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24/03/2021

Fenômeno eletroeletrônico no coração

• Função do coração: bombear sangue para os vasos;


Princípios do eletrocardiograma
• Manifestação mecânica é iniciada e coordenada por
uma complexa atividade elétrica, que tem início no
nódulo sinusal;

Disciplina de Biofísica • A partir dele, o estímulo se espelha por todo o


coração;

Registro dos vetores de despolarização e de


repolarização
Eletrocardiograma

Eletrodos captam O eletrocardiograma (ECG) é o resgistro dos fenômenos


as ondas de eletricos que se originam durante a atividade
atividade elétrica. cardíaca por meio de um aparelho chamado
eletrocardiógrafo.

Eletrocardiograma Referências anatômicas


1. Veia Cava Superior
Exame indispensável: 2. Veia Cava Inferior
3. Átrio Direito
• Na avaliação clínica; 4. Ventrículo Direito
• Pacientes com risco que necessitam e cirurgia; 5. Ventrículo Esquerdo
• Pacientes que apresentam cardiopatias; 6. Artéria Pulmonar
• Diagnósticos e acompanhamento de 7. Aorta
pessoas/animais que apresentam arritmias cardíacas; 8. Artéria Coronária Direita
• Etc. 9. Artéria Coronária Descendente Anterior
10. Átrio esquerdo
11. Veias Pulmonares

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Referências anatômicas Fenômenos elétricos do coração


• Constituído por três camadas:
Coração
- Endocardio (mais interna)
- Miocardio
- Pericardio (mais externa)
órgão mecânico
• Localização: mediastino
bombear sangue
• Órgão móvel, suspenso pelos grossos vasos da base e sua
ponta esta apoiada no diafragma.

Fenômenos elétricos do coração Espalhamento do impulso elétrico

• Onda de excitação nasce no


NSA;

• Se propaga para os átrios D e


E, velocidade de 60 a 80 cm/s;

Espalhamento do impulso elétrico Atividade elétrica do miocárdio


Fibras cardíacas

• Chega até o atrioventricular, com


potencial de ação lento;
Coração Junções celulares
Ligações responde
• Nos ventrículos, percorre o feixe His (H) – Células
gerando PA, que
mais abundantes
do (nexus) em determinadas
ramos D e E, até alcançar as fibras de se propagam
Purkinje (200 a 400 cm/s); Coração direções
Corrente elétrica pelo miocardio
flui facilmente de cel a cel.

• O impulso se dispersa rapidamente.


Tecido cadíaco - vias preferencias para a propagação do potencial
(Fibras CARDÍACAS)
• Fibras de Purkinje se espalha por toda a
superfície do endocardio;
Espalhamento do impulso elétrico despolarizante do coração.
Espalhamento do impulso elétrico despolarizante do coração.

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Eletrocardiógrafo Eletrocardiógrafo
• Eletrodos

Equipamento utilizado para registrar as variações Pequenas placas metálicas que podem ser fixadas ao corpo por uma
faixa ou vácuo;
do potencial elétrico na superfície do corpo. Pele – deve ser desengordurada (diminuir a resistência elétrica);

• Eletrodos; • Amplificadores

• Amplificador; Amplificadores de corrente alternada (AC) – somente os sinais cujas


voltagens variam com o tempo são amplificados;
• Registrador;
Todo sinal contínuo é rejeitado;

Eletrocardiógrafo
• Registrador

O registrador esta fixado a uma pena móvel cuja ponta


é aquecida eletricamente.

A pena desliza em um papel termosensível (veloc. 25


ou 50 mm/s), registra o potencial elétrico sob a
forma de ondas.

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Derivações eletrocardiógráficas

Os potenciais gerados pelo coração durante o ciclo


sístole-diástole (contração/relaxamento) podem ser
registrados pelos eletrodos.

Existem locais padronizados onde os eletrodos são


colocados, de acordo com orientações pré-
estabelecidas.

Derivações eletrocardiógráficas Existem três modos principais de registro


• Bipolares ou clássicas - o potencial de cada eletrodo
varia constantemente;
O que se mede - diferença de potencial elétrico entre
dois pontos no campo elétrico gerado pelo dipolo – DI, DII, DIII
elétrico cardíaco ao longo do ciclo cardíaco.
• Unipolares - o potencial de um dos eletrodos é
Os pontos de medida são escolhidos e padronizados, mantido inalterado, e o outro explorador pode
originando as várias derivações. alterar;
– aVL, aVF, aVR

• Precordiais: V1,V2, V3, V4, V5, V6

Principais registros Derivações eletrocardiógráficas


A) Método clássico de Einthoven
O eixo elétrico que une
Convenção internacional: os eletrodos é
chamado de
R (right) - é o braço direito; derivação
L (left) - é o braço esquerdo; eletrocardiográfica;
F (foot) – é o pé esquerdo;

Derivações: DI, DII e DIII.

