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ESTADO DE RORAIMA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RORAIMA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO

PORTFÓLIO DAS AULAS REMOTAS REALIZADAS EM 2020, NA DISCIPLINA


DE EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO.

Boa Vista– RR
2020
CLEOVÂNIA LIRA MACÊDO
JESSÉ ALVES DE ARAÚJO

PORTFÓLIO DAS AULAS REMOTAS REALIZADAS EM 2020, NA DISCIPLINA


DE EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO.

Trabalho apresentado para obtenção de nota parcial,


da disciplina Epistemologia das Ciências da
Educação, do curso de Mestrado 2020.

Prof.º Drº Elialdo Rodrigues de Oliveira

Boa Vista– RR
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
1º DIA DE AULA REMOTA: 23/07/2020 – QUADRO DE CONHECIMENTO.............5
2º DIA DE AULA REMOTA: 06/08/2020 – RELIGIÃO E MITO...................................9
3º DIA DE AULA REMOTA: 13/08/2020 – DO MILAGRE GREGO AO
PENSAMENTO MEDIEVAL.......................................................................................11
4º DIA DE AULA REMOTA: 20/08/2020 – FILOSOFIA ESCOLÁSTICA E
RENASCENTISTA......................................................................................................15
5º DIA DE AULA REMOTA: 27/08/2020 – CONHECIMENTO EMPÍRICO...............17
6º DIA DE AULA REMOTA: 03/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO......19
GRUPO 01: EPISTEMOLOGIA E FILOSOFIA; GRUPO 02: A REVOLUÇÃO
CIENTIFICA; GRUPO 03: CRITICISMO KANTIANO................................................20
7º DIA DE AULA REMOTA: 10/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO......22
GRUPO 04: POSITIVISMO; GRUPO 05: FENOMENOLOGIA; GRUPO 06:
HISTORICISMO FRANCÊS.......................................................................................23
8º DIA DE AULA REMOTA: 17/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO......25
GRUPO 07: POPPER E O RACIONALISMO CRÍTICO; GRUPO 08: KUHN E OS
PARADIGMAS; GRUPO 09: RACIONALISMO X RELATIVISMO: O DEBATE
CONTEMPORÂNEO...................................................................................................26
9º DIA DE AULA REMOTA: 24/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO COM
TODOS OS GRUPOS.................................................................................................27
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................28
ANEXOS.....................................................................................................................30
INTRODUÇÃO

A pandemia do novo Coronavírus trouxe consigo mudanças significativas no


ano de dois mil e vinte, pois, desenfreou a rotina acelerada do ser humano.
Influenciando no campo acadêmico dos mestrandos da Universidade Estadual de
Roraima, já que, com a disseminação rápida do vírus, os órgãos competentes
publicaram decretos informando que a melhor maneira de amenizar esse problema,
seria o isolamento social e cuidados para não propagação do Covid19.
Desse modo, as aulas que estavam ocorrendo presencialmente desde o dia
nove de março, foram suspensas. A reitoria da instituição comunicou por meio de
nota oficial que as atividades acadêmicas estariam suspensas por alguns dias,
informando que assim que houvesse, uma orientação dos órgãos competentes que
sinalizasse o retorno das aulas, os acadêmicos seriam avisados no site da
instituição.
Após alguns meses, a Universidade Estadual de Roraima, representada pelo
reitor, realizou uma live, comunicando que as aulas retornariam na modalidade
remota, ficando a critério dos professores das disciplinas dos cursos superiores, a
escolha da melhor plataforma digital para ministrar suas aulas, citando as redes
sociais e as plataformas digitais de ensino, utilizando a internet.
Com isso, as aulas da turma do Mestrado 2020.1, retornaram remotamente,
com uma nova metodologia de ensino: o uso de uma sala virtual de reunião,
chamada google Meet, e os grupos das disciplinas obrigatórias, concretizados com o
uso do aplicativo Whatsapp, favorecendo a socialização de materiais de estudos
disponibilizados pelos docentes.
Diante desse contexto, as aulas da disciplina de Epistemologia da Ciência da
Educação, ministrada pelo Professor Doutor Elialdo Rodrigues de Oliveira,
retornaram remotamente, usando os dois recursos citados. Logo, no primeiro dia de
aula, o docente informou os meios avaliativos aos mestrandos, sendo um desses
instrumentos, a elaboração de um portfólio pessoal, contextualizando os assuntos e
conteúdos abordados.
Sendo assim, o presente instrumento avaliativo foi idealizado pelos
mestrandos Cleovânia Lira Macêdo e Jessé Alves de Araújo, respaldando o que
ocorreu no processo de ensino aprendizagem dos referidos nas aulas remotas,
deliberadas pelo professor Drº Elialdo, no período de 23/07/2020 à 24/09/2020.
1º DIA DE AULA REMOTA: 23/07/2020 – QUADRO DE CONHECIMENTO

Na primeira aula remota, o professor Elialdo saudou os mestrandos com as


boas-vindas a essa nova modalidade de ensino (plataforma digital do google Meet),
ressaltando que os referidos serão os responsáveis para resolver os problemas
educacionais epistemológicos na Educação de Roraima e no Brasil.
Fez um breve apresentação da sua formação, informando que pertence ao
quadro de professores efetivos da Secretaria Estadual de Educação e Desporto/
SEED, atuando na capacitação de gestores de escolas pelo Centro Estadual de
Formação de Profissionais da Educação de Roraima (CEFORR), e na Universidade
Estadual de Roraima (UERR), trabalhando como docente dos cursos superiores.
Prosseguindo ressaltou sobre os conceitos da epistemologia, apresentando
aos acadêmicos um quadro de conhecimento com as diferenças e semelhanças de
pensamentos que fundamentam a linha de estudo. Perguntou aos mestrandos se os
referidos recordavam dos estudos no Ensino Médio da disciplina de Filosofia,
destacando os pensamentos ocidentais com as produções intelectuais realizadas
pelos gregos, e pelos romanos como os idealizadores do processo. A Filosofia
Ocidental tem um olhar para o mundo, contemplando os conselhos epistemológicos,
ou seja, leva o indivíduo indagar mais sobre os conhecimentos exteriores, como
ocorre determinadas situações, buscando respostas para seus questionamentos.
Essa área do conhecimento, não exclui o “conhecer-te a ti mesmo, e
conhecerás o mundo”, pelo contrário, incentiva o sujeito a conhecer o seu interior,
tendo a consciência da sua existência, de mundo e tudo que envolve a estadia
humana em seus vários aspectos. Buscando sempre incansavelmente responder os
seus princípios e processos, em prol da melhora da sua comunidade.
Já a Filosofia Oriental, são focados no autoconhecimento e na convivência
consigo mesmo, ou seja, a orientação do pensamento está voltada para o seu
interior, sem aquele olhar para o exterior, levando em consideração as suas
vivências internas. A orientação e ordenamento, estão voltados para aspectos
interiores, percepções voltadas para dentro de si, de suas expectativas em relação
ao seu modo de vida.
Em virtude disso, a Filosofia denominou essas formas de pensamento, como
Teoria do Conhecimento, conceituando de modo geral, o que seria conhecimento,
qual o valor do conhecimento, quais são as ferramentas utilizadas pelos sujeitos
para chegar ao conhecimento, qual a origem desse conhecimento, enfim, neste
processo a discussão se centra em descobrir de modo eficaz, as orientações
pressupostas das ciências.
Rodrigues, ressaltou o papel da Epistemologia frente as ciências do
conhecimento, informando que esta área trata do conhecimento científico
experimental, das filosofias das ciências, quais os seus princípios utilizados para
definição de um conteúdo científico. Lembrando, que nessa área estudada, o
mestrando precisa ficar atento até que ponto a ciência possibilita o bem e quando
ela começa a fazer mal.
Explanou sobre os critérios científicos, citando alguns autores como Tomaz
de Aquino, enfatizando que os sistemas são paradigmas apresentados como
alternativas para o conhecimento cientifico experimental, para produzir evidências
para comprovar as teorias do referido conhecimento. Mas para que haja a produção
deste material, necessita ter uma hipótese, uma metodologia, recursos e pontos que
geram um problema, ou seja, criar hipóteses e experimentações para comprovar e
solucionar algo no campo educacional.
Destacou que as ações epistemológicas podem ser realizadas em qualquer
ambiente, tudo depende das suas inquietações sobre uma determinada realidade, a
razão de ser deste conhecimento, de todo processo de problematização. Busca
compreender as situações do cotidiano educacional, pois uma resposta pronta e
acabada é inviável diante do conhecimento experimental.
Fazer epistemologia da prática docente, referenda-se em um conjunto de
elementos que o pesquisador vai buscar, para refletir sobre a sua realidade na sala
de aula, assim como, alguns problemas existentes entre os discentes. Neste sentido,
os fundamentos, a origem, o princípio, a razão de ser, o sentido, o significado da
pratica do professor na condução do processo didático do docente, ou seja, o
produto materializado. Enfatizou como o conhecimento foi ou é formado, quais os
métodos que eles utilizam, como este conhecimento está distribuído.

