986/89 Paulo Fernando Santos Lima – Eng. Civil (suplente)
1989/92 Flávio Piazera – Eng. Mecânico (titular)
1992 Frederico Jurgens Júnior – Eng. Mecânico (suplente)
1992/94 Paulo Fernando Santos Lima – Eng. Civil (titular)
Alexandre Tireck – Eng. Civil (suplente)
1993/95 Harro Stamm – Eng. Eletricista (titular)

112
Plano de saúde para os associados

Um mês antes de encerrar a quarta década do CEAJ, na gestão


do presidente do Crea-SC, Eng. Wilson Lang, e com apoio do Eng.
Luiz Roberto Nunes Glavam, no dia 7 de novembro de 1994, foi
fechado um Plano de Saúde com a Unimed Joinville, uma coopera-
tiva de trabalho médico com a saúde, para beneficiar todos os pro-
fissionais vinculados ao Crea-SC.
Os associados do CEAJ, por intermédio do Crea-SC, puderam
contar, a partir de então, para maior tranquilidade em seus traba-
lhos, com uma cooperativa socialmente responsável, voltada à pre-
venção e assistência à saúde, com hospital próprio e rede de atendi-
mento integrada.
O convênio levou um ano para ser idealizado e após sucessivas
negociações resultou no primeiro plano de saúde do Sistema
Confea/Crea no Brasil.

Centro de Convivência, no final da Quarta Década


No dia 26 de outubro de 1994 foi inaugurado, ao lado do salão
de festas do CEAJ, o Centro de Convivência. Uma sala de eventos
com 160 m2 de área coberta, contando com uma churrasqueira e
com o bar executivo (Engrenagem).
Idealizado na gestão do Eng. Luiz Carlos Ferraro e concluído
na gestão do Eng. José Thales Puccini, o espaço destinado aos pro-
fissionais da classe tinha como intuito aproximar e integrá-los, bem
como oferecer um ponto de referência para encontros informais
entre profissionais, seus amigos e familiares.
Estiveram presentes no ato diretores do CEAJ e do Crea-SC,
secretários da prefeitura, empresários da construção civil, além de
profissionais de diversas áreas de Engenharia e Arquitetura da cida-
de, e estudantes da Faculdade de Engenharia de Joinville.
Na oportunidade, a Udesc e o Crea foram homenageados. Após
o corte da fita de inauguração pelo Eng. Wilson Lang, presidente do
Crea-SC, foi servido um coquetel aos presentes que desfrutaram do
novo ambiente.

113
Quinta Década

1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004

Panorama da região central de Joinville, com crescimento vertical ao fundo


Diretorias Quinta Década – 1995 a 2004

1996/97 – eleição em 14 de novembro de 1995


Cezario Peixoto – presidente
Luiz Roberto Nunes Glavam – vice-presidente
Isaias Masieiro – vice-presidente – assuntos técnicos
Jackson Hansson – vice-presidente – divulgação
Ribamar Vieira Kobe – vice-presidente – esportes
Regina Maria Felice Souza – vice-presidente – cultural
Paulo Fernando Santos Lima – vice-presidente – sociais
Murilo Renato Schiessel – secretário geral
Marco Pollo Cunha – 1º.secretário
Regina Hagemann – tesoureira
Paulo Krapp Vieira – diretor social
Marcos Toschi Granado – diretor esportes
João Paulo Schmalz – 1º.tesoureiro
Conselho Deliberativo
José Thales Puccini, Luiz Carlos Ferraro,
Anselmo Fábio de Moraes, Harro Stamm
Conselho Fiscal
Antônio Carlos Wolf, Mário Cezar Aguiar, Clóvis Dobner

1998/99 – eleição em 03 de março de 1998


Marco Antônio dos Santos Bittencourt – presidente
Luiz Carlos Ferraro – vice-presidente
Oscar Puhl Filho – vice-presidente – assuntos técnicos
Gilberto Emilio Martins – vice-presidente – divulgação
Fábio Canellas – vice-presidente – esportes
Regina Maria Felice Souza – vice-presidente – cultural
Marcos Toschi Granado – vice-presidente – assuntos sociais
Murilo Renato Schiessel – secretário geral
Jackson Hansson – 1º.tesoureiro
Rogério Novaes – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Cezario Peixoto, José Thales Puccini, Mário Cezar Aguiar,
Antonio Narloch Neto, Clóvis Dobner, Antônio Carlos Wolf
Conselho Fiscal
João Paulo Schmalz, Paulo César Ferreira, Flávio Piazera

117
2000/2001 – eleição em 29 de fevereiro de 2000
Rogério Novaes – presidente
Marcos Toschi Granado – vice-presidente
Marco Antônio Arancibia Rodriguez – vice – assuntos técnicos
Arno Ernesto Kumlehn – vice-presidente – divulgação
Marcelo Silva Soares de Souza – vice-presidente – esportes
Raimundo Nonato G. Robert – vice-presidente – cultural
Luiz Roberto Nunes Glavam – vice-presidente – sociais
Murilo Renato Schiessel – secretário geral
Ivo Gilmar Petri – 1º.secretário
Luiz Hilário Buschle – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Marco Antonio Santos Bittencourt, Cezario Peixoto,
Mario Cezar Aguiar, Antônio Narloch Neto,
Clóvis Dobner, Antônio Carlos Wolf
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, Luiz Roberto Olsen, Harro Stamm

2002/2003 – eleição em 21 de março de 2002


Julio Fialkoski – presidente
Romualdo Theophanes de França Junior – vice-presidente
Marco Antônio Arancibia Rodriguez – vice – assuntos técnicos
Rosane Giannella Kaesemodel – vice-presidente – divulgação
Sérgio Ricardo Mendes Moraes – vice-presidente – esportes
Wesley Masterson Belo de Abreu – vice-presidente – cultural
Emerson Siqueira – vice-presidente – assuntos sociais
Regina Hagemann – secretária geral
Marcelo Morales – 1º.secretário
Luiz Hilário Buschle – tesoureiro
Conselho Deliberativo
Rogério Novaes, Marco Antonio Santos Bittencourt,
Luiz Roberto Nunes Glavam, Antônio Carlos Wolf,
Marco Antônio Tebaldi, José Thales Puccini
Conselho Fiscal
Flávio Piazera, Marcos Toschi Granado, Eduardo Miers

118
Quinta Década – 1995 a 2004

Atividades do CEAJ

Engenheiros do CEAJ na presidência do Crea-SC

EmRoberto
agosto de 1996, o engenheiro eletricista joinvilense Luiz
Nunes Glavam registrou candidatura para concorrer à
presidência do Crea-SC, período 97-99, com apoio integral do CEAJ e
tendo o presidente Cezario Peixoto como coordenador da campanha.
Com objetivo de ajudar a conquistar resultados de qualidade
no competitivo mercado de trabalho, Glavam completou roteiro de
visitas às Associações de Engenheiros e Arquitetos de Santa
Catarina, mantendo encontros com os dirigentes nas cidades de
Videira, Joaçaba, Concórdia, Chapecó, Criciúma, Lages e Rio do
Sul, apresentando seu programa: Descentralização do Crea-SC e Projeto
de Qualidade e Produtividade, visando a valorização e o aperfeiçoamen-
to profissional por meio das ações desenvolvidas pela entidade aos
engenheiros, arquitetos e técnicos.
No dia 29 de outubro, o CEAJ mobilizou toda a categoria for-
mada por mais de 1.200 profissionais registrados nas mais diversas
modalidades em Joinville, para votarem no seu candidato. Várias
outras entidades de classe em todo o estado apoiaram o engenheiro
Luiz Roberto Nunes Glavam, que venceu o pleito com 1.258 votos,
contra 1.063 do segundo colocado, de Florianópolis, engenheiro
Celso Francisco Ramos Fonseca.
Para substituir o engenheiro Wilson Lang, no dia 30 de dezem-
bro de 1996, Glavam foi empossado oficialmente presidente do
Crea-SC. Na solenidade festiva em Florianópolis, no dia 31 de janei-
ro de 1997, Glavam convidou a todos para compartilharem da ges-
tão, sem se comprometer com promessas, mas com obras, e afir-
mando em seu discurso:
– Sou um homem de equipe e o resultado de meu trabalho será
o resultado de minha equipe, será o resultado de minhas parcerias.

119
Convido todos vocês a serem meus parceiros, para juntos enfren-
tarmos esse desafio. Fazer promessas não é próprio de nossa pro-
fissão. Nós costumamos fazer obras!
Após o bom trabalho de Glavam como presidente no período
97-99, o CEAJ voltou a mostrar a qualidade e produtividade de sua
equipe de profissionais, com a eleição de mais um joinvilense para a
presidência do Crea-SC, no período 2003-04: o engenheiro civil
Rogério Novaes, ex-presidente do CEAJ em 2000/2001.
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
De acordo com a Lei nr.6.496 de 7/12/1977, todo contrato, escri-
to ou verbal, para execução de obras ou prestação de serviços pro-
fissionais referentes à Engenharia e à Agronomia fica sujeito a ART
– Anotação de Responsabilidade Técnica – um benefício e instru-
mento elaborado para proteger a propriedade intelectual do cliente,
bem como o vínculo do profissional na obra.
Na palestra realizada pelo Eng. José Thales Puccini, reunindo
92 profissionais, em 16 de setembro de 1997, em parceria com o
Crea-SC o CEAJ demonstrou a preocupação que os profissionais
estavam tendo com o exercício da profissão.
Uma ART levava 16 dias para ficar pronta e, em agosto de 1999, o
Crea-SC disponibilizou aos profissionais um novo sistema de registro
da ART com um software que possibilita acessar e gerenciar informa-
ções, diminuindo a burocracia e evitando documentos desnecessários.
Um novo formulário pode ser impresso em quatro vias,
preenchido à mão ou acessado pela internet. Com o visto em qual-
quer posto de atendimento, após a conferência, o documento rece-
be o selo de autenticidade. Uma via é retida e as demais são libera-
das num prazo de 10 dias após o pagamento do boleto bancário com
a taxa. E a ART é legalmente registrada no Crea-SC e incluída no
Acervo Técnico.
Planejamento Estratégico do CEAJ
No período entre 28 de abril e 04 de agosto de 1998, com a partici-
pação dos engenheiros Harro Stamm e José Thales Puccini, foram feitas
oito importantes sessões com o objetivo de promover o Planejamento
Estratégico do Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville.
Na época, a Fundição Tupy era a primeira empresa a fazer

120
Planejamento Estratégico, considerado como uma atividade moder-
na, levando o CEAJ a também fazer uma análise estratégica dos
ambientes interno e externo, bem como dos pontos fortes e fracos,
enunciados pela então “Missão Atual”, datada de 1992:
Promover a representação e apoio aos associados para contri-
buir no desenvolvimento comunitário.
Observando que a missão era um estado não quantificado do
que representa um compromisso que nunca se esgota, o CEAJ sabia
que uma vez alcançado determinado patamar de realização, este
desafio trazia consigo novas exigências. E por isso é que continua-
mente se transforma.
Mesmo com as dificuldades na fragmentação das sessões e dis-
ponibilidade de tempo dos dirigentes, bem como de recursos mate-
riais e financeiros, o importante para atingir o planejamento estra-
tégico foi manter a “chama acesa”, reunindo todas as forças vivas e
motivando os integrantes.
Em 1998, o ambiente do CEAJ era formado pelos associados,
pela Acij, Ajorpeme e outras associações profissionais. Sempre con-
tando com o Crea-SC, câmara dos vereadores, sindicatos patronais
e profissionais, bem como empresas comerciais e industriais, facul-
dade de Engenharia, poder judiciário e prefeitura municipal.
Nos 43 anos de existência, o CEAJ já mantinha cadastrados 1.500
associados. E, como pontos fortes, contava com um bom espaço de
representação, credibilidade, conhecimento tecnológico e um bom
potencial de poder. Mas havia também alguns pontos fracos a serem
superados, ainda com pouca criatividade e falta de associatividade,
baixa participação dos associados e de pouca autovalorização.
A nova Missão proposta, em 1998, passou a ser:
Promover a profissão e o desenvolvimento profissional, político e associa-
tivo de seus integrantes, visando gerar prosperidade e crescente benefício à
comunidade.
Os projetos estratégicos também ficaram definidos:
Aperfeiçoamento profissional
Valorização das participações em colegiados
Aproximação com agentes políticos
Promoção da agregação dos associados
Ética profissional, fator condicionante.

121
Sede Campestre e Festa da Cumeeira
Depois de muito empenho e para comemorar os 45 anos do
CEAJ, em 1999 durante a gestão do presidente Eng. Civil Marco
Antonio dos Santos Bittencourt, nem mesmo o longo período de
chuvas que se abateu sobre Joinville no mês de novembro atrapa-
lhou o andamento das obras para conclusão da Sede Social em esti-
lo campestre, erguida junto ao Campo de Futebol Suíço próximo ao
Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola.
Um ano alegre para as inúmeras equipes de futebol do CEAJ ao
verem inaugurada também a iluminação do campo, permitindo os
tão esperados jogos noturnos.
No dia 10 de dezembro de 1999, foram feitas homenagens aos
fundadores do CEAJ no Jantar de Confraternização na Sociedade
Harmonia-Lyra. E no dia 18 de dezembro, foi realizada a divertida
Festa da Cumeeira na Sede Campestre, com bom churrasco e muito
chope para os associados e muitos amigos convidados.
Logomarca CEAJ
O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, sempre
divulgando suas obras, representando e valorizando profissionais
nos conselhos federais, regionais e junto às prefeituras, necessitava
de uma logomarca CEAJ para mostrar com facilidade sua presença.
Responsável pela busca, o arquiteto Arno Kumlehn entrou em
contato com o professor Reginaldo, coordenador do curso de design
da extinta Utesc – União de Tecnologia e Escolas de Santa Catarina
– promovendo um concurso entre os estudantes.
A premiação aos vencedores ocorreu no dia 11 de julho de 2000,
com um jantar de confraternização, cabendo o 1º lugar ao aluno
Nilson Rafael Benkendorf e o 2º lugar a Eduardo Heiden.
Naquele mesmo mês de julho, a logomar-
ca premiada abriu caminho no primeiro núme-
ro do novo Informativo do CEAJ e está sempre
presente nas divulgações da entidade.
O estudante premiado, Nilson Rafael
Benkendorf, possui graduação em design
Industrial pela Utesc (2004) onde recebeu o
premio de melhor aluno. Especializou-se em
Design de Móveis pelo Centro Universitário
de Jaraguá do Sul (2010).

122
Atualmente é professor do Centro Universitário Católica de
Santa Catarina em Jaraguá, com ênfase em Comunicação Visual,
atuando em design de produtos, design gráfico e marcas.

