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Witor Elias Belchior Lira

Atividade de bioética

Enquanto eu passava pelo estágio de cirurgia torácica no hospital de caridade, acompanhei os


pacientes internados na unidade intensiva que necessitavam de avaliação da pneumologia e
do cirurgião. Nesse mesmo rodízio, acompanhei o caso de uma paciente que apresentava uma
metástase pulmonar e uterina, devido a um tumor de mama. O problema mesmo era que,
além disso, a paciente estava grávida, e a única maneira de salvá-la, ou ao menos tentar, era
realizar quimioterapia seguida de algumas cirurgias de grande porte.

Desse modo, uma das opções era a interrupção da gestação. Apesar disso, não só era viável o
feto, pois já havia passado das 23 semanas, como toda a operação necessária resultaria em um
aborto. Por conta disso, havia um dilema com no mínimo três opções, a saber: a mãe
permanecer com a gestação e sacrificar seu estado de saúde em virtude da vida do feto, a mãe
interromper a gestação no intuito de tratar-se e melhorar o seu quadro clínico e perder o filho.

Não foi um caso fácil. Infelizmente, também não pude ver o desfecho. Apesar disso, creio ter
sido o conflito ético mais intenso que presenciei durante o curso.

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