Cientificou que a epistemologia investiga a história da filosofia da ciência,


como articuladora da teoria do conhecimento que sustenta e indica experiências
alternativas e significativas para a Educação, pois propõe processos e produtos
formativos decorrentes da produção do conhecimento filosófico das ciências da
Educação, ou seja, a epistemologia é uma crítica pelo conhecimento, não a todo
conhecimento, mas a um conhecimento específico.

Ressaltou que está área de conhecimento, nos ajuda a compreender como o


ser humano aprende o que ocorre ao seu redor. Percebemos a epistemologia em
grandes movimentos históricos, no primeiro momento tenta-se entender como são
possíveis o conhecimento correto, já no segundo momento como é possível este
conhecimento. Para isto, precisamos voltar alguns anos em 1600 d.C, não que esse
conceito tenha sido conhecido ou desenvolvido a partir deste período, ele vem se
desenvolvendo muito tempo antes, porém, foi neste período que se iniciou uma
metodologia para esta ciência, pois a partir deste ano tivemos novas formas mais
eficientes para o desenvolvimento humano.
Continuando a aula, o professor explanou sobre o conhecimento filosófico,
apresentando seu objetivo e seu método. Este raciocínio humano se caracterizou
como filosófico em oposição ao pensamento baseado nos mitos reunidos por
Homero e Hesíodo. Pensadores como Xenófanes, Heráclito, Empédocles e outros
deixaram de aceitar as explicações baseadas em deuses e heróis para investigar a
natureza em busca de princípios que explicassem o todo da realidade. Toda
conceituação do conhecimento filosófico parte da observação.
Neste momento demos um salto para Kant, que afirma que o conhecimento
pode ficar no próprio tribunal da razão, ou seja, o conhecimento pode ser
identificado. A filosofia Kantiana ensina a instaurar um tribunal permanente,
instalado na razão, conduzindo-nos a um crescimento moral, tão necessário ao
indivíduo e à sociedade, em todas as épocas.
Posteriormente, Elialdo enfatizou sobre o conhecimento experimental, onde
possui um método e uma estrutura. Sua estrutura parte de uma observação de algo
que te preocupa, que te incomoda, ou seja, parte da percepção do pesquisador.
Surge de uma hipótese, segue um princípio de verificação, analisa sua conformação
ou não, culminando uma conclusão. Já para o método científico, o fenômeno é
aquilo que é natural, ou seja, aquilo que é metafísico não é objeto de seu estudo,
seu método é racional, lógico em outras palavras, este método prevê, analisa e
conclui.
Apresentou o método matemático, puramente abstrato, ou seja, o número não
é um fenômeno, não é científico, pois não tem experimentação. Sua estrutura é
baseada no quantitativo, e não na qualidade da pesquisa. Após essas colocações do
professor, em relação ao quadro do conhecimento, explanação sobre a
epistemologia e suas funcionalidades nos conhecimentos científicos, podemos dizer
que a aula foi importante, para a compreensão da conceituação e historicidade da
referida.
Como foi citado na introdução deste trabalho, seu processo de elaboração
ficou sob incumbência de dois mestrandos, que colocaram a partir deste momento
suas reflexões sobre o assunto abordado na aula do referido dia.
O mestrando Jessé Alves de Araújo, ressalta que com as observações
pertinentes realizadas pelo docente, se deparou com o conhecimento teológico, não
apenas como uma questão de fé, mas científica. Que tem como objetivo o porquê de
todos os acontecimentos, o motivo pelo qual tudo o que existe é objeto da teologia,
não podendo ser questionado pelos outros conhecimentos, pois, a origem do
conhecimento teológico é revelacional.
Diferentemente do conhecimento religioso, que não tem um objeto de
investigação, ou seja, estuda a atitude da vida e do comportamento humano, pois é
uma religião. Sendo assim, seu método de pesquisa consiste no empirismo, de
modo que, a Fé torna-se distinta de crença, já que onde há revelação tem fé, se não
houver revelação, será apenas uma atitude de crença.
Alves, compreendeu que o senso comum é a soma dos saberes do cotidiano,
formado a partir de hábitos, crenças, preconceitos e tradições. Na filosofia, o termo é
utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos frente à realidade que
os cercam, sem estudos prévios ou provas científicas.
Já para a mestranda Cleovânia Lira Macêdo, os conhecimentos
sistematizados na referida aula, levaram a uma reflexão sobre suas ações na sala
de aula, uma vez que, compreendeu que o conhecimento científico tem suas bases
teóricas norteadas pelas práticas pedagógicas de grandes filósofos, que sempre
defenderam que há respostas para os questionamentos que surgem no cotidiano
pessoal e profissional do sujeito, assim como, nas suas vivências em sala de aula no
dia a dia.
Que a epistemologia é um processo de suma importância para nortear sua
dissertação, já que traz aspectos pertinentes a pesquisa que a referida se propõe
em realizar no decorrer do mestrado, contribuindo com contextualização de suas
inquietações em relação a realidade observada. O conhecimento é um processo
construtivo, que sempre terá mudanças cientificas que comprovam e relacione o seu
contexto frente a dinamização de um fato, apresentando resultados a partir de uma
pesquisa proposta.
Nesta aula nosso entendimento sobre as origens do conhecimento humano,
assim como, os conhecimentos científicos, ficou extremamente ampliado e claro,
não podemos questionar e nem aceitar, apenas respeitar o conhecimento do
próximo.

O conhecimento é conjunto de todo corpo construtor do ser humano, a


mudança de foco é uma tomada de um novo conhecimento que o sujeito direcionou
na sua história, isto pode ser verificado neste período da pandemia, pois,
percebemos novas técnicas sendo desenvolvidas e criadas para a realidade
presente.

Para entendermos epistemologia, precisamos elaborar um estudo mais


intenso na história, até a filosofia grega. Sem esquecer a filosofia oriental, que tem
sua importância no processo cognitivo, social moral e ético, com um foco diferente
do pensamento ocidental.