Plantio de árvores na Sede Campestre


A árvore suporta todo o calor do sol e oferece aos
outros o frescor de sua sombra – Mahatma Gandhi

Membros das equipes que disputam o tradicional Campeonato


de Futebol Suíço do CEAJ 2002 – Amigos, Atlantes, Canabraba,
Colorado, Engenheirandos, Guapos Krisma, Motobombas e Tupy – apoiados
pela Diretoria de Esportes (gestão 2002/2004), tiveram a ideia de
realizar o plantio de árvores na Sede Campestre.
No Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2002, foram plantadas
260 árvores para garantir o equilíbrio da natureza e de embelezar a
Sede Campestre do Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville.
A primeira muda a ser plantada foi a do “Pau Brasil” – árvore
símbolo de nossa pátria.
Terceira revisão dos Estatutos
No dia 3 de junho de 2003, foi feita a 3ª revisão dos Estatutos do
CEAJ, reanalisando os 13 importantes e atuais capítulos:
Capítulo I – Estrutura e Objetivos
Capítulo II – Dos Fundadores
Capítulo III – Quadro Social
Capítulo IV – Dos Direitos e Deveres dos Associados
Capítulo V – Das Penalidades e Recursos dos Associados
Capítulo VI – Das Receitas e Despesas
Capitulo VII – Da Assembleia Geral
Capítulo VIII – Do Conselho Deliberativo
Capítulo IX – Do Conselho Fiscal
Capítulo X – Da Diretoria
Capítulo XI – Das Eleições
Capítulo XII – Disposições Gerais
Capítulo XIII – Disposições Transitórias
O Eng. Eletr. Luiz Roberto Nunes Glavam foi o relator dos
Estatutos do CEAJ, que se encontra no final do livro.

123
Diretores CEAJ/Crea-SC na Quinta Década
1995 Harro Stamm – Eng. Eletricista (1º.secretário)
1996 Harro Stamm – Eng. Eletricista (2º.secretário)
2000 Marco Antonio S. Bittencourt – Eng. Civil (2º.vice-
presidente)
2003 Marco Antonio S.Bittencourt – Eng. Civil (1º.secretário)
Conselheiros CEAJ/Crea-SC na Quinta Década
1995 Cezario Peixoto – Eng. Eletricista (suplente)
1995/97 Paulo Fernando Santos Lima – Eng. Civil (titular)
Anselmo Fábio Moraes – Eng. Civil (titular)
Harro Stamm – Eng. Eletricista (suplente)
Cezário Peixoto – Eng. Eletricista (suplente)
1996/97 Luiz Roberto Nunes Glavam – Eng. Eletr. (titular)
Regina Hagemann – Eng. Civil (suplente)
1998/00 Marco Antonio S.Bittencourt – Eng. Civil (titular)
José Thales Puccini – Eng. Mecânico (titular)
Rogério Novaes – Eng. Civil (suplente)
João Paulo Schmalz – Eng. Mecânico (suplente)
1999/00 Eduardo Miers – Eng. Mecânico (suplente)
2001/03 Eduardo Miers – Eng. Mecânico (titular)
Rogério Novaes – Eng. Civil (titular)
Marco Antonio S.Bittencourt – Eng. Civil (suplente)
Julio Fialkoski – Eng. Civil, Mec. Seg.Trab. (suplente)
2003/05 Julio Fialkoski – Eng. Civil, Mec. Seg. Trab. (titular)
Angelo Pereira Costa – Eng. Civil (suplente)
Marcelo Morales – Eng. Civil (titular)
Emerson Siqueira – Eng. Civil (suplente)
Luiz Carlos Ferraro – Eng. Metalúrgico (suplente)
Marco Pollo Cunha – Eng. Químico (titular)
Isaias Masiero – Eng. Químico (suplente)
2004/05 Regina Hagemann – Eng. Civil (suplente)
2004/06 Ricardo Lopes – Eng. Civil (titular)
Flávio Piazera – Eng. Mecânico (suplente)
Presidentes do Crea-SC / Membros do CEAJ
1997/99 Luiz Roberto Nunes Glavam – Eng. Eletricista
2000/01 Rogério Novaes – Eng. Civil

124
Comemoração dos 50 anos do CEAJ

Emfundação
20 de outubro de 2004, para comemorar os 50 anos de
do Centro de Engenheiros e Arquitetos de
Joinville, foi preparada uma programação com várias atividades para
a integração de associados, sob a presidência do Eng. Julio Fialkoski.
Estamos vivendo um momento impar do nosso CEAJ que é o
de comemorar o seu cinquentenário e poder homenagear seus fun-
dadores e todas as pessoas que contribuíram para manter acesos
os ideais que nortearam a fundação do CEAJ. Ao invés de trazer
palestrantes de fora vamos trazer ouvintes, mostrando alguns dos
nossos cases de sucesso.
Cases de sucesso se referem a empresas que já ganharam espa-
ço e reconhecimento não só no país, mas na excelência mundial,
após muito estudo, trabalho e melhoria contínua. E o calendário de
comemorações teve espaço durante a Semana do Engenheiro, entre
os dias 22 a 26 de novembro, com muitas e excelentes palestras:
22/11 – “Tecnologia Metalúrgica, uma Visão de Futuro”, na
Fundição Tupy, com o Eng. Luiz Carlos Guedes;
23/11 – “Desenvolvimento Tecnológico, Fator de Sucesso de
uma empresa”, na Embraco, com o Eng. Ernesto Heinzelmann;
24/11 – “Tecnologia de Plásticos, uma Atitude de Vanguarda”,
na Tigre S.A. Tubos e Conexões, com o Eng. Nelson Machado e o
presidente Francisco Amaury Olsen;
25/11 – “Ensino Tecnológico, Vantagem Competitiva” na Udesc,
com os engenheiros Anselmo de Moraes e Sandro Murilo Santos;
26/11 – “Engenheirando Soluções nada Convencionais”, no
Banco do Brasil, com o Eng. Miguel Abuhab. E com o Eng. Wilson
Lang, presidente do Confea; Luiz Tarquino, presidente da Fundição
Tupy; e Jaime Grasso, presidente da Acij, como debatedores.
Para completar a comemoração dos 50 anos do CEAJ, no dia
29/11 houve uma Sessão Solene na Câmara de Vereadores. No dia 11
de dezembro, o Culto Ecumênico, na Catedral de Joinville, e o
Jantar Dançante, no Restaurante Rudnick. Foram homenageados o
Eng. Sandro Murilo dos Santos, como “Profissional do Ano”, e o
Professor Sylvio Sniecikovski, como “Amigo do Engenheiro”.

125
Sexta Década

2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014

Verticalização e adensamento é marca da contemporaneidade em Joinville


Diretorias Sexta Década – 2004 a 2014

2004/2005 – eleição em 23 de março de 2004


Julio Fialkoski – presidente
Luiz Roberto Nunes Glavam – vice-presidente
Regina Hagemann – secretária geral
Marcos Rodolfo Schoene – 1º.secretário
Luiz Hilário Buschle – tesoureiro
Wesley Masterson Belo de Abreu – diretor técnico
Osny do Amaral Filho – diretor de divulgação
Sérgio Ricardo Mendes Moraes – diretor esportes
Marcelo Morales – diretor assuntos sociais
Conselho Deliberativo
Álvaro de Calazans Gayoso Neves, André Fauth,
Anselmo Fábio de Moraes, Antônio Carlos Wolf,
Eduardo Miers, Emerson Siqueira, Ernesto Heinzelmann,
Ivo Gilmar Petri, José Thales Puccini, Luiz Carlos Guedes,
Marco Antonio S.Bittencourt, Marco Antonio Tebaldi,
Mário Cezar Aguiar, Miguel Abuhab, Nelson Silvério Machado,
Rogério Novaes, Romualdo Theophanes de França Junior
Conselho Fiscal
Dieter Ivo Pinow, Oscar Puhl Filho,
Rosane Giannella Kaesemodel, Gilberto Emilio Martins,
Marco Antonio Arancibia Rodriguez, Marcos Toschi Granado

2006/2007 – eleição em 16 de março de 2006


Wesley Masterson Belo de Abreu – presidente
Sérgio Ricardo Mendes Moraes – vice-presidente
Theobaldo Manique Junior – 1º.secretário
Marcelo Fialkoski – tesoureiro
Ricardo Lopes – diretor técnico
Sandra Helena Westrupp Medeiros – diretora divulgação
André Ricardo Martinelli – diretor esportes
Dieter Neermann – diretor assuntos sociais

128
Conselho Deliberativo
Julio Fialkoski, Rogério Novaes, Marco Antonio S.Bittencourt,
Marco Antonio Tebaldi, Mario Cezar Aguiar,
Nelson Silvério Machado, Ernesto Heinzelmann,
Luis Carlos Guedes, Antonio Carlos Wolf,
José Thales Puccini, Luiz Roberto Nunes Glavam,
Sandro Murilo Santos, Romualdo T. de França Junior,
Eduardo Miers, Anselmo Fábio de Moraes,
Álvaro de Calazans Gayoso Neves, Ivo Gilmar Pedri
Conselho Fiscal
Acylino de Souza Filho, Flávio Piazera,
Jorge Luiz Vieira Bramorski, Oscar Puhl Filho, Rosane
Giannella Kaesemodel, Rubens Roberto Faria Garcia

2008/2010 – eleição em 16 de março de 2008


Sérgio Ricardo Mendes Moraes – presidente
Marcelo Morales – vice-presidente
Ascânio Pruner – secretário geral
Dieter Neermann – 1º.secretário
Marcelo Fialkoski – tesoureiro
Osny do Amaral Filho – diretor esportes
Fernando Cezar de Oliveira Lopes – diretor técnico
Marcos Defreitas – diretor assuntos sociais
Rodrigo Luiz Rosa – diretor divulgação
Conselho Deliberativo
Julio Fialkoski, Rogério Novaes, Marco Antonio S.Bittencourt,
Wesley Masterson Belo de Abreu, Mario Cezar Aguiar,
Luiz Hilário Buschle, Luiz Carlos Ferraro,
Francisco Maurício J.Paz, Antonio Carlos Wolf,
José Thales Puccini, Luiz Roberto Nunes Glavam,
Sandro Murilo Santos, Romualdo T. de França Junior,
Eduardo Miers, Anselmo Fábio de Moraes,
Álvaro de Calazans Gayoso Neves, Ivo Gilmar Petri
Conselho Fiscal
Oscar Puhl Filho, Flávio Piazera,
Rosane Giannella Kaesemodel, Theobaldo Manique Junior,
Denis José Sonsini, Jorge Luiz Vieira Bramorski

129
2010/2012 – eleição em 29 de abril de 2010
Ascânio Pruner – presidente
Sérgio Guilherme Gollnick – vice-presidente
André Ricardo Martineli – diretor técnico
Osny do Amaral Filho – diretor esportes
Sérgio Guilherme Gollnick – diretor divulgação
Arno Ernesto Kumlehn – diretor assuntos sociais
Raimundo Nonato Gonçalves Robert – secretário geral
Schirley da Silva Quandt – 1º.secretária
Sérgio Ricardo Mendes Moraes – tesoureiro

2012/2014 – eleição em 21 de maio de 2012


Sérgio Ricardo Mendes Moraes – presidente
Marcelo Morales – vice-presidente
Daysi Nass dos Santos – secretária geral
Marcelo Fialkoski – 1º.secretário
Schirley da Silva Quandt – tesoureira
Marcelo Correia de Almeida – diretor esportes
Marcos Toschi Granado – diretor técnico
Isaldo Pimentel Pereira – diretor assuntos sociais
Fabiano Lopes de Souza – diretor divulgação

130
Sexta Década – 2004 a 2014

Atividades do CEAJ

Utilidade Pública Municipal

N o dia 17 de outubro de 2005, pela Lei Ordinária nº 5328, o


CEAJ – Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville –
entidade sem fins lucrativos, filiada ao Sistema Confea/Crea, com
sede e foro neste município, foi reconhecido como entidade de
Utilidade Pública Municipal pela Câmara de Vereadores de Joinville
sob a presidência de Darci de Matos.

131
Feijão & Doação
A partir do ano 2006, o CEAJ vem organizando a tradicional
edição do evento beneficente “Feijão & Doação”, normalmente no
mês de julho. Desde a primeira edição, o encontro tem como carac-
terística principal a presença de famílias e grupos de amigos que se
reúnem em ambiente descontraído, alegre e seguro, ao sabor de uma
deliciosa feijoada onde eles exercitam solidariedade.
A iniciativa do projeto sempre teve como foco atender a ques-
tão das desigualdades e carências sociais, evidenciando o respeito
pelo próximo e despertando nas pessoas o gosto pela ação voluntá-
ria e solidária.
Em cada ano, o evento reúne cerca de 40 voluntários, diversos
apoiadores e patrocinadores para atender a participação de aproxi-
madamente mil convidados.
O principal objetivo é a obtenção de recursos para apoio às ati-
vidades sociais e filantrópicas das entidades beneficiadas, como
aconteceu de 2006 a 2014, em que foram apoiados:
– Rede Feminina de Combate ao Câncer.
– AMA Associação dos Amigos Autistas.
– Centro Educacional Infantil Maria Ofélia Guimarães.
– CEI Recanto dos Querubins.
– Associação de Reabilitação da Criança Deficiente.

Medalha do Mérito do Confea


A Resolução 399/95 do Confea tem por objetivo, galardoar com
a “Medalha do Mérito” e com inscrição no “Livro do Mérito” todos
aqueles que de alguma forma contribuíram para a melhoria da qua-
lidade de vida e defesa da sociedade, no desenvolvimento tecnológi-
co e aprimoramento técnico das profissões que compõem o Sistema
Confea/Crea.
Em 06 de fevereiro de 2007, foi aprovado por unanimidade o
nome do Engenheiro Mecânico Ernesto Heinzelmann para receber
a honraria.
Em seguida, o presidente do CEAJ, Eng. Wesley Masterson Belo
de Abreu, aprovando a homenagem, enviou um ofício ao Crea-SC
salientando:

132
Pelo muito que o profissional tem feito pelo desenvolvimento de
nossa cidade, estado e país. Cremos ser merecedor de tão nobre
honraria.
O Crea-SC aceitou a indicação e a encaminhou ao Confea, tra-
tando-se do “Primeiro joinvilense a receber esse prêmio”.
E a entrega dos prêmios da 64ª SOEA – Semana Oficial de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – foi em 13 e 14 de agosto de
2007, no Rio de Janeiro.