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Complexos QRS e derivaçoes


Método clássico de Einthoven

• Três as derivações bipolares dos


membros:

· DI = VL-VR (braço esquerdo - braço direito);


· DII =VF-VR (perna esquerda - braço direito);
· DIII =VF-VL (perna esquerda – braço esquerdo);

Método unipolar de Wilson


• O eletrodo de referência é ligado no • No método de Wilson, as derivações VR, VL e
ponto zero; VF fornecem ondas de baixa amplitude, o que
dificulta a análise, desta forma, foram
• Três pontos do corpo são ligados
entre si; substituídas pelo processo descrito a seguir.

• O eletrodo ativo é colocado no


membro cuja voltagem se quer
medir;

• A voltagem captada pelo eletrodo é


simplesmente a que existe no local.

Registro unipolar aumentado

aVR – aumentada

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Derivações precordiais
• Não é necessário usar derivação aumentada, porque
os potenciais são altos;

Derivações precordiais

Uso de vetores para representar os


potencial elétricos

• VETOR É UMA SETA QUE APONTA PARA A


DIREÇÃO DO POTENCIAL ELÉTRICO, GERADO
PELO FLUXO DA CORRENTE, COM PONTA
VOLTADA PARA A DIREÇÃO POSITIVA

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Derivações do plano frontal

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Traçado básico do ECG Bases do Automatismo Cardíaco

O coração, durante sua atividade, age como um Fibra de


resposta lenta
gerador de correntes elétricas, espalhando-se no
meio condutor e potenciais elétricos cuja evolução
no tempo e no espaço podem ser aproximadamente
previstas.

Assim funciona o eletrocardiograma que nada mais é Fibra de


resposta rápida
do que o registro das variações do potencial elétrico
do meio extracelular decorrentes da atividade
cardíaca.

Traçado eletrocardiográfico

• Traçado: diferença de
potencial (mV) em
função do tempo (s);

• Cada quadrado
representa:
- A onda P corresponde à despolarização atrial;
- O complexo QRS à despolarização ventricular; Horizontal – 0,04 sec
- A onda T a repolarização dos ventrículos;
Vertical – 0,1 mV

Traçado eletrocardiográfico O eletrocardiograma normal


Calibração do traçado

• Papel termossensível, milimetrado e quadriculado.

• Pena com ponta aquecida.

• Papel se move com velocidade de 25mm/s.

• Cada mm corresponda a um tempo de 40ms.

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Complexos normais do ECG Segmentos PR, QRS e QT

• Intervalo P-R – Intervalo de Tempo, começo da despolarização atrial até


começo da despolarização ventricular;

• Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos Ventrículos;

• Intervalo Q-T – Tempo necessário para despolarização e repolarização


dos ventrículos.

ONDA P – o impulso é
iniciado no nodo sinusal.
ONDA P – ínicio da
despolarização atrial

• Onda P – Despolarização Atrial

COMPLEXO QRS – excitação


elétrica dos ventrículos
ONDA P – despolarização INTERVALO PR – o
atrial é completada impulso sofre um atraso
no nodo AV

•Complexo Ventricular QRS – Despolarização dos Ventrículos

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Componentes do ECG

ONDA T – repolarização
ventricular

0,2s 0,12s

O eletrocardiograma normal A forma das ondas varia em função:


- Da posição;
O traçado eletrocardiográfico - Estado de integridade do coração;
- Etc.
• Sequencia normal de ativação do coração apresenta no
eletrocardiograma:
Exemplo:
- Uma onda P;
- Um segmento PR; A duração da onda P aumenta com a idade. Nas
- Um complexo QRS; crianças, ela esta na faixa de 60 a 90ms, enquanto
- Um segmento ST; que nos adultos varia de 80 a 110ms.
- Uma onda T;

Interpretação do ECG Interpretação do ECG

Na análise do ECG deve-se procurar identificar os sinais que Para isso, é necessário obedecer um roteiro que aborde os
permitam determinar as alterações: seguintes tópicos:

• Morfologia das ondas;