Nossa cultura é caracterizada como uma cultura greco-romana, os gregos


entraram com a “inteligência”, com a epistemologia e os romanos entraram com as
estratégias, com as construções sociais, política e organizacionais de estado. Diante
disto, vem os questionamentos, as inquietações, as dúvidas por busca de mais
conhecimento de tentar entender o mundo ao seu redor, por isso, o conhecimento
grego é visto como uma inquietação para o mundo, uma busca incessante pelo
conhecimento.
É importante percebemos que cada tipo de conhecimento científico tem o seu
próprio método, já que utiliza um tipo de ciência. Sem a escolha do referido, os
resultados da pesquisa se tornam inválido. Por isso, os mestrandos deve estar
atentos quanto ao método utilizado em sua pesquisa de dissertação, se ele está de
acordo com o conhecimento científico adotado na sua pesquisa.
2º DIA DE AULA REMOTA: 06/08/2020 – RELIGIÃO E MITO

No dia desta aula, o professor enfrentou alguns problemas técnicos com o


acesso a sala do google meet. Como foi explanado por todos os professores das
disciplinas obrigatórias, o uso dessa nova metodologia para realizar as aulas tem
suas variantes, pois, sabemos que o acesso a internet no estado de Roraima não é
um dos melhores do país. Contudo, após alguns ajustes, o professor Elialdo e a
turma de mestrandos, enfim conseguiram iniciar a aula prevista.
O professor fez uma breve contextualização da explanação do quadro do
conhecimento que foi trabalhado na aula passada. Lembrando aos mestrandos
sobre a abordagem da origem do conhecimento numa perspectiva epistemológica e
gnosiológica, quais os métodos utilizados em cada área do conhecimento, falando
da fragmentação do referido em áreas distintas, facilitando o método científico.
Não há como produzir conhecimentos há luz da razão, que é um
conhecimento amplo e teórico, sendo assim, surgiu a necessidade de métodos
científicos que comprovassem as teorias explicitadas sobre a realidade do sujeito. O
primeiro método de conhecimento foi o filosófico, trabalha com a razão, usando com
a lógica racional consistente em relação a verdade, permanecendo assim, até que
haja uma outra comprovação sobre o que ele investiga.
O objeto de investigação desta área, não tem uma especificidade concreta,
por isso, a filosofia explicava o mundo e tudo o que existia nele. Esse nível de
conhecimento, pode se auto investigar, se colocando no próprio tribunal da razão
para confrontar, se as suas inquietações são pertinentes ou não diante do problema.
Uma das características exemplares do conhecimento filosófico, é o “valeu a
pena”, uma das razões para que o sujeito continue tentando responder e sanar as
suas inquietações sobre a realidade ou uma ação que este realiza em qualquer área
de sua vida. Sendo citado como exemplo, a aprovação do Mestrado, e suas aulas
que tem durabilidade de quatro horas, mas que poderiam ser ministradas em trinta
ou quarenta minutos, mas que “vale a pena”, pois trará benefícios aos indivíduos
que estão cursando o referido.
Já o conhecimento científico experimental, usa o método de pesquisa
estruturada, surge a partir de uma observação do pesquisador em relação a uma
ação que lhe incomoda. Gera hipótese após a análise do pesquisador, apresentando
um sim ou não dentro das possibilidades da observação, estabelecendo princípios
de verificação, prosseguindo de uma confirmação da hipótese e finaliza com uma
conclusão concreta confirmada.
A ciência experimental trabalha com a previsão dos fenômenos, ou seja, com
algo que pode acontecer ou não, sendo redundante em alguns casos como os
fenômenos naturais, já que estes previsíveis em alguns casos. Posteriormente, a
contextualização sobre o conhecimento científico será efetivada com os estudos
sobre as teorias modernas e contemporâneas.
Prosseguindo, os mestrandos começaram a explanar suas dúvidas e
contribuições sobre sua compreensão sobre o conhecimento científico, colocando
em foco as pesquisas que pretendem realizar no decorrer do curso Stricto Sensu,
citando aspectos presentes nos seus projetos de pesquisa.
Rodrigues, fez as suas colocações, esclarecendo aos acadêmicos quais os
procedimentos que os referidos deveriam ter cautela na hora que estivesse
coletando dados, explicando que o conhecimento cientifico usa o método concreto e
conclusivo, porém, o mestrando precisa ter cuidado na hora da produção, pois seu
método de pesquisa pode ser um, e na hora de defender a dissertação estar
expresso outro.
Dando continuidade, o professor destacou sobre o conhecimento mítico, que
tem suas características voltadas para a mitologia grega, porém tem outras
mitologias que também pode ser abordadas. Mas o pensamento mítico grego,
contextualiza seus conhecimentos, tornando-se um conhecimento filosófico.
A consciência mítica, foca que na cultura grega o mito surgiu a partir da
concepção da origem de dois grandes titãs, explanando sobre o deus grego Zeus,
um líder que conduziu até mesmo os seus irmãos, por ter sido escolhido dentro do
universo mítico, sendo protegido por todos.
Há uma diferença entre a consciência mítica e a religiosa, pois no mito tem a
presença da crença, e não da fé. Já na religião há fé, acreditando que vai ser salvo
por um ser espiritual devido as suas ações. A crença dá um nível de transcendência
real, ou seja, concreto. Diferentemente da fé, que é algo que está além do potencial
humano para ser concretizada.
Enfim, sistematizando a aula do presente dia, a mestranda Cleovânia
Macêdo, compreendeu que o conhecimento científico, vai nortear sua prática
enquanto pesquisadora de uma realidade observada em uma escola indígena.
Entendeu que, o conhecimento filosófico não pode ficar fora da contextualização da
epistemologia das ciências, pois traz em seu contexto métodos e características que
inferem na realidade do sujeito, principalmente dos que fazem parte da pesquisa.
Já o mestrando Jessé Alves de Araújo, sintetizou que esse método pode ser
sistematizado com as teorias da origem, se encaixado na perspectiva dos
conhecimentos que não podem ser experimentados e não conclusivos, mas que
foram historicamente usados para explicar as teorias espirituais do cristianismo.
3º DIA DE AULA REMOTA: 13/08/2020 – DO MILAGRE GREGO AO
PENSAMENTO MEDIEVAL.