Caminhadas Tecnológicas
Com apoio do Confea/Crea-SC, o CEAJ realizou o programa
Caminhada Tecnológica do Ensino à Prática, que contempla visitas
técnicas e palestras. O programa nasceu nas comemorações dos 50
anos do CEAJ, em 2004, e tornou-se anual.
2005 – Udesc (CCT Joinville) Palestra “O Ensino Profissional e a
TecnoPrev”
Fundição Tupy S.A. – Palestra “Inovações e Robotização da
Metalurgia”
Amanco S.A. – Palestra “Avanços Tecnológicos do uso do PVC”
Multibrás S.A. – Palestra “Linha de Produção & Engenharia”
2006 – Petrobrás Transporte S.A. – Palestra “A Transpetro e o
Abastecimento em S. Catarina” – Eng. Luiz Vicente Maurer Pereira
Engepasa Ambiental – Itajaí e Joinville – Visitas Técnicas
Vega do Sul Arcelor Brasil – São Francisco do Sul/SC
Cebrace Cristal Plano Ltda. – Barra Velha/SC
2007 – Caj – Cia. Águas de Joinville – Visita Técnica
Perville – Palestra “Construção Industrializada”, Eng. Jean
Ponqueroli
Weg S.A. – Visita Técnica
2009 – Cebrace Cia. Brasileira de Cristal – Visita Técnica
Tecon Santa Catarina (Terminal Portuário) – Visita Técnica
2010 – Petrobrás Transporte S.A. – Transpetro – Visita Técnica
2011 – Detroit Brasil Ltda. (Mercado Naval) – Visita Técnica

133
Retorno ao Edifício Rudenas
Com sede na Rua Otto Boehm, desde 1993, foram duas décadas
do CEAJ dividindo aquele local com outras entidades, entre elas a
Inspetoria do Crea-SC e a Udesc – Universidade do Estado de Santa
Catarina.
Aquele imóvel era de um órgão estadual já desaparecido e, com
objetivo de transferência total para a Udesc, em 2012 o governo
começou a entrar em contato com as entidades ali instaladas, como
os pracinhas ex-combatentes, a Fitej – Fundação Instituto
Tecnológico de Joinville – e o CEAJ, para que providenciassem a
saída daquelas instalações.
E o CEAJ resolveu voltar para as salas da antiga sede situada na
Rua Nove de Março, 337, adquiridas em 1966 e alugadas como fonte
de renda.
Aguardando o encerramento do contrato com os inquilinos, o
CEAJ retornou ao Edifício Rudenas no centro da cidade, em 2013.

2013 – Sede atual Edifício Rudenas na Rua 9 de Março, 337

134
Profissional do Ano e Amigo do Engenheiro
Anualmente, a partir de 1992, o CEAJ vem concedendo títulos de
Profissional do Ano e Amigo do Engenheiro aos profissionais e associa-
dos que se destacam e enobrecem a classe da Engenharia e Arquitetura.
Os homenageados são agraciados com prêmios e participam de festivos
e animados momentos com colegas, familiares e convidados.

1992 Jornalista Luis Meneghim – A Notícia – Amigo do Engenheiro


1993 Eng. Raul Schmidt – Tupy S/A – Profissional do Ano
Prof. Rogério Braz da Silva – Amigo do Engenheiro
1994 Arq. Dagoberto Koehntopp – Profissional do Ano
Desembargador Newton Trisotto – Amigo do Engenheiro
1998 Eng. Álvaro Calazans Gayoso Neves – Profissional do Ano
Prefeito Luiz Henrique da Silveira – Amigo do Engenheiro
1999 Eng. Aldemir S. Dadalt – Profissional do Ano
Felipe Feltin – Secretário CEAJ – Amigo do Engenheiro
2000 Eng. Dieter Ivo Pinnow – Udesc – Profissional do Ano
Moacir G. Thomazi – A Notícia – Amigo do Engenheiro
2002 Prefeito Marco Antonio Tebaldi – Profissional do Ano
Amanco – Empresa Amiga do Engenheiro
2003 Eng. Romualdo de Theophanes França – Profissional do Ano
Anne Marie Meinert – Secretária do CEAJ – Amiga do
Engenheiro
2004 Eng. Sandro M. Santos – Unisociesc – Profissional do Ano
Prof. Sylvio Sniecikovski – Unisociesc – Amigo do Engenheiro
2005 Eng. Anselmo Fábio Moraes – Udesc – Profissional do Ano
2006 Eng. Ernesto Heinzelmann – Embraco – Profissional do Ano
Eng. Antonio Carlos Minatti – Docol – Profissional do Ano
Maxcrom Ind. de Tintas – Empresa Amiga do Engenheiro
2008 Eng. Eduardo Miers – Tupy S/A – Profissional do Ano
RBS TV – Empresa Amiga do Engenheiro
2012 Fátima Izabel P. Martins – Casa da Amizade – Homenagem
Diórgenes Pandini – Jornalista – Homenagem – Matéria
“Matemática Inspirada”
Valkiria Grun Karnopp – Professora – Finalista do prêmio
Victor Civita Educador Nota 10

135
CEAJ reconhecido como Entidade Precursora
O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville foi uma das
entidades de classe que participou na criação e instalação do Crea-
SC 10ª Região, em 21 de março de 1958, junto com representantes da
ACE (Associação Catarinense de Engenheiros), Ascea (Associação
Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos) e da Associação dos
Engenheiros do Vale do Itajaí.
No Plenário do Confea – Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – reunido em Brasília no período de 23 a
25 de outubro de 2013, apreciando a Deliberação nº 0287/2013-
CAIS, o CEAJ foi reconhecido como uma das quatro Entidades
Precursoras do Sistema Confea/Crea, nos seguintes termos:
Decidiu, por unanimidade, manifestar o reconhecimento e a
gratidão do Sistema Confea/Crea às entidades de classe e às insti-
tuições de ensino que estiveram representados na Sessão Plenária
de Instalação dos 27 (vinte e sete) Conselhos Regionais de
Engenharia e Agronomia e do Confea, alçando-as, oficialmente, à
qualidade de Entidades Precursoras do Sistema Confea/Crea, atre-
lado tal reconhecimento à apresentação das respectivas atas ou
outro documento comprobatório.
Presidiu aquela Sessão Plenária Ordinária nº 1.404, em Brasília,
o engenheiro Julio Fialkoski, vice-presidente do Confea.

Termo de Cooperação para Palestras Institucionais


Em 28 de março de 2014, o Crea-SC – Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia de Santa Catarina – representado pelo seu
presidente, Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier, e o
CEAJ, representado pelo seu presidente, Eng. Mecânico Sérgio
Ricardo Mendes Moraes, celebraram entre si o Termo de
Cooperação para Palestras Institucionais.
O objetivo deste termo é a cooperação entre o Crea-SC e o
CEAJ para que se organize ou se profira palestras sobre o Sistema
Confea/Crea e sua legislação profissional a estudantes, profissionais
e público em geral, por meio de seus diretores e conselheiros junto
ao Crea-SC, observadas as condições do termo.

136
Atuação do CEAJ junto ao Confea
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

O ex-presidente do CEAJ e ex-conselheiro estadual do Crea,


Eng. Mec. Civil e Seg. Trab. Julio Fialkoski, representando a moda-
lidade de Engenharia Industrial, tomou posse como Conselheiro
Federal para um mandato de três anos, iniciando em janeiro de 2012
e encerrando em dezembro de 2014, discorrendo sobre a finalidade
da entidade:
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) é
uma entidade autárquica dotada de personalidade jurídica de direito
público, que constitui serviço público federal, com sede e foro na
cidade de Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional, para
cumprir sua finalidade de instância superior de fiscalização do exer-
cício das profissões inseridas no Sistema Confea/Crea.
No desempenho de suas funções a sua organização se compõe
de: Plenário; Comissões Permanentes; Comitê de Avaliação de
Articulação – CAA; Presidente e Conselho Diretor – CD.
E o Conselheiro Federal é o profissional habilitado de acordo
com a legislação específica, registrado no Crea e eleito para repre-
sentar no Confea as áreas profissionais inseridas no Sistema
Confea/Crea. Um cargo honorífico com mandato de três anos.
Julio Fialkoski sentiu-se honrado em representar o CEAJ,
assim como o Crea-SC, exercendo no primeiro ano o cargo de 2º
vice-presidente e por dois anos seguidos como vice-presidente do
Confea, sendo a primeira vez que um profissional de Joinville exer-
ceu mandato de Conselheiro Federal.
Em 19 de agosto de 2014, o Eng. Julio Fialkoski assumiu interi-
namente a presidência do Confea por 100 dias, em razão do proces-
so eleitoral de 2014 do Conselho, conduzindo as eleições gerais de
Presidente do Confea, de 27 Presidentes de Creas, renovação de seis
Conselheiros Federais e de todas as Diretorias das Caixas de
Assistência da Mútua, nos 27 Estados da Federação.

137
CEAJ no Processo Eleitoral
No início dos anos 90, o Sistema Profissional Confea/Creas
adota uma mudança profunda em sua formação, passando a ser com-
posto por eleição direta dos membros para as posições de presiden-
tes dos Creas e do Confea. Gradualmente, o Centro de Engenheiros
e Arquitetos de Joinville foi a entidade que melhor entendeu tais
mudanças, se reorganizando para ser efetiva na formação das lide-
ranças dos conselhos e acolhendo bons resultados, tais como:
Apoio ao Eng. Wilson Lang, primeiro presidente do Crea-SC;
lançamento do Eng. Luiz Roberto Nunes Glavam ao Crea-SC, elei-
to para a continuidade do programa em curso, com forte atuação do
CEAJ; a eleição do Eng. Rogério Novaes.
Posteriormente, o CEAJ lançou o Eng. Julio Fialkoski, mas sua
vitória foi interrompida no Confea. Em seguida, o Eng. Julio Fialkoski
foi eleito Conselheiro Federal por Santa Catarina, presidindo interi-
namente a Confea por várias ocasiões no exercício de seu mandato.
Na esfera Federal, o CEAJ apoiou e foi efetivo na eleição de
todos os presidentes do Confea, como Henrique Ludovice, Wilson
Lang, Marcos Túlio de Melo e José Tadeu da Silva.
Sempre sendo recordista de eleitores por profissionais creden-
ciados e vencendo o índice nacional de votos dados ao vencedor da
eleição, o CEAJ atesta uma forte organização e uma liderança
expressiva na comunidade de profissionais na região de Joinville.

Diretorias CEAJ-Crea-SC na Sexta Década


2006 –Marcelo Morales – Eng. Civil (1º secretário)
2007– Marcelo Morales – Eng. Civil (1º secretário)
2009 – Sérgio Ricardo Mendes Moraes – Eng. Mec. (3º Secretário)

Conselheiros CEAJ-Crea-SC na Sexta Década


2005/06 Marco Antonio S. Bittencourt – Eng. Civil (titular)
Ricardo Lopes – Eng. Civil (suplente)
2006 Sérgio Ricardo Mendes Moraes – Eng. Mec. (titular)
Marcelo Morales – Eng. Civil (titular)
2006/08 Rogério Novaes – Eng. Civil (suplente)
Ivo Gilmar Petri – Eng. Eletricista (suplente)
José Thales Puccini – Eng. Mecânico (suplente)

138
2007/09 Julio Fialkoski – Eng. Civil, Mec. Seg. Trab. (titular)
Marcelo Fialkoski – Eng. Civil (suplente)
2009/11 Sérgio Ricardo Mendes Moraes – Eng. Mec. (titular)
Ascânio Pruner – Eng. Industrial (suplente)
Ivo Gilmar Pedri – Eng. Eletricista (suplente)
2011/12 Julio Fialkoski – Eng. Civil, Mec. Seg. Trab. (titular)
Daysi Nass dos Santos – Eng. Civil (titular)
Luiz Eduardo Borovicz Melara – Eng. Civil (suplente)
Wilson José Mafra – Eng. Mecânico (suplente)
2011/13 Paulo Roberto de Oliveira – Eng. Civil (titular)
Marcelo Fialkoski – Eng. Civil (suplente)
2012/14 Ivo Gilmar Petri – Eng. Eletricista (titular)
Schirley Quandt – Eng. Eletr. Arquit. Urb. (suplente)
Ascânio Pruner – Eng. Industrial (titular)
José Thales Puccini – Eng. Mecânico (suplente)
2013/15 Alcides Leal Nunes Júnior – Eng. Químico (suplente)
2014 Flávio Piazera – Eng. Mecânico (titular)
Gilson João dos Santos – Eng. Mecânco (suplente)
João Paulo Schmalz – Eng. Mecânico (titular)
Kurt Morriesen Júnior – Eng. Civil (suplente)
2014/15 Paulo Roberto de Oliveira – Eng. Civil (titular)
Marcelo Fialkoski – Eng. Civil (suplente)
2014/16 Daysi Nass dos Santos – Eng. Civil (titular)
Alfredo Herbst Neto – Eng. Mecânico (suplente)
Wilson José Mafra – Eng. Mecânico (suplente)

CEAJ investe na gestão estratégica para a entidade


Com os olhos atentos no presente e voltados para o futuro, a
diretoria executiva do CEAJ, com apoio do seu corpo de conselhei-
ros, iniciou em outubro de 2014 o trabalho de implantação da Gestão
Estratégica da entidade com validade nas ações de 2015 a 2019, com
revisões anuais e acompanhamento de consultoria especializada.
De acordo com o Eng. Sérgio Ricardo de Mendes Moraes, pre-
sidente do CEAJ, a Gestão Estratégica é o caminho para as organi-
zações se manterem em um ambiente altamente competitivo, pre-
paradas para enfrentar as constantes mudanças sociais, econômi-
cas, tecnológicas e políticas.

139
Diz ele:
Estamos fazendo o dever de casa para que o CEAJ esteja pre-
parado para um bom presente e um ótimo futuro. Com essa iniciati-
va, estamos reescrevendo vocação, missão, visão, e princípios e
valores, diagnóstico do ambiente, desenvolvimento do plano estra-
tégico, sua implantação, seu monitoramento e revisão.
A consultoria deste trabalho vem sendo realizada pelo especia-
lista em gestão estratégica, Eng. Edmilson Sabadini Pereira que,
depois da definição conjunta com a equipe de trabalho do CEAJ
sobre o que se deseja para o futuro, e após a análise do ambiente
interno e externo da entidade, partirá para a definição do plano
estratégico para cinco anos de atuação.
Conforme o presidente do CEAJ, Eng. Mec. Sérgio Ricardo
Mendes Moraes, serão “muitos debates, trabalhos e troca de expe-
riências pelo amplo conhecimento que temos do CEAJ, visando não
só a implantação, nas também o monitoramento e revisão anual do
plano estratégico”.