• do ritmo cardíaco;
• da ativação das câmaras cardíacas; • Medida de duração e da amplitude das ondas e dos
• da condução do impulso através das vias excitocondutoras; segmentos;
• do volume e da massa muscular das câmaras cardíacas;
• Frequencia cardíaca;
• da irrigação sanguínea de regiões do coração;
• Ritmo (batimentos cardíacos são controlados por impulsos
que nascem no nódulo sinusal);

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Interpretação do ECG
• Anomalias na condução;

• Eixo elétrico QRS;

• Sinais de hipertrofia da parede muscular ou de


crescimento de cavidade cardíaca (aumento na
amplitude das ondas do ECG);

• Sinais de infarto (inversão da onda T);

Alguns eletrocardiogramas

A bradicardia sinusal é o ritmo cardíaco ditado pelo marcapasso natural


do coração, chamado nó sinusal ou sinoatrial, no entanto, a sua freqüência
cardíaca no estado de repouso é diminuída (abaixo de 60 batimentos por
minuto).
A freqüência normal do coração é de 60 a 100 batimentos por minuto .

Onda gerada por um único Ondas geradas por múltiplos


foco de origem focos de origem

A Fibrilação Atrial é um tipo de arritmia cardíaca em que a freqüência


ou o ritmo do coração tornam-se anormais.
A Fibrilação Atrial causa uma batida do coração rápida e irregular
durante a qual as duas câmaras superiores do coração (os átrios), que
recebem o sangue do restante do corpo, tremem ou "fibrilam" em vez de bater
normalmente.

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Análise do QRS Análise do QRS


Exemplo 1:
Exemplo 4:

EXTRA-SÍSTOLE VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

-> Paciente não possui pulso e débito cardíaco = zero; -> Estimulação ventricular prematura;
-> Não há complexos QRS de aparência normal; -> QRS de aparência normal, geralmente alargado (>0,12seg);
-> Freqüência muito rápida e desorganizada demais para contar; -> Ritmo irregular;
-> Ritmo totalmente irregular;

Análise do QRS Análise do QRS


Exemplo 2: Exemplo 3:

TAQUICARDIA VENTRICULAR TAQUICARDIA VENTRICULAR POLIMÓRFICA


A taquicardia ventricular ( TV ) é uma arritmia caracterizada
pela presença de três ou mais extrassístoles ventriculares seguidas. -> Complexos QRS mudando, com as pontas em disposição helicoidal;
As extrassístoles, são arritmias cardíacas originadas nos ventrículos, -> Decorre da ação das drogas IA ou outros agentes que prolongam o
que ocorrem quando as células cardíacas destes locais do coração, assumem intervalo QT, além de hipocalemia, hipomagnesemia, etc;
temporariamente o controle do ritmo elétrico do coração.

Análise da onda P Análise da onda P


Exemplo 2:
Exemplo 1:

FLUTTER ATRIAL

-> Flutter atrial é um tipo de arritmia supraventricular;

FIBRILAÇÃO ATRIAL
-> Gera uma atividade elétrica atrial contínua no,que no
eletrocardiograma é representada pela onda F; -> Frequência atrial não pode ser contada;
-> Ritmo ventricular irregular;
-> Frequência cardíaca elevada;

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Analise da relação entre as ondas P e os Analise da relação entre as ondas P e os


complexos QRS complexos QRS
Exemplo 1: Exemplo 2:

EXTRASSÍSTOLES JUNCIONAIS TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA


-> QRS geralmente normal;
-> Ritmo irregular; -> Taquicardias com QRS estreito;

ESPECIFICIDADES DAS CÉLULAS


Parada cardíaca - pela ausência de qualquer atividade elétrica MUSCULARES CARDÍACAS
ventricular observada.

Fim

Entrada de Na+ até -40mV (potencial de disparo)


Célula marcapasso
o qual os canais de calcio se abrirão.

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Canais de potássio se abrem fazendo com que as


Entrada de cálcio leva a despolarização
células se repolarizem

Onda de despolarização da célula marcapasso


para a célula vizinha (célula muscular)

• Rapidamente chega ao plato;


Potencial de disparo – entrada de sódio • Célula muscular não se repolariza rapidamente e
mantém um platô, que é mantido devido a
entrada de cálcio e a saída do potássio (troca)

ENTRADA RÁPIDA DE CALCIO É RESPONSÁVEL PELA DESPOLARIZAÇÃO


DA CÉLULA MUSCULAR

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• O platô existe para a célula muscular se contrair Célula marcapasso Célula muscular
antes da repolarização;
• Repolarização: canal de K se abre e de cálcio fecha

Dúvidas???

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