O professor Elialdo sempre inicia suas aulas, fazendo uma sistematização do


que foi abordado na aula anterior. Desse modo, fez uma breve passagem sobre o
que foi abordado no encontro passado, relembrando que estudamos sobre o mito e
a religião, suas características e seu modo filosófico que norteiam as práticas das
pesquisas realizadas pelos mestrandos.
Explanou sobre os métodos científicos e de pesquisa que são utilizados no
desenvolvimento de uma dissertação para comprovar a sua cientificidade diante de
uma realidade. Por isso, novamente aconselha aos mestrandos a cautela e o estudo
mais específicos dos métodos que os referidos se propuseram a usar para realizar
sua pesquisa, diante de uma inquietação da realidade.
Posteriormente começou a falar do assunto pertinente a aula, do milagre
grego ao pensamento medieval, ressaltando a importância da razão em todos os
processos filosóficos desse pensamento, exemplificando a consciência infantil que a
princípio se concretiza em imaginária, sofrendo transições posteriores, com a
consciência racional diante de sua realidade.
Falar de milagre grego, é se referendar a um processo filosófico criado pelos
gregos, onde eles enraizaram um produto cultural denominado Milagre Grego,
considerando a Filosofia como um desencadeamento cultural, no sentido racional,
levando em consideração que toda ação filosófica depende da outra, mesmo em
momentos culturais distintos.
A tese do milagre grego consiste na passagem da mentalidade mítica para o
pensamento crítico racional e filosófico, destacando o caráter repentino e único
desse processo. A civilização grega empregava tão-somente a mitologia para
explicar os fenômenos que acontecia tanto dentro da natureza, bem como no meio
social. Nada era questionado e tudo era desenvolvido com base no desejo dos
deuses gregos. Com o rompimento com esse pensamento mítico deu-se o
surgimento da filosofia que trouxe novos aspectos para a sociedade permitindo
assim, que tanto ela como os indivíduos desenvolvessem outras formas de pensar.
Com isso várias escolas começaram a se formar dentre elas a escola de
Platão. Essa escola se tinha como essência a preocupação com a consciência
mítica, a origem dos homens ou a origem de todas as coisas.
O que destacamos nessa aula foi “que não existe método que conteste o
outro, no sentido de que o conhecimento cientifico utilizado não seja verdadeiro, o
que pode existir é que outro método apresenta uma outra abordagem, outra visão de
mundo, ou outro método de analisar os fatos.
Com isto vimos o surgimento dos sufistas, que eram considerados como os
“fora da lei”, ou seja, enquanto as escolas tradicionais dos filósofos difundias seus
conhecimentos a quem desejasse conhecer, os sufistas difundiam seus
conhecimentos a quem desejassem pagar.
Fizemos uma verdadeira viagem filosófica nesta aula falamos sobre Tales de
Mileto, Anaximandro, Escola naturalista, Anaxímenes de Mileto. Para Tales de
Mileto, o elemento essencial era a água (arché). Já para Anaximandro, mestre de
Anaxímenes, a massa geradora de todos os seres era representada pela união dos
quatro elementos (terra, fogo, ar e água) denominado de “ápeiron”. Já para
Anaxímenes, o elemento primordial era o ar, o princípio de todas as coisas.
Vimos o nascimento da escola da Dialética. O primeiro registro de estudo da
temática na história foi dado por Zenão de Eléia (490-430 a.C.), mas alguns outros
estudiosos apontam que o principal filósofo a dar conhecimento para temática foi
Sócrates (469-399 a.C.), tanto que o mesmo é reconhecido como uma figura muito
importante para o surgimento da Dialética,
Gostaríamos de destacar Plotino como um novo conceito de pensamento.
Plotino é geralmente considerado o fundador do chamado neoplatonismo. Ele é um
dos mais influentes filósofos da Antiguidade, depois de Platão e Aristóteles. Em sua
filosofia, exposta nas Enéadas, existem três princípios: o Uno, o Intelecto e a Alma
do Mundo.
A originalidade do pensamento de Plotino está em sua releitura de Platão e
Aristóteles sobre a natureza do Intelecto e sobre o "além do Intelecto", ou seja, o
Uno. Segundo Plotino, o homem, parte do mundo sensível, deve partir, através da
introspecção, da Alma do Mundo para o Intelecto, depois do Intelecto para o Uno,
alcançado assim uma união mística com o Deus por excelência.
Os escritos de Plotino inspiraram metafísicos e místicos pagãos, islâmicos,
judaicos, cristãos em especial Agostinho. Segue abaixo um quadro com o
nascimento dos principais filósofos e suas ideias principais, que são sistematizadas
ao longo das décadas.

PRÉ-SOCRÁTICOS
Nascimento e Falecimento Filósofo Principais Ideias
Na filosofia, ele acreditava na
existência de uma matéria-prima
básica responsável pela origem
624-556 a.C Tales de Mileto do Universo: a água. Em uma de
suas frases mais conhecidas,
Tales teria dito que “o Universo é
feito de água”.
Acreditava que o princípio de
tudo (o arkhé das coisas) era o
Anaximandro de
610-547 a.C ápeiron, isto é, uma matéria
Mileto
infinita da qual todas as outras se
cindem.
Declarou que o ar é o princípio
Anaxímenes de
585-528 a.C das coisas que existem; pois é
Mileto
dele que provêm todas as coisas 
Foi responsável pelo surgimento
da palavra "matemática", e sua
580-497 a.C Pitágoras concepção como um sistema de
pensamento baseado em provas
dedutivas
“Tudo flui, nada permanece”.
Logo, o autor compara o mundo
540-470 a.C Heráclito de Éfeso
com um rio – pois não é possível
entrar duas vezes no mesmo rio”
Sua filosofia define que o ser é
Parmênides de
515-440 a.C único, imutável, infinito e imóvel,
Eléia
sempre idêntico a si mesmo
Teoria do paradoxo: por mais
rápido que Aquiles se movesse,
ele jamais conseguiria
ultrapassar a tartaruga: cada vez
490-430 a.C Zenão de Eléia
que Aquiles percorre
determinada distância num
espaço de tempo, a tartaruga já
percorreu uma outra distância.
Sofista da Grécia Antiga, célebre
por cunhar a frase: "O homem é
a medida de todas as coisas, das
485-415 Protágoras
coisas que são, enquanto são,
das coisas que não são,
enquanto não são."
FILOSOFIA CLÁSSICA
Nascimento e Falecimento Filósofo Principais Ideias
Na imortalidade da alma. Na
impossibilidade de se aprender
469-399 a.C Sócrates as virtudes com os sofistas. Na
busca pela virtude como mais
importante
Acredita que por de trás do nosso
mundo, chamado mundo dos
427-347 a. C Platão sentidos, existe uma realidade
abstrata, chamada de mundo das
ideias,
Acreditava na educação como
384-322 a. C Aristóteles forma de preparar o homem para
viver em sociedade.

FILOSOFIA HELENÍSTICA
Destacamos apenas alguns dos filósofos deste período.
Nascimento e Falecimento Filósofo Principais Ideias
Pregava a procura dos prazeres
moderados para atingir um
341-270 a.C Epicuro
estado de tranquilidade e de
libertação do medo,
Se ocupou de refletir e escrever
4 a.C.-65 d.C Sêneca sobre a alma, a existência
humana, ética, lógica e natureza,
Existem três princípios: o Uno, o
205-270 Plotino
Intelecto e a Alma do Mundo.