Parcerias do Crea-SC e CEAJ com instituições de ensino


tecnológico
A cooperação entre o Crea-SC e o CEAJ para a realização de
projetos de ensino contou com o Cintec – Congresso de Inovação
Tecnológica – que se destaca pelos seus mecanismos de transferên-
cia de tecnologia e inovação tecnológica, intensificando o relaciona-
mento entre os profissionais da indústria e da academia, de forma a
responder com velocidade e flexibilidade aos anseios da sociedade.
Com quatro áreas de congressos distintos: “Plásticos”,
“Fundição”, “Mecânica e Automação” e “Construção Civil”, a missão
do Cintec é contribuir para o aperfeiçoamento e desenvolvimento
das empresas e pessoas, por meio da transferência e difusão da tec-
nologia e conhecimento, principalmente pela propagação da inova-
ção tecnológica.
A parceria do Crea-SC e CEAJ contou também com projetos da
Univille, da Udesc e da Ufsc. Foram os seguintes projetos realiza-
dos a partir de 2006:

140
2006 Cintec Plásticos, Fundição, Construção Civil,
Arquitetura e Urbanismo.
2007 Cintec Mecânica e Automação, Construção Civil,
Arquitetura e Urbanismo.
2008 Cintec Plásticos e Fundição.
2009 Cintec Mecânica e Automação, Construção Civil,
Arquitetura e Urbanismo.
2010 Cintec Plásticos e Fundição.
2011 Cintec Mecânica e Automação, Construção Civil
Arquitetura e Urbanismo.
2012 Cintec Plásticos e Fundição.
2013 Cintec Mecânica e Automação, Construção Civil,
Arquitetura e Urbanismo.
2013 Univille – Projeto Eficiência Energética; Udesc –
Projeto Barco Solar e Projeto Albatroz – Aerodesign
2014 CIintec Plásticos e Fundição;
Univille – Projeto Eficiência Energética;
Udesc – Projeto Albatroz Aerodesign, Projeto
Velociraptor Baja;
Ufsc – Projeto Duna II – Nautimodelismo.

Conselhos e Comissões de que o CEAJ participa


Conselho Municipal do Meio Ambiente de Joinville – Condema
Conselho Municipal de Defesa Civil – Comdec
Comissão do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Natural do Município – Comphaan
Conselho de Centro da FEJ/Udesc – Concecct
Conselho Municipal de Terras, Habitação Popular e Saneamento
Conselho Municipal de Terras e Habitação Popular
Conselho Empresarial – Unisociesc
Conselho de Centro – Unisociesc
Comissão Própria de Avaliação – CPA – Unisociesc
Conselho Municipal de Direitos do Idoso – Comdi

141
Conselhos e Comissões em que o CEAJ já participou
Conselho de Desenvolvimento Econômico de Joinville –
Desenville
Comissão da Acij – Associação Empresarial de Joinville
Comissão Especial da Câmara Vereadores de Joinville
Conselho de Escotista
Conselho Municipal de Engenharia Sanitária
Comissão Permanente de Revisão e Atualização do Plano
Básico Urbanístico de Joinville
Conselho Curador da Func
Comissão Julgadora dos Projetos para o Parque Turístico de SC
Comissão de Urbanismo
Comissão de Trânsito
Comissão de Defesa Civil
Comissão Externa Habitacional
Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador – Cist
Comissão de Legislação, Justiça, Redação e Reação, Urbanismo,
Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente
Conselho Municipal do Programa Bolsa Família
Comissão Técnica – Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville
Comissão Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Câmaras Setoriais do Ippuj
Câmara Setorial de Desenvolvimento Urbano e Legislação
Comitê Estratégico de Educação
Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina – Senge
Serviço Municipal de Água e Esgoto – Samae
Plano Diretor Urbanístico de Joinville
Plano Diretor Sistema Transporte Urbano de Joinville
Programa Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social

142
Homenagem da Acef
Por indicação do Eng. Florestal Reginaldo Bikudo Rocha Filho
e com aprovação unânime, o CEAJ foi uma entidade homenageada
por sua trajetória de 60 anos pela Acef – Associação Catarinense de
Engenheiros Florestais – durante a Sessão Solene do X Simpósio
Florestal Catarinense, junto com a Medalha do Mérito Acef-2014,
em 11 de setembro, às 19 horas no Restaurante Monte Castelo, em
Curitibanos-SC. CEAJ esteve representado pelo seu presidente Eng.
Mec. Sérgio Ricardo Mendes Moraes, com agradecimentos à Acef.

Final da Sexta Década do CEAJ


Ao se aproximar a comemoração dos 60 anos do CEAJ, o presi-
dente, Eng. Mec. Sérgio Ricardo Mendes Moraes, enalteceu a reali-
zação dos projetos dentro do planejado com resultados positivos,
beneficiando os associados, profissionais e estudantes, com as reu-
niões periódicas e os cursos do PEC – Programa de Educação
Continuada – em parceria com o Crea-SC, palestras institucionais,
encontros festivos e o tradicional campeonato de futebol society.

Solenidade comemorativa aos 60 anos do CEAJ


A entidade comemorou em grande estilo o seu sexagenário, em
28 de novembro de 2014, com um requintado jantar e o tradicional
baile animado pela banda Cor do Sol, no salão nobre do Joinville
Tênis Clube. O evento foi marcado com homenagens aos fundado-
res Eng. Raul Schmidt e Eng. Mário Eugênio Boehm, ao ex-presi-
dente do CEAJ, Conselheiro Federal por Santa Catarina (2012-
2014) e Vice-Presidente do Confea (2013-2014) Eng. Civil/Mec/Seg.
Trab. Julio Fiakoski, pela sua dedicação nos serviços prestados ao
Sistema Confea/Crea e à sua entidade de classe, além dos 10 profis-
sionais que mais indicaram o CEAJ nas ART’s em 2013:
Carlos Alberto Fritzke, Mauro Luis Meneguel,
Emerson Lippi Simão, Hélcio Luiz Henk,
Deomar Luis Valcanaia, Claudio Muller da Luz,
Fabrício Oliveira de Souza, Antonio Alfredo Salomão Nachtigall,
Frederico Juergens Junior e Silvio Roberto Reiser.

143
MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
60 anos do CEAJ

O presidente do CEAJ, Eng. Mec. Sérgio Ricardo Mendes Moraes,


dá-lhe boas-vindas

145
Encontro dos engenheiros nos anos 50. Gerd Neermann, Pedro Hugo Petry,
Hary Nelson Schmidt, Lourival Torrens Malschitzky e Gunther Wetzel

Esposas dos engenheiros no mesmo evento da foto acima

146
Desde o início, profissionais do CEAJ sabiam que descanso era importante,
aproveitando os finais de semana para um bom jantar ao som de boa música e
convite para dançar

Momentos alegres e descontraídos de confraternização entre engenheiros,


arquitetos e seus familiares

147
Projeto Memória do CEAJ, em 1993, Luiz Carlos Ferraro,
Raul Schmidt e Prof. Sylvio Sniecikovski

Depoimento de Wittich Freitag sobre início da Consul, ladeado pelos


padrinhos Paul Daniel Muller e Ernesto Heinzelmann, acompanhado pelo
escritor Apolinário Ternes

148
Aplausos ao depoimento de Wittich Freitag, presidente da Indústria de
Refrigeração Consul, no Projeto Memória – 1993

Encontro de engenheiros e arquitetos do CEAJ: Marco Antonio S. Bittencourt,


Julio Fialkoski, José Thales Puccini, Eduardo Miers e Luiz Roberto Nunes Glavam

149
Belos momentos de
engenheiros no
esporte.
Em Pé:
Sérgio Farah.
Abaixado: Anselmo
Fábio de Moraes

O empolgante Campeonato de Futebol Suíço começou em 1980;


primeira equipe de engenheiros e arquitetos do CEAJ

150
Eram mais
de 15 equipes
em 1986

Consul

Nobre

Tupy

151
O bom time do Canabraba, composto por alunos formados nos anos 1984/85,
honra seu nome: É o primeiro a chegar à mesa e lá permanece até o último gole!

Muitas equipes crescendo e contando com o apoio e a torcida de familiares,


como a da Consul, na Sede Campestre

152
E o Futebol Suíço foi crescendo ano a ano, com excelentes campeonatos e
muitos troféus disputados, como em 2003

No Campeonato entre Instituições de Ensino Tecnológico de Joinville, em


novembro de 2014, o 1º lugar foi para a equipe da Udesc CCT Joinville

153
Ao transferir a sede para a Rua Otto Boehm, em 1993, o CEAJ transformou
antigas construções em nobre local para suas atividades

O CEAJ passou a contar com bom auditório, facilitando os trabalhos e a


realização de palestras e cursos

154
Além do auditório, a sede passou a contar também com excelente bar para os
necessários momentos de descanso

Inauguração do Centro de Convivência, em 1994, Hary Nelson Schmidt,


Florisval, Luiz Roberto N. Glavam, Wilson Lang (pres. Crea-SC), Harro Stamm
e José Thales Puccini

155
Eng. Wilson Lang, presidente do Crea-SC, inaugurando a tão esperada
Sala de Eventos do CEAJ, em 1994

O Eng. Pio Campos Filho como assador na churrasqueira, em constantes


atividades sociais da entidade

156
Encontro de profissionais e familiares na Churrasqueira do
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, em 1994

Os processos eleitorais no CEAJ sempre são de grande expectativa e harmonia,


como em 1995, com o Eng. Cezario Peixoto fazendo a contagem dos votos

157
Em 1999 foi dado início à construção da Sede Campestre do CEAJ,
onde foi realizada a divertida Festa da Cumeeira

E as festividades continuavam ao ser comemorada a


inauguração dos vestiários da Sede Campestre, em 2002

158
Sede Campestre,
e membros da
Diretoria do CEAJ
plantando muitas
mudas em 2002,
no Dia da Árvore

O plantio de árvores foi para garantir o equilíbrio da natureza e


embelezar a Sede Campestre que foi ampliada em 2002

159
Evento sobre “Desenvolvimento Tecnológico”,
com o Eng. Ernesto Heinzelmann (no detalhe),
na Embraco, comemorando os 50 anos do CEAJ

Palestra sobre “Tecnologia Metalúrgica”,


na Fundição Tupy, pelo Eng. Luiz Carlos Guedes

160
O Eng. Nelson Silvério Machado falou sobre
“Tecnologia de Plásticos” na Tigre Tubos e Conexões

Os 50 anos do CEAJ foram comemorados em 2004,


com uma Caminhada Tecnológica em muitas empresas

161
A Caminhada Tecnológica continuou com a palestra “Engenheirando
Soluções nada Convencionais”, do Eng. Miguel Abuhab, no Banco do Brasil

No final da palestra, o Eng. Miguel Abuhab é condecorado


pelo Presidente do CEAJ – Eng. Julio Fialkoski

162
O ano de 2004 foi chegando ao fim, com engenheiros e arquitetos
rememorando as cinco décadas de desenvolvimento e valorização
profissional do CEAJ para o bem da Comunidade

Comemorando os 50 anos do CEAJ, houve uma Sessão Solene na Câmara dos


Vereadores e, posteriormente, um Culto Ecumênico na Catedral de Joinville

163
Presidente e ex-presidentes do CEAJ estiveram presentes na
Capela da Catedral de Joinville para o Culto Ecumênico de
agradecimentos, celebrado pelo Monsenhor Bertino Weber

No Jantar Dançante: Julio Fialkoski, Raul Zucato, Sérgio Ricardo Mendes Moraes,
Anselmo Fábio de Moraes e o Prof. Sylvio Sniecikovski – “Amigo do Engenheiro”

164
O ex-presidente do CEAJ, Eng. Mec. José Thales Puccini,
acompanhado de sua esposa, Sra. Marisa, homenageou o
Professor Sylvio Sniecikovski como “Amigo do Engenheiro”

No final de 2009, presidente, ex-presidentes e fundadores se reuniram para


comemorar os 55 anos do CEAJ. Sentados: João Batista Rodrigues Motta
Rezende, Harro Stamm, Raul Schmidt (fundador) e Hary Nelson Schmidt

165
“Caminhada Tecnológica do Ensino à Prática”, em 2006
com visita técnica à empresa Engepasa Ambiental.
Eng. Wesley Masterson Belo de Abreu e Eng. Álvaro Gayoso Neves

Em 2009, a Caminhada Tecnológica foi com visita ao Tecon Santa


Catarina (Terminal Portuário). Eng. Marcelo Fialkoski e Eng. Rubens Garcia

166
Também em 2009, diversos engenheiros e arquitetos
participaram da Caminhada Tecnológica
com visita técnica à Cebrace – Companhia Brasileira de Cristal

A última Caminhada Tecnológica foi em 2011. Visita técnica à empresa Detroit


Brasil Ltda. – Mercado Naval, com o Eng. Ascânio Pruner, presidente do CEAJ

167
A partir do ano 2006, o CEAJ vem organizando a tradicional
edição do evento beneficente “Feijão & Doação”

Marcelo Fialkoski, Wesley Masterson Belo de Abreu, Sérgio Ricardo Mendes


Moraes, Marcelo Morales e Julio Fialkoski transformados em cozinheiros

168
Esposas de engenheiros e arquitetos ajudando a atender entidades como a
Rede Feminina de Combate ao Câncer

De 2006 a 2014, o evento beneficente “Feijão & Doação” vem fazendo parte do
coração sempre aberto do CEAJ

169
Engenheiros eleitos pelo CEAJ como Conselheiros: Eng.Civil Daysi Nass dos
Santos e Eng. Kurt Morriesen Júnior, empossados pelo presidente do Crea-SC
(no centro) Eng. Civil Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier

Eng. Civil Marcelo Fialkoski e Eng. Civil Paulo Roberto de Oliveira, empossados
pelo presidente do Crea-SC (no centro)

170
Eng. Mecânico João Paulo Schmalz e Eng. Mecânico Alfredo Herbst Neto
recebem o título de Conselheiros pelo presidente do Crea-SC (no centro)

O presidente do Crea-SC – Eng. Civil Seg. Trab. Kita Xavier entrega o título
de Conselheiro ao Eng. Mec. Wilson José Mafra

171
Eng. Mec. Gilson João dos Santos e Eng. Mec. Flávio Piazera recebem o título
de Conselheiros pelo presidente do Crea-SC (no centro)

Eleito como Conselheiro, o ex-presidente do CEAJ –


Eng. Met. Luiz Carlos Ferraro, recebe o título pelo presidente do Crea-SC –
Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier

172
Engenheiros, arquitetos e estudantes, no Curso de Acessibilidade do CEAJ,
em parceria com o Crea-SC, ministrado pela Eng. Civil Daysi Nass dos Santos
e pela Eng. Elet. e Arq. Urb. Schirley da Silva Quandt

Homenagens da Acef – Associação Catarinense de Engenheiros Florestais,


pelos 60 anos do CEAJ. Engenheiros André Leandro Richter, Sérgio Ricardo
Mendes Moraes e Reginaldo Rocha Filho

173
Galeria com fotos dos Ex-Presidentes do CEAJ,
na Sala de Reuniões da sede atual, no Edifício Rudenas

Tradicionais reuniões quinzenais de engenheiros e arquitetos associados com a


Diretoria, na sede da entidade. Reunião em 2014, sobre Planejamento Estratégico

174
Solenidade Comemorativa dos 60 anos do CEAJ, no dia 28 de novembro de 2014,
reunindo presidente e ex-presidentes para relembrar os grandes momentos das
seis décadas de história da entidade no desenvolvimento de Joinville

Engenheiros Fabrício Oliveira de Souza, Carlos Alberto Fritzke, Rogério Novaes,


Cláudio Muller da Luz e Sérgio Ricardo Mendes Moraes, presidente do CEAJ

175
Engenheiros na entrega das homenagens aos 60 anos do CEAJ
Ascânio Pruner (representando o fundador Raul Schmidt). Julio Fialkoski, Sérgio
Ricardo Mendes Moraes (presidente) e Mário Eugênio Boehm (fundador)

Associados e familiares no festivo jantar comemorativo dos


60 anos do CEAJ, no Salão Nobre do Joinville Tênis Clube

176
DEPOIMENTOS

Wilson Lang

Dagoberto Koehntopp

Luiz Roberto Nunes Glavam

Álvaro de Calazans Gayoso Neves

Felipe Feltrin

Marcos Toschi Granado

Romualdo Theophanes de França Jr.

Annemarie Freissler Meinert

Anselmo Fábio de Moraes

Ernesto Heinzelmann

Eduardo Miers

Carlos Alberto Kita Xavier


C ompreender o funcionamento da sociedade faz parte dos nos-
sos estudos, desde a Teoria dos Grupos Sociais, de Durkheim,
nas aulas de Sociologia da Escola de Engenharia da Furb. Hoje, este
assunto é considerado por muitos como “perfumaria”. E em decorrên-
cia disso, temos nossas proposições para esta engrenagem social...
Como engenheiros, buscamos fazer uma representação geomé-
trica de tais conceitos através de uma pirâmide invertida que tem na
sua extremidade inferior seu ponto de partida – o cidadão!
A partir dali, podemos fatiar a pirâmide em infinitos planos,
onde vamos encontrar a união de indivíduos congregando os seg-
mentos organizados da sociedade e de governos que obedecem a um
conjunto de normas procurando alcançar seus objetivos. E dentro
deste conceito encontramos o CEAJ.
Nosso primeiro contato, como professor da Furb, foi receber a
incumbência de gerenciar a conclusão de um curso de Pós-
Graduação em Construção Civil, realizado em parceria com a
Udesc e de onde surgiram muitas amizades com engenheiros como
Flávio Piazera, José Thales Puccini, Harro Stamm, Hary Nelson
Schmidt, Luiz Roberto Nunes Glavam e tantos outros.
Como tínhamos o conceito de que o Crea-SC só seria forte se as
atividades de classe também fossem, começamos a desenvolver par-
cerias para aquisição de novas inspetorias onde convivessem har-
monicamente os interesses formais do órgão de fiscalização profis-
sional e as associações de classe.
E o CEAJ sempre defendeu a necessidade de apresentar, junto
com a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – os projetos
nela citados com uma comissão que faz a conferência das condições
mínimas de qualidade para suas atividades.
O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville foi e conti-
nua sendo uma das coisas boas de minha vida.

Wilson Lang
Engenheiro Civil
Presidente do Crea-SC em 1990/96
Presidente do Confea em 2003/05

179
J oinvilense, fui para Curitiba onde me formei em Arquitetura
e Urbanismo pela Escola de Engenharia da Universidade
Federal do Paraná (UFPR), em 1966. Ao retornar a Joinville, em
1967, associei-me à Construtora Koehntopp & Cia. e afiliei-me ao
CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville, oportunidade de apro-
fundados relacionamentos com profissionais locais, especialmente
os da construção civil, como Helmuth Keller, Henrique Jordan,
Petry, Álvaro Gayoso, Mário Rücker, Hary Schmidt e tantos outros.
Em 1968 fui contratado pela Prefeitura Municipal de Joinville
para estruturar a Assessoria e Planejamento Urbanístico. E a convi-
te do governo alemão, participei de um curso de Gerenciamento
Urbano em Berlim Ocidental.
Ao retornar, iniciei contatos com órgãos públicos envolvidos
com projetos de desenvolvimento necessários à melhoria da infraes-
trutura física e implantação de sistemas para o planejamento urba-
no: BNH, Serphan, Sudesul e o Governo do Estado de SC.
O Plano Diretor para Planejamento Urbano, aprovado em 1965,
foi revisado em 1970 pela Comissão de Revisão e Atualização do
Plano Básico Urbanístico, nomeando representantes indicados pelo
CEAJ, pela Acij, CDL, Câmara de Vereadores. E o novo Plano
Diretor foi aprovado pela Câmara Municipal e sancionado em 1973.
No período de 1968 a 1977, em que estive na Prefeitura
Municipal de Joinville, sempre participei de grupos locais interes-
sados no desenvolvimento e na preservação de ambientes históricos
da cidade. Em 1977, assumi como assessor da Comissão Nacional de
Desenvolvimento Urbano, vinculada ao Ipea – Instituto de Pesquisa
e Planejamento Aplicado, da Sociedade de Planejamento da
Presidência da República – onde me aposentei.
Parabéns ao CEAJ pelos 60 anos de forte e necessária contri-
buição para o desenvolvimento da nossa Joinville.

Dagoberto Koehntopp
Arquiteto e Urbanista
“Profissional do Ano” em 1994

180
N os 60 anos de atividades do Centro de Engenheiros e
Arquitetos de Joinville, tive a honra de ser seu associado
nos últimos 45 anos.
Neste período tive a constatação de que os engenheiros não
têm o hábito de participar de associações de classes, seja pelo gran-
de universo de suas modalidades e especializações profissionais,
seja pela diversidade de seus ambientes de trabalho.
Durante os seus 60 anos, o CEAJ procurou ser a interface des-
tes profissionais, o que fez com grandes méritos e obteve o reco-
nhecimento da comunidade profissional.
A grande liderança que a entidade representa pode ser com-
provada nas suas atuações e posicionamentos nas eleições do
Sistema Confea/Crea, onde os profissionais comparecem e votam
maciçamente nos candidatos apoiados pelo CEAJ.
O nosso estado é líder no percentual de participação dos pro-
fissionais votantes nas eleições nacionais do Sistema, e Joinville
apresenta o maior índice dentre os maiores municípios de Santa
Catarina.
Isso nos leva a reconhecer o alto grau de politização dos nossos
profissionais, bem como a liderança de sua associação.
Parabéns CEAJ pelos seus 60 anos, parabéns por nos represen-
tar tão bem por este tempo.

Luiz Roberto Nunes Glavam


Engenheiro Eletricista
Vice-presidente do CEAJ em 1996/97
Presidente do Crea-SC em 1997/99

181
F ormado pela Escola Nacional de Engenharia, no Rio de
Janeiro, vim exercer minha atividade profissional em
Joinville, no mês de novembro de 1960, na construção e pavimenta-
ção da estrada entre São Francisco do Sul e Joinville, atual BR-280.
Desde minha chegada, tive a oportunidade de conhecer e partici-
par do CEJ – Centro de Engenheiros de Joinville – recém-fundado, com
os primeiros engenheiros e diretores, entre os quais as figuras de Hary
Nelson Schmidt, Dieter Ivo Pinnow, Lourival Torrens Malschitzky,
Fernando Perlingeiro Lovisi, Eny Alves Neves e tantos outros.
Em reuniões no Edifício Manchester, tentávamos sempre valo-
rizar a participação e contribuição dos engenheiros e dos arquitetos
no desenvolvimento de nossa cidade e do nosso estado.
A partir de 1980, com participação de diversos arquitetos, o
CEJ passou a ser CEAJ – Centro de Engenheiros e Arquitetos de
Joinville – que me proporcionou, em 1998, o comovente título de
“Profissional do Ano”, do qual me sinto muito honrado.
Aproveito para parabenizar ao CEAJ pela contribuição que tem
trazido à classe nas seis décadas de muitas atividades.

Álvaro de Calazans Gayoso Neves


Engenheiro Civil
“Profissional do Ano” em 1998

182
N o mês de agosto de 1973, em Joinville, iniciei minhas ativi-
dades como escriturário na Inspetoria do Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa
Catarina, cujas dependências eram situadas na sede do CEAJ, que
tinha representatividade no Crea-SC com Conselheiros e
Inspetores nas diversas áreas.
Junto ao CEAJ passei a contribuir em algumas atividades
determinadas pelo Inspetor Chefe, como a preparação de reuniões e
encontros festivos dos associados, as quais eu realizava com muita
responsabilidade e espontaneidade.
Ao final de cada ano, por ocasião do Dia do Engenheiro, o CEAJ
realizava um jantar dançante, onde eu e minha esposa, Terezinha,
éramos sempre convidados a participar.
Num desses jantares dançantes, realizado no dia 11 de dezem-
bro de 1999, a Diretoria do CEAJ, na qual era presidente o Eng.
Marco Antonio dos Santos Bittencourt, me homenageou conceden-
do-me o título de “Amigo do Engenheiro”, o qual aceitei com muita
honra e orgulho.
Durante 25 anos exerci as atividades no Crea-SC, ocupando
sempre as instalações do CEAJ.
O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville vem partici-
pando no desenvolvimento da cidade por 60 anos com o bom
desempenho dos seus profissionais... E acredito que assim o fará
além do tempo.

Felipe Feltrin
Ex-funcionário da Inspetoria
do Crea-SC Joinville – 1973 a 1998
“Amigo do Engenheiro” em 1999

183
I niciei minha participação no CEAJ ainda em fase acadêmica,
quando disputei o tradicional campeonato de futebol society
pela equipe de formandos da FEJ/Udesc de 1984.
Ao longo das últimas três décadas (1984/2014) eu tive a oportu-
nidade de assumir diversos cargos na Diretoria Executiva, Conselho
Deliberativo e também representar a entidade no Crea-SC como
conselheiro na Câmara especializada em energia elétrica.
Por muitos anos coordenei o campeonato de futebol suíço,
importante atividade não só de confraternização, mas também de
oportunidade para o ingresso de novos associados.
O CEAJ desempenha um papel fundamental na valorização de
seus profissionais e também de apoio à nossa comunidade nas aná-
lises e soluções de problemas em temas relevantes.
Além do desenvolvimento profissional, a entidade também tem
me propiciado memoráveis momentos de lazer, bem como a criação
de fortes laços de amizades.
Uma entidade de classe forte somente sobrevive com a partici-
pação ativa dos seus associados. E nesse momento que nossa enti-
dade completa 60 anos de existência, parabenizo a todos os amigos
membros do CEAJ.

Marcos Toschi Granado


Engenheiro Eletricista
Vice-presidente do Ceaj em 2000/01

184
Nades,oportunidade em que o CEAJ comemora 60 anos de ativida-
deve-se ressaltar a relevância com que sempre tratou
nossa cidade.
Tomando como fundamentos a tecnologia, a arte e a ciência, a
instituição tornou-se representativa nos âmbitos político e privado,
promovendo oportunidades de conhecimentos, negócios e parcerias
aos seus associados e, ao mesmo tempo, cooperando de forma inde-
lével com o poder público, notadamente na intervenção e gestão
para melhoria da qualidade de vida do povo joinvilense.
Neste contexto, não por acaso é que ao longo de sua história o
CEAJ vem depositando apoio e confiança a vários de seus membros
para ocupar destacadas posições de governança pública, seja na
esfera municipal, estadual ou federal.
Em todas as suas ações conjuga parâmetros da ética profissio-
nal, da racionalidade, da otimização e da preservação ambiental
para destituir a idéia da ineficiência e da ineficácia, construindo um
processo sistêmico de produção planejada.
Pautando seus trabalhos pela evolução aliada à economia, o
CEAJ conquistou o respeito da população, da iniciativa privada e
pública, como também de outras instituições, marcando forte parti-
cipação na definição e na condução das políticas de desenvolvimento,
tornando sua presença decisiva nos meios empresariais, provando a
sua indispensabilidade como agente de inovação tecnológica e perse-
guindo metas estratégicas de penetração e de afirmação pública.
Na percepção de que o saber é feito de conquistas, que se somam
e que se tornam cumulativas, o CEAJ se assenta em bases sólidas de
experiências e estudos científicos de nosso passado, para vivenciar o
presente e estabelecer os rumos de enfrentamento dos complexos
desafios do futuro, firmando seu posicionamento como entidade cor-
porativa profissional que possui funções social, econômica e política.

Romualdo Theophanes de França Jr.


Engenheiro Civil
Vice-presidente do CEAJ em 2002/03
“Profissional do Ano” em 2003

185
O meu primeiro contato com o CEAJ foi em 1960, num evento
da entidade ainda conhecida como CEJ, acompanhada do
meu falecido esposo Eng. Civil Kurt Meinert, que foi presidente no ano
seguinte. Desde então, sempre acompanhei o crescimento do CEAJ.
Por isso, tenho esta entidade como se fosse o meu clube do coração.
Em 1996, o presidente, Eng. Cezario Peixoto, convidou-me para
secretariar a entidade, o que prontamente aceitei.
No período em que permaneci como secretária, tive a oportu-
nidade de conhecer pessoas inteligentes, brilhantes e com muita
capacidade para elevar o nível de trabalho e repercussão do CEAJ
nacionalmente. Com a dinâmica e rapidez foram feitas campanhas
eleitorais para Crea-SC, Mútua e Confea, com absoluto sucesso.
As prioridades como reuniões de diretoria, assembleias, pales-
tras de alto nível, cursos, seminários, eventos sociais e campeonatos
esportivos, foram eventos que conquistaram um grande número de
associados participantes.
Para mim foram momentos de realizações e de relembrar a his-
tória do Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, visto que
tive a oportunidade de conhecer pessoalmente os fundadores da
entidade. Grandes amizades surgiram e permanecerão até o final de
minha vida.
Com carinho, agradeço a todos que cruzaram o meu caminho e
parabenizo o CEAJ pelos 60 anos no desenvolvimento de nossa cidade.