Nesta aula, compreendemos que o pensamento filosófico grego, tem fortes


influências nas linhas de pensamentos da epistemologia, pois traz em seu contexto,
contextualizações que vão ser usadas no decorrer do desenvolvimento das
pesquisas elaboradas pelos mestrandos.
Não há como realizar uma pesquisa sem compreender os conhecimentos
filosóficos que norteiam as práticas da epistemologia das ciências, já que a visão
dos agentes pesquisadores devem estar preparadas e aguçadas para concretizar
sua ação no campo de pesquisa com um olhar minucioso sobre aquela realidade,
sendo assim, consideramos de suma importância todo conhecimento sistematizado
nesta aula sobre o milagre grego.
4º DIA DE AULA REMOTA: 20/08/2020 – FILOSOFIA ESCOLÁSTICA E
RENASCENTISTA
Neste dia o professor Elialdo, fez suas ressalvas sobre o processo inicial da
vida intelectual na academia cuja a faixa etária desses alunos consistiam entre a
idade de oito a nove anos de idade, sendo somente assistidos os alunos do sexo
masculino. Sua instrução primária era voltada para a vida sexual, levando em
consideração a questão do gênero, ou seja, o aluno tinha como tutor – o mestre,
sendo assim, após a sua iniciação sexual, o sangue do mestre era o elo da
preparação deste aluno para ser um mestre no futuro.
Essas práticas com o passar do tempo foram sendo vistas como uma prática
imoral, perante ao cristianismo, pois não condizia com a filosofia que o cristianismo
defendia. Afinal, toda a filosofia traz consigo uma crença, com isso, toda essas ação
sexuais passaram a não ser mais permitidas. Citando que as predestinações
religiosas, trazem em seu contexto as ideologias divinas de Deus, ou seja, o que
Deus permite acontecer, vai acontecer.
Diferente dos filósofos, que são predestinados a defender a sabedoria
racional, com preceitos e características próprias. O filosofo traz em essência a ideia
de um pensamento voltado para as inquietações vividas na realidade, com
predeterminações de conhecimentos sobre algo em seu contexto.
Posteriormente, começa a abordar a Filosofia Escolástica, que surgiu na
Europa, no século IX, permanecendo até o início do Renascimento no século XVI. O
maior representante da Escolástica foi o teólogo e filósofo italiano São Tomás de
Aquino. Inspirada nas ideias de Platão e sobretudo, seu de Aristóteles, tinha como
referência a fé cristã que se baseava na revelações contidas na Bíblia Sagrada.
O pensamento Escolástico, discutiam os problemas universais, qual o seu
problema capital, o que significa universais, pois havia várias compreensões sobre
esse assunto. O conhecimento filosófico desta linha de pensamento, começa a ser
enfatizado por teóricos como Pedro Abelardo e Tomás de Aquino, em mil e
quatrocentos anos depois de ser abordado.
Nesta linha de pensamento, Deus é tratado como universal, com a
imortalidade da alma, a imortalidade. Outro tema discutido, é sobre o finito e infinito,
a alma se caracteriza como infinita e o ser humano um ser finito, pois tem um
período de vida, já a alma não tem. Prosseguindo temos a fé e a razão, aspectos
importantes para a filosofia, sendo estabelecido pelo positivismo que razão é
superior a fé, a fé é superior a razão defendido pelo grupo de Agostinho - platonismo
e por fim a fé vinculada a razão, ou seja, uma contempla a outra no processo
filosófico.
Conforme Tomás de Aquino, o segredo era racionalizar o pensamento cristão,
ou seja, refletir sobre a aproximação entre a fé e a razão. Destacamos neste as
principais características da escolástica que era a sua dedicação à criação de uma
filosofia cristã, deixando de lado, em partes, o caráter propriamente teológico da
doutrinação, centrando-se no ensino e na valorização da filosofia.
Daí temos a Patrística, que tem como qualidades o delineamento das ideias
fundamentais do Cristianismo com base numa perspectiva mais racional. Agostinho
de Hipona foi seu principal representante.
A Escolástica foi importante para o pensamento ocidental pois foi a forma
filosófica que estruturou as primeiras universidades ocidentais, em uma época em
que a educação ainda era considerada uma tarefa própria da Igreja, de modo que
ela influenciou tudo o que era escrito e lido na Baixa Idade Média.
Temos em seguida a filosofia do Renascentista, período da história da
filosofia na Europa que está situado entre a Idade Média e o Iluminismo.
Os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender e a
saber tudo o que se conhece, defendiam que há uma explicação para a maioria das
coisas, portanto desconsideravam as explicações elaboradas pela Igreja Católica ou
por outras fontes que não fossem científicas.
Com o avanço do pensamento humanista chegamos ao racionalismo tendo
como destaque René Descartes que é responsável pelo desenvolvimento do
racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode alcançar a verdade
pura através de seus sentidos: as verdades residem nas abstrações e em nossa
consciência, na qual habitam as ideias inatas.
Nesta aula tivemos um verdadeiro aprofundamento no pensamento filosófico
ocidental, onde tivemos o entendimento de como o pensamento ocidental foi
desenvolvido e por que pensamos de forma tão ordenada, sistematizada,
cristianizada e por fim humanista.
5º DIA DE AULA REMOTA: 27/08/2020 – CONHECIMENTO EMPÍRICO
Iniciando a aula o professor Elialdo, ressaltou sobre o que havia abordado na
aula passada, citando a idade moderna, com discussões sobre as teorias de Marx,
Tomás de Aquino, entre outros teóricos. Sendo que a proposta desta aula, é abordar
outros teóricos que defendem outros métodos científicos, ou seja, aquele
conhecimento que merece validade, e aqueles que não devem ter credibilidade.
Filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David Hume, empiristas que
discutiram propostas de conhecimentos empíricos, assim como, questões sociais e
políticas, com o novo modelo de estado que se desenha no atual período: estado
civil, estado da natureza e o estado de direito.
Essas questões surgem por causa da mudança de conhecimento filosóficos,
se unindo aos pensamentos cristãos na idade média, que continua acontecendo na
idade moderna, colocando em foco o homem e a mulher, que não precisam mais de
alguém para lhe defender diante de uma realidade.
Para estes filósofos, o conhecimento empírico é constituído a partir da
vivencia humana, dos experiências adquiridas no decorrer de sua vida. Essas
experiências entram pelos sentidos, fazendo com que a razão sistematize todas as
experiências vividas, pois elas se formam de maneira descontextualizadas.
A filosofia empirista, se caracteriza em princípios de relações humanas,
empreendimentos, princípios da existência, de modo de ser, de experiências
socioeconômicas em sai sociedade. Os processos são centrados em ataques diretos
a razão, encaminhando direto da consciência a conhecer o objeto. O objeto por sua
vez, torna-se algo que traz em sua essência um conteúdo que deve ser estudado e
analisado.
Sua proposta é identificar todos os ângulos do objeto, visualizando em sua
totalidade, sem apenas analisar um ângulo, ou seja, um único aspecto, mas sim sua
totalidade, nas atividades mais profundas deste, pois, assim, será possível organizar
aspectos importantes dos meus sentidos. Kant, defende os conceitos metafísicos
dentre de um contexto, dizendo que o ser humano pode captar conceitos diante dos
seus sentidos, sistematizando com os princípios morais e razoes práticas.
Este teórico destaca uma série de princípios morais, informando que a partir
do juízo que o indivíduo estabelece identidades aplicados ao conceito da vida, pois e
a partir deste, que ocorre a operalização do intelecto, já que o sujeito vai conseguir
identificar por exemplo, algo que está associado a sua realidade.
A operação do intelecto, funciona do seguinte modo, quando uma afirmação
está em acordo, ela é considerada verdadeira, quando está em desacordo com o
juízo, classifica-se como falsa, desordenada. Isso tudo é o significado de juízo,
termo utilizando por Kant na Filosofia.
Outro termo usado por ele, são as classes de predicados, onde a categoria
não pode ser reduzida, pois possui uma estrutura. As categorias defendidas por
Kant são totalizadas em nove categorias, todas com suas funções especificas dentro
do conhecimento filosófico.
Com essa contextualização efetivada pelo professor, compreendemos que o
conhecimento empírico é aquele conhecimento que adquirimos no dia-a-dia, com
base na tentativa e erro, ou seja, o conhecimento adquirido através da observação,
da experiência, do senso comum, dispensando a necessidade de comprovação
científica.
A diferença entre o conhecimento empírico, científico, filosófico e o teológico
está em como o adquirimos este conhecimento, ou seja, o conhecimento empírico
diz respeito ao conhecimento popular, já o conhecimento teológico, ou religioso, é o
baseado na fé religiosa, acreditando que ela detém a verdade absoluta. Nesta aula
gostaríamos de destacar Emanuel Kant e o pensamento o pensamento “a priori, a
posteriori, sintético e analítico”
O conhecimento a priori ou puro, não necessita da experiência sensorial para
acontecer, além disso o conhecimento a priori é essencial e aplicado a tudo e a
todos, por exemplo: a afirmação de que o triângulo tem três lados é uma afirmação
que serve para qualquer tipo de triângulo em qualquer situação e em qualquer
tempo. Eles são gerais e deles se originam discernimentos fundamentais. Já os
conhecimentos dados pela experiência, a posteriori, não produzem juízos essenciais
e que possam ser aplicados em todas as situações.
Além da diferenciação entre os conhecimentos a posteriori e a priori, Kant
considera ainda que existem juízos analíticos e sintéticos. Os juízos analíticos são
aqueles em que os atributos fazem parte do termo sobre o qual se afirma algo. As
conclusões dos juízos analíticos são o resultado do exame dos elementos contidos
nos termos. Por exemplo, na afirmação “os corpos são extensos” a qualidade
“extenso” já está contida de forma subentendia no termo “corpo”, ou seja, não temos
condição de elabora ideias ou raciocínios sobre o termo “corpo” se não aceitarmos
que eles são “extensos”.
6º DIA DE AULA REMOTA: 03/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE
SEMINÁRIO
GRUPO 01: EPISTEMOLOGIA E FILOSOFIA; GRUPO 02: A REVOLUÇÃO
CIENTIFICA; GRUPO 03: CRITICISMO KANTIANO.
A aula teve seu início com a introdução dos conteúdos abordados no decorrer
das aulas, onde o professor Elialdo, fez uma breve contextualização dos
pensamentos filosóficos em relação a epistemologia, contextualizando que os
grupos vão apresentar aspectos importantes deste processo de construção de
conhecimento.
O primeiro grupo a apresentar, tinha como tema: Epistemologia e Filosofia,
cujo os mestrando que compunham esse grupo eram: Andreia Brilhante, Reginete
Sabino e Verônica Souza. Que começaram a sua apresentação via Power point,
salvo em formato PDF, fazendo uma conceituação da palavra epistemologia, onde
episteme significa conhecimento seguro, e logos teoria racional, logo, epistemologia
denomina-se como teoria racional do conhecimento seguro.
Continuando a apresentação, o grupo enfatizou sobre a ciência moderna, que
conceituaram como uma metodologia voltada para a observação e experimentação,
ou seja, observar uma realidade, analisar uma inquietação frente a essa realidade e
modifica-la usando os instrumentos necessários para intervir na problemática
identificada pelo pesquisador.
Dentro da ciência moderna, encontra-se três diferentes formas de
conhecimentos: o senso comum, o filosófico e o religioso. O primeiro norteia suas
ações a partir da vivência e experiência do sujeito; o segundo tem seus instrumentos
metodológicos voltados para uma prática analisada a partir de uma realidade, sendo
possível transformar comprovando sua cientificidade e por fim o religioso, que
acredita em um ser espiritual, que designa conceitos e ações que devem ser
realizadas pelo sujeito.
Explanaram sobre esses diferentes conhecimentos, ressaltando que estes
trazem consigo características como: forma sistemática, definição de método,
redução, objetividade, claridade e incompletude e falibilidade, características que
serão usadas pelos mestrandos na elaboração de sua pesquisa e na dissertação
dos resultados obtidos com essa investigação.
Posteriormente, discorreram sobre os pressupostos filosóficos da ciência
moderna, informando que nestes pode ser encontrado a existência do objeto a partir
da realidade ontológica, ou seja, algo inerente a realidade, que possui uma natureza
comum a todos e pode ser estudado pelo sujeito envolvido nesse processo.
Depois vem a estabilidade aspecto do objeto, que defende a regularidade do
objeto, de modo que, está vinculada ao determinismo e ao naturalismo. Seguindo
comentaram sobre o método adequado – otimismo epistemológico, que tem a
função de defender a tese de que a verdade pode ser alcançada. Seguindo das leis
básicas da lógica, que se caracteriza nos pressupostos lógicos, que determina que o
mundo é representado pela linguagem representacionista.
O grupo ainda ressaltou que para os teóricos que representam a ciência
moderna, sempre há algo que precisa ser pesquisado, pois a existência é objetiva,
ou seja, o observador existe em um campo real, logo, vai vivenciar inquietações
variadas em relação a este campo, buscando um objeto para ser investigado, afinal
esse objeto não é meramente uma criação de sua consciência.
Finalizando, citaram Nagel (1961), que sistematiza que o inicio da busca por
estes conhecimentos consistem em uma forma sistêmica organizacional de um
conjunto de leis, com métodos e investigações, ou seja, toda busca de respostas as
nossas inquietações devem seguir uma linha teórica metodológica e filosófica, que
amparem as nossas produções diante da realidade que nos propusemos a
pesquisar.
O segundo grupo a apresentar, tinha como componentes: Cleovânia Macêdo,
Jonilde Lima e Silvana Carvalho, com o tema: A revolução científica. O grupo iniciou
a sua fala, fazendo uma breve contextualização acerca do que seria abordado no
trabalho elaborado por eles.
Prosseguindo conceituaram que a revolução cientifica foi um movimento
amplo de ideias, defendidas por Nicolau Copénio, Galileu Galilei e Johannes Kepler,
grande físicos, matemáticos e astrônomos nos anos de 1543 a 1687. Após essa
introdução, o grupo ressaltou que Aristóteles acreditava que a terra era o centro do
universo, sendo usada como um referencial absoluto, pois compunha um conjunto
de astros limitados em relação ao que se compreende como astros nos dias atuais.
Depois vem Ptolomeu, mostrando que o modelo geocêntrico defendido por
Aristóteles era distinto, pois ainda era possível encontrar elementos como a Lua,
Mercúrio Vênus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno e estrelas no universo. Ptolomeu era
um astrônomo e matemático que se dedicava em estudar os elementos constitutivos
do universo, utilizando métodos que comprovavam sua pesquisa.
Continuando, explanaram sobre as teorias heliocêntricas e seu Arauto, que
contestava a ideia de Ptolomeu anos depois, pois Nicolau Copérnico, apresentou
uma estrutura do Sistema Solar, denominada de Heliocentrismo.
Porém, esse modelo teórico não foi aceito pela igreja católica, que adotava a
doutrina do modelo geocêntrico. Pouco tempo depois, a teoria de Copérnico é
comprovada por Galileu Galilei, Kepler e Isaac Newton, que prevalece atualmente
sendo usada como referência para estudos astronômicos.
Citaram as características centrais da revolução científica, observando que
não se trata apenas da mudança da imagem do mundo, mas sim, das ideias das
ciências sobre as ciências, sobre o homem, sobre as suas relações entre ciência e
sociedade, ciência e filosofia e a ciência e a fé.
Explanaram sobre a nova síntese epistemológica, que tinha como principal
característica a filosofia grega, cujo o conhecimento deveria ter uma justificativa,
sustentados por argumentos verdadeiros, produzindo conhecimentos fieis a
realidade onde o sujeito estava inserido.
O método usado nesta revolução consistia em formulação de hipóteses,
experimentação, repetição do experimento para testagem das hipóteses, repetição
da experimentação por outros cientistas e formulação de leis. Finalizando com a
ressalva de que a revolução cientifica foi a dissolução entre o mundo de valores e
fatos.
Concluindo as apresentações, veio o terceiro grupo, formado por Bruna
Lameira, José Domingos e Lucenir Lucena, que elucidaram sobre o tema: Kant e o
Criticismo, fazendo um breve contexto histórico sobre o estado moderno, o
absolutismo e o iluminismo, que tinham enfatizavam a divisão de poderes e a
democracia moderna.
Logo depois, sintetizaram sobre o contexto filosófico, que tinha como tese a
ciência moderna e a teoria do conhecimento, sendo a primeira racionalista, que
alegava que o conhecimento provinha da razão, e a segunda empirista, que
defendia que o conhecimento era idealizado através da experiência adquirida e
vivenciada.
Os racionalistas respaldavam-se no juízo sintéticos, são puramente
explicativos, sendo que o objeto não acrescenta em nada em relação ao conteúdo,
pois já é considerado conhecido, citando como exemplo: a pedra é pesada, ou seja,
ser pesada, não acrescenta nada em relação a um objeto de pesquisa.
Já para os empiristas, o juízo são analíticos, onde o predicado acrescenta
algo que não se expressa no sujeito, usando como exemplo: o animal é vivente, o
fato de ser vivente não está característico no sujeito animal.
Para Kant, a ética era um sistema de regras absolutas, que deviam ser
respeitadas independentemente das consequências. E que as regras morais seriam
leis que a razão estabelecia para todos os seres racionais.
Assim, como a moral e a razão onde o referido sintetizava que se realmente
somos livres, só seriamos livres, se fossemos capazes de definir as leis que o nosso
comportamento obedecerá, pois a moral se baseia na razão, com isso deveria ser
considerada priori, sem qualquer tributo de experiência.
Concluindo sua apresentação, o grupo ressaltou que para Kant, o
conhecimento científico é universal, logo, necessário, mas é fenomênico, ou seja, o
intelecto nunca pode ultrapassar os limites da sensibilidade, pois esta traz em sua
essência o conteúdo de suas ideias sobre o mundo.
No intervalo de cada apresentação, o professor Elialdo fez as suas
colocações sobre os assuntos abordados, contribuindo assim, com a fala dos
mestrandos que sintetizaram os conteúdos estabelecidos para o seminário.
7º DIA DE AULA REMOTA: 10/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE
SEMINÁRIO
GRUPO 04: POSITIVISMO; GRUPO 05: FENOMENOLOGIA; GRUPO 06:
HISTORICISMO FRANCÊS.
Neste dia, a aula começou com as apresentações dos grupos agendados. O
professor, fez suas indagações sobre os conteúdos que serão abordados,
ressaltando a importância de cada linha teórica do conhecimento para os
mestrandos, pois, tais sistematizações vão refletir nas produções individuais ao fim
do curso.
O primeiro grupo deste dia, apresentou o capitulo 04, denominado de
Positivismo, composto pelas mestrandas: Elândia Araújo, Jacilene Cruz e Roberta
Fernandes, que iniciaram sistematizando o período de duração deste, decorrente do
de 1840 a aproximadamente 1900, que exerceu forte influência na Filosofia,
economia, política, Pedagogia, História e Literatura, trouxe também o progresso
humano e social, consistindo em uma ciência para solucionar os problemas sociais
existentes na época, pois defendia o progresso de uma nação.
Depois falaram sobre o positivismo francês, que tinha Comte como
influenciador radical, conservador e grotesco em relação a religião. Trazia ideias
hegemônicas, cuja a observação dos fatos eram sistematizadas a partir do raciocínio
e as relações sobre o fenômeno observado, produzindo um conhecimento baseado
na observação, experiência e razão.
Comte classificou as ciências em cronológicas e complexas, atribuindo
aspectos importantes para a Astronomia, Física, Química, Fisiologia e Sociologia.
Pregava que a Psicologia não pode ser considerada como uma ciência positiva, e
que a Filosofia não pode ser considerada ciência, pois está alinhado ao pensamento
empírico.
O método científico era caracterizado como indutivo e dedutivo, prescrevendo
observações puras, norteadas por hipóteses, com o uso de experimentos e da lei
científica universal, ou seja, o mundo nos apresenta dados positivos, sendo que na
razão encontramos a regularidade, que forma hipóteses, que por meio dos
experimentos obtemos a resposta se está correto ou não.
As características gerais são classificadas em: primazia da ciência,
cientificismo, progresso incontível, generalização do método, sociologia, herança
iluminista e antimetafísica, que são utilizadas no processo de estudos da referida
ciência do conhecimento positivista. Complementando o trabalho, o grupo ressaltou
que na atualidade, o positivismo ainda permanece ciências empíricas, utilizando o
cuidado com a linguagem cientifica, prevalecendo a diferença entre “se faz” e “deve
ser feito”.
Logo, após foi a vez do grupo que apresentou o capitulo 05, com o tema:
Fenomenologia, cujo os componentes eram: Anna Fabielly, Jacivânia e Jessé, que
fizeram um apanhado histórico do tema abordado relatando que a fenomenologia é
entendida como aquilo que se mostra pelos sentidos, ou seja, estuda a essência dos
fatos e como percebemos o mundo.
Seu método consiste em analisar o fenômeno, em sua subjetividade,
compreendendo os fenômenos que ocorrem na realidade, este pode ser entendido a
partir de um objeto. O objeto pode ser considerado real, como por exemplo, uma
caneta, fantásticos como a mula sem cabeça ou ideais como a felicidade/ amor.
O grupo continuou enfatizando que o primeiro ataque de vulto filosófico ao
projeto de ciência moderna apresentado pelo Positivismo, efetuado por um dos
maiores filósofos do século XX, Edmund Husserl.