Annemarie Freissler Meinert


Ex-secretária do CEAJ em 1996/2005
“Amiga do Engenheiro” em 2003

186
J oinvilense de nascimento, fui para Piracicaba/SP fazer o
curso de Engenharia Civil. Formado em dezembro de 1975,
voltei a Joinville para exercer a profissão.
Eram poucos engenheiros civis naquela época. Alguns já for-
mados há algum tempo, como Dieter Pinnow, Adil Calomeno e
Hary Nelson Schmidt. Entre eles, outros de nossa geração iniciavam
a carreira, como Henrique Chiste Neto, José Carlos Vieira, Ademir
S. Dadalt e eu.
O escritório do Crea-SC, onde passei a trabalhar, ficava junto
ao CEAJ no Edifício Rudenas, na Rua Nove de Março, e funcionava
como local de reunião, onde fazíamos as nossas ARTs in loco com a
ajuda do Felipe, funcionário do conselho e que ajudava na adminis-
tração do CEAJ.
Numa época em que não havia a facilidade da informática,
aquela sala que nos servia de ponto de trabalho e encontro foi de
grande relevância na minha carreira, pois jovem e iniciante nas lidas
da Engenharia Civil, eu me fortalecia ao conversar e aprender com o
Pinnow, com o Hary, ou com Adil, profissionais já especializados.
Formado em engenharia há 40 anos, desde que comecei a tra-
balhar participei do CEAJ, um espaço em que podíamos discutir,
além das nossas atribuições, sobre outros assuntos que sempre
foram importantes não só para nossa profissão, mas também para a
nossa Joinville.

Anselmo Fábio de Moraes


Engenheiro Civil
Vice-presidente CEAJ em 1994/95
“Profissional do Ano” em 2005

187
A s entidades de classe têm, há muitas décadas, desenvolvido
um papel muito importante na sociedade. Quando falamos
de profissionais de engenharia e arquitetura, sua representação se
torna ainda mais marcante.
Engenheiros e arquitetos são profissionais muito bem formados,
fundamentais ao desenvolvimento de qualquer nação e responsáveis
por praticamente tudo que tocamos e usamos no nosso dia a dia.
Projetamos e construímos a infra-estrutura do país, desenvol-
vemos e produzimos bens de consumo que trazem segurança e con-
forto às pessoas, criamos e disponibilizamos imóveis que nos abri-
gam e nos propiciam o bem-estar de um lar.
O CEAJ tem desempenhado nas últimas seis décadas um papel
muito importante na congregação e representação destes profissio-
nais construtores e transformadores.
O CEAJ me proporcionou o maior reconhecimento que um pro-
fissional de Engenharia pode ter. Aquele que vem dos seus pares,
que o reconhecem por suas contribuições à sociedade.
Fui reconhecido como Profissional de Destaque pelo CEAJ e
este foi o berço do reconhecimento que recebi posteriormente do
Confea e do Crea-SC com a Medalha de Mérito Profissional.
Ao mesmo tempo que sou grato ao CEAJ, quero parabenizar a
entidade pelo seu trabalho sério e representativo nos seus 60 anos.

Ernesto Heinzelmann
Engenheiro Mecânico
“Profissional do Ano” em 2006
Medalha de Mérito Crea-SC em 2007
Medalha do Mérito Confea em 2007

188
C onciliando trabalho e estudo, consegui me formar, em 1970,
como Engenheiro Operacional, na recém criada FEJ –
Faculdade de Engenharia de Joinville.
Logo me associei ao CEAJ nas fases mais intensas, cuja sede era
na Rua Otto Boehm, junto a Softville, onde participava das famosas
e inesquecíveis reuniões nas segundas-feiras.
Naquelas ocasiões a agenda era variada, com assuntos sempre
importantes para a nossa cidade. Após cada reunião havia uma car-
ninha assada por alguém na churrasqueira que ficava aos fundos. E,
naturalmente, havia também uma cervejinha.
Ali houve muitos jantares, peixadas e arroz à carreteiro, de
autoria dos chefes Pio Campos, Arno, Julio e outros. E lá ia eu feste-
jar meus aniversários, todos os anos.
A secretaria funcionava com a Dona Ane e, mais tarde, com a
Sueli. Saudades!
Na frente da sede se instalou a Coopenge, que infelizmente não
resultou no que se esperava.
Havia também a sede campestre, onde os associados aproveita-
vam para ativa prática de futebol, participando de feijoadas e pei-
xadas muito boas. Vale citar o “Feijão & Doação”, feijoadas benefi-
centes que sempre foram bem sucedidas e um exemplo de coopera-
ção dos associados voluntários para com a comunidade.
Estar participando do CEAJ é para mim uma grande honra!

Eduardo Miers
Engenheiro Mecânico
“Profissional do Ano” em 2008

189
Oreconhecimento e a valorização dos serviços da área tecno-
lógica, como propulsores do bem-estar e desenvolvimento
social, estão cada vez mais agregados ao papel dos profissionais que
dinamizaram as entidades de classe. Essas instituições influem
positivamente, reunindo as comunidades técnicas em prol da socie-
dade, elevando valores, aumentando o conhecimento, defendendo o
meio ambiente e exigindo posturas de fiscalização iguais para
todos. Nas entidades não basta termos profissionais comprometi-
dos, atualizados e presentes... É necessário que estejam cientes de
que o futuro depende de cada um de nós, de nossa seriedade e ação.
E é por isso que reconhecemos a importância do CEAJ e de todos os
serviços já prestados ao nosso sistema e à comunidade jonvilense.
Em nome do Crea-SC, saliento o trabalho de destaque desta
grande entidade, desde seus funcionários, aos presidentes, direto-
res, conselheiros e colaboradores. Ao longo desses 60 anos, o CEAJ
agregou valor ao associativismo local, cumprindo muito bem seu
papel junto à comunidade profissional da região, colocando-se con-
tinuadamente engajado nas causas da sociedade, muitas vezes em
parceria com este Conselho, acompanhando o desenvolvimento da
cidade de Joinville e dos municípios vizinhos, e o crescimento movi-
do pela força e atuação dos profissionais e empresas do setor.
O conselho teve a oportunidade de estar presente e apoiar mui-
tos cursos, eventos, visitas e projetos onde o CEAJ estimulou a parti-
cipação técnica em questões como a administração pública, sanea-
mento, mobilidade urbana, entre outros, sempre junto a órgãos locais
e estaduais. Muitos desses eventos foram viabilizados com recursos
do PEC – Programa de Educação Continuada – do Crea-SC com con-
teúdo e novidades do mercado, reunindo participantes das engenha-
rias e áreas afins numa troca de ideias, informações e experiências.
Que possamos vivenciar ainda muitas conquistas desta entida-
de, seu crescimento e desenvolvimento, posicionando-se frente aos
desafios de Joinville e região e trabalhando por profissionais mais
valorizados e dignificados, sempre.

Carlos Alberto Kita Xavier


Eng. Civil e Seg. Trab.
Presidente do Crea-SC – 2012/2014

190
CEAJ ESTATUTO – junho/2003

CAPÍTULO I – ESTRUTURA E OBJETIVOS

Art. 1º. O Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, sediado


na cidade de Joinville/SC, doravante denominado CEAJ, é uma socieda-
de civil, com personalidade jurídica, sem fins lucrativos, com duração
indeterminada, fundada em 11 de dezembro de 1954, com sede e foro na
cidade de Joinville, estado de Santa Catarina, e reger-se-á pelo presen-
te estatuto.

Art. 2º. O CEAJ tem como objetivo o desenvolvimento de atividades


sociais, esportivas, culturais e de lazer em geral, através de práticas que
estimulam a união e a valorização os profissionais da engenharia, arqui-
tetura, agronomia e demais categorias dos seus associados, bem como
sua interação na sociedade.

CAPÍTULO II – DOS FUNDADORES

Art. 3º. Aos onze dias do mês de dezembro de 1954, fundou-se o


Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville, com o objetivo de defen-
der, coordenar, unir a classe e amparar moralmente seus associados,
colaborar com os poderes públicos e entidades afins no sentido da soli-
dariedade social e da subordinação dos interesses econômicos e profis-
sionais ao interesse nacional; representar perante as autoridades admi-
nistrativas e judiciais os interesses de seus associados relativos ao exer-
cício da profissão no ramo da engenharia. Sendo seus fundadores:
A. Carlos Guillen
B. Eny Alves Neves
C. Ernani de Abreu Santa Rita
D. Fernando Perlingeiro Lovisi
E. Guilherme Miranda Franco
F. Humberto Machado
G. Luiz Carlos de Oliveira Borges
H. Lourival Torrens Malschitzky
I. Mário Luiz Garcia
J. Oskar Herbert Gerstner
K. Pedro Hugo Petry
L. Raul Schmidt
M. Renato Martins Guedes Pinto
N. Mário Eugênio Boehm

191
CAPÍTULO III – QUADRO SOCIAL

Art. 4º. O CEAJ será constituído por profissionais das categorias de


Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Meteorologia, Geografia,
com tecnólogos de áreas afins, reconhecidos e registrados no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-SC), sem distin-
ção de raça, credo ou filiação político-partidária, admitidos na forma
deste estatuto.
Art. 5º. Os associados do CEAJ serão distribuídos nas seguintes
categorias:

A. Sócio fundador
B. Sócio patrimonial
C. Sócio contribuinte
D. Sócio honorífico
E. Sócio benemérito
F. Sócio estudante

Art. 6º. Serão considerados sócios fundadores os associados em dia


com suas contribuições e que tenham assinado a ata de fundação do
CEAJ.
Art. 7º. Serão considerados sócios patrimoniais os associados em
dia com suas contribuições, os quais forem portadores de títulos patri-
moniais emitidos pelo CEAJ.
Art. 8º. Serão considerados sócios contribuintes os associados em
dia com suas contribuições.
Art. 9º. Serão considerados sócios honoríficos os associados enqua-
drados nos artigos 6º, 7º, ou 8º, que tenham prestado serviços relevan-
tes ao CEAJ ou às profissões de seus associados e tenham sido distin-
guidos por proposta da diretoria, aprovada pela maioria absoluta do con-
selho deliberativo.
Art. 10º. Serão considerados sócios beneméritos as pessoas física
ou jurídica que tenham prestado serviços relevantes ao CEAJ ou às pro-
fissões dos associados do CEAJ e distinguidos para propor da diretoria,
referendada pela maioria absoluta do conselho deliberativo e aprovado
pela assembleia geral.
Art. 11º. Serão considerados sócios estudantes os associados estu-
dantes das profissões previstas no artigo 4º, que estejam cursando regu-
larmente os cursos na fase profissionalizante e estejam em dia com suas
contribuições.
Art. 12º. A admissão de novos associados far-se-á mediante pro-
posta firmada pelo candidato e por 2 sócios, dirigida à diretoria.
Parágrafo Único – São condições para admissão ao quadro social:

192
1. Enquadrar-se no que estabelece o artigo 4º.
2. Ter idoneidade moral e condições legais
3. Ser aprovado pela diretoria.

CAPÍTULO IV – DOS DIREITOS E DEVERES DOS ASSOCIADOS

Art. 13º. Os sócios previstos nos artigos 6º, 7º, 8º, e 9º, em dia com
suas contribuições e que não estejam cumprindo penalidade prevista
neste estatuto, gozarão dos seguintes direitos:
1. Votar e ser votado
2. Participar com direito a voto nas Assembleias Gerais
3. Exercer qualquer cargo da diretoria, do conselho deliberativo e
fiscal
4. Representar o CEAJ nas comissões instituídas pela sociedade ou
poderes públicos
5. Frequentar e usar as dependências do CEAJ com sua família,
participando das promoções sociais, esportivas, culturais, cívicas e de
lazer, nos termos das respectivas regulamentações
6. Representar, junto à diretoria por escrito, contra atitudes inconve-
nientes de funcionários, associados ou diretores
7. Interpor recursos junto à diretoria, conselho deliberativo e, em
última instância, à assembleia geral, nos casos previstos neste estatuto
8. Solicitar convites para pessoas de suas relações, pelos quais se
responsabilizarão, ficando a critério da diretoria, de acordo com normas
específicas, aprovadas pelo conselho deliberativo
9. Promover, mediante prévia autorização da diretoria, reuniões
sociais e familiares nas dependências do CEAJ, subordinando-se às
taxas e demais provisões a respeito
10. Utilizar as dependências do CEAJ para atividades relacionadas
com o exercício profissional mediante a autorização da diretoria, subor-
dinando-se às taxas e demais provisões a respeito
11. Utilizar o endereço do CEAJ para suas correspondências
12. Receber todos os informativos e convites de promoções do CEAJ
13. Assistir às reuniões da diretoria e do conselho deliberativo que
não forem de caráter secreto
14. Solicitar informações e esclarecimentos da diretoria, sobre atos
praticados pela mesma.
Art. 14º. Os sócios beneméritos poderão freqüentar as dependên-
cias do CEAJ com sua família, participando das promoções sociais,
esportivas, culturais, cívicas e de lazer.
Art. 15º. Os sócios estudantes terão todos os direitos previstos no
Artigo 13º, com exceção do que estabelecem os itens: 13.1, 13.2, 13.3 e
13.4.

193
Art. 16º. São deveres dos sócios:
1. Cumprir as disposições estatutárias, regulamentos e instruções
baixadas por poderes constituídos do CEAJ
2. Portar-se com respeito e decoro no recinto social, colaborando
para a manutenção da ordem, zelando pelo patrimônio e fazendo com
que seus dependentes e convidados ajam da mesma forma
3. Pagar pontualmente suas contribuições e taxas com o CEAJ
4. Promover a prosperidade do CEAJ e apoiá-lo com seu prestígio.

CAPÍTULO V – DAS PENALIDADES E RECURSOS DOS ASSO-


CIADOS

Art. 17º. Os sócios de qualquer categoria e seus dependentes estão


sujeitos as seguintes penalidades:
A. Advertência
B. Suspensão
C. Exclusão
Parágrafo 1º. – A aplicação das penalidades previstas é de compe-
tência da diretoria, sendo que a advertência poderá ser imposta por um
membro da diretoria executiva, em caso de urgência.
Parágrafo 2º. – Quando o infrator for membro da diretoria, do con-
selho deliberativo ou fiscal, suas faltas serão apreciadas pelo conselho
deliberativo.
Parágrafo 3º. – No caso da alínea C, será facultado ao acusado a
mais ampla defesa que, a punição somente será aplicada após a instau-
ração da sindicância e do conseqüente inquérito.
Art. 18º. Será advertido o sócio ou dependente que vier a cometer
falta considerada leve.
Art. 19º. Será suspenso por prazo que variará de 10 (dez) dias para
12 (doze) meses, de acordo com a falta cometida, o sócio ou dependen-
te que:
A. For reincidente em faltas, ainda que consideradas leves
B. Cometer falta grave
C. Infringir disposições estatutárias, resoluções da Assembleia
Geral, Conselho Deliberativo ou Diretoria.
D. Agredir moral ou fisicamente qualquer funcionário do clube, quan-
do em serviço
E. Desacatar, ofender ou agredir no recinto do CEAJ qualquer con-
selheiro, diretor, sócio, dependente ou convidado
F. Causar danos materiais, propositados, à sede social, a bens do
clube ou dos sócios, sem prejuízo do ressarcimento a que estiver sujeito.
Art. 20º. A pena de suspensão não isenta o associado do pagamen-
to das contribuições e taxas, mas impede o gozo dos direitos sociais.

194
Art. 21º. Terão seus direitos sociais suspensos o sócio e os respec-
tivos dependentes que estiverem em atraso com duas contribuições con-
secutivas.
Art. 22º. Será excluído o sócio ou dependente que:
A. For condenado por crime de caráter desonroso com sentença tra-
mitada em julgado
B. No exercício de cargo de confiança ou eletivo desviar receitas ou
bens de qualquer espécie, pertencentes ao CEAJ
C. Desrespeitar deliberada e ostensivamente as decisões da direto-
ria, conselho deliberativo e assembleia geral.

CAPÍTULO VI – DAS RECEITAS E DESPESAS

Art. 23º. O fundo social será constituído por:


A. Bens imóveis e móveis
B. Títulos patrimoniais de poder do CEAJ
C. Numerário em caixa
D. Depósitos bancários
E. Aplicações financeiras.
Art. 24º. As receitas do CEAJ serão constituídas por:
A. Contribuições dos associados
B. Taxas por serviços
C. Inscrições em torneios
D. Ingressos de eventos sociais
E. Venda de publicações
F. Aluguel de imóveis
G. Doações
H. Juros sobre aplicações
I. Convênios com entidades públicas ou privadas
J. Inscrição em eventos com palestras e cursos
K. Transferência de títulos
L. Locação de dependência do CEAJ a sócios ou terceiros
M. Indenizações pecuniárias, provenientes de contratos
N. Venda de títulos patrimoniais
O. Joias para ingresso de sócios.
Art. 25º. As despesas ordinárias do CEAJ serão constituídas por:
A. Salários e leis sociais de pessoal permanente e eventual lotados
em suas dependências
B. Impostos e taxas de qualquer natureza
C. Promoções sociais, culturais, esportivas, contratações artísticas
e outras correlatas
D. Custos de serviços internos oferecidos aos sócios na exploração
direta ou por terceiros

195
E. Despesas de conservação e manutenção dos bens sociais
F. Despesas com financiamentos, empréstimos e outras operações
financeiras
G. Compra de materiais necessários à operação e manutenção do
CEAJ
H. Assinatura de jornais e periódicos
I. Gastos com conferências, congressos, sessões públicas e suas
publicações
J. Publicação de memórias e documentos do CEAJ
K. Inscrição do CEAJ em entidades científicas
L. Outras despesas administrativas consideradas necessárias pela
diretoria para manutenção, promoção e aprimoramento dos serviços
prestados pelo CEAJ.
Art. 26º. Os títulos patrimoniais cujo número atual é de 200 (duzen-
tos) representam o valor do patrimônio líquido do CEAJ garantido pelo
fundo social.
Art. 27º. O título patrimonial será nominativo, transferível e perten-
cerá à pessoa física.
Art. 28º. Para registro de venda e transferência de título patrimonial
o clube terá livros ou fichas de registro de títulos patrimoniais, cuja escri-
turação deverá manter rigorosamente atualizada, com termos de abertu-
ra e encerramento registrados em cartório.
Art. 29º. A diretoria poderá propor a emissão de novos títulos patri-
moniais ao conselho deliberativo, que poderá autorizá-los, desde que
venham aumentar o patrimônio final do CEAJ na forma dos parágrafos
seguintes:
1. O valor do título patrimonial corresponderá ao resultado da divi-
são entre o valor estimado do imobiliário líquido do clube e o número de
títulos patrimoniais já emitidos.
2. Periodicamente o valor do título patrimonial poderá ser atualiza-
do mediante proposta da diretoria, aprovada pelo conselho deliberativo.
Art. 30º. A compra do título patrimonial poderá ser feita à vista ou a
prazo, na forma que for estabelecida pela diretoria do CEAJ.
Parágrafo Único – Na compra parcelada a emissão do título somen-
te será feita após o pagamento de todas as parcelas.
Art. 31º. O proprietário que quiser transferir o título deverá ofertá-lo
prioritariamente ao CEAJ, com opção por 30 dias.
Parágrafo 1º. – Efetivada a compra do título patrimonial, o clube
pagará nas condições acertadas, deduzindo o valor dos débitos e a taxa
de transferência.
Parágrafo 2º. – Após o prazo de preferência, o proprietário poderá
vender o título patrimonial a terceiros, ficando o comprador sujeito ao
pagamento da taxa de transferência, para que se efetue o registro.

196
Art. 32º. A simples posse do título patrimonial não confere ao porta-
dor a qualidade de associado.

CAPÍTULO VII – DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 33º. A Assembleia Geral é o órgão soberano do CEAJ e será


constituída pelos sócios fundadores, proprietários, contribuintes e hono-
ríficos, em dia com suas contribuições e em pleno gozo dos direitos esta-
tutários.
A. Cada sócio tem direito a um voto
B. Não será aceito o voto por procuração.
Art. 34º. A Assembleia Geral reunir-se-á:
A. Ordinariamente, uma vez por ano, mediante convocação pelo
presidente do CEAJ ou pelo conselho deliberativo
B. Extraordinariamente, nas hipóteses previstas neste estatuto, por
convocação pelo presidente do CEAJ, pela diretoria, pelo conselho deli-
berativo, pelo conselho fiscal ou através de petição subscrita de, no míni-
mo, 10% dos associados citados no artigo 32º, em data a ser marcada
pela diretoria.
Art. 35º. A convocação de assembleia geral será feita mediante edi-
tal fixado em locais apropriados nas dependências do CEAJ, acompa-
nhado de publicação em jornal de grande circulação em Joinville, com
antecedência de 15 dias.
Parágrafo Único – Do edital de convocação deverão constar: hora,
data, local, bem como a ordem do dia.
Art. 36º. São atribuições da Assembleia Geral ordinária:
A. Eleição e posse dos conselhos deliberativo e fiscal
B. Eleição e posse do Presidente e do vice-presidente do CEAJ
C. Aprovar a prestação de contas da diretoria, mediante prévio pare-
cer do conselho fiscal
D. Deliberar sobre matérias de sua competência, que tenham sido
aprovadas pelo conselho deliberativo “ad referendum” da Assembleia Geral.
Parágrafo Único – As contas de que trata a alínea C, bem como os
livros contábeis deverão estar à disposição dos sócios na secretaria 5
(cinco) dias antes da Assembleia Geral.
Art. 37º. São atribuições da Assembleia Geral extraordinária:
A. Aprovação de emenda ou reforma de estatutos
B. Dissolução do clube, alienação ou venda de imóveis
C. Compra de imóveis
D. Aprovação de contratos que onerem o patrimônio social em todo
ou em parte, excluídos os bens em comodato, bem como atos que impli-
quem e renúncia ou cessão de direitos sobre os bens patrimoniais
E. Incorporação ou fusão do clube

197
F. Aprovação de contratos que impliquem restrições da diretoria, e
do conselho deliberativo
G. Concessão de títulos de sócio benemérito
H. Destituição e eleição extraordinária do conselho deliberativo
I. Julgar atos da diretoria e do conselho deliberativo, contrários às
disposições estatutárias
J. Julgar recursos extraordinários em última instância.
Art. 38º. A Assembleia Geral deverá instalar-se com a presença de
50% dos sócios aptos, em primeira convocação ou, com qualquer núme-
ro, meia hora mais tarde, em segunda convocação, e as votações far-se-
ão por chamada nominal ou por manifestação, em voto declarado ou
secreto:
1. Para deliberar sobre os itens b e d, do artigo 36º, deverá haver a
aprovação prévia de 50% dos sócios proprietários em gozo dos direitos
estatutários
2. Para deliberar sobre os itens a, b, d. e do artigo 36º, a Assembleia
Geral reunir-se-á com a presença mínima de 50% dos sócios em dia com
suas contribuições em primeira convocação ou, em segunda convocação,
15 dias após, com igual número, ou ainda, em terceira convocação, meia
hora mais tarde, com qualquer número.
3. Para deliberar sobre os itens a, b, c, d, e eles deverão ter pare-
cer prévio do conselho deliberativo e aprovação de 2/3 dos sócios pre-
sentes.
Art. 39º. Na impossibilidade do atendimento integral da pauta do edi-
tal de convocação, a própria assembleia designará data, hora e local para
sua complementação, sem a necessidade de uma nova convocação.
Parágrafo Único – Na continuidade da assembleia geral, poderão
participar sócios que não tenham comparecido na sua instalação, sendo-
lhe vedado discutir assuntos já votados.
Art. 40º. A Assembleia Geral será instalada pelo presidente do CEAJ
ou seu substituto legal, que solicitará a indicação de um sócio para presidi-
la, cabendo-lhe a escolha do secretário, sendo vedado ao presidente do
CEAJ o exercício da presidência da Assembleia Geral.

CAPÍTULO VIII – DO CONSELHO DELIBERATIVO

Art. 41º. O Conselho Deliberativo será composto de 17 (dezessete)


membros, todos sócios do CEAJ, sendo 15 (quinze) eleitos pela
Assembleia Geral Ordinária, complementado pelos dois últimos presi-
dentes do CEAJ, sem direito a qualquer remuneração.
Parágrafo 1º. – O mandato dos conselheiros será de 3 (três) anos,
renovando-se a cada ano 1/3 do conselho deliberativo com eleição de 5
(cinco) conselheiros, permitida somente uma reeleição.

198
Parágrafo 2º. – O mandato dos conselheiros não eleitos pela
Assembleia Geral permanecerá enquanto durarem suas condições de
dois últimos presidentes do CEAJ.
Parágrafo 3º. – Os conselheiros serão votados através de chapa
completa, elegendo-se a mais votada.
Parágrafo 4º. – Em caso de empate entre duas ou mais chapas
serão feitas novas e sucessivas eleições, entre as chapas empatadas,
até que uma chapa obtenha a maioria simples.
Art. 42º. Os membros do conselho deliberativo eleitos presidente e
vice-presidente do CEAJ ficam automaticamente afastados do conselho
deliberativo, porém poderão participar das reuniões sem direito a voto.
Art. 43º. O conselho deliberativo reunir-se-á ordinariamente 3 (três)
vezes por ano e extraordinariamente por convocação de seu presidente,
por solicitação do presidente do CEAJ, por 3 diretores ou por petição
subscrita por 10% dos sócios membros da Assembleia Geral em dia com
suas contribuições e em pleno gozo de seus direitos estatutários.
Parágrafo Único – A primeira reunião ordinária do ano será em
março, após a assembleia geral ordinária.
Art. 44º. As decisões do conselho deliberativo serão tomadas por
maioria simples dos membros presentes na reunião, que se instalará com
um mínimo de 50% de seus membros, em primeira convocação ou, meia
hora mais tarde, com qualquer número, em segunda convocação, exceto
para opinar sobre o item b do artigo 36º.
Art. 45º. Os conselheiros que se afastarem antes do término do
mandato serão substituídos por outros eleitos na primeira assembleia
geral ordinária, mantendo-se o período original do mandato.
Parágrafo Único – Este artigo não se aplica aos conselheiros não
eleitos pela Assembleia Geral.
Art. 46º. São atribuições do conselho deliberativo:
A. Eleger anualmente em março, após a posse dos novos conse-
lheiros, dentre seus membros, o seu presidente, o vice, o 1º e o 2º.
Secretário.
B. Eleger os demais membros da diretoria do CEAJ indicados pelo
Presidente eleito do CEAJ.
C. Aprovar o plano de obras e serviços proposto pela diretoria
D. Aprovar o orçamento-programa anual proposto pela diretoria
E. Apreciar e opinar sobre reforma ou alteração dos estatutos, colo-
cando à disposição dos sócios com 5 (cinco) dias de antecedência de
assembleia geral extraordinária especialmente convocada para este fim
F. Decidir sobre atos praticados, por membros da diretoria e do con-
selho deliberativo e fiscal, contrários às normas estatutárias
G. Julgar recursos sobre penalidades impostas pela diretoria, em
segunda instância

199
H. Aprovar proposta da diretoria sobre atualização dos valores dos
títulos patrimoniais
I. Tomar conhecimento dos balancetes mensais e da prestação de
contas anual da diretoria, opinando a respeito
J. Aprovar proposta da diretoria sobre atualização das contribui-
ções, bem como sua periodicidade
K. Aprovar proposta da diretoria sobre criação de taxas ou jóia para
admissão de associados
L. Opinar, preliminarmente, sobre a aquisição, alienação ou cessão
de direitos sobre os bens imóveis, bem como constituição de ônus reais
sobre os mesmos
M. Suspender a execução de liberações da diretoria que contrariem
disposições estatutárias ou forem julgadas lesivas ao interesse do CEAJ
N. Solicitar informações à diretoria sobre qualquer assunto da admi-
nistração
O. Propor à diretoria medidas e providências de interesse do CEAJ
P. Aprovar a proposta da diretoria, de concessão de título de sócio
honorífico
Q. Aprovar previamente proposta da diretoria sobre concessão de
título de sócio benemérito
R. Aprovar “ad referendum” de assembleia geral medidas de urgên-
cia propostas pela diretoria
S. Inserir na administração do CEAJ, quando notoriamente neces-
sário, podendo cassar mandatos de membros da diretoria, se os interes-
ses sociais assim o exigirem, por maioria absoluta de seus membros
T. Opinar, previamente, sobre a proposta de fusão, incorporação ou
dissolução do CEAJ
U. Deliberar sobre a manutenção ou não dos votos do presidente do
CEAJ nas decisões da diretoria
V. Decidir sobre o procedimento do clube em qualquer ação judicial
em que for autor ou réu.

CAPÍTULO IX – DO CONSELHO FISCAL

Art. 47º. O conselho fiscal será formado por 3 (três) membros efeti-
vos e 3 (três) membros suplentes, todos sócios membros de assembleia
geral, com mandato de 1 (um) ano, eleitos pela assembleia geral ordiná-
ria de março com atribuições que a lei e presente estatuto lhe confere,
sem direito a qualquer remuneração.
Art. 48º. Compete ao conselho fiscal:
A. Dar parecer, anualmente, sobre a prestação de contas da direto-
ria antes de ser submetida à assembleia geral
B. Assessorar o conselho deliberativo em todos os assuntos finan-

200
ceiros do CEAJ, quando solicitado
C. Solicitar a convocação da assembleia geral para examinar irre-
gularidades na gestão financeira.
Art. 49º. O conselho fiscal reunir-se-á, ordinariamente, no final de
cada exercício e, extraordinariamente, sempre que necessário, ou
mediante convocação do presidente do CEAJ ou do presidente do con-
selho deliberativo.