A Fenomenologia influenciou e tem continuado a influenciar todos os campos


da Filosofia, especialmente a Teoria do Conhecimento, a Epistemologia, a Ética, a
Filosofia do Direito e a Filosofia da Religião; além de estender essa influência para
todas as Ciências Humanas, particularmente a Antropologia e a Psicologia.

Fenomenologia significa antes de qualquer coisa um conceito de método. O


que Husserl apresentou ao mundo foi um método de pensamento que ele acreditava
poder livrar a filosofia de construções filosóficas inconsistentes e fantásticas que se
desfaziam no ar, conceitos mal formulados e falsos problemas.

Seu objetivo era fundamentar a Fenomenologia como “ciência de essências”,


uma ciência rigorosa, voltando a Filosofia novamente para as coisas. Seu lema era
“Voltemos às coisas mesmas. A intencionalidade da consciência é o conceito central
da Fenomenologia.

A consciência é sempre de algum objeto e os objetos só têm sentido para


uma consciência. Podemos dizer que a intencionalidade da consciência é o foco de
atenção que você dá para determinado assunto, que antes passavam despercebido
por você. E por fim, o grupo sintetizou que a fenomenologia é uma ciência do
aparecer dos objetos.

Continuando o grupo composto por Alex Pontes, Emerson Daniel Targino e


Francimara Cunha, fizeram suas colocações sobre o tema: Historicismo Francês,
cujo o idealizador dessa área do conhecimento era Gaston Bachelard, que
apresentava uma reflexão epistemológica radicalmente antipositivista.

O grupo explicou que para o referido teórico, a ciência é anterior a razão, ou


seja, a evolução do conhecimento não tem fim, deve ser contemporânea e
sintonizada com as principais ciências do seu tempo.

Para Bachelard, o empirismo não existia, assim como as suas práticas


metodológicas, pois a busca por um quadro a priori essencial não pode ser
considerado para efetivar uma pesquisa, ocasionando, o que ele chamava de “corte
epistemológico”, que rompia com a continuidade do processo de acumulação de
conhecimentos sobre um objeto.

Prosseguindo, o grupo ressaltou que a influência da tradição historicista do


campo epistemológico é restrita ao pensamento francês, não tendo a receptividade
na aplicação da língua inglesa ou alemã da filosofia da ciência. Destacando que o
teórico, reiterava que a Filosofia deve renunciar a forma sistemática e “arriscar-se” a
elaborar novos pensamentos, produzindo ciência para cada momento da história.

Assim, como nas primeiras apresentações o Dr Elialdo, fez as contemplações


acerca da fala dos acadêmicos que apresentaram o seminário, explanando sobre os
fatos que marcaram cada etapa da epistemologia, fazendo uma sistematização com
as aulas anteriores, sobre o conhecimento cientifico e filosófico.

Os acadêmicos também, socializaram com os que apresentaram as suas


inquietações e contribuições sobre o que estava sendo abordado nesta aula,
colocando o seu ponto de vista, em relação ao que foi abordado por cada grupo.
8º DIA DE AULA REMOTA: 17/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE
SEMINÁRIO
GRUPO 07: POPPER E O RACIONALISMO CRÍTICO; GRUPO 08: KUHN E OS
PARADIGMAS; GRUPO 09: RACIONALISMO X RELATIVISMO: O DEBATE
CONTEMPORÂNEO.
A aula deste dia foi realizada via google meet, com o acesso de todos os
mestrandos na sala virtual. Como de costume, o professor Elialdo, fez as
contextualizações sobre as apresentações anteriores, com as ressalvas sobre tudo
que foi abordado, comunicando que essa aula era a penúltima, pois na próxima
semana se encerrava o semestre do curso de mestrado.
O grupo com o tema Popper e o Racionalismo Crítico, composto por: Marcelle
Wottrich, Mariléia Cadete e Michele Sampaio, que destacaram que o racionalismo é
a lógica da investigação científica, que faz críticas ao positivismo lógico com os seus
métodos indutivos, ocasionando uma mudança na forma de compreender o
posicionamento científico.
Para Popper, a indução não existe, é falsa e sem argumentos lógicos, sem
solução, com a não aceitação dos argumentos circulares. Toda observação, traz em
sua essência teoria/ mente e não-mente, cuja informações são genéticas, inseridas
em um corpo que possui um conhecimento consciente, transcrevendo o critério da
cientificidade – a falsificabilidade.
Esse teórico embasava que o conhecimento científico, era formado de
conjecturas processuais de veracidade do conhecimento produzido. Existindo uma
definição de verdade criteriosa. A verdade era considerada um ideal normativo da
ciência, obtendo a verossimilhança.
Explicaram que quanto mais fatos forem investigados em relação a uma
problemática ou uma teoria, menor será a probabilidade de ser verdadeira, ou seja,
se há presença de muitas informações, não há veracidade neste fato.
Para a verificação desta afirmativa, o sujeito necessita usar as teorias
norteadoras de suas práticas, os métodos que comprove a verdade dos fatos, e os
instrumentos avaliativos das hipóteses levantadas para solucionar os problemas.
As soluções seriam propostas e críticas diante de uma realidade, se não
possui nenhuma crítica não é científica, concluindo com a fala do autor “se as
crenças e valores dos cientistas são fatores negativos, não há pesquisa”
Dando continuidade as apresentações, temos o grupo formado por Hérika
Sobral, Irisdalva Barbosa e Jonathan Souza, que tinham como tema: Kuhn e os
paradigmas, que defendia que os paradigmas significam conjuntos de conquistas
científicas universalmente reconhecidas. O grupo usou como exemplo, o piloto
Airton Senna, pois ele é considerado um modelo de piloto, e não um paradigma.
Prosseguindo relataram sobre as ciências normais e as extraordinárias, que
trazem em seu contexto o entendimento de uma fase homogênea da ciência, onde o
conhecimento é cumulativo, ou seja, quanto mais se tem informações, mais
conhecimento o sujeito terá para explorar.
Citando a alteração do modelo científico, como que foi explanado na
revolução científica – geocentrismo e o Heliocentrismo, isso pode ser caracterizado
como um paradigma. Finalizando suas falas, agradecendo os colegas pela atenção,
e contribuições sobre o assunto abordado.
E para encerrar as apresentações do seminário, tivemos a colaboração do
grupo das mestrandas Joice de Lima e Kátia Pereira, que enfatizaram sobre o
racionalismo x relativismo: debate contemporâneo, destacando que a filosofia da
ciência contemporânea propõe contribuir com um olhar crítico sobre o
acontecimento científico, principalmente nas áreas da educação e psicologia.
Depois abordaram que a ciência deve ser segura, racional, com uma razão
filosófica, lógica e crítica, porém na realidade é descritiva, investigativa, anterior,
com uma visão sociológica e relativa. Essas características são criticadas por
Popper no racionalismo, pois não há verdade absoluta, quando se usa o método
indutivo.
Já Lakatos, ressalta que toda ciência precisa elaborar um programa de
pesquisa, orientada para o acontecimento, podendo ser melhorada, sucessiva e
estudadas conforme o seu tempo. Finalizando com uma contextualização das
características filosóficas defendidas no decorrer das apresentações por cada
teórico.
Após as apresentações, os mestrandos e o docente da disciplina, fizeram as
suas contribuições sobre os três capítulos apresentados pelos colegas,
contextualizando aspectos de permanecem na realidade, frente ao conhecimento
científico que possibilita ao acadêmico discorrer sobre a sua pesquisa, a partir da
epistemologia das ciências, efetivando sua prática no papel de pesquisador.
9º DIA DE AULA REMOTA: 24/09/2020 – APRESENTAÇÃO DE
SEMINÁRIO COM TODOS OS GRUPOS
Nesta última aula do presente semestre, o professor Elialdo, fez as suas
considerações sobre tudo que foi vivido e aprendido no decorrer do desenvolvimento
das aulas da turma do mestrado da Universidade Estadual de Roraima. Sem mais
delongas, iniciou as apresentações da atividade que estava prevista para ser a final
– seminário dos grupos com os temas selecionados.
Cada grupo teve trinta minutos para apresentar suas conceituações e
sistematizar o que cada texto trazia em seu contexto. Mesmo com toda dificuldade
enfrentada neste último dia de aula, como o acesso e oscilação da internet, todos os
grupos conseguiram apresentar no período estabelecido. Houve alguns,
contratempos como a saída do professor, por causa da queda do sinal da internet no
seu ambiente de aula.
Posteriormente as apresentações, o professor Elialdo, agradeceu a todos pelo
empenho no decorrer das aulas, informando que os mestrandos precisavam sem
organizar para entregar os seus instrumentos avaliativos dentro do prazo, para evitar
problemas com as notas da disciplina.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento filosófico e científico, tem suas peculiaridades, porém
precisam sempre caminhar juntos para nortear as práticas de pesquisa de
acadêmicos, mestrandos, doutorandos e pós doutorandos. Todos os procedimentos
metodológicos contextualizados no decorrer das aulas remotas foram de suma
importância, pois orientaram os projetos de pesquisa de cada discente da turma do
Mestrado 2020.1.
Toda produção de conhecimento traz significados e contribuições para a
sistematização de pensamento dos acadêmicos, seja em qual for a graduação ou
pós graduação que este estiver cursando, pois são nos momentos de
contextualizações que são debatidos novos conceitos que serão usados nos campos
de atuação desses sujeitos seja na sua prática pedagógica ou social.
Com isso, toda produção de conhecimento traz reais significados para os
sujeitos envolvidos no processo, tanto para o docente que ministra a disciplina,
quanto para os mestrandos que assistem a aula presencialmente, ou remotamente,
como está acontecendo nos dias atuais, haja visto, a pandemia do Covid19.
E com os mestrandos Cleovânia e Jessé, não foi diferente, todas as
sistematizações realizadas no decorrer das aulas, contribuíram e vão nortear suas
referidas pesquisas no campo, ensinando aos esses mestrandos como pesquisar
com uma visão epistemológica da realidade onde atuaram como sujeito investigador
de uma problemática educativa ou não.
Ambos acreditam, que toda contextualização realizada nas aulas via google
meet, vão auxiliá-los a discorrer a sua dissertação, assim como, suas práticas de
pesquisa no momento que estiverem atuando no papel de investigador e
transformador de uma ação que antes era vista como problema.

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Storniolo. 1. ed. São Paulo: Paulus, 2006.
ANEXOS

PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA


SLIDES DAS APRESENTAÇÕES DOS SEMINÁRIOS
Grupo: Epistemologia e filosofia

Grupo: A revolução cientifica


Grupo: Criticismo kantiano

Grupo: Positivismo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PPGE UERR/IFRR – MESTRADO ACADÊMICO EM EDUCAÇÃO
ORIENTAÇÃO: PROF. DR. ELIALDO RODRIGUES DE OLIVEIRA
MESTRANDAS: ELÂNDIA ARAÚJO, JACILENE CRUZ E ROBERTA FERNANDES

- POSITIVISMO
Grupo: fenomenologia

Grupo: Historicismo francês

HISTO RIC ISMO


FRANC ÊS
- G a st o n b a c h e la rd
Re se n h a d e :
Ale x Po n t e s
Em e rso n Ta rg in o
Fra n c im a ra c u n h a
Grupo: Popper e o racionalismo

Grupo: Kuhn e os paradigmas


Grupo: Racionalismo x Relativismo: o debate contemporâneo

Disc ip lin a : Ep iste m o lo g ia d a s C iê n c ia s e m


Ed u c a ç ã o

Pro f. Dr. Elia ld o Ro d rig u e s d e O live ira

MESTRANDAS: JO IC E DE LIMA C O STA


KÁTIA PEREIRA ALMEIDA

Imagem da 9ª aula – via google meet

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