CAPÍTULO X – DA DIRETORIA

Art 50º. O CEAJ será administrado por uma diretoria composta de:
A. Presidente
B. Vice-presidente
C. Secretário geral
D. 1º.secretário
E. Tesoureiro
F. Diretor técnico
G. Diretor de divulgação
H. Diretor de esportes
I. Diretor de assuntos sociais

Parágrafo Único – Cada diretor poderá criar suas divisões e indicar


seus membros com regimento interno aprovado pelo conselho deliberativo.
Art. 51º. O mandato da diretoria será por dois anos, podendo seus
membros ser reeleitos, limitada em uma reeleição para o presidente do
CEAJ.
Art. 52º. Somente poderão exercer cargos na diretoria sócios mem-
bros de assembleia geral, em dia com suas contribuições e em pleno
gozo de seus direitos estatutários.
Art. 53º. Os demais membros da diretoria não eleitos pela
Assembleia Geral Ordinária, serão indicados pelo presidente eleito e
aprovados pelo Conselho Deliberativo.
Art. 54º. A diretoria reunir-se-á ordinariamente uma vez por semana
ou extraordinariamente, quando convocada pelo presidente ou pela sua
maioria, sempre com a presença mínima de 5 (cinco) de seus membros.
Art. 55º. A posse da diretoria dar-se-á no mês de abril através de ata
lavrada em reunião da diretoria, e o mandato tem duração de 2 anos.
Art. 56º. As decisões da diretoria serão tomadas por maioria simples,
cabendo ao presidente o direito do voto Minerva e veto.
Parágrafo Único – Aos membros da diretoria caberá o direito de
recorrer ao conselho deliberativo dos vetos do Presidente.
Art. 57º. É de competência da diretoria em conjunto:
A. Cumprir e fazer cumprir as leis do País, do Estado, do município,

201
as decisões da assembleia geral, do conselho deliberativo e suas pró-
prias resoluções, bem como os estatutos, promovendo a realização dos
fins a que se destina o CEAJ
B. Elaborar e executar os programas anuais de obras e serviços
aprovados pelo conselho deliberativo
C. Organizar o orçamento do exercício, submetendo-o à ratificação
do conselho deliberativo
D. Reunir-se ordinariamente uma vez por semana, e extraordinaria-
mente, quando necessário
E. Admitir, advertir, suspender ou excluir sócios na forma estatutá-
ria, ressalvando a prerrogativa de outros órgãos
F. Prestar informações solicitadas pela Assembleia Geral, conse-
lhos deliberativo e fiscal ou sócios interessados
G. Propor ao conselho deliberativo ou à Assembleia Geral medidas
extraordinárias que se fizerem necessárias
H. Manter a ordem e o decoro no recinto social
I. Fixar o número de empregados e suas remunerações
J. Organizar normas ou regimento interno quando necessário, sub-
metendo-o à ratificação do conselho deliberativo
K. Propor a atualização dos valores dos títulos patrimoniais, ágio
dos títulos, bem como taxas de transferência e jóia, enviando ao conse-
lho deliberativo para apreciação
L. Propor ao conselho deliberativo alteração dos valores de taxas de
manutenção e serviços, bem como a criação de novas taxas
M. Decidir sobre a filiação do CEAJ a entidades sociais e esportivas
N. Elaborar e fornecer anualmente a prestação de contas, a fim de
ser submetida ao conselho deliberativo, conselho fiscal e Assembleia
Geral, para aprovação
O. Indicar representantes do CEAJ nos diversos organismos em que
for solicitado a participar ou tiver representação.
Art. 58º. É de competência do presidente do CEAJ:
A. Representar o CEAJ ativa e passivamente em juízo ou fora dele,
podendo, para tal fim, construir mandatário
B. Convocar as reuniões de diretoria do Conselho deliberativo, do
Conselho fiscal e de Assembleia geral ordinária e extraordinária
C. Assinar, em conjunto com o secretário geral, as carteiras sociais
e títulos patrimonial, honorífico e benemérito
D. Assinar, em conjunto com o tesoureiro, os cheques, ordens de
pagamento, obrigações financeiras, balancetes e balanços
E. Coordenar a execução do programa de trabalho de sua diretoria
F. Supervisionar, fiscalizar, e intervir diretamente em qualquer setor
do CEAJ para o resguardo dos superiores interesses da entidade e de
seu quadro social

202
G. Aprovar publicações internas e externas, informativos e jornais de
responsabilidade do CEAJ
H. Ordenar as despesas de caráter urgente e imprevistas do conse-
lho deliberativo
I. Conceder licença aos membros da diretoria, até o prazo de 3
meses, designando seu substituto interino.
Art.59º. É de competência do Vice-presidente:
A. Substituir o Presidente em seus impedimentos ou definitivo na
forma do estatuto
B. Auxiliar o presidente em suas atividades sempre que solicitado.
Art. 60º. É de competência do Secretário geral:
A. Coordenar os serviços administrativos
B. Manter em ordem sob sua guarda e responsabilidade os livros e
arquivos do CEAJ. Conservar em ordem o registro de títulos de sócio e
transferências, mantendo sob sua guarda os títulos não negociados
C. Coordenar as publicações, circulares comunicações e correspon-
dência do CEAJ
D. Lavrar em livro competente as atas das reuniões da diretoria
E. Manter atualizado o registro do quadro social
F. Assinar, em conjunto com o presidente, as carteiras sociais e títu-
los
G. Elaborar o programa de trabalho de secretaria, submetendo-o à
aprovação do presidente, bem como o nome de seus auxiliares.
Art. 61º. É de competência de 1º.Secretário:
A. Substituir o secretário geral em seus impedimentos
B. Auxiliar o secretário geral no que for solicitado.
Art. 62º. É de competência do Tesoureiro:
A. Coordenar os serviços do departamento financeiro
B. Promover a arrecadação de toda a receita do CEAJ, bem como o
pagamento das contas, autorizadas pelo presidente ou pela diretoria
C. Assinar, em conjunto com o presidente, os cheques, ordens de
pagamento, obrigações financeiras, balancete e balanços
D. Promover os registros contábeis do CEAJ, baseados no plano de
contas
E. Elaborar relatórios, balancetes e balanços
F. Comunicar à diretoria a relação dos sócios em atraso com a
tesouraria, informando as providências adotadas
G. Elaborar a folha de pagamento e efetuar os pagamentos dos
impostos e obrigações sociais e gerenciar o departamento de recursos
humanos.
Art. 63º. É de competência do Diretor Técnico:
A. Promover palestras, conferência e cursos visando o aprimora-
mento técnico dos associados

203
B. Manter intercâmbio com universidades, organizações técnicas e
fornecedores de materiais e serviços das profissões dos associados
C. Promover a divulgação de trabalhos técnicos dos associados.
Art. 64º. É de competência do Diretor de Divulgação:
A. Coordenar os boletins e jornais de responsabilidade do CEAJ
B. Auxiliar os demais diretores e o presidente na divulgação das ati-
vidades do CEAJ
C. Coordenar todas as formas de comunicação do CEAJ, com seus
associados, demais entidades profissionais e sociedade da região de
Joinville.
Art. 65º. É de competência do Diretor de Esportes:
A. Coordenar a realização de todos os serviços do departamento
esportivo
B. Elaborar o cronograma das atividades esportivas, competições e
campeonatos, submetendo-o à aprovação da diretoria
C. Organizar e dirigir todas as atividades esportivas
D. Manter em ordem todos os materiais esportivos, bem como a
sede esportiva do CEAJ.
Art. 66º. É de competência do Diretor de Assuntos Sociais:
A. Coordenar e realizar todos os serviços do departamento social
B. Zelar pelo decoro no recinto da sede social e esportiva
C. Incentivar o bom companheirismo e a ética profissional entre os
associados. Elaborar o cronograma de festividades e reuniões sociais,
submetendo-o à diretoria
D. Promover atividades sociais de apoio as atividades esportivas
programadas
E. Manter sob sua fiscalização os serviços de bar e restaurante,
bem como zelar pela boa manutenção da sede social
F. Recepcionar os visitantes e associados nas atividades sociais.
Art. 67º. As atividades dos membros de diretoria serão exercidas
gratuitamente, bem como as de suas equipes.

CAPÍTULO XI – DAS ELEIÇÕES

Art. 68º. As eleições de todos os cargos eletivos do CEAJ serão obri-


gatoriamente nominais, abertas ou secretas.
Art. 69º. A eleição do conselho fiscal será realizado anualmente no
mês de março pela Assembleia geral ordinária, que elegerá 3 (três) mem-
bros efetivos e 3 (três) suplentes com posse imediata.
Parágrafo 1º. – Os candidatos ao conselho fiscal deverão registrar suas
candidaturas por chapa nominal completa com 72 horas de antecedência
junto à diretoria, com as assinaturas de anuência de cada candidato.
Parágrafo 2º. – Os membros de diretoria e do conselho deliberativo

204
não poderão participar do conselho fiscal.
Art. 70º. A eleição do conselho deliberativo será realizada anual-
mente no mês de março pela Assembleia geral ordinária, que elegerá 5
(cinco) membros com mandato de 3 anos, com posse na primeira reunião
subseqüente do Conselho Deliberativo.
Parágrafo 1º. – Os candidatos do conselho deliberativo deverão
registrar suas candidaturas por chapa nominal completa com 72 horas de
antecedência junto à diretoria, com a assinatura de anuência de cada
candidato.
Parágrafo 2º. – Juntamente com a eleição dos 5 novos conselheiros
deverão ser eleitos também os conselheiros substitutos como previsto no
artigo 43º. deste estatuto.
Art. 71º. A eleição do Presidente e do Vice-presidente do CEAJ será
realizada a cada 2 anos no mês de março pela Assembleia geral ordiná-
ria que tomará posse no mês de abril, conforme estabelece o artigo 54º.
deste estatuto.
Parágrafo Único – Os candidatos a presidente e a vice-presidente do
CEAJ deverão registrar suas candidaturas por chapa nominal completa
com 72 horas de antecedência junto à diretoria, com assinatura de
anuência de cada candidato.
Art. 72º. Caberá ao Conselho deliberativo em reunião ordinária no mês
de março, de 2 em 2 anos, eleger os demais membros da diretoria indica-
dos pelo presidente eleito na Assembleia geral ordinária do mesmo ano.
Parágrafo Único – A não-eleição de um ou mais membros da diretoria
proposta, necessitará de nova indicação do presidente do CEAJ e de nova
eleição dos cargos vagos, pelo conselho deliberativo.
Art. 73º. Para o cargo de presidente do CEAJ será permitida apenas
uma reeleição consecutiva.
Art. 74º. Somente poderão concorrer às eleições como candidatos
ao conselho deliberativo ou fiscal, e à diretoria sócios quites com a tesou-
raria e em pleno gozo dos direitos estatutários, com mais de um ano de
filiação ao quadro social do CEAJ.
Art. 75º. A impugnação ou a renúncia de um candidato dentro das 72
horas que antecedem o pleito não invalidam o registro da chapa, que
poderá indicar outro candidato.
Art. 76º. Para os cargos eletivos do conselho deliberativo, conselho
fiscal e diretoria, nenhum candidato poderá fazer parte de mais de uma
chapa.
Art. 77º. A ordem de colocação das chapas na cédula de votação
obedecerá ao critério de ordem de registro das mesmas.
Art. 78º. As mesas receptadoras e apuradoras será compostas por
3 sócios, que poderão ser escolhidos por sorteio ou acordo entre as cha-
pas concorrentes, cabendo ainda o direito a cada chapa de indicar seus

205
respectivos fiscais.

CAPÍTULO XII – DISPÓSIÇÕES GERAIS

Art. 79º. Em caso de dissolução do clube, os bens imóveis e direitos


a eles relativos, excetuando os bens em comodato, serão alienados por
uma comissão formada de sócios proprietários, especialmente eleita para
este fim pela Assembleia geral extraordinária e o produto apurado, dedu-
zido do passivo, será doado a instituições beneficentes, de utilidade
pública reconhecida.
Art. 80º. Os sócios não serão responsáveis nem mesmo subsidia-
riamente pelas obrigações que forem contraídas em nome do CEAJ.
Art. 81º. A diretoria poderá conceder a exploração de serviços, em
todo ou em parte, com ou sem ônus, em regime de arrendamento, como-
dato ou prestação de serviços a pessoas ou empresas mediante concor-
rência, com anuência do conselho deliberativo.
Art. 82º. A diretoria deverá estabelecer normas de segurança para a
defesa do Patrimônio Social.
Art. 83º. São proibidas as manifestações de fundo político-partidário,
racial ou religioso nas dependências do CEAJ.
Art. 84º. Os casos omissos neste estatuto serão resolvidos por deci-
são do conselho deliberativo.
Parágrafo Único – Em casos de urgência, a diretoria poderá decidir
“ad referendum” do conselho deliberado.
Art. 85º. Este estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pela
Assembleia geral extraordinária convocada para este fim, ficando expres-
samente revogados os estatutos anteriores, bem como, as disposições e
demais regulamentos internos.

CAPÍTULO XIII – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 86º. O conselho deliberativo passará a funcionar na data de


aprovação deste estatuto, com o aproveitamento dos atuais conselheiros
até março de 2004.
Art. 87º. Em março de 2004 a Assembleia geral ordinária deverá ele-
ger 15 novos conselheiros, sendo que 5 terão mandatos de 3 anos, 5 de
2 anos e 5 de 1 ano.
Art. 88º. A atual diretoria e o conselho fiscal terão mandatos até
março de 2004, quando os novos membros serão eleitos de acordo com
este estatuto.

Joinville, 3 de junho de 2003

206
Créditos e bibliografia

– Livro de Atas
– Informativos do CEAJ
– Colunas do CEAJ em A Notícia, 1983/1995
– Informações obtidas pela Internet
– Os primórdios – Harro Stamm
– José Thales Puccini – revisor de textos
– Ascânio Pruner – revisor de textos
– Eloise Maria Duarte Moraes – coordenadora de informações
– Arquivo de fotos e memória
– Luiz Carlos Ferraro – seleção de fotos
– Lino Sasse – fotos de Joinville
– Apolinário Ternes – livro Joinville, construção da cidade

207
Esta obra foi composta no estúdio da Editora
Letradágua, em Joinville-SC, e impressa em papel em
Alta Alvura LD 90g., na fonte Californian FB, na Exklusiva
Gráfica e Editora, em junho de 2016, em Curitiba-Pr.
Editora Letradágua.
Tel.: (47) 3278-6335 e 8897-5551.
letradagua@gmail.com

CEAJ
Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville
(47) 3423-2100 / 9762-1112 TIM
ceaj@ceaj.com.br
www.ceaj.com.br

Você também pode